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Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens Marlon Lemes Eder Maiela Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´ 1.) Apresentação das 3 opções de design O objetivo desta analise é escolher, dentre os três modelos de embalagens dos produtos Poliflor, dizendo qual delas transmite a mensagem com mais eficácia, usando a semiótica como a ferramenta de analise. Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´ 2.) O rastro do brilho A unidade de conjunto desta opção vem do “Rastro do Brilho” que os produtos Poliflor dei- xam por onde passam, sendo este bastante evidenciado pelas formas de estrelinhas e sinais visuais de brilho, marcando o rastro do produto, por onde ele passou. Deste modo, demarca-se o brilho e não-brilho. Estas duas qualidades, fundamentais nesta opção de embalagem, dá a ela uma predominância qualitativa e icônica. Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´ 3.) As imagens do brilho A unidade de conjunto desta opção se mantém através de imagens de diferentes cômodos de uma casa, onde cada cômodo destaca a ação do produto mostrando visualmente a ação do produto. Ao indicar os locais da casa apontando o resulta- do da ação dos produto, tem-se umapredominân- cia referencial, com as imagens apontando para cada cômodo especifico e os resultados alcança- dos pela ação do produto. Por isso denominado “Imagens do Brilho”. Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´ 4.) As Metáforas do brilho A unidade de conjunto desta opção se da a partir da mostra do sinal de brilho por trás forma esfé- rica superior. Se da também a partir da sugestão de folha que se abre, assim, revelando aquilo que esta por trás dos produtos Poliflor, dando apredominância metafórica a esta opção, denominando-se assim “Metáfora do Brilho”. Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´ 5.) Elementos comuns entre as três opções. 5.1 Cores Cor azul-noite, como fundo para a logomarca Poliflor em branco e na cor amarela para informações adicionais sobre especificidade de cada produto. O branco de Poliflor, surgindo em contraste com o azul-noite do fundo, é muito eficaz, pois sugere a luz que brota do escuro. Isso se acentua porque o azul do fundo é cor fria que produz a sensação de profundidade de campo. O amarelo, um cor quente, também é eficaz, pois não só entra em uma certa concordância com a cor da madeira, como também sugere o brilho do sol. Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´ 5.) Elementos comuns entre as três opções. 5.2 Linhas A linhas diagonal superior do rotulo, acompanhando a forma da embalagem do dustguard e mantida no lustra-móveis, é recuperada em todos os outros rótulos, em cada alternativa de uma maneira própria, mas sempre mantida. Essa linha diagonal é também eficaz porque sugere movimento, dando a sensação de uma certa leveza, como será visto na análise de cada uma das alternativas. Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´ 5.) Elementos comuns entre as três opções. 5.4 Sinais Convencionais Pingo do i de Poliflor é um sinal convencional utilizado para indicar brilho, também em- pregado nos desenhos simplificados de uma estrela. Cada uma as alternativas explora de maneira própria esse convenção de brilho. Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´ 5.) Elementos comuns entre as três opções. 5.4 Logomarca O tipo gráfico da logomarca Poliflor é reduzido ao maximo de simplicidade, com linhas arredondadas, em movimento ondulatório numa escrita muito próxima da grafia manu- al, o que sugere a leveza do gesto, fator importante na composição do significado final que as mensagens querem atingir, como se verá mais a frente. Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´ 5.) Elementos comuns entre as três opções. 5.5 Sinestesia Há um certo apelo sinestésico nas três alternativas, que dizer, as imagens visam pro- duzir sensações não só visuais, como também sensações táteis e, principalmente, sen- sações de cheiro, o cheiro de limpeza e a visualidade do brilho. Cada alternativa traba- lha esse componente de modo próprio. Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´ 5.) Elementos comuns entre as três opções. 5.6 Palavra e Imagem Nas relações entre imagens e palavras predomina a complementaridade. Quer dizer: as mensagens são organizadas de modo que o visual seja capaz de transmitir tanta infor- mação quanto lhe é possível, cabendo ao verbal confirmar informações visuais e acres- centar informações especificas que o visual não é capaz de transmitir. Isso fica claro, por exemplo, nos lustra-móveis , em que as diferenças de cores nas tampas e nas flo- res ja criam uma distinção que vem a ser especificada pelas palavras que dão nome às flores: jasmim ou lavanda. No conjunto, entretanto pode-se dizer que os rótulos são capazes de transmitir o tipo de uso de cada produto, mesmo para quem não sabe ler. Quando isso não inteiramente possível, as imagens revelam intenção evidente para que seja. Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´ 5.) Elementos comuns entre as três opções. 5.7 Poder Apelativo As embalagens são convidativas, apelam para a ação de pegar. São anatomicas, instigando o manuseio quase instintivo. Isso é importante quando se considera que o produto estará misturado aos competidores nos pontos-de-venda. As variações nas cores das embalagens e das tamoas são indicativas do tipo do produto e de sua finalidade. Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´ 6.) O rastro do brilho No primeiro produto intitulado “rastro do brilho” Santaella deixa claro por começar no nome que trata-se de um quali-signo, acha visto que este tem por suas características a que mais sobressai na cena é sempre o brilho, brilho que tem um percurso visual bem definido, e surge como qualidade inconfundível . No caso dessa embalagem a imagem deixa um rastro de brilho no chão, ou seja a ação do produto e onde na ah o produto não tem o brilho que é a pura qualidade do produto e o fato de haver essa característica de brilho e não brilho denomina uma predominân- cia qualitativa e icônica. Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´ 7.) As imagens indicativas do brilho A segunda embalagem destaca o resultado das ações do produto em diferentes am- bientes da casa, mostra como o produto age a passa a mensagem de que o seu uso trará limpeza, brilho e claridade, ou seja demonstra sua passagem nesses ambientes, e sua ação de limpeza, há também a relação de disposição do verbal e imagético que se demonstra mais abrupto neste caso, há uma separação dos dois que acaba colocando mais em evidencia o imagético, isto é valorizando mais uma vez a ação do produto. Aqui a mensagem é totalmente indicial pois demonstra, claramente a ação, portanto o que predomina nesse caso é sin-signo índice. Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´ 7.) Metaforas do brilho De acordo com Santaella essa embalagem tem menos aspectos positivos que as anteriores. A colocação dos elemento, em forma de mensagem nessa embalagem exigem um receptor com repertorio visual bem desenvolvido, que não é o caso do usuário do produto, a mensagem do horizonte anunciando a luz por meio do produto, e da folha que se abre para revelar o que esta por trás do produto, não é a mensagem ideal no ponto de vista da autora. Os significados utilizados são de difícil entendimento, alem dos rótulos muito poluídos, criarem um efeito de saturação que dificulta o verbal. Também o fato do uso da marca na vertical, criar um efeito visual ruim e dar a marca má legibilidade. Semiotica Aplicada Analise Comparada doDesign de Embalagens´8.) Considerações Finais A primeira opção “rastro do brilho” é a mas bem resolvida. Semióticamente é a que mais presente na primeiridade. embora com algumas características indiciais o predominância é a qualitativa pois o é que o rastro demonstra tão somente o brilho. É bem verdade que as outras opções são bem icônicas, pois a imagem e metáfora são hipo-icones, ou seja, subdivisões do ícone. Na segunda opção, a função referencial da imagem é muito acentuada, de modo que, apesar de ser imagem e, portanto, ícone, o aspecto indicial predomina. Na terceira opção por lidarem com significações e não especificamente com qualida- des, as metáforas se aproximam muito mais dos conceitos, que são simbólicos, do que das simples qualidades de sensação, de percepção e de sugestão. Enfim, na comparação entre as três opções, ganha aquela cujo valor semiótico se ali- cerça prioritariamente no poder sugestivo da mensagem em detrimento de sua função referencial explicita ou de sua significação abstrata. Obrigado.
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