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Trabalho Semestral - Sujeito, Infância, Adolescência e Deficiência.

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Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas Campus de São José do Rio Preto
	
Trabalho de Avaliação Semestral
 
Alex Junior dos Santos Nardelli
Curso: Licenciatura em Letras – Noturno II
Disciplina: Psicologia da Educação
 Departamento de Educação
Docente: Prof. Dr. Antônio César Frasseto
São José do Rio Preto
2014
Trabalho entregue ao Prof. Dr. Antônio César Frasseto, como requisito para avaliação semestral na disciplina de Psicologia da Educação
Introdução
	Este trabalho procura analisar o sujeito enquanto membro de uma sociedade baseada no poder e no saber, a partir de conceitos e teorias de estudiosos da área, o sujeito será analisado enquanto membro de grupos sociais determinantes, sua ideologia e suas atitudes durante a Infância, a Adolescência e a Deficiência em contextos individuais e desassociados serão alvos de uma analise critica e minuciosa a partir da leitura dos textos sugeridos pelo Professor Dr. Antônio César Frasseto e das discussões feitas em aula sob sua regência e outros meios disponíveis.
Sujeito
O sujeito psicológico caracteriza-se por sua subjetividade, individualidade e identidade, é aquele em que suas características pessoais e exclusivas: sentimentos, emoções, forma de pensamento e ações, adquirem relevância. 
“Só há sujeito porque constituído em contextos sociais, os quais, por sua vez, resultam da ação concreta de homens que coletivamente organizam o seu próprio viver.”(ZANELLA, 2004)
“O sujeito, a partir das relações que vivencia no mundo, produz significações e, como ser significante, vivenciar esta sua condição de ser lhe permite singularizar os objetos coletivos, humanizando a objetividade do mundo. Em cada ato considerado, em cada gesto ou significação, o sujeito está se revelando como um todo [...]” (MAHEIRIE, 1994, et al MAHEIRIE, 2002.).
Contudo o sujeito é constituído historicamente, e a partir de suas vivencias, ele interpreta o mundo que o envolve. Vários dicionários apresentam diversos significados de sujeito. No dicionário Aurélio, o termo sujeito é definido como ser individual, real, que se considera como tendo qualidades e que pratica ações e no Dicionário de Filosofia de Oxford, Sujeito aparece como sinônimo de Eu. 
 Genealogia do Poder segundo Foucault
	Michel Foucault foi um filósofo, teórico social e crítico literário respeitado por suas teorias baseadas na relação de poder e saber entre os sujeitos, como ferramenta de controle social.
	Para Foucault não existe o poder como objeto concreto e palpável, o que existe na realidade são as relações de poder entre os homens, sendo uma realidade dinâmica entre os indivíduos da sociedade.
“Para Foucault (1995) uma sociedade sem relações de poder é uma abstração. A estrutura social, seria para o autor, atravessada por múltiplas relações de poder, que não se situam apenas em um local específico, como um aparelho de Estado, mas que são imanentes ao corpo social.” (MACHADO, 1981).
	O poder seria, portanto, práticas sociais presente em todo lugar onde há relações entre sujeitos, tais práticas são constituídas historicamente e podem variar conforme a época e a sociedade a qual são atribuídas. O poder não é uma mercadoria que possa ser comercializada, e sim um conjunto de ações (práticas sociais) que atuam na edificação e na manutenção da estrutura social dos sujeitos. 
“O poder não é um objeto natural que se possui, é uma prática social. O que existe são práticas ou relações de poder constituídas historicamente que disseminam por toda a estrutura social atingindo os indivíduos em seus gestos, atitudes, seus discursos, sua aprendizagem, sua vida cotidiana.” (GUIMARÃES, 1988, p.93).
 Arqueologia do Saber segundo Foucault
	A Arqueologia do Saber se baseia no modo como o saber/conhecimento é aplicado em uma sociedade, como e de que forma ele é valorizado, distribuído, repartido e até adquirido. 	
	O saber consiste diretamente na relação quantitativa de conhecimento que o sujeito possui; quanto mais conhecimento, maior será sua relação de poder com os outros membros da sociedade que possui menos conhecimento. 
	“[...] a arqueologia é um método de pesquisa de história do pensamento e congêneres, que busca desvelar e descrever as formações discursivas, constitutivas de discursos, grupos articulados de enunciados, que são, por sua vez, acontecimentos, ou seja, são singulares — têm seu tempo e seu espaço. Como se sabe, discurso é o saber enquanto matéria, quer-se dizer, a manifestação física do saber: a escrita, a fala. O enunciado é o nome das partes constitutivas do discurso.” (LUIZ, 2008)
	Podemos assumir que o Saber, segundo Foucault, desdém de uma ideologia que pressupõe uma superioridade ou uma inferioridade a partir da quantidade que conhecimento que o sujeito possui, desta forma, o Saber não é neutro, ele por si só determina as relações de poder entre os sujeitos. 
 “Segundo o filósofo, o discurso que ordena a sociedade é sempre o discurso daquele que detém o saber. Além disso, ele identifica o sujeito como aquele que está sempre determinado pelas ideias emanadas pelos superiores, ou seja, pela classe que domina ideologicamente determinada sociedade.” (PRADO, B., MATOS, E., MOREIRA, E. ROSA, H. & MATOS, M; 2011)
Arqueogenealogia segundo Foucault
	A Arqueogenealogia para Foucault seria, portanto, a relação do poder com o saber nas ações e na vida dos sujeitos de uma sociedade, o poder quando exercido produz necessidades e comportamentos: 
“É bem mais fácil e produtivo extrair força de trabalho de um individuo quando ele pensa estar trabalhando para conseguir algo de que ele necessita (mesmo que esta necessidade tenha sido produzido por mecanismos ou relação de poder) do que obrigá-lo a trabalhar para não ser punido.” (RIBEIRO, 2001.)
	O poder e o saber atuam mutuamente, não há imposição de poder sem a constituição do saber; Foucault aponta ainda que o poder possa ser uma forma de disciplinarização: escolas, hospícios, prisões, são locais onde este recurso se faz presente, são “[...] locais arquitetonicamente preparados para aquele fim, isto é, locais cercados, quadriculados, com uma disposição espacial estudada e um mobiliário especialmente desenhado [...]” (CÉSAR, _______)
	Para Foucault, o poder de disciplinar é fruto da sociedade burguesa, para manter-se no poder, a classe dominante necessita, além da sustentação econômica, de legitimação política, prevalecendo um sistema de poder baseado em relação de autoritarismo e superioridade, utilizando esquemas de vigilância e controle (Vigiar e Punir) para manter a ordem e a normalidade, demonstrando que a maior preocupação de tais instituições sociais é a disciplina corporal. 
Infância
	Jean Jacques Rousseau foi um dos filósofos mais destacado entre os membros da comunidade filosófica, pois, abordava questões interessantes em relação ao sujeito durante o período da infância. A partir de suas teorias e conceitos, Rousseau é considerado o pai da infância, o precursor dos estudos e das reflexões desta etapa da vida humana, seus estudos se desenvolveram desde o século XVIII e levam ao entendimento de que durante a infância, o sujeito (ser com individualidade, com identidade e com subjetividade) decorre de um processo de “modelagem” conforme a vontade dos sujeitos que detém o máximo de poder.
	O sujeito enquanto criança é vulnerável aos domínios dos superiores, portanto, é de praxe que, se a vontade de determinada sociedade é ter adultos dotados de tais personalidades e pensamento, estes, devem ser moldados e ensinados desde o período da infância, onde a criança está sujeita a manipulação por parte da sociedade na qual esta inserida.
	Das analises feitas, destaco o fato da criança ser considerada um ser carente, e isento de afeto e moral, deficiente de inteligência e racionalidade, pois, eram associados como “adultos em miniatura” ou “anões”, por que não haviam atingido, ainda, o padrãonecessário para ser considerados adultos, sendo julgados como seres inferiores. A seguir apresento um exemplo explicito da associação do sujeito infante como sujeito incapaz:
“Infantaria - Em todas as épocas, os soldados a pé sempre foram os mais sacrificados nas lides guerreiras. [...] mais expostos, por sua menor mobilidade, às agressões inimigas, [...] dadas as dificuldades que o soldado de tal arma enfrenta, ele foi comparado à criança, ao infante, que se apresenta restrito em suas capacidades de sobrevivência.”[...] 
	Para que se determine o estado de infância em que o sujeito está inserido, deve haver a contraposição de outros estados determinantes, o que importa é a invenção de outros modos de se estar no mundo, “[...] a infância é a condição da experiência, antes de uma etapa.” (AGAMBEN. 2005.). Portanto, caracteriza-se o modo de um ser como criança, aquele que diferente do adulto, “vive o não vivível, pensa o não pensável, espera o inesperável” (KOHAN, 2003, p.148), o que acontece de modo inocente, irracional, desavergonhado, fugindo do modelo social implantado. 
Adolescência
	O nascimento e a consolidação da adolescência se deram entre as primeiras décadas do século XX, e partiram da união de duas figuras já determinadas: o jovem, ser social, e o púbere, ser biológico e psíquico construído nos discursos médicos. Da união destas duas figuras, derivamos a etapa da adolescência, esta etapa é associada à puberdade, pois nela, o adolescente é confrontado por várias mudanças notáveis em seu corpo e em sua forma de pensar, sua sexualidade é questionada expondo o ser a um universo discursivo fortemente impregnado por esta imagem, “[...] aumento de incidência das desordens mentais juvenis, a ociosidade, o sexo desregrado, o aumento da criminalidade e as crescentes evidências do aumento da delinquência [...]” (CESAR, 2000). A esse respeito, CESAR (2000) também cita Outeiral, que diz:
“Na adolescência, o indivíduo se vê obrigado a assistir e sofrer passivamente toda uma série de transformações que se operam em seu corpo, e, por conseguinte, em seu ego. Cria-se um sentimento de impotência frente a esta realidade que poderá ser vivido [...].” (OUTEIRAL, 1994, p. 10). 
	G. Stanley Hall, psicólogo americano autoproclamado “pai da adolescência”, desenvolveu seus estudos a partir de conceitos, onde alguns se assemelhavam aos de Rousseau, como por exemplo: todo ser se desenvolve em etapas: infância, juventude e adolescência. Hall propõe que o desenvolvimento do indivíduo se dê em estágios (semelhantes ao proposto por Rousseau). São estes: primeira infância, juventude e adolescência. 
“[...] Adolescência é o período que se estende desde a puberdade (aproximadamente aos 12-13 anos) até atingir o estado adulto pleno. [...], a adolescência corresponde a época em que a raça humana passava por um período de turbulência e transição. Hall descreveu a adolescência como um renascimento, para que possam nascer características mais elevadas plenamente humanas.” (MUUSS, 1978) 
	Hall anunciou e celebrou a descoberta desse novo período evolutivo, de forma apocalíptica, como se houvesse descoberto um novo ser vivo; em sua obra Adolescence: Its Psychology and Its Relations to Physiology, Anthropology, Sociology, Sex, Crime, Religion and Education, Hall associa a adolescência às mais diversas esferas da vida humana, definindo também “a adolescência como um período de tempestades e tormentas, [...] como uma etapa da vida marcada por um espírito idealista que se rebela contra o velho [...]”. 
	A fase da adolescência, também está ligada ao sentimento de negação, é caracterizada principalmente pelo fato de que durante este período o “individuo (ainda) não é. O adolescente é aquele que não é mais uma criança, mas ainda não é um adulto.” (CESAR, 2000). Por isso, a ideia central dessa etapa é a formação de adultos ideais; os adolescentes sempre foram associados a seres inferiores, dependentes de um regime disciplinar, por conta disso, eram sempre rebaixados e desmotivados de suas capacidades, colocando a escola como um dos únicos meios para se chegar o apogeu de sua maturidade, que neste caso, seria a etapa adulta.
	A principio, quando analisamos o adolescente, analisamos também todo o meio social que o envolve, atualmente é frequente vermos adolescentes expostos a sexualidade, a conteúdos impróprios e outros exemplos da transgressão e da delinquência, isto ocorre, pela forma como sua posição ao mundo é julgada, o adolescente como ser inferiorizado na maioria das vezes é reprimido por seus superiores, que subestimam suas capacidades, assim, os sujeitos que compõe esta etapa, procuram de todas as formas, se igualar aos adultos (etapa seguinte) em atitudes, ações e pensamentos. 
Deficiência
	Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o termo deficiência é atribuído a toda perca ou anormalidade de uma estrutura física ou função psicológica, fisiológica ou anatômica. No contexto histórico, os deficientes, sempre sofreram descriminação e exclusão por parte dos demais indivíduos da sociedade, na idade média, os deficientes mal eram considerados civis, portadores dos mesmos direitos que os demais, desse modo, eram exilados longe dos centros mais povoados. Atualmente, a visão da sociedade sobre os deficientes tomaram outros rumos...
	“Até bem recentemente, o termo “deficiente” era vulgarmente aplicado a pessoas portadoras de deficiência(s). Porém, esta expressão embarga consigo uma forte carga negativa depreciativa da pessoa, pelo que foi, ao longo dos anos, cada vez mais rejeitada pelos especialistas da área e, em especial, pelos próprios portadores. Actualmente, a palavra é considerada como inadequada e estimuladora do preconceito a respeito do valor integral da pessoa. Deste modo, a substitui-la surge a expressão: “pessoa especial”.
	A partir deste contexto, os próprios portadores de necessidades especiais procuram lutar contra toda e qualquer forma de discriminação, buscando seu lugar na sociedade; em contraposição a esta luta, há ainda, tendências que veem essas concepções como oriundas de um estado de exceção, por exemplo, o capacitasismo. O Para Adriana Dias, capacitasismo “[...] é a concepção presente no social que lê as pessoas com deficiência como não iguais, menos aptas ou não capazes para gerir a próprias vidas [...]”, Campbell (2001) define, também, o capacitasismo como “uma rede de crenças, processos e práticas que produz um tipo particular de compreensão de si e do corpo (padrão corporal), projetando um padrão típico da espécie [...]”, portanto, a deficiência para o capacitasismo é um estado diminuído do ser humano.
	Uma “fuga” (inclusão) deste estado de deficiência são as idéias reabilitadoras, ou seja, concepções onde o individuo possuidor de alguma necessidade especial, é tratado como portador de um músculo ou função atrofiada, e por meio de exercícios mecânicos e tratamentos exaustivos, poderiam voltar a ser eficientes; tais concepções sofreram inúmeras críticas a partir de estudos que relatavam que essas maneiras de reabilitação não resultam na integração do deficiente com a sociedade, pelo contrário, salientam sua exclusão, pois o indivíduo, por inúmeras necessidades que possua, não deve e não tem a obrigação de abrir mão delas para ser incluído na sociedade onde está presente.
	Inclusão 
	Incluir quer dizer fazer parte de algo, inserir-se ou integrar-se. Assim, inclusão social tem o intuito de tornar efetiva a participação dos indivíduos excluídos da sociedade, por na fazerem parte do “modelo padrão” determinante. No caso dos deficientes, inclusão, significa torná-los participantes da vida social, civil, econômica e política, garantindo os mesmo direitos que os dos demais indivíduos da mesma sociedade, entretanto, este processo não se faz da noite para o dia, pois...
“A inclusão é um processo que acontece gradualmente, com avanços e retrocessos, isto porque os seres humanos são de natureza complexa e com heranças antigas, têm preconceitos e diversas maneiras de entender o mundo. Assimsendo, torna-se difícil terminar com a exclusão e mesmo existindo leis contra a mesma, não são leis que vão mudar, de um dia para o outro, a mentalidade da sociedade assim como o seu preconceito.” (grifos meus).
O mecanismo de reabilitação, que apresentamos anteriormente, se enquadra no contexto de inclusão, pois tal mecanismo é feito como uma possibilidade, ou melhor, uma oportunidade onde o sujeito que possui alguma deficiência tem para ser “aceito” novamente entre os membros da sua sociedade, tento que se “curar”, se “moldar” ao “modelo padrão” imposto pelos outros indivíduos, assim, todos que fugissem deste modelo, seria julgado a esse mecanismo. 
	No contexto escolar, incluir se refere ao fato de permitir um ensino no âmbito regular, independente se a criança possui ou não alguma deficiência. Neste caso o individuo com deficiência é integrado em uma classe comum, na qual, ele deverá se adequar, “de forma construtiva para seu desenvolvimento” com as outras crianças. O Ministério da Educação (MEC) divulgou em 2008, um documento intitulado “Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva”, que apresenta logo em sua apresentação, o intuito da criação do mesmo,
“[...] uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação, [...] visando constituir políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para todos os alunos.”(MEC/SEESP,2007)
Assim, espera-se que o aluno com deficiência, evolua a partir do contato e da integração com os demais alunos, desenvolvendo suas capacidades segundo suas idéias e suas experiências. O professor neste ponto deixa de ser o detentor do conhecimento, aquele que ensina, e passa a ser um mediador, aquele que incentiva e procura estimular o aluno a buscar o próprio conhecimento, a fim de enriquecer e complementar as experiências de todos os alunos, individualmente ou em grupos menores, inclusive dos alunos com deficiência. 
Considerações Finais
	Portanto, podemos concluir este trabalho sintetizando alguns pontos que se destacaram durante a elaboração desta pesquisa, ao analisarmos o sujeito em consonâncias aos contextos sociais ao qual é integrado, o mesmo adota algumas características que o definem em determinadas etapas (infância, adolescência e deficiência). O sujeito em si é caracterizado pela subjetividade, individualidade e identidade, é constituído historicamente e a partir de suas experiências interpreta o mundo em sua volta.
	A partir das considerações de Foucault sobre o conceito de sujeito, ele elaborou em suas teorias, a relação de poder e saber entre os membros (sujeitos) de uma sociedade, o poder seria, portanto, práticas sociais presente em todo lugar onde há relações entre sujeitos e o saber consiste diretamente na relação quantitativa de conhecimento que o sujeito possui, determinando o grau de poder que o sujeito terá com os outros membros da sociedade.
	Em relação às etapas da vida dos indivíduos, a infância consiste em um período onde as crianças (sujeitos desta etapa) são mais vulneráveis aos domínios dos superiores, são seres mais carentes e isentos de afeto e moral. A infância é a condição da experiência, o que acontece de modo inocente, irracional, desavergonhado, fugindo do modelo social implantado. A adolescência está associada à puberdade, uma etapa onde os indivíduos estão sujeitos a mudanças explicitas em seus corpos e alguns pontos são questionados, como por exemplo, a sexualidade. 
	Para concluir, na Deficiência, o sujeito sofre certas descriminações em relação as suas capacidades, algumas concepções, como o capacitasismo, ainda veem os indivíduos com necessidades especiais, como inferiores e degredados da sociedade. Mesmo havendo, atualmente, leis e programas institucionais que defendem a inclusão social dos indivíduos com deficiência, tornando-os participantes da vida social com os mesmos direitos, não conseguimos eliminar um eficácia o preconceito dos demais indivíduos, pois, não são leis que vão mudar, de um dia para o outro, a mentalidade da sociedade assim como o seu preconceito.
Referências Bibliográficas
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