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Parasitologia - Plasmodium sp e Malária

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Plasmodium sp e Malária
Filo Apicomplexa 
 Família Plasmodiidae 
 Gênero Plasmodium 
 Espécies P. falciparum 
 P. vivax 
 P. ovale 
 P. malariae 
 
❖ Gênero Plasmodium – de maior importância 
na saúde pública mundial 
 
❖ Espécies: Plasmodium falciparum 
(responsável pelos piores casos, e maiores 
números de óbitos), P. vivax, P. malariae 
 
❖ Nome popular da malária: febre terçã 
maligna, febre terçã benigna, febre quartã 
 
❖ Os intervalos de febre costumam ser de 
48hrs, exceto pela P. malariae, de intervalo 
febril de 72 hrs 
 
❖ P. vivax é o mais frequente no Brasil 
 
❖ Os parasitos do gênero Plasmodium tem alta 
espécie-especificidade (somente humano 
como H I e mosquitos Anopheles como HD) 
 
❖ Além das citadas, outras espécies já foram 
registadas, raramente, parasitando humanos, 
com aumento por meio do P. lewlesi 
 
❖ O mosquito fêmea do gênero Anopheles faz 
a autofagia inoculando junto com a sua saliva, 
centenas de esporozoítos, que ao cair na 
corrente sanguínea vão ser levadas até o 
fígado 
 
❖ Após entrar nas células do fígado elas se 
modificam esteticamente, dando origem a 
uma forma chamada de Criptozoíto, uma 
forma mais arredondada, que não possui 
complexo apical. O Criptozoíto gera a forma 
multinucleada denominada de Esquizonte, 
que permite a reprodução por endodiogenia, 
produzindo centenas de trofozoítos 
♦ Ciclo intra-hepático extra-eritrocítico 
 
❖ Trofozoítos/meosoítos rompem as células 
do fígado e passam para as hemácias, 
começando o ciclo intra-eritrocítico ou 
eritricítico, ciclo assexuado, com os 
trofozoítos passando por um processo de 
amadurecim,ento, dando origem depois ao 
esquizontes multinucleados, que se 
individualizam e depois geram vários 
esquizoítos (merozoítos ou esquizoítos), que 
vão penetrar em novas hemácias, e começar 
o ciclo hepático novamente 
♦ Nessa fase há uma liberação muito 
grande do pigamento malárico 
hemozoína, que é altamente pirógeno, 
indutor de febre 
 
♦ Esse ciclo normalmente acontece 
sincronizado, tendo a ruptura de várias 
hemácias ao mesmo tempo, que leva aos 
picos febris característicos da malária 
 
❖ Em um determinado momento, o trofozoíto 
imaturo vai gerar outra faze evolutiva, 
chamada de gametócitos, formas que dão 
origem aos gametas, que saem do ciclo 
assexuado para o começo do sexuado 
♦ A morfologia destes permite a 
diferenciação da espécie 
♦ Todos esses processos até esse 
momento se caracterizam com ciclo 
esquizogônico 
 
❖ Quando um outro mosquito faz repasto 
nesta pessoa infectada, atraído pela liberação 
do CO2 e pelo calor corporal (aumentado nas 
crises febris), vão se infectar com os 
gametócitos, e dentro do estômago esses 
evoluem para gametas, passando depois pela 
fecundação, e dando origem ao ovo ou 
zigoto. O zigoto vai migrar e dar origem ao 
Oocineto (forma migratória), que vai sair de 
dentro do intestino do mosquito e vai para a 
parede muscular toráxica do mosquito, onde 
dão origem ao Oocisto. O Oocisto possui 
milhares de formas esporozoítas, que quando 
estiverem formadas, vão romper o Oocisto, 
e migrar para a glândula salivar, neste 
momento, pronto para infectar o próximo 
hospedeiro, o mosquito faz o repasto 
sanguíneo no indivíduo e inocula centenas de 
trofozoítos na corrente sanguínea do novo 
hospedeiro. 
♦ Esse ciclo é o denominado de 
esporogônico 
 
❖ Associadas a invasão no epitélio do estômago 
do mosquito 
♦ e.g, TEP1, APL1, Caspar, Cactus 
 
❖ Associadas com a invasão na glândula salivar 
♦ e.g, PRS1, Saglin, SRPN6 
 
❖ Hipnozoíto 
♦ Esporozoítos dormentes 
♦ Permanecem por longo tempo de dentro 
das células hepáticas – protegidos tanto 
do sistema imune quanto dos 
medicamentos da malária 
♦ P. vivax e P. ovale 
♦ Responsável pelas recaídas, vários meses 
após a infecção 
 
❖ Criptozoíto 
♦ Forma intermediária, entre esporozoíto e 
meronte 
♦ Não possui complexo apical 
♦ Presente em todas as espécies 
Ciclo no HI (homem) 
♦ Esporozoítas 
♦ Criptozoítas 
♦ Esquizontes 
♦ Merozoítas 
♦ Hipnozoítas – Forma adormecida dentro 
do hepatócito, que gera as recaídas em 
hospedeiros, resistentes a tratamento, por 
estar em forma hepática, estratégia para 
aumentar a parasitemia (- em P. falciparum) 
♦ Gametócitos 
 
Ciclo no HD (Anopheles) 
♦ Micro e macro gametas 
♦ Zigoto 
♦ Oocineto 
♦ Oocisto 
♦ Esporozoítos 
 
❖ Mais de um parasito por hemácia 
(poliparasitismo), com várias hemácias 
parasitadas 
 
❖ Encontradas apenas formas de trofozoítas 
jovens e gametócitos 
 
❖ Granulações de Maurer – manchas 
vermelhas nas hemácias = fendas no 
estroma das hemácias 
 
❖ Gametócito 
♦ Permite o diagnóstico diferencial entre as 
espécies 
♦ Formato de meia lua 
♦ Hemácia distendida ou rompida 
 
❖ Trofozoíto jovem 
♦ Forma de anel 
 
❖ Aumento de tamanho, consumindo as 
reservas da hemácia, com a formação de 
várias granulações nesta. 
 
❖ Trofozoíta maduro 
♦ não observado em lâmina 
♦ Hemácia aderida a endotélio 
❖ Esquizonte 
♦ não observado em lâmina, hemácia 
aderida a endotélio 
♦ libera vários trofozoítos para adentrar 
novas hemácias 
 
❖ Todas as formas podem ser visualizadas 
trofozoítas (jovens e maduros), gametócitos 
e esquizontes 
 
❖ Trofozoíto jovem 
♦ Formato de anel, arredondado 
♦ Intensa atividade amebóide – vivacidade 
= vivax 
♦ Apresentam uma grande quantidade de 
merozoína aculmulada no citoplasma da 
hemácia 
♦ Ocupa grande parte da hemácia, que 
fica dilatada e menos corada 
♦ Granulações de Schuffner – alterações 
na membrana celular da hemácia – 
manchas escuras na superfície celular 
 
❖ Esquizonte ou meronte ou rosácea 
♦ Normalmente 1 parasito/ hemácia 
♦ Regular arredondado, multinucleado 
♦ Ocupa quase toda hemácia 
♦ Hemácia aumenta o volume, hipocorada 
 
❖ Gametócito 
♦ Desenvolvimento lento 
♦ Demoram para aparecer no sangue 
periférico 
♦ Citoplasma abundante, contorno regular, 
arredondado, núcleo grande 
♦ Grande quantidade de merozoína 
♦ Ocupam um grande espaço da hemácia 
 
❖ Queda grande de caso desde o ano de 1900 
 
❖ Presente na América Central, parte da 
América do sul, África, Oriente Médio 
♦ Permanece em áreas tropicais do 
mundo - temperaturas são elevadas e 
de alta umidade, o que o mosquito 
precisa para completar seu ciclo 
 
❖ No Brasil os casos se mantêm quase que 
unicamente na Amazônia e algumas partes 
do Pantanal 
♦ A maior parte dos casos são identificados 
com Plamodium vivax (90%), P. falciparum 
(10%) 
 
❖ 435 mil mortes em 2017 
 
❖ África carrega desproporcionalmente uma 
alta parte do peso de casos, com altos índices 
em 2017 (92% dos casos, 93% das mortes) 
 
❖ 28% do financiamento ao combate desta 
doença pelos governos, 72% feitos por 
empresas ou organizações não 
governamentais 
 
❖ Queda grande de 2000 a 2015, reduzindo 
quase que pela metade o número de casos 
 
❖ Abaixo dos 5 anos é a faixa mais acometida 
pela doença - a cada 2 minutos uma criança 
morre de malária no mundo 
❖ A espécie mais frequentemente encontrada 
no mundo é o Plamodium falciparum, algumas 
cepas são resistentes a cloroquina 
 
❖ P. vivax é o mais comum no Brasil, infecta até 
80mi de indivíduos anualmente no mundo, 
acometendo principalmente crianças, 
algumas cepas resistentes ao medicamento 
 
❖ 194.271 casos registrados em 2018 
♦ Total de casos autóctones (acontecem 
no mesmo lugar) na região extra-
amazônica, 1/3 foram registros com 
infecção nas áreas de Mata Atlântica 
 
❖ Regiões tropicais e subtropicais 
 
❖ Zonas quentes e pantanosas de rios, lagoas, 
cursos d’água 
 
❖ Locais que possibilitem a reprodução do 
mosquito transmissor 
 
❖ A. darlingi - Américas 
 
❖ A. albimanus – espécie não-doméstica, mau 
transmissor (- esporzoítas inoculados) 
 
❖ A. aquasalis – áreas litorâneas e salobras 
 
❖ A. cruzi e A. bellator – folhas de bromélias, 
subgênero Kerteszia 
 
❖ Doença sistêmica, resultado das alterações no 
fígado e alterações eritrocitáreos 
 
❖ Gravidade variável❖ Anóxia dos tecidos (sangue com capacidade 
de transporte de O2 reduzida – pela 
destruição das hemácias) 
❖ Aumento da glicose anaeróbia – isso 
aumenta muito a produção de ácido lático 
que se acumulando no meio extracelular 
causando uma dor muito intensa 
 
❖ Sintomas: Dor de cabeça, febre, fadiga, 
cansaço, dor muscular, dor nas costas, 
calafrios, tosse seca, aumento do baço e 
fígado, náusea e vômitos e relato de picada 
♦ + gerais: dores de cabeça, mal estar, 
dores no corpo, elevação de temperatura 
(alta e súbita em P. falciparum e P. 
malariae) 
 
❖ Destruição das hemácias pelo rompimento 
dos merontes 
 
❖ Anemia – redução da taxa de hemoglobina, 
reticulocitose (aumento de hemácias jovens): 
perda de eficiência no transporte de oxigênio 
 
❖ Necrose isquêmica focal – P. falciparum – 
hemácias se aderem as paredes dos vasos 
 
❖ Hipoglicemia – parasito apresenta um alto 
consumo de glicose (tontura, mal estar e 
comprometimento da vista) 
 
❖ Alterações no sangue periférico: parasitemia, 
anemia, reticulocitose, poiquilocitose, 
anisocitose, policromatofilia, granulações 
basófilas, hipoproteinemia. 
 
❖ Fígado: 
♦ Fase aguda – congesto e aumentado de 
volume. Casos crônicos – hepatomegalia 
♦ Hiperemia portal, hiperplasia de células de 
Kupfer. 
♦ Hepatócitos com tumefação, alterações 
nucleares, mitoses, esteatose (deposição 
de gordura dentro das células) 
 
❖ Sistema Fagocítico Mononuclear – 
Hiperplasia de macrófagos e células 
fagocitárias, repletas de pigmentos maláricos, 
formação de bilirrubina e anticorpos 
exacerbada 
 
❖ Baço – dilatado em infecções agudas, intensa 
atividade fagocitária. Ocorre esplenomegalia 
permanente em infecções crônicas 
 
❖ SNC – Somente P. falciparum. – Casos fatais, 
congestão e edema de SNC, exsudato nos 
sulcos, anóxia, microembolias, parasitemia 
intensa, pigmentação do tecido nervoso 
(depósito de hemozoína) 
 
❖ Hemorragias petequiais – P. falciparum – 
olhos, SNC e aparelho digestivo 
 
❖ Período pré-patente – tempo entre a 
inoculação dos esporozoítas e o 
aparecimento dos trofozoítas na corrente 
sanguínea (fase pré-eritrocítica) 
♦ P. falciparum: 8-24 dias 
 P. vivax: 12- 18 dias, podendo ser maior 
P. ovale: 10 – 17 dias 
P. malariae: 18 – 42 dias 
 
❖ Período patente sem tratamento – duração 
do parasitismo com sintomas 
♦ P. vivax – até 5 anos 
P. falciparum – sem tratamento 18 meses, 
com tratamento 4 a 6 semanas 
P. ovale – até 7 anos 
P. malariae – 30 anos ou mais (devido aos 
hipnozoítos) 
 
❖ Recrundescênica: Reaparecimento a curto 
prazo de manifestações clínicas, devidas à 
presença do ciclo hemático e sua 
regudização. 
 
❖ Recaída: Reaparecimento a longo prazo da 
doença, sem ciclo hemático, devido a 
presença de hipnozoítas nos hepatócitos. 
 
❖ Calafrios – início da febre, duração de 15min 
a 1 hora 
 
❖ Sensação de calor – cefaléia intensa, 
temperatura de 39° a 41°, delírios – dura de 
2 a 4 horas 
 
❖ Sudorese intensa – febre diminui, sensação 
de alívio e fadiga 
 
❖ Intervalo entre acessos dura até que se 
complete o ciclo esquizogônico 
♦ P. vivax e P. ovale – 3 dias (dia sim, dia 
não) 
♦ P. malariae – 72 hrs 
♦ P. falciparum – 24 a 48hrs 
 
❖ Elasmodium vivax: Pico febril, então a 
hemácia se rompeu, e liberou os trofozoítas. 
Na queda da temperatura os trofozoítas se 
espalham para outras hemácias e começam 
a se multiplicar → trofozoíto → jovem → 
trofozoíto maduro → esquizonte, que se 
rompe e libera trofozoítas que entram em 
novas hemácias. Se rompeu pra liverar o 
trofozoíta, liberou também merozoína, 
levando a um outro pico de febre, 
constituindo um ciclo. 
 
❖ P. falciparum – início súbito da febre alta 
(chegando a 40°), tendo a ruptura das 
hemácias, mantendo um longo tempo essa 
alta temperatura, que pode começar 
aproximadamente. após umas 8hrs e se 
mantendo por cerca de 36hrs. Há uma queda 
da temperatura em picos febris quando já 
aparecem os gametócitos na corrente 
sanguínea. 
 
❖ Demonstração direta do parasito no sangue 
♦ Esfregaço sanguíneo 
♦ Gota espessa 
♦ QBC (método capilar) 
 
❖ Sorologia – IgM e IgG 
♦ IFI (imuno fluorescência indireta) 
♦ ELISA 
 
❖ Diagnóstico Molecular 
♦ Hibridização de DNA 
♦ PCR 
 
❖ Imuno-Rápido Malária Pf/PvAG – Teste 
imunocromatográfico para determinar 
qualitativamente a presença de antígenos 
HRP2, do Plasmodium falciparum e pLDH do 
P. vivax, em amostra humana de sangue 
total 
 
❖ Diagnóstico imediato e tratamento dos casos 
 
❖ Planejamento e aplicação de medidas anti-
vetoriais seletivas 
 
❖ Detecção pronta de epidemias para contê-la 
 
❖ Reavaliação regular da situação da malária no 
país, incluídos os fatores ecológicos, sociais e 
econômicos que determinam a doença. 
 
❖ Evitar a exposição aos horários de maior 
atividade do mosquito – ao amanhecer e no 
pôr do sol 
 
❖ Interrupção do contato do mosquito com o 
ser humano, cortando o acesso dos 
mosquitos aos gametócitos e a reinfecção de 
outro ser humano

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