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Resenha - ROBBINS, S.P. (2005). Capitulo 13: Poder e Política. In: Comportamento Organizacional.

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ROBBINS, S.P. (2005). Capitulo 13: Poder e Política. In: Comportamento Organizacional. São Paulo: Prentice Hall
Resenhado por: 
Poliana Lourenço Braga – 16/0072107
Universidade de Brasília
Comportamento Humano no Trabalho
No capítulo Poder e Política do livro de Robbins, Comportamento Organizacional, discutiremos essa palavra muitas vezes temida, mas por muitos desejada: poder. Mas o que seria o poder? Poder é a capacidade que o agente A tem de influenciar o agente B de forma que B aja como deseja A. Mas ele também pode ser um potencial, não é porque alguém tem poder que precisa usá-lo. O poder precisa ser uma função de dependência. Quanto mais B depende de A, mais poder A tem sobre B.
A principal diferença entre poder e liderança está nos objetivos dos agentes. Numa relação de liderança necessita de certa compatibilidade entre os objetivos do líder e os daqueles que lidera, o que não existe numa relação de poder. Existem também diferenças entre a direção que a influência é exercida. 
O poder é dividido em duas categorias genéricas: formal, que vem de uma autoridade formal, definida pela organização, alguém que tem sua posição reconhecida por todos, e pessoal, que vêm das características individuais do indivíduo, não necessariamente vêm de uma pessoa com cargo de chefia dentro da organização. Esses dois grupos são divididos em outras categorias que lidam com isso de forma mais específica.
Dentro do poder formal, Robbins comenta sobre quatro subcategorias: poder coercitivo, poder de recompensa, poder legítimo e poder de informação. O poder coercitivo é quase um sinônimo de medo. B acata mais fácil as ordens de A quando tem medo das consequências que pode sofrer caso não o faça, como ser demitido por exemplo. O poder de recompensa é quando B se submete A pelos benefícios, financeiros ou não, que esse pode conceder à ele. Seria o oposto do poder coercitivo. O poder legítimo que é ligado a posição que A tem na empresa, e este cargo é reconhecido pelos demais membros da organização. O último nessa esfera formal, o poder de informação emana do acesso e controle das informações que uma pessoa, ou um grupo de pessoas, possui.
Dentro da esfera do poder pessoal analisamos três bases. A primeira é o poder de talento, que concede poder à alguém pela sua habilidade e perícia em alguma área. Essa especialização têm sido cada vez mais desejada pelo mercado. A segunda base é a do poder de referência, em que se eu admiro e me identifico com alguém, mais influência essa pessoa exercerá sobre mim. E a última base é a do poder carismático, que na verdade é uma extensão da base anterior. Os que possuem esse tipo de poder são vistos como uma espécie de heróis, e por isso conseguem exercer influência sobre outros, mesmo sem possuir um cargo de chefia.
No começo do texto comentamos sobre a importância da dependência na relação de poder, mas de onde surge essa dependência? Surge quando o recurso responde a três fatores: importante, escasso e não substituível. Importante porque se ninguém deseja o que você possui, você não conseguirá exercer poder. Escasso porque se o que você tem for de fácil acesso não há maneiras de se criar dependência. Não substituível porque aqueles facilmente substituíveis serão mais influenciados do que influenciadores.
Algumas táticas podem ser utilizadas na tentativa de criar essas ações de poder. O agente pode usar da legitimidade, quando se apoia nas políticas da organização, de persuasão racional, quando abusa da lógica e de fatos, de apelo inspirativo, quando apela a valores, esperanças e aspirações. Também pode usar de consulta, quando o agente A envolve o B nas decisões.de apelos emocionais, como amizade e lealdade, de insinuação, como bajulação e elogios, de pressão, desde avisos a ameaças, e de coalizão, em que outras pessoas ajudam A a persuadir B. 
É mais fácil ser eficaz quando se começa com táticas mais suaves apelos mais pessoais e inspirativos. Dentre as nove técnicas as mais eficazes são a persuasão racional, o apelo inspirativo e a consulta. A menos eficaz é a pressão. A direção da influência também interfere na eficácia da tática utilizada. 
Quando uma pessoa começa a traduzir seu poder em ações, dizemos que ele está fazendo política. “Aqueles com boas habilidades políticas são capazes de utilizar eficazmente suas bases de poder” (ROBBINS, 2005). O comportamento político então é definido pelo autor como aquelas atividades que não são requeridas como parte do papel formal na organização, mas que influenciam a distribuição de vantagens e desvantagens dentro dela. Esse comportamento então não está nos requisitos de determinada função, mas está ligado aos esforços para influenciar.
Existem fatores que contribuem para esse comportamento político. Entre os fatores individuais identificamos certos traços de personalidade altamente atrelados a esse comportamento, como a capacidade de automonitoramento. Todavia os fatores organizacionais estão mais atrelados a essa relação do que os fatores pessoais. Apesar de importantes, são as situações e culturas organizacionais que facilitam ou dificultam essas relações de poder.
Um tema que têm ganhado destaque nas pesquisas é a Administração da Impressão, que nada mas é o do que quando você tenta controlar a impressão que os outros possuem de você. Pra isso também existem técnicas, como conformidade, justificações, desculpas, autopromoção, bajulação, favores e associação.
Para concluir precisamos falar sobre algumas questões de ética. A primeira é sobre o confronto entre interesse pessoal e objetivos organizacionais, as ações éticas precisam ser consistentes com as metas da organização (ROBBINS, 2005). A segunda é sobre os direitos das outras partes, dos outros membros da organização. E a terceira e última é sobre os comportamentos políticos estarem em conformidade com os padrões de equidade e justiça. Não há uma decisão sobre quais atitudes serão éticas ou não éticas nessa relação de poder, mas não é por isso que devemos deixar de lado esses pontos.
Neste capítulo pudemos compreender mais sobre essa relação de poder e influência dentro da organização. Ao meu ver foi até o momento o capítulo mais dinâmico entre os já estudados. A linguagem, apesar de formal, simples ajuda na compreensão do assunto e de sua importância. Todavia falha em alguns momentos ao dar apenas exemplos ao invés do conceito em si, o que pode dificultar um pouco o fluxo de ideias seguido até então.
O tema é de extrema importância para qualquer gestor, executivo, ou alguém no cargo de liderança. Ações políticas acontecerão em qualquer organização, porque é praticamente impossível uma equipe em que todos possuem os mesmos interesses. Mesmo que os valores da organização sejam bem aceitos, haverá sempre os interesses individuais atrelados à situação. Para aquele em posição de chefia é preciso conhecer as técnicas tanto para conseguir convencer seus liderados quanto para entender quais funcionários compartilham dos mesmos interesses e identificar quais deles estão apenas tentando tirar proveito de outrem. Assim ele poderá garantir a manutenção, não só de seu cargo, mas do ambiente de trabalho propício e favorável aos desejos e interesses da organização.

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