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Biologia das plantas (2)

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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
 
 Morfogénese – Acontecimentos estruturais 
e fisiológicos que participam no 
desenvolvimento 
 de uma planta, desde a célula reprodutora ou 
vegetativa até ao indivíduo adulto. 
 
 Diferenciação celular – é um dos 
principais processos da morfogénese. À 
medida que a planta se desenvolve, surge uma 
variedade de células estruturalmente distintas. 
 
“Como é possível que células idênticas 
portadoras dos mesmos genes, originem 
tecidos totalmente diferentes? 
Activação ou inibição de determinados 
genes por certos condicionalismos. Assim, 
uma célula totalmente diferenciada converte-
se no que é, não só devido ao seu património genético mas também devido à sua posição no 
interior da planta e ao meio específico (luz, gravidade, temperatura, características do solo,…) 
que influi na activação selectiva dos seus genes. 
 
ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DAS ANGIOSPÉRMICAS 
 
TECIDOS E ÓRGÃOS 
 
Folhas e Flores – crescimento limitado Raízes e caules – crescimento contínuo
 
 
 
 
 
Meristemas Tecidos Definitivos 
Resultam do alongamento e 
diferenciação de células originadas 
nos meristemas. Perdem a capacidade 
de divisão e ficam especializadas para 
determinada função 
Também denominados de tecidos de 
crescimento, são formados por 
células com capacidade de divisão. 
 
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MERISTEMAS - tecidos compostos por células especializadas geralmente de forma 
cúbica, com paredes celulares finas, com capacidade para se dividirem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meristemas Apicais da raiz e do caule - situados 
próximo da extremidade da raiz e nos gomos terminais 
dos ramos – Meristemas Terminais 
Meristemas Primários - tecidos imaturos cujas 
células mantêm a capacidade de divisão 
Crescimento Longitudinal 
Comprimento 
Protoderme Procâmbio Meristema fundamental 
Epiderme - Xilema 1º 
- Floema 1º 
- Parênquima 
- Colênquima 
- Esclerênquima 
Meristemas Secundários – resultam de células 
de tecidos definitivos primários que readquirem 
a capacidade de se dividir, localizam-se 
lateralmente ao longo da raiz e do caule – 
Meristemas Laterais. 
Crescimento Transversal 
Engrossamento 
Câmbios 
Cada célula cambial divide-se por um 
plano tangencial em duas células-filhas 
 uma permanece célula cambial e 
cresce até ao tamanho inicial a outra 
diferencia-se numa célula de um tecido 
definitivo. 
Diagrama que ilustra o crescimento por 
multiplicação (A) e por alongamento (B) das 
células do meristema apical. 
 
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TECIDOS DEFINITIVOS – As células meristemáticas dividem-se e as novas células 
constituem os tecidos definitivos, os quais vão fazer parte da diversidade de órgãos que 
constituem as plantas. 
 
 
 
 
 
 
A) TECIDOS DÉRMICOS 
 
 A.1) Epiderme: 
- células vivas que revestem todos os órgãos formados a partir do crescimento primário; 
- paredes externas constituídas por cutina, substância impermeável, na qual existem os 
estomas que controlam as trocas com o meio. 
 
- 2 células labiais/células guarda 
- ostíolo 
- câmara estomática 
 
A.2) Súber: 
- células mortas; 
- paredes impregnadas de uma substância impermeável, a suberina, que substitui a 
epiderme em órgãos mais envelhecidos. Ex: no sobreiro o súber torna-se muito 
espesso, constituindo a cortiça. 
 
B) TECIDOS FUNDAMENTAIS 
 
B.1) Parênquima: 
- células vivas com formas variáveis, desde prismática a esférica (meatos – espaços 
pequenos entre as células, lacunas – espaços grandes entre as células); 
- paredes celulósicas finas; 
- núcleo pequeno, um grande vacúolo e citoplasma fino rodeado pela membrana 
plasmática. 
Sistema 
a) Dérmico – revestimento 
b) Vascular/Transporte – circulam substâncias 
c) Tecidos fundamentais – revestem a parte 
restante do corpo da planta com funções 
diversificadas. 
Tecidos 
Simples 
constituídos 
apenas por um 
tipo de células 
Complexos 
constituídos 
apenas por 
diferentes tipos 
de células com 
diferentes 
formas e 
funções 
 
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B.1.1) Classificação dos Parênquimas quanto à função: 
- Clorofilino – contêm cloroplastos  Fotossíntese; 
- Reserva – armazena substâncias, tais como amido, 
prótidos,… Armazenamento 
- Secretor – elabora substâncias não utilizadas na 
nutrição da planta. Ex.: resinífero – resina 
(pinheiro), lactífero – latex (planta da borracha) – 
Elaboração 
 
B.2) Colênquima e Esclerênquima: 
- tecidos de suporte, existentes nas raízes, caules e folhas das 
plantas; 
- plantas mais jovens  Colênquima 
- plantas mais velhas  Esclerênquima 
 
B.2.1) Colênquima: 
- células vivas, com forma prismática; 
- paredes desigualmente espessadas por depósitos de 
celulose 
 
B.2.2) Esclerênquima: 
- células mortas; 
- paredes espessas, devido à deposição de lenhina (confere 
resistência e rigidez) dentro da parede celulósica; 
- na espessura da parede das células existem pequenos canais 
(formações mais claras) que permitem a comunicação das 
células entre si. 
 
 B.2.2.1) Tipos de células do Esclerênquima: 
- Fibras – células alongadas situadas junto dos sistemas 
condutores de alguns caules e folhas; 
- Escleritos – podem aparecer isolados no seio do parênquima ou 
agrupados. Ex.: caroços de certos frutos – protegendo as 
sementes. 
Escleritos 
Fibras Esclerenquimatosas 
Colênquima 
 
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C) TECIDOS DE TRANSPORTE 
 
C.1) Xilema/Lenho/Tecido Traqueano – com função de condução da água e sais 
minerais (Seiva Xilémica ou Bruta) 
a) Elementos de vasos 
b) Traqueídos 
c) Fibras lenhosas 
d) Parênquima lenhoso
 
a) Elementos dos Vasos: 
- células mortas que constituem os vasos do xilema; 
- nas paredes laterais por dentro da parede celulósica há 
espessamentos de lenhina; 
- têm locais mais permeáveis nas paredes – pontuações que 
permitem o transporte de um vaso para o outro. Ex.: se um vaso é 
bloqueado por uma bolha de ar, há o transporte lateral. 
 
b) Traqueídos: 
- células mortas, longas e afiadas nas extremidades; 
- espessamentos de lenhina nas paredes laterais; 
- a água passa de um tracóide para outro, através de zonas mais 
finas das suas paredes. 
 
c) Fibras Lenhosas: 
- semelhantes às fibras esclerenquimatosas e com funções de 
suporte 
 
d) Parênquima Lenhoso: 
- únicas células vivas do xilema, com funções de reserva. 
 
C.2)Floema/Líber/Tecido Crivoso – com função de transporte da 
água e substâncias orgânicas (Seiva Floémica ou Elaborada) 
 
a) Células dos tubos crivosos 
b) Células companhia 
c) Fibras liberinas 
d) Parênquima liberino
 
Elementos dos vasos 
Traqueídos 
 
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a) Células dos Tubos Crivosos: 
- células vivas alongadas, que perdem grande parte dos seus 
organelos, como o núcleo e os ribossomas; 
- as células ligadas entre si topo a topo com paredes de 
contacto, onde existem orifícios – placas crivosas 
(estabelecem-se através deles ligações citoplasmáticas 
entre as células); 
 
b) Células de Companhia: 
- Células vivas que possuem o núcleo e os restantes 
organelos, situam-se junto das células dos tubos crivosos; 
- Não conduzem nutrientes através da plantas, tendo um 
papel fundamental na movimentação dos açúcares do 
parênquima clorofilino para as células dos tubos crivosos. 
 
c) Fibras Liberinas 
- células mortas, com funçõesde suporte 
- células vivas pouco diferenciadas, com funções de reserva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Células dos vasos crivosos 
Esquema das células do floema 
 
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