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05 Vírus e Antivirais

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Por Mateus de Grise – 
Com grande auxílio de Diogo Prudente
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Professor – Nilson BezerraVírus e Antivirais
CONCEITOS E EXPLICAÇÕES
Vírus: Menores partículas infecciosas conhecidas, não são seres vivos, são inertes no espaço extracelular e só ganham atividade no espaço intracelular. No espaço extra é chamado de vírion ou partícula viral, sendo que estas últimas são partículas inertes que buscam um hospedeiro/célula para adentrar. São estruturas simples constituídas de ácido nucléico (somente um tipo – RNA ou DNA) envolto por proteínas
Cada vírus tem a sua afinidade, chamada de Tropismo, por um determinado tipo de célula, sendo que este tropismo será determinado por seus receptores (CD-28, CD-4), sendo que ao ser ativo a sua atividade denomina-se replicação viral. O DNA viral é clássico, sem alterações, contudo o RNA poderá ser de fita única ou dupla (dupla é exclusiva deles). Seu genoma costuma ser linear (pois facilita a entrada na célula pois não há necessidade de enzimas que cortem, diferente do genoma circular).
Os vírus de DNA injetam seu material direto no DNA celular, usando a capacidade de replicação do próprio hospedeiro, sendo que pra esse vírus as enzimas próprias dele são irrelevantes pois ele não as utiliza. Seu genoma é grande (+2000 pares de bases) podendo ocorrer a junção dos pares de bases numa seqüência gênica. Outra característica é que podem se tornar latentes, não destruindo de imediato a célula hospedeira. Não há cura para esse tipo de vírus, sempre estará no corpo e irá se expressar em momentos de baixa imunológica - Por exemplo, o vírus da Herpes.
*Parvovírus= Vírus com cadeia de DNA simples dentro da célula, pois não insere as duas fitas na mesma. A estabilidade é maior com duas fitas de DNA graças ao pareamento de bases. Considera-se o parvovírus como vírus DNA de cadeia simples porque apenas uma delas é funcionante.
Os vírus de RNA precisam de enzimas (por exemplo , transcriptase). Primeiramente, não dá pra inserir RNA em DNA, logo essas enzimas irão transcrever o RNA e depois replica-lo, para posteriormente se inserir no genoma da cel. Hospedeira e fazer o processo reverso, visto que o vírus é RNA. Ou seja, o RNA vira DNA, se multiplica como DNA para virar RNA novamente. Em geral são RNA de fita simples, sendo poucos os de fita dupla e único um de RNA circular (deltavírus). 99% é de RNA linear. Exemplos de Vírus RNA: Retrovírus e Influenza. As enzimas nos vírions não atuam no metabolismo, mas dentro da célula hospedeira (em vírus do tipo RNA) elas são essenciais para que ele possa se multiplicar.
DNA e RNA são frágeis, logo o vírus desenvolveu uma capa protéica, o capsídeo. Ele envolve o ácido nucléico viral, formando o chamado nucleocapsídeo. Para a formação da capa protéica temos os protomeros (fundamentais) que unem os capsômeros. Esse arranjo protéico gera as seguintes características morfológicas: - Icosaédricos (Arredondados) ou Helicoidal (forma de espiral). O fago é uma exceção, pois foge dessa morfologia. 
Alguns vírus apresentam o envelope viral, uma segunda camada protetora, complexa e variável de uma espécie para outra. Como a cápsula, protege o vírus da fagocitose. Sua composição básica é de lipídeos + proteínas ou glicose + proteínas; Este arranjo glicoprotéico é um importante antígeno viral (GP20, GP36) Não são estruturas essenciais, mas quando presentes mantêm relação direta com a virulência.
A classificação viral é de acordo com a simetria do capsídeo, podendo ser:
Agentes Sub-Virais (até 2000 pares de bases; acima disso é partícula viral)
	Virióides
	Príons
	- Circundam organismos superiores
- RNA de fita simples ou circular
- Não codificam proteínas
- Vida livre*e Incapazes de se multiplicar
- Alteração de Síntese Protéica do Hospedeiro
	- Proteínas infecciosas
- Alteração de Síntese Protéica do Hospedeiro
- Doença da Vaca Louca
- Doenças Neurodegenerativas
*Foram encontradas associações com doenças neurodegenerativas, ex: Parkinson/Alzheimer
Antivirais: Substâncias produzidas para combater a proliferação viral.
Quimioterapia Antiviral: Fármacos Antivirais terão como mecanismos: Impedir a replicação viral; Afetar a adsorção viral (capacidade viral de acertar a célula hospedeira), ou seja, atuação nos receptores. O principal tratamento é a prevenção (vacina). Quanto a seletividade, é ressaltado que proteína e ácido nucléicos em si não são fatores seletivos, visto que nós também os possuímos.
- Análogos Nucleosídeos: O nucleosídeo é o açúcar com base nitrogenada, sem a presença do fosfato, sendo por isso instável. A maioria dos antivirais está neste grupo, atuantes principalmente em Herpes (vírus de DNA) e HIV (vírus de RNA), sendo que ele atinge ambos. Seu mecanismo baseia-se na inibição da replicação do ácido nucléico já que inibe as enzimas das vias metabólicas. É mais eficiente no HIV (RNA→Enzimas são fundamentais) Diversos efeitos adversos pela baixa seletividade. Ex: Aciclovir e Zidovudina (AZT)
- ARA-A (pelo que pesquisei no google, mas não foi informado o nome): Foi acrescentado o radical fosfato aumentando sua estabilidade e seus efeitos adversos. Atua igual aos análogos nucleosídeos, tendo mais efeito em vírus do tipo RNA.
- Inibidor Não Nucleosídeo da Transcriptase Reversa – Anti HIV: Não precisa de fosforilação para ter estabilidade. É especifico por atuar no sítio da transcriptase, o que diminui os efeitos adversos.
- Inibidor da Protease: Protege a CH do protease viral, evitando a degradação protéica na célula. Tem boa especificidade. Exemplo: Saquinavir
- Amantadina & Rimantadina: Retarda a entrada viral com posterior abertura de capsídeo e liberação de material genético (desnudamento viral). Necessita de sinergismo com outras drogas.
- Foscarnet: Inibe a DNA Polimerase, de uso tópico contra herpes vírus.
- Metisazona: Primeiro antiviral descrito, age sobre o vírus da varíola (poxvírus) e bloqueia a replicação viral. Muitos efeitos colaterais.
- Interferons (IFNs): Produzidos por macrófagos quando a célula de defesa fagocita o vírus, objetivando avisar os outros macrófagos. É uma citosina, antiviral natural, existindo três grupos: IFNsα, IFNsβ e IFNsγ. Estes estimularão as células a produzir substâncias que inibam a replicação viral. 
Dedico este material a Hellen, Jonathesão, Anandanada, Rodboy e Xan Garcia. E a zuera, claro, amiga para todas as horas. Termino com a seguinte frase
“Não seja um imbecil, você ainda não entrou numa universidade, você está lutando para construí-la ainda. Até mais jovens!” ASSIS, Machado de (mentira) MESMO, Eu.

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