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INTRODUÇÃO A ECONOMIA MÓDULO II – UNIDADE IV- AULA 10 RAFAEL TERRA (UNB) Economia Monetária 1 Introdução • Economia monetária: é o ramo da Macroeconomia que estuda questões associadas ao dinheiro, ou moeda, e seu papel na economia. • Como se “cria” moeda? Isto é, como se dá a oferta de moeda? • O que ocorre quando há um excesso, ou uma falta de moeda? 2 Introdução • Vários problemas podem surgir, como inflação ou desemprego, que se relacionam com o lado monetário da economia. 3 Funções da Moeda • Meio de Troca • Unidade de Conta • Reserva de Valor 4 Moeda como Meio de Troca • Civilizações muito antiga realizavam trocas por meio de escambo. • Exemplo: – Considere que você queira consumir um frango e tenha quatro sacos de milho, os quais valoriza tanto ou menos do que o frango. – Considere que existe um criador de frangos que está disposto a trocar um frango por esses quatro sacos de milho. – A troca poderá ser efetuada. 5 Moeda como Meio de Troca • O problema nesse caso é a necessidade da chamada “dupla coincidência de interesses”. • Dificilmente você irá encontrar alguém querendo trocar algum bem que você valoriza por uma quantidade que você tem de outro bem que essa pessoa valoriza. • Há uma ineficiência clara nessa transação. 6 Moeda como Meio de Troca • Civilizações indígenas como as que existiam no Brasil não comercializavam entre si. • Isso explica o porquê da moeda não ter surgido nessas sociedades. 7 Moeda como Meio de Troca • A moeda possibilita que as pessoas vendam mercadorias no mercado em quantidades variadas e depois utilizem o dinheiro arrecadado para adquirir exatamente a quantidade desejada de outro bem. 8 Moeda como Meio de Troca • Tipos de moedas já observados: – grãos estocados em celeiros de templos (na Suméria e na Mesopotâmia). – Conchas, pérolas, grandes pedras – Cevada, sal, arroz, pimenta. – Álcool, cigarro, maconha. 9 Moeda como Meio de Troca • Uma característica da maior parte dessas moedas de troca era a divisibilidade, que permitia maior eficiência nas trocas, i.e. eram facilmente fracionalizadas. • A não perecibilidade é fundamental. 10 Moeda como Meio de Troca • Uma característica básica para a utilização de uma commodity como moeda é a ampla aceitação e a confiança nas instituições monetárias que garantem seu valor. 11 Moeda como Meio de Troca • A segurança na estocagem de moeda também é fundamental. • A possibilidade de estocá-la em um local em que tenho confiança de que permitirá seu resgate a qualquer momento contribui para a confiança na utilização de determinada commodity como moeda. 12 Moeda como Meio de Troca • Quando essa confiança nas instituições monetárias é abalada grandes problemas surgem. 13 Moeda como unidade de conta • A moeda é usada também como padrão de valor para a atribuição de preços. • Um almoço no “Natural” custa 2,5 sucos de laranja ou, fazendo o raciocínio inverso, um suco de laranja custa 0,4 almoço. 14 Moeda como unidade de conta • A moeda, nesse sentido, serve como unidade de conta. • Basta atribuir um preço para um bem em termos de unidades monetárias, e todos os preços relativos podem ser expressos em unidades monetárias. 15 Moeda como unidade de conta • Nesse caso, podemos expressar o preço do almoço em unidades monetárias, que é de R$7,50, e o preço do suco de laranja será de R$3,0. 16 Moeda como reserva de valor • A moeda serve para adiar o consumo. • Por exemplo, eu posso guardar R$100,00 ao invés de consumir em bens agora, e consumir R$100,00 em bens em um momento posterior. 17 Moeda como reserva de valor • Outros bens podem servir como reserva de valor. • E.g.,imóveis e frações de capital de empresas (ações), podem ser vendidos em um período posterior para consumo de bens. 18 Moeda como reserva de valor • A vantagem de usar a moeda como reserva de valor é sua liquidez imediata. • Liquidez é a facilidade com que um ativo pode ser convertido em meio de troca. • Por exemplo, imóveis são ativos com baixa liquidez. 19 Inflação e as funções da moeda • A inflação pode destruir a função de reserva de valor da moeda. • Em épocas de alta inflação no Brasil, as pessoas procuravam se desfazer de papel moeda assim que possível, pois quanto mais tempo segurassem a moeda, menos poder de consumo teriam. 20 Inflação e as funções da moeda • Para aqueles com contas bancárias, os bancos garantiam a aplicação do saldo em um instrumento financeiro denominado “over night”, ou na poupança, que protegiam o valor real do dinheiro. • Aqueles sem acesso a essas aplicações financeiras ficavam expostos a perda da função de reserva de valor da moeda. 21 Inflação e as funções da moeda • A inflação pode fazer também com que a moeda perca sua função como unidade de conta. 22 Inflação e as funções da moeda • Na época de inflação alta no Brasil era comum que vários contratos fossem calculados com base em outras unidades de conta: – Obrigações do Tesouro Nacional (OTN), – Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN) – Unidade Fiscal de Referência (UFIR). – Dólar. 23 Inflação e as funções da moeda • Essas unidades de conta alternativas tinham seus valores reajustados diariamente para permitir que os preços pudessem ser expressos em termos da moeda oficial. 24 Inflação e as funções da moeda • Em um caso extremo, como a da inflação húngara no pós-2ª Guerra, em que a inflação de Julho e 1946 chegou a (4,19 × 1016% ou 41,9 quatrilhões por cento), os preços chegavam a dobrar a cada 15,3 horas. 25 Inflação e as funções da moeda • Nesse caso a moeda perdeu sua função de meio de troca, as quais passaram a ser realizadas por meio de escambo. 26 Evolução histórica da moeda • Características desejáveis: – Divisibilidade, para permitir transações de baixo valor. – Durabilidade, para prevenir perda com o tempo. – Raridade, para evitar aumentos constantes na quantidade de moeda em circulação, o que poderia inflacionar os preços. • Ouro e prata tinham essas características. 27 Evolução histórica da moeda • Normalmente, para evitar a expansão desenfreada da moeda, os Governos detinham o monopólio da cunhagem da moeda. • Qualquer novo metal devia ser entregue para cunhagem (descoberta de jazidas), e o governo ficava com uma fração. • Essa apropriação do Governo era denominada “Senhoriagem”. 28 As instituições monetárias: bancos • O comércio fez desenvolver a prática de fornecimento de empréstimos (ou crédito). • Algumas pessoas com mais reservas de moeda se especializaram nessa atividade, tornando- se banqueiros. 29 As instituições monetárias: bancos • A inconveniência de “guardar” somas de dinheiro incentivaram a utilização dos bancos como “protetor” das somas de moeda. 30 As instituições monetárias: bancos • Em contrapartida aos depósitos feitos em bancos os depositantes recebem certificados. • Se há confiança no banqueiro, o depositante pode emitir um certificado de uma fração menor ou igual ao montante depositado como pagamento por um bem ou serviço sem necessidade de resgate para posterior pagamento em moeda. 31 As instituições monetárias: bancos • Se essa aceitação é generalizada, os depositantes podem usar certificados como substitutos da moeda metálica.• Esse é um passo importante para a evolução do sistema monetário, abrindo caminho para uma nova forma de moeda (fiduciária) e para o aumento da quantidade virtual de moeda (papel moeda+depósitos) circulando na economia. 32 As instituições monetárias: bancos • As pessoas realizavam as transações por meio de certificados, e deixavam grande parte das reservas de moeda nos bancos. • Os banqueiros perceberam aí a possibilidade de emprestar moeda, mantendo só uma parcela em reservas para fazer frente às necessidades de saques. 33 As instituições monetárias: bancos • Com X moedas depositadas no banco por seus clientes o banco emitia certificados de depósito. • Com esses certificados os clientes realizavam pagamentos. • Transações entre dois clientes do mesmo banco implicavam apenas uma transferência na propriedade das moedas depositadas. 34 As instituições monetárias: bancos • O banco emprestava parte das moedas que dava direito a poder de compra, mas implicava uma dívida. • O devedor podia usar as moedas emprestadas para pagar outras pessoas, os quais depositavam as moedas no banco. • Os bancos, então, recebiam de volta as moedas e emprestavam uma parte para novos devedores, que realizavam pagamentos, que eram novamente depositados no banco e assim por diante. 35 As instituições monetárias: bancos • Portanto, com X moedas depositadas, o banco podia realizar empréstimos que geravam um montante de depósitos maior que X. • Note que os certificados de depósito se tornaram também uma forma de moeda (moeda escritural). 36 As instituições monetárias: bancos • Na prática, portanto, a capacidade de emprestar dos bancos é uma forma de multiplicar a quantidade de moedas (ou ao menos, aumentar seu poder de compra). 37 Voltando... 38 As instituições monetárias: o sistema monetário • Com a evolução das instituições de crédito, as moedas foram sendo substituídas por notas emitidas por bancos comerciais. • Todo esse sistema se baseava na confiança de que o banco honraria qualquer resgate de depósitos. 39 As instituições monetárias: o sistema monetário • Mas, bancos podiam tornar-se insolventes, o que poderia provocar um colapso no sistema financeiro. • Quanto maior a parcela das reservas de moeda depositadas o banco emprestasse, mais lucro obteria. 40 As instituições monetárias: o sistema monetário • Mas, por outro lado, quanto mais emprestasse dessas moedas, menos “solvente” ficaria em uma situação de corrida aos bancos para sacar os depósitos. 41 As instituições monetárias: o sistema monetário • Confiança é a base de sustentação desse sistema financeiro. • Se o banqueiro perdesse a credibilidade, logo haveria corrida ao banco para saque das importâncias depositadas, e o banqueiro não teria como entregar moedas o suficiente para todos os depósitos do banco. 42 Bancos Centrais • O surgimento de Bancos Centrais se relacionou com a busca por estabilidade no sistema bancário. • Uma autoridade monetária central é desejável, pois pode ajudar a evitar o colapso total do sistema financeiro. 43 Bancos Centrais • Um banco que quebra pode provocar pânico e uma corrida aos banco para saque das importâncias depositadas, tornando-os insolventes (i.e. sem capacidade de honrar seus compromissos). 44 Bancos Centrais • Um banco que quebra pode ter tomado emprestado grande quantia de outro banco. • Ao não honrar com seu pagamento, o banco credor é obrigado a absorver o prejuízo, que muitas vezes o faz quebrar também, e assim por diante, atingindo todo o sistema financeiro. 45 Bancos Centrais • O Banco Central pode funcionar como “emprestador de última instância” dos bancos, para torná-los solventes. • Pode ser um “banco dos bancos”. 46 Bancos Centrais • Faz parte de suas funções: – Fiscalizar o sistema bancários, estabelecendo normas sobre o montante de reservas que devem ser mantidas em caixa. – Fixar a taxa básica de juros da Economia (taxa Selic). – Controlar a oferta de moeda com os instrumentos disponíveis (juros e regras sobre reservas de bancos) a fim de controlar a inflação. – Controlar a emissão de moeda. 47 Meios de Pagamento nas Economias Modernas • A moeda escritural ganhou importância como meio de pagamento até que os governos entenderam que as moedas metálicas não precisavam circular na economia, só precisavam servir como lastro. • Então, os governos mantiveram o lastro em ouro e prata em reservas seguras, e emitiam cédulas de papel que representavam o valor dessas moedas. 48 Meios de Pagamento nas Economias Modernas • Com o passar do tempo, foi-se percebendo que a existência de um lastro não era necessária se o Governo garantisse que não iria imprimir dinheiro além do necessário para fazer frente ao crescimento econômico. • Essa ruptura com o lastro em moedas metálicas foi lenta e gradual. 49 Meios de Pagamento nas Economias Modernas • Hoje em dia temos o que se costuma chamar de “moeda fiduciária”(de confiança), em que não há lastro metálico. • Há somente a confiança (por vezes traída) de que o Banco Central não permitirá emissão desenfreada de papel-moeda. 50 Meios de Pagamento nas Economias Modernas • Hoje em dia os meios de pagamento passam por importantes transformações. • Com a popularização dos cartões de débito e crédito e pagamento pela internet, os cheques e a utilização de papel moeda passou a ser cada vez menos importante. 51 Meios de Pagamento nas Economias Modernas • Como vimos, depósitos bancários também são meios de pagamento. • É função do Banco Central controlar a quantidade de meios de pagamento na economia. • Crédito desenfreado pode resultar em forte aumento da demanda e aumento de preços. 52 Base Monetária • Uma denominação importante de meios de pagamento é a da Base Monetária. • A Base monetária consiste na moeda metálica ou papel-moeda emitido em poder do público e as reservas bancárias depositadas no Banco Central. • É comum denominar a Base Monetária por M0 (M zero), pois é a forma mais líquida de dinheiro. 53 Outros Meios de Pagamento monitorados pelo BC • Medidas de Meio de Pagamento monitoradas pelo Banco Central: • M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista; • M2 =M1 + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias; • M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic; • M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez 54 Outros Meios de Pagamento monitorados pelo BC • O Banco Central monitora essas medidas de meios de pagamento, pois podem facilmente ser convertidas em papel-moeda (alta liquidez), o que pode representar um risco de expansão da oferta de moeda. 55 O sistema bancário e a criação de moeda • Vejamos na prática como os bancos criam meios de pagamento ou, usando uma expressão mais comum, mas menos adequada, vejamos como eles “criam moeda”. 56 O sistema bancário e a criação de moeda • Suponha que Homer deposite R$1000,00 em dinheiro vivo (papel-moeda) no banco. • Suponha que ninguém mantenha dinheiro na carteira ou em casa. • O banco irá manter uma reserva de 20% desse valor (0,2xR$1000=R$200), e emprestar o resto (R$800,00) para Barney para ele comprar um máquina de tirar chopp. 57 O sistema bancário e a criação de moeda • Barney irá pagar o Duffman pela máquina de tirar chopp, o qual irá depositaro dinheiro integralmente no banco. • Os R$800,00 emprestados retornam, então, ao banco (não precisa ser o mesmo poderia ser outro banco), o qual vai manter 20% em reservas (0,2xR$800=R$160), e emprestará os 80% restantes (0,8xR$800=R$640) para o diretor Skinner comprar um novo computador para a escola. 58 O sistema bancário e a criação de moeda • O diretor Skinner pagará pelo computador ao dono da loja que depositará o dinheiro no banco, o qual reterá 20% como reservas (0,2xR$640=R$128) e repassará o restante como empréstimos, e assim por diante. • Esse processo segue uma Progressão Geométrica convergente. 59 O sistema bancário e a criação de moeda • A soma dessa PG nos dá o montante de meios de pagamento criado pelos bancos. • Esse montante é dado pela fórmula da soma de PG convergente. • 𝑀𝑒𝑖𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑎1 1−𝑞 • Em que 𝑎1 é o montante inicial depositado, e 𝑞 (razão da PG) é a parcela emprestada. • 1 − 𝑞 = 𝑅 é a parcela mantida em reservas. 60 O sistema bancário e a criação de moeda • Se o montante inicial depositado foi R$1000, ao final do processo, o montante de Meios de pagamentos disponível na Economia será • 𝑀𝑒𝑖𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑅$1000 1−0,8 = 𝑅$5000 • O montante inicial de R$1000 em papel- moeda se tornou R$5000 em meios de pagamento. Isto é, se multiplicou por 5. 61 O sistema bancário e a criação de moeda • A fórmula do multiplicador de meios de pagamento é • 𝑀 = 1 𝑅 62 Controle da Oferta de Moeda • O Banco Central é o responsável por emitir novas moedas (para substituir moedas antigas ou fazer frente ao crescimento econômico). • Ele controla a oferta de moeda (Meios de Pagamento) por 3 instrumentos: – Reservas compulsórias – Operações de Mercado aberto – Operações de Redesconto 63 Reservas Compulsórias • Reservas compulsórias são reservas que os bancos comerciais devem manter obrigatoriamente junto ao BC, além das que já mantêm em seus caixas (para fazer frente as necessidades de saque). • Quanto maiores as reservas menos meios de pagamentos serão criados pelos bancos comerciais. 64 Operações de mercado aberto (open market) • Compra e venda de títulos do governo promovidas pelo BC no mercado aberto (fora das bolsas de valores). • Se o BC compra títulos públicos em poder do público ele paga em moeda, o que irá aumentar a quantidade de moeda em circulação e a capacidade de conceder empréstimos dos bancos. 65 Operações de mercado aberto (open market) • Normalmente o BC usa a taxa de juros básica (SELIC) para controlar a oferta de moeda. • Aumentos na taxa de juros paga pelos títulos do Governo reduzem a quantidade de moeda na economia, pois os agentes irão comprar esses títulos, dando moeda em troca ao BC. 66 Redesconto • Consiste no fornecimento de crédito aos bancos pelo BC. • Taxas de redesconto mais baixas facilitam a tomada de empréstimo e expandem a oferta de moeda na economia, pois os bancos podem tomar a taxas baixas junto ao BC e emprestar a taxas altas junto ao público. 67 Políticas de Metas Inflacionárias • Outro instrumento para controlar a oferta de moeda é a meta de inflação, adotada em 1999. • É definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) composto pelos ministros da Fazenda, do Planejamento e pelo presidente do BC. 68 Políticas de Metas Inflacionárias • Atualmente a meta de inflação no Brasil é de 4,5% a.a. com tolerância de 2 pontos percentuais para mais e para menos. • Portanto, do ponto de vista do Governo, se a inflação ficar entre 2,5% e 6,5% ele estará sob controle. 69 Políticas de Metas Inflacionárias • A intenção das metas de inflação é fornecer maior previsibilidade aos agentes sobre a estabilidade da moeda. • Isso facilita decisões de investimento de agentes domésticos e estrangeiros. • Com isso, o crescimento econômico é beneficiado. 70 Políticas de Metas Inflacionárias • O governo usa os instrumentos mencionados e a taxa de juros para estimular a demanda ou eliminar excessos de demanda. • A taxa de juros SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa básica a qual o Governo remunera os títulos da dívida pública. • Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária (o Copom), formado pelos diretores do BC. 71 Demanda por Moeda • A Demanda por moeda se dá pelos motivos : – Transação – Precaução – Especulação 72 Demanda por Moeda • O motivo transação se relaciona diretamente com o nível de renda das pessoas. • Quanto maior a renda, mais bens e serviços os agentes irão demandar, e portanto demandarão mais moedas para realizarem seus pagamentos a outros agentes. 73 Demanda por Moeda • O motivo precaução decorre da necessidade de busca por um seguro contra contingências futuras. • Por exemplo, em épocas de crise financeira, as pessoas podem correr aos banco para sacar suas reservas em dinheiro e manter em casa temendo um confisco geral. 74 Demanda por Moeda • O motivo especulação pode ocorrer em cenários em que outros ativos financeiros não pagam retorno real livre de risco e a moeda tende a valorizar frente a outras moedas internacionais. • Guardar dólares em casa é uma demanda (do ponto de vista dos Estados Unidos) pelo motivo de especulação. 75 Demanda por Moeda • O nível de preços e a taxa de inflação influenciam a demanda por moeda. • Quanto maior a inflação menor será a demanda por moeda e maior a demanda por outros ativos financeiros que rendem juros. • Quanto maior a taxa de juros da dívida pública, menor será a demanda por moeda. 76
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