Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fertilização Prof. Leonel Oliveira, DDS, MSc. UNB-FM 2015 Fertilização • Conceito: Conjunto de eventos compreendidos entre o contato gamético e a fusão dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da 1ª divisão mitótica do zigoto. • Dependente: Transporte dos Gametas e da Maturação dos Espermatozóides Transporte dos Gametas • Refere-se às vias pelas quais os espermatozóides e o ovócito passam até se encontrarem na ampola da tuba uterina, sítio normal de fertilização*. Espermatozóide • Cauda do Epidímimo • Canal Deferente • Próstata • Uretra - Porções • Secreções • Glândulas Sexuais Acessórias Aspectos do movimento dos espermatozóides • 200 a 600 milhões de unidades • Vesiculase: Produzida pelas glândulas seminais coagula uma pequena parte do sêmen formando um tampão vaginal para impedir o retorno de espermatozóides para o interior da vagina. • Ejaculação reflexa: ! • Emissão: Peristaltismo do ducto deferente e ductos ejaculatórios até a uretra prostática • Ejaculação: Fechamento do esfíncter vesical, contração dos músculos uretral e bulboesponjosos, passagem do conteúdo até o óstio uretras externo Ducto Deferente Composição do Sêmen • Testículo: 2,5% . Espermatozóides • Vesícula Seminal: 65-75%. Nutrientes (frutose) e Prostaglandinas • Próstata: 25-30%. Fosfatase ácida, antígeno prostático, enzimas e Zinco* • Glândulas Bulbouretrais: <1%. Conteúdo pré ejaculado cristalino. Galactose e muco. Aumentam a motilidade espermática. Movimentação no trato Genital Feminino • Movimento eficiente: • 2 a 3 mm por minuto • de 10 a 12 min após a ejaculação, os sptz já se encontram na tuba. • A anatomia do trato genital atua favoravelmente como”sugador”. Este movimento é estimulado pelas prostaglandinas presentes no sêmen, especialmente do tipo E2. • O sêmen é um dos líquidos corporais mais ricos em prostaglandinas* • Muco cervical: mais abundante na ovulação mais espesso e menos viscoso. Otimiza o transporte dos espermatozóides. Ovócito Fímbrias da Tuba • Fímbrias • Movimento • Varredura • Peristaltismo • Ultraestrutura • Epitélio ciliado Seleção espermática • De 600 milhões ejaculados, cerca de 100 a 200 alcançam o ovócito • Perda de espermatozóides • Retenção nas pregas da cérvice e glândulas uterinas • Caminho tubário oposto (tuba incorreta) • Perda para a cavidade uterina • Alguns passam além do ovócito Fertilização • Ocorre normalmente na ampola, mas pode ocorrer em outras porções tubárias • Possui duração de aproximadamente 24 horas • Depende da maturação e viabilidade espermática • Sptz recém ejaculados não são capazes de fertilizar um ovócito. • Condicionamento ou capacitação - 7 horas Capacitação espermática • Conjunto de eventos fisiológicos sofridos pelos espermatozóides para torná-lo apto para a fertilização. • Remoção do fluido seminal e glicoproteínas da superfície do acrossoma (útero e tuba) • migração proteica e metilação de fosfolipídeos de membrana (modificação de receptores) • Ganho expressivo de motilidade • pode durar cerca de 7 horas (in vitro de 1 a 2 horas*) • Uma vez capacitados podem sofrer Reação Acrossômica, a partir daí realizar fertilização. • *Eventos condicionantes controlados pH, temperatura, saturação de ligastes, etc. Fases da Fertilização • Espermatozóides, maduros, capacitados e selecionados sofrem reação acrossômica e interagem com a corona radiata. • Penetração na zona pelúcia • Reação Zonal • Reação do acrossoma e penetração de um espermatozóide em um ovócito em 2. Passagem pela Corona Radiata. O contato acrossomal com a membrana das células da corona radiata interrompem a adesão intercelular facilitando sua passagem. - Liberação acrossômica de hialuronidase - Perda dos fatores de incapacitarão - Enzimas oriundas de secreções tubárias - Movimentação da cauda dos espermatozóides em 3. Penetração na Zona Pelúcida. Marcada pela reação acrossômica. - Liberação enzimática (acrosina, esterases e neuraminidase) - Proteólise da zona pelúcia - Reação Zonal. Impermeabilização da zona pelúcida (Polimerização do conteúdo) ! em 4. a. Penetração na Zona Pelúcida. - Marcada pela reação acrossômica. - Liberação enzimática (acrosina, esterases e neuraminidase) - Proteólise da zona pelúcia b. Reação Zonal. Bloqueio à poliespermia! - Impermeabilização da zona pelúcida. - liberação lisossomal no espaço perivitelínico - Impermeabilização da membrana plasmática do ovócito. c. Fusão das membranas - Espermatozóide e ovócito! - Penetra no citoplasma do ovócito apenas a cabeça e a cauda. ! Zona Pelúcida:! - espessura de 8 a 12 um - Possui região de interdigitações - Composição glicoproteica: Glicoproteínas globulares ZP1, ZP2 e ZP3.! - A interação Espermatozóide-ovócito (na zona pelúcia) é um evento crítico e complexo durante a fertilização.! - Funções da ZP: - Proteção mecânica - Regula transporte de moléculas - Atua no reconhecimento de espécies - Bloqueia a poliespermia - Estimula a liberação de enzimas do capuz acrossômico ! ! ! ! ZP1 ZP2 ZP3⎬Formam a malha de Filamentos ⎬Mantém a estrutura tridimensional Reação Acrossômica • Se resume à perda da membrana acrossômica com expressiva liberação enzimática (acrosina, esterases e neuraminidases)! • Conjunto de eventos fisiológicos sofridos pelos espermatozóides para torná-lo apto para a fertilização. • Remoção do fluido seminal e glicoproteínas da superfície do acrossoma (útero e tuba) - perda dos fatores incapacitantes. • migração proteica e metilação de fosfolipídeos de membrana (modificação de receptores) • Ganho expressivo de motilidade • pode durar cerca de 7 horas (in vitro de 1 a 2 horas*) • *Eventos condicionantes controlados pH, temperatura, saturação de ligantes, etc. Reação Acrossômica • A Porção ZP3 da ZP estimula a liberação de cálcio para o citosol do espermatozóide. • Ativação de fosfolipases, fragmentação da membrana e fusão das membranas do espermatozóide e do ovócito. • Liberação de enzimas acrossômicas • A membrana acrossômica se une ao ZP2 e a acrosina perfura a ZP Reação Acrossômica Reação Zonal • Modificações na composição glicoproteica (quaternária) da ZP por consequência da liberação de enzimas lisossomais dos grânulos cortinais da membrana do ovócito e do espaço perivitelínico. (Polimerização da ZP) • Bloqueio à poliespermia Reação Zonal • Modificações na composição glicoproteica (quaternária) da ZP por consequência da liberação de enzimas lisossomais dos grânulos cortinais da membrana do ovócito e do espaço perivitelínico. (Polimerização da ZP), inativação de ligantes. • Bloqueio à poliespermia Fusão das membranas • As membranas plasmáticas se fundem. • Apenas cabeça e cauda do espermatozóide entram no citoplasma, a membrana fica retida. Término da 2a meiose • A presença intracelular do espermatozóide no ovócito estimula a complementação da 2a meios do ovócito, formando o ovócito maduro e o 2o corpo polar. • Os cromossomos maternos se descondensam e o núcleo do ovócito maduro passa a ser o pronúcleo feminino. O pronúcleo masculino • Dentro do citoplasma o núcleo do espermatozóide tem substituídas as protaminas pelas histonas e ocorre descondensação e expansão nuclear com novo envoltório nuclear. • A cauda sofre degradação • Os pronúcleos haplóides (n,x) entram na fase S e tornam-se haplóides com duas cromátides (n, 2x) ⎬Oótide de oótide para zigoto • Obtenção da Diploidia por fusão dos pronúcleos. • Os cromossomos dozigoto arranjam-se para em um fuso de clivagem seguindo para a segmentação. oótide Fusão dos Pronúcleos Fuso de Clivagem Bloqueio à Poliespermia • 2 Mecanismos: • a. Rápido: Modificação do potencial eletroquímico de membrana. Pode ser reversível. Desencadeia a resposta lenta pela liberação de cálcio. É caracterizada pelo enrijecimento da ZP. • b. Lento: desencadeia a reação zonal pela liberação do conteúdo lisossomal e desligamento dos receptores de ZP3. • Observações • 1. Normalmente só um espermatozóide fertiliza o ovócito. Entretanto, havendo poliespermia, o embrião geralmente é abortado ou o feto morre nas primeiras horas do nascimento. • 2. Pronúcleos: Desenvolvimento dos anexos Desenvolvimento do embrião Testes de Gravidez • 1. Detecção do fator inicial de gravidez: • Produzido pelas células trofoblásticas. Surge no soro materno dentro de 24 a 48 horas após a fertilização. • 2. Detecção da Gonadotrofina Coriônica Humana (hcg): • Produzida pelo sinckciotrofoblasto no início da segunda semana do desenvolvimento • Ecografia: • Detecta a gravidez cerca de 5 semanas após o último período menstrual normal (UPMN), cerca de 3 semanas após a fertilização. Tópicos a serem abordados ● Mãe de aluguel ● Não-disjunção dos cromossomos ● Embriões anormais e abortos espontâneos. ● Pílula do dia seguinte Segmentação ou Clivagem do Zigoto Fertilização • Término da segunda divisão meiótica do ovócito e formação do pronúcleo feminino. • Formação do pro-núcleo masculino • As membranas dos pro-núcleos se dissolvem, os cromossomos se condensam e se dispõem preparando-se para a divisão celular mitótica. Fertilização: • Clivagem do zigoto • Formação do blastocisto • Trofoblasto • Massa celular interna ou embrioblasto Ciclo ovariano- desenvolvimento humano durante a primeira semana ! trofoblasto botão interno 1 2 3 4 5 6 7 ! trofoblasto botão interno 1 2 3 4 5 6 7 ! trofoblasto botão interno 1 2 3 4 5 6 7 ! trofoblasto botão interno 1 2 3 4 5 6 7 ! trofoblasto botão interno 1 2 3 4 5 6 7 ! trofoblasto botão interno 1 2 3 4 5 6 7 ! trofoblasto botão interno 1 2 3 4 5 6 7 Tópicos a serem abordados ● Dispermia ( dois espermatozóides) ● Triploidia ● Partenogênese ● Razão entre os sexos ● Fertilização in vitro ● Criopreservação de embriões ● Injeção introcitoplasmática de espermatozóide Tópicos a serem abordados ● Mãe de aluguel ● Não-disjunção dos cromossomos ● Diagnóstico pré-implantatório ● Embriões anormais e abortos espontâneos. ● Pílula do dia seguinte Fertilização FERTILIZAÇÃO Transporte dos gametas: •Transporte do ovócito • Transporte do espermatozóide Maturação dos espermatozóides • Capacitação • Reação acrossômica Corte sagital esquemático das pelves masculina e feminina Primeira semana do Desenvolvimento Humana •Fases da fertilização • Passagem do espermatozóide através da corona radiata, que envolve a zona pelúcida do ovócito. • Penetração na zona pelúcida que envolve o ovócito Reação da zona • Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide. Fertilização • Reação do acrossoma e penetração de um espermatozóide em um ovócito • Término da segunda divisão meiótica do ovócito e formação do pronúcleo feminino. • Formação do pro-núcleo masculino • As membranas dos pro-núcleos se dissolvem, os cromossomos se condensam e se dispõem preparando-se para a divisão celular mitótica. Fertilização: • Clivagem do zigoto • Formação do blastocisto • Trofoblasto • Massa celular interna ou embrioblasto Ciclo ovariano- desenvolvimento humano durante a primeira semana ! trofoblasto botão interno 1 2 3 4 5 6 7 ! trofoblasto botão interno 1 2 3 4 5 6 7 ! trofoblasto botão interno 1 2 3 4 5 6 7 ! trofoblasto botão interno 1 2 3 4 5 6 7 ! trofoblasto botão interno 1 2 3 4 5 6 7 ! trofoblasto botão interno 1 2 3 4 5 6 7 ! trofoblasto botão interno 1 2 3 4 5 6 7 Tópicos a serem abordados ● Dispermia ( dois espermatozóides) ● Triploidia ● Partenogênese ● Razão entre os sexos ● Fertilização in vitro ● Criopreservação de embriões ● Injeção introcitoplasmática de espermatozóide Tópicos a serem abordados ● Mãe de aluguel ● Não-disjunção dos cromossomos ● Diagnóstico pré-implantatório ● Embriões anormais e abortos espontâneos. ● Pílula do dia seguinte
Compartilhar