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Aula Malária

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TAPERA	
  DE	
  ARRAIAL.	
  Ali,	
  na	
  beira	
  do	
  rio	
  Pará,	
  deixaram	
  
largado	
  um	
  povoado	
  inteiro:	
  casas,	
  sobradinho,	
  capela,	
  três	
  
vendinhas,	
  o	
  chalé	
  e	
  o	
  cemitério	
  e	
  a	
  rua,	
  sozinha	
  e	
  comprida,	
  
que	
  agora	
  nem	
  é	
  mais	
  uma	
  estrada,	
  de	
  tanto	
  que	
  o	
  mato	
  a	
  
entupiu.	
  Ao	
  redor,	
  bons	
  pastos,	
  boa	
  gente,	
  terra	
  boa	
  para	
  o	
  
arroz.	
  E	
  o	
  lugar	
  já	
  esteve	
  nos	
  mapas,	
  muito	
  antes	
  da	
  malária	
  
chegar.	
  	
  
	
  
Então,	
  houve	
  gente	
  tremendo,	
  com	
  os	
  primeiros	
  acessos	
  da	
  
sezão.	
  –	
  Talvez	
  para	
  o	
  ano	
  que	
  vem	
  ela	
  não	
  volte,	
  vá	
  sembora.	
  
Ficou.	
  Quem	
  foi	
  sembora	
  foram	
  os	
  moradores:	
  os	
  primeiros	
  
para	
  o	
  cemitério,	
  os	
  outros	
  por	
  aí	
  a	
  fora,	
  por	
  este	
  mundo	
  de	
  
Deus.	
  
João	
  Guimarães	
  Rosa	
  
Sarapalha	
  in	
  Sagarana	
  	
  	
  
Malária	
  
Uma	
  das	
  mais	
  importantes	
  doenças	
  infecciosas	
  
	
  ~3,2	
  bilhões	
  de	
  pessoas	
  vivem	
  em	
  áreas	
  endêmicas	
  de	
  
malária	
  
	
  
	
  ~	
  216	
  milhões	
  de	
  casos,	
  ~	
  445	
  mil	
  óbitos	
  em	
  91	
  países	
  (WHO,	
  
2016)	
  	
  à	
  90%	
  casos	
  na	
  África	
  
	
  
41%	
  	
  população	
  mundial	
  	
  vive	
  em	
  áreas	
  onde	
  a	
  Malária	
  é	
  
transmicda.	
  
	
  
	
  
Brasil	
  à	
  124.180	
  casos	
  e	
  37	
  óbitos	
  confirmados	
  (2016)	
  
	
  
	
  Sezão,	
  Tremedeira,	
  Maleita,	
  	
  Batedeira....	
  
A	
  malária	
  está	
  presente	
  nas	
  regiões	
  tropicais	
  e	
  subtropicais	
  do	
  planeta.	
  O	
  maior	
  
foco	
  de	
  transmissão	
  é	
  a	
  África	
  Sub-­‐Sahariana	
  onde	
  ocorrem	
  90%	
  dos	
  casos	
  no	
  
mundo	
  
Malária	
  no	
  Brasil	
  
No	
  Brasil,	
  a	
  área	
  endêmica	
  é	
  
conhecida	
  como	
  Amazônia	
  Legal.	
  
Esta	
  área	
  é	
  composta	
  pelos	
  
estados	
  do	
  Acre,	
  Amapá,	
  
Amazonas,	
  Maranhão,	
  Mato	
  
Grosso,	
  Mato	
  Grosso	
  do	
  Sul,	
  Pará,	
  
Rondônia,	
  Roraima	
  e	
  Tocancns.	
  
Populações Ribeirinhas 
Agente	
  e7ológico	
  	
  	
  
Gênero:	
  Plasmodium	
  
Espécies:	
  	
  +	
  de	
  100	
  	
  
Plasmodium	
  à	
  	
  altamente	
  específico	
  
	
  
	
  4	
  parasitam	
  o	
  homem: 	
   	
  	
  
• Plasmodium	
  falciparum	
  :	
  causa	
  febre	
  terçã	
  maligna	
  
• Plasmodium	
  vivax:	
  causa	
  febre	
  terçã	
  benigna	
  
• Plasmodium	
  ovale:	
  causa	
  febre	
  terçã	
  maligna	
  na	
  África	
  
• Plasmodium	
  malariae:	
  causa	
  febre	
  quartã	
  
• Plasmodium	
  knowlesi	
  
Maioria	
  absoluta	
  dos	
  casos:	
  P.	
  falciparum	
  e	
  P.	
  vivax	
  
P.	
  falciparum	
  
•  Forma	
  mais	
  letal	
  de	
  malária	
  (90%	
  
das	
  mortes)	
  
•  Afeta	
  zonas	
  tropicais	
  –	
  África	
  
•  80-­‐90%	
  do	
  inves7mento	
  em	
  
pesquisa	
  e	
  controle	
  
•  Infecta	
  eritrócitos	
  maduros	
  
•  Causa	
  malária	
  cerebral	
  severa	
  
•  Pode	
  ser	
  cul7vado	
  in	
  vitro	
  	
  
P.	
  vivax	
  
•  Principal	
  causa	
  de	
  malária	
  no	
  
Brasil:	
  ~87%	
  	
  
•  Afeta	
  zonas	
  tropicais	
  e	
  temperadas	
  
•  Número	
  de	
  casos	
  estável	
  em	
  zonas	
  
onde	
  P.	
  falciparum	
  está	
  em	
  
declínio	
  
•  Infecta	
  eritrócitos	
  imaturos	
  
(recculócitos)	
  
•  Hipnozoítas	
  no	
  mgado:	
  relapso	
  
•  Não	
  pode	
  ser	
  cul7vado	
  in	
  vitro	
  
Malaria	
  report	
  2017	
  (WHO)	
  
P.	
  vivax	
  	
  à	
  	
  responsável	
  por	
  82%	
  dos	
  casos	
  no	
  Brasil	
  	
  
	
  
P.	
  falciparum	
  à	
  predominante	
  na	
  África	
  e	
  a	
  mais	
  virulenta.	
  	
  
	
  
P.	
  vivax	
  	
  e	
  P.	
  ovale	
  à	
  podem	
  desenvolver	
  formas	
  latentes	
  no	
  
mgado	
  que	
  podem	
  ser	
  reacvadas	
  após	
  2	
  a	
  4	
  anos	
  
“E	
  o	
  anofelino	
  é	
  o	
  passarinho	
  que	
  canta	
  mais	
  bonito,	
  na	
  terra	
  bonita	
  onde	
  mora	
  a	
  
maleita....ele	
  aparece,	
  o	
  pernilongo	
  pampa,	
  de	
  pés	
  de	
  prata	
  e	
  asas	
  de	
  xadrez.	
  	
  
O	
  mosquito	
   fêmea	
   não	
   ferroa	
   de-­‐dia	
   está	
   dormindo,	
   com	
   a	
   tromba	
   repleta	
   de	
  
maldades...”	
  
Vetor:	
  gênero	
  Anopheles	
  	
  
Insetos	
  dípteros	
  
Pequenos,	
  1	
  cm	
  de	
  comprimento	
  
Hábitos	
  noturnos	
  
Fêmeas	
  hematófagas	
  
	
   Desenvolvimento	
  em	
  diferentes	
  cpos	
  de	
  coleções	
  de	
  água	
  -­‐	
  
salobra,	
  doce	
  
	
   Adulto:	
  hábitos	
  noturnos	
  ou	
  crepusculares	
  
	
  
Manchas nas asas 
Palpos 
Probóscida 
Características dos mosquitos do gênero 
Anopheles 
Distribuição	
  mundial	
  dos	
  potenciais	
  vetores	
  de	
  Malária	
  	
  -­‐	
  80	
  sp	
  capazes	
  
de	
  transmicr	
  a	
  malária	
  
Kiszewski	
  et	
  al.,	
  2004.	
  American	
  Journal	
  of	
  Tropical	
  Medicine	
  and	
  Hygiene	
  70(5):486-­‐498.	
  
An. Darlingi (Brasil) An. albitarsis 
An. gambiae (África) An. aquasalis 
Hematofagia 
 
ü Mosquitos infectados com Plasmodium tem 
menor capacidade de obtenção de sangue. 
ü Aumenta o número de tentativas para obter 
sangue suficiente para oviposição. 
Manipulação do inseto vetor pelo parasita 
Malária	
  
Formas	
  de	
  vida	
  do	
  parasito:	
  
Esporozoítos	
  
Trofozoítos	
  sangüíneos	
  
Esquizontes	
  eritrocíccos	
  
Gametócitos	
  
Zigoto	
  
Oocisto	
  
Esquizontes	
  hepáccos	
  
Merozoítos	
  
White et al, 
2014 
Ciclo	
  de	
  vida	
  -­‐	
  Plasmodium	
  
Esporozoítos	
  
•  	
  Alongados	
  e	
  móveis	
  
• Alojam-­‐se	
  nas	
  glândulas	
  salivares	
  do	
  inseto	
  
• 2	
  membranas	
  (externa	
  e	
  interna)	
  
•  	
  Formas	
  infectantes	
  –	
  possuem	
  Complexo	
  
apical	
  	
  ou	
  de	
  penetração	
  
	
  Roptrias	
  e	
  micronemasà	
  proteínas	
  
	
  necessárias	
  à	
  penetração	
  
	
  
à	
  2	
  proteínas	
  de	
  supermcie	
  possuem	
  
propriedades	
  adesivas	
  ao	
  hepatócito:	
  
	
  -­‐CSP	
  (proteína	
  circumsporozoíta)	
  
	
  -­‐TRAP	
  (proteína	
  anônima	
  relacionada	
  
	
  à	
  trombospondina)	
  
	
  
	
  
	
  	
  
Complexo apical 
Micronemas 
Roptrias (um par) 
O esporozoíta à esquizonte 
 Após atravessar vários hepatócitos, o esporozoíta pára 
em um, se desenvolve e replica dentro de um vacúolo 
parasitóforo bem delineado. O parasita sofre então um 
processo conhecido como esquizogonia (o núcleo divide-
se sem divisão da membrana), dando origem a uma 
estrutura conhecida como esquizonte (ou criptozoíta). 
Hipnozoítas de P. vivax e P.ovale. 
 Formas dormentes que são responsáveis 
por relapsos da doença meses ou anos 
depois. 
Nature Reviews Microbiology (2006): 4-849 
P. vivax P. malariae P. falciparum P. ovale 
8 12-16 6 9 
Duração da esquizogonia pré-eritrocítica 
(dias) 
Esquizontes	
  hepáccos• 	
  Resultado	
  da	
  diferenciação	
  dos	
  esporozoítos	
  nos	
  hepatócitos	
  
• 	
  Formas	
  arredondadas	
  e	
  mulcnucleadas	
  
• 	
  Crescem	
  e	
  sofrem	
  múlcplas	
  divisões	
  nucleares	
  	
  
• 	
  N°	
  de	
  merozoítos	
  produzidos	
  	
  pelo	
  esquizonte	
  
	
  P.	
  vivax	
  –	
  10000	
  
	
  P.	
  falciparum	
  –	
  40000	
  	
  
•  O esquizonte então dá origem a 
inúmeros merozoítas 
A etapa final envolve a liberação dos 
merozoítas na corrente sanguínea. Os 
merozoítas de Plasmodium são liberados na 
corrente sanguínea pela formação de 
vesículas cheias de merozoítas 
(merossomos), que “brotam” do hepatócito 
para o lúmen do sinusóide. 
Nature Reviews Microbiology (2006): 4-849 
Esquizonte à Merozoítas 
P. vivax P. malariae P. falciparum P. ovale 
10.000 2.000 40.000 15.000 
Número de merozoítas por esquizonte 
tecidual 
Merozoítos	
  
• 	
  Capazes	
  de	
  invadir	
  somente	
  hemácias	
  –	
  possuem	
  Complexo	
  Apical	
  
• 	
  Formato	
  	
  ovóide	
  
• 	
  Altamente	
  ancgênicos	
  
	
  
•  2	
  membranas	
  (externa	
  e	
  interna)	
  
•  	
  roptrias	
  e	
  micronemas:	
  proteínas	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  necessárias	
  à	
  penetração	
  
• 	
  Resultado	
  da	
  diferenciação	
  dos	
  esquizontes	
  
 Aikawa M. "Malaria", Topics in Inernational Health,(1998) The Wellcome 
Trust, CABI Publishing, CAB International) 
Moléculas da superfície 
da hemácia servem de 
receptores para ligantes 
presentes no merozoíta: 
 
•  P. vivax: o antígeno 
Duffy liga-se à proteína 
ligante do antígeno Duffy 
 
•  P. falciparum: EBA-175 
liga-se a glicoforina A e 
EBA-140 liga-se a 
glicoforina B 
 
O merozoíta 
P. vivax P. malariae P. falciparum P. ovale 
Reticulócitos Eritrócitos 
maduros 
Todas as 
idades 
Reticulócitos 
Tipos de eritrócitos que infecta 
Adesão 
Reorientação Início da 
invasão 
Descarga das organelas 
do complexo apical (ex: 
secreção das roptrias) 
Formação do vacúolo 
parasitóforo 
Trofozoítos	
  
•  Resultantes	
  da	
  diferenciação	
  dos	
  merozoítos	
  
•  	
  Encontrado	
  dentro	
  do	
  eritrócito	
  após	
  10-­‐18	
  horas	
  
de	
  infecção.	
  
•  	
  Digere	
  a	
  hemoglobina	
  da	
  hemácia	
  dentro	
  do	
  
vacúolo	
  alimentar	
  
Esquizontes	
  eritrocíccos	
  
• Resultantes	
  da	
  diferenciação	
  dos	
  trofozoítos	
  
• Semelhantes	
  aos	
  esquizontes	
  hepáccos	
  
• Mulcnucleados	
  
• Esquizogonia:	
  forma	
  de	
  reprodução	
  
assexuada	
  em	
  que	
  ocorrem	
  múlcplas	
  
mitoses,	
  dando	
  origem	
  a	
  uma	
  células	
  
mulcnucleada.	
  Uma	
  vez	
  que	
  o	
  núcleo	
  e	
  
as	
  organelas	
  se	
  replicaram,	
  ocorre	
  
citocinese,	
  dando	
  origem	
  aos	
  
merozoítas.	
  
Cada	
  Plasmodium	
  tem	
  uma	
  quancdade	
  determinada	
  de	
  merozoítos	
  
na	
  hemácia	
  e	
  a	
  esquizogonia	
  sanguínea	
  ocorre	
  em	
  intervalos	
  
regulares	
  para	
  cada	
  espécie.	
  	
  
• 	
  P.	
  vivax	
  –	
  12	
  a	
  14,	
  48	
  horas	
  
• 	
  P.	
  falciparum	
  –	
  8	
  a	
  36,	
  36	
  a	
  48	
  horas	
  
• 	
  P.	
  malariae	
  –	
  6	
  a	
  12,	
  72	
  horas	
  	
  
P. vivax P. malariae P. falciparum P. ovale 
6-12 8-24 
(ou +) 
4-16 
Números de merozoítas/hemácia 
12-24 
Gametócitos	
  
• 	
  Resultantes	
  da	
  diferenciação	
  dos	
  trofozoítos	
  
• 	
  Formas	
  sexuadas	
  do	
  parasito	
  
• 	
  Formam	
  microgametas	
  masculinos	
  e	
  macrogametas	
  
femininos	
  
• 	
  Formas	
  infectantes	
  para	
  o	
  INSETO	
  
Gametogênese 
•  Formação	
  dos	
  gametas	
  (gametócito	
  masculino	
  e	
  feminino).	
  
•  Es{mulo	
  ou	
  mecanismo	
  que	
  desencadeia	
  a	
  diferenciação	
  é	
  
desconhecido.	
  
•  P.	
  falciparum:	
  12-­‐15	
  dias	
  para	
  desenvolvimento.	
  
•  P.	
  vivax:	
  36	
  horas	
  
P. falciparum P. vivax P. malariae P. ovale 
Fase eritrocítica 
Desenvolvimento no mosquito 
•  Depois	
  da	
  digestão	
  do	
  repasto	
  sanguineo,	
  o	
  micro	
  e	
  macro	
  
gametócitos	
  rapidamente	
  amadurecem.	
  
•  O	
  microgametócito	
  	
  rapidamente	
  sofre	
  divisão	
  nuclear	
  múlcpla	
  
para	
  dar	
  origem	
  a	
  8	
  gametas.	
  
	
  
•  Macrogameta	
  é	
  liberado	
  da	
  hemácia	
  .	
  
Zigoto e oocineto 
ME de um oocineto de P. gallinaceum. Um oocineto (O) penetrando a membrana 
peritrófica (PT). 
(Toril et al, J. Protozool. 39(4) (1992), pp.449)
• Ferclização	
  forma	
  um	
  zigoto	
  diplóide.	
  	
  
• Matura	
  por	
  18-­‐24	
  horas.	
  
• Alonga-­‐se,	
  adquire	
  mobilidade	
  (oocineto)	
  e	
  se	
  desloca	
  para	
  atravesar	
  a	
  parede	
  do	
  
estômago	
  do	
  mosquito.	
  
• Tamanho	
  varia	
  de	
  10-­‐20	
  mm	
  (dependendo	
  da	
  espécie).	
  
Desenvolvimento no mosquito: 
o oocineto 
Oocineto maduro 
Imagem: Sinden RE. "Malaria", Topics in 
Inernational Health,(1998) The 
WellcomeTrust, CABI Publishing, CAB 
International 
Complexo apical 
Núcleo 
Películo 
•  O	
  oocineto	
  transforma-­‐se	
  em	
  oocisto	
  
ao	
  envolver-­‐se	
  por	
  uma	
  grossa	
  cápsula	
  
com	
  0.1-­‐0.2	
  mm	
  de	
  espessura.	
  
•  10-­‐12	
  dias	
  de	
  desenvolvimento	
  para	
  	
  	
  
P.	
  falciparum	
  e	
  8-­‐10	
  dias	
  para	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  P.	
  
vivax.	
  
•  Divisão	
  nuclear	
  reducional,	
  haplóide	
  
novamente.	
  
•  mulcplicação	
  para	
  formar	
  milhares	
  de	
  
esporozoítas.	
  
Desenvolvimento	
  no	
  mosquito:	
  do	
  oocineto	
  ao	
  oocisto	
  
Oocisto 
rompendo-se Esporozoítas 
²Hospedeiro	
  Vertebrado	
  –	
  Homem	
  
Ciclo	
  pré-­‐eritrocícco	
  ou	
  cssular:	
  primeira	
  fase	
  do	
  ciclo	
  
Ciclo	
  eritrocícco	
  	
  
²	
  Hospedeiro	
  Invertebrado	
  –	
  Inseto	
  
Ciclo	
  biológico:	
  
	
  Ciclo	
  pré-­‐eritrocícco	
  ou	
  cssular:	
  primeira	
  fase	
  do	
  ciclo	
  
Esporozoítos	
  infectantes	
  são	
  inoculados	
  no	
  homem	
  pelo	
  inseto	
  
vetor	
  do	
  gênero	
  Anopheles	
  e	
  invadem	
  hepatócitos	
  
Após	
  invasão	
  do	
  hepatócito,	
  os	
  esporozoítos	
  se	
  diferenciam	
  	
  em	
  
esquizontes,	
  que	
  crescem	
  e	
  tornam-­‐se	
  mulcnucleados	
  
Esquizontes	
  diferenciam-­‐se	
  em	
  merozoítos	
  e	
  rompem	
  o	
  hepatócito	
  
Merozoítos	
  invadirão	
  os	
  eritrócitos	
  
Ciclo eritrocítico – se inicia quando merozoítos tissulares invadem os 
eritrócitos	
  
Merozoítos	
  invadem	
  eritrócitos	
  
Diferenciação	
  em	
  trofozoítos,	
  esquizontes	
  e	
  merozoítos,	
  que	
  se	
  
mulcplicam	
  até	
  o	
  rompimento	
  das	
  células	
  
Merozoítos	
  liberados	
  na	
  corrente	
  sanguínea	
  
Diferenciação	
  em	
  estágios	
  sexuados,	
  os	
  gametócitos	
  →	
  
seguirão	
  seu	
  desenvolvimento	
  no	
  inseto	
  vetor	
  
Após	
  algumas	
  gerações	
  de	
  merozoítos	
  sanguíneos	
  
48	
  h	
  
ou	
  	
  
72	
  H	
  
²	
  Hospedeiro	
  Invertebrado	
  –	
  Inseto	
  
No	
  repasto	
  sanguíneo,	
  o	
  Anopheles	
  	
  ingere	
  as	
  formas	
  sanguíneasdo	
  
parasito	
  –	
  só	
  os	
  gametócitos	
  serão	
  capazes	
  de	
  evoluir	
  no	
  inseto	
  →	
  	
  
ciclo	
  sexuado	
  
No	
  intescno	
  –	
  o	
  gametócito	
  feminino	
  se	
  transforma	
  em	
  
macrogameta	
  e	
  o	
  masculino	
  em	
  microgameta	
  
A	
  fecundação	
  origina	
  o	
  ovo	
  ou	
  zigoto	
  –	
  24	
  horas	
  após	
  a	
  
fecundação,	
  o	
  zigoto	
  passa	
  a	
  se	
  movimentar	
  –	
  oocineto	
  
Inicia-­‐se	
  o	
  processo	
  de	
  divisão	
  e,	
  	
  após	
  9-­‐14	
  dias	
  –	
  ruptura	
  do	
  
oocisto	
  liberando	
  os	
  esporozoítos	
  formados	
  durante	
  a	
  divisão	
  
Esporozoítos	
  disseminados	
  por	
  toda	
  parte	
  do	
  corpo	
  do	
  inseto	
  
e	
  acngem	
  as	
  glândulas	
  salivares	
  
Esporozoítos	
  injetados	
  no	
  hospedeiro	
  vertebrado	
  no	
  
momento	
  da	
  picada	
  
O	
  oocineto	
  acnge	
  a	
  parede	
  do	
  intescno	
  se	
  encista	
  -­‐	
  oocisto	
  
Transmissão	
  
	
  
	
  
	
  Mais	
  comum	
  →	
  transmissão	
  através	
  do	
  inseto	
  vetor	
  
Patogenia	
  
Ø Toda	
  a	
  sintomatologia	
  clinica	
  {pica	
  e	
  a	
  patologia	
  associada	
  
com	
  a	
  malária	
  é	
  causada	
  apenas	
  o	
  ciclo	
  eritrocícco	
  assexuado.	
  
Ø A	
   passagem	
   do	
   parasita	
   pelo	
   mgado	
   (ciclo	
   pré-­‐eritrocícco)	
  
não	
  é	
  patogênica	
  e	
  não	
  determina	
  sintomas.	
  
Período	
  de	
  incubação:	
  	
  
	
  Varia	
  de	
  12	
  a	
  30	
  dias	
  –	
  depende	
  da	
  espécie	
  
	
  Normalmente	
  há	
  ausência	
  de	
  sintomas	
  
Fase	
  inicial:	
  	
  
	
   	
  mal-­‐estar	
  
	
   	
  cefaléia	
  
	
   	
  cansaço	
  
	
   	
  mialgia	
  
Precedem	
  a	
  febre	
  
malárica	
  
Patogenia 
P. vivax P. malariae P. falciparum P. ovale 
Período de Incubação 8-27 dias 15-30 dias 8-25 dias 9-17 dias 
Presença de Hipnozoítas Sim Não Não Sim 
Número de merozoítas por 
esquizonte tecidual 10.000 2.000 40.000 15.000 
Parasitemia Média (mm3) 50.000 20.000 50.000-500.000 9.000 
Tipo de eritrócito que infecta Reticulócitos Eritrócitos maduros 
Todas 
as idades 
Reticulócitos 
Patogenia 
ü  Sintomas mais comuns 
Ø  Febre 
 
Ø Anemia 
 
Ø Esplenomegalia 
(baço aumentado) 
 
Causada pela hemozoína (pigmento 
malárico) que é uma substância pirogênica. 
Causada pela destruição das hemácias 
parasitadas ou das hemácias sadias por 
hemólise mediada por anticorpos. 
Causada pela resposta imunológica do 
paciente à infecção. 
Ø  Febre 
 
Ø Anemia 
 
 
Ø Esplenomegalia 
 
 
“Primo	
  Ribeiro	
  diz:	
  -­‐	
  Ei,	
  Primo,	
  aí	
  vem	
  ela	
  –	
  Danada!	
  –	
  Olhele	
  aí	
  o	
  friozinho	
  nas	
  
costas”	
  
à Destruição	
   dos	
   eritrócitos	
   e	
   liberação	
   de	
   parasitos	
   e	
  
metabólitos	
  (pigmento	
  malárico)	
  à	
   liberação	
  de	
  citocinas	
  
–	
  leva	
  a	
  fenômenos	
  patogênicos	
  
	
   	
  -­‐	
  febre,	
  mal-­‐estar	
  
	
  -­‐	
  anemia	
  
-­‐ Acesso	
  malárico:	
  
	
  coincide	
  com	
  a	
  ruptura	
  das	
  hemácias	
  –	
  calafrios	
  e	
  sudorese	
  
–	
  dura	
  15	
  minutos	
  à	
  1	
  hora	
  e	
  é	
  seguida	
  por	
  febre	
  alta	
  (até	
  41°C)	
  
A	
   periodicidade	
   dos	
   sintomas	
   depende	
   do	
   ciclo	
   eritrocícco	
   do	
  
Plasmódio:	
  
	
  -­‐febre	
  terçã:	
  a	
  cada	
  48	
  horas	
  (P.	
  falciparum,	
  P.	
  ovale	
  e	
  P.	
  vivax)	
  
	
  -­‐febre	
  quartã:	
  a	
  cada	
  72	
  horas	
  (P.	
  malariae)	
  	
  
“Primo	
  Agemiro	
  se	
  agarrou	
  com	
  as	
  mãos	
  nos	
  joelhos.	
  	
  Os	
  maxilares	
  
estrondam	
  só	
  param	
  de	
  bater	
  quando	
  ele	
  faz	
  vômitos.”	
  
Acesso Malárico 
Calafrio 
Calor 
Suor 
Ø  Forte sensação de frio 
Ø  Tremores incontroláveis 
Ø  Náusea e vômito 
Ø  Duração: 1-2 horas 
Ø  Calor intenso 
Ø  Dor de cabeça 
Ø  Náusea e vômito 
Ø  Temperatura Alta (39-41°C) 
Ø  Duração: 2-8 horas 
Ø  Sudorese intensa 
Ø  Prostração e sono 
Ø  Duração: 3 horas 
Fonte: CTLT 
48 horas 72 horas 36-48 horas 48 horas 
P. vivax P. malariae P. falciparum P. ovale 
Terçã maligna Terçã benigna Quartã Terçã leve 
Lise	
  das	
  hemácias	
  à	
  liberação	
  de	
  metahemoglobina	
  à	
  
fagocitados	
  e	
  levados	
  ao	
  mgado	
  e	
  baço	
  à	
  inchaço	
  e	
  dor	
  
	
  
Casos	
  crônicos	
  àesplenomegalia	
  permanente	
  
“	
  –	
  	
  O	
  seu	
  inchou	
  mais,	
  Primo	
  Argemiro?	
  	
  –	
  Olha	
  aqui	
  como	
  é	
  que	
  está	
  .	
  E	
  o	
  seu	
  
primo?	
  	
  –	
  Hoje	
  está	
  mais	
  alto.	
  –	
  Inda	
  dói	
  muito?	
  –	
  Melhorou.	
  
É	
  da	
  passarinha.	
  No	
  vão	
  esquerdo,	
  abaixo	
  das	
  costelas,	
  os	
  baços	
  jamais	
  cessam	
  
de	
  aumentar.	
  E	
  todos	
  os	
  dias	
  eles	
  verificam	
  qual	
  foi	
  o	
  que	
  passou	
  à	
  frente.”	
  
	
  Eritrócitos	
  parasitados	
  aderem	
  à	
  parede	
  endotelial	
  
de	
  capilares	
  	
  	
  
Formação	
  de	
  rosetas	
  nas	
  vênulas	
  do	
  rim,	
  coração,	
  mgado,	
  
cérebro,	
  intescno	
  	
  
Obstrução	
  da	
  microcirculação	
  –	
  malária	
  cerebral,	
  
insuficiência	
  renal	
  e	
  hepacte	
  
Malária	
  Grave	
  e	
  Complicada	
  
Hemácias não infectadas 
 Adesão em diferentes 
 receptores endoteliais 
Patologia: citoaderência 
Produção local 
 de citocinas 
 (TNF-α) 
Mais	
  comum	
  infecções	
  por	
  P.	
  falciparum	
  
Hemácias infectadas 
Obstrução capilar 
 Auto-aglutinação 
 Formação de rosetas 
Ø  Malária	
   cerebral:	
   forte	
   cefaléia,	
   hipertemia,	
   vômitos,	
  
sonolência,	
   convulsões	
   em	
   crianças	
   –	
   paciente	
   evolui	
   para	
  
quadro	
  de	
  coma	
  
Ø  Insuficiência	
   renal	
   aguda:	
   aumento	
   de	
   uréia	
   e	
   creacnina	
  
plasmáccas	
  
Ø  Icterícia:	
   pele	
   e	
   mucosa	
   amarelada	
   devido	
   ao	
   aumento	
   da	
  
bilirrubina	
   sérica	
   –	
   resultante	
   de	
   hemólise	
   excessiva	
   ou	
  
compromecmento	
  da	
  função	
  hepácca	
  
	
  
Diagnóscco	
  
• 	
  Clínico	
  
Febre	
  intermitente	
  
Anemia	
  
Residência	
  ou	
  procedência	
  de	
  área	
  endêmica	
  
• 	
  Laboratorial	
  
Parasito	
  no	
  exame	
  de	
  sangue	
  
	
  punção	
  digital	
  
• 	
  Imunológico	
  
Detecção	
  de	
  an{genos	
  derivados	
  do	
  parasito	
  no	
  sangue	
  
	
  imunocromatografia	
  
P. falciparum 
P. vivax 
P. malariae 
Trofozoítas 
Jovens 
 Trofozoítas 
Maduros Gametócitos Esquizontes 
Formas Sanguíneas (dentro das hemácias) 
Tratamentos	
  
	
  
vCloroquina	
  (amino-­‐4-­‐quinoleína:	
  Resoquina®,	
  Nivaquina®)	
  
	
  ação	
  esquizonccida	
  e	
  gametocitocida	
  
	
   	
  ancpirécca	
  e	
  ancinflamatória	
  
	
   	
  	
  
	
   	
  -­‐P.	
  falciparum:	
  tornou-­‐se	
  resistente	
  a	
  cloroquina	
  
	
   	
  -­‐P.	
  vivax	
  ,	
  P.	
  ovale	
  e	
  P.	
  malariae:	
  ação	
  eficiente	
  	
  
	
  
v Primaquina	
  (amino-­‐8-­‐quinoleína)• 	
  ação	
  esquizonccida	
  hepácco	
  e	
  gametocitocida	
  eficiente	
  
• 	
  efeitos	
  colaterais:	
  náuseas,	
  vômitos	
  e	
  dor	
  abdominal	
  
	
  
v	
  Mefloquina	
  
• 	
  ação	
  esquizonccida	
  	
  àeficaz	
  para	
  combater	
  P.	
  falciparum	
  
Quinina:	
  
• durante	
  muitos	
  anos,	
  único	
  medicamento	
  disponível	
  hoje,	
  pouco	
  
uclizado	
  (desenvolvimento	
  dos	
  ancmaláricos	
  sintéccos)	
  
• ressurgiu	
   após	
   resistência	
   do	
   P.	
   falciparum	
   a	
   outros	
  
medicamentos	
  
• 	
  eficaz	
  contra	
  trofozoítos,	
  esquizontes	
  sangüineos	
  e	
  merozoítos	
  
“Primo	
  Ribeiro:	
  se	
  alembra	
  de	
  quando	
  o	
  doutor	
  deu	
  a	
  despedida	
  pra	
  o	
  povo	
  
do	
  povoado?	
  O	
  pessoal	
  estava	
  na	
  portas	
  das	
  casas,	
  batendo	
  queixo.	
  Falou:	
  
Não	
  adianta	
  tomar	
  o	
  remédio,	
  porque	
  o	
  mosquito	
  torna	
  a	
  picar.	
  Todos	
  têm	
  
que	
  se	
  mudar	
  daqui.” 	
  
Profilaxia	
  
	
  
-­‐Evitar	
  o	
  contato	
  com	
  o	
  mosquito	
  
-­‐Uso	
  de	
  repelentes,	
  telas	
  em	
  portas	
  e	
  janelas	
  
-­‐Consumir	
  alimentos	
  à	
  base	
  de	
  alho	
  
-­‐Combate	
  ao	
  inseto	
  vetor	
  –	
  inseccidas	
  
-­‐Combate	
  às	
  larvas	
  –	
  larvicidas	
  
	
  
Quimioprofilaxia	
  
-­‐Ancmaláricos	
  com	
  ação	
  	
  
“-­‐	
  Mas,	
  meu	
  Deus,	
  como	
  isto	
  é	
  bonito!	
  Que	
  lugar	
  bonito	
  
pra	
  gente	
  deitar	
  no	
  chão	
  é	
  se	
  acabar!	
  É	
  o	
  mato,	
  todo	
  
enfeitado,	
  tremendo	
  também	
  com	
  a	
  sezão.”	
  
Tratamento 
Primaquina 
Mefloquina Cloroquina Doxiciclina 
Quinino 
Halofantrina 
Primaquina 
Artemisinina 
Tratamento 
Ação das Drogas

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