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PROMOÇÃO DE SAÚDE Introdução Modelo Biomédico: Abordagem reducionista, Assistência individual, Fragmentada e curativista Cuidados Médicos = Cuidados em Saúde Weyne (1997) Modelo Biomédico: Nos anos 60 e 70 começou a ser bastante questionado – não melhorou de fato os índices de saúde Década de 70 – Crise dos sistemas de saúde: Ineficácia, ineficiência, ineqüidades e crise de credibilidade, face à transição demográfico-epidemiológica: envelhecimento e mudança nos padrões nosológicos, medicalização, desenvolvimento tecnológico e explosão de custos e gastos. Introdução Weyne (1997) Compreensão do processo saúde-doença + Fatores determinantes (sócio-econômico-culturais) PROMOÇÃO DE SAÚDE Introdução HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA Compreende todas as inter-relações do agente, do hospedeiro e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde a criação do estímulo patológico, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as interações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte. HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA É a evolução da doença sem intervenção médica, isto é, como os pacientes evoluiriam se nada fosse feito por sua doença. Fletcher et al. (1989) História natural das doenças Pré-patogênese Patogênese Leavell & Clark (1976) Leavel & Clark (1976) Pré-patogênese Inter-relações entre o agente da doença, o susceptível e os fatores ambientais que estimulam o desenvolvimento da doença no organismo sadio e as condições socio-economico- ambientais que permitem a existência desses fatores. Patogênese É o período de evolução do distúrbio no homem, desde a primeira interação com estímulos que provocam a doença até as mudanças de forma e função que daí resultam, antes que o equilíbrio seja alcançado ou restabelecido. Leavel & Clark (1976) PREVENÇÃO Aulete (1958) Prevenção Prevenir é dispor antecipadamente, preparar, precaver, antecipar-se, chegar antes de modo que se evite o dano ou mal, impedindo-o que se concretize. História da Prevenção 8ª Conferência Nacional de Saúde I Conferência Nacional de Saúde Bucal Visão integral e politicamente comprometida da prática odontológica Reais necessidades da sociedade Ações multidisciplinares e economicamente determinadas Métodos coletivos Córdon & Garrafa (1991) Novos conceitos Prevenção da ocorrência Prevenção da evolução da doença Hilleboe & Larimore Prevenção da evolução da doença.... ...é o reconhecimento de que, mesmo após o aparecimento dos sintomas iniciais, um tratamento imediato estará prevenindo a ocorrência de danos maiores aos pacientes. Diminuir os problemas causados pelas seqüelas ou conseqüências da doença. Em qualquer momento em que se atue, interpondo barreiras para impedir a instalação ou marcha da doença, está se fazendo prevenção. Leavell & Clark (1970) Prevenção é... ...um conjunto de procedimentos que visam proteger e melhorar a saúde de uma população e, portanto, sua qualidade de vida, seja impedindo a entrada da doença em áreas geográficas ainda livres, seja protegendo as populações de regiões onde a doença já ocorre. Leavell & Clark (1970) A prevenção... ...pode ser feita no período de pré-patogênese e patogênese; O conhecimento da história natural da doença favorece o domínio das ações preventivas necessárias. Prevenção ampla Restrita PRÉ-PATOGÊNESE PATOGÊNESE Fatores do hospedeiro Fatores dos agentes etiológicos Fatores do meio ambiente Lesões iniciais Lesões intermediárias Lesões avançadas HORIZONTE CLÍNICO Moysés (1997) – Adaptado de Leavell & Clark (1965) Fases PREVENÇÃO PRIMÁRIA PREVENÇÃO SECUNDÁRIA PREVENÇÃO TERCIÁRIA Níveis de prevenção 1º Promoção de saúde 2º Proteção específica 3º Diagnóstico precoce e tratamento imediato 4º Limitação do dano Pré-Patogênese Patogênese Fase clínica Seqüelas Inespecífica Específica Precoce Avançada 5º Reabilitação História natural de uma doença humana qualquer Posição das barreiras que podem se opor à marcha da doença Prevenção primária 1º Nível – Promoção de saúde ações ligadas à melhoria das condições de vida em geral e do meio ambiente 1º Nível: moradia adequada, escolas, áreas de lazer, alimentação adequada, educação, melhoria nas condições nutricionais Prevenção primária 2º Nível – Proteção específica Implementação de métodos visando interceptar as causas das doenças antes que elas atinjam o homem 2º Nível: imunização, saúde ocupacional, higiene pessoal, proteção contra acidentes, aconselhamento genético, saneamento ambiental, fluoretação da água, tratamento de esgoto e do lixo, medidas de controle de vetores, selantes oclusais Prevenção scundária 3º Nível – Diagnóstico precoce e tratamento imediato Detecção precoce das doenças; tratamento nas etapas inicias para deter evolução e impedir agravamento da doença Diagnóstico precoce (ex: cardiopatias, lesões concerígenas), visitas periódicas ao dentista, exames periódicos (ex: ginecológicos), curar ou estacionar a doença, isolamento para evitar propagação da doença Prevenção secundária 4º Nível – Limitação do dano tratamento das doenças já instaladas 4º Nível: Limitação da incapacidade; tratamento restaurador, endodôntico, exodontias Prevenção terciária 5º Nível – Reabilitação Evitar problemas decorrentes das seqüelas, envolvendo a limitação estética e funcional 5º Nível: Fisioterapia, terapia ocupacional, reabilitação protética, implantodontia Força do método Relacionar os níveis de prevenção e os de aplicação dos métodos preventivos 1º Nível – Ação governamental ampla •Métodos destinados à promoção de saúde •Ações político-sociais complexas •Programas de governo •Ex: nutrição adequada, moradia, lazer 1º nível de prevenção Chaves (1986) 2º Nível – Ação governamental restrita •Ações político-sociais pouco menos complexas •Envolvimento de órgãos governamentais em menor número •Ex: fluoretação da água, vacinação em massa • Aplicação na saúde pública 2º nível de prevenção Chaves (1986) 3º Nível – Relação paciente-profissional •Ações envolvendo paciente e profissional •Relação bilateral •Fator econômico •Ex: aplicação tópica de flúor 2º,3º, 4º e 5º níveis de prevenção Chaves (1986) 4º Nível – Relação paciente-auxiliar •Ações envolvendo paciente e auxiliar •Relação bilateral •Simplificação do nível anterior •Menor custo – favorável à saúde pública •Ex: administração de comprimidos fluoretados; bochecho com flúor, aplicação tópica de flúor 2º nível de prevenção Chaves (1986) 5º Nível – Ação individual •Ação envolvendo um único indivíduo •Aplicação mais difícil •Motivação do indivíduo •Ex: bochecho com flúor, controle de dieta 2º nível de prevenção Chaves (1986) Os níveis de prevenção em saúde pública são divididos em: A) primário; secundário; complexo; B) geral; primário; complexo; C) primário; secundário; terciário; D) básico; geral; complexo; E) primário; básico; terciário. Barato e eficaz - grandes grupos populacionais; Declínio da incidência de cárie dentária em 60%; Medida de aplicação de segundo nívelde prevenção (Proteção específica) e exige uma ação governamental restrita (Segundo nível de aplicação) Chaves, 1986; Murray, 1992 FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS FLUORETAÇÃO DO SAL SUPLEMENTOS COM FLÚOR FLUORETAÇÃO DA ÁGUA NAS ESCOLAS FLUORETAÇÃO DOMICILIAR FLUORETAÇÃO DO LEITE FLUORETAÇÃO DO AÇÚCAR Promoção de saúde É o processo que permite aos indivíduos e comunidades aumentarem o controle sobre os determinantes de saúde, melhorando desta forma o nível de saúde das mesmas. Sheiham (1992) HITÓRICO DA PROMOÇÃO DE SAÚDE Souza; Grundy (2004) Tal expressão foi utilizada pela primeira vez em 1946, por Henry Sigerist. A prática médica deveria compreender três princípios: Promoção de Saúde … • Padrão de vida aceitável • Prevenção dos agravos á saúde • Tratamento e reabilitação Declaração de Alma –Ata (1978) Carta de Otawa (1986) Conferência de Adelaide (1988) Declaração de Sundsval (1991) Carta de Bogotá (1992) Carta do Caribe Declaração de Jacarta (1997) Conferência do México (2000) Promoção de Saúde Promoção de Saúde DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE Alma-Ata, URSS, 6 - 12 de setembro de 1978 A promoção e proteção da saúde dos povos é essencial para o contínuo desenvolvimento econômico e social e contribui para a melhor qualidade de vida e para a paz mundial, sendo direito e dever dos povos participar individual e coletivamente no planejamento e na execução de seus cuidados de saúde. CUIDADOS PRIMÁRIOS (1978) Ministério da Saúde (2002) •Reafirma que a saúde é direito humano fundamental. •Requer contribuição multisetorial para melhorar as condições de saúde no mundo. •Participação popular. •Importância da atenção básica. SUS... Ministério da Saúde, 2002 Educação, prevenção e controle de problemas prevalentes Nutrição apropriada Provisão adequada de água Saneamento básico Cuidados de saúde materno-infantil Imunização contra as principais doenças Fornecimento de medicamentos essenciais EDUCAÇÃO EM SAÚDE Pilar da concepção de Promoção de Saúde CIDADANIA Ministério da Saúde (2000) Promoção de Saúde MARK LALOND Ministro da Saúde e Bem Estar do Canadá, no ano de 1976. No famoso documento “A New Perspective on the Health of Canadians “ ele argumentou que as principais causas de morte e doenças não são características biológicas mas o meio ambiente e o comportamento dos indivíduos – estilo de vida. Promoção de Saúde Iª. CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE PROMOÇÃO DE SAÚDE Otawa-Canadá,1986 Consolidação do conceito de Promoção de Saúde: “nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle desse processo”. Ministério da Saúde, 2002 Paz Abrigo Instrução Segurança Social Relações Sociais Alimento Renda Direito de voz das mulheres Ecossistema estável Justiça Social Respeito aos direitos humanos Eqüidade. PRÉ-REQUISITOS FUNDAMENTAIS PARA A SAÚDE (1986) Estabelecimento de políticas públicas saudáveis Criação de ambientes favoráveis à saúde Reforço da ação comunitária Desenvolvimento de habilidades pessoais Reorientação dos serviços de saúde Ministério da Saúde, 2002 Estratégias de Ação (1986) SUS ...ESF... Cidades Saudáveis... Pinto (2000) Tornar as escolhas saudáveis as escolhas mais fáceis "A Promoção de Saúde é o conjunto de ações, intervenções, propostas, processos e movimentos que, atacando as causas mais básicas das doenças e apontando para novas formas ou condições de trabalho, de vida e de relacionamento do homem consigo mesmo, com seus semelhantes e com o meio ambiente, podem influenciar decisões individuais, grupais e coletivas que objetivem melhorar a qualidade de vida dos seres humanos." Lefévre (2001) ESTRATÉGIAS DE ABORDAGEM Atuação Populacional Causas Distais Atuação em grupos de risco Causas Proximais ESTRATÉGIA DE ALTO RISCO N ú m e ro d e I n d iv íd u o s Risco à Doença Cárie Moderado Alto Ações voltadas aos indivíduos de risco Somente os indivíduos de risco são beneficiados!!! Escovação supervisionada Restaurações ? Baixo N ú m e ro d e I n d iv íd u o s Risco à Doença Cárie Moderado Alto Ações voltadas a todos os indivíduos Todos os indivíduos são beneficiados, inclusive os de maior risco!!! Educação em Saúde Escovação supervisionada Aconselhamento dietético ? ESTRATÉGIA POPULACIONAL Baixo Ação e informação sobre açucares (AIS). Na Inglaterra foi formado um grupo multidisciplinar composto por: Cirurgião dentista Nutricionistas Educadores de saúde Acadêmicos Pesquisadores Pinto (2000) ESTRATÉGIA POPULACIONAL Noruega Objetivo de reduzir o consumo de carboidratos e aumentar o de gorduras e proteínas, o governo da Noruega conferiu vantagens fiscais a produção de margarina, manteiga, leite integral e desnatado, carne e peixe, de forma que mais opções promotoras de saúde foram fornecidas também. ESTRATÉGIA POPULACIONAL Pinto (2000) Austrália Esse plano foi implantado num período de 10 anos, tendo como principal estratégia a eliminação dos subsídios a industrias do fumo, os resultados foram conseguidos em aproximadamente um ano onde o consumo de cigarros foi reduzido a quase 3%. ESTRATÉGIA POPULACIONAL Pinto (2000) A Carta de Ottawa advoga que a saúde constitui o maior recurso para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, e que é somente através das ações de promoção que as condições e recursos fundamentais para a saúde se tornam cada vez mais favoráveis. Considera que esses recursos são I - Paz e habitação. II - Educação e Alimentação. II I- Ecossistema saudável IV - Justiça social e equidade A) Somente a alternativa I é verdadeira. B) Somente a alternativa II é verdadeira. C) Todas as alternativas são verdadeiras. D) Somente a alternativa III é verdadeira. E) Somente a alternativa IV é verdadeira. Promoção de Saúde DECLARAÇÃO DE ADELAIDE SEGUNDA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE Adelaide, Austrália, 5-9 de abril de 1988 Tema central Políticas Públicas Saudáveis Para formular políticas públicas saudáveis, os setores governamentais de agricultura, comércio, educação, indústria, comunicação, devem levar em consideração a saúde como um fator essencial”. Apoio à saúde da mulher Alimentação e nutrição Tabaco e álcool Criando ambientes saudáveis Ministério da Saúde, 2002 Promoção de Saúde DECLARAÇÃO DE SUNDSVALL TERCEIRA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Sundsvall, Suécia, 9-15 de junho de 1991 Relata que um ambiente favorável é de extrema importância para a saúde e reconhece que todos têm um papel na criação de ambientes favoráveis e promotores de saúde. Ambiente e saúdesão interdependentes e inseparáveis PROMOTOR DE SAÚDE: Manejador de conhecimentos, recursos e estratégias que visam a promoção de saúde, o controle das doenças, o tratamento adequado e a manutenção por longo tempo CONHECIMENTO: contexto da doença, contexto familiar e social Promoção de Saúde CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Santafé de Bogotá, Colômbia, 9-12 de novembro de 1992 O desafio da promoção de saúde na América Latina consiste em transformar relações (crenças, culturas e valores), conciliando os interesses econômicos e os propósitos sociais de bem-estar para todos, assim como trabalhar pela solidariedade e equidade social Promoção de Saúde CARTA DO CARIBE PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE Caribe, 4 de junho de 1993 A promoção de saúde é esse enfoque novo que, no contexto caribenho, fortalecerá a capacidade dos indivíduos e comunidades para controlar, melhorar e manter seu bem estar físico, mental, social e espiritual... Promoção de Saúde DECLARAÇÃO DE JACARTA QUARTA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Jacarta, Indonésia, 21 - 25 de julho de 1997 Tema central a Promoção da Saúde no Século XXI Afirma que a saúde é um direito humano fundamental e essencial para o desenvolvimento social e econômico, sendo a promoção da saúde elemento fundamental para o desenvolvimento da saúde. Promoção de Saúde Tem por objetivo influenciar todas as condições gerais do indivíduo e do meio, de modo favorável à saúde; Educação em saúde, nutrição apropriada à idade e ao clima, desenvolvimento da personalidade, habitação adequada, recreação física e e intelectual, condições agradáveis de trabalho, educação sexual, matrimonial e genética. Stein & Glickman (1960); Lascala (1997) Promoção de Saúde QUINTA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE Cidade do México, México, 5-9 de junho de 2000 Colocar a promoção de saúde como prioridade. Assumir o papel de liderança para assegurar a participação ativa de todos os setores e sociedade civil em ações de promoção de saúde. APOIAR A PREPARAÇÃO DE PLANOS NACIONAIS. Cidades saudáveis OPAS (2006) Municípios, cidades e ou comunidades saudáveis é uma filosofia e também uma estratégia que permite fortalecer a execução das atividades de promoção da saúde como a mais alta prioridade dentro de uma agenda política local. Cidades saudáveis OMS (2006) "... é aquela que coloca em prática de modo contínuo a melhoria de seu meio ambiente físico e social utilizando todos os recursos de sua comunidade" Os principais pilares de uma iniciativa de municípios/ cidades saudáveis são a ação intersetorial e a participação social. Cidades saudáveis OPAS (2006) No Mundo: Europa, EUA, Canadá, México, Colômbia... No Brasil: São Paulo, Campinas, Santos, Jundiaí, Sobral, Crateús, Anadia, Maceió, Chopinzinho, Ribeirão Pires, São Caetano do Sul Ministério da Saúde (2006) Seu principal propósito: reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo tradicional, levando a saúde para mais perto da família e, com isso, melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Programa Saúde da família Educação em saúde Para que a prevenção ocorra de maneira efetiva é necessário que se transformem os hábitos, que se modifiquem os saberes e as práticas da população, o que é possível somente com a educação. Instrumento de transformação social “Promoção de Saúde é basicamente uma atividade do campo social e não um serviço médico . Entretanto os profissionais de saúde tem um papel importante em fomentar e facilitar a promoção de saúde” WHO 1984,1986,1988,1991 Promoção de Saúde Bucal Saúde bucal é um componente da saúde e esta um componente do bem-estar ou felicidade individual Chaves (1986) alimentação moradia lazer Meio-ambiente renda trabalho Abordagem antiga Nova Abordagem Promoção de Saúde Bucal Weyne (1997) • Descoberta da natureza infecciosa e multifatorial dos processos saúde-doença cárie e periodontal. • Compreensão dos fenômenos de des- remineralização que operam permanentemente na boca; • Comprovação da eficácia pré e pós-eruptiva dos compostos fluoretados. • Desenvolvimento de métodos clínicos para o diagnóstico da atividade cariogênica; • Compreensão de que o tratamento odontológico não pode se centrar nas lesões. Weyne (1997) • Reconhecimento de que o atendimento odontológico precisa ser feito em uma perspectiva multidisciplinar e multiprofissional; • Comprovação de que as doenças infecciosas bucais ou a microbiota da cavidade oral podem produzir doenças sistêmicas. Weyne (1997) • Os cursos de Odontologia devem formar o CD voltado para os problemas de Saúde Bucal, com filosofia preventiva e social, apto e conscientizado para atuar na sua comunidade. ABENO (1997) Redução do consumo de açúcar Controle da placa bacteriana Exposição a fluoretos Atendimento de qualidade Consumo excessivo de álcool e fumo Entre outros… Influencidos por fatores sócio-políticos Moysés; Watt (2000); Ashley; Allen (1996) Whitehead (1988); Nadanovsky ( 2000) Pessoas com baixa renda familiar tendem a comer menos frutas, vegetais e alimentos fibrosos, e mais gordura e açúcar, do que aqueles com alta renda familiar. O açúcar é uma fonte barata de energia para os pobres. Escovam seus dentes mais freqüentemente; Crianças escovam seus dentes numa idade mais precoce com dentifrícios fluoretados; Maior grau de escolaridade dos pais; Instalações sanitárias adequadas. Grupos mais favorecidos... Whitehead (1988) Helm & Helm (1990) Na Dinamarca, o declínio da cárie foi associado com melhorias genéricas no nível de educação e condições de moradia da população. A detecção de "grupos de risco" à cárie dentária em sociedades beneficiadas com métodos coletivos de prevenção, como o abastecimento de água fluoretada, mostra que se os fatores ligados à qualidade de vida dos indivíduos não forem considerados, é improvável que ocorram melhoras significativas nos níveis de saúde bucal. Bastos et al (1996) Sheiham (1984); Chen (1995) Em 1982, pela primeira vez na história... as crianças de 12 anos em países pobres tiveram mais cárie do que as crianças de 12 anos em países industrializados. CRIANÇAS VIVENDO EM PIORES CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS TÊM MAIS CÁRIE Mudanças no CPO-D aos 12 anos em países industrializados foram associados a... Nível secundário; Mulheres no mercado de trabalho; Menos desemprego; Maior renda per capita; Menor concentração de renda; Maior expectativa de vida. Nadanovsky (1993); Nadanovsky & Sheiham (1995) MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA PODEM TER INFLUENCIADO O PROCESSO DE REDUÇÃO DA CÁRIE Atuação Multisetorial Pinto, 2000 Escola Local de trabalho ComércioMídia Indústria Governo ONGs CD escola pais indústrias •Estratégia Saúde da Família na Atenção Básica Reorganização da atenção básica, com adscrição de família a equipes multiprofissionais e ações abrangentes de promoção, prevenção e assistência •Agentes Comunitários de Saúde Parte da equipe de saúde da família; em certos locais, atua sozinho, com práticas de promoção e prevenção •Bolsa Família e Renda Mínima Complementação da renda familiar, com recursos da União, para melhoria da alimentação e das condições de saúde e nutrição, além da educação fundamental Ministério da Saúde (2005) • Programa de educação e saúde através do exercício físico e do esporte Núcleos do Agita Brasil • Programa de Prevenção e Controle das Doenças Imunopreveníveis (PNI) Vacinas: BCG, Pólio, DTP/HIB (tetravalente), Tríplice viral, Antiamarílica, Influenza (para adultos). Futuro: vacinas contra o rotavirus e 7-valente contra pneumococus • Programa Humanização no Pré-Natal e Nascimento Melhoria no acesso à cobertura e à qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério às gestantes e ao recém- nascido, incluindo práticas de promoção da saúde; registro cívil obrigatório e gratuito Ministério da Saúde (2005) •Aleitamento materno •Carteiro Amigo Atividade de incentivo ao aleitamento materno, com a utilização de carteiros, que divulgam informações sobre o tema de casa em casa •Iniciativa Hospital Amigo da Criança Cerca de 230 hospitais credenciados no país, com práticas de incentivo ao aleitamento nos berçários e entre crianças internadas •Política Nacional de Alimentação e Nutrição Leis Federais para adição de micro-nutrientes: ferro e ácido fólico em farinhas; iodação do sal • Rede Nacional de Bancos de Leite Humano (IFF/FIOCRUZ) 180 unidades Ministério da Saúde (2005) •Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama Educação, diagnóstico precoce (Papanicolau e auto-exame de mamas) e tratamento •Programa Nacional de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer Capacitação de profissionais em mais de três mil municípios brasileiros: escolas, empresas e comunidades locais. Ação inter-setorial: Registro de produtos; Proibição de venda a crianças e adolescentes; Restrição de publicidade em meios de comunicação; Regulação de teores máximos de alcatrão, nicotina e CO; Maços de cigarro; Proibição de fumar em prédios públicos e aeronaves; Escolas, ambientes de trabalho e unidades de saúde livres do cigarro Ministério da Saúde (2005) • Escolas Promotoras da Saúde Programa espelho da OMS/OPS, com iniciativas incipientes, em diversos pontos do território nacional • Programa Saúde do Adolescente Dirigido a todos os jovens entre 10 a 19 anos e caracterizado pela integralidade das ações e pelo enfoque preventivo e educativo • Programa Saúde na Escola Vídeos educativos para compor a grade de programação da TV Escola/MEC • Controle do Álcool Restrições de publicidade e de venda para menores de 18 anos Ministério da Saúde (2005) •O Brasil Sorridente é um programa que engloba diversas ações do Ministério da Saúde e busca melhorar as condições de saúde bucal da população brasileira. Ministério da Saúde (2010)
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