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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL Carga horária: 32h (8 aulas) 1. Aspectos Linguísticos da Comunicação 1.1 Língua falada x Língua escrita: níveis da língua 1.2 Signo linguístico e suas características básicas: Denotação x Conotação 1.3 Funções da Linguagem na comunicação 2. Fatos Gramaticais Aplicados 2.1 Pronomes de tratamento 2.2 Abreviaturas e siglas Econômico-financeiras. 2.3 Vícios de linguagem 2.4 Qualidades de estilo: concisão, originalidade, clareza e harmonia 2.5 Qualidades do Texto: coesão, coerência e unidade 2.6 Técnicas de redação: descrição , narração e dissertação 2 Conteúdo Programático 3. Comunicação Administrativa 3.1 Pauta, ata e organização de apoio 4. Texto Empresarial 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, relatório, fax, declaração, atestado, procuração, requerimento, comunicado, convite, convocação, circular e contrato. 4.1.1 Estrutura e diagramação do padrão ofício 4.2 Currículo, Carta de apresentação e entrevista de emprego 5. Apresentação Oral 5.1 Planejamento da Apresentação 5.2 Técnicas de Apresentação 5.3 Recursos Instrucionais, Movimentação e Postura 3 Conteúdo Programático 1. ASPECTOS LINGUÍSTICOS DA COMUNICAÇÃO 1. ASPECTOS LINGUÍSTICOS DA COMUNICAÇÃO • Linguística é a ciência que estuda os fenômenos naturais que ocorrem com a linguagem verbal e, também oral. Como toda ciência, ela baseia-se em observações conduzidas através de métodos, com fundamentação em uma teoria. – O linguista é responsável por analisar e investigar toda a evolução e desdobramentos dos diferentes idiomas, bem como a estrutura das palavras, expressões idiomáticas e aspectos fonéticos de cada língua. • O “pai” da linguística moderna foi o suíço Ferdinand de Saussure, que contribuiu imensamente para esta ciência, graças ao seu estudo sobre a língua e a fala. 5 1. ASPECTOS LINGUÍSTICOS DA COMUNICAÇÃO • Linguagem é todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. • A linguagem varia de acordo com o sistema de sinais que utiliza: – Linguagem verbal • (do Latim verbalis, que vem de verbum, que significa “palavra”.) – Linguagem não verbal 6 • Língua é o conjunto de sinais baseado em palavras. É um organismo vivo que se modifica ao longo do tempo. Palavras novas (através de empréstimos, neologismos e gírias) surgem para expressar conceitos igualmente novos; outras deixam de ser utilizadas (as arcaicas), sendo substituídas. – A escrita representa um estágio posterior de uma língua. Muitas pessoas utilizam a língua sem saber utilizar sua forma escrita. – A fala é a realização concreta da língua, feita por um indivíduo da comunidade num determinado momento. É um ato individual que cada membro pode efetuar com o uso da linguagem 7 1. ASPECTOS LINGUÍSTICOS DA COMUNICAÇÃO 1.1 Língua falada x Língua escrita: níveis da língua • Enquanto a língua falada é espontânea e natural, a língua escrita precisa seguir algumas regras. Embora sejam expressões de um mesmo idioma, cada uma tem a sua especificidade. – A língua falada é a mais natural, aprendemos a falar imitando o que ouvimos. – A língua escrita, por seu lado, só é aprendida depois que dominamos a língua falada. E ela não é uma simples transcrição do que falamos, pois está mais subordinada às normas gramaticais. 8 1.1 Língua falada x Língua escrita: níveis da língua LÍNGUA FALADA LÍNGUA ESCRITA Palavra sonora Palavra gráfica Requer a presença dos interlocutores É possível esquecer o interlocutor Ganha em vivacidade É mais objetiva É espontânea e imediata É mais sintética. A redundância é um recurso estilístico Uso de palavras-curinga, de frases feitas Comunicação unilateral É repetitiva e redundante Ganha em permanência, pois é um registro. 9 1.1 Língua falada x Língua escrita: níveis da língua 10 Níveis de linguagem • Em decorrência do caráter individual da fala, podemos observar vários níveis de fala, também chamados níveis de linguagem ou registros: – Nível coloquial-popular – Nível formal-culto – Nível profissional ou técnico – Nível artístico e literário – Nível giriático (as gírias) Signo • Signo é a representação de uma coisa por outra. – Ex.: Uma casa pode ser representada de diversas maneiras: desenhando, fotografando, pintando, filmando, fazendo uma planta como os engenheiros, falando ou escrevendo a palavra “casa”. Essas formas não são o objeto, são signos que representam o objeto casa. • Assim para representar o objeto casa, que transmite a noção de “lugar para morar”, o inglês usa a palavra house e o francês, maison. Mesmo sendo representado em idiomas diferentes, as palavras casa, house maison são signos linguísticos usados para designar o mesmo objeto. • O signo é composto pelo significante + significado 11 1.2 Signo linguístico e suas características básicas: Denotação x Conotação 1.2 Signo linguístico e suas características básicas: Denotação x Conotação • Para a linguística, todas as palavras que possuem um sentido são consideradas Signos Linguísticos. – Os signos linguísticos são formados pela união de dois conceitos desenvolvidos por Saussure: 1. Significado (conceito) – O significado é o próprio conceito do signo, ou seja, a ideia que se tem de determinada palavra. 2. Significante (forma gráfica + som) – O significante é a forma gráfica e fonética do signo que forma a palavra que é atribuída para determinado significado. 12 Principais características do signo linguístico • Arbitrariedade – O signo linguístico é arbitrário, escolhido sem nenhum motivo, uma vez que c + a + s + a nada tem a ver com o tipo, o material usado, a forma ou a função daquele objeto que designamos casa ou house ou maison. • Linearidade: – Os componentes que integram um determinado signo se apresentam um após o outro, tanto na fala como na escrita. 13 1.2 Signo linguístico e suas características básicas: Denotação x Conotação Denotação x Conotação • A significação das palavras não é fixa, nem estática. Por meio da imaginação criadora do homem, as palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia original (básica e objetiva). Assim, frequentemente remetem- nos a novos conceitos por meio de associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase. – A menina está com a cara toda pintada. – Aquele cara parece suspeito. • Pelo exemplo acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado. 14 1.2 Signo linguístico e suas características básicas: Denotação x Conotação • A Conotação e a Denotação são as variações de significado que ocorrem no signo linguístico, que por sua vez é composto de um significante (letras e sons) e um significado (conceito, ideia). – Denotação é a palavra utilizada em seu sentido literal, original, real, objetivo. – Conotação é o uso figurado, subjetivo da palavra e depende do contexto em que é empregado. 15 1.2 Signo linguístico e suas características básicas: Denotação x Conotação 16 1.2 Signo linguístico e suas características básicas: Denotação x Conotação 1.3 Funções da Linguagem na comunicação • A palavra comunicação origina-se do latim communicare, que significa partilhar, dividir, tornar comum, associar, trocar opiniões. 17 1.3 Funções da Linguagem na comunicação Processo da Comunicação 18 Elementosda Comunicação • Emissor: – Quem deseja comunicar-se enviando determinadas mensagens a alguém. • Receptor: – A quem a mensagem se destina. • Referente (ou contexto): – O assunto que envolve a mensagem. • Canal: – O meio material, suporte físico que transporta a mensagem. 19 1.3 Funções da Linguagem na comunicação • Mensagem: – As informações transmitidas. • Código: – Sistema de elementos linguísticos e de regras para combiná-los, conhecido tanto pelo emissor como pelo receptor. Quando se considera a comunicação verbal, o código é uma Língua em sua modalidade oral ou escrita. • Ruído – Ruído de comunicação é toda a forma de interferência na transmissão de uma mensagem. Algo que prejudica a compreensão de uma ideia compartilhada. 20 1.3 Funções da Linguagem na comunicação 21 1.3 Funções da Linguagem na comunicação Funções da linguagem • Empregamos a linguagem com diferentes objetivos. Podemos querer comunicar algo sobre a realidade, podemos querer saber se há canal ou conexão psicológica para que a transmissão de informação possa acontecer. Ou seja, usamos a linguagem com diferentes funções. 22 1.3 Funções da Linguagem na comunicação 1. Função referencial ou denotativa: palavra-chave: referente – Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere. • Ex.: Numa cesta de vime temos melancia, laranja, morango, tomate, etc. (Este texto informa o que há dentro da cesta, logo, há função referencial). 23 1.3 Funções da Linguagem na comunicação 2. Função expressiva ou emotiva: palavra-chave: emissor – Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação. – Ex.: • Ah, que coisa boa! • Tenho um pouco de medo... • Nós te amamos! 24 1.3 Funções da Linguagem na comunicação 3. Função apelativa ou conativa: palavra-chave: receptor – Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. – Ex.: • Você já tomou banho? • Mãe, vem cá! • Não perca esta promoção! 25 1.3 Funções da Linguagem na comunicação 4. Função poética: palavra-chave: mensagem – É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade. • Ex.: “... a lua era um desparrame de prata”. (Jorge Amado) 26 1.3 Funções da Linguagem na comunicação 5. Função fática: palavra-chave: canal – Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. – Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares. • Ex.: Alô? Está me ouvindo? 27 1.3 Funções da Linguagem na comunicação 6. Função metalinguística: palavra-chave: código – Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem. • Ex.: Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado. (Para dar a definição de frase, usamos uma frase.) 28 1.3 Funções da Linguagem na comunicação 29 1.3 Funções da Linguagem na comunicação Treinamento i. A língua falada é mais solta, livre, espontânea e emotiva, pois reflete contato humano direto. ii. A língua escrita é mais disciplinada, obedece às normas gramaticais impostas pelo padrão culto, dela resultando um texto mais bem elaborado. iii. A linguagem culta, eleita pela comunidade como a de maior prestígio, reflete um índice de cultura a que todos pretendem chegar. iv. A linguagem popular é usada no cotidiano, não obedece rigidamente às normas gramaticais. • Sobre as afirmações acima: a) apenas I e II estão corretas. b) apenas II e III estão corretas. c) apenas II, III e IV estão corretas. d) apenas III e IV estão corretas. e) todas estão corretas. 31 Treinamento • Identifique os elementos das situações de comunicação a seguir: a) A aula ministrada pelo professor de comunicação empresarial. 32 Treinamento • O pai conversa com a filha ao telefone e diz que vai chegar atrasado para o jantar. Nesta situação, podemos dizer que o canal é: a) o pai b) a filha c) fios de telefone d) o código e) a fala 33 Treinamento • Assinale a alternativa incorreta: a) Só existe comunicação quando a pessoa que recebe a mensagem entende o seu significado. b) Para entender o significado de uma mensagem, não é preciso conhecer o código. c) As mensagens podem ser elaboradas com vários códigos, formados de palavras, desenhos, números etc. d) Para entender bem um código, é necessário conhecer suas regras. e) Conhecendo os elementos e regras de um código, podemos combiná-los de várias maneiras, criando novas mensagens. 34 Treinamento • Uma pessoa é convidada a dar uma palestra em Espanhol. A pessoa não aceita o convite, pois não sabia falar com fluência a língua Espanhola. Se esta pessoa tivesse aceitado fazer esta palestra seria um fracasso porque: a) não dominava os signos b) não dominava o código c) não conhecia o referente d) não conhecia o receptor e) não conhecia a mensagem 35 Treinamento • Um guarda de trânsito percebe que o motorista de um carro está em alta velocidade. Faz um gesto pedindo para ele parar. Neste trecho o gesto que o guarda faz para o motorista parar, podemos dizer que é: a) o código que ele utiliza b) o canal que ele utiliza c) quem recebe a mensagem d) quem envia a mensagem e) o assunto da mensagem 36 Treinamento • A mãe de Felipe sacode-o levemente e o chama: “Felipe está na hora de acordar”. O que está destacado é: a) o emissor b) o código c) o canal d) a mensagem e) o referente 37 Treinamento • Podemos afirmar que Referente é: a) quem recebe a mensagem b) o assunto da mensagem c) o que transmite a mensagem d) quem envia a mensagem e) o código usado para estabelecer comunicação 38 Treinamento • Sobre a conotação e a denotação, podemos afirmar, exceto: a) A conotaçãoé utilizada principalmente na linguagem poética e na literatura, mas pode ser encontrada em gêneros textuais do cotidiano, como letras de músicas, anúncios publicitários, entre outros. b) Uma palavra ou expressão é usada no sentido denotativo para representar diferentes significados dependendo do contexto da enunciação. c) Os textos não literários devem preferir a denotação, pois essa tem como finalidade informar o receptor da mensagem de maneira clara e objetiva, livre de ambiguidades e metáforas. d) A conotação e a denotação são as variações de significado que ocorrem no signo linguístico, que, por sua vez, é composto de um significante (letras e sons) e um significado (conceito, ideia). 39 Treinamento Treinamento • Descubra, nos textos a seguir, as funções de linguagem: a) “O homem letrado e a criança eletrônica não mais têm linguagem comum.” (Rose-Marie Muraro) R.: referencial a) “Se um dia você for embora Ria se teu coração pedir Chore se teu coração mandar.” (Danilo Caymmi & Ana Terra) R.: poética a) “Olá, como vai? Eu vou indo e você, tudo bem? Tudo bem, eu vou indo em pegar um lugar no futuro e você? Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranquilo…” (Paulinho da Viola) R.: fática 40 2. FATOS GRAMATICAIS APLICADOS 2. FATOS GRAMATICAIS APLICADOS • A Gramática tem como principal função regular a linguagem e estabelecer padrões de escrita e fala para os falantes de uma língua. • Graças à Gramática, a língua pode ser analisada e preservada, apresentando unidades e estruturas que permitem o bom uso da língua portuguesa. – A Gramática tem como finalidade orientar e regular o uso da língua, estabelecendo um padrão de escrita e de fala baseado em diversos critérios. 42 Pronomes de tratamento • Pronomes de tratamento são nomes que constituem formas corteses de tratamento, expressões de reverência, títulos honoríficos, etc. • São utilizados em situações formais específicas antepondo-se a determinadas palavras que designam cargos ou posições sociais de prestígio. – Apesar de se referirem à segunda pessoa (com quem se fala), toda a concordância deve ser feita na terceira pessoa (singular ou plural). • Ex.: Vossa Senhoria nomeará seu substituto. Vossas Excelências conhecem o assunto. 43 2.1 Pronomes de tratamento Pronome Abreviatura Usados para 44 • Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. – Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado tem para poder ocupar o cargo que ocupa. – Observação: Vossa Excelência X Sua Excelência : • os pronomes de tratamento que possuem "Vossa (s)" são empregados em relação à pessoa com quem falamos. – Ex.:Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro. • Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa. – Ex.: Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade. 45 2.1 Pronomes de tratamento 2.2 Abreviaturas e siglas Econômico-financeiras • A Abreviação é a redução ou omissão fonética de parte da palavra. – Típico exemplo de economia linguística, ocorre especialmente com palavras consideradas grandes. • Ex.: fotografia = foto; quilograma = quilo; televisão = tevê etc.. • A Sigla é um tipo de abreviatura formado pelas letras iniciais de algumas palavras, sobretudo palavras de uma determinada instituição. – Exemplos: • ONU = Organização das Nações Unidas • ABNT = Associação Brasileira de Normas Técnicas • ABL = Academia Brasileira de Letras 46 2.2 Abreviaturas e siglas Econômico-financeiras 47 • Anapp – Associação Nacional de Previdência Privada • Bacen – Banco Central do Brasil • Bird – Banco Internacional para o Desenvolvimento Econômico • Bovespa – Bolsa de Valores de São Paulo • BVRJ – Bolsa de Valores do RJ • CDB – Certificado de Depósito Bancário • CPMF – Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira • CVM – Comissão de Valores Mobiliários • DPF – Dívida Pública Federal • EFPC – Fundos de Pensão • Febraban – Federação Brasileira de Bancos • FIDC – Fundo de Investimento em Direitos Creditórios • IGP – Índice Geral de Preços • IGPM – Índice Geral de Preços do Mercado • IOF – Imposto sobre Operações Financeiras • IPC – Índice de Preços ao Consumidor • IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo • LBC – Letra do Banco Central • LTN – Letras do Tesouro Nacional • NTN – Notas do Tesouro Nacional • RCL – Receita Corrente Líquida • SFH – Sistema Financeiro da Habitação • TCU – Tribunal de Contas da União • TD – Tesouro Direito • TN – Tesouro Nacional 2.3 Vícios de linguagem • Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às mensagens emitidas, os vícios de linguagem são palavras ou construções que vão de encontro às normas gramaticais. – São palavras ou construções que deturpam, desvirtuam, ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento das normas cultas, seja pelo descuido do emissor. Ele é um ás no volante. (asno) 48 • Os principais vícios de linguagem são: 1. Cacófato (ou Cacofonia): • Consiste em criar um som desagradável pela união de duas ou mais palavras no enunciado da frase. • Ex.: Pagou vinte por cada. 49 2.3 Vícios de linguagem 2. Pleonasmo: • Trata-se da repetição de um termo já expresso ou de uma ideia já sugerida, para fins de clareza. – Pleonasmo vicioso (ou Tautologia): • Consiste na repetição desnecessária de uma ideia. – Ex.: O pai mandou a menina entrar para dentro imediatamente. 50 2.3 Vícios de linguagem 3. Colisão: • Ocorre com a repetição de consoantes iguais ou semelhantes, provocando uma dissonância. • Ex.: Sua saia sujou. O Papa Paulo pediu paz. 4. Solecismo: • É o erro de sintaxe quanto à concordância, regência ou colocação pronominal, que torna a frase imprecisa ou incompreensível. Acontece muito quando se quer levar para uma variedade de língua a norma de outra variedade. Como a norma coloquial para a norma exemplar. • Ex..: A gente vamos. (Correto: A gente vai). Eu assisti o programa. (Correto: Eu assisti ao programa). 51 2.3 Vícios de linguagem 2.3 Vícios de linguagem 5. Barbarismo: – É o desvio da norma culta no que diz respeito à grafia, à pronúncia, à semântica e à ortografia. O uso mais comum é: gratuíto por gratuito, rúbrica por rubrica, cidadões por cidadãos, póbrema por problema, tava por estava. – Ex.: Se você o ver, diga-lhe que estou com saudades. (Correto: Se você o vir, diga-lhe que estou com saudades) 52 2.3 Vícios de linguagem 6. Neologismo: – Consiste na criação de palavras ou expressões novas na língua. – Ex.: Vou deletar o arquivo que recebi. (Correto: Vou apagar o arquivo que recebi). Nesse caso, o verbo deletar, neologismo criado a partir da palavra inglesa delete, está sendo usado no lugar da palavra apagar, existente na nossa língua. • No processo de criação de palavras novas, merecem destaque as gírias, que surgem num determinado grupo social e, por sua expressividade, acabam sendo incorporadas à linguagem coloquial de outras camadas sociais. 53 2.3 Vícios de linguagem 7. Ambiguidade (ou anfibologia): – Consiste em construir uma frase com mais de um sentido. – Ex.: “O guarda deteve o suspeito em sua casa” 54 8. Eco: – Consiste na repetição de palavras terminadaspelo mesmo som. – Ex.: “A decisão da eleição causou comoção na multidão” 55 2.3 Vícios de linguagem 9. Gerundismo: – O gerundismo surge em desacordo à norma culta. Historicamente cogita-se que seu aparecimento deva-se às traduções de manuais americanos dos operadores de telemarketing. – Ex.: Vou ESTAR TRANSFERINDO sua ligação. (Correto: Vou transferir sua ligação.) 56 2.3 Vícios de linguagem Sugestão de Vídeo • Depoimento de M., viciada em gerundismo, para os Atendentes Anônimos (Duração: 2:14’) • https://www.youtube.com/watch?v=_kh0xBseWuk 57 2.3 Vícios de linguagem 2.4 Qualidades de estilo: concisão, originalidade, clareza e harmonia • As qualidades de um texto são fatores que determinam a facilidade com que o leitor poderá interagir e criar significados a partir daquele conjunto de sentenças. Essas qualidades são, essencialmente, os elementos da língua que estão à disposição de quem escreve. – Qualidades de estilo são estratégias que o escritor pode aplicar ao texto para conseguir um determinado efeito na interpretação do leitor, que são características globais do texto. 58 2.4 Qualidades de estilo: concisão, originalidade, clareza e harmonia • São qualidades da boa linguagem: – Concisão • Consiste em dizer o máximo com o mínimo de palavras. Deve evitar-se a redundância e a prolixidade. – Originalidade • É o dom natural que caracteriza o escritor e torna seu estilo muito pessoal, livre das imitações e coisas comuns, que são aspectos contrários à originalidade. – Clareza • É o que torna o texto de fácil entendimento, refletindo a boa organização das ideias na obra escrita. Deve evitar-se a obscuridade e a ambiguidade. – Harmonia • É a musicalidade da frase. Seu contrário é a cacofonia, o eco e a colisão. 59 2.5 Qualidades do Texto: coesão, coerência e unidade • Para que um texto transmita a mensagem pretendida, é necessário que seja bem construído para ser bem interpretado. Se não ele corre o risco de não passar de uma simples sequência de frases. – Se as partes do texto estiverem estruturadas e relacionadas entre si, de maneira coerente e coesa, surgirá a mensagem clara, o discurso, que permitirá a comunicação e a melhor forma de interação. 60 • A coerência – Ser coerente é não se contradizer. É sustentar o ponto de vista, por meio de argumentos, de forma a não ir contra o que nós mesmos já dissemos. • A concisão/coesão – Ser conciso é ser preciso, exato, eliminando do texto tudo aquilo que é desnecessário; é ser objetivo. • Unidade / Unidade Temática – Todo texto deve apresentar apenas uma ideia predominante. • Não importa o quanto complexo ou simples o texto possa ser, a partir do momento em que as ideias começam a misturar-se, o leitor sofre um lapso de entendimento imediato. 61 2.5 Qualidades do Texto: coesão, coerência e unidade 2.5 Qualidades do Texto: coesão, coerência e unidade • Observe os textos: – Coerência sem coesão • Olhar fito no horizonte. Apenas o mar imenso. Nenhum sinal de vida humana. Tentativa desesperada de recordar alguma coisa. Nada. – Coesão sem coerência • Fui à praia me bronzear porque estava nevando e, quando isso ocorre, o calor aumenta, o que faz com que sintamos frio. 62 • Há dois tipos de coesão: a referencial e a sequencial. a) Referencial: • são os termos que fazem referência a outros termos anteriores, a fim de evitar repetições. São eles os pronomes, sinônimos, expressões adverbiais de lugar e tempo, e até a ausência de um elemento. b) Sequencial: • são as expressões que fazem ligação entre as partes do texto como: conjunções, alguns advérbios, preposições etc. 63 2.5 Qualidades do Texto: coesão, coerência e unidade • Exemplo: Observe a tirinha. – Nela a coesão textual é estabelecida por palavras como então (que indicam surpresa, espanto) e que (que liga as duas orações). Além disso, são também marcas da coesão textual a concordância entre nomes ou entre verbos e nomes, verbos e pronomes. 64 2.5 Qualidades do Texto: coesão, coerência e unidade • Condições ou princípios para haver coerência: – Continuidade: • é a manutenção e a retomada das ideias principais do texto. – Progressão: • é o acréscimo de novas informações que se somam às ideias que já vinham sendo tratadas. – Não contradição: • no desenvolvimento do texto é preciso que não se introduza nenhum elemento que contradiga o que já foi enunciado anteriormente. – Articulação: • é o estabelecimento de relações entre as ideias do texto. 65 2.5 Qualidades do Texto: coesão, coerência e unidade 2.6 Técnicas de redação: descrição, narração e dissertação • Escrever bem exige conhecimento linguístico, técnica e muita dedicação. – A redação costuma ser protagonista em muitos concursos e vestibulares e, infelizmente, deixa muitos candidatos apreensivos na hora de transferir para o papel ideias e argumentos. • Redigir um texto de maneira competente é indispensável para o sucesso da vida acadêmica e para a vida profissional, afinal de contas, comunicar- se bem é uma habilidade que, além de abrir portas, melhora as relações pessoais. 66 2.6 Técnicas de redação: descrição, narração e dissertação • Descrição – Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrição é estática, sem movimento, desprovida de ação. • Na descrição o ser, o objeto ou ambiente são importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo. 67 2.6 Técnicas de redação: descrição, narração e dissertação • Narração – Tem por objetivo contar uma história real, fictícia ou mesclando dados reais e imaginários. • Baseia-se numa evolução de acontecimentos, mesmo que não mantenham relação de linearidade com o tempo real. 68 2.6 Técnicas de redação: descrição, narração e dissertação • Tipos de narradores – Conforme a perspectiva diante dos fatos o narrador pode ser: • Narrador-personagem (1ª pessoa) – Participa da história • Narrador-observador (3ª pessoa) – Só relata os fatos, não participa da história 69 2.6 Técnicas de redação: descrição, narração e dissertação • Dissertação – Dissertar é se posicionar quanto a um tema. É um ato praticado pelas pessoas todos os dias. • Muitas vezes, em casos de divergência de opiniões, cada um defende seus pontos de vista em relação ao cinema, à música. 70 2.6 Técnicas de redação: descrição, narração e dissertação • Partes da Dissertação – Introdução • Ponto de vista – Desenvolvimento • Argumentos, exemplos, porquês – Conclusão • Uma ideia que sintetize o ponto de vista e os argumentos 71 Treinamento Treinamento • Identifique a alternativa em que ocorre um pleonasmo vicioso: a) Ouvi com meus próprios ouvidos. b) A casa, já não há quem a limpe. c) Para abrir a embalagem, levante a alavanca para cima. d) Bondade excessiva, não a tenho. e) N.D.A. 73 Treinamento • Relacione a segunda coluna com a primeira: 74 a) Barbarismo b) Solecismo c) Cacófato d) Redundância e) Ambiguidade ( ) É admirável a fé de meu tio ( ) Não teve dó: decapitou a cabeça do condenado ( ) Faziam anos que não morriam pessoas ( ) Coitado do burro do meu irmão! Morreu ( ) Intervi na briga por que sou intemerato (íntegro) • A sequência correta é: a) d – c – a – b – e b) b – e – d – a – c c)c – d – b – e – a d) a – b – e – c – d e) e – a – c – b – d Treinamento • Qual o vício de linguagem que se observa na frase: “Eu não vi ele faz muito tempo”. a) Solecismo b) Cacófato c) Arcaísmo d) Barbarismo e) Colisão 75 Treinamento Assinale a alternativa correta: • Sobre o texto narrativo, pode-se afirmar: a) A estrutura textual é semelhante ao texto descritivo b) A postura do autor é de argumentador c) Há, exaustivamente, o uso de presente do indicativo. d) Não apresenta clímax em sua estrutura e) O enredo é prioritário 76 Treinamento Assinale a alternativa correta: • Duas características são representativas do modo de organização dissertativa, assinale-as: a) Introdução e clímax b) Argumentação e sensação c) Sequencia de fatos e de aspectos d) Verbos de ação e objetividade e) Convencimento e descrição 77 Treinamento • Numere os parágrafos a seguir, identificando o tipo de redação: 1: descrição; 2: narração e 3: dissertação. a) ( ) Acreditamos firmemente que só o esforço conjunto de toda a nação brasileira conseguirá vencer os gravíssimos problemas econômicos, por todos há muito conhecidos. Quaisquer medidas econômicas, por si só, não são capazes de alterar a realidade, se as autoridades que as elaboram não contarem com o apoio da opinião pública, em meio a uma comunidade de cidadãos conscientes. 3: dissertação 78 Treinamento b) ( ) Nas proximidades deste pequeno vilarejo, existe uma chácara de beleza incalculável. Ao centro avista-se um lago de águas cristalinas. Através delas, vemos a dança rodopiante dos pequenos peixes. Em volta deste lago pairam, imponentes, árvores seculares que parecem testemunhas vivas de tantas histórias que se sucederam pelas gerações. A relva, brilhando ao sol, estende-se por todo aquele local, imprimindo à paisagem um clima de tranquilidade e aconchego. 1: descrição 79 Treinamento c) ( ) As crianças sabiam que a presença daquele cachorro vira- lata em seu apartamento seria alvo da mais rigorosa censura de sua mãe. Não tinha qualquer cabimento: um apartamento tão pequeno que mal acolhia Álvaro, Alberto a Anita, além de seus pais, ainda tinha de dar abrigo a um cãozinho! Os meninos esconderam o animal em um armário próximo ao corredor e ficaram sentados na sala à espera dos acontecimentos. No fim da tarde a mãe chegou do trabalho. Não tardou em descobrir o intruso e a expulsá-lo, sob os olhares aflitos de seus filhos. 2: narração 80 Treinamento d) ( ) Joaquim trabalhava em um escritório que ficavam no 12° andar de um edifício da Avenida Paulista. De lá avistava todos os dias a movimentação incessante dos transeuntes, os frequentes congestionamentos dos automóveis e a beleza das arrojadas construções que se sucediam do outro lado da avenida. Estes prédios moderníssimos alternavam-se com majestosas mansões antigas. O presente e o passado ali se combinavam e, contemplando aquelas mansões, podia-se, por alto, imaginar o que fora, nos tempos de outrora, a paisagem desta mesma avenida, hoje tão modificada pela ação do progresso. 1: descrição 81 Treinamento e) ( ) Dizem as pessoas ligadas ao estudo da Ecologia que são incalculáveis os danos que o homem vem causando ao meio ambiente. O desmatamento de grandes extensões de terra, transformando-as em verdadeiras regiões desérticas, os efeitos nocivos da poluição e a matança indiscriminada de muitas espécies são apenas alguns dos aspectos a serem mencionados. Os que se preocupam com a sobrevivência e o bem-estar das futuras gerações temem que a ambição desmedida do homem acabe por tornar a terra inabitável. 3: dissertação 82 Treinamento f) ( ) O candidato à vaga de administrador entrou no escritório onde iria ser entrevistado. Ele se sentia inseguro, apesar de ter bom currículo, mas sempre se sentia assim quando estava por ser testado. O dono da firma entrou, sentou-se com extrema seriedade e começou a lhe fazer as perguntas mais variadas. Aquele interrogatório parecia interminável. Porém, toda aquela sensação desagradável dissipou-se quando ele foi informado de que o lugar era seu. 2: narração 83 3. COMUNICAÇÃO ADMINISTRATIVA • A comunicação administrativa abrange todos os conteúdos relativos ao cotidiano da administração, atendendo as áreas centrais de planejamento e as estruturas técnico-normativas, com a finalidade de orientar, atualizar, ordenar e reordenar o fluxo das atividades funcionais. – Enfim, trata-se do suporte informacional normativo da organização, que tem um caráter instrumental: instrutiva, de comando, informativa. 85 3. Comunicação Administrativa • Funções da comunicação administrativa: – Disciplinar comportamentos – Dar treinamento funcional – Descrever funções – Trabalhar os públicos de interesse direto da empresa (empregados) – Divulgar a mídia interna – Normas e Procedimentos, Manuais do Empregado – Fornecer informações sobre a CLT, benefícios etc. – Utilizar, preferencialmente, a mídia impressa na divulgação e a mídia oral nas orientações diretas. 86 3. Comunicação Administrativa Reunião • As reuniões são partes importantíssimas das comunicações e do relacionamento interpessoal dentro da empresa. – É nas reuniões que se tem oportunidade de estudar melhor os assuntos de interesse comum e onde cada um deve trazer seu ponto de vista e sua maneira de encarar a solução. 87 3. Comunicação Administrativa • A reunião serve para a discussão de um assunto, a troca de informação, ideias, tomada de decisões em conjunto e busca de solução de problemas, visando a satisfação dos interesses individuais, coincidentes com os interesses da organização. • Quanto à ocorrência, as reuniões podem ser: – ORDINÁRIAS (previstas em calendário, como as de planejamento) – EXTRAORDINÁRIAS (fora da previsão) 3. Comunicação Administrativa 3. Comunicação Administrativa • Quanto ao tema, as reuniões podem ser: a) Reunião informativa: – Nesse tipo as comunicações são uma tarefa exclusiva do líder. Os participantes não promovem envolvimento nem comprometimento. b) Reunião consultiva: – As linhas de comunicação são ascendentes dos participantes para o líder e os debates de grande influência, sendo a decisão final tomada pelo líder. c) Reunião participativa: – O líder delega autoridade e responsabilidade, sendo a decisão final tomada pelo grupo. 3.1 Pauta, ata e organização de apoio • A pauta de reunião (constando o horário de início e término da reunião, assim como os tópicos a serem abordados) deve ser enviada com antecedência a cada participante. • As reuniões devem ser documentadas em ata. • Organizar reunião – Enviar a convocação e a pauta da reunião • Local – O local da reunião deve se preparado com antecedência. Caneta, lápis e papel devem estar disponíveis a todos. Se for usar algum equipamento eletrônico o mesmo deve ser testado antes para não haver surpresas. • Crachá – É aconselhável que todos usem crachá de identificação. • Organizar o Coffee Break • Não permitir interrupções • Ata – Proceder ao arquivamento do livro de ata, após recolhidas as assinaturas. 3.1 Pauta, ata e organização de apoio 92 4. TEXTO EMPRESARIAL 4. TEXTO EMPRESARIAL • O texto empresarial moderno prioriza a objetividade, para tanto, a escolha do vocabulário deve ser simples e formal, frases curtas e a gramática correta. 94 4.1Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • ATAS são formas de registros, em que se relata o ocorrido numa sessão, convenção, congresso, reunião, assembléias. • É um documento, geralmente, de caráter confidencial e de circulação restrita. – O cuidado de quem lavra ou redige uma ata é não deixar espaço onde se possa, mais tarde, alterar o texto original. – Caso haja algum erro, o redator deve escrever “digo” e fazer, logo em seguida, a devida correção. • Se o erro só for percebido no final, o redator deve escrever: “Em tempo: onde se lê..... leia-se.....”. – Na ata não se usam abreviaturas e os números devem ser escritos por extenso. Após a leitura e a aprovação do texto final, todas as pessoas que participaram da reunião devem assinar o documento. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Abertura e fecho da ata – Abertura: • Aos vinte e três dias do mês de agosto de dois mil e seis, no SAYS, à rua Rego Barros, número duzentos e sessenta e oito, Centro, Rio das Ostras, realizou-se a primeira Reunião Ordinária de Professores de Cursos Técnicos e Profissionalizantes, sob a presidência do Sr. João José. Fizeram parte da mesa diretora... – Fecho: • Eu, xxxxx, secretária, lavrei a presente ata no livro competente, a qual, lida e achada conforme pelos presentes, vai por todos assinada..... 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. Treinamento Treinamento: ATA • Elabore uma ATA sobre a aula de hoje, abordando o tema desenvolvido durante a aula. – Não esqueça de solicitar aos participantes, colegas da equipe, que assinem a mesma. Sugestão de vídeo • 03 Módulo II Secretariado e Assessoria (Textos Comerciais I) Duração: 12:42” • https://www.youtube.com/watch?v=qbhxc4MQh9Y Treinamento: ATA 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, relatório, fax, declaração, atestado, procuração, requerimento, comunicado, convite, convocação, circular e contrato. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Edital é um instrumento de notificação pública que se afixa em local de acesso dos interessados ou se publica (integral ou resumidamente) num órgão de imprensa oficial ou particular – São objetos de Editais: • intimações, notificações, • convocações e demais avisos que, por sua natureza, devem ter ampla divulgação, conforme a legislação vigente. – OBS.: Nem sempre, no EDITAL, aparece a palavra EDITAL. • Carta comercial é a correspondência tradicionalmente utilizada pela indústria e comércio com diversos fins, como convite, cobrança, advertência etc. – Estilos de formatação: • denteado • em bloco (padrão americano) 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Formatação da Carta – Papel A4 (21,0 x 29,7 cm) com o timbre da empresa, impresso apenas no anverso do papel – Lauda com 20 a 25 linhas por página e 60 a 70 toques por linha – Margens direita, esquerda, superior e inferior com 3 cm – Usam-se espaços duplos ou 1 ½ e entre os parágrafos é costume duplicar o espaço interlinear 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Comunicado ou Aviso é uma comunicação formal. Tem como características básicas um texto breve e linguagem clara, e serve para noticiar, convidar, ordenar, cientificar e prevenir. • O aviso é usado na correspondência particular, oficial e empresarial. Muitas vezes, aproxima-se do comunicado, do edital ou do ofício. – Geralmente não traz destinatário, fecho ou expressões de cortesia. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Memorando é uma COMUNICAÇÃO INTERNA (CI) das empresas, utilizada entre os vários setores para encaminhar, solicitar, pedir, distribuir ora informações ou documentos, ora material ou relatórios etc. – Linguagem simples e breve. – Informação direta, dispensa saudações iniciais. – Substituída por e-mail, com formatação alternativa, mas mantendo a estrutura básica. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Estrutura do memorando – Quanto à sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. • Ex.: Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração – Geralmente as empresas têm formulário próprio que deve conter as seguintes informações dos departamentos remetente e destinatário: • Número de expedição com sigla do setor emitente • Nome por extenso dos responsáveis e respectivos cargos • Nome por extenso dos setores • Síntese do assunto 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Ofício é a correspondência de caráter oficial, equivalente à carta. • É dirigido por um funcionário a outro, da mesma ou de outra categoria, bem como por uma repartição a uma pessoa ou instituição particular, ou , ainda, por instituição particular ou pessoa a uma repartição pública. – Pode ser usado também por empresas ou como correspondência protocolar entre entidades públicas ou particulares. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Estrutura do Ofício O aviso, o ofício e o memorando devem conter: a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede. Ex.: – Mem. 123/2002-MF – Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita: Ex.: – Brasília, 15 de março de 1991. c) assunto: resumo do teor do documento. Ex.: – Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores. – Assunto: Produtividade do órgão em 2002. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do ofício deve ser incluído também o endereço. e) fecho: Há apenas 2 tipos de fechos: – Respeitosamente: Para o presidente da República e todas as autoridades do primeiro escalão inclusive dos Estados. – Atenciosamente: Para as demais autoridades, sendo da mesma hierarquia ou hierarquia inferior. e) assinatura do autor da comunicação. f) identificação do signatário (que assina ou subscreve um documento) 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. Diagramação exigida para os documentos do Padrão Ofício • Estilo denteado. Papel A4. Fonte Times New Roman ou Arial. • Tamanho 12 no texto em geral, 11 nas citações e 10 nas notas de rodapé. • Numeração de página a partir da 2ª página. • É permitido a impressão no anverso e verso da folha. Neste caso, deverá ser usado margens em espelho. • O recuo de primeira linha (início de cada parágrafo do texto) deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda. • Margem esquerda de 3 cm, margem direita de 1,5 cm • Espaçamento entrelinhas de 6 pontos após cada parágrafo ou uma linha em branco. • Impressão na cor preta, salvo gráficos e ilustrações. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Relatório é um tipo de redação técnica usada para expor o modo como foi realizado um trabalho ou as circunstâncias em que se deu determinado fato ou ocorrência. – Dependendo do assunto, o relatório poderá conter descrições de objetos, processos, experiências e narrativas detalhadas de fatos ou acontecimentos, inclusive com anexos específicos. • Ele tem utilização frequente na vida profissional: relatório de estagiário, relatório de um funcionário a seu superior, de um executivo ao conselho administrativo, de uma comissão de estudo a um ministério, etc. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício,etc. • Estrutura do relatório – Folha de rosto (título, autor, destinatário) – Sumário (relação dos assuntos) – Introdução – Desenvolvimento – Conclusão 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Declaração significa a afirmação da existência de um fato, existência ou não de um direito. • Tem valor documental e pode ser de vários tipos: – para atestar comparecimento, frequência, realização de cursos – para atestar recebimentos, pagamentos, doação – para atestar que o profissional atuou no Estabelecimento, etc. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. Exemplo de como se iniciar uma declaração: • Declaro, para fins de prova junto ao órgão ...... • Declaro, para os devidos fins, que ........ • Declaro, a pedido verbal de ........ 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Atestado é um documento em favor de alguém, que afirma, assegura, demonstra alguma coisa que interessa a outrem a respeito de determinado fato. – Importante: • A declaração e o atestado são semelhantes. • As repartições públicas, em razão de sua natureza, fornecem atestados e não declarações. • O atestado difere da certidão, porque, enquanto esta prova fatos permanentes, aquele se refere a fatos transitórios. • Procuração é o instrumento por meio do qual a pessoa física ou jurídica outorga poderes a outra. – A procuração pública é lavrada em cartório – A procuração particular é conservada sem registro. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Estrutura da procuração – Título: Procuração. – Qualificação: nome, nacionalidade, estado civil, profissão, CPF e residência do outorgante (constituinte ou mandante) e do outorgado (procurador ou mandatário). – Finalidade e Poderes: parte em que o outorgante declara a finalidade da procuração, bem como autoriza o outorgado a praticar os atos para os quais é nomeado. – Local, data e assinatura do outorgante. – Assinatura das testemunhas, se houver. • Essas assinaturas costumam ficar abaixo da assinatura do outorgante, à esquerda. As firmas devem ser todas reconhecidas em cartório. • Requerimento é um meio de comunicação escrita usado para fazer um pedido a uma autoridade pública. Não se envia requerimento a empresas comerciais ou a grêmios esportivos. Para estes casos, o pedido ou a solicitação é objeto de carta. – O requerimento é a solicitação sob o amparo da lei, mesmo que o motivo seja suposto. – A petição é o pedido, sem certeza legal ou sem segurança quanto ao despacho favorável. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Estrutura do requerimento Obs.: Será redigido na terceira pessoa. – Invocação – pronome de tratamento adequado e título da pessoa a quem se dirige – Preâmbulo – identificação do requerente (nome, nº do documento de identidade, nacionalidade, estado civil, endereço, profissão) – Texto – exposição do que o requerente solicita e justificativa – Fecho – Exemplos apropriados: Nestes termos ou Aguarda deferimento ou Espera deferimento. – Data e assinatura do requerente 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Comunicado ou Aviso é uma comunicação formal que serve para noticiar, convidar, ordenar e cientificar. – O aviso é usado na correspondência particular, oficial e empresarial. Geralmente não traz destinatário, fecho ou expressões de cortesia. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • O convite é o instrumento pelo qual se faz uma convocação, pede-se o comparecimento de alguém ou solicita-se sua presença no estabelecimento de ensino, por exemplo. • A convocação corresponde ao convite no âmbito administrativo, mas tem o sentido de intimação, exigindo o comparecimento, devendo ser justificado o não comparecimento. • Já o convite é somente uma solicitação. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Circular é o meio de correspondência multidirecional pelo qual alguém se dirige, ao mesmo tempo, a várias repartições ou pessoas. – Na circular, não consta destinatário, indo o endereçamento no envelope. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. • Contrato é um acordo entre duas ou mais pessoas (físicas ou jurídicas) para estabelecer, modificar ou anular uma relação de direito. • O assunto pode ser o mais variado possível: – compra, venda, prestação de serviço, etc. • Um contrato de maior seriedade e com implicações jurídicas deve ser feito por um advogado. 4.1 Ata, edital, carta, aviso, memorando, ofício, etc. Treinamento Sugestão de vídeo • 04 Módulo II Secretariado e Assessoria (Textos Comerciais II) Duração: 14:12’ • https://www.youtube.com/watch?v=89v7sueMOus Treinamento • As equipes deverão redigir um memorando. Treinamento: atividades em grupo • As equipes deverão redigir uma procuração. Treinamento: atividades em grupo • Ao enviar um ofício endereçado ao Presidente da República, a forma de tratamento utilizada é a) Magnífico Senhor Presidente. b) Prezado Senhor Presidente da República. c) Excelentíssimo Senhor Presidente da República. • A modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em um mesmo nível ou em níveis diferentes, é: a) memorando b) ofício c) aviso Treinamento: atividades em grupo • Assinale a opção correta acerca da redação oficial. a) Requerimento é um documento específico por meio do qual se solicita algo a que se tem direito ou se supõe ter. b) Memorando é uma correspondência oficial externa entre autoridades de mesmo nível hierárquico, assemelhado, em sua estrutura, ao requerimento. c) O fecho de um memorando apresenta expressões canônicas, tais como “Nestes termos, aguarda deferimento” e “Espera deferimento”. Treinamento: atividades em grupo • A forma de comunicação utilizada para convocar e/ou avisar o público para um concurso é: a) Requerimento b) Edital c) Aviso • Qual a finalidade do requerimento? a) Encaminhar documentos. b) Efetuar solicitação a um órgão público. c) Firmar contrato de prestação de serviços Treinamento: atividades em grupo • No caso de uma procuração o outorgante representa a pessoa que: a) passa a procuração. b) que recebe a procuração. c) que pratica atos em nome de outros. • Uma das características de um memorando é a) poder tratar de assuntos administrativos ou expor projetos, ideias ou diretrizes. b) poder ser usado tanto para comunicação externa quanto interna. c) ser utilizado apenas como comunicação entre unidades administrativas do mesmo nível hierárquico. Treinamento: atividades em grupo • As características de um ofício são as relacionadas a seguir, EXCETO a) indicar o local e a data à direita. b) dirigir-se ao destinatário por vocativo, seguido de vírgula. c) apresentar afastamento de 4,0 cm para início do parágrafo. Treinamento: atividades em grupo 4.2 Currículo, Carta de apresentação e entrevista de emprego 4.2 Currículo, Carta de apresentação e entrevista de emprego Sugestão de vídeo • Entrevista de Emprego ao Contrário - Com Murilo Gun e Fernando Muylaert (Duração: 4:28’) • https://www.youtube.com/watch?v=Ne3UbFo_64s • Curriculum Vitae (CV – expressão latina que significa “resumo davida”) é um documento escrito no qual constam os principais dados pessoais de um indivíduo, o resumo de sua vida escolar e sua experiência profissional. • Estrutura – Dados Pessoais • Ex.: Brasileiro, casado, 25 anos – Objetivo – Qualificação e Histórico Profissional – Formação acadêmica – Cursos complementares 4.2 Currículo, Carta de apresentação e entrevista de emprego • A mentira tem pernas curtas... – Maior tempo de permanência na antiga empresa – Participação inexistente em trabalhos voluntários – Falsa experiência na área em que deseja atuar – Acréscimo de atribuições no cargo anterior – Garantia de mobilidade e flexibilidade – Últimos cargos supervalorizados – Fluência em idioma estrangeiro – Curso de informática – Formação acadêmica – Salário anterior – Estado civil – Idade 4.2 Currículo, Carta de apresentação e entrevista de emprego 4.2 Currículo, Carta de apresentação e entrevista de emprego • Carta de apresentação Entrevista de emprego • O objetivo da entrevista é avaliar, nos candidatos, a presença de diferentes competências – necessárias para o exercício do cargo que será preenchido. • Estas qualidades comportamentais (que podem ser capacidade de liderança, foco em resultado, e trabalho em equipe, por exemplo) são levantadas a partir de respostas a perguntas que evoquem situações pontuais na vida profissional do candidato. 4.2 Currículo, Carta de apresentação e entrevista de emprego • Exemplo de perguntas: – Fale sobre você. – Quais são suas maiores qualidades? – E seus defeitos? – Que avaliação você faz da última empresa que trabalhou? 4.2 Currículo, Carta de apresentação e entrevista de emprego Sugestão de vídeo • A temível entrevista de emprego (Duração: 7:59’) • https://www.youtube.com/watch?v=CzCWa4o1bEk 4.2 Currículo, Carta de apresentação e entrevista de emprego Treinamento • Cada equipe deverá escrever um currículo e apresentar a uma equipe diferente, submetendo um integrante a entrevista. Treinamento: currículo e entrevista • Elabore seu currículo voltado para a área administrativa de uma empresa de pequeno porte. • Entregue impresso, na próxima aula, para avaliação. (atividade individual) Treinamento: currículo e entrevista 5. APRESENTAÇÃO ORAL • Uma apresentação oral é uma exposição, feita oralmente, sobre um tema, por exemplo, arte, ciência, política, religião, para um público mais ou menos restrito. • Se deseja fazer uma boa exposição oral, considere o seguinte: – quem ouve tem de seguir o ritmo de quem fala; se o ouvinte não percebe algo, não pode voltar atrás e facilmente perde o interesse porque não consegue acompanhar a exposição. 5. APRESENTAÇÃO ORAL • Tipos de Apresentação – Técnica: • projetos, ideias para se obter sugestões, aprovação etc. – Motivacional : • tem o propósito de envolver pessoas em um determinado projeto ou plano de ação, na difusão de ideias e novos comportamentos. – Treinamento: • tem a função de repassar informações, desenvolver conhecimentos e/ou habilidades. . 149 5. APRESENTAÇÃO ORAL • Denominações dadas às apresentações (eventos) – Palestra: • Tem o objetivo de apresentar de forma sucinta alguma novidade, por isso possui curta duração. – Pode-se dizer que a palestra é como a capa de um jornal: tem-se acesso apenas às manchetes. – Workshop: • Tem o caráter de treinamento. Seu objetivo consiste em aprofundar a discussão sobre temas específicos e, para isso, apresenta casos práticos. O público participa intensamente. Normalmente possui um moderador e um ou dois expositores. A dinâmica da sessão divide-se em três momentos: exposição, discussão em grupos ou equipe e conclusão. 150 5. APRESENTAÇÃO ORAL – Mesa-redonda: • É uma reunião do tipo clássica, preparada e conduzida por um coordenador, que funciona como elemento moderador, orientando a discussão para que ela se mantenha sempre em torno do tema principal. Os expositores têm um tempo limitado para apresentar suas ideias e para o debate posterior. – Simpósio: • Reunião para a discussão de um determinado tema (uma nova técnica, por exemplo). Aqui não são apresentadas as conclusões de uma pesquisa, mas sim impressões sobre um determinado assunto que é colocado em debate. – A diferença fundamental entre o simpósio e a mesa- redonda é que no simpósio os expositores não debatem entre si os temas apresentados. 151 5. APRESENTAÇÃO ORAL – Seminário: • Reunião na qual “semeiam-se” ideias. O objetivo é suscitar o debate sobre determinados temas, até então pouco estudados. Caracteriza-se pela exposição de um orador seguida de debate com o auditório. A dinâmica do seminário divide-se em três momentos: a fase de exposição, a de discussão e a de conclusão. – Usualmente, o orador é um expert no assunto que está sendo exposto. – Congresso: • Reunião de especialistas em determinada área do conhecimento (Genética, por exemplo) para a apresentação de pesquisas e estudos científicos. 152 5. APRESENTAÇÃO ORAL – Debate: • É uma discussão entre dois ou mais oradores que defendem opiniões divergentes, pontos de vista diferentes sobre um tema. Em geral, é uma discussão mais emocional. • O público pode ou não participar, somente com aplausos ou protestos não formais. Existe a necessidade de um moderador para coordenação do debate, esse mediador dita as regras e faz com que os oradores as cumpram. – Ex.: debate político. Pode ser aberto ao público ou transmitido em veículo de mídia, entretanto, a plateia não participa com perguntas. 153 5. APRESENTAÇÃO ORAL – Painel: • Os temas abordados nesse evento não são uniformes. É outro tipo de reunião derivado da mesa redonda, tem como objetivo reproduzir as informações de um pequeno grupo para um grande grupo assistente. Há debate entre os painelistas, sob a coordenação de um moderador, cabendo a plateia o comportamento de espectadora, sem formular perguntas à mesa. – Um exemplo seria um painel sobre a empresa do terceiro milênio com a presença de profissionais de várias áreas para falar sobre mudança no trato com o cliente, condições de trabalho e soluções tecnológicas. 154 5. APRESENTAÇÃO ORAL – Semana: • É a nomenclatura atribuída a um tipo de encontro semelhante ao congresso, no qual os participantes pertencem a uma mesma categoria profissional com o objetivo de discutir temas relacionados com a classe. É necessário uma comissão organizadora, e tem duração de vários dias. – Fórum: • Tipo de reunião que tem como objetivo conseguir a efetiva participação de um público numeroso, que deve ser motivado. Usualmente, são eventos mais abrangentes que tratam de assuntos gerais de setores e industriais ou temas de interesse social ou político. 155 5. APRESENTAÇÃO ORAL – Briefing • Consiste em uma exposição oral de um profissional de renome para participantes que possuem conhecimento prévio do assunto a ser debatido. É um produto informativo, mais focado que, normalmente, acompanha uma conferência. – Cursos • Consiste no detalhamento de determinado assunto ou conjunto de temas com o foco de "treinar" ou "ensinar a fazer". É composto de exposições de pessoas normalmente com formação acadêmica que procuram passar seu conhecimento aos participantes. O foco está mais na teoria que na prática, porém não a exclui. 156 5. APRESENTAÇÃO ORAL • A preparação de uma boa apresentação envolve 157 Definir o PROPÓSITOCertificar-se de ter uma ideia bem clara sobre o propósito da apresentação, coletando o máximo de informações possíveis para uma compreensão exata desse propósito. Avaliar a AUDIÊNCIA Descubrir o máximo possível sobre sua pretensa audiência e enfocar a apresentação adequadamente. Identificar a NECESSIDADE Quanto mais claramente se definir as necessidades da situação, mais chances se terá de conduzir uma apresentação realmente “marcante”. Reunir a INFORMAÇÃO Já se sabe “para que” e “por quê” terá que fazer a sua apresentação. Que informações são realmente necessárias de serem transmitidas? Preparar a COMUNICAÇÃO Que recursos visuais você usará? Onde será realizado o evento? Que tipo de acompanhamento será necessário? 5.1 Planejamento da Apresentação 5.1 Planejamento da Apresentação • As apresentações devem ter uma estrutura e ser previamente planejadas. – A duração é de acordo com a natureza, podem ser divididas em sessões ou ocorrer de uma só vez. • Passos a seguir no planejamento de uma apresentação: – Objetivo – Resultados esperados – Público-alvo – Duração – Local e Recursos 158 5.1 Planejamento da Apresentação Estrutura da apresentação • Deve-se organizar o conteúdo da apresentação em: 1. Introdução: • apresenta o conteúdo, identificando os vários tópicos do desenvolvimento. A introdução de uma exposição oral tem que dar ao ouvinte todos os elementos necessários à sua compreensão, esclarecê-lo sobre o tema, sobre o que vai ouvir e sobre os objetivos, de modo a suscitar o seu interesse. 159 5.1 Planejamento da Apresentação 2. Desenvolvimento: • expõe, demonstra, defende as ideias principais, introduzindo exemplos interessantes e analogias com casos conhecidos, de modo a garantir a atenção dos ouvintes e a manter vivo o seu interesse. 3. Fechamento (Conclusão): • sintetiza e salienta as ideias principais de maneira que fiquem bem presentes na memória dos ouvintes. – O fechamento deve ser “com chave de ouro” dando ênfase à mensagem principal. 160 5.2 Técnicas de Apresentação Técnicas de Apresentação • Técnica pode ser definida como maneira, jeito ou habilidade especial de executar ou fazer algo. • A apresentação é a combinação de: DISCURSO ORAL + AUXÍLIO DE MATERIAL VISUAL • Ela é sempre realizada com objetivos definidos e por alguém que, pressupõe-se, tenha condições de transmitir ideias e propostas com clareza. 161 5.2 Técnicas de Apresentação • As técnicas de apresentação podem ser aprendidas e praticadas visando ao aprimoramento das habilidades de comunicação. – Elas se relacionam com a respiração, o posicionamento, a postura e expressão, aos gestos, ao jeito de olhar para a plateia, ao ritmo da voz, à aparência, ao uso do laser pointer, as repetições, ao vocabulário, ao domínio do tema, a linguagem fática, ao modo de despertar interesse e conquistar o público, etc. 162 Sugestão de Vídeo • Dicas para fazer uma boa apresentação Duração: 1:36’ • https://www.youtube.com/watch?v=PL9wBjMPpRQ 163 5.2 Técnicas de Apresentação Recursos Instrucionais • São meios que dispomos para tornar mais objetiva a transmissão de ideias, informações e conhecimentos aos treinandos, propiciando maior rapidez e eficiência num processo de treinamento. – Para que uma apresentação tenha pleno sucesso, o apresentador deverá utilizar recursos e equipamentos que o auxiliem na transmissão das informações de uma forma dinâmica e eficaz. 164 5.3 Recursos Instrucionais, Movimentação e Postura • A utilização desses recursos pode ser individual ou conjugada, dependendo da necessidade do evento. – Tipos de recursos • Quadro Branco • Flipchart • Transparências • Retroprojetor • Multimídia, Vídeo ou DVD • Apostilas, folhetos, revistas, jornais, fotos • Modelos, objetos, maquetes 165 5.3 Recursos Instrucionais, Movimentação e Postura 5.3 Recursos Instrucionais, Movimentação e Postura Movimentação • Todo o corpo fala, e é através de gestos, atitudes e movimentos que o palestrante comunica mensagens que às vezes são inconscientes, positivas ou negativas, transmitindo ao público nervosismo, calma, timidez, insegurança, entusiasmo, confiança ou despreparo. – A linguagem corporal se refere a todas as nossas expressões através dos movimentos, posturas ou gestos que se façam com as diferentes partes do corpo. • Ela evidencia diferentes sentimentos e expressões que não se comunicam com palavras, mas sim com o comportamento físico. 5.3 Recursos Instrucionais, Movimentação e Postura • A linguagem corporal é um método de expressão inerente ao ser humano. Os seus gestos, quando bem observados, são capazes de revelar todo o pensamento e ideias que por qualquer motivo não são expressadas. – Esta linguagem pode ser reconhecida através de várias formas, sendo elas a comunicação, a expressão facial, do corpo e o tom de voz, o controle voluntário ou involuntário dos movimentos e pela concordância ou discordância do discurso verbal. Postura Corporal • A postura que o nosso corpo adquire quando falamos com outra pessoa tem mais significado do que podemos imaginar. – Dentro da linguagem corporal falamos de posturas abertas ou fechadas. As primeiras são aquelas posturas onde não há barreiras como os braços ou as pernas entre um interlocutor e outros. – Pelo outro lado, estão as posturas fechadas onde, por exemplo, se usam os braços cruzados para isolar ou proteger o corpo (de forma inconsciente na maioria dos casos). 168 5.3 Recursos Instrucionais, Movimentação e Postura 1. Manter os braços cruzados pode passar desinteresse e mostrar que você está fechado para ideias, além de indicar um desconforto. 3. Essa posição mostra descontração, faz parecer que você está a vontade. 2. As pernas uma na frente da outra demonstram insegurança ou instabilidade. 4. Mostra que você ficou muito tempo em pé e se sente desconfortável 169 • Observe as imagens e veja o significado aparente de cada postura • Racional: – Essa posição demonstra superioridade, excesso de senso crítico e pouco envolvimento nas relações. Para aliviar essa imagem negativa, junte as pontas dos dedos no momento em que estiver conversando. Isso passa a ideia de ser bastante racional quando visa assuntos de trabalho. • Insegura: – Pernas juntas escondendo as mãos. Posição clássica de uma pessoa insegura e retraída, que sempre pensa muito antes de falar por medo de não se sair bem em público ou por receio de desagradar. Isso acaba com a naturalidade já que prova falta de segurança. • Perfeccionista – Posição típica de pessoas ambiciosas, essa posição passa a imagem de gente teimosa, que gosta de defender o que acha certo a todo o custo e que tem muita ambição. Mas, cuidado para não assustar quem está perto de você. Os pés prejudicam por denunciar falta de energia. 170 • Uma apresentação bem feita, ou seja, corretamente planejada e estruturada, ainda é fortemente dependente da postura do orador, pois a linguagem corporal contribui para prender ou dispersar a atenção da plateia. – 90% da imagem que passamos e do interesse que despertamos, depende de como agimos e falamos (entonação). 5.3 Recursos Instrucionais, Movimentação e Postura 172 Sugestão de Vídeo • Postura - como apresentar o plano Duração: 7:20’ • https://www.youtube.com/watch?v=5K_6OGgdhi8 173 5.3 Recursos Instrucionais, Movimentação e Postura TreinamentoTreinamento • Cada aluno deverá fazer uma apresentação sobre si mesmo, utilizando as técnicas aprendidas. • Dicas: – Primeiro se identifique: nome, profissão, etc. – Depois fale de sua vida, de seu emprego atual (ou o desejado), fale também de seus projetos futuros, etc. – Utilize recursos instrucionais e não esqueça da postura e da aparência. Mas não esqueça que você não pode estourar o tempo, que é, no máximo, de 5 minutos. Texto Complementar Texto complementar • Ekman, que por 15 anos dedicou estudos a linguagem corporal, em especial sobre microexpressão facial tendo como base a teoria da Evolução das Espécies de Darwin, catalogou as emoções de Alegria, Tristeza, Dor, Raiva, Nojo, Desprezo e Surpresa, inerentes a todos os seres humanos, de modo a estudar cada músculo que as compunha. – Por se tratar de uma técnica de cunho psicológico, não se pode dizer que ela é 100% confiável, embora auxilie muito a identificar um mentiroso. 177 178 Sugestão de vídeos 1. Lie To Me - Trecho do 1º Episódio Duração: 3:52’ • https://vimeo.com/142459503 179 Texto complementar 2. Wanderson Castilho - Como detectar mentiras Galileu Galilei Duração: 5:34’ • https://www.youtube.com/watch? v=MXeW_Ik0jFE
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