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Hidráulica Material de apoio Prof. Wilson Mendonça 2016 PARTE 2 Vazão Vertedores Orifícios Vazão ou descarga volumétrica • Q = V/t • V = Volume (m3) = A .h • t = tempo (s) • A = área (m2) • h = altura (m) • Q = A.v • Q = A.h/t • h/t = v • Q = vazão (m3/s) • v = velocidade (m/s) Medição da vazão • Medição Direta • Vertedores • Medição Indireta • Medidor Venturi • Tubo de pitot • Orifícios e bocais Medição Direta • aplicável a pequenas vazões (Q ≤ 10 L/s – 0,01 m3/s); • determinação do tempo necessário para encher um determinado recipiente de volume conhecido. • Vazão determinada pela fórmula: • Q = V/t (m3/s) • V = volume (m3) • t = tempo (s) Medição da vazão • Vertedor • é uma passagem feita no alto de uma parede por onde a água escoa livremente com a superfície sujeita à pressão atmosférica. • são utilizados na medição de vazão de pequenos cursos d’água, canais, nascentes (Q ≤ 300 L s-1). L = largura da crista (m) H = altura do nível do fluido (m) B = largura da parede (m) P = altura da crista (m) Vertedor • Quanto à forma : retangular, triangular, trapezoidal, circular, etc. • Quanto à espessura (natureza) da parede • Parede delgada: a espessura (e) não é suficiente para que sobre ela se estabeleça o paralelismo das linhas de corrente (e < 2/3 H) • Parede espessa: a espessura é suficiente para que sobre ela se estabeleça o paralelismo das linhas de corrente (e ≥ 2/3 H) . Quanto ao comprimento da crista • L = B Vertedor sem contração lateral • L < B - Vertedor com contração lateral simples e dupla Vertedor retangular de parede delgada • Q = (2/3). √2g.Cq.L.H3/2 Q = vazão (m3/ s) • Cq = Coeficiente de vazão em relação altura do vertedor(P), nível da água (h) • L = largura do escoamento (crista) • H = altura do nível do fluido • L’ = correção em relação ao escoamento • Q = 1,838.L’.H3/2 (Francis) • Q = 1,77.L.H3/2 (Poncelet - considerando CQ = 0,60) Valores de Cq Vertedor sem contração lateral L = B Q = (2/3). √2g.Cq.L.H3/2 Vertedor retangular com contração lateral • L’ = correção em relação ao escoamento • Q = 1,838.L’.H3/2 (Francis) • Q = 1,77.L.H3/2 (Poncelet - considerando CQ = 0,60) (duas contrações) simples dupla H H Vertedor triangular • Q = (8/15). √2g.Cq.tgΘ/2.H5/2 • Se • Cq = 0,60 • Θ = 90º • tgΘ/2= 1 • Q = 1,40. H5/2 Fórmula de Thompson Vertedor retangular de parede espessa Q = 0,385.√2g.Cq.L.H3/2 Se Cq = 0,91 Q = 1,55.L.H3/2 (Lesbros) Medidor Venturi k é um coeficiente da perda de carga (0,98) ϒ1 = peso específico do fluido (Kgf/m3) ϒ2 = peso específico do fluido manométrico D1 = diâmetro seção 1 (mm) D2 = diâmetro seção 2 (mm) h = carga hidráulica (m) Tubo de Pitot • instrumento utilizado para a medição de velocidades de escoamentos tanto internos quanto externos, para líquidos ou gases. Pressão Estática – é a pressão real ou a pressão termodinâmica Pressão Dinâmica – é a pressão decorrente da transformação da energia cinética do fluido em pressão Pressão Total, de Impacto ou de Estagnação – é a soma da pressão estática com a pressão dinâmica Medição Indireta Determinação da velocidade máxima – cronometrando o uso de um flutuador em trecho de 10 metros. Determinação da velocidade média: Para canais com paredes lisas (cimento) v = 0,85 a 0,95 v1 Para canais com paredes pouco lisas (terra) v = 0,75 a 0,85 v1 Para canais com paredes irregulares e vegetação no fundo v = 0,65 a 0,75 v1 Determinação da área Batimetria - medição de área em cursos d´água cursos d'água naturais apresentam seções muito irregulares um pequeno córrego, pode-se enquadrar a figura numa seção geométrica conhecida (retângulo, trapézio, etc.) No caso da seção ser avantajada, pode-se subdividi-la em subseções, para se ter uma maior precisão. Medição Indireta A = A1+...An A1 = (h0+h1).L/n An = (hn-1 +hn). L/n L = largura do curso dágua h = cota do perfil do curso dágua n = número de seções Vazão determinada pela fórmula Q = Velocidade x área (m3/s) Orifícios e bocais • perfurações (geralmente de forma geométrica conhecida) feitas abaixo da superfície livre do líquido em paredes de reservatórios, tanques, canais ou tubulações • Classificação • Quanto à forma geométrica: retangular, circular, triangular, etc. • Quanto às dimensões relativas • Quanto a natureza das paredes • Quanto ao escoamento Quanto às dimensões relativas • Pequeno: quando suas dimensões forem muito menores que a profundidade (h) em que se encontram. Na prática, d ≤ h/3 • Grande: d > h/3 d = altura do orifício. h = altura relativa ao centro de gravidade do orifício Quanto a natureza das paredes Orifício de parede espessa Orifício de parede delgada Quanto ao escoamento Orifício de descarga livre Orifício de descarga afogado Seção contraída (vena contracta) • As partículas fluidas afluem ao orifício vindas de todas as direções, em trajetórias curvilíneas. Ao atravessarem a seção do orifício continuam a se mover em trajetórias curvilíneas (as partículas não podem mudar bruscamente de direção), obrigando o jato a contrair-se um pouco além do orifício (onde as linhas de corrente são paralelas e retilínea); L = 0,5 a 1d L = 0,5 d - para orifício circular Coeficiente de contração CC = Ac/A cálculo da vazão • Orifícios afogados de pequenas dimensões em paredes delgadas (d < h/3). p0/ϒ + v0 2/2g + h0 = p1/ϒ + v1 2/2g + h1 p0/ϒ = patm/ϒ = 0 Vo = desprezível = 0 v1 = vte ( Velocidade teórica na seção contraída) h0 = h1 + v 2 te /2g + 0 vte = √(2g (h0 - h1)) • velocidade real (v) na seção contraída é menor que vte • CV (coeficiente de velocidade) • CV = f (d, h0 - h1 , e forma do orifício) • CV = V/Vte Assim V = CV.Vte • v = CV. √(2g (h0 - h1)) • CC (coeficiente de contração) • CC = AC/A Assim: AC = CC.A • Determinação da vazão na área contraída • Q = AC.v = CC. A.CV. √(2g (h0 - h1)) • Coeficiente de descarga • CQ = CC.CV • Vazão Q =CQ. A. √(2g (h0 - h1)) • Adotando • CV = 0,985 • CC =0,62 • CQ = 0,61 • Vazão Q = 0,61 A. √(2g (h0 - h1)) Orifícios com escoamento livre, de pequenas dimensões e paredes delgadas • h1 = 0 • h0 = h • Vazão Q =CQ. A. √(2g h) Tempo de descarga (2*AR)*((h0 0,5 ) - ( h1 0,5))/Cq*Ao*(2*g) 0,5 = segundos Ar = área do reservatório Ao = área do orifício Bocais, tubos e tubulações • são constituídos por peças tubulares adaptadas aos orifícios, com a finalidade de dirigir o jato do escoamento. • comprimento - 1,5 e 3,0 vezes o diâmetro • comprimentos de 3,0 a 500D como tubos muito curtos • comprimentos de 500 a 4000 D (aproximadamente) como tubulações curtas; • e comprimentos acima de 4000D como tubulações longas. • A determinação da vazão é feita da mesma forma usada para os orifícios