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9-Conduta_fisioterapYutica_em_pacientes_com_atelectasia_pulmonar

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1 
 
Conduta fisioterapêutica em pacientes com atelectasia pulmonar 
Roberto Rayner Souza1 
reirayner@hotmail.com 
Dayana Priscila Maia Mejia2 
Pós-graduação em fisioterapia hospitalar – Faculdade Sul-Americana - FASAM 
Resumo 
A atelectasia pulmonar é uma patologia que acomete o pulmão, ou seja, é uma diminuição da 
excitabilidade de uma parte ou de tudo o pulmão. Assim, o pulmão sofre uma perda de 
furgescência dos tecidos do pulmão caracterizado por um bloqueio na passagem do ar pelos 
brônquios de maior ou menor calibre. Seu tratamento envolve a atuação de uma equipe 
multidisciplinar como médicos, enfermeiros, farmacêuticos e fisioterapeutas como forma de 
infligir a melhora forma de combater a patologia. Desta forma, esse artigo tem por objetivo 
geral avaliar a resposta terapêutica ao uso da fisioterapia no tratamento atelectasia 
pulmonar, além de identificar a resposta clínica nos pacientes acometidos da patologia; 
conhecer a incidência e a prevalência da atelectasia pulmonar; estabelecer o perfil do 
tratamento fisioterápico com a evolução clínica e resposta à terapêutica. O tema escolhido 
tem por finalidade buscar conhecer melhor esta problemática promovendo um estudo dos 
comportamentos mais comuns que influenciam no tratamento da referida patologia em 
questão. Apresenta sua justificativa e importância, nos aspectos acadêmicos, sociais e 
profissionais, sustentada nos argumentos que adotam como princípio que a fisioterapia é um 
importante campo da equipe multidisciplinar no tratamento. Neste fim, foi produzido um 
relatório base dos resultados que serviu de instrumento balizador para a elaboração deste 
estudo. 
Palavras- chave: Pulmão; Atelectasia pulmonar; Tratamento fisioterápico. 
1. Introdução 
Saúde é o estado de normalidade das funções orgânicas e de equilíbrio entre o homem e o 
meio ambiente. É um componente básico do desenvolvimento econômico e social. De fato 
não há como ignorar que a melhoria dos padrões de saúde resulta da elevação dos níveis 
econômicos e sociais. Correlação íntima se estabelece entre a renda per capita, a 
disponibilidade de habitações e de escolas de uma população e os índices sanitários. À 
medida que se elevam estes níveis econômicos e sociais, evidencia-se uma melhoria nas 
condições de saúde da população que, por sua vez, refletem-se no aumento da produtividade 
individual e da produção global de bens e serviços. 
A terapêutica médica e a medicina sanitária têm impulsionado vigorosamente o 
desenvolvimento, reduzindo índices de morbidade e de mortalidade, recuperando milhões de 
pessoas, prolongando o período de vida útil do ser humano e aumentando sua produtividade. 
Não há exemplo de país que tenha alcançado elevado nível de desenvolvimento sem elevar o 
nível de saúde de seu povo. Essa é a razão por que os programas de saúde não devem ser 
 
1Discente do curso de pós-graduação em fisioterapia da Biocursos. 
2 Fisioterapeuta, mestranda em Bioética na Saúde, especialista em Metodologia do Ensino Superior. 
2 
 
formulados isoladamente, mas, sim, integrar a estratégia global do desenvolvimento e inserir-
se nos planos nacionais de desenvolvimento. Todavia, se as precárias condições de saúde de 
um grupo social constituem fator negativo ao desenvolvimento, por conduzirem à morte 
prematura, nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, a maior parte da população 
não dispõe de recursos para se utilizar dos serviços médicos. 
Daí por que a Carta da Organização Mundial de Saúde (OMS, 2013) refere que os governos 
têm responsabilidade na saúde dos seus povos. Claro que a responsabilidade governamental é 
ainda maior nos países pobres, de baixa renda per capita, como é o caso do Brasil. Nos 
Estados brasileiros, especialmente no Amazonas, tem sido observada uma profunda 
concentração de investimentos públicos em infraestrutura, certamente importantes, como a 
construção de novos Hospitais, Policlínicas, Centros de Saúde e Unidades Básicas de Saúde. 
 No campo do saneamento básico, função principal de plano de saúde, principalmente nas 
áreas periféricas da cidade e no interior do Estado, os investimentos são pífios e, quando 
existem, seus resultados são incipientes, cujo reflexo se dá exatamente nas crianças. 
As patologias pulmonares representam um grave problema de saúde pública, em função de 
sua morbidade e mortalidade. Vários fatores de risco contribuem para o aumento da 
incidência e/ou gravidade das patologias pulmonares. Doenças de base, especialmente aquelas 
que afetam os sistemas cardiopulmonares, imunológico ou neuromuscular também aumentam 
o risco para o desenvolvimento de quadros mais graves. 
Um dos maiores desafios na abordagem das patologias pulmonares é a identificação de um 
agente etiológico. A maioria dos estudos não consegue obter a etiologia em 40% a 60% dos 
casos, segundo dados do Ministério da Saúde (MS, 2013). Recursos diagnósticos como 
sorologia, esquisa de antígenos e detecção de DNA pelo método da Reação em Cadeia de 
Polimerase (PCR) vêm sendo desenvolvidas, mas a maioria não se encontra disponível para 
utilização rotineira. Mesmo quando esses recursos estão disponíveis, a identificação de um 
micro-organismo não implica necessariamente que ele seja o agente responsável. 
A atelectasia pulmonar é uma patologia que acomete o pulmão, que sofre uma perda de 
furgescência dos tecidos em função de um bloqueio na passagem do ar pelos brônquios de 
maior ou menor calibre. Apesar das revisões sistemáticas e diretrizes sobre o tema, é grande a 
diversidade de abordagens diagnósticas e terapêuticas, havendo necessidade de maior 
padronização de condutas para diminuir a morbidade e a mortalidade causadas por esta 
patologia. 
Desta forma, esse artigo tem por objetivo geral avaliar a resposta terapêutica ao uso da 
fisioterapia no tratamento atelectasia pulmonar, além de identificar a resposta clínica nos 
pacientes acometidos da patologia; conhecer a incidência e a prevalência da atelectasia 
pulmonar; estabelecer o perfil do tratamento fisioterápico com a evolução clínica e resposta à 
terapêutica. 
A metodologia empregada foi da pesquisa bibliográfica que abordou inferências nos livros e 
artigos científicos, considerando seus acompanhamentos com relação à patologia. 
O tema escolhido tem por finalidade buscar conhecer melhor a problemática promovendo um 
estudo dos comportamentos mais comuns que influenciam no tratamento fisioterápico. Desta 
forma, o estudo em questão apresenta sua justificativa e importância, nos aspectos 
acadêmicos, sociais e profissionais. Sendo assim, este trabalho tem por base as seguintes 
justificativas: A escassez de estudos aplicados ao contexto do tema no Amazonas, em âmbito 
geral e, em específico, que produz lacunas importantes na produção científica. Pretende-se 
que este estudo, de alguma forma, contribua na investigação e no aprofundamento das 
questões relativas à saúde. 
 
3 
 
2. Revisão da literatura 
2.1 Pulmão 
Um pulmão é uma víscera par situada no interior da caixa torácica, recoberta pela pleura e que 
é o órgão principal do aparelho respiratório. O ar penetra no pulmão através dos brônquios, e 
o sangue lhe é trazido do coração, pela artéria pulmonar. 
O pulmão é dividido em lóbulos, em cujas alvéolos se processam as trocas gasosas; o sangue 
cede ao ar o gás carbônico, e dele toma o oxigênio, para retornar, pela via pulmonar, ao 
coração e dali pela rede vascular, a todo o organismo. (Figura 1) 
 
 
 
Figura 1: Pulmão humano 
Fonte: Atlas de Anatomia Humana, Artmed 2000. 
 
As principais patologias que acometem o pulmão são: pneumonias, neoplasias, doença 
pulmonar obstrutivacrônica (asma e bronquite crônica e Enfisema) e as doenças ocupacionais 
(silicose, antracnose, pulmão negro, asbestose e, as doenças pulmonares intersticiais). 
Segundo Souza (2012, p. 3): 
 
A pneumonia tem várias causas, incluindo infecção por bactérias, vírus, fungos ou 
parasitas. Ela resulta de irritação química ou física nos pulmões. Abuso de álcool e 
outras doenças médicas, como câncer no pulmão, podem ocasionar pneumonia. 
Também pode ter causa desconhecida, porém o mais comum é que ela seja 
provocada por invasão de micro-organismo, geralmente vírus ou bactéria, nos 
pulmões que provoca resposta do sistema imunológico à infecção. 
 
Como se pode observar, a pneumonia acomete a maioria dos doentes no período do inverno 
nas zonas temperadas. No caso da Amazônia, onde o clima é tropical, elas acorrem no período 
das chuvas, entre novembro e junho, denominado pelos habitantes da Amazônia de “Inverno 
Amazônico”, exatamente no período das cheias dos rios. 
É um fato a ser incorporado às políticas de saúde pública do Estado, tanto no sentido da 
prevenção como no sentido curativo, aparelhando os hospitais, postos de saúde e prontos-
socorros para o atendimento dessas pessoas nesse período, já que as enchentes são uma 
constante na região e provocam problemas como a pneumonia bacteriana. 
Assim, é importante que o sistema de saúde esteja preparado para enfrentar os problemas de 
saúde como a pneumonia, no período da enchente, já que esses casos apresentados aqui 
ocorreram exatamente nesse período. 
 
4 
 
Já as neoplasias, segundo Gomes (2011, p. 1): 
 
Neoplasias ou câncer de pulmão é a expansão e transformação maligna do tecido 
pulmonar. É o tipo mais letal de câncer no mundo todo, responsável por 1,2 milhões 
de mortes anualmente. É causado predominantemente pelo hábito de fumar. 
Entretanto, algumas pessoas que nunca fumaram sofrem de câncer de pulmão. 
Devido à intensa vascularização é comum o aparecimento de tumores vindo de 
outros órgãos (metastases pulmonares). 
 
O Câncer pode dar em qualquer parte do corpo. Sendo assim, “Câncer é o nome dado a um 
conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) 
de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras 
regiões do corpo” (INCA, 2013). (Figura 2). 
 
 
 
Figura 2- Células malignas em ação par provocar o câncer 
Fonte: Instituo Nacional de Câncer, 2013. 
 
As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um 
ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-
determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. 
Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de 
transformações malignas nas células normais: 
 
O surgimento do câncer também depende da intensidade de sua exposição aos 
fatores de riscos de natureza ambiental (água, terra e ar), ocupacional (indústrias 
químicas e afins), de consumo (hábitos alimentares, alcoolismo, medicamentos) e 
ambiente social e cultural (hábitos e estilo de vida, tabagismo, hábitos sexuais, 
radiação solar) onde se encontram agentes que causam câncer (INCA, 2013). 
 
Frente o aumento da quantificação e do coeficiente de morbidade e morbimortalidade das 
doenças oncológicas no país, o Governo brasileiro, por meio do Ministério da Saúde, com 
objetivo de diminuir a mortalidade e agilizar o tempo de diagnóstico e tratamento dos 
pacientes oncológicos, apresentou a lei que regulamenta as regras para o cumprimento da Lei 
12.732/2012, a qual determina prazo de 60 dias para o início do tratamento contra o câncer no 
SUS (XEYLA, 2013). 
Outra patologia que acomete o pulmão são as doenças pulmonares obstrutiva crônica, que 
segundo Souza (2012, p. 4): 
 
Na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), o fluxo de ar pelas vias aéreas é 
impedido. Existem quatro mecanismos principais, produtores de estreitamento das 
5 
 
vias aéreas, em especial dos bronquíolos de tamanho pequeno a médio, que quando 
combinados produzem três variedades principais da DPOC (asma, bronquite crônica 
e enfisema). Os mecanismos: 1 - Espasmo dos músculos, dispostos de forma 
espiralada e presentes na parede dos bronquíolos; 2 – Edema (Inchaço) inflamatório 
da mucosa das vias aéreas; 3 - Secreção excessiva, principalmente de muco e; 4 - 
Perda do tecido elástico, que normalmente mantém abertas as vias aéreas de menor 
calibre. 
 
Dentre as doenças pulmonares obstrutivas destaca-se a asma, que segundo Pilar (2010, p. 1) 
tem como características mais importante “o espasmo intermitente da musculatura lisa que 
circunda os brônquios e bronquíolos”. Já as bronquites crônicas e enfisemas, segundo Pilar 
(2010, p. 2) “são caracterizados pela presença persistente e irreversível da restrição das vias 
aéreas, com tosse crônica produtiva. Ocorre disfunção progressiva das trocas gasosas com 
hipercapnia e hipoxemia”. 
Já as doenças ocupacionais são provocadas pela “inalação de partículas, névoas, vapores ou 
gases, nocivos no ambiente de trabalho” (SOUZA, 2012, p. 5). Dentre as doenças 
ocupacionais destacam-se a silicose que “é uma doença respiratória causada pela inalação de 
poeira de sílica que produz inflamação, seguida de cicatrização do tecido pulmonar´” (PILAR, 
2010, p. 2). A antracnose “é uma lesão pulmonar caracterizada por pigmentação com sais de 
carbono, observada em mineradores, populações de grandes centros urbanos ou de áreas 
poluídas, além de fumantes” (PILAR, 2010, p. 3). O pulmão negro (pneumoconiose dos 
mineiros de carvão)” que “é uma doença pulmonar causada por depósitos de pó de carvão nos 
pulmões. O pulmão negro é consequência da aspiração de pó de carvão durante um período 
prolongado” (PILAR, 2010, p. 3). Já a asbestose “é uma doença pulmonar causada por 
depósitos de asbesto ou amianto, que é um silicato que ocorre na natureza sob a forma de 
fibras que podem ser fiadas e tecidas” (PILAR, 2010, p. 4). Por fim as doenças pulmonares 
intersticiais que se “constituem um grupo heterogêneo de condições que acometem o 
parênquima pulmonar. São caracteristicamente difusas e infiltrativas, envolvendo o interstício 
peribroncovascular do pulmão, apesar de eventualmente acometer os alvéolos” (PILAR, 
2010. p. 5). 
Desta forma, as várias patologias que apresentam sintomas semelhantes se devem a acúmulos 
anormais de células inflamatórias no tecido pulmonar. Na fase inicial dessas doenças, ocorre 
um acúmulo de leucócitos e de um líquido rico em proteínas nos alvéolos pulmonares, 
causando uma inflamação. Se a inflamação persistir, pode ocorrer solidificação do líquido e a 
substituição do tecido pulmonar por tecido cicatricial (fibrose). A formação extensa de tecido 
cicatricial em torno dos alvéolos pode destruir progressivamente os alvéolos funcionantes e, 
em seu lugar, ocorre à formação de cistos. (http://www.msd-brasil.com.br). 
2.2 Atelectasia pulmonar 
A atelectasia pulmonar é uma patologia que acomete o pulmão, ou seja, é uma diminuição da 
excitabilidade de uma parte ou de tudo o pulmão. Assim, o pulmão sofre uma perda de 
furgescência dos tecidos do pulmão caracterizado por um bloqueio na passagem do ar pelos 
brônquios de maior ou menor calibre. 
Para Silva et all (2006, p. 1): 
 
A atelectasia é descrita como estado de determinada região do parênquima pulmonar 
colapsado e não airado, associado à perda dos volumes e capacidades pulmonares, 
sendo diagnosticada a partir de exames clínicos e complementares e correspondendo 
6 
 
a até 80% das complicações pulmonares no pós-operatório das cirurgias 
cardiovasculares.Segundo o manual Merck (2012, p. 1): 
 
A atelectasia é uma doença na qual uma parte do pulmão fica desprovida de ar e 
colapsa. A causa principal da atelectasia é a obstrução de um brônquio principal, 
uma das duas das ramificações da traqueia que conduzem diretamente aos pulmões. 
Também as vias aéreas inferiores se podem obstruir. A obstrução pode ser 
consequência de um rolhão de muco, de um tumor ou de um objeto aspirado até ao 
brônquio. O brônquio pode também ser obstruído por uma pressão externa, como 
um tumor ou a tumefacção dos gânglios linfáticos. 
 
Seu tratamento envolve a participação de uma equipe multidisciplinar com médicos, 
enfermeiros, farmacêuticos e fisioterapeutas. No caso médico, o tratamento depende do 
diagnóstico, ou seja, do descobrimento da causa e tem como finalidade ré expandir o pulmão 
que está com o problema, Se a causa for por infecção de bactérias, deve-se usar antibióticos. 
O tratamento deve seguir o recomendado por Santos (2009, p. 6-7). Fazendo uso de Penicilina G 
Procaína IM, e nos casos mais graves Penicilina G Cristalina EV. 
 
DROGA DOSE INTERVALO VIA 
Penicilina G procaína 400.000 UI 
12/12h (1x/dia 
para 25kg) 
IM 
Penicilina G cristalina 200.000 UI/kg/dia 4/4h IV 
Amoxacilina ou amoxacilina+ácido 
clavulânico 
500mg (20-40mg/kg/dia) 8/8h VO 
Ampicilina 50-200mg/kg/dia 6/6h IV 
Claritromicina 500mg (7,5mg/kg/dia) 12/12h VO 
Azitromicina 500mg (10mg/kg/dia) 1x/dia VO ou IV 
Ceftriaxona 2g (100mg/kg/dia) 1x/dia ou 12/12h IV ou IM 
Cefepime 1-2g (150mg/kg/dia) 8/8h ou 12/12h IV ou IM 
Gatifloxacina 400mg 1x/dia VO ou IV 
Levofloxacina 500mg 1x/dia VO ou IV 
Ciprofloxacina 400mg 12/12h VO ou IV 
Amicacina 1g (15mg/kg/dia) 1x/dia IV 
Oxacilina 100-200mg/kg/dia 6/6h IV 
Ceftazidima 75-150mg/kg/dia 8/8h IV ou IM 
Quadro 1 - Principais drogas usadas no tratamento da atelectasia pulmonar 
Fonte: Santos (2009, p. 6-7) 
 
Seguindo a recomendação de Santos (2009, p. 7), os pacientes que foram tratadas, inclusive os casos 
mais graves, com penicilina G cristalina, e se enquadraram nos parâmetros de melhora clínica 
conforme o quadro 2, a seguir: 
 
 
 
Frequência respiratória <24 irpm 
Temperatura axilar <37,8º 
Pressão arterial sistólica >90mmHg 
7 
 
Frequência cardíaca <100bpm 
Perfusão periférica > ou = a 2 seg 
Nível de consciência Consciente, em boa aceitação alimentar 
Quadro 2 - Parâmetros de melhora clínica 
Fonte: Adaptado de Santos (2009, p. 7) 
 
A fisioterapia pulmonar também é um importante componente da atuação multidisciplinar 
para o combate a patologia o que pode ajudar com a mobilização das secreções e a 
broncoscopia que pode muito bem ser utilizada para a aspiração dessas secreções. Segundo 
Tavares (2008, p. 1), “se a obstrução dos brônquios for motivada pela aspiração de um corpo 
estranho para as vias aéreas, a broncoscopia pode ser usada para removê-lo, mas se isso não 
for suficiente, tem-se de apelar para a cirurgia. Ela também, em geral, será necessária para a 
remoção de tumores”. 
2. Metodologia 
As teorias e técnicas sobre a metodologia da pesquisa científica conceituam método como o 
conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, 
permitem alcançar os objetivos, conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando desta forma o 
caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões. A metodologia consiste em 
um plano detalhado de como alcançar os objetivos, respondendo a questões e testando as 
hipóteses que foram formuladas. Conforme Vergara (2013, p. 36): 
 
Metodologia é o método para se conseguir o conhecimento verdadeiro, analisando o 
objeto real, viabilizando sua comprovação e benefícios sociais, ou seja, o 
conhecimento é provado por qualquer pessoa em qualquer parte do universo. A 
ciência cria novos objetos de estudo que não existem no cotidiano. 
 
Neste sentido, prevaleceu neste estudo o método qualitativo, pois segundo recomendação de 
Vergara (2013, p. 47), o método qualitativo “se contrapõe ao esquema quantitativista de 
pesquisa, defendendo uma visão holística dos fenômenos, isto é, que leve em conta todos os 
componentes de uma situação em suas interações e influências recíprocas”. 
Para classificação do tipo de pesquisa utilizada para este estudo foi o proposto por Vergara 
(2013), quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins a pesquisa foi descritiva. Quanto 
aos meios a pesquisa foi bibliográfica que representa um levantamento geral em relação ao 
tema escolhido em livros e artigos. 
Neste estudo foi feito levantamentos em livros, revistas, artigos de internet na parte 
bibliográfica. Na visão de Vergara (2013, p. 38), “a pesquisa bibliográfica é a atividade de 
localização e consulta de fontes diversas de informação escrita orientada pelo objetivo 
explicito de coletar materiais mais genéricos ou mais específicos a respeito de um tema”. 
Os resultados foram analisados a luz dos levantamentos em uma perspectiva qualitativa. A 
pesquisa foi de caráter bibliográfico analisando os recursos teóricos de renomados autores. Na 
visão de Vergara (2013) a pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais 
trabalhos já realizados, revestido de importância pela capacidade de fornecimento de dados 
atuais e relevantes relacionados com o tema. 
3. Resultados e discussão 
8 
 
3.1 Diagnóstico laboratorial 
O aparecimento da patologia pode servir de indicativo para muitas outras patologias, mas são, 
sem dúvida indicativos de que o paciente necessita consultar um médico (VARELLA, 2012). 
Com a referida consulta ao médico, em função dos sintomas a ele apresentados pelo paciente, 
deve solicitar, imediatamente novos exames, entre eles: a conduta terapêutica para lesão do 
pulmão que fará com que o profissional feche o diagnóstico e possa iniciar o tratamento. 
Segundo Varella (2012, p. 2): “a partir do diagnóstico, realizado por meio de exames, o 
tratamento é indicado tendo como parâmetro a avaliação da localização, tamanho e tipo 
histológico da patologia, a idade e as condições gerais de saúde do paciente naquele 
momento”. 
Segundo Seabra (2012), no estágio final da doença, o pulmão pode ser removido 
completamente o que estabelece condições melhores para a cura. Tratamentos com uso de 
antibióticos com causa bacteriana dependem das características da patologia. Em casos bem 
mais avançados o melhor tratamento é a cirurgia. 
Com relação aos medicamentos, Seabra (2012) diz que o principal medicamento são 
antibióticos a 70% aplicado, segundo as recomendações de Santos (2009). 
Antes de abordar os pressupostos levantados para o êxito do tratamento, o médico deve ter a 
preocupação de sondar alguns aspectos da vida da paciente, visto serem estas variáveis 
fundamentais para a formação do diagnóstico (SEABRA, 2012). 
Segundo um estudo de De Paula (2010), 51,01% dos pacientes acometidos pela patologia 
apontaram que só se preocuparam com os sintomas quando já tinham se passado quatro 
semanas; 20,07% informaram que se preocuparam a partir do momento em que em duas 
semanas não havia melhora dos sintomas; 16,13% só se preocuparam com os sintomas 
quando estes estão presente entre 1 e 3 semanas; e, 12,59% quando os sintomas e são 
prevalentes em seus corpos por 2 semanas. Sobre o fato se manifesta Soares (2004, p. 33) “as 
pessoas geralmente, não procuraram o atendimento médico logo que sentem algum sintoma 
de qualquer doença, sendo algo absolutamente cultural, procurar o tratamento caseiro”, ou 
seja, segundo o autor, as pessoas, possuem hábitos culturais atrelados a tratamento de saúde, 
sem a presença do médico, já que não procuram os sistemas de saúde, quando sentem alguma 
coisa, preferindotratar-se com remédios caseiros, que na maioria das vezes não possuem 
efeitos (Gráfico 1). 
 
 
 
9 
 
 
Gráfico 1 – Verificação dos sintomas nos pacientes 
Fonte: De Paula (2010, p. 12) 
 
No trabalho de De Paula (2010) as comorbidades (doenças que estão associadas ao mal 
maior) apontaram que as doenças são cardiopatia para ,0,2%; AIDS para 0,34%; diabetes para 
2,38%; Outras enfermidades para 12,93%. A importância de verificar as comorbidades se dá 
pelo fato de que o tratamento inferido deve obedecer a determinados protocolos, como no 
caso de diabéticos, por exemplo, muito sensíveis a uma série de medicamentos. Para Souza 
(2005, p. 1): 
 
A presença de comorbidades dá outra coloração ao quadro, dificultando muitas 
vezes seu reconhecimento. Também modifica o tratamento, na medida em que 
outras medicações são necessárias junto, antes ou depois da medicação específica. O 
prognóstico também se altera quando existem uma ou mais comorbidades. 
 
Como se pode observar nas palavras de Souza (2005), a presença das comorbidades são de 
extrema importância para as ciências da saúde, já que só como conhecimento de sua presença, 
se poderá imprimir o tratamento correto. 
3.1 Tratamento fisioterapêutico 
A fisioterapia é uma área de ciências da saúde que induz tratamento médico por meio de 
agentes físicos: luz, calor, frio, eletricidade, exercícios, etc. No caso específico da patologia 
tema deste artigo, a abordagem dos programas de saúde deve ser multidisciplinar e, Rosa 
(2007) caracteriza, essa abordagem como fundamental, com a busca de espaços comuns 
dentro das várias especializadas viabilizando uma articulação, para que os processos de 
decisão e execução na equipe não se tornem dissociadas. 
Neste sentido, o fisioterapeuta pode funcionar como um importante elemento de uma ação 
coletiva, produzindo, sem dúvida a possibilidade da eficácia no ato médico interdisciplinar e, 
por conseguinte, os benefícios que ele pode produzir dependem da participação de cada um. 
A interdisciplinaridade interpõe que o conhecimento não pode ser fragmentado. Ele deve ser 
absolutamente compreendido em varais visões diferenciadas que se conduz para uma única 
10 
 
ação geral. A interdisciplinaridade é extremamente importante em função de desfragmentar o 
conhecimento, ou seja, é uma mudança completa de visão a respeito do próprio 
conhecimento, buscando interpor os conhecimentos em busca de uma ação única, ou seja, 
integrar os conhecimentos de várias disciplinas, buscando estabelecer um caminho único para 
sua solução. 
Como profissional, essa formulação da ação coletiva é favorecida pela assimetria entre os 
interesses e recursos, ou seja, programas de atenção à saúde básica, podem possuir uma 
articulação muito maior do que a atual, pois, esse profissional, pode perfeitamente trabalhar 
com os pacientes, mais de perto, permitindo ao médico um diagnóstico mais completo. 
Com isso, é fundamental a agregação do fisioterapeuta com as atividades de recuperação dos 
pacientes com atelectasia pulmonar, pois, as relações entre as ações e preferências individuais 
se transformam em efeitos coletivos, sendo um dos principais postulados da ação de saúde 
verdadeira. 
Para Silva et all (2007, p. 2) a fisioterapia respiratória no tratamento da atelectasia pulmonar 
tem como recomendação: 
 
A fisioterapia respiratória é eficaz e recomendada para o tratamento das atelectasias 
pulmonares em pacientes em ventilação mecânica. 
Grau de recomendação: B 
Comentário: Um ensaio clínico com 31 pacientes com diagnóstico radiológico de 
atelectasia, submetidos à broncoscopia mais fisioterapia vs. fisioterapia respiratória 
isoladamente, não mostrou diferença entre os grupos, demonstrando uma eficácia 
semelhante na resolução das atelectasias em pacientes ventilados invasivamente. 
Procedimentos fisioterápicos 
A fisioterapia respiratória pode ser utilizada em pacientes críticos, com objetivo de 
prevenir e/ou tratar complicações respiratórias. Para isso, geralmente é usada uma 
combinação dos procedimentos descritos abaixo, que objetivam a "ré expansão 
pulmonar" e a "remoção de secreções nas vias aéreas". A Tabela 1 descreve os 
procedimentos de fisioterapia respiratória descritos na literatura para a terapêutica de 
pacientes em ventilação mecânica. 
 
 
Tabela 1- Procedimentos de fisioterapia respiratória 
Desta forma, a partir da melhoria das técnicas de utilizadas para o tratamento fisioterapêutico 
para atelectasia pulmonar, essa ciência da saúde passou a ser determinante no tratamento 
desta patologia, assumindo papel relevante junto à equipe multidisciplinar que atende os 
11 
 
pacientes, especialmente no que se refere à intervenção precoce e direcionada às 
complicações causadas pela atelectasia pulmonar (PORTIOLLI, 2008). 
Stiller (2010) com base em trabalhos publicados previamente descreveu a fisioterapia em para 
atelectasia pulmonar analisando um grupo de técnicas comumente utilizadas nos pacientes 
com essa patologia. Informa que a fisioterapia não representou diferencial negativo na taxa de 
recuperação de pacientes com atelectasia pulmonar. Os benefícios comprovados foram 
relacionados ao aumento da complacência do tratamento e no índice de oxigenação, mas de 
curto prazo de duração, o que evidenciaria a necessidade do uso das técnicas, diversas vezes 
ao dia. Neste caso, faz uma menção a custos relacionados ao tratamento do paciente, podendo 
ser encarecido em parte pela fisioterapia. 
Krause e Hoehn (2004 apud Portiolli, 2008), realizaram uma revisão de fisioterapia para 
pacientes com atelectasia pulmonar em adultos e destacam a fisioterapia como fator 
fundamental para o aumento do consumo de oxigênio acompanhado de elevação da 
frequência cardíaca e pressão intracraniana. Relata ainda, que a fisioterapia leva a um 
decréscimo da pressão arterial e maior flutuação do débito cardíaco. 
Portiolli (2008) enfatiza, no entanto, que o fisioterapeuta precisa ter bom conhecimento em 
fisiologia, ventilação mecânica e técnicas fisioterapêuticas apropriadas para prevenção e 
tratamento de afecções no paciente grave, em função de que o trabalho envolve um grande 
número de técnicas associadas às modalidades mecânicas como manobras de higiene. 
Além de trazer benefícios ao paciente por possibilitar intervenções nas condições de 
recuperação das funções do pulmão que geralmente são negligenciadas em pacientes críticos, 
demonstrando aliado a medida profilática no combate a atelectasia pulmonar. 
Quando presentes nas equipes de saúde de hospitais, o fisioterapeuta pode interagir com ações 
classificadas deste o nível primário de prevenção, colaborando por prevenir infecções 
hospitalares, diminuindo o tempo de internação e o uso de medicamentos pelo paciente 
crítico, facilitando de forma efetiva para o bem e a dignidade do paciente (MORAES et al. 
apud LEAL, 2011). 
No entanto, conseguir um controle aceitável da atelectasia pulmonar na maioria dos pacientes 
não é tarefa fácil. Não sendo suficiente muitas vezes os habituais métodos mecânicos, os 
quais requerem tempo, motivação e destreza manual. 
Atualmente os hospitais usam diversos recursos para combater o grande volume de bactérias, 
uma das principais causas de infecções respiratórias hospitalares, como a administração e 
aplicação de antibióticos tópicos, fisioterapia respiratória, oxigenoterapia e outras medidas 
preventivas. No entanto, esses métodos, além de mais caros que a prática de fisioterapia, são 
passiveis de efeitos adversos, pois no caso dos antibióticos, há um aumento do risco de 
resistência dos micro-organismo (PREDERGAST apud SANTOS et at., 2013). 
 
3.3 Protocolo proposto 
O protocoloproposto foi desenvolvido com base nas recomendações principais da American 
Association of Respiratory Care3 descritos na tabela 2 
 
 
3AARC Clinical Practice Guideline. Endotraqueal suctioning of mechanically ventilated adults and children with 
artifi cial airways. Respir Care, 1993;38:500-5004. 
12 
 
 
Tabela 2– Protocolo de Fisioterapia Respiratória 
Fonte: American Association of Respiratory Care 
 
Deve-se notar que no protocolo proposto, há algumas considerações importantes a conduta 
fisioterapêutica, onde o fisioterapeuta descreve sempre que possível à condição do paciente na 
rotina diária, prescrevendo o tratamento da atelectasia pulmonar, três (3) vezes ao dia de 
acordo com a necessidade do paciente, especificando os produtos que serão utilizados, 
enfatizando o uso de equipamentos, orientando quanto ao posicionamento do paciente entre 
outras ações que ajudam em seu rápido reestabelecimento. 
O protocolo proposto foi desenvolvido baseando-se em evidencias empíricas. Para diminuir a 
ocorrência de infecções associadas à ventilação mecânica (PAVM), assim como outras lesões. 
Previamente a realização do protocolo, foi feita uma revisão de literatura, por meio de artigos 
científicos, a fim de estabelecer recomendações atuais para a prática da fisioterapia em 
pacientes com atelectasia pulmonar: 
- Integrar a equipe multidisciplinar na promoção de saúde do paciente crítico; 
- Habilitar a equipe multidisciplinar para fornecer a adequada assistência à saúde do paciente 
com atelectasia pulmonar; 
- Avaliar a necessidade individuais dos pacientes de acordo com o caso clinico, revendo 
sempre o risco beneficio; 
- Determinar a frequência da fisioterapia dependendo das condições clinica de cada paciente; 
- Determinar materiais empregados dependendo das condições de cada paciente; 
- Planejar e elaborar métodos e técnicas empregadas para a fisioterapia; 
 
 
 
Sequência Finalidades 
Avaliar o paciente antes de se iniciar o 
procedimento 
- Possibilita a identificação inicial dos problemas do pulmão 
para fins de observação continuada da saúde. 
Explicar ao paciente os possíveis procedimentos 
a serem realizados 
- Pesquisas comprovam que pacientes são capazes de 
entender o que se passa em relação a sua saúde independe 
do seu estado. 
Manter o paciente em 30°, posicionar em 
decúbito lateral. 
- Ajuda a impedir o refluxo de aspiração de conteúdo 
gástrico, evitando que as secreções fluam, onde podem ser 
rapidamente colonizadas por bactérias patogênicas. 
Lavar as mãos e calcar luvas para o 
procedimento 
- Diminui a transmissão de microrganismo; 
- Resposta imune do paciente debilitado, propiciando mais 
infecção; 
- Proteção do profissional executante. 
 
13 
 
Aplicar compressão-descompressão 
 
A manobra de compressão-descompressão torácica súbita, 
que pode ser usada para ré expansão pulmonar, é feita com 
a colocação das mãos do fisioterapeuta na base inferior das 
últimas costelas. Enquanto o paciente expira o fisioterapeuta 
faz uma compressão torácica para dentro e para baixo, e 
posteriormente uma descompressão súbita quando o 
paciente inicia a inspiração. Isto gera uma elevação no fluxo 
da expiração e uma variação súbita de fluxo durante a 
inspiração, o que favorece tanto a ré expansão pulmonar 
quanto a desobstrução das vias aéreas e a expectoração 
(PRESTO; PRESTO, 2003). 
Aplicar vibrocompressão 
A vibrocompressão aplicadas não prejudicam nenhuma 
função pulmonar além de não desencadearem dor e 
desconforto respiratório. 
Aplicar 
A expiração lenta prolongada é uma técnica passiva de 
ajuda expiratória aplicada ao lactente, obtida por meio de 
uma pressão manual tóraco-abdominal lenta que se inicia ao 
final de uma expiração espontânea e prossegue até o volume 
residual. Seu objetivo é obter um volume expirado maior 
que o de uma expiração tranquila normal que ela apenas 
prolonga e completa (POSTIAUX, 2004). 
 
Tabela 2- Procedimentos propostos 
Fonte: Proposta d acadêmico (2014). 
 
 
4. Conclusão 
Com o avanço da fisioterapia, muitos métodos, técnicas e tratamentos são criados e 
disponibilizados para os mais diversos casos na área da saúde. Nesse sentido, se buscou 
parâmetros para formalizar e assegurar a eficiência de técnicas e tratamentos atuais no 
atendimento de pacientes com atelectasia pulmonar. 
A assistência à saúde, especialmente na prática diária, a tomada de decisões importantes pelos 
profissionais envolvidos exige conhecimentos técnico-científicos coerentes. 
Hoje, a multiplicidade é fundamental para a reabilitação e o bem estar dos pacientes que 
necessitam de cuidados especiais, não só voltados ao seu estado patológico, mas também para 
todas as questões que envolvem as causas de sua internação. 
O papel preciso que o fisioterapeuta desempenha, varia consideravelmente de uma unidade 
para outra, por isso é de fundamental importância à participação desse profissional nos 
cuidados gerais com o paciente com atelectasia pulmonar A fisioterapia está relacionada com 
um menor índice de complicações, o que seria conveniente para o sistema de saúde de reduzir 
despesas hospitalares e garantir rotatividade de leitos para pacientes mais graves, além da 
qualidade de vida destes pacientes. 
Este estudo buscou em informações existentes no que diz respeito atelectasia pulmonar a fim 
de que pudesse servir de parâmetro para nortear futuras pesquisas que comprovem a 
efetividade, a técnica e a atuação do fisioterapeuta, além de ampliar o campo de ensino de 
pacientes com atelectasia pulmonar. 
Concluiu-se pelo exposto nessa pesquisa bibliográfica que, o tratamento fisioterápico 
contribui de maneira significativa para a recuperação do pacientes com atelectasia pulmonar, 
patologia de ordem clínica. 
14 
 
Atentos à descoberta de fatores de risco, para estarem assim, interferindo e modificando, em 
benefício à prevenção e certamente estarem oferecendo melhor perspectiva corporal, de 
desenvolvimento motor, de funcionalidade do pulmão. 
Esta pesquisa, não teve a pretensão de afirmar que a fisioterapia é um processo fechado e 
pleno contra o problema da atelectasia pulmonar, mas desmistificar a cultura do uso da 
fisioterapia com forma eficiente de tratamento. 
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