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Aula 1
PROCESSO DA PRODUÇÃO GRÁFICA
Produção gráfica é um conjunto de operações que envolve três áreas distintas: pré-impressão, impressão e acabamento, concretizando, assim, qualquer projeto gráfico.
35 minutos
INTRODUÇÃO
Produção gráfica é um conjunto de operações que envolve três áreas distintas: pré-impressão, impressão e acabamento, concretizando, assim, qualquer projeto gráfico. Ao utilizar recursos como criatividade, conhecimentos tecnológicos, processos industriais de impressão e suas reproduções, é importante observar como cada processo de impressão afeta a sua criação. Além disso, tal produção abrange, também, as opções de materiais, os custos e os serviços de terceiros (gráfica, design gráfico etc.), buscando atender às demandas existentes e desenvolver projetos de forma inovadora.
Para que isso ocorra de uma maneira satisfatória, é preciso ler, compreender e elaborar relatórios técnicos, fazer planos, projetos com pleno domínio metodológico e atuar com flexibilidade. Se fizer uso desses recursos, o projeto gráfico terá um resultado aceitável para o cliente.
Agora, tenha a certeza de que, com esforço e disciplina, você vai conseguir fazer grandes conquistas. Então, vamos começar!
ASPECTOS DE UM PROJETO GRÁFICO
Associação dos Designers Gráficos (ADG Brasil) 
A Associação dos Designers Gráficos (ADG Brasil) foi fundada em 1989 com uma finalidade bem definida e objetivos sólidos: a valorização e a divulgação do design gráfico nacional. Ela segue “atuando como um canal entre profissionais, fornecedores, empresários e público em geral, procura afirmar a identidade da profissão, contribuindo para o desenvolvimento social, cultural e econômico do país’’ (ADG BRASIL, [s. d., s. p.]).
A Associação dos Designers Gráficos possui várias publicações, e uma delas é o Glossário da ADG, que explica o que vem a ser uma produção gráfica (ADG BRASIL, 2012, p. 163):
Tarefa de organização e supervisão da realização de peças gráficas.
Área de agência de publicidade ou empresa editorial (editoras e empresas jornalísticas) encarregada pela produção e pelo relacionamento com os fornecedores gráficos.
Someone famous
Produção gráfica
Laura Glüer, no prefácio do livro Produção Gráfica (REIS et al., 2019), comenta o seguinte:
A produção gráfica [...] envolve toda a cadeia de produção de peças gráficas, em diferentes formatos e materiais, com objetivos e públicos dos mais variados. O produtor gráfico está presente em todo o desenvolvimento e fabricação de materiais editoriais e promocionais. 
(GLÜER, 2019 apud REIS et al., 2019, [s. p.])
Entende-se que a produção gráfica é responsável por tornar viável os projetos gráficos, fazer um acompanhamento de todo o processo e de todos os que estão envolvidos no projeto e verificar se algo está ocorrendo fora do previsto, principalmente a produção do molde para impressão (matriz). Por último, há o processo final do produto, que é o acabamento, que vai ser feito na gráfica, havendo diversas técnicas de finalização, e a depender do tipo de acabamento, a decisão pode impactar direto no custo total de produção. Além disso, outros tipos de serviços, como editoração do material, infográficos, fotografias, ilustração, laboratórios (se precisar) e criação de clichês (placa de metal que grava foto mecanicamente em relevo, destinada à impressão de imagens e textos em prensa tipográfica), também fazem parte da responsabilidade do produtor gráfico.   
O relacionamento com os fornecedores, tais como gráficas, fotógrafos e designers gráficos, bem como com os clientes, é parte das atribuições da produção gráfica.
Área de atuação do profissional de produção gráfica
É possível trabalhar em diversos lugares que produzem material para marketing, publicidade, identidade visual, comunicação, entre outros. Podemos citar duas grandes vertentes atuais: as gráficas digitais ou rápidas e as agências publicitárias.
A gráfica rápida pode ser chamada de gráfica digital, que se diferencia de uma indústria gráfica devido à redução do tempo e do custo de produção, pois utilizam um sistema diferente da indústria gráfica. As impressoras das gráficas rápidas podem variar de estilo, como as de jato de tinta, cera e laser, que é a mais utilizada devido a sua velocidade de produção, sua qualidade e seu custo relativamente menor.
Sobre as agências de publicidade, Sampaio (1997, p. 41) assegura que:
A agência de propaganda é a organização especializada na arte e técnica da propaganda que se estrutura especialmente para esse fim, aglutinando profissionais especializados de diversas áreas, acumulando experiências, desenvolvendo e adquirindo tecnologia específica, e prestando serviços para anunciantes de vários setores, que formam sua carteira de clientes.
Lupetti (2006, p. 50) comenta sobre a estrutura de uma agência publicitária da seguinte maneira:
A estrutura de uma agência de publicidade pode variar dependendo do seu porte, mas qualquer agência de publicidade é formada basicamente pelos setores de atendimento, planejamento, criação, mídia e produção, além do administrativo e/ou financeiro.
VIDEOAULA: ASPECTOS DE UM PROJETO GRÁFICO
Os locais voltados a esse mercado de trabalho podem ser uma agência ou uma gráfica. Os elementos do projeto gráfico são colocados num documento, na ordem de construção, como: conceito do projeto, dimensões do material gráfico e como será distribuído ao público. Sobre os equipamentos, pode-se utilizar impressão digital ou offset. 
Videoaula: Aspectos de um projeto gráfico
 
ELEMENTOS INTERPESSOAIS DE UM PRODUTOR GRÁFICO
O produtor gráfico
Monteiro (2008, p. 9) resume o trabalho do setor que cuida da produção gráfica em uma agência e fala qual é a função do produtor gráfico:
O produtor gráfico cuida de toda a parte da produção de material impresso da agência, participando do processo de pré-impressão, a partir da interação com a criação – escolha das cores, tipos de papel, formatos e acabamentos – e com o estúdio – montagem de bonecos, prints e finalização dos arquivos para entrega aos fornecedores –; do acompanhamento da impressão; da entrega do material final e, por fim, do controle de qualidade do material entregue. 
Dessa forma, o profissional:
Administra as fases de produção do projeto gráfico.
Analisa orçamento versos qualidade.
Contribui, junto com o diretor de arte, para a escolha de tipos e as possibilidades de produção e de soluções técnicas necessárias para a produção de peças gráficas.
É responsável pela produção e editoração dos materiais digitais.
As peças gráficas a seguir “passam por um processo de produção gráfica, cujo objetivo é desenvolver um projeto o mais próximo possível do conceito imaginado pela equipe de criação” (REIS et al., 2019, p. 31-32):
Livro: pode ser comercial ou didático e é um produto, em termos gráficos, com acabamento mais bem elaborado. Sua capa é um dos principais atrativos.
Jornal: tem um acabamento menos elaborado, pois é voltado para um rápido consumo.
Revista: possui determinada periodicidade. Há revistas especializadas nas mais diversas editorias e são direcionadas a públicos específicos.
Hoje, existe um rol de programas computacionais voltados para o design e o projeto gráfico, envolvendo editoração e tratamento de imagens, entre outras funções. O produtor gráfico também pode estar envolvido com a criação de páginas da internet. Há ainda campo de trabalho para esse profissional no design de animação. 
(REIS et al., 2019, p. 31-32)
A disponibilidade para aprender é uma característica importante ao produtor gráfico, já que a evolução nas artes gráficas é uma constante, a tecnologia se aperfeiçoa sem parar. Por isso, é importante que o produtor gráfico fique sempre atualizado quanto aos novos procedimentos e equipamentos.
Uma observação: um diretor de arte também pode assumir o cargo de produtor gráfico em agências publicitárias ou bureau de design de pequeno porte.
O que é um projeto gráfico?
Trata-se da idealização das propriedades gráficas e visuais de um produto gráfico, como o uso do grid ou diagrama (definindo o número de colunaspor página), a escolha tipográfica (comunicar por meio da letra impressa) e o uso de ilustrações (imagem como apoio ao texto), além do tipo de papel, de impressão e de acabamento (CASTEDO; GRUSZYNSKI, 2005).
O que faz parte do processo da produção gráfica?
Segue uma lista na ordem de procedimentos que o processo de produção deve abranger:
Proposta – o projeto que inclui: formato, tipo de papel e acabamento.
Pesquisa – pesquisa ou até uma análise de campo sobre o comportamento do público.
Linguagem – conforme análise do público-alvo, é identificada a linguagem verbal e a imagética.
Criação – desenvolvimento do layout do projeto com as especificações alinhadas.
Finalização e execução – após a aprovação e revisão, há a finalização do arquivo para envio à gráfica.
VIDEOAULA: ELEMENTOS INTERPESSOAIS DE UM PRODUTOR GRÁFICO
Neste vídeo, vamos falar sobre o coração de um projeto gráfico e sua importância para um desenvolvimento adequado: o briefing, bem como algumas variações, como: briefing muito extenso, briefing muito dogmático, briefing demasiadamente sistematizado, briefing curto demais e briefing na hora errada e de maneira errada.
Videoaula: Elementos interpessoais de um produtor gráfico
 
TIPOS DE IMPRESSOS E MÍDIAS ALTERNATIVAS
Produtos que podem ser elaborados graficamente
Material corporativo: está relacionado a todo o material que identifica a empresa, o que chamamos de papelaria. “A papelaria corporativa é composta de peças que representam a identidade visual da marca. [...] cartões de visita, envelopes, pastas, crachás, papel timbrado, entre outros, são itens da papelaria corporativa” (COPCENTRO, 2019, [s. p.]).
Figura 1 | Impressos / papelaria
Fonte: Freepik.
Figura 2 | Exemplo de brinde: agenda
Fonte: Pixabay.
Brindes: são produtos que uma empresa usa para presentear contatos e fornecedores, a fim de valorizar o relacionamento e fixar a marca da empresa.
Folheto / flyer / filipeta: são impressos de tamanhos variáveis (normalmente, são pequenos), com informações na frente e no verso ou só na frente do papel, e utilizados na divulgação de eventos e serviços.
Figura 3 | Exemplo de folheto
Fonte: Freepik.
Figura 4 | Exemplo de folder
Fonte: Freepik.
Folder: oferece um certo número de dobras, com ampla quantidade de informações e visual chamativo para divulgar o conteúdo da empresa.
Mala direta: essa mídia é mais usada para divulgação de serviços, produtos e promoções, bem como fidelização de clientes por correio ou e-mail.
Figura 5 | Exemplo de mala direta
Fonte: Flickr.
Figura 6 | Exemplo de cartaz
Fonte: Freepik.
Cartaz: é uma mídia que tem como objetivo divulgar informações visualmente e com um valor estético mais apurado. Os tamanhos mais usados são A3 (29,7 cm x 42 cm) e A2 (42 cm x 59,4 cm) e são colocados em lugares públicos.
Banner: é um instrumento em formato de bandeira e pode ser confeccionado por diversos tipos de materiais; contém informações dos dois ou de um único lado da folha e é usado em vários tipos de ambientes, tanto internos como externos, principalmente em eventos e pontos de venda. 
Figura 7 | Exemplo de banner
Fonte: Freepik.
Figura 8 | Exemplo de backligth
Fonte: Freepik.
Backlight: é um painel com uma moldura metálica cujo espaço para anúncios (frente e verso) pode ser feito de vários materiais, tais como: lona, vinil, chapas de aço galvanizadas com espaços vazados etc. Ele possui vários formatos com iluminação acionada por um sensor fotoelétrico e é uma das mídias externas que mais valoriza o anúncio. O tempo de veiculação varia de 30 a 31 dias.
Frontlight: consiste em um painel de estrutura metálica no qual um material com a propaganda impressa em lona (normalmente) é fixado. Ele recebe o nome de Frontligth pelo fato de que a iluminação fica na parte frontal e externa do painel; além disso, existem medidas padrão, que são: 6 m x 3 m e 3,5 m x 3,5 m, porém pode apresentar outras medidas. Esse painel tem destaque nos grandes centros urbanos ou mesmo em trechos rodoviários, já que pode ser visualizado a grandes distâncias. O tempo de veiculação varia de 30 a 31 dias.
Figura 9 | Exemplo de frontligth
Fonte: Freepik.
Figura 10 | Exemplo de outdoor
Fonte: Freepik.
Outdoor: possui o formato aproximado de 9 m x 3 m e é uma mídia externa com uma capacidade enorme de comunicação. Os materiais usados com mais frequência são papel e lona, mas podem ser usados, também, apliques em madeira; além disso, o tempo de veiculação dessa mídia é de 14 dias (bissemanal). Em diversos países, para todo e qualquer tipo de anúncio ou propaganda exposta ao ar livre usa-se o termo outdoor, entretanto, no Brasil, o outdoor é um meio peculiar, com propriedades próprias que o distinguem de outras mídias exteriores. 
Busdoor: é uma ferramenta de mídia móvel e uma das formas de mídia exterior mais eficientes, pois divulga o conteúdo publicitário nas principais vias dos centros urbanos. Impresso em adesivos autocolantes com alta qualidade de imagem, o material é fixado no vidro da parte traseira do ônibus, proporcionando uma excelente visibilidade por parte de quem anda em outros veículos e mesmo de pedestres. Período de veiculação: 30 dias.
Figura 11 | Exemplo de busdoor
Fonte: Flickr.
VIDEOAULA: TIPOS DE IMPRESSOS E MÍDIAS ALTERNATIVAS
Quanto ao folheto, a função do diretor de arte é saber a finalidade do material, a fim de que a mensagem gere a venda do produto; já o produtor gráfico deve pensar no material. Exemplo: se for para divulgação de um evento, o papel deverá ser simples e barato, pois o público consumirá o conteúdo de forma rápida.
Videoaula: Tipos de impressos e mídias alternativas
 
ESTUDO DE CASO
Imagine que você está trabalhando em uma agência publicitária de médio porte que já está no mercado há 10 anos. Nos primeiros anos, ela cresceu muito e logo se posicionou no comércio como uma agência de excelência, com qualidade e criatividade, que cuida com carinho e mantém um relacionamento de cordialidade com seus clientes e fornecedores. A agência também ganhou consecutivos prêmios e começou a ter muitos clientes, chegando ao ponto de não conseguir atender a novas demandas.
Porém, essa mesma agência vem perdendo muitos clientes e o dono não consegue identificar onde está o problema para tanta perda. Você foi contratado para a área de atendimento e criação, pois, com a perda de clientes, o número de funcionários foi reduzido e você terá de trabalhar nesses dois setores ao mesmo tempo. Você atendeu ao seu primeiro cliente junto com um funcionário já antigo, a fim de que ele pudesse ensiná-lo todos os procedimentos do atendimento e como fechar um serviço. O cliente era uma escola de arte educação que iniciou suas atividades em 2002; ela é uma referência de ensino da arte e cultura e estava promovendo uma exposição de arte em sua própria sede; além disso, desejava confeccionar o material de publicidade para o evento com uma verba bem definida para essa ação.
No horário marcado para o atendimento, a escola de artes apareceu com algumas ideias para a publicidade. O seu mentor, que vamos chamar de Sr. ‘’X’’, no entanto, não deixou você participar da conversa e quase não deu ouvidos para as ideias do cliente, tentando resolver tudo o mais rápido possível. O Sr. “X” pediu um acerto prévio de 50% do valor da campanha e, em pouco tempo, o cliente foi embora. O funcionário, então, logo emitiu a Ordem de Serviço (OS) com uma observação informando que o cliente queria exatamente o que estava contemplado na ordem de serviço; o departamento de planejamento recebeu a OS com um prazo máximo para a construção da estratégia, pois deveria estar pronta no dia seguinte. Esse departamento, então, encaminhou a estratégia para o departamento de criação, que teve dois dias para desenvolver toda a arte do projeto.
Com pouquíssimo tempo, todos os departamentos cumpriram com os prazos e mandaram os arquivos para a gráfica, que fez todos os impressos nos prazos determinados. O Sr. ‘’X’’, por fim, convidou a escola de arte para retirar o material e fazer o acerto de pagamento. A escola dedesenho chegou na hora marcada e foi atendida somente por você, que entregou o material, e, ao vê-lo, o cliente ficou decepcionado, pois não estava como havia pedido, ou seja, tudo estava errado.
Observando essa situação toda, qual foi o motivo da decepção do cliente? Onde você acha que está o problema? Descreva as possíveis causas.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
A sua resposta pode conter algumas das observações a seguir.
Analisando atentamente o caso, podemos notar que, basicamente, todo o problema é de comunicação; houve um desprezo pelo cliente, uma desorganização e até mesmo uma falta de respeito para com os colegas de trabalho.
Vamos ver alguns pontos:
O Sr. ‘’X’’ não deixou você participar da reunião e nem ensinou nada.
O Sr. ‘’X’’ não se importou com as necessidades do cliente e nem levou em consideração suas propostas.
Ele cobrou 50% do valor do projeto sem ter o projeto pronto.
Enganou o departamento de planejamento dizendo que a campanha tinha que ser daquele jeito, que, na verdade, foi ideia dele.
Daí por diante tudo se perdeu. O departamento de planejamento não mandou a proposta da campanha para o cliente aprovar e foi direto para a criação.
O departamento de criação não retornou com a campanha pronta para que o departamento de planejamento a mandasse para o cliente para aprovação.
Os arquivos foram mandados diretos para a gráfica que produziu o material.
Os problemas começaram com uma falta de comunicação, e não foi realizado um briefing com o cliente. Além disso, os departamentos não cumpriram com o protocolo de trabalho, que seria: para cada etapa do desenvolvimento do projeto, haver uma autorização (OK) do cliente.
Foi cobrado um valor sem saber o escopo do planejamento e os custos com a gráfica, e o Sr. ‘’X’’ resolveu assumir o papel de produtor gráfico e toda a confusão foi gerada.
É importante ler atentamente o que é pedido, entender a necessidade do cliente e, depois, pesquisar e procurar diversas fontes para obter mais conhecimento sobre o assunto. Pesquisar associações reconhecidas, agências que já são referências no mercado ou artigos científicos é o caminho a seguir.
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Uma característica do universo das artes gráficas é a constante evolução tecnológica e suas aplicações no mercado.
No artigo Um percurso em desgin gráfico e comunicação visual, você encontra uma dissertação para ampliar mais o conhecimento de projetos e produção gráfica.
O artigo Designers como gestores de identidade visual, pode ajudá-lo a perceber a importância da identidade visual da empresa.
Aula 2
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
A identidade visual ajuda, de uma maneira direta, a empresa ou instituição a criar um elo com seu consumidor/cliente, construir uma reputação e gerar credibilidade e confiança.
34 minutos
INTRODUÇÃO
A identidade visual ajuda, de uma maneira direta, a empresa ou instituição a criar um elo com seu consumidor/cliente, construir uma reputação e gerar credibilidade e confiança. Ter uma identidade visual e saber como usá-la ajuda a marca a atingir o seu público-alvo com facilidade e eficácia, bem como a gerar uma relação positiva entre empresa e cliente. Por isso, é importante elaborar um manual de identidade para garantir a correta aplicabilidade nos diversos formatos de divulgação.
Para atingir a relação empresa-cliente, você precisa utilizar os elementos visuais de uma forma inovadora e planejar com muito cuidado a utilização da marca. Não se esqueça de que a prática reflexiva sobre o conteúdo mais a investigação sobre elementos gráficos e seus impactos aprimorarão mais o seu conhecimento, por isso, reserve um tempo para se dedicar ao estudo.
Toda jornada começa com o primeiro passo, então, com perseverança e disciplina, poderá ir a qualquer lugar.
ELEMENTOS GRÁFICOS DA IDENTIDADE VISUAL DE UMA EMPRESA OU INSTITUIÇÃO
Identidade visual
Uma das partes mais importantes de uma empresa, escritório, agência e de qualquer atividade econômica é sua identidade visual, mas o que é isso?
A identidade visual é formada por vários elementos gráficos e visuais e tem com responsabilidade criar um ambiente para a empresa que explica quem ela é, quais são seus valores, qual sua missão, visão e, até mesmo, como ela percebe o mundo e a sociedade.
A preparação de uma identidade visual não serve somente para diferenciar serviços e produtos; ela exerce um enorme papel explicando ou demonstrando qual a filosofia adotada pela instituição/empresa, mostrando o objetivo de fornecer uma série de características de qualidades, benefícios e serviços à comunidade na qual está inserida; além disso, ela deve ser muito bem construída para que seu valor patrimonial e cultural não perca sua importância e seus objetivos.
O design Gilberto Strunck (1989, p. 57), comenta sobre a identidade visual:
Identidade Visual é o conjunto de elementos gráficos que irão formalizar a personalidade visual de um nome, ideia, produto ou serviço. Estes elementos devem informar, substancialmente, à primeira vista. Estabelecer com quem os vê um nível ideal de comunicação.
Na figura 1, podemos observar um manual de identidade visual no seu formato de apresentação, já finalizado.
Figura 1 | Exemplo de manual de identidade – capítulo referente à construção do logo
Fonte: Flickr.
‘’Um programa de identidade corporativa é essencialmente um “sistema” cuidadosamente projetado de todos os elementos visuais que servem como ponto de contato com os diversos públicos’’ (DIEFENBACH, 1992 apud PINHO, 1996, p. 29).
Para que a marca seja sempre reconhecida positivamente e tenha sucesso em sua linha de atuação, é necessário destacar suas melhores qualidades para deixá-la interessante. Assim, a marca será sempre reconhecida e considerada durante as compras dos clientes/consumidor.
Figura 2 | Exemplo de manual de identidade – capítulo de aplicação da marca
Fonte: Flickr.
Com base nos estudos de Peón (2003), podemos identificar seis elementos que são requisitos gerais para o sistema de identidade visual, são eles:
Originalidade: não quer dizer que algo tenha, necessariamente, que ser inédito, porém é importante que a solução encontrada não lembre nenhum outro no mercado e que não prejudique a legibilidade.
Repetição: os elementos que constituem uma identidade visual devem ter a qualidade de poder ser repetidos em várias plataformas para serem memorizados.
Unidade: os elementos básicos que formam a identidade visual devem conter especificações claras de construção, assim, os usuários a identificam e a memorizam.
Fácil identificação: é importante que o usuário possa identificar os elementos da identidade visual.
Viabilidade: para que a identidade visual seja implementada na sua totalidade, precisamos analisar se ela é viável tecnicamente, economicamente e operacionalmente.
Flexibilidade: a identidade visual deve antecipar seu correto aproveitamento em várias condições técnicas e de plataformas.
O que comentamos até agora também recebe o nome de manual de marca ou manual de identidade visual corporativa, que é criado assim que a marca é aprovada e possui todas as informações, regras técnicas e normas a serem adotadas para se manter o padrão da marca nas peças gráficas e de divulgação, como mostra a Figura 1.
Existem vários outros elementos que fazem parte de uma identidade visual ou que pertencem ao manual de identidade visual corporativa, e podemos citar alguns deles, tais como: logomarca, tipografia, paleta de cores, materiais de divulgação etc.
VIDEOAULA: ELEMENTOS GRÁFICOS DA IDENTIDADE VISUAL DE UMA EMPRESA OU INSTITUIÇÃO
A identidade visual vai refletir a visão, a missão e os valores da empresa; esses elementos fazem parte do posicionamento da instituição e são traduzidos em algo imagético. O manual de identidade deve conter a definição da fonte, a cor, a versão em preto e os ícones da marca, por exemplo.
Videoaula: Elementos gráficos da identidade visual de uma empresa ou instituição
 
DICAS DE CONSTRUÇÃO DE UM MANUAL DE IDENTIDADE
Manual de identidade visual
Os manuais de identidade visual são, na verdade, documentosque guiam e fornecem as informações técnicas, as indicações e os detalhes específicos que foram usados na construção, bem como serão utilizados na reprodução da marca e de seus elementos visuais em qualquer canal midiático.
Podemos observar uma série de benefícios ao utilizar o manual de identidade visual (FERREIRA, 2019):
Evita erros e retrabalho, mostrando o uso correto da marca.
Mantém os padrões da marca, como a tipografia e as cores utilizadas.
Possibilita fazer uma documentação da marca e seu histórico de evolução.
Facilita o uso correto da marca pelas equipes de criação.
Garante uma relação positiva com o público-alvo.
Vamos conversar um pouco mais sobre isso e falar sobre os sistemas modulares ou grid e para que servem. A modulação padrão ou grid é o que determina o formato e a aplicação da marca em cima de linhas ou módulos. Podemos entender um pouco mais sobre grid ou modulação no texto abaixo.
Um diagrama (grid) proporciona ao designer um método próprio para organizar os elementos tipográficos e visuais do layout, estabelecendo a relação de cada um deles com a configuração total. Permite ao designer criar diferentes layouts contendo uma variedade de elementos, sem, todavia, fugir da estrutura predeterminada... proporcionará um sentido de sequência, de unidade [...]. 
(HURLBURT, 1986, p. 83)
Na Figura 3, podemos notar as linhas do grid de construção.
Figura 3 | Exemplo de grid para construção da marca
Fonte: Flickr.
Neste outro exemplo (Figura 4), vemos que o grid foi usado como um módulo padrão e depois repetido para se criar as devidas proporções.
Figura 4 | Exemplo de grid modular para construção de marca
Assinatura visual
A assinatura visual tem a ver com a marca (gráfica) de uma empresa, instituição ou grupo, sendo a junção do logotipo e do símbolo. Essa marca, normalmente, é representada por um texto e/ou uma imagem que, com o passar do tempo e exposição ao cliente, começa a ter um valor mais específico. Por isso, é importante construir a marca com muita cautela e pesquisa, a fim de que ela se torne uma representação visual da empresa, instituição ou grupo.
Conforme a designer e conferencista Alina Wheeler:
A Identidade visual é tangível e faz um apelo para os sentidos. Você pode vê-la, tocá-la, agarrá-la, ouvi-la, observá-la se mover. A identidade da marca alimenta o reconhecimento, amplia a diferenciação e torna grandes ideias e significados mais acessíveis. A identidade da marca reúne elementos díspares e os unifica em sistemas integrados. 
(2012, p. 14)
Figura 5 | Exemplo de assinatura visual (símbolo mais logotipo)
Símbolo é um signo que é combinado para desempenhar a função de representar algo ou alguma coisa; pode ser usado qualquer elemento (figura, objeto etc.) para ser um símbolo, desde um desenho simples, imagem ou algo mais complexo com o objetivo de passar ou contar algo por meio do seu visual.
Logotipo
Strunck (2001, p. 70) explica que logotipo ‘’é a particularização da escrita de um nome. Sempre que vemos um nome representado por um mesmo tipo de letra (especialmente criado, ou não), isso é um logotipo. Toda marca tem sempre um logotipo. Um logotipo sempre tem letras’’.
Figura 6 | Exemplo de logotipo
Espacejamento
É a distância de uma letra para outra e/ou de linha para outra linha. Essa distância pode ser mecânica, em que o próprio software tem um padrão determinado, ou óptico, podendo-se alterar essa distância (de letra para letra), que é denominada Kerning. Essa manipulação serve para gerar um visual esteticamente mais agradável.
Figura 7 | Exemplo de espacejamento em um logotipo
VIDEOAULA: DICAS DE CONSTRUÇÃO DE UM MANUAL DE IDENTIDADE
Um manual de identidade visual tem como objetivo padronizar a aplicação da assinatura visual de diversas maneiras, como cores institucionais, monocromia, traço vazado (outline), área de proteção, reduções, uso sobre fundos coloridos e com tonalidades de cinza, variações da assinatura visual e utilizações vetadas.
Videoaula: Dicas de construção de um manual de identidade
 
APRESENTAÇÃO DE MATERIAIS PUBLICITÁRIOS, DIVULGAÇÃO E APRESENTAÇÃO EM AMBIENTES INTERNOS E EXTERNOS
Um manual de identidade visual é importante por demonstrar como construir a marca, como fazer o uso correto das cores, como aplicar a marca em vários tipos de suportes etc. Além disso, também há uma preocupação com a legibilidade da marca quando aplicada sobre alguns tipos de fundo (background), bem como analisa a redução mínima que pode sofrer sem interferir na leitura. Existe outro aspecto de grande importância, que são os materiais (elementos de identificação da empresa, como uniformes, frotas, crachás, papel timbrado etc.) que ajudam na identificação da marca e desempenham um papel publicitário que colabora para a divulgação da marca em ambientes internos e externos.
Percebe-se a importância de um manual de identidade visual pelos comentários de Maria Luísa Peón (2003):
Já uma identidade visual mais forte leva atenção ao objeto e, principalmente, faz com que nos lembremos dele quando o virmos de novo - ou seja, dá maior pregnância ao objeto. Profissionalmente, porém, considera-se como identidade visual aquele componente de singularização visual que é formado por um sistema expressamente enunciado, realizado voluntariamente, planejado e integrado por elementos visuais de aplicação coordenada. 
(PEÓN, 2003, p. 11)
Os elementos abordados em um manual de identidade visual podem variar muito, de acordo com o custo (de produção do manual de identidade visual) e o porte da empresa. Se a empresa for de grande porte e possuir vários setores, como carros, caminhões e motos, a sua necessidade será diferente da necessidade de uma empresa que possui poucos funcionários, sem frota de carro, por exemplo.
Figura 8 | Exemplo de elementos de uma identidade visual
Fonte: Freepik.
O manual pode conter os seguintes tópicos:
Assinatura visual: é a combinação do logotipo com o símbolo, a marca visual da instituição ou empresa.
Alfabeto institucional: trata-se da fonte tipográfica utilizada para normatizar os textos com os demais elementos visuais.
Impressos/papelaria: papelaria e impressos são todos os materiais utilizados em documentos, arquivos e identificações, como: papel carta, envelope ofício, pasta para documentos, cartão de visita, crachá etc.
Brindes: criam uma impressão positiva com os clientes e ajudam na divulgação da marca.
Uniformes: ajudam na identificação dos funcionários, colaborando para a sensação de unidade.
Frota: um grupo de veículos que são identificados com a marca da empresa ou instituição.
Outras aplicações: todo o material que colabora para a publicidade, campanha ou divulgação. Podemos citar: placa de esquina, busdoor, outdoor, painel de estrada, placa de obras, mensagens publicitárias, anúncios em diversos meios.
Esses materiais (de outras aplicações) também são padronizados de acordo com o posicionamento da marca, sua fonte tipográfica, cores e outras informações, e a disponibilização desses elementos pode ser observada no exemplo do crachá (Figura 9).
Figura 9 | Exemplo de crachá
Fonte: Freepik.
Figura 10 | Exemplo de construção de medidas de um crachá
A partir desse diagrama (Figura 10) de construção, é possível padronizar e manter as informações corretamente; e vamos lembrar que padronização é o método utilizado para se adaptar às normas técnicas de usabilidade da marca, portanto, cada peça tem seu diagrama de construção. Num primeiro momento, isso parece algo muito trabalhoso e complicado, porém é justamente essa padronização dos componentes que traz uma harmonia à marca e gera confiança e seriedade à instituição ou empresa.
Pode-se dizer que, ao fazer tais diagramas de construção, você está colocando na prática tudo aquilo que criou ao desenvolver a assinatura visual.
VIDEOAULA: APRESENTAÇÃO DE MATERIAIS PUBLICITÁRIOS, DIVULGAÇÃO E APRESENTAÇÃO EM AMBIENTES INTERNOS E EXTERNOS
Dentro de um manual de identidade visual, é importante manter as informações legíveis e padronizadas, observar a importância de se criar o método de construçãode diagramas, principalmente dos impressos/papelaria, tais como: papel carta, envelope ofício, envelope saco, pasta para documentos, cartão de visita etc.
Videoaula: Apresentação de materiais publicitários, divulgação e apresentação em ambientes internos e externos
 
ESTUDO DE CASO
Retomemos a citação de Gilberto Strunk (1989, p. 57), que comenta sobre a identidade visual:
Identidade Visual é o conjunto de elementos gráficos que irão formalizar a personalidade visual de um nome, ideia, produto ou serviço. Estes elementos devem informar, substancialmente, à primeira vista. Estabelecer com quem os vê um nível ideal de comunicação.
Pode-se entender que a materialização imagética de uma marca começa com a análise de seus elementos mais subjetivos (nome, ideia, conceito, posicionamento mercadológico, entre outros) e que, a partir dessa materialização, é preciso manter a essência da marca, bem como comunicar e representá-la de uma maneira eficiente, atingindo o seu público-alvo.
A partir do exposto, temos a seguinte situação: você foi contratado pelo Sr. Tito Arrais para criar o manual de identidade visual de sua instituição, bem como sua marca (logotipo mais símbolo). O cliente tem poucas informações sobre a identidade que ele quer que seu empreendimento tenha e fez uma lista:
Não tem nome para a instituição.
Seu segmento é de arte (um espaço para dança, música, escultura, teatro e desenho).
Ele espera que os jovens frequentem seu espaço.
Ele gostaria de usar o desenho de um camaleão que seu filho fez e, se possível, manter as cores da ilustração para sua identidade.
Figura 11 | Camaleão que o filho do Sr. Tito Arrais fez
Com as informações que acabou de receber e lembrando dos requisitos gerais para a construção de uma identidade visual: originalidade, repetição, unidade, fácil identificação, viabilidade e flexibilidade, você deve desenvolver um manual de identidade focando a marca da empresa.
Para contextualizar sua aprendizagem, coloque em uma ordem aquilo que você acha interessante para começar a desenvolver, bem como um exemplo da marca (que pode ser feita textualmente. Lembre-se de que é importante o autoestudo para ampliar seus conhecimentos.)
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
O primeiro passo ou o início de tudo é desenvolver um briefing simplificado (é uma série de informações que o cliente passa para se desenvolver um projeto) com o cliente. A partir desse briefing, você terá uma ideia do que ele quer, e após a elaboração do documento, poderá iniciar a pesquisa de segmentos parecidos e até de possíveis concorrentes. 
Analise como você poderá representar o conjunto de artes que fazem parte do seu projeto e crie um nome significativo para a marca, lembrando que ele deseja ser conhecido por essa iniciativa e usar o desenho do seu filho. Além disso, a marca tem que agregar originalidade, repetição, unidade, fácil identificação, viabilidade e flexibilidade.
A partir desses elementos, crie a assinatura visual, pois é a partir dela que todos os outros elementos do manual de identidade são construídos, e esses outros elementos podem variar conforme o tamanho da empresa e suas necessidades, pois o manual de identidade não tem padrão para o formato e nem para o seu conteúdo, porém elementos como construção da marca, fontes tipográficas usadas na marca (caso houver) e padrão de cores estão presentes nos manuais de identidade visual.
Apresente a proposta da assinatura visual para o cliente e, depois do aceite, comece a construção da marca, do alfabeto visual e das possíveis reproduções da marca. Assim que resolver esses requisitos, os demais componentes do manual poderão ser feitos.
Como exemplo de marca, podemos sugerir o próprio nome do cliente (já que ele quer ser conhecido) e o camaleão como símbolo para a marca, que é um elemento mais informal, bem como aplicar a psicodinâmica das cores para atingir o seu público-alvo, que é o público jovem.
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Para desenvolver um manual de identidade visual, você precisa fazer muitas pesquisas e observar o que cada um tem de novidade e como foi construído. 
- O texto Como criar um manual de identidade visual que pode evoluir com seu negócio vai levar você a uma plataforma que ensina o passo a passo de como fazer, com dicas incríveis. 
- A tese Identidade visual e cultura club em São Paulo: a linguagem visual dos clubes de música eletrônica da cidade, é uma ótima dica de leitura para você ver como é feita a aplicação da identidade visual na prática.
Aula 3
MATERIAIS DE DIVULGAÇÃO ALTERNATIVO
A função da mídia não convencional é fazer com que as pessoas/clientes saiam da sua zona de conforto, promovendo um impacto muito grande e que chame a atenção, de uma maneira surpreendente, para o produto ou campanha.
32 minutos
INTRODUÇÃO
A função da mídia não convencional é fazer com que as pessoas/clientes saiam da sua zona de conforto, promovendo um impacto muito grande e que chame a atenção, de uma maneira surpreendente, para o produto ou campanha. Para que isso aconteça, é necessária uma dose espantosa de criatividade e ter como meta uma campanha eficaz e, se possível, divertida.
Então, a partir dos tipos de mídias não convencionais, é importante ter ciência das necessidades do cliente e utilizar, de forma criativa e inovadora, os processos industriais, bem como desenvolver estratégia e metodologia de aplicabilidade do projeto gráfico de maneira eficiente.
Com base nisso, agora, é preciso focar, dedicar-se e conhecer as características dessas mídias para saber quando utilizá-las. Com essa compreensão, você poderá desenvolver projetos inovadores no seu caminho profissional, logo, é fundamental o autoestudo na busca de informações que contribuam para o seu crescimento.  
PRODUTOS NÃO CONVENCIONAIS DE MÍDIA DE DIVULGAÇÃO
Vamos compreender as mídias alternativas
São mídias que não se adaptam aos formatos convencionais e que são expostas ao cliente/consumidor em espaços e circunstâncias atípicas.
Na verdade, as mídias alternativas atingem um público-alvo menor do que as mídias convencionais. Normalmente, esse tipo de mídia (alternativa) é direcionado para um grupo muito particular, em que certos aspectos desse público vão ser explorados para se ter um efeito bem mais agregador.
Podemos entender um pouco mais sobre mídia alternativa por meio da citação do estudioso Xavier Dordor:
A oposição entre mídias e mídias alternativas, para utilização publicitária ou de comunicação, não se reduz a uma simples oposição de veículos de informação. Trata-se de uma oposição de formas de utilização, de conteúdos e de intenções de informação: cada vez mais o meio e a mensagem se confundem. 
(DORDOR, 2007, p. 25)
Essas mídias trazem consigo a característica de fazer pensar ‘’fora da caixa’’, tanto para quem desenvolve a campanha quanto para quem participa (cliente/consumidor), sendo uma oportunidade de interação cliente-marca de uma maneira criativa, extrapolando as estratégias corriqueiras e comuns.
Esse tipo de mídia não tem como vantagem somente a diferenciação em comparação com outras formas de publicidade, pois traz, como benefício, uma nova visão do cliente/consumidor sobre a marca.
De acordo com a Mercatto Comunicação (2018, [s. p.]), “o propósito é oferecer ao público-alvo algo que seu concorrente ainda não realizou, mas sua ação precisa ser muito bem pensada e organizada.” Há uma quantidade razoável de mídias alternativas, mas, para ilustrar melhor o que estamos falando, fizemos uma lista genérica delas:
Mobiliário urbano. 
Espaços específicos em shopping centers.
Meios de transporte urbanos.
Espaços em prédios (escada ou elevadores).
Embalagens de produtos.
Mídia em banheiro.
PDV (ponto de venda).
As maiores vantagens das mídias alternativas são: diferenciação, visibilidade, custo-benefício, inovação, localidade e repercussão espontânea (CRESPIM, 2016).
Diferenciação: de modo espontâneo, enfatiza a marca, bem como pode ter vários formatos diferentes, locais de exposição singulares e as mais diversas interações de maneira criativa – qualidades quemostram o potencial da mídia não convencional.
Visibilidade: uma característica das mídias alternativas é ter diferenciação, não só no modo visual mas também quanto ao local em que será aplicada; além disso, possui uma estratégia ousada, garantindo, por vezes, uma boa aceitação da marca.
Custo-benefício: em relação às mídias tradicionais, o custo das mídias alternativas é mais acessível, pois são expostas para um público mais seletivo e exclusivo.
Inovação: um dos modos de inovação em projetos de comunicação é utilizar os diversos formatos das mídias alternativas, desenvolver maneiras diferentes de veicular as campanhas e apresentar uma maior interação com os clientes/consumidores.
Localidade: um dos objetivos dessa divulgação é expor propagandas em espaços exclusivos para abordar um grupo específico de indivíduos que convivem naquele local, em uma circunstância precisa.
Repercussão espontânea: a mídia alternativa, quando bem criativa e adequada para interação com o grupo-alvo, tem boas probabilidades de incentivar uma atitude instintiva de partilhar nas redes sociais e divulgar a marca, por exemplo. 
VIDEOAULA: PRODUTOS NÃO CONVENCIONAIS DE MÍDIA DE DIVULGAÇÃO
Neste vídeo, vamos abordar, de uma maneira mais direta e simplificada, a importância das mídias alternativas não convencionais, como elas podem gerar uma impressão mais positiva em um público mais definido ao utilizar aspectos da cultura desse grupo de pessoas, bem como o local que mais frequentam, criando uma interação público/marca.
Videoaula: Produtos não convencionais de mídia de divulgação
 
APRESENTAÇÃO DE PRODUTOS NÃO CONVENCIONAIS DE MÍDIA DE DIVULGAÇÃO
Neste tópico, vamos abordar produtos não convencionais de mídia de divulgação – Interno, e, neste caso, ‘’interno’’ está relacionado, literalmente, à parte interna de uma loja, supermercado, locais de eventos etc.
As agências de publicidade precisam avaliar o comportamento do consumidor perante a marca para entender qual mídia alternativa usar para potencializar os resultados da campanha. Para tanto, é importante analisar se a marca possibilita o uso de uma mídia alternativa, ou seja, se a marca tem flexibilidade para o uso desses recursos não convencionais e se a finalidade da marca permite essa ação mais ousada.
O espaço interno dos ambientes comerciais é conhecido como PDV (ponto de venda), e é no ponto de venda que está a melhor ocasião e a oportunidade para a realização da venda, alicerçando e consolidando uma marca. Por esse motivo, o preparo do material tem que ser de qualidade e com uma robusta e bem definida estratégia de divulgação.
Segundo Back (2011) apud Alves, Jesus e Ulbanere (2014, p. 6):
O material usado no merchandising de PDV é em sua maioria chamado de Display. Esses displays podem ser das mais variadas formas e aplicações: de chão, de teto, na prateleira, no caixa, fixo ou móvel, executável por uma pessoa, interativo, digital e muitas outras características que despertem o interesse e curiosidade do consumidor no PDV.
A seguir, segue a apresentação de alguns tipos de mídia alternativa não convencional – Interno.
Display de chão: são os grandes displays que ficam apoiados no chão. A maior parte ocupa, em média, um metro quadrado de espaço e está localizada, normalmente, em cantos ou corredores.
Figura 1 | Exemplo de display de chão
Fonte: Freepik.
Figura 2 | Exemplo de display de balcão
Fonte: Freepik.
Display de balcão: são aqueles que ficam expostos sobre os balcões, como testadores de produtos.
Display de ponta de gôndola: esse espaço é alugado, principalmente nas grandes redes de mercado. A maior parte dos clientes/consumidores compreende que o que está à venda na ponta da gôndola é o melhor custo-benefício; além disso, ele é construído sob medida e deve ter autorização da loja, mercado etc.
Figura 3 | Exemplo de Ponta de gôndola
Fonte: Behance.
Figura 4 | Exemplo de take one
Fonte: Freepik.
Take one: localizada em prateleiras e balcões, caracteriza-se por uma pequena caixa fixada em um suporte. A estrutura da caixa é aberta e usada para colocar panfletos.
Faixa de gôndola: é uma faixa que pode variar no comprimento e largura e que anuncia que um determinado produto está naquela prateleira. Ela é utilizada como um delimitador de espaço entre produtos.
Figura 5 | Exemplo de faixa de gôndola
Fonte: elaborada pelo autor.
Figura 6 | Exemplo de adesivo
Fonte: Freepik.
Adesivo: existem dos mais variados formatos, tamanhos e acabamentos; aliás, existem adesivos especiais para serem colocados no chão, conhecidos como floor door.
Bandeirolas: utilizadas na decoração de tetos de lojas ou para anunciar algum tipo de evento.
Figura 7 | Exemplos de bandeirolas
Fonte: Freepik.
Figura 8 | Exemplo de stopper
Fonte: elaborada pelo autor.
Stopper: esse tipo de mídia é confeccionado com papel cartão ou plástico, sendo fixado perpendicularmente nas pontas das prateleiras, dando a impressão de "orelhas" que ficam para fora da gôndola.
Wobbler: são produzidos em acetato, ficam nas prateleiras e possuem uma configuração bem atrativa e funcional, podendo ser vistos a uma boa distância.
Figura 9 | Exemplo de wobbler
Fonte: Free Mockup.
VIDEOAULA: APRESENTAÇÃO DE PRODUTOS NÃO CONVENCIONAIS DE MÍDIA DE DIVULGAÇÃO
Neste vídeo, vamos conhecer outras mídias alternativas não convencionais, tais como: móbile, embalagens, sacolas, caixa de pizza, envelopamento de frota e adesivagem em diversos locais estratégicos. Elas podem gerar um efeito positivo para a marca e fidelizar o cliente, incentivando a propagação da empresa e colaborando para a lembrança de marca.
Videoaula: Apresentação de produtos não convencionais de mídia de divulgação
 
APRESENTAÇÃO DE PRODUTOS NÃO CONVENCIONAIS DE MÍDIA DE DIVULGAÇÃO
Desta vez, comentaremos sobre a mídia alternativa exterior. Como o nome já deixa a entender, essa mídia é veiculada ao ‘’lado de fora’’ dos ambientes comerciais e/ou eventos, conhecida também como “fora de casa” ou out of home.
A principal ideia desse tipo de mídia é impactar o cliente ou consumidor durante sua rotina fora de casa, no trajeto para o trabalho ou ao usar o transporte particular ou público para sua locomoção durante seus afazeres. Durante os percursos, a mídia alternativa exterior faz com que uma marca fique na memória da pessoa; além disso, ela pode ser usada, principalmente, para divulgação de uma campanha específica, bem como para gerar interatividade ou apresentar uma nova promoção para o público.
Como existem muitas distrações na rua, a campanha tem que ser muito bem planejada, com elaboração minuciosa e detalhada, tendo começo e fim determinados. A ação do tempo pode interferir em sua legibilidade, e apesar de ter um custo relativamente mais baixo do que outros tipos de mídia, os cuidados de planejamento têm que existir para que ocorra uma interação eficiente entre marca e público.
A mensagem a ser transmitida tem que ter um formato objetivo, sem muito espaço para interpretações; além do texto, é importante a escolha da imagem certa para gerar um sentimento específico, gerado pela criatividade da peça. Lembre-se de que esses elementos são bem importantes, pois o público circula regularmente nos espaços em que essa mídia acontece.
O estudioso Armando Sant'Anna (1998, p. 196), comenta:
A problemática da mídia é a escolha dos meios adequados a cada situação. [...] Todo um corolário de considerações deve ser levado em conta, tal a ordem de fatores intervenientes que se apresentam. Cada mídia pode exercer diferentes influências sobre os compradores em potencial e algumas podem ser mais adequadas do que outras à propaganda de certos produtos. [...] É importante conhecer previamente a capacidade que têm as diferentes mídias de levar o consumidor a tomar conhecimento do produto e das suas vantagens.
Nos capítulos anteriores, comentamos sobre banner, backlight, frontlight, outdoor e busdoor, que são da categoria de mídia exterior; agora, apresentaremos outros exemplos:
Empenas: são anúncios colocados em paredes cegas de edifícios (lado que não possui janelas),gerando grande visibilidade e destaque para qualquer anúncio. São produzidas em lona impressa e podem possuir uma iluminação externa.
Figura 10 | Empena
Fonte: Unsplash.
Testeiras: confeccionada em lona vinílica back ou frontlight, é muito utilizada na fachada de lojas, principalmente em fachada de postos de combustíveis.
Figura 11 | Testeira com o nome do posto
Fonte: Flickr.
Figura 12 | Abrigo de ônibus
Fonte: Flickr.
Mobiliário urbano: são artefatos projetados para serem usados em espaços públicos, para o uso da população ou como apoio dos serviços prestados para cidade.
Abrigo de ônibus: é a infraestrutura utilizada no ponto de parada para que os passageiros aguardem o transporte público. Características:
Material: lona vinílica backlight.
Visibilidade: 2 faces e veiculação bissemanal.
Orientador toponímico ou placa indicativa de rua: usado para identificar e orientar cidadãos e motoristas de veículos quanto à nomenclatura das ruas, avenidas, travessas etc.
Figura 13 | Orientador toponímico ou placa indicativa de rua
Fonte: acervo do autor.
VIDEOAULA: APRESENTAÇÃO DE PRODUTOS NÃO CONVENCIONAIS DE MÍDIA DE DIVULGAÇÃO
Neste vídeo, vamos explanar outros tipos de mídias alternativas não tão convencionais, como elevadores, embalagens e espaços em aviões, convidando o público a observar com atenção as informações e passar uma mensagem específica. Além disso, vamos perceber como a mídia se comporta em relação ao público-alvo.
Videoaula: Apresentação de produtos não convencionais de mídia de divulgação
 
ESTUDO DE CASO
Vamos observar o que Gonçalez (2009, p. 23) comenta sobre publicidade:
Todos os dias somos “apresentados” a uma vasta gama de publicidades, que tem como objetivo cativar e influenciar o consumidor nas suas razões e escolhas. Isso se faz abertamente, sem esconder ou disfarçar nomes e intenções, uma vez que se busca um meio de tornar conhecido um produto [...].
Observe com atenção o que o texto está transmitindo.
Você já trabalha em uma agência de publicidade e acaba de receber um pedido do Senhor Arrais, dono de uma escola de desenho que está completando 20 anos de funcionamento, que quer realizar uma campanha para um evento festivo. Primeiro, a escola deseja divulgar bastante esse evento, e o senhor Arrais fez uma lista de como gostaria que a campanha fosse divulgada. Note os itens a seguir:
Quer divulgar nas principais vias da cidade.
Divulgar em alguns pontos estratégicos da cidade.
Divulgar nos locais que vendem materiais artísticos, museus e bibliotecas da cidade.
Dentro da própria sede da escola.
Ao entregar essa lista, o Senhor Arrais pede a você que sugira alguns tipos de mídia que atenda aos itens da lista. Você tem pouco tempo para pensar, logo, quais os tipos de mídia vai sugerir? Não se esqueça de que é muito importante o autoestudo para o desenvolvimento constante das suas competências pessoais e profissionais. 
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
É certo que ser pego de surpresa não é nada agradável, porém, ao verificarmos atentamente aos pedidos do cliente, podemos sugerir algumas mídias.
Quer divulgar nas principais vias da cidade: o busdoor é uma ferramenta de mídia móvel considerada uma das formas de mídia exterior mais eficientes, pois pode divulgar o conteúdo publicitário nas principais vias dos centros urbanos.
Divulgar em alguns pontos estratégicos da cidade: para isso, temos várias opções, tais como: outdoor, backlight, frontlight e empena. Dessas sugestões, o outdoor é o que melhor atende à solicitação em relação ao custo-benefício.
Divulgar nos locais que vendem materiais artísticos, museus e bibliotecas da cidade: esse item se parece muito com o item 2, porém a mídia, neste caso, pode ser uma mídia alternativa – interna, como banner, cartaz, folder, adesivos e take one. Todas são válidas para divulgação, e o que vai determinar a escolha pode ter relação com o espaço disponibilizado pelas lojas. Deve-se ter um cuidado com os adesivos, pois alguns impressos podem danificar o local de fixação.
Dentro da própria sede da escola: nessa situação, é mais fácil fazer a divulgação, pois se trata do próprio ambiente do evento. É possível oferecer todas as mídias do item 3, inclusive o adesivo de chão (floor door); além disso, é plausível um display de chão e de balcão, e se tiver um clima mais informal e comemorativo, podem ser aplicadas as bandeirolas e o wobbler.
O segredo é usar as mídias com parcimônia e criatividade. Lembre-se de que você foi pego de surpresa e essa lista será uma sugestão inicial, que poderá ser ajustada de acordo com a verba disponível para o evento e a aprovação final do cliente. Caro aluno, lembre-se de pesquisar sempre e atualizar-se quanto as novas técnicas de mercado para o constante aprimoramento de suas atividades. 
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Para entender a influência da mídia alternativa diante dos meios tradicionais sob a hegemonia política, acesse o artigo de Silva et al. (2011):
SILVA, A. C. M. et al. O poder das mídias alternativas diante da hegemonia política sobre os meios tradicionais de comunicação no Rio Grande do Norte. 2011. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2011/resumos/R6-1736-1.pdf. Acesso em: 6 out. 2021.
Como ação competitiva, confira o artigo de Baron (2006) sobre a mídia em banheiros públicos:
BARON, A. Utilização da mídia alternativa nas ações de marketing: comunicação em banheiros públicos. 2006. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2006/resumos/R0562-2.pdf. Acesso em: 6 out. 2021.  
Aula 4
ENCADERNAÇÃO
Para que um projeto gráfico possa ser desenvolvido, vários elementos entram em cena, porém podemos destacar alguns que são essenciais, usados em maior ou menor grau.
33 minutos
INTRODUÇÃO
Para que um projeto gráfico possa ser desenvolvido, vários elementos entram em cena, porém podemos destacar alguns que são essenciais, usados em maior ou menor grau, que são: o textual (que se manifesta por meio dos tipos tipográficos), o imagético (as imagens), o cromático (relativo à cor) e o suporte (superfície que vai receber a impressão, que na maioria das produções utiliza o papel).
É importante termos uma boa compreensão desses elementos para melhor utilizá-los. Nesta aula vamos comentar sobre a evolução da escrita, dos tipos tipográficos e do papel, a história do livro e, por fim, os tipos de encadernação utilizados hoje.
Assim, você pode elaborar projetos de forma inovadora e atuar nas áreas de criação, entendendo os processos industriais de impressão e reprodução, para atender às demandas mercadológicas de maneira satisfatória.
Agora é só se concentrar, fazer anotações e avançar nos estudos com seu material didático e outras fontes de pesquisa.
BREVE ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA E OS TIPOS TIPOGRÁFICOS
Steven Roger Fischer é um linguista da Nova Zelândia, que comenta o seguinte sobre a escrita:
A escrita é, no entanto, muito mais do que “a pintura da voz” como queria Voltaire. Tornou-se a suprema ferramenta do conhecimento humano (ciência), agente cultural da sociedade (literatura), meio de expressão democrático e informação popular (a imprensa) e uma arte em si mesma (caligrafia), para mencionar algumas manifestações. 
(FISCHER, 2009, prefácio)
É interessante ver como Fischer (2009) descreve sobre a escrita que, de certo aspecto, ela transforma a cultura de uma maneira que todos possam conhecê-la e sempre está presente nos diversos saberes do homem como: na poesia, nos versos, no comércio, na filosofia e na própria história.
Escrita cuneiforme
Uma das formas mais antigas que conhecemos veio da Mesopotâmia, especificamente na Suméria, onde eram usadas placas de argila para imprimir certos caracteres em forma de ‘’cunha’’. Essa forma de registro se tornou tão especial que começaram a usar em contratos jurídicos, ou seja, textos que contavam as histórias dos seus deuses (BLOG DO ESPAÇO, [s. d.]).
Figura 1 | Exemplo da escrita cuneiforme
Fonte: Freepik.
Figura 2 | Exemplo de escrita egípcia
Fonte: Shutterstock.
Escrita egípcia 
A escrita egípciajá foi chamada de ‘’a escrita sagrada’’. Foi nomeada como a escrita mais bela do mundo e sua importância histórica se iguala à escrita cuneiforme. Os hieróglifos (ou hieroglifo como eram nomeados os caracteres) constituíam sinais gravados como se fossem a fala dos seus deuses. Os registros tinham como suporte: pedra, madeira e até metal, e poderiam ser usados também papiro e couro (SOUSA, 2021).
Fischer (2009, p. 43), comenta:
A maior parte da escrita no Egito Antigo, no entanto, não era em hieróglifos, que tomavam muito tempo para traçar ou entalhar. A escrita hieroglífica cursiva, só muito mais tarde chamada de “hierática”, desenvolveu-se quase imediatamente como instrumento prático para escrever documentos comuns – cartas, contabilidade, listas – e já no segundo milênio a. C., também textos literários.
Muitos povos foram beneficiados com a criação da escrita e, principalmente, do papiro que era um material leve e fácil de guardar. No contato com novas civilizações, principalmente a grega e a romana, as transformações da escrita chegaram até a forma como a conhecemos.
Tipos tipográficos
Não se pode falar sobre tipografia sem falar de Johannes Gutenberg que é conhecido como o homem que aperfeiçoou os procedimentos para impressão, de maneira que fosse possível trabalhar com grandes quantidades, criando também os tipos móveis, que são caracteres singulares e reutilizáveis.
Figura 3 | Imagem de Johannes Gutenberg
Fonte: Fonseca (2008, p. 44).
Figura 4 | Exemplo de tipo
Fonte: Fonseca (2008, p. 83).
De acordo com Rallo (2018), a tipografia é uma das áreas do design gráfico.
Tipografia, na nomenclatura correta, é a impressão dos tipos (como são conhecidas as fontes). Porém, como a maior parte da escrita hoje é feita digitalmente, esse significado caiu em desuso e passou a abranger todo o estudo, criação e aplicação dos caracteres, estilos, formatos e arranjos visuais das palavras. Por serem a base da comunicação escrita, os tipos precisam ser muito bem trabalhados para serem adequados à mensagem que você deseja passar.
Observe o exemplo a seguir:
Figura 5 | Exemplo de fontes tipográficas
Fonte: Fonseca (2008, p. 51).
Nos projetos gráficos, a utilização do recurso tipográfico sempre merece uma atenção especial. É importante observar se a fonte escolhida é harmônica em relação ao layout do projeto, pensando em todas as peças que serão criadas. Lembrando que se pode mudar de fonte conforme cada peça gráfica. Numa mesma campanha deve-se manter a fonte para criar a identidade visual do projeto.
VIDEOAULA: BREVE ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA E OS TIPOS TIPOGRÁFICOS
Vamos fazer uma análise de como é a estrutura de uma fonte, chamada de anatomia dos tipos de fonte, tais como: haste ou fust, bojo ou barriga, orelha, ombro, abertura, gancho, espora, versalete, eixos (humanista e racionalista), serifa, braço, etc. Vamos observar os tipos de Serifa e suas diferenças.
Videoaula: Breve análise do desenvolvimento da escrita e os tipos tipográficos
 
A HISTÓRIA DO LIVRO E SEU IMPACTO
Desde os primórdios, o ser humano tenta desenvolver uma forma de registrar sua história e os acontecimentos mais importantes, e, para isso, usavam todos os tipos de materiais e superfícies, como: rocha, argila, madeira, metal entre outros, porém era difícil seu manuseio e arquivamento. No Egito antigo (aproximadamente no ano 3.700 a.C.) foi descoberta uma planta da família das cyperaceae (Cyperus papyrus), que tinha em abundância nas margens do rio Nilo, serviria como base para o que se chama de papiro (MACIEL, [s. d.]).
Figura 6 | Exemplo da Cyperaceae (cyperus papyrus)
Fonte: Flickr.
A criação do papel como conhecemos hoje em dia é atribuída aos chineses, principalmente a Tsái-Lun que o criou no ano 105. A forma de confeccionar o papel foi guardado em segredo, porém os árabes tomaram conhecimento desta fórmula e acabaram transmitindo o modo como fazer o papel para todo o Oriente. Em 1150 o papel foi introduzido na Espanha, chegando na Itália, precisamente, em Fabiano só em 1276 que se tornou o polo industrial do papel (MACIEL, [s. d.]).
O papel possui uma importância enorme no desenvolvimento industrial e cultural, pois a maioria dos suportes para impressão é o papel, que é um material flexível e resistente, feito basicamente de subsídios fibrosos, que são transformados em pastas e usadas depois da secagem. Com isso, criou-se maneiras e normas para o seu melhor aproveitamento.
Figura 7 | Bíblia de Gutenberg
Fonte: Fonseca (2008, p. 47).
Um pouco da história do livro
Um dos mais antigos que surgiu aproximadamente no ano 100. Seu nome foi conhecido como códice ou códex, que nada mais era do que dois pedaços de madeira de mesmo tamanho cheios de cera que eram presas de um lado só. Assim podiam ser abertas, dobradas ou fechadas. Era uma espécie de livrinho de cera para uma comunicação mais temporária, muito usada por aprendizes (DIANA, 2020).
Depois de algum tempo e percebendo que o códex não era muito prático, começaram a fazer vários testes de materiais. Então, foi introduzido dentro do códex, o pergaminho, que nada mais era do que peles de animais que passavam por um tratamento na superfície, antes de ser usada para a escrita.
 Os códices começaram a ser usados com mais frequência, pois era durável e muito prático para ser, manipulado, guardado, além de fácil de transportar. Houve o surgimento da página esquerda com o nome de “verso” e a da direita denominada “reto”.
O autor Joaquim Fonseca (2008, p. 55) comenta sobre a evolução do livro:
O século XIX foi testemunho de novas tecnologias, formas e aplicações do design gráfico. Antes disso, o principal meio de comunicação era o livro; porém, a necessidade da comunicação de massa para uma sociedade industrializada deu estímulo às publicações periódicas, aos anúncios e aos cartazes em grande escala. Duas inovações dessa época foram a invenção da litografia pelo austríaco Alois Senefelder, em 1798, e a da máquina de escrever, em 1819, pelo norte-americano Cristofer Sholes, comercializada pela empresa Remington alguns anos depois.
Sem dúvida com o desenvolvimento da tecnologia, principalmente, depois da revolução industrial, os meios de comunicação passaram por um processo de transformação, sua produção ficou mais fácil e em maior tiragem, além do formato, tipo de papel, fonte tipográfica entre tantos elementos que também tiveram significativas evoluções, ou seja, a linguagem gráfica, editorial dos livros estão em constante mudança.
VIDEOAULA: A HISTÓRIA DO LIVRO E SEU IMPACTO
Veremos que os livros infantis são uma vertente da história do livro em constante inovação e crescimento. Seu conteúdo, seu formato e sua temática vão se modificando se moldando a um público muito específico. Autores como Charles Perrault, irmãos Grimm, Christian Andersen Beatrix Potter estão presentes na literatura infantil, com contos e ilustrações.
Videoaula: A história do livro e seu impacto
 
MÉTODOS E TIPOS DE ENCADERNAÇÃO APLICADOS SOBRETUDO EM LIVROS, REVISTAS E CATÁLOGOS, COM O INTUITO DE FACILITAR O MANUSEIO
Os procedimentos finais para um projeto gráfico, que envolva algum tipo de livro, serão: acabamento e encadernação. Esses itens podem acrescentar importância e qualidade ao projeto gráfico, por outro lado se não forem bem produzidos, podem atrapalhar o manuseio e prejudicar o valor do projeto. O acabamento tem elementos fundamentais, tais como: refile, dobras e encadernações (EMBRAPA, [s. d.]).
O refile é um procedimento padrão na finalização de qualquer projeto. Após a impressão da peça gráfica o papel é cortado no formato final, eliminando marcas de impressão ou registros das margens. A dobra ou dobradura é utilizada quando a peça gráfica precisa de um vinco, uma pressão na superfície do papel que o marca para facilitar a dobragem da peça (uma peça pode ter várias dobras). Um aspecto importante é saber a gramatura do papel para saber qual a melhor forma de fazer essa vincagem (marca feita por uma dobra). A dobra mais comum recebe o nome de paralela, no qual as ‘’abas’’ estão viradaspara um mesmo lado.
Com relação às encadernações existem vários tipos, especialmente em revistas, catálogos, apostilas e livros com o objetivo de unir suas páginas para um melhor manuseio. Também existem diversos tipos de acabamento, encadernação e design, que podem implicar no custo final da peça gráfica. Podemos citar os seguintes tipos:
Lombada canoa ou dobra e grampo
O método canoa de encadernação é a maneira mais fácil, pois possui baixo custo. O modo de fazer é bem simples: coloca-se as folhas ou os cadernos sobrepostos e juntos com a capa são grampeados no meio, geralmente, são dois grampos. Não é indicado para uma quantidade muito grande de páginas. 
Figura 8 | Exemplo de lombada canoa ou dobra e grampo
Fonte: acervo do autor.
Figura 9 | Exemplo de lombada quadrada
Fonte: acervo do autor.
Lombada quadrada com ou sem costura
O método lombada quadrada consiste em colar o miolo de diferentes jeitos. Existem dois tipos mais usuais: por meio de costura ou com um tipo de tela. Hoje é realizado com a técnica Hot Melt (uma espécie de adesivo térmico).
No processo com costura e cola Luciana Braun Reis (2019, p. 179), explica que “com costura e cola: em que as folhas de cada caderno são vinculadas por costuras na dobra e só então os cadernos são reunidos, lado a lado, com o uso da cola”.
No método com tela, Reis (2019, p. 179) esclarece que “com tela: é o tipo de maior custo e o mais resistente, incluindo, além da costura, a aplicação de tela para conectar os cadernos (múltiplos de quatro), junto da cola”.
Encadernação com espiral
O mais conhecido tipo de encadernação, largamente utilizado em apostilas ou materiais didáticos, devido ao seu baixo custo e à sua rapidez para encadernar, consiste em furos feitos com um aparelho mecânico, nas folhas. Logo depois se acrescenta a capa e contracapa que normalmente são de plástico ou pvc, podendo ser transparentes ou coloridos. Os elementos são alinhados e se coloca uma espiral de plástico, unindo as folhas e capas (COPYHOUSE, 2021).
Figura 10 | Exemplo de encadernação com espiral
Fonte: acervo do autor.
Figura 11 | Exemplo de encadernação: Wire-o
Fonte: acervo do autor.
Encadernação: Wire-o
O tipo wire-o ou duplo anel constitui-se de um arame metalizado, mais requintado e mais forte e a diferença com o sistema espiral é que os furos são quadrados, que pode ser usado com várias gramaturas de papel. Muito usado para calendários, cadernos, catálogo de empresas, manual de identidade coorporativo, portfólios, entre outros. Outra característica atrativa é que pode ser variada a quantidade de folhas/páginas e permite capas duras ou flexíveis.
VIDEOAULA: MÉTODOS E TIPOS DE ENCADERNAÇÃO APLICADOS SOBRETUDO EM LIVROS, REVISTAS E CATÁLOGOS, COM O INTUITO DE FACILITAR O MANUSEIO
Vamos analisar que a construção estrutural de um livro é moldada por tradições e normas técnicas, até pela característica de cada editora. Esses elementos formadores de um livro consistem em uma padronização de informações, como suas disposições e propriedades: sobrecapa ou jaqueta, capa, anterrosto, verso do anterrosto, folha de rosto, etc.
Videoaula: Métodos e tipos de encadernação aplicados sobretudo em livros, revistas e catálogos, com o intuito de facilitar o manuseio
 
ESTUDO DE CASO
Você trabalha na gráfica rápida chamada Cometas, na função de assistente de produção e um cliente aparece na gráfica levando um material produzido pela sua empresa, que é uma escola de desenho. O material desenvolvido foi uma apostila para seus cursos de gravura.
O seu líder pede que você analise o material da escola de desenho, pois este deve ser impresso e encadernado. O cliente não conhece os tipos de encadernação, então esta é uma oportunidade de explicar as opções disponíveis na gráfica Cometas.
O cliente solicita que você sugira uma encadernação com custo baixo e, se possível, com um belo acabamento.
Você verifica a apostila, que possui 45 páginas em tamanho A4, com páginas coloridas.
Analisando a situação, o que você vai sugerir? Quais são as opções de encadernação que a gráfica pode executar? E em relação ao custo, o que pode ser oferecido ao cliente? Para que você, estudante, tenha a solução mais adequada, é fundamental ler o livro didático e pesquisar o tema em outras fontes de estudo. Com isso, a prática do autoestudo vai permitir um aperfeiçoamento contínuo de suas competências profissionais.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
E aí? Você conseguiu relacionar as opções de encadernação disponíveis? E os custos, fez uma análise comparativa?
Observando atentamente o que o cliente pediu: uma apostila de 45 páginas, um custo baixo e se possível com um belo acabamento. Juntamente com a análise das opções de encadernação, você poderá sugerir a) uma lombada canoa; b) dobra e grampo ou c) encadernação com espiral.
Apesar da lombada canoa ou dobra e do grampo serem sugestões adequadas, normalmente, uma gráfica rápida não tem o equipamento certo para fazer esse tipo de encadernação e a capa tem uma gramatura um pouco maior (maior gramatura) para um melhor acabamento.
O uso da encadernação com espiral é uma boa alternativa, pois neste sistema coloca-se uma proteção transparente de plástico ou pvc e uma tela transparente ou colorida como contracapa. O custo é relativamente baixo, e a capa colorida pode se chegar e um ‘’belo acabamento’’ como sugerido pelo cliente.
Outra opção parecida com a encadernação com espiral, e que tem um acabamento melhor é a encadernação wire-o, porém o custo é bem mais elevado.
Portanto, a melhor sugestão é a encadernação com espiral. Para saber mais sobre acabamentos e encadernação leia atentamente o livro didático e outras fontes de pesquisa. Essa prática vai proporcionar um avanço constante no desenvolvimento de suas atividades profissionais.
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Um bom conteúdo sobre a história do livro é a obra de Nishizawa (2013).
NISHIZAWA, A. J. A evolução do livro: como o desenvolvimento simultâneo de três aspectos tem modificado a história do livro. Dissertação de Mestrado. 2013. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-19012015-145902/publico/ANDREJUNNISHIZAWAVC.pdf. Acesso em: 3 ago. 2021. 
REFERÊNCIAS
7 minutos
Aula 1
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Aula 2
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Aula 3
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Aula 4
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Aula 1
ESTUDO SOBRE A LUZ
Desde os tempos antigos o homem busca compreender a formação da luz e das cores. As cores nos influenciam de forma física e psicológica, além de poder trazer emoções como alegria ou tristeza, sensação de frio ou calor.
29 minutos
INTRODUÇÃO
Desde os tempos antigos o homem busca compreender a formação da luz e das cores. As cores nos influenciam de forma física e psicológica, além de poder trazer emoções como alegria ou tristeza, sensação de frio ou calor. A luz é intermediária entre a natureza e o homem, através dela temos a percepção visual dos detalhes da natureza que nos rodeia. Sendo assim é fundamental entendermos como o ser humano percebe as cores e os sentimentos causados por elas. O estudo das cores na publicidade e comunicação permite aplicar mensagens atrativas e sedutoras, e reproduzi-la em diversos materiais como: embalagens, rótulos, logotipos, cartazes, etc. Aprofunde seu conhecimento sobre a teoria das cores, com a leitura do material didático e de outras fontes de pesquisa como artigos e dissertações.
Bons estudos! 
A LUZ É RETA / A LUZ É ONDA / LEIS DA ÓPTICA / A LUZ É PARTÍCULA
Para entendermos a respeito das cores precisamos primeiramente compreender sobre a luz. A óptica é o campo dentro da física que estuda as leis referentes à luz e aos fenômenos da visão. Você já se perguntou “o que é a luz e como ela é formada?”.
Essa é uma pergunta feita desde os tempos dos antigos filósofos gregos. Eles acreditavam que a luz era emanada dos objetos, sendo possível então sua visualização pelo ser humano. Porém, no século XVII, o físico Isaac Newton apresentou o Modelo Corpuscular da Luz, que defendia que a luz era formada por partículas luminosas que se moviam em alta velocidade em linha reta. Essa teoria conseguia explicar os fenômenos ópticos da reflexão e da refração da luz (COLLARO, 2012). Na sequência, o físico Christian Huygens apresentou uma teoria divergente de Isaac Newton. Em seu modelo, Huygens propunha que a luz eram ondas. Ambas as teorias geraram vários debates no campo da ciência da física, até que no século XIX, o físico Thomas Young apresentou a experiência conhecida como Dupla Fenda, que conseguiu comprovar cientificamente que a luz é formada por ondas, como uma onda sonora (DARRIGOL, 2012).
Um fenômeno dentro da óptica é a dispersão (ou refração) da luz. Isaac Newton em seus estudos fez uma experiência com um prisma de vidro, em que comprovou que o raio de luz branca, ao atravessar o prisma, dispersava a luz. Ou seja, era possível dispersar as cores que compõem a luz branca, que são as cores do arco-íris, também conhecido como o espectro visível da luz (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
Observe na Figura 1, a dispersão da luz que formam as principais cores.
Figura 1 | Dispersão da luz
Fonte: Wikimedia Commons.
Newton também realizou estudos sobre a dispersão da luz em disco de cores, pintado com as cores do arco-íris. Ao pegar esse disco e girá-lo rapidamente é possível ter uma percepção ótica que as cores estão se misturando, ou seja, adicionando umas sobre as outras, e, consequentemente, enxergando a cor branca (COLLARO, 2012). Sendo assim, podemos dizer que a adição (ou sobreposição) de todas essas cores se cria a cor branca.
Quando a luz é absorvida e refletida pelos objetos, geram as cores que são recebidas e interpretadas pelos nossos olhos. Então, ao enxergarmos um objeto vermelho, por exemplo, como uma maçã, na realidade essa superfície (ou objeto) está absorvendo todas as cores exceto a cor vermelha, que por sua vez está sendo refletida e direcionada para nossos olhos que irão identificar o objeto como vermelho. Observe a Figura 2 para compreender melhor a respeito. Repare no movimento “A” no qual a luz do sol está atingindo a maçã, que por sua vez faz o movimento “B”, refletindo apenas a frequência de luz e cor vermelha para a visão humana, que por sua vez interpretará a maçã como cor vermelha (movimento “C”).
Figura 2 | Absorção e reflexão da luz
Fonte: Wikimedia Commons.
VIDEOAULA: A LUZ É RETA / A LUZ É ONDA / LEIS DA ÓPTICA / A LUZ É PARTÍCULA
Dentro do campo de estudo da óptica existe a óptica geométrica. Ela descreve os fenômenos ópticos como a reflexão por meio dos raios de luz. Também aborda a respeito das sombras e de seus objetos. São três princípios fundamentais:
• Propagação retilínea.
• Independência dos raios.
• Reversibilidadedos raios.
Videoaula: A Luz é reta / A luz é onda / Leis da óptica / A luz é partícula
 
A ORIGEM DA LUZ E SUAS PARTICULARIDADES
A origem da luz e seu comportamento sempre foi um tema que indagou filósofos antigos e os físicos. Hoje é conhecido que a luz é uma onda eletromagnética. A respeito dessas ondas, elas possuem comprimento e frequência. Nossa visão consegue apenas captar radiações eletromagnéticas dentro de um espectro de comprimento de onda que possui cerca de 380 até 780 nanômetros, isso interfere na característica física da cor, no momento de escolha entre os diferentes matizes (nome das cores) e suas formas de transmissão (COLLARO, 2012). Observe na Figura 3 esse espectro de comprimento e frequência das ondas.
Figura 3 | O espectro visível das ondas eletromagnéticas
Fonte: Collaro (2012, p. 32).
Observe também na Figura 4 os comprimentos de cada cor, considerando as ondas que são visíveis aos olhos do ser humano.
Figura 4 | Relação de cores e faixas espectrais na região do visível
Fonte: Collaro (2012, p. 33).
Os raios de luz natural que formam o espectro de cores são provenientes da energia solar, porém existem outros raios da energia solar que não são visíveis, como os raios X, os raios ultravioletas, os raios infravermelhos e os raios cósmicos. A Figura 5 demonstra a energia solar e os tipos de raios provenientes dela.
Figura 5 | Tipos de raios da energia solar
Fonte: Farina; Perez e Bastos (2011, p. 29).
Ao abordarmos sobre a luz, é importante entendermos melhor o fenômeno da refração. Esse fenômeno ocorre praticamente quando a luz perde sua aceleração e tem sua velocidade reduzida por alguma razão, geralmente ao atravessar um objeto transparente como a água, o vidro ou o acrílico. Os raios luminosos viajam no vácuo e no ar a uma velocidade aproximada de 300.000 km/s (trezentos mil quilômetros por segundo), essa é a famosa velocidade da luz. Quando o raio (ou feixe) de luz é refratado sua velocidade diminui e o seno do ângulo também se altera. Um grande exemplo da refração da luz é a experiência de Isaac Newton quando ele faz a decomposição da luz através do prisma. Nessa situação é possível observar que quanto maior for o comprimento da onda, menor é o desvio do ângulo, por essa razão a luz vermelha possui um desvio menor, enquanto a luz violeta, que possui um comprimento de onda menor, sofre um desvio maior (FARINA; PEREZ e BASTOS, 2011).
Exemplificando
Um outro exemplo mais fácil para visualizar e compreender a refração da luz, é colocar pela metade um objeto como uma colher ou um lápis dentro de um copo de água e observá-lo. Ao fazer isso, você irá reparar que há uma distorção do objeto em sua visão, isso é devido a uma metade do objeto estar no ar e a outra metade na água, sendo que na água ocorre a redução da velocidade e mudança de ângulo, distorcendo então o objeto aos nossos olhos. Observe esse exemplo na Figura 6.
Figura 6 | Refração da luz: lápis distorcido na água
Fonte: Pixabay.
Visto o conteúdo exposto compreendemos algumas das particularidades da luz, sua relação e importância com a teoria das cores.
VIDEOAULA: A ORIGEM DA LUZ E SUAS PARTICULARIDADES
Estudante, existem outros fenômenos da luz que são importantes como: 
•  Reflexão. 
•  Difração. 
•  Polarização. 
•  Interferência. 
Todos esses fenômenos ondulatórios fazem parte da física, e podem ser estudados na óptica, pois são influenciados pela velocidade que é o meio, comprimento e frequência que é a fonte emissora da onda.
Videoaula: A origem da luz e suas particularidades
 
O OLHO HUMANO: UM MECANISMO COMPLEXO DESENVOLVIDO PARA A PERCEPÇÃO DE LUZ E COR
O olho humano é capaz de captar luz e cores para interpretar essas informações. É através da luz que o ser humano se conecta com a natureza, pois ela faz com que seja possível percebermos o que está ao nosso redor, ou seja, no ambiente. Essa percepção vai gerar sentimentos e reações perante o que está sendo visualizado. Segundo Farina; Perez e Bastos (2011, p. 1):
A cor é uma onda luminosa, um raio de luz branca que atravessa nossos olhos. É ainda uma produção de nosso cérebro, uma sensação visual, como se nós estivéssemos assistindo a uma gama de cores que se apresentasse aos nossos olhos, a todo instante, esculpida na natureza à nossa frente.
A cor impacta no indivíduo uma expressão, ou seja, provoca um sentimento e constrói significados e símbolos, uma linguagem que comunica uma ideia. Enxergamos os objetos através da reflexão da luz que bate nestes objetos e penetram nossos olhos. Conforme a quantidade de luz refletida, enxergamos coisas mais iluminadas ou menos iluminadas (FARINA; PEREZ e BASTOS, 2011). 
O olho humano possui um sistema sensorial que faz a captura dos estímulos luminosos recebidos, que serão codificados e enviados ao cérebro para interpretação. O sistema sensorial é composto pelo olho – que irá convergir os raios luminosos, pela área de projeção visual – que irá receber e interpretar os impulsos neurais da retina, pela área de associação visual – que irá difundir os impulsos neurais da projeção visual e o sistema oculomotor – responsável pelos músculos e movimentos dos olhos (FARINA; PEREZ e BASTOS, 2011). 
Observe na Figura 7 um exemplo de anatomia ocular.
Figura 7 | Anatomia ocular
Fonte: Farina; Perez e Bastos (2011, p. 33).
O olho humano funciona como uma máquina fotográfica, o sistema de lentes que capta a imagem é a nossa córnea e nosso cristalino, a abertura da câmera é equivalente à íris e o filme da máquina fotográfica é como se fosse nossa retina. A imagem tanto na câmera quanto no olho humano é capturada de forma invertida (de ponta cabeça) e nosso cérebro processa a imagem pelo nervo óptico que faz a inversão da imagem, deixando-a na posição correta (FARINA; PEREZ e BASTOS, 2011).
Podemos observar melhor esse mecanismo na Figura 8:
Figura 8 | Processo visual máquina fotográfica e olho humano
Fonte: Farina; Perez e Bastos (2011, p. 28).
Apesar da semelhança com a câmera fotográfica, o processo visual do corpo humano é algo psíquico, que passa por todo um processo de interpretação no cérebro. O córtex cerebral exerce uma função seletiva com o objetivo de evitar confusão mental, ele serve como um filtro entre as informações visuais recebidas e as informações que já estão armazenadas na memória do indivíduo. Também pode haver variações nas informações recebidas pela retina, devido ao seu cansaço, e dependendo da iluminação e do contraste da imagem capturada, causando uma distorção da interpretação da imagem, isso é conhecido como ilusões ópticas (FARINA; PEREZ e BASTOS, 2011).
Com isso, concluímos que as pessoas são constantemente impactadas visualmente por imagens interpretadas em suas mentes por meio das informações capturadas pelos olhos que recebem raios de luz. Essas imagens interpretadas causam sentimentos e emoções e, por essa razão, é importante compreendermos como a luz e as cores funcionam e impactam as pessoas, para que então as cores utilizadas em nossos materiais gráficos e de comunicação enviem mensagens, sentimentos e ideias desejadas.
VIDEOAULA: O OLHO HUMANO: UM MECANISMO COMPLEXO DESENVOLVIDO PARA A PERCEPÇÃO DE LUZ E COR
A forma como o ser humano enxerga e recebe as informações está interligada com seu sistema sensorial e como o olho humano capta as informações enviadas pelos raios de luz. Isso eventualmente pode ser interpretado pelo nosso cérebro de uma forma distorcida causando as ilusões ópticas. Vamos ver alguns exemplos.
Videoaula: O olho humano: um mecanismo complexo desenvolvido para a percepção de luz e cor
 
ESTUDO DE CASO
Imagine que você trabalha na área de criação de uma agência de publicidade e que você precisa defender sua peça de criação durante uma apresentação para o cliente. O cliente em questão solicitou o desenvolvimento de uma campanha publicitária para sua nova coleção de roupas infantis. Todo o anúncio foi desenvolvido com embasamento teórico a respeito das cores e pensado em como o ser humano capta e reage com a luz e com as cores. Porém, o cliente não gostou dascores utilizadas na peça conceito e pediu para você fazer o anúncio em apenas tons de cinza, pensando em economia durante o processo de impressão. 
Você, estudante, como é um criativo da agência, pode explicar os fenômenos físicos por meio de exemplos simples para que o cliente entenda e perceba a importância das cores no anúncio. O que acha?
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Você faz parte do time de criação de uma agência de publicidade e está mediante a um cliente apresentando a defesa (conceito) de sua peça publicitária elaborada, porém precisa argumentar de forma técnica com o cliente que deseja retirar as cores do anúncio. Para isso, você primeiramente deve explicar ao cliente que as cores são formadas de raios luminosos e que estes por sua vez estão a todo momento sendo capturados pelos nossos olhos e enviando informações ao nosso cérebro, o qual fará uma filtragem deste “bombardeio” de informações. E a interpretação da imagem gerará um sentimento, uma emoção no público-alvo, que pode ser significativa e positiva despertando o desejo na compra do produto, ou pode simplesmente passar despercebida e não ter impacto nas vendas. Ao retirar as cores da peça publicitária perderá todo o apelo visual e sucesso da campanha, não justificando a possível economia de impressão com o material se impresso em tons de cinza.
Busque sempre conhecimento a respeito do comportamento humano e sua percepção com a natureza, a luz e as cores que o rodeia para conseguir sempre ser assertivo em suas comunicações. Os elementos cromáticos e acromáticos são diretamente ligados a luz e influenciam os sistemas de cor utilizados nos materiais gráficos, por isso a importância do estudo sobre a teoria das cores. Espero que você tenha gostado, bons estudos!
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Artigo
Leia mais informações a respeito sobre óptica, luz e como ela influencia o comportamento humano e a arte:
ZIGGELAAR, A. How did the wave theory of light take shape in the mind of Christiaan Huygens? 1980. Annals of Science, 37:2, 179-187, DOI: 10.1080/00033798000200181.
Livro
HELLER, E. A psicologia das cores. São Paulo: Olhares, 2021.
Aula 2
A LUZ E AS CORES
Um dos assuntos relevantes ao estudarmos produção gráfica é a teoria das cores e, para isso, é necessário entendermos como nosso cérebro as interpreta, além de compreendermos que as cores são provenientes da luz.
30 minutos
INTRODUÇÃO
Um dos assuntos relevantes ao estudarmos produção gráfica é a teoria das cores e, para isso, é necessário entendermos como nosso cérebro as interpreta, além de compreendermos que as cores são provenientes da luz. Sendo assim, a luz é um fator fundamental na composição das cores, pois é baseado no comportamento dela que funcionam os sistemas de cor (RGB e CMYK), há vários tipos de fonte de luz. Dependendo do tipo e intensidade da luminosidade haverá alteração no brilho e contraste das cores em um determinado objeto. Também importante sabermos que há dois tipos de sistema de cor que são conhecidos como aditivo e subtrativo. Aprofunde seu conhecimento sobre a teoria das cores. Bons estudos! 
COMO O CÉREBRO INTERPRETA AS CORES
Para entendermos como o cérebro interpreta as cores, antes precisamos falar de como o cérebro recebe e processa as cores que nós enxergamos no dia a dia. A cor é uma percepção visual de luz que chega aos nossos olhos em forma de comprimento de onda. Ao passar por nossa retina, esses comprimentos de ondas são divididos em receptores que detectam a luminosidade e a falta de luz, tendo a percepção de claro e escuro, gerando contrastes e delimitações. Outro conjunto de receptores localizado mais ao fundo da retina que é chamado de mácula, são os receptores de cor, sendo receptor do amarelo, vermelho e azul, tornando possível a partir dessas três cores ter a percepção de todas as cores. Quando o indivíduo não possui um desses receptores de cor, por conta de um problema genético na retina, visualizará menos tonalidade do que uma pessoa que possui todos os receptores e, por conta disso, será considerado daltônico (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
Figura 1 | Raio de luz e cores perceptíveis
Fonte: Wikimedia Commons.
A variação de cores e tonalidades que conseguimos enxergar é gigantesca. Para facilitar a interpretação dessas cores foi criado o círculo cromático, no qual temos as cores primárias (amarelo, azul e vermelho) gerando as cores secundárias (verde, laranja e roxo) e, por fim, as cores terciárias, que é a mistura das cores primárias com as cores secundárias, com o objetivo de pontuar e harmonizar as tonalidades em vários aspectos da vida (MAZZAROTTO, 2018).
A partir da formulação das cores, nosso cérebro irá interpretar cada tonalidade de acordo com a sensação, emoção ou variação fisiológica que a cor vista ocasionar sobre nós.
Exemplificando
Quando analisamos o círculo cromático, conseguimos dividi-lo em cores consideradas quentes e frias. Com a divisão de cores mais quentes, é possível sentirmos variações fisiológicas como:
•  Aumento dos batimentos cardíacos. 
•  Respiração elevada.
•  Sensações como ansiedade, atenção e fome. 
Tonalidades quentes como o vermelho, por exemplo, conseguem ativar a nossa amidala cerebral que é responsável por nossa memória emocional. Já o amarelo, consegue aumentar a nossa capacidade de concentração (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). Devido a esses fatores, marcas com o intuito de despertar essas sensações em seu público, utilizam-se dessas cores em suas identidades visuais e comunicação como a logomarca do Mc Donald’s.
Figura 2 | Exemplo logomarca cores quentes
Fonte: Wikimedia Commons.
Ao visualizarmos a divisão com as cores frias, é possível notar e sentir o oposto das sensações ocasionadas pelas cores mais quentes:
•  Diminuição da frequência cardíaca. 
•  Respiração menos ofegante. 
•  Sensação de calmaria, tranquilidade e relaxamento. 
Tendo isso em mente, as marcas também se utilizam dessas cores em sua comunicação, para levar essas sensações para o seu público (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). Cores frias são muito utilizadas na área da saúde como hospitais e clínicas em geral.
VIDEOAULA: COMO O CÉREBRO INTERPRETA AS CORES
Qual sua cor favorita? Nosso cérebro interpreta cada cor de uma forma diferente e ativa partes diferentes. Uma pessoa gosta de uma cor devido a seus fatores psicológicos e cada cor possui suas características. Vamos ver as características das principais cores como: 
•  Vermelha.
•  Azul. 
•  Laranja. 
•  Amarela. 
•  Verde. 
•  Branca.
Videoaula: Como o cérebro interpreta as cores
 
APRESENTAÇÃO DOS TIPOS DE FONTE DE LUZ E O EFEITO SOBRE A SOMBRA
As cores são provenientes da luz, e estas podem sofrer alterações conforme mudança da fonte de luz.
Exemplificando
Um determinado objeto pode ter mais ou menos contraste dependendo da intensidade da luz recebida, isso também interferirá na sombra do objeto (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). Dependendo da intensidade e do ângulo de luz, o efeito da sombra neste determinado objeto será alterado. É como a luz do sol em uma janela, conforme a intensidade e o ângulo do sol se movimentam ao longo do dia, a luminosidade e a sombra da janela serão alteradas, a luz e a sombra às 8h da manhã serão diferentes das 16h. 
Figura 3 | Sombra causada por iluminação natural sob uma janela
Fonte: Pxhere.
Existem vários tipos de fonte de luz, como o sol que é uma fonte natural ou, por exemplo, uma lâmpada que é uma fonte artificial. Uma vela é outra fonte de luz. Qualquer objeto que seja capaz de emanar luminosidade (lanterna, luminária, monitor, celular, televisão, entre outros) é considerado uma fonte de luz (MAZZAROTTO, 2018).
Uma determinada fonte pode alterar drasticamente a cor que vimos de um objeto, dependendo da quantidade dos raios de luminosidade que emana. Uma lâmpada neon que emite poucos raios de luz verde e azul (e emite uma alta quantidade de raios vermelhos) irá deixar um objeto verde (visto na cor verde numa luz natural). Como não há raios de luz verde, irá apenas absorver o vermelho e as demais cores, ficando praticamente preto aosnossos olhos. (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
Outro exemplo são as lâmpadas fluorescentes que possuem uma distribuição de onda diferente da luz natural e possuem poucos comprimentos de onda vermelha. Neste caso, um objeto vermelho ao ser exposto na luz fluorescente ficará com um aspecto mais escuro, com tons marrons. Existem vários tipos de lâmpadas como: lâmpadas quentes, frias e intermediárias (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). 
Devido a essa mudança das tonalidades das cores e sombras causadas nos objetos e ambientes, conforme tipo de fonte de luz, é necessário que um especialista avalie um certo ambiente interno para definir que tipo de iluminação será necessária para causar o efeito desejado no local. Arquitetos, engenheiros e decoradores, por exemplo, sempre buscam uma harmonia ambiental para satisfazer seus clientes e usuários. A tecnologia atual conseguiu desenvolver diversos tipos de aparelhos transmissores de luminosidade para atender às necessidades distintas existentes de ambientes internos como hospitais, laboratórios, museus, shopping centers, supermercados, aeroportos, restaurantes, entre vários outros locais públicos ou privados (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).  
Devido à variação da luz e das cores em relação aos objetos e ambientes, é importante que os profissionais que se utilizam das cores (como publicitários e arquitetos) consultem as indústrias de equipamentos de iluminação e mantenham-se atualizados das novas tecnologias desenvolvidas. 
VIDEOAULA: APRESENTAÇÃO DOS TIPOS DE FONTE DE LUZ E O EFEITO SOBRE A SOMBRA
Ao falarmos de luz e sombra também importante entendermos os efeitos da sombra umbra e penumbra. Um exemplo a respeito é o eclipse solar, a lua ao se posicionar entre o sol e a terra torna-se um objeto opaco barrando a luz, gerando uma área de sombra e de penumbra.
Videoaula: Apresentação dos tipos de fonte de luz e o efeito sobre a sombra
 
CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DOIS SISTEMAS: ADITIVO E SUBTRATIVO
Ao falarmos sobre sistemas cromáticos é necessário entender que a luz é a base da estruturação desses sistemas. Há dois modos de percebê-la: uma é através da emissão da luz e a outra é através da reflexão dela ao bater em um objeto e refletir aos nossos olhos.  Para demonstrar isso é simples: durante a noite entre em um quarto ou escritório e acenda a luz deste cômodo, você irá enxergar todos os objetos ao seu redor como: livros, mesas, cadeiras, canetas, computador, televisão, entre outros. Porém, ao apagar a luz desse cômodo, esses objetos irão sumir de sua vista, exceto o monitor do computador caso ele esteja ligado ou uma televisão ligada, pois estes são tipos de objetos que emitem luminosidade (MAZZAROTTO, 2018).
Os objetos que emitem luminosidade utilizam-se do sistema de cor RGB, que também é conhecido como síntese aditiva. O nome RGB é, na realidade, uma sigla composta pelas palavras em inglês: red, green e blue que traduzindo para a língua portuguesa significam vermelho, verde e azul. O sistema possui essa sigla, pois essas são as três cores básicas (MAZZAROTTO, 2018). Esse sistema é conhecido como síntese aditiva devido ao efeito da superposição das cores. Isaac Newton, em sua teoria das cores, dispersou a luz branca através de um prisma, deixando as cores que compõem o arco-íris visíveis. Sendo assim, ao fazer o efeito inverso de sobrepor as cores luminosas, uma sobre as outras, será criada uma síntese de cor branca. Então, dizemos que essas cores quando são sobrepostas (adicionadas) criam-se cores, e a mescla de todas essas cores criará a cor branca (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). 
Os objetos que não emitem luz como livros, mesas, cadeiras e canetas, que foram citados no exemplo anterior, utilizam-se do sistema de cor CMYK, que também é conhecido como síntese subtrativa. Neste caso, os objetos não estão emitindo luz diretamente aos nossos olhos, eles estão refletindo parte da luminosidade que os atingem. Ou seja, um determinado objeto ao ser atingido por um raio de luz, irá subtrair (absorver) algumas cores e refletir outras. Como a luz primeiramente bate nos objetos, que subtraem as cores e depois essas cores refletidas atingem nossos olhos, isso causa um efeito oposto ao sistema aditivo. Sendo assim, podemos dizer que este sistema possui as características inversas ao do outro.
Ao mesclar as cores do sistema RGB é formada a cor branca, já no sistema CMYK a mescla das cores forma a cor preta. O sistema CMYK possui esse nome devido às principais cores que utiliza, que são: cyan (ciano), magenta, yellow (amarelo) e black (preto). No caso das cores cyan, magenta e yellow a primeira letra compõem a sigla, mas no caso do black é utilizado sua última letra, isso foi feito para evitar confusão entre a letra B da palavra black com a letra B da palavra blue (azul) que faz parte do sistema de cor RGB, visto anteriormente (MAZZAROTTO, 2018).
VIDEOAULA: CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DOIS SISTEMAS: ADITIVO E SUBTRATIVO
Os sistemas de cor RGB e CMYK são diferentes e possuem suas aplicabilidades, no processo gráfico é utilizado o sistema de cor CMYK e, por isso, são necessários alguns cuidados ao enviar o arquivo digital para impressão como converter as imagens RGB em CMYK e realizar testes de impressão.
Videoaula: Considerações sobre os dois sistemas: aditivo e subtrativo
 
ESTUDO DE CASO
Imagine que você trabalha como diretor de arte em uma agência de publicidade. A equipe de atendimento lhe passou um briefing coletado junto ao cliente para o desenvolvimento de uma nova campanha publicitária. A campanha será composta por várias peças, entre elas, peças para meios digitais e outras, para meios off-line. Você, ao desenvolver a peça conceito, aplicou seu conhecimento a respeito da teoria das cores, no que tange as emoções e sentimentos causados pelas cores nas pessoas. Você utilizou o sistema de cor RGB para desenvolver o material. Após a aprovação da peça conceito pelo cliente, você solicitou a um membro de sua equipe de criação para fazer o desdobramento das peças para cada mídia e/ou material e enviar para a gráfica os materiais a serem impressos. Porém, você ao receber e analisar as peças off-line que foram impressas na gráfica, identificou que houve uma distorção significativa no tom das cores, ficando diferente do que você gostaria e do que o cliente aprovou. O que houve de errado nesta situação? Foi erro de impressão da gráfica ou foi erro da agência? Avalie o caso e faça uma análise do que aconteceu e evitar este erro.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Você é um diretor de arte de uma agência de publicidade e foi incumbido de desenvolver uma nova campanha publicitária para um cliente da agência. Essa campanha possui peças publicitárias digitais e off-line. Após a aprovação da peça conceito pelo cliente, você solicitou a um membro de sua equipe de criação para desdobrar o material e enviar as peças off-line para impressão na gráfica. Porém, houve um erro no processo e os materiais impressos chegaram com tons de cores diferentes da peça conceito aprovada. Neste caso, o erro pode ter sido causado no fechamento do arquivo para ser enviado à gráfica, o que é uma falha da agência, ou pode ter acontecido alguma falha durante o processo de impressão e, neste caso, a falha seria da gráfica. Para descobrir em que momento foi causado o erro, você como diretor de criação deverá solicitar ao membro de sua equipe que abra o arquivo digital gráfico no computador e, então, analisem em conjunto se as cores que compõem a arte foram convertidas para o sistema de cor CMYK. Caso negativo, haverá uma distorção significativa no tom das cores, pois o arquivo original foi desenvolvido no sistema de cor RGB. Como o sistema de cor RGB é baseado na síntese aditiva e utilizado apenas por objetos que emanam luminosidade (celular, monitor e televisão por exemplo) esse sistema é utilizado para os meios digitais. Já os materiais gráficos que são objetos que refletem as cores, utilizam do sistema de cor CMYK. Os programas gráficos possuem essa conversão de cor entre os sistemas, com o objetivo de minimizar a distorçãodas tonalidades. Porém, é importante ressaltar que sempre haverá distorção entre a peça publicitária vista na tela do computador em comparação com a peça impressa. Um dos fatores é a questão do sistema de cor, mas vai além disso. Outros fatores como calibragem do monitor e regulagem da máquina de impressão também influenciam nas tonalidades do material gráfico final. Por essa razão, é importante sempre solicitar à gráfica uma “prova de cor” e apresentá-la ao cliente, evitando transtornos com isso. 
Busque sempre conhecimento a respeito de como as cores se formam, como elas influenciam as pessoas e como elas funcionam dentro do processo gráfico. Espero que você tenha gostado, bons estudos!
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Veja mais informações a respeito da aplicação das cores na produção gráfica em:
COLLARO, A. C. Produção gráfica: arte e técnica na direção de arte. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
Veja mais informações a respeito sobre luz e cores, e como elas influenciam o comportamento humano em:
HELLER, E. A psicologia das cores. São Paulo: Olhares, 2021.
Aula 3
SÍNTESE ADITIVA - SÍNTESE SUBTRATIVA
Para aprofundar o conhecimento a respeito da teoria das cores é necessário entender como funciona o sistema de cor RGB e CMYK, compreender o que é uma escala cromática e acromática, além de saber o que é o círculo cromático e como utilizá-lo.
28 minutos
INTRODUÇÃO
Para aprofundar o conhecimento a respeito da teoria das cores é necessário entender como funciona o sistema de cor RGB e CMYK, compreender o que é uma escala cromática e acromática, além de saber o que é o círculo cromático e como utilizá-lo. Os profissionais da área da publicidade, designers e áreas correlacionadas precisam compreender esses assuntos para aplicá-los em seus materiais de comunicação e conseguir reter a atenção do público definido, além de transmitir a mensagem e sentimento desejado. Afinal, as cores estão aplicadas em todos os materiais visuais (impressos e digitais). Aprofunde seu conhecimento por meio do material didático e de outras literaturas sobre a teoria das cores, bons estudos!
DIFERENÇA DOS DOIS SISTEMAS E SUAS APLICAÇÕES
Ao falarmos sobre teoria das cores é muito importante compreendermos que existem dois principais sistemas de cor, o sistema RGB (red, green e blue) e o sistema CMYK (cyan, magenta, yellow e black). Basicamente a principal diferença entre esses dois sistemas é que o RGB é formado por cores emitidas pela luz (também conhecido como síntese aditiva), enquanto o sistema CMYK é formado por cores refletidas da luz (também conhecido como síntese subtrativa), sendo assim um sistema é o oposto do outro. As cores RGB somadas compõem a cor branca, e as cores CMYK combinadas compõem a cor preta (MAZZAROTTO, 2018). 
Na produção gráfica é utilizado o sistema de cor CMYK, pois a tinta faz o papel de objeto refletor. Ou seja, quando visualizamos a capa de um livro na cor amarela, por exemplo, o que acontece no processo visual é que os raios de luz do ambiente estão atingindo a capa do livro que possui pigmentos de tinta que estão absorvendo todas as cores, exceto a cor amarela, que por sua vez reflete a cor amarela para nossos olhos. Assim acontece com qualquer tinta utilizada (MAZZAROTTO, 2018). Teoricamente as tintas nas cores cyan, magenta e yellow ao serem aplicadas no mesmo ponto, deveriam formar a cor preta, porém não existem pigmentos suficientemente puros. Então, o resultado na prática é um cinza escuro. Por essa razão foi desenvolvida a tinta black (preto) que faz parte do sistema CMYK (MAZZAROTTO, 2018).
Repare na Figura 1 que a combinação das cores básicas resulta em outras cores. As combinações são:
•  Amarelo sobre o ciano resulta na cor verde.
•  Ciano sobre o magenta resulta na cor azul. 
•  Magenta sobre o amarelo resulta na cor vermelha.
•  Todas as cores somadas formam a cor preta.
(FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
Figura 1 | Cores do sistema CMYK (síntese subtrativa)
Fonte: Mazzarotto (2018, p. 34).
Como dito anteriormente, as cores do sistema RGB são opostas as cores CMYK.
Repare na Figura 2 que a combinação das cores básicas resulta em outras cores. As combinações são:
•  Verde sobre o azul resulta na cor ciano.
•  Azul sobre o vermelho resulta na cor magenta. 
•  Verde sobre o vermelho resulta na cor amarela. 
•  Todas as cores somadas formam a cor branca.
(FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
Figura 2 | Cores do sistema RGB (síntese aditiva)
Fonte: Mazzarotto (2018, p. 33).
Ao observarmos ambos os sistemas de cor percebemos que a mescla das cores básicas RGB resultam nas cores básicas da síntese subtrativa CMYK (ciano, amarelo e magenta). A mescla das cores básicas CMYK (exceção do preto) formam as cores básicas da síntese aditiva (RGB) (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). 
As cores do sistema RGB são utilizadas no meio digital, pois como fazem parte da síntese aditiva e só podem ser reproduzidas por objetos que emanam luminosidade como: televisores, celulares, monitores, entre outros dispositivos eletrônicos (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
VIDEOAULA: DIFERENÇA DOS DOIS SISTEMAS E SUAS APLICAÇÕES
O sistema CMYK é o utilizado pelas gráficas, pois são pigmentos (tintas) que refletem a tonalidade de cor desejada. Isso acontece devido ao processo de retícula. Esse preenchimento “ponto a ponto” forma a imagem quando observamos ela a uma certa distância, esses pontos de tinta se misturam em nosso olhar.
Videoaula: Diferença dos dois sistemas e suas aplicações
 
CONSTRUÇÃO DO CÍRCULO CROMÁTICO APRESENTANDO AS CORES PRIMÁRIAS, SECUNDÁRIAS E TERCIÁRIAS E A DIFERENÇA DE MATIZES, SOMBRAS E TONS
Os sistemas de cor RGB e CMYK fazem parte das sensações visuais cromáticas. Segundo Farina; Perez e Bastos (2011, p. 63) “as sensações visuais cromáticas compreendem todas as cores do espectro solar. Elas são experiências visuais. Denominamos as componentes cromáticas resultados da refração da luz: violeta, índigo, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho”.  Com essa definição entendemos que as cores provenientes da refração da luz (cores do arco-íris) fazem parte do cromatismo (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
Mas, existem também as sensações visuais acromáticas. São consideradas acromáticas as tonalidades entre o branco e o preto, que são: branco, cinza-claro, cinza, cinza-escuro e preto (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). A escala acromática é muito utilizada na publicidade e propaganda, e consequentemente na produção gráfica, assim como a escala cromática. Observe na Figura 3 a seguir a escala acromática:
Figura 3 | A escala acromática
Fonte: Farina; Perez e Bastos (2011, p. 62).
Considerado o espectro solar (espectro visível da luz) vimos que dois sistemas de cor são formados: o sistema aditivo RGB e o sistema subtrativo CMYK. As cores básicas (ou primárias) de um sistema são as cores secundárias do outro. Porém, na publicidade é muito utilizado o círculo cromático, que propõe outra composição de cores primárias e secundárias.  O círculo cromático foi desenvolvido pelo psicólogo Wilhelm Wundt, com o objetivo de classificar as cores de uma forma harmônica pensada para utilização publicitária de acordo com o impacto no consumidor. Neste sentido, não se leva em consideração as cores primárias e secundárias do espectro solar, e sim, a harmonização das cores proposta por Wundt (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). Confira na Figura 4 as cores que formam o círculo cromático:
Figura 4 | O círculo cromático
Fonte: Farina; Perez e Bastos (2011, p. 66).
O círculo cromático é formado da seguinte forma: cores primárias: vermelho, amarelo e azul.
Cores secundárias: laranja, verde e violeta. 
As cores primárias e secundárias também podem ser misturadas formando as cores terciárias, que são: vermelho-arroxeado, vermelho-alaranjado, amarelo-alaranjado, amarelo-esverdeado, azul-esverdeado, azul-arroxeado. Veja na Figura 5 as subdivisões das cores utilizando as cores primárias, secundárias e terciárias (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
Figura 5 | O círculo cromático: subdivisão das cores
Fonte: Farina; Perez e Bastos (2011,p. 69).
As cores podem sofrer variação em sua tonalidade ao se misturarem com a escala acromática, ou seja, ao se misturarem com o branco, o cinza (cinza-claro, cinza e cinza-escuro) e o preto. Uma cor ao se misturar com o branco forma um matiz. Uma cor ao se misturar com o preto resultará num sombreado da cor. E, por fim, uma cor ao se misturar com o cinza resultará na tonalidade da cor (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). As cores também variam conforme mudança em sua saturação e luminosidade. A saturação está relacionada ao aspecto de concentração e densidade da cor, enquanto a luminosidade está relacionada ao aspecto do quanto uma cor pode refletir a luz branca. Na luminosidade, quando acrescentamos preto, estamos retirando luminosidade da cor (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). 
VIDEOAULA: CONSTRUÇÃO DO CÍRCULO CROMÁTICO APRESENTANDO AS CORES PRIMÁRIAS, SECUNDÁRIAS E TERCIÁRIAS E A DIFERENÇA DE MATIZES, SOMBRAS E TONS
Além da escala acromática que são variações do branco ao preto, existem as escalas monocromáticas e policromáticas que são variações das escalas cromáticas. A escala monocromática é quando há variação da cor através da luminosidade ou saturação e a policromática é quando a variação ocorre com a mistura de duas ou mais cores.
Videoaula: Construção do círculo cromático apresentando as cores primárias, secundárias e terciárias e a diferença de matizes, sombras e tons
 
ESQUEMA DE COR ANÁLOGAS - CORES COMPLEMENTARES
Os profissionais que utilizam de recursos visuais em seus trabalhos como pintores, arquitetos, publicitários e designers, geralmente buscam uma composição harmoniosa das cores, trazendo uma leitura visual agradável ao público (ou consumidor/cliente). Sendo assim, o círculo cromático desenvolvido por Wundt apresenta essa combinação (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
Mas, é preciso saber interpretá-lo e utilizá-lo. Para isso é necessário compreender o que são cores complementares e cores análogas. Observe a Figura 6 a respeito das cores complementares e análogas dentro do círculo de cores.
Figura 6 | O círculo cromático: cores complementares e análogas
Fonte: adaptada de Commons Wikimedia.
As cores complementares estão relacionadas às cores que estão posicionadas em lados extremamente opostos no círculo cromático, como o vermelho e o verde sinalizados na Figura 6 (lado esquerdo). Isso significa que em uma peça publicitária ou em um material gráfico é interessante utilizar a combinação dessas cores nos elementos. Pelo fato de as cores serem opostas, ambas chamarão a atenção do público, ocasionando um maior impacto visual. Porém, é preciso saber dosar o impacto desejado para que não crie uma confusão mental. Observe a seguir um exemplo de aplicação desta técnica.
Na Figura 7 podemos observar que o exemplo à esquerda causou uma certa confusão mental, não sendo agradável à leitura visual. Enquanto na imagem do lado direito, a aplicação das cores complementares possui harmonização.
Figura 7 | Exemplos incorreto e correto da aplicação de cores complementares
Fonte: Mazzarotto (2018, p. 213).
Figura 8 | Combinações de cores complementares
Fonte: Mazzarotto (2018, p. 214).
Na Figura 8 veja algumas combinações de cores complementares:
Repare também na Figura 8 que há um código abaixo de cada quadrado colorido. Esse código se refere à composição da cor. Por exemplo: a cor laranja possui a letra “Y” que significa yellow (amarelo) e “100” que significa cem por cento de concentração da cor. Há também a letra “M” que significa magenta e “50” que significa apenas cinquenta por cento de concentração do magenta, puxando então a cor mais para o amarelo e criando o laranja. Se fosse yellow e magenta cem por cento de concentração, teríamos a cor vermelha. Esses códigos são muito utilizados em softwares gráficos e em manuais de identidade visual de uma marca para garantir sempre o uso correto das cores. 
Observe novamente a Figura 6, mais precisamente o círculo cromático do lado direito que está exemplificando as cores análogas. Repare que elas são cores de tonalidades próximas. As cores análogas sempre se referem às cores que estão na mesma região, não ultrapassando o ângulo de 90° dentro do círculo. O uso dessa técnica é bastante comum nas peças publicitárias, pois gera um conforto visual e psicológico. Observe a Figura 9 dois bons exemplos de aplicação:
Figura 9 | Aplicação de cores análogas
Fonte: Mazzarotto (2018, p. 217)
.Figura 10 | Combinações de cores análogas
Fonte: Mazzarotto (2018, p. 217).
Apesar das cores análogas não possuírem o mesmo nível de intensidade e contraste que as cores complementares, elas possuem muita harmonização e são constantemente utilizadas.
VIDEOAULA: ESQUEMA DE COR ANÁLOGAS - CORES COMPLEMENTARES
Muitas vezes o efeito desejado na aplicação das cores é um impacto visual forte, e para isso utiliza-se o contraste através das escalas acromática e cromática, como o contraste entre o preto e o branco, assim como o cinza e o violeta, entre outras combinações, por exemplo tons quentes e frios.
Videoaula: Esquema de cor análogas - Cores complementares
 
ESTUDO DE CASO
Imagine que você trabalha como diretor de arte de uma agência de publicidade e que lidera um time de criativos que é composto por profissionais de diversos níveis de conhecimento e experiência de trabalho, desde o nível júnior até o nível sênior. Dentro da equipe há um estagiário que não possui muita técnica e conhecimento ainda na área e está se desenvolvendo com seu auxílio. Você pediu a ele que desenvolvesse uma identidade visual da marca “Lorem ipsum” e solicitou que fosse chamativa e harmoniosa, com a intenção de reter a atenção do público que visualizar a comunicação da marca. O seguinte trabalho foi apresentado:
Fonte: elaborada pelo autor.
Com base no círculo cromático como você avalia tecnicamente as cores aplicadas na identidade visual criada pelo estagiário? Quais conselhos você daria a ele?
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Você é um diretor de arte de uma agência de publicidade e solicitou para um estagiário em sua equipe, para desenvolver a identidade visual da marca “Lorem Ipsum” e pediu para que as cores fossem chamativas e harmoniosas. Avaliando o trabalho entregue, podemos perceber que há uma confusão mental no uso das cores. O violeta utilizado no fundo da imagem compete pela atenção visual com o magenta da palavra “Lorem”. Já a cor vermelha na palavra “ipsum” perde relevância em função do fundo violeta, apesar de apresentar uma certa harmonização entre as duas cores por serem análogas no círculo cromático. O traço laranja entre as palavras apresenta uma melhor harmonização. De forma geral, o nome da marca “Lorem ipsum” perdeu evidência e ficou uma leitura difícil e desagradável ao público. 
Neste caso, após essa avaliação você pode sugerir ao estagiário que utilize cores complementares e análogas do círculo cromático, mas sempre com o critério de evidenciar o nome da marca. A seguir um exemplo de como poderia ser a aplicação das cores:
Fonte: elaborada pelo autor.
Fonte: elaborada pelo autor.
Nesse exemplo observamos que foram utilizadas as cores complementares amarela e azul escuro. Para harmonizar as palavras “Lorem” e “ipsum” foram utilizadas cores análogas com o objetivo de diferenciá-las, ao mesmo tempo de mostrar que compõem o mesmo nome e estão conectadas. Já o traço laranja faz parte da cor análoga do amarelo fazendo o mesmo papel secundário de fundo da imagem, evidenciando o texto.
Neste estudo de caso conseguimos entender sobre cores cromáticas e como aplicá-las de forma harmônica nas peças gráficas, o que tange o aspecto da linguagem, estética e alfabetismo visual. 
É muito importante o autoestudo com a leitura do material didático e outras pesquisas em artigos científicos e dissertações para o desenvolvimento de suas competências. Espero que você tenha gostado, bons estudos!
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Veja mais informações a respeito sobre cores cromáticas, acromáticas e suas aplicações na produção visual e gráfica em:
COLLARO, A. C. Produção gráfica: arte e técnicana direção de arte. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
Aula 4
PSICOLOGIA DAS CORES
O fenômeno das cores oriundas da luz intriga os acadêmicos de diversas áreas. Os psicólogos e outros estudiosos falam que as cores são sensações visuais que afetam o comportamento humano, tanto físico como psicológico.
31 minutos
INTRODUÇÃO
O fenômeno das cores oriundas da luz intriga os acadêmicos de diversas áreas. Os psicólogos e outros estudiosos falam que as cores são sensações visuais que afetam o comportamento humano, tanto físico como psicológico. As cores quentes como o vermelho, amarelo e laranja conseguem acelerar os batimentos cardíacos e gerar ansiedade, enquanto que as cores frias como os tons de azuis, verdes e roxos nos acalmam. As cores associadas a objetos possuem diversos significados culturais e são utilizadas pelos profissionais de marketing, designers e artistas para causar impactos desejados nas pessoas.
Aprofunde seu conhecimento por meio do material didático e de outras literaturas sobre a psicologia das cores e suas aplicações, bons estudos! 
PSICOLOGIA DAS CORES É UM ESTUDO QUE BUSCA COMPREENDER O COMPORTAMENTO HUMANO EM RELAÇÃO ÀS CORES
A psicologia das cores, como o próprio nome sugere, é o campo de estudo que busca compreender o impacto causado pelas cores e suas tonalidades no ser humano no que tange suas percepções, seus sentimentos e suas emoções. O ser humano em toda sua existência sempre foi rodeado pelas cores, como o azul do céu, o amarelo do sol e o verde da árvore. Podemos definir que as cores são sensações visuais e cada uma causa um estímulo diferente nas pessoas, fazendo com que tenham uma simpatia ou não por algo. Os indivíduos possuem preferências por certas cores, devido às suas experiências passadas, memória afetiva, sendo muito difícil mudar essa percepção (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
As cores também possuem significados simbólicos decorrentes da construção cultural ao longo do tempo. A cerca de 200 anos, o homem começou a usar as cores de forma mais intensa, pois antes dessa época o número de corantes e pigmentos existentes era muito menor e custava muito dinheiro, limitando os artistas e a sociedade da época (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). As cores são vistas ligadas a objetos, causando uma relação entre eles e em seu significado cultural (MAZZAROTTO, 2018).
Veja a seguir a relação dos significados culturais predominantes das cores:
Amarelo: luz, calor, prosperidade, riqueza, alegria, energia, doença, loucura, mentira, traição, declínio, melancolia e outono.
Vermelho: paixão, perigo, raiva, amor, sexo e poder.
Verde: natureza, sorte, renovação, dinheiro, cura, emprego, sucesso, saúde, harmonia e fortuna.
Azul: calma, frieza, serenidade, sabedoria, solidão, verdade, beleza, paz, sonho, fidelidade, amor, fé, frescura, água e realização.
Preto: morte, falta, pecado, tristeza, solidão, melancolia, renúncia, elegância, modernidade e autoridade.
Branco: pureza, virgindade, inocência, limpeza, frio, estéril, simplicidade, paz, sabedoria, velhice, simplicidade e divino.
Marrom: terra, madeira, solidez, calor e estabilidade.
Turquesa: exaltação, riqueza, expansividade e generosidade.
Violeta: enterro, alquimia, furto, violência, engano, dignidade, calma e autocontrole.
Roxo: fantasia, mistério, profundidade, espiritualidade, calma, justiça, noite e sonho.
Dourado: sol, dinheiro, ostentação, abundância, segurança e preciosidade.
Prateado: luar, alquimia, intelecto e harmonia.
(FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). 
As cores também possuem poder de atração e retenção da atenção das pessoas. O laranja é considerado a cor mais atraente, enquanto o cinza, a cor que retém menor atenção (COLLARO, 2012). Observe na Figura 1, a escala do poder de atratividade das cores:
Figura 1 | Escala do poder de atração das cores
Fonte: Collaro (2012, p. 42).
Outro fator interessante sobre as cores é que elas estimulam sensações relacionados ao nosso paladar, ou seja, a sensação de sabores. A cor vermelha e a cor laranja, por exemplo, remetem ao sabor doce, enquanto tons verdes estão ligados à acidez. O marrom e o azul-marinho relacionam-se ao amargo. Além disso, as cores transmitem sensações térmicas de calor e frio. Os tons amarelos, vermelhos e laranjas são considerados quentes, enquanto os tons azuis, verdes e roxos remetem ao frio (COLLARO, 2012).
VIDEOAULA: PSICOLOGIA DAS CORES É UM ESTUDO QUE BUSCA COMPREENDER O COMPORTAMENTO HUMANO EM RELAÇÃO ÀS CORES
As cores são estudadas para serem aplicadas nos materiais publicitários com o objetivo de atrair e reter a atenção das pessoas, porém as formas geométricas também influenciam nesse quesito. Formas circulares e elípticas, por exemplo, são consideradas as que mais chamam atenção, já a geométrica triangular é menos eficiente nesse sentido.
Videoaula: Psicologia das cores é um estudo que busca compreender o comportamento humano em relação às cores
 
ESTUDOS SOBRE A INFLUÊNCIA DA COR EM PRODUTOS E/OU MARCAS QUE USAM AS CORES PRIMÁRIAS
No final do século XX, a imagem passou a dominar a comunicação, dando assim mais relevância à cor. Para se elaborar uma mensagem gráfica são necessários elementos como: espaço, linha, forma, tipografia e tonalidade de cores, sendo esse último elemento, o código visual mais expressivo (COLLARO, 2012). 
No âmbito da comunicação, não podemos deixar o gosto pessoal interferir em nossas escolhas ao empregar a cor nos materiais publicitários. É preciso evitar aplicar cores nas comunicações para testar seus efeitos no comportamento do receptor (público-alvo), pois caso não tenha o impacto desejado será desperdício de tempo e dinheiro. É preciso otimizar os recursos no ambiente mercadológico e obter assertividade. Por essa razão, os criativos da área publicitária necessitam de conhecimento técnico e teórico a respeito da aplicação das cores, garantindo um nível de segurança e acerto. Veja na Figura 2 um exemplo de identidade visual aplicando técnica e teoria das cores (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
Figura 2 | Identidade visual: Cidade do Vinho – Vinopolis
Fonte: Farina; Perez e Bastos (2011, p. 128).
A identidade visual da marca, Cidade do Vinho – Vinopolis (Figura 2), se utilizou de elementos visuais que representam o negócio da empresa: venda de vinhos.
Repare que esse conjunto de signos rapidamente transmite essa mensagem desejada e as cores possuem um papel fundamental entre os elementos utilizados. A cor azul e vermelha pertencem às cores primárias do círculo cromático, as quais possuem grande poder de atração. Além de que o azul é uma tonalidade fria, enquanto o vermelho é uma tonalidade quente, causando um contraste entre elas. 
Outro exemplo a respeito do uso de cores primárias é a marca Coca-Cola. Observe na Figura 3 a utilização da cor vermelha na identidade visual da marca (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
Figura 3 | Identidade visual: Coca-Cola em diferentes países
Fonte: Farina; Perez e Bastos (2011, p. 129).
Mesmo que você não seja capaz de decodificar o idioma utilizado, muito provavelmente você reconheceu que a Figura 3 trata-se da marca Coca-Cola. Isso é devido ao padrão de identidade visual utilizado pela marca. O grafismo utilizado e a cor marcante vermelha são muito expressivos, sendo de fácil memorização. Essa mensagem visual poderosa, unida de anos de investimento em materiais gráficos, mídias e publicidade, faz com que as pessoas impactadas gravem em suas memórias esse conjunto de signos que representam a marca, sem que esteja escrita no idioma nativo do leitor a palavra “Coca-Cola” (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). 
Os profissionais da área (diretor de arte ou designers) utilizam da psicologia das cores em seus trabalhos criativos. Essa aplicação técnica é conhecida como Programação Visual. Muitas vezes um cliente irá solicitar alterações no uso das cores nas peças publicitárias, devido a seus gostos pessoais ou convicções próprias sem o estudo específico que possuem os profissionais da área de comunicação. Porém, nessas situações o profissional precisa defender a sua peça, argumentandoque a identidade visual sugerida possui a melhor forma de aplicação no mercado-alvo (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
VIDEOAULA: ESTUDOS SOBRE A INFLUÊNCIA DA COR EM PRODUTOS E/OU MARCAS QUE USAM AS CORES PRIMÁRIAS
Nossos olhos possuem um campo de visibilidade que deve ser considerado, para realizar a aplicação das cores de forma adequada. O contraste entre o fundo amarelo e o texto preto é o que possui a melhor visibilidade à distância. Ao contrário do vermelho com o verde que gera incômodo aos olhos.
Videoaula: Estudos sobre a influência da cor em produtos e/ou marcas que usam as cores primárias
 
ESTUDOS SOBRE A INFLUÊNCIA DA COR EM PRODUTOS E/OU MARCAS QUE USAM AS CORES SECUNDÁRIAS E/OU TERCIÁRIAS OU OUTRA COR
As cores na propaganda e no marketing precisam ser estudadas para inseri-las nas comunicações visuais das empresas, desde sua papelaria (cartões de visita, papel timbrado, envelope e demais materiais gráficos) até seus produtos (rótulos e embalagens) (COLLARO, 2012).
Por essa razão, designers e profissionais da área de criação buscam entender os impactos das cores e suas combinações. Esses impactos diferem de acordo com o perfil do público em questão, crianças, por exemplo, são mais influenciadas por embalagens que possuem cores vivas e alegres (como o vermelho e o laranja), enquanto para bebês é recomendado o uso de tons pastel (rosa, azul claro, amarelo claro, entre outros). A classe social é outro fator de influência: as classes sociais menos favorecidas preferem cores vibrantes como o vermelho, enquanto as classes sociais mais ricas são atraídas por tons suaves (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). 
Os produtos e suas embalagens podem atrair o consumidor, que, a princípio, não se interessaria pelo produto, apenas pelo seu aspecto visual (sua beleza) gerando uma compra por impulso. Os consumidores em um supermercado compram até duas vezes mais produtos do que o planejado, devido a compra por impulso. Sendo assim, as embalagens e sua composição visual (cores, imagens, textos, formas geométricas e demais elementos) precisam atrair a atenção do comprador e alcançar o lado emocional e inconsciente, para conseguir gerar uma reação e desejo de consumo do produto (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
A cor que possui a maior força de atração (de forma geral) em uma embalagem é o laranja. A cor verde também é muito utilizada para produtos como óleos, legumes e produtos orgânicos com a intenção de remeter à natureza. As cores básicas (primárias) são as que possuem maior força, porém podem causar um impacto visual muito brusco no consumidor. Por isso, é importante o equilíbrio se utilizando dessas cores em conjunto com cores mais suaves (cores secundárias e terciarias). Os profissionais da área sempre devem considerar esses efeitos visuais na aplicação das cores, por isso é importante deixar de lado os gostos e preferências pessoais e levar em consideração os estudos no que tange à influência cromática nos aspectos fisiológicos, psicológicos e culturais (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). 
Confira a seguir a relação das associações psicológicas e culturais das cores aplicadas nas embalagens de alguns tipos de produtos:
Café: marrom-escuro, vermelho, laranja e amarelo, tons em verde.
Chocolate: marrom-claro ou vermelho-alaranjado.
Leite em pó: azul e vermelho, branco, amarelo e verde com toque de vermelho.
Doces em geral: vermelho-alaranjado.
Cerveja: amarelo-ouro, vermelho e branco.
Desinfetantes: verde, azul e amarelo.
Cosméticos: branco, rosa, azul-pastel e amarelo-ouro.
Perfumes: prateado, lilás e amarelo-ouro.
Remédios em geral: azul-claro, marrom, branco e vermelho.
Produtos para bebês: azul e rosa em tons suaves.
Lâminas de barbear: azul-claro ou azul-forte e prata.
(FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011). 
Observe na Figura 4, um exemplo de produto utilizando-se do dourado com tons marrons escuros para transmitir a sensação de elegância e sofisticação:
Figura 4 | Embalagem produto café L’or
Fonte: Open Food Facts.
Com isso concluímos a importância do estudo da teoria das cores e suas aplicações na publicidade e nos materiais visuais.
VIDEOAULA: ESTUDOS SOBRE A INFLUÊNCIA DA COR EM PRODUTOS E/OU MARCAS QUE USAM AS CORES SECUNDÁRIAS E/OU TERCIÁRIAS OU OUTRA COR
As cores ao serem utilizadas em embalagens e rótulos de produtos também causam sensações relacionadas ao peso. As tonalidades amarelas e brancas sugerem mais leveza para as identidades visuais dos produtos. Já os tons verdes, vermelhos, pretos e azul-escuro causam um impacto mais robusto, causando uma sensação mais pesada.
Videoaula: Estudos sobre a influência da cor em produtos e/ou marcas que usam as cores secundárias e/ou terciárias ou outra cor
 
ESTUDO DE CASO
Imagine que você trabalha no departamento de marketing de uma empresa de produtos alimentícios. A empresa possui uma linha de chocolates chamada “Lorem Ipsum” e, infelizmente, este produto não está vendendo nas prateleiras dos supermercados como a empresa gostaria. O produto é produzido com ingredientes de alta qualidade, é considerado um produto refinado e direcionado para um público adulto, sofisticado e com grande poder aquisitivo. A empresa realizou uma pesquisa do tipo “teste cego” com seu público-alvo para identificar se havia algo de errado com o sabor do produto, porém o resultado demonstrou que, de forma geral, os participantes acham o chocolate saboroso, com preço justo e que atende suas expectativas. Após a pesquisa, a empresa reuniu alguns gerentes e colaboradores, incluindo você, para debater a respeito e identificar o que pode ser feito para melhorar as vendas. A embalagem do produto atual pode ser vista na Figura 5 a seguir:
Figura 5 | Embalagem produto “Lorem Ipsum”
Fonte: elaborada pelo autor.
A embalagem atual foi desenvolvida com as cores primárias do círculo cromático para chamar a atenção do consumidor na prateleira do supermercado. 
Considerando o contexto e as cores aplicadas na embalagem do produto, qual sua opinião técnica a respeito, utilizando seu conhecimento sobre a sicologia das cores? E o que você pode sugerir em relação às cores da embalagem para auxiliar nas vendas do produto “Lorem Ipsum”?
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Você trabalha no departamento de marketing de uma empresa de produtos alimentícios. A empresa está insatisfeita com as vendas de seu chocolate “Lorem Ipsum” e chamou alguns colaboradores da empresa, incluindo você, para chegar numa solução. Informações sobre o público-alvo e sobre a identidade visual atual do produto lhe foram apresentadas.
Considerando o contexto da situação e a psicologia das cores, podemos analisar que a embalagem atual possui cores com impacto visual muito forte, causando desconforto para quem olha, não retendo a atenção. As cores competem pela predominância entre elas, falta equilíbrio na utilização das cores neste caso. Além do mais, as cores vibrantes e chamativas como o amarelo, vermelho e azul são utilizadas para uma classe social mais simples e para crianças e não para um público adulto, sofisticado e elitizado. Como trata-se de um chocolate amargo, é recomendado utilizar as tonalidades de marrom e azul-marinho para remeter ao chocolate e ao amargor, além de serem cores mais sóbrias que trazem uma conotação de elegância. A cor dourada também pode ser empregada neste caso para remeter à preciosidade. Realizando essa alteração técnica da aplicação das cores, com certeza, o produto terá uma linguagem visual mais adequada e conseguirá atrair mais o público-alvo, melhorando as vendas, consequentemente. 
Dessa forma, vimos uma situação prática, a importância da linguagem visual adequada utilizando as cores de forma técnica para atender os objetivos de um produto, considerando os efeitos psicológicos das cores para um público que possui suas características específicas. É importante o autoestudo com a leitura do material didático e outras pesquisas em artigos científicos e dissertações para o desenvolvimento de suas competências. Espero que você tenha gostado, e bons estudos! 
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Veja mais informaçõesa respeito da influência das cores e suas aplicações em:
CREPALDI, L. A influência das cores na decisão de compras: um estudo do comportamento do consumidor no ABC paulista. 2006. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – UnB.
Conheça mais informações sobre influência das cores:
HELLER, E. A psicologia das cores. São Paulo: Olhares, 2021.
REFERÊNCIAS
7 minutos
Aula 1
COLLARO, A. C. Produção gráfica: arte e técnica na direção de arte. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
DARRIGOL, O. A history of optics from greek antiquity to the nineteenth century. Oxford: Oxford University Press, 2012.
FARINA, M.; PEREZ, C.; BASTOS, D. Psicodinâmica das cores em comunicação. 6. ed. São Paulo: Blucher, 2011.
Aula 2
FARINA, M.; PEREZ, C.; BASTOS, D. Psicodinâmica das cores em comunicação. 6. ed. São Paulo: Blucher, 2011.
MAZZAROTTO, M. Design gráfico aplicado à publicidade. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2018.
Aula 3
FARINA, M.; PEREZ, C.; BASTOS, D. Psicodinâmica das cores em comunicação. 6. ed. São Paulo: Blucher, 2011.
MAZZAROTTO, M. Design gráfico aplicado à publicidade. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2018.
Aula 4
COLLARO, A. C. Produção gráfica: arte e técnica na direção de arte. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
FARINA, M.; PEREZ, C.; BASTOS, D. Psicodinâmica das cores em comunicação. 6. ed. São Paulo: Blucher, 2011.
MAZZAROTTO, M. Design gráfico aplicado à publicidade. 1 ed. Curitiba: Intersaberes, 2018.
OPEN FOODS FACTS. Informações abertas de alimentos. L’Or classique - 140g. Disponível em: L’Or classique - 140g (openfoodfacts.org). Acesso em: 29 out. 2021.
Aula 1
ACABAMENTO FÍSICO E DIGITAL - O PAPEL
Nesta aula, você aprenderá mais sobre a importância do papel: sua evolução e a escolha para a impressão de livros e embalagens estão entre os pontos abordados.
33 minutos
INTRODUÇÃO
Nesta aula, você aprenderá mais sobre a importância do papel: sua evolução e a escolha para a impressão de livros e embalagens estão entre os pontos abordados. Para uma melhor eficácia do seu processo de aprendizagem, comece a observar as embalagens que manuseia, os livros que lê para identificar o tipo de papel. Após este estudo você saberá identificar os tipos de papéis e seus efeitos sobre a criação. É importante que revise sempre os conteúdos e busque em novas fontes para complementar seu aprendizado para que analise a melhor solução para a reprodução do projeto. Pronto para iniciar essa jornada?
PROCESSO EVOLUTIVO DO PAPEL
Os homens sempre buscaram um suporte para dar vida às ideias e expressar as palavras. Materiais como casca de árvores, pedras e pele de animais já foram utilizados para transmissão de mensagens impressas. Fritoli et al. (2016) contam que o invento criado na China mudou completamente a forma de comunicação e transmissão de mensagens. Ao cozinhar fibras vegetais não lenhosas, peneirá-las e colocá-las para secar, T’sai Lun deu origem ao papel.
A matéria-prima básica para a fabricação do papel é a celulose, e vários experimentos foram realizados. Para isso, utilizaram bambu, amoreira, trapo e linho, conforme explicam Fritoli et al. (2016). Em relação ao método de fabricação, os autores também citam que houve modificações e adaptações. Os chineses maceravam a matéria-prima e utilizavam um molde de bambu coberto com estopa para moldar a massa; enquanto os europeus empregavam trapos brancos de tecidos, principalmente os feitos de linho e cânhamo. Durante a produção, os trapos eram separados, rasgados e triturados por um pilão com martelos. Esse método era realizado com o auxílio de um moinho movido pela tração humana ou pela água.
 A pasta produzida era colocada em um vasilhame com água, enquanto uma tela escorria o líquido. Essa pasta podia ser retirada ainda úmida, deixando o molde livre para utilização.
O processo de secagem também apresentou avanços, favorecendo o aumento da produção de maior número de folhas. Inicialmente, era realizado de forma individual e, com a evolução, passou a ser em blocos de várias folhas separadas por feltros e prensadas juntas.
A invenção da prensa de Gutenberg e, consequentemente, a impressão em massa, fez com que houvesse uma demanda maior por papel, ocasionando a falta de matéria-prima.
Pesquisas foram sendo feitas e descobriram que a madeira era a solução para substituir os trapos. Assim, na segunda metade do século XIX, os europeus começaram a utilizar a madeira para a fabricação de papel. Material que tem sido utilizado ainda hoje.
Teixeira et al. (2017) relatam que outros dois fatores foram fundamentais para controlar a escassez de insumos para a produção de papel: a descoberta do cloro e a melhoria nos equipamentos.
O processo de fabricação
Teixeira et al. (2017) destacam que a fabricação do papel segue as seguintes etapas: preparação da madeira, extração da celulose ou polpação, branqueamento da celulose, refinação, secagem e papel acabado.
O processo de preparação da madeira consiste na lavagem das toras, remoção da casca e picagem. Na fase da extração da celulose ou polpação se obtém a fibra de celulose, responsável pela qualidade do papel. Pode ser realizada de modo mecânico (para madeiras moles) ou químico (indústria de celulose e papel). Já no branqueamento há a completa remoção da lignina iniciada na polpação. Na refinação, as fibras da polpa de celulose são rompidas em fibrilas. A secagem é a remoção total da água que foi utilizada em todo o processo para finalmente ser obtido o papel acabado.
Breve história do papel no Brasil 
Motta e Salgado (1971) relatam que a primeira fábrica de papel do Brasil foi construída em Andaraí Pequeno, no Rio de Janeiro, por volta de 1810, enquanto a segunda em 1841. Em 1852, Barão de Capanema inaugurou outra fábrica nas proximidades de Petrópolis. Desde então, o país tem tido várias empresas do ramo e se destacado na produção, segundo levantamento da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) (DARAYA, 2019).
VIDEOAULA: PROCESSO EVOLUTIVO DO PAPEL
Nesta aula, vamos conhecer sobre a criação do papel, o pergaminho e o papiro. Veremos como a técnica de produção foi guardada, devido ao processo de fabricação que foi ensinado para outros povos em troca da liberdade. Citaremos o primeiro material utilizado industrialmente como matéria-prima para a produção do papel.
Videoaula: Processo evolutivo do papel
 
IMPRESSÃO EM MASSA DE LIVROS
Para Guimarães (2012), o livro é um meio de armazenamento e divulgação de um conjunto específico de dados, informações e conhecimentos. Entreter, facilitar o processo de ensino-aprendizagem, preservar a memória e a cultura estão entre as suas funcionalidades. Mesmo com as novas tecnologias, ele continua sendo importante e utilizado por grande parte da população.  A história revela que ao longo dos anos, devido às evoluções tecnológicas, mudou-se o formato e o suporte, mas não a sua utilidade.
Paulino (2009) relata que tijolos de barro, tábuas de madeira e folhas de palmeiras já foram utilizados como suporte para a impressão de livros, antes da invenção da prensa de Gutenberg, no século XV. Essa invenção revolucionou a história do livro, pois permitiu o barateamento da produção e que o material chegasse a mais pessoas. Além disso, os livros deixaram de ser manuscritos, diminuindo o custo com pessoal empregado. Na atual situação, as inovações tecnológicas permitiram ainda mais o barateamento da produção e, consequentemente, a democratização do acesso.
O processo de fabricação e impressão
De acordo com Walker (2000), um livro esteticamente ótimo tem o tamanho do tipo adequado ao tamanho da página, disposição das páginas obedecendo a uma coerência relacionadas umas às outras e com a forma do livro, além de ilustrações. Os livros podem ter tamanhos variados, sendo os mais comuns: livro pocket, formato menor, que caiba no bolso, pode variar entre 17,8 cm x 12,4 cm; 14,8 cm x 10,5 cm; 18,0 cm x 11,0 cm e 18,0 cm x 12,5 cm. Os livros infantis, normalmente, possuem o formato quadrado, 20,0 cm x 20,0 cm, o quefacilita o manuseio, possuem uma maior área para ilustrações, essenciais para o público dessa faixa etária. Já os livros de tamanho A5 possuem a medida de 21,0 cm x 14,8 cm e outro formato apresentado, 23,0 cm x 16,0 cm, não possui um nome específico. Assim, a escolha de um formato ou outro depende da diagramação e do número de páginas da obra. Mas, para se produzir um livro, outros pontos precisam ser destacados: as etapas de produção e a impressão.
Carvalho, Ribeiro e Souza (2018) dividem a cadeia produtiva da produção de livros em dois segmentos: os editores (publishing industry) e os impressores (printing industry). A função dos editores é selecionar os títulos, comprar direitos autorais, fazer os relacionamentos com autores, a edição do conteúdo, entre outras atividades comerciais e estratégicas. Em relação ao processo de produção em massa, Carvalho, Ribeiro e Souza (2018) definem o processo de produção em massa como aquele que produz bens em alto volume e variedade relativamente estreita em termos dos aspectos fundamentais do projeto do produto. No entanto, a produção em massa de livros é cada vez mais rara, devido à grande variação nos volumes de produção e nos beneficiamentos do livro impresso. De tal modo, os editores estão optando pelo modelo de produção POD (print-on-demand) na sua estratégia de produção, uma vez que há a possibilidade de se produzir considerando as vantagens de se fazer cópias individuais de livros a partir de uma biblioteca.
VIDEOAULA: IMPRESSÃO EM MASSA DE LIVROS
Vamos conhecer sobre a escolha da gráfica para orientar qual o tipo de impressão é adequado e a quantidade de itens que serão impressos. A escolha do papel é outro aspecto fundamental para ter um livro bastante atrativo, tanto em relação à capa quanto ao miolo (offset, pólen e couchê).
Videoaula: Impressão em massa de livros
 
TIPOS DE PAPEL PARA EMBALAGENS E SUAS CARACTERÍSTICAS
A embalagem é utilizada para armazenar um produto assegurando que ocorra uma distribuição adequada. Ela é também um elemento importante para o processo de venda, pois transmite uma mensagem, provoca emoções e sentimentos, sendo, por isso, uma ferramenta de marketing.
Podem ser fabricadas em alumínio, vidro, plástico ou papel. As embalagens de papel são umas das mais utilizadas na produção de embalagens, devido à sua versatilidade, ampla aplicação, adaptação aos formatos, além da possibilidade de reciclagem. O papel pode ser utilizado em caixas, sacolas, envelopes, fardos. Para se obter sucesso ao elaborar uma embalagem, é necessário se atentar ao design, como combinação de cores, fontes e o papel no qual o material será impresso.
Identificar qual o tipo de papel e para qual material gráfico ele é usado é muito útil, pois o produto, além de ser acondicionado de forma correta, ainda fará com que o seu impresso se destaque.
De acordo com site da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) (2017), os papéis para embalagem têm como características principais a resistência mecânica e a impermeabilidade, pois são produzidos com fibra reciclada, sendo utilizados para proteger e acondicionar produtos. Apresentam grande diversidade de utilização, podendo acomodar materiais leves e pesados e versatilidade de formatos (caixas ou sacos). Entre os usos estão embalagens de remédios, gêneros alimentícios, inclusive bebidas e congelados, forração de paredes ou produção de envelopes.
O site da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) (2017) relaciona que os principais papéis de embalagens são: Papelão Ondulado, Papel Kraft, Estiva e Maculatura, Seda, Papel Glassine, Cristal ou Pergaminho e Papel Greaseproof. Já Sousa e Barata (2020) acrescentam o Manilhinha e o Fósforo. 
Papel Estiva e Maculatura - Fabricado essencialmente com aparas, apresenta cor natural acinzentada e gramatura de 70 a 120 g/m2. Utiliza-se para embrulhos que não requerem apresentação.
Papel Glassine, Cristal ou Pergaminho - Obtido pelo refino. Tem como característica marcante a transparência. Usado para embalar alimentos, principalmente frutas e papel autoadesivo.
Papel Cristal - Branco e fino, apresenta gramatura de 35 g/m2 e PH neutro. É conhecido também como Papel Manteiga, Granapel, Glasspel ou Papel Vegetal. Fabricado a partir da fibra de celulose é branco, fino, brilhante e de ótima qualidade. É utilizado para embrulhar alimentos e produtos finos e em lanchonetes.
Papel Greaseproof - Por possuir alta impermeabilidade, é largamente utilizado para embrulhar produtos gordurosos, é um papel translúcido e fino.
Papel Manilhinha - Utilizado bastante em padarias para embrulhar alimentos, esse papel é fabricado com aparas, pasta mecânica ou semi-química. Apresenta cor natural e em folhas dobradas, sendo a gramatura de 40 a 100 g/m2.
Papel Fósforo - Usado para caixa de fósforos, tem como característica a cor azulada e monolúcida. Fabricado com pasta química, apresenta gramatura de 40 g/m2. Como o nome indica, é utilizado para confecção de caixa de fósforo.
Agora que você conhece quais os papéis são utilizados para as embalagens, fica mais fácil elaborar os próximos projetos para que consiga não apenas impactar os clientes, mas também empregá-los de forma correta.
VIDEOAULA: TIPOS DE PAPEL PARA EMBALAGENS E SUAS CARACTERÍSTICAS
Vamos fazer a escolha correta do tipo de papel para embalagens. Vamos falar sobre embalagem, produto e atenção do consumidor, em especial o papelão ondulado. Além desse, o papel Kraft é um bom material para acondicionar produtos, versátil e resistente. Citaremos o papel Seda, utilizado para acondicionar perfumes, relógios, etc.
Videoaula: Tipos de papel para embalagens e suas características
 
ESTUDO DE CASO
Murilo é um jovem de 18 anos que mora em Espera Feliz, município situado na divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo. Ele começou a escrever aos 8 anos e após dez anos já escreveu cinco livros, sendo duas fábulas infantis, um romance infanto-juvenil, uma história de suspense e outra de ação. O sonho dele é que muitas pessoas leiam suas obras. Os pais de Murilo o aconselharam a publicar os livros para que ele possa realizar o sonho dele. Eles foram até a editora em que você trabalha para pedir informações sobre o processo de publicação e diagramação. Eles querem publicar dois, a fábula que tem vinte páginas e a história de suspense com cem. Você é o responsável por atender Murilo e os pais dele. Quais as orientações que você deve passar?
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
A primeira orientação a ser passada para eles é em relação ao processo de publicação dos livros. Poderão escolher uma editora ou autopublicação. Caso escolham editora, alguns processos burocráticos devem ser seguidos, principalmente relacionados à porcentagem, que será recebida pelo autor e ainda há um tempo de espera para aprovação da publicação.
Na publicação independente, o autor é responsável por todo o processo, desde a revisão até a publicação, o que pelo lado de responsabilidade e financeiramente torna-se talvez menos interessante.
Passando para o momento de explicar a parte gráfica. Primeiramente, você vai mostrar para eles sobre a importância de desenvolver uma capa atraente. A combinação correta entre fontes, cores, layout e papel fazem um bom arranjo. Para a confecção da capa de ambos os livros o aconselhável é utilizar o papel Couchê com alto brilho. Pelo fato de ser livro para crianças e adolescentes, esse papel permite a impressão de cores vivas, é mais resistente e tem maior durabilidade, mas ambos vão se diferenciar em relação ao miolo. O livro de fábulas pode ser impresso com papel Couchê, serão poucas páginas e, como já falamos, ele permite a impressão em cores vivas, as imagens mais nítidas. Esse livro terá bastante ilustrações.
O livro de suspense também terá a capa em papel Couchê e poucas ilustrações, tanto na capa quanto na parte interna. Já para o miolo, o papel Pólen é o mais indicado, porque ele não reflete tanto a luz, o que torna a leitura muito mais confortável e confere sofisticação.  
Após este estudo, você terá conhecimento sobre a história do papel, o processamento de livrose os tipos de papel para embalagem. É importante que revise sempre os conteúdos e busque em materiais complementares, tais como livros e monografias, meios para aprofundar seu aprendizado para que analise a melhor solução para a reprodução do projeto.
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
A partir deste estudo você pôde perceber que a fabricação de papel tem evoluído e como esta invenção foi importante em todas as esferas da sociedade. Para não ficar de fora do que acontece nesse cenário, há alguns sites interessantes. 
Os sites das empresas Chamex e Suzano mostram dicas de conservação do papel e qual utilizar:
CHAMEX. Disponível em: https://chamex.com.br/dicas-e-curiosidades-do-papel/. Acesso em: 2 nov. 2021.
SUZANO. Home Page. Disponível em: https://www.suzano.com.br/. Acesso em: 2 nov. 2021.
O site Apoema também traz bastante informação sobre o assunto.
APOEMA. Disponível em: http://www.apoema.com.br/pape1.htm. Acesso em: 2 nov. 2021.
Aula 2
ACABAMENTO FÍSICO E DIGITAL – CARACTERÍSTICAS DO PAPEL
Nesta aula, você aprenderá mais sobre as propriedades do papel, como o tipo de fibra, textura, goma, densidade e pH, e como esses fatores influenciam nos tipos de papéis e nas aplicabilidades.
34 minutos
INTRODUÇÃO
Nesta aula, você aprenderá mais sobre as propriedades do papel, como o tipo de fibra, textura, goma, densidade e pH, e como esses fatores influenciam nos tipos de papéis e nas aplicabilidades. Abordaremos quais os papéis utilizados para as atividades artísticas e quais são das áreas gráficas, apontando também suas características.
Seu processo de aprendizagem é mais eficaz quando se coloca em prática o que é aprendido na teoria, por isso observe os materiais impressos que você tem contato para identificar o tipo de papel que foi utilizado e se ele se enquadra na funcionalidade. Pronto para iniciar essa jornada?
TIPOS DE FIBRA - TEXTURA - GOMA OU COLAGEM - DENSIDADE DO PAPEL - PH
De acordo com Rossi ([s. d.]), para se ter printabilidade (qualidade) e desempenho (produtividade), o papel deve reunir uma série de propriedades. De tal modo, ele é o responsável pelo êxito ou fracasso final do material gráfico.
Villas-Boas (2008) enumera que a fibra, a textura, a goma, a densidade e o pH são algumas das características que vão influenciar diretamente na classificação do papel. Em relação às fibras, o autor chama a atenção para dois aspectos: o papel tem menor possibilidade de ser rasgado quando a fibra está na direção longitudinal e quanto maior a gramatura ou camada de revestimento do papel, mais se tem a necessidade de que as dobras coincidam com as fibras. É importante ressaltar que esse é o componente principal para a fabricação do papel.
Um papel com textura é identificado pelo toque. Existem diversos tipos de papéis com essa característica, como rugoso, semirrugosos, cartonado e texturizado. A textura é caracterizada por ondulações ou marcações no papel, diferentemente do papel comum, que é liso. Villas-Boas (2008) afirma que papéis com essa característica tendem a singularizar o produto final, mas não são indicados para policromias que exigem nitidez nos detalhes, também deve-se evitar empregar fonte com corpo abaixo de oito pontos para não prejudicar a legibilidade.
Com o objetivo de diminuir a absorção de umidade, aplica-se a colagem do papel, que pode ser na massa ou na superfície. Um papel sem colagem é um papel absorvente (papel toalha). A técnica consiste em adicionar ao papel algum tipo de resina ou cera repelente a líquidos, evitando assim que a tinta borre. Os papéis que recebem cola na superfície tendem a ser mais brilhantes, o que favorece a vivacidade das cores. No entanto, se o papel tem excessiva colagem superficial, o efeito é oposto: as dobras se tornam mais difíceis e a alvura diminui, além de comprometer também a opacidade.
O pH do papel é importante para determinar a vida útil, a acidez ou a alcalinidade. A escala de pH vai de zero (mais ácido) e, portanto, mais rápido é seu envelhecimento, a 14 (mais alcalino), sendo o nível sete, neutro. É recomendável que em papéis artísticos, o pH seja neutro para prolongar a durabilidade da obra de arte. De acordo com Rossi ([s. d.]), papéis com colagem alcalina podem durar até 300 anos,
Uma outra característica é a densidade, que recebe esse nome por incluir os espaços do papel preenchidos por ar. De acordo com Rossi ([s. d.]), a densidade é uma das propriedades mais importantes do papel por influenciar as propriedades mecânicas, físicas, ópticas e elétricas, com exceção da gramatura. Quanto maior o volume de vazios contido no interior do papel, menor a densidade aparente. Quanto maior o nível de calandragem do papel, maior a sua densidade.
VIDEOAULA: TIPOS DE FIBRA - TEXTURA - GOMA OU COLAGEM - DENSIDADE DO PAPEL - PH
Nesta aula vamos abordar as características do papal, como: fibra (podem ser longas/curtas), rigidez (tração/encurvamento), opacidade (luz que atravessa o papel), porosidade (absorção de tinta) e resistência química (produtos alcalinos). Elas são utilizadas para classificar o papel e definir em qual projeto é recomendado utilizá-lo, por isso é importante conhecê-las.
Videoaula: Tipos de fibra - Textura - Goma ou colagem - Densidade do papel - pH
 
TIPOS DE PAPÉIS PARA CADA APLICAÇÃO ARTÍSTICA
De acordo com Silva Júnior (2014), o papel é a base para as práticas artísticas. Nessa área ele é utilizado não apenas para impressão, mas também como matéria-prima. Cada papel destinado à produção do artesanato possui característica e funcionalidade própria.
Entre os papéis utilizados para atividades artísticas, está o papel jornal. Foekel (2013) explica que esse papel é utilizado em larga escala devido ao baixo custo e à facilidade de encontrá-lo. É bastante versátil, podendo ser utilizado para esculturas, origamis, atividades lúdicas e educativas. Além do uso para artesanato, ele é também empregado na publicação de jornais e periódicos. Ele é produzido com sobras de madeira usada na fabricação de móveis e fibras recicladas, esse papel apresenta baixa qualidade.
Villas-Boas (2008) cita o papel vergê como um outro exemplo utilizado para atividades artísticas. Segundo o autor, esse papel é considerado especial, pois tem como característica a alta qualidade.
O vergê tem como peculiaridade a textura rugosa, em relevo, com linhas paralelas. A gramatura varia entre 80 e 180 g/m2. Bastante usado para impressão de convites de casamento, artesanato, certificados, diplomas e convites. Sendo empregado também para desenhos feitos a lápis grafite ou colorido, devido à textura levemente rugosa.
Pode ser encontrado em cores pastel (bege, azul-claro, caramelo, entre outras) e branco. Outra opção para a área artística é o papel Color Plus. Com uma gama de cores variadas, estáveis e vivas, possui superfície uniforme, não reagente à luz. Apresenta diversas gramaturas, além de ser duro e resistente. É bastante empregado na confecção de caixas de joias ou similares.
Empregado na impressão de convites, realizar detalhes em capas de cadernos artesanais e até para elaborar elementos decorativos diversos, o papel metálico chama bastante a atenção por imitar o brilho dos metais, como prata, bronze, alumínio e ouro (SETE..., 2015). O brilho é devido aos pigmentos minerais que recebem no momento da fabricação.
Revestir capas de cadernos artesanais, para fazer capas flexíveis e caixas decorativas, o papel para scrapbook é uma ótima alternativa. Caracteriza-se por ser livre de acidez e de lignina e por apresentar os dois lados estampados. É um papel que não reage com a luz e nem com o calor, dessa forma, dificilmente amarela e muda de cor com o passar do tempo (SETE..., 2015).
Outro exemplo de papel utilizado para a área artística é o canson. Ele se caracteriza por ser de alta qualidade e resistente, além de absorver o óleo, assegurar resistência à camada de tinta na superfície, ser sem revestimento e com uma textura natural. É fabricado especialmente para pintura a óleo. Pode ser utilizado para objetos que serão expostos a ambientes externos. É classificadoem Canson Héritage C e Canson "C" à Grain - Desenho e rascunho.
Canson Héritage C - Aquarela, que é fabricado em 100% algodão, é resistente e absorvente com três texturas disponíveis: textura fina (prensado a frio), textura acetinada (prensada a quente) e textura rugosa. Canson "C" à Grain - Desenho e rascunho é ideal para desenho, permitindo a criação de efeitos de relevo com resultado delicadamente equilibrado (ALVES, [s. d.]).
VIDEOAULA: TIPOS DE PAPÉIS PARA CADA APLICAÇÃO ARTÍSTICA
Neste vídeo, veremos a utilização do papel para a área artística. Conheceremos mais sobre o Opaline, papel com textura, Machê e para Quilling. Opaline é utilizado em artesanato. Papel textura é ideal para materiais que liberam resíduos. Enquanto o Machê permite moldagem, o papel para Quilling é empregado para decorar. 
Videoaula: Tipos de papéis para cada aplicação artística
 
TIPOS DE PAPÉIS PARA A ÁREA GRÁFICA
De acordo com Villas-Boas (2008), além da pasta e do revestimento, o valor subjetivo, o custo, a disponibilidade no mercado e as restrições técnicas são outros quatro parâmetros que norteiam a escolha do papel, sendo que o valor subjetivo está relacionado à beleza, à sofisticação, à diferenciação e ao custo: quanto maior a tiragem, maior o custo relativo do papel. Já em relação à disponibilidade, é preciso estar atento, pois o mercado é instável, sobre as restrições técnicas cada impressão pede um papel específico.
É bom lembrar que além desses critérios citados pelo autor, ainda há as questões relacionadas ao processo gráfico, como público, tipos de fontes e cores e a mídia em que o material será publicado. Lembre-se, ainda, de levar em consideração outros aspectos, como o custo por unidade, a tiragem e o tipo de impressão para seu impresso. Desse modo, o tipo de papel influencia diretamente no resultado do material de seu cliente, por isso, é sempre vantajoso analisar com calma as opções e mostrar para ele as melhores opções.
E com base nesses critérios, o autor apresenta alguns papéis utilizados na área gráfica. Papéis classe UWC fosco (de pasta mecânica não revestido) são considerados mais rústicos e produzidos à base de pasta mecânica. O papel jornal é um exemplo de papel dessa classe. Ele apresenta gramaturas maiores em folhas (em vez de bobinas) e destina-se a impressoras offset planas. Tem baixo custo, mas como desvantagem não apresenta boa qualidade, principalmente, relacionado a policromias. Utilizado para imprimir folhetos, impressos padronizados (como recibos, promissórias, talonários).
Enquanto na classe dos UWC acetinados estão os de alta calandragem. Os mais importantes deles são os supercalandrados de tipo A e B, que se caracterizam pelos graus de alvura, lisura e pasta kraft branqueada. Revistas e livros normalmente são impressos nesse tipo de papel.
Já os papéis UWF são elaborados com pasta química não revestido, sendo divididos entre acetinados (com algum brilho, muito utilizado como opção mais nobre para impressos padronizados) e apergaminhados (foscos). 
Os acetinados se dividem em monolúcido, acetinado de primeira e ilustração, enquanto o apergaminhado bíblia, superbond e offset.
Outro exemplo de papel bastante utilizado para a área gráfica é o papel bíblia (VILLAS-BOAS, 2008). Esse papel apresenta como característica principal a combinação entre boa opacidade e baixa gramatura (40 g/m2, 45 g/m2 e 50 g/m2). Essas peculiaridades fazem com que seja escolhido para imprimir material que apresenta grande número de páginas, como dicionários, bíblias e manuais.
Empregado para a impressão de postais, calendários, marcadores de páginas, displays e móbiles, o papel supremo se caracteriza pela superfície muito lisa, uma face fosca e outra lisa, por isso é indicado para impressos de alta qualidade e durabilidade. Ele é mais resistente do que o papel couchê, mas tem menor brilho e apresenta gramaturas mais grossas (geralmente 300 g).
VIDEOAULA: TIPOS DE PAPÉIS PARA A ÁREA GRÁFICA
A escolha do tipo de papel para a área gráfica é o tema principal deste bloco. O offset é um tipo de papel utilizado para escrita. O couchê é utilizado para impressão de capas de livros, revistas e outros. O papel fotográfico e o reciclato também são apresentados no vídeo.
Videoaula: Tipos de papéis para a área gráfica
 
ESTUDO DE CASO
O senhor Adilson está realizando um sonho. Após se aposentar abriu uma pequena mercearia na cidade natal dele, Jaboticatubas, no interior de Minas Gerais. Adilson quer ter mais clientes e está disposto a pagar o que for preciso para investir na divulgação do estabelecimento. Para isso, foi até a agência, Em Foco, na qual você trabalha para buscar orientação.
Ao ser atendido pela atendente, ele disse que queria falar com o publicitário mais experiente e criativo, e você foi o escolhido. Ao iniciar a conversa, ele disse que deseja confeccionar alguns materiais impressos para divulgar a mercearia Para Todos. Ele não entende nada de papel, mas informou que quer um resistente e que tenha uma boa aparência, e isso em todos os materiais. Ele também informou que gostaria de saber para que serve os materiais que você indicou. Como você vai orientá-lo?
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Você pode orientá-lo a produzir três tipos de material: cartão de visita, folheto/panfleto e embalagem de papel para acondicionar as compras. Em relação ao papel, mostre também todas as possibilidades para as opções apresentadas.
Sobre o cartão de visita, informe-o que este tem o objetivo de chamar a atenção dos clientes, passar uma imagem positiva da empresa, além de gerar credibilidade e servir como um meio para que as pessoas possam entrar em contato com você.
Adilson quer um papel resistente e de qualidade. Normalmente, os cartões de visita são confeccionados com papel couché, offset ou reciclato. As opções que você pode apresentar para ele são Couché Fosco – Gramaturas 250 g e 300 g, Couché Brilho – Gramaturas 250 g e 300 g, Offset – Gramatura 240 g, Reciclato – Gramatura 240 g e para acabamento pode ser laminado brilhoso ou fosca. Lembre-se de dar a definição de gramatura, que nada mais é do que espessura da folha de papel.
Em relação à panfletagem, é uma excelente forma de publicidade e o preço é bem acessível. Para escolher o papel ideal, é preciso unir uma boa gramatura e tipo de papel. Para panfletos, a gramatura pode ser de 75 g a 90 g. Contudo, como o objetivo do senhor Adilson é um material de melhor qualidade, com cores e uma aparência mais rebuscada, o melhor é procurar por papel com gramatura de 115 até 300 g. O papel pode ser duplex, reciclado, offset, couché.
Já em relação às sacolas de papel para produtos leves, é uma inovação na área de supermercado, além de agregar valor por causa da sustentabilidade. Elas podem ser confeccionadas em papel kraft, offset, duplex, triplex ou reciclado.
Sacolas de papel kraft dão um visual rústico e natural, as gramaturas mais utilizadas são as de 100, 160, 300 e 420 g/m2. As de papel offset é uma das mais utilizadas, principalmente por conta do baixo custo, é utilizado nas gramaturas 120, 150, 180 e 240 g/m2.
Sacolas de papel duplex também possuem custos parecidos ao offset, é muito utilizado nas gramaturas 190 e 250 g/m2. Com papel triplex, as gramaturas são 250 e 300 g/m2. Já as de papel reciclado tem uma cor parda e bastante resistência. Por ser um material especial e seu processo de produção ser relativamente novo, tem um custo um pouco mais elevado que papéis como o offset. As gramaturas utilizadas são as de 120, 150 e 250 g/m².
Após este estudo você terá conhecimento sobre as características do papel e quais utilizar para a área artística e gráfica. É importante que revise sempre os conteúdos e busque em materiais complementares, tais como livros e monografias, meios para aprofundar seu aprendizado para que analise a melhor solução para a reprodução do projeto.
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
A partir deste estudo, você pôde perceber que há diversos tipos de papel, suas funcionalidades e características. Para não ficar de fora do que acontece nesse cenário,indicamos algumas bibliografias complementares.
CARRAMILLO NETO, M. Produção gráfica II: papel, tinta, impressão e acabamento. São Paulo: Global, 1997.
ROTH, O. Criando papéis: o processo artesanal como linguagem. São Paulo: MASP, 1982. 
ROTH, O. O que é papel. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1983.
Aula 3
ACABAMENTO FÍSICO E DIGITAL – TIPOS DE ACABAMENTOS
Ainda que tenhamos atualmente muitas novidades propiciadas pelo constante avanço da tecnologia, as imagens impressas continuam a encantar o ser humano.
31 minutos
INTRODUÇÃO
Olá, caro estudante!
Ainda que tenhamos atualmente muitas novidades propiciadas pelo constante avanço da tecnologia, as imagens impressas continuam a encantar o ser humano, através dos distintos modelos de papel, seja pela textura ou gramatura, os efeitos com as tintas e cores, dobras, cortes e colagens, conferindo aos materiais gráficos bonitos acabamentos, que seduzem o observador, seja pelo olhar, pelo toque e até pelo olfato.
Vamos abordar, especificamente, a etapa que consiste em dar os acabamentos aos projetos gráficos, seja na fase da pré-impressão ou no ato da impressão, mas sem destacar o acabamento final ou pós-impressão. Complementaremos com alguns exemplos de impressos e mídias alternativas.
Traremos, ainda, alguns dos acabamentos mais utilizados e complementaremos com algumas soluções criativas e inovadoras que podem incorporar ainda mais qualidade aos trabalhos gráficos. Lembre-se de que é importante o autoestudo para o desenvolvimento de suas competências profissionais.
Vamos iniciar!
MODALIDADE DE ACABAMENTO EM UM PROJETO GRÁFICO
Cotidianamente, o parque gráfico produz uma infinidade de impressos que passam a fazer parte da vida das pessoas, ainda que na maior parte das vezes não tenhamos noção exata de como eles foram fabricados. “Cada impresso começa com um projeto gráfico, que é desenvolvido no meio digital para posteriormente ser impresso e acabado” (CAPELASSO; MENEZES;
NICODEMO, 2020, [s. p.]).
Os acabamentos de qualquer material gráfico acontecem por razões óbvias, na sua fase final, ou também conhecida como pós-acabamento. “O interessante dessa etapa é que ela deve ser prevista na construção da arte-final, pois qualquer erro inviabilizará todo o material impresso. É no acabamento que o material recebe o enobrecimento, ficando mais atraente e sofisticado” (CAPELASSO; MENEZES; NICODEMO, 2020, [s. p.]).
É justamente na fase do acabamento que são realizados vários procedimentos específicos, sendo feitos dentro do parque gráfico da empresa ou, ainda, por parceiros que são contratados para esse trabalho específico. Além de fornecedores especializados de insumos necessários, várias empresas se dedicam exclusivamente em atividades relacionadas ao acabamento final de projetos gráficos. prémente de onde seja realizado o acabamento, é necessário buscar sempre o objetivo final, que é a qualidade.
Lembre-se sempre de que também faz parte do processo realizado na fase do acabamento de qualquer material gráfico, o estudo dos custos de operação e dos processos de acabamento que podem vir a ser combinados. Em suma, a verba disponível e um orçamento detalhado são fundamentais para atingir o sucesso do trabalho.
Na área de acabamento, encontramos divisões responsáveis pela execução de determinado processo, como refile, dobra, vinco, corte, encadernação, capa, impressões especiais, revestimento, empaste, acoplagem, efeitos gráficos e ainda outros efeitos obtidos com o uso de matrizes sem tinta sobre o papel.
Outro desmembramento que pode ser encontrado é a divisão em duas subáreas: acabamento e conversão. A primeira contempla os processos de corte, refile, gofragem, revestimento, estampagem e dobradura, enquanto a segunda abrange colagem, encadernação, laminação, corte e vinco, picotagem, puncionamento e perfuração. A escolha entre um e outro ou vários desses processos vai depender exclusivamente do conhecimento do produtor gráfico e da parceria com o fornecedor de soluções gráficas. Portanto, conhecer cada processo é de fundamental importância para decidir o que usar. 
(CAPELASSO; MENEZES; NICODEMO, 2020, [s. p.])
Vamos ver a seguir alguns dos principais acabamentos aplicados em impressos:
Corte
São planejados para atingir o melhor aproveitamento do papel. Para executá-los, é utilizado um equipamento industrial denominado guilhotina, dotada de ajuste para precisão em milímetros e mesa central de trabalho com colchão de ar.
Refile
É o nome dado aos cortes necessários para a finalização de um impresso. Esse processo pode ser realizado em várias fases da produção. “Em sistemas eletrográficos, muitas vezes não há refile, pois é comum que a impressão ocorra com o papel já cortado no formato final. Por ser uma etapa básica e sistematicamente necessária” (REIS, 2019, p. 177).
Dobradura
O número necessário de dobras deve considerar a gramatura do papel que foi empregado. “As dobras mais utilizadas são as paralelas (em que todas as abas estão viradas para um lado), as sanfonadas (em que as abas se viram alternadamente para lados diferentes) e as cruzadas (em que uma dobra se sobrepõe ortogonalmente à outra)” (REIS, 2019, p. 177).
Vincagem
Consiste em um sulco aplicado ao papel para facilitar seu manuseio ou também a realização de dobras.
VIDEOAULA: MODALIDADE DE ACABAMENTO EM UM PROJETO GRÁFICO
Nosso vídeo irá apontar inicialmente a conceituação de acabamento no projeto gráfico, explicando essa fase em que o produto toma forma, ou seja, é finalizado. Após, aprofundaremos sobre o processo de corte e quando a faca especial é requerida para outros tipos de corte. Também traremos a refilagem linear e trilinear.
Videoaula: Modalidade de acabamento em um projeto gráfico
 
OPÇÕES DE IMPRESSOS E MÍDIAS ALTERNATIVAS
Se você olhar à sua volta, sem muito esforço, conseguirá identificar algum tipo de peça gráfica: um folder, um jornal, uma revista, um pôster, um cartão de visitas, etc. Sem dúvida, estamos rodeados de estímulos visuais e as peças impressas fazem parte do nosso dia a dia. Todas essas peças passam por um processo de produção gráfica, com o objetivo de desenvolver algum tipo de projeto, sempre sintonizado com o conceito idealizado pela equipe de criação.
“No mercado gráfico, os profissionais estão diariamente em contato com livros, revistas, panfletos, cartões de visitas, apostilas, jornais etc. São variados formatos feitos por meio de diferentes técnicas de impressão, com diagramação específica” (REIS, 2019, p. 177).
Para cada produto existe um público-alvo específico, assim como diferentes acabamentos, tipos de papel, ilustrações, textos, etc., sempre pensados e planejados para atrair tal público, atendendo também a algumas especificidades e funções em nosso cotidiano.
Livros
“Em termos gráficos, o livro geralmente é um produto com acabamento mais bem elaborado. O livro pode usar diferentes tipos de papéis, desde reciclado até papel couché, podendo este ser usado na capa” (REIS, 2019, p. 177).
Um dos principais atrativos é a sua capa, que pode levar ilustrações, imagens mais chamativas, com uso de cores vibrantes ou fotos com ótima qualidade de resolução. Ela pode receber efeitos com aspecto brilhante, relevos, texturas diferentes, etc.
Jornais
Trata-se de um produto gráfico com acabamento menos elaborado, para consumo rápido e de públicos diversos. Geralmente, recorre ao papel jornal, um dos materiais mais simples para impressão usado para a indústria gráfica, no caso de jornais em altas tiragens. Porém, existem jornais com papéis mais resistentes e com melhor acabamento, especialmente os de menor tiragem. Geralmente, o modo de impressão para esse tipo de produto é a impressão offset.
Revistas
A revista é um produto gráfico com certa periodicidade, que geralmente traz reportagens mais elaboradas. O papel couché com brilho em capas de revistas é o mais comum. Pode recorrer a diferentes tipos de impressão, como offset e rotogravura.
Folder
Muito presente no dia a dia, podendo variar em tamanho, design e tipo de acabamento, indo dos mais simples até os mais elaborados. Geralmenteé para uma leitura rápida, voltado para anúncios gerais, de serviços ou produtos comerciais. Uma característica evidente desse tipo de impresso é que devem ser atrativos, pois precisam ganhar a atenção do público imediatamente, já que a tendência é serem descartados rapidamente.
Dica: diagramação com pouco texto, somente com as informações essenciais, e boa qualidade de imagem. Os tipos de papéis usados para compor o folder variam bastante, assim como os sistemas de impressão.
Mídia alternativa
Além dos materiais impressos, as mídias alternativas também fazem parte do mundo editorial e/ou publicitário. Quando falamos especificamente no âmbito publicitário, a busca é por espaços para veiculação de anúncios e propagandas e costumam aparecer em locais bastante peculiares. Seja qual for o método ou local, a regra básica é buscar a interação com o público. Exemplos: motomídia, busdoor, bikedoor, motodoor, mídia em metrô, etc.
Não podemos deixar de citar os veículos de comunicação tradicionais, tais como televisão e rádio, mas, sem dúvida, todo o universo digital acessado pela internet é hoje em dia uma importante mídia em questões de abrangência, seja na quantidade de pessoas impactadas ou na rapidez de disseminação da informação.
VIDEOAULA: OPÇÕES DE IMPRESSOS E MÍDIAS ALTERNATIVAS
O nosso audiovisual focará em alguns tipos de impressos, muito comuns em nosso cotidiano, e que será um complemento ao que já foi visto, como: papel timbrado, panfletos em geral, cartão de visita, tags, pastas, catálogos, etc., também traremos mais informações dos impressos tradicionais: jornal, revista e livro.
Videoaula: Opções de impressos e mídias alternativas
 
ACABAMENTOS DIFERENCIAIS
Qualquer projeto gráfico tem por objetivo uma entrega com uma certa qualidade ao final do processo. Não pense que isso significa que são necessários os sistemas mais caros de impressão ou então os processos com a maior resolução de imagem. Assimile desde já que tudo dependerá de qual é a mensagem que se deseja transmitir ao público-alvo, quando o material impresso chegar às suas mãos.
Portanto, não se deve confundir qualidade (que todo e qualquer material impresso precisa ter) com resolução de imagens. E aqui entram a experiência e os conhecimentos do produtor gráfico em entender quais são os objetivos do material a ser impresso e adequar a produção para que essas finalidades sejam atendidas. 
(CAPELASSO; MENEZES; NICODEMO, 2020, [s. p.])
Vários tipos de acabamentos podem ser dados nas superfícies dos impressos gráficos, cada qual com um efeito específico, para entregar um tipo de revestimento que atinja os objetivos lançados.
Vernizes
Trata-se de um tipo de acabamento que confere ao impresso um certo enobrecimento na superfície do papel entintado. “Ele pode conferir aspectos tácteis, visuais ou ainda olfativos diferenciados, provocando sensações e a interação com o público. Outras funções podem ser atribuídas aos vernizes gráficos, tais como proteção contra o atrito com outras superfícies e resistência à umidade” (CAPELASSO; MENEZES; NICODEMO, 2020, [s. p.]).
Existem dois tipos de aplicação de verniz: in-line e off-line. A categoria in-line ou verniz de máquina, é aplicada no último estágio do sistema de impressão, por meio do uso de um dos tinteiros.
Contudo, o tipo mais comum e bastante empregado na indústria gráfica é o off-line. Nesse processo, o material, após impresso, é direcionado para máquinas específicas que aplicam uma variedade de vernizes com o uso de tela serigráfica ou silkscreen. Essas telas são gravadas a partir de um fotolito fornecido no arquivo da pré-impressão. “A aplicação pode ser feita na área total do impresso, prática conhecida como verniz total, ou apenas em uma determinada área, prática conhecida como verniz reserva” (CAPELASSO; MENEZES; NICODEMO, 2020, [s. p.]).
Na Figura 1, vemos o exemplo de um calendário de mesa promocional que foi impresso em uma série de cartões coloridos, mas sua capa externa utiliza um verniz preto e um papel preto sem revestimento.
Figura 1 | Exemplo de aplicação envernizada
Fonte: Reis (2019, p. 180).
Laminação
Consiste em acrescentar um revestimento de filme plástico, previamente adesivado, utilizando pressão e calor. Máquinas termolaminadoras operando com cilindros aquecidos pressionam o filme plástico sobre o papel no qual ficará aderido.
A base da composição do filme plástico leva o BOPP (polipropileno biorientado), que é um elemento de alta resistência a rasgos e de baixo atrito, juntamente com uma camada termoadesiva.
“O principal benefício obtido com a laminação é a proteção contra desgaste e riscos, sem necessariamente ter o brilho de uma simples plastificação, além de proporcionar um toque suave proporcionado pela camada superficial do filme” (CAPELASSO; MENEZES; NICODEMO, 2020, [s. p.]).
Plastificação
Aplicação de um filme plástico, normalmente polipropileno ou polietileno, mas sem propriedade adesiva. Distintamente da laminação, a plastificação resulta da pressão e calor que age sobre o filme plástico na superfície do suporte. É um processo que confere ao material gráfico a proteção contra umidade, gordura e maior rigidez, por deixá-lo mais espesso. Entretanto, continua sensível a riscos e tem um considerável grau de atrito com outras superfícies. A plastificação é indicada para materiais gráficos que necessitem de maior resistência em relação à durabilidade do manuseio.
VIDEOAULA: ACABAMENTOS DIFERENCIAIS
Convidamos inicialmente que você dê uma atenção especial na especificação do trabalho que será executado, para um correto orçamento e execução dos acabamentos pertinentes. Após, lembraremos os efeitos conseguidos com o papel, no que diz respeito ao acabamento desejado. Finalizaremos com a explicação aprofundada da plastificação, laminação e aplicação de verniz em impressos. 
Videoaula: Acabamentos diferenciais
 
ESTUDO DE CASO
Caro estudante, imagine que você está auxiliando o seu supervisor, que é o produtor gráfico, em um trabalho encomendado por um cliente. A sua tarefa é acompanhar a produção de um impresso, mais precisamente um folder.
Para a produção desse folder publicitário, devem ser seguidas as especificações a seguir:
Formato aberto: 24 cm x 26 cm.
Formato fechado: 12 cm x 26 cm.
Dobras: uma.
Papel: couchê fosco 115 g/m².
Cores: 6 x 6.
Outros serviços: refile e impressão de dados variáveis.
Quantidade: 3 mil unidades.
As etapas de pré-impressão e impressão serão executadas pelo produtor gráfico e você vai auxiliar ele na etapa de acabamento ou pós-impressão.
São etapas dele, portanto:
Pré-impressão
Solicitar orçamento gráfico.
Conferir se o arquivo digital contém as marcas de corte, dobra e o local para a impressão de dados variáveis.
Enviar para a gráfica o arquivo digital de impressão e também a planilha contendo os dados variáveis a serem impressos.
Aprovar a prova de contrato.
Impressão
Pelo tipo de material a ser produzido e a quantidade solicitada, o produtor gráfico deverá utilizar uma gráfica que ofereça impressão offset e digital. Dessa forma, a impressão se dará em dois momentos: a impressão do folder em si no sistema offset e, por fim, a impressão dos dados variáveis no sistema digital.
Quais as observações, os cuidados e as decisões que deveriam ser tomadas na pós-impressão ou no acabamento, de uma forma geral, e no processo do exemplo citado pelo qual você é responsável?
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Levando em conta que seu supervisor estará envolvido na pré-impressão e impressão dos folders, a você cabe a supervisão do acabamento ou pós-impressão. Respondendo a indagação do estudo de caso, considere como passos necessários para uma pós-impressão em geral:
Acompanhar a aplicação de vernizes, laminações, hot stamping, relevo seco ou qualquer outro tipo de acabamento, quando necessário.
Dirimir qualquer dúvida sobre o dimensionamento do material, incluindo refiles, dobras, facas especiais, pontos de colagem, etc.
Acompanhar a encadernação de projetos editoriais, quando necessário.
Acompanhar a montagem de projetos especiais, principalmente osque envolvem mais de uma gráfica, tipos de impressão diferentes e suportes distintos, como displays de ponto de venda, caixas promocionais, embalagens de produtos, livros-brinquedos, etc.
Resolver qualquer pendência ou problema entre a gráfica e o cliente.
Agora, a pós-impressão do exemplo, ou seja, a encomenda da impressão dos folders:
O acabamento desse material é relativamente simples, pois é necessário apenas refilá-lo e dobrá-lo. Mesmo assim, o produtor gráfico pode acompanhar essa fase na gráfica.
Na produção de um material como esse, o maior ponto de atenção passa a ser a impressão dos dados variáveis, pois necessita de outro sistema de impressão. 
Lembre-se sempre do autoestudo para aprimorar os seus conhecimentos e práticas profissionais.
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Vamos deixar duas sugestões de leitura e estudo para que você possa aprimorar e aprofundar seus conhecimentos sobre a produção gráfica.
O primeiro livro traça um painel dos processos de impressão, dos cuidados necessários na artefinalização dos projetos para cada um deles e do desdobramento da produção desde a pré-impressão. Guia para a projetação e para o acompanhamento gráfico, a obra visa a uma projetação que concilie a excelência dos resultados técnicos com uma boa relação custo versus benefício. 
BOAS, A. V. Produção gráfica para designers. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora 2AB, 2010. 
A segunda obra é um pouco mais ampla e instigará a sua reflexão sobre novos processos.
RIBEIRO, A. Conceitos fundamentais de planejamento e produção gráfica. São Paulo: InterSaberes, 2020.
Aula 4
ACABAMENTO FÍSICO E DIGITAL – EXTENSÕES E SUAS CARACTERÍSTICAS
No início, vamos diferenciar as imagens digitais quanto à sua composição e criação: vetor e bitmap.
34 minutos
INTRODUÇÃO
Olá, caro estudante!
No início, vamos diferenciar as imagens digitais quanto à sua composição e criação: vetor e bitmap. As imagens podem ser formadas por um mapa de bits (bitmap), que é a resolução ou o número de unidades de algo em uma determinada área, ou por vetores, construções de imagens que são descrições matemáticas de objetos.
Na sequência, veremos como proceder com o fechamento do arquivo de trabalho, finalizando o processo digital do projeto e deixando-o preparado para a próxima etapa de pré-impressão junto ao parque gráfico. Daremos uma especial atenção aos principais formatos ou extensões, que são utilizados para distinguir os ficheiros e o tipo de conteúdo. Finalmente, uma abordagem específica sobre o formato PDF, largamente utilizado na indústria gráfica, devido à segurança e qualidade na transferência dos dados.
Lembre-se sempre do autoestudo para potencializar seus conhecimentos acadêmicos e aprimorar a sua futura jornada profissional.
Vamos iniciar!
BITMAP OU VETOR
Todo profissional que precisa criar apresentações ou criações gráficas, com imagens ou ilustrações, já se deparou com uma situação muito corriqueira e bastante amarga: aquela imagem que parecia ser perfeita, na verdade se revelou incoerente. É uma situação que acaba inviabilizando um trabalho, pois quando a imagem é manipulada como, por exemplo, quando você busca uma ampliação dela, o que antes parecia bom, passa a ser um borrão ou uma sucessão de pequenos quadrados sem definição. E isso tem um nome: imagem com baixa resolução.
É justamente aqui que entra uma importante distinção que deve ser feita e, acima de tudo, devidamente compreendida, que é a distinção entre vetor e bitmap. Entender isso, para aplicar nas peças gráficas, irá garantir um bom trabalho e uma impressão satisfatória.
A pergunta que talvez você esteja se fazendo agora é: Como saber se meu trabalho deve ser com vetores ou com bitmap?
Figura 1 | Vetor bitmap
Fonte: elaborada pelo autor.
A Figura 1 nos mostram uma distinção visual entre uma imagem e outra. Enquanto o vetor segue uma linha reta, o bitmap é uma sucessão de pequenos polígonos. Para que você saiba qual delas melhor se adequa às suas necessidades, é preciso entender e diferenciar esses dois tipos de construção e suas resoluções, bem como o aspecto visual que cada uma apresenta a partir de sua manipulação.
Bitmap
As imagens bitmap, o conhecido mapa de bits, são compostas pela combinação de pixels. Os pixels são pontos coloridos representados por pequenos quadrados, que justapostos um ao lado do outro, conformam a imagem. É justamente ao ampliar a imagem, ou seja, aplicar o zoom para aumentar o campo de visão que se consegue identificar os quadradinhos, que vão se afastando um do outro, como vemos no exemplo da Figura 2.
Figura 2 | Bitmap/Pixels
Fonte: elaborada pelo autor.
Um exemplo bem elucidativo é a foto digital, que é um grande conjunto desses pequenos quadrados. Podemos resumir dessa forma, que quanto mais pixels possuir uma fotografia, igualmente maior será a sua resolução, possibilitando que o projeto gráfico tenha uma melhor aparência, com um acabamento de qualidade enquanto ilustração gráfica.
Vetor
Além das imagens digitais bitmap, existem também as imagens vetoriais, formadas por vetores, ou seja, descrições matemáticas de objetos. “Os gráficos vetoriais utilizam combinações de comandos de computador e fórmulas matemáticas para descrever os objetos, possuindo assim uma grande capacidade de redimensionar o arquivo sem que perca sua qualidade visual” (CAPELASSO; MENEZES; NICODEMO, 2020, [s. p.]).
Com uma combinação de pontos e de segmentos de linha, são adicionadas linhas de direção, que possibilitam também uma espécie de rota durante o desenho de uma curva. Tais recursos dos softwares permitem a criação de formatos diversos, com variados tamanhos, sejam geométricos ou orgânicos, como vemos na Figura 3.
Figura 3 | Manipulação com vetores
Fonte: elaborada pelo autor.
Outro recurso útil são as formas geométricas prontas, que podem ser feitas a partir da adição de quantos lados forem necessários para a construção de polígonos. A grande vantagem do desenho por vetores é a possibilidade de aumentar e diminuir sem perder a resolução, além de favorecer o isolamento de partes do objeto para serem trabalhadas separadamente. 
Alguns softwares são aliados na criação e manipulação de imagens. Quando a opção é o trabalho com bitmap, uma ferramenta muito utilizada é o Photoshop, mas se a opção forem vetores, o Illustrator ou, até mesmo, o CorelDraw poderiam ser úteis. É possível também, com ambos os softwares, transformar imagens bitmap em vetores e vice-versa.
VIDEOAULA: BITMAP OU VETOR
Vamos abordar de uma forma prática as vantagens e desvantagens, acrescentando ainda exemplos de aplicação na prática, de vetores e de bitmaps na criação e edição de imagens. Traremos também características de dois softwares que despontam nas preferências dos profissionais que manipulam imagens: o Photoshop e o Adobe Illustrator.
Videoaula: Bitmap ou vetor
 
ESPECIFICIDADES DE CADA EXTENSÃO
O trabalho do designer e da equipe de criação inicia com uma projeção das peças gráficas, que engloba também o processo de impressão que será utilizado ao final do trabalho. “A partir do instante em que se determina o processo gráfico mais adequado ao projeto, ajusta-se então a resolução das imagens e ilustrações, e define-se como criar e desenvolver da melhor forma possível os arquivos digitais” (CAPELASSO; MENEZES; NICODEMO, 2020, [s. p.]).
As imagens digitais são formadas por um mapa de bits (bitmap), no qual aparecem os pixels. Em suma, a resolução de uma imagem seria o número de unidades de algo em uma determinada área, que no caso dos arquivos digitais são pixels por polegadas (ppi) ou pontos por polegadas (dpi), variando a quantidade conforme a finalidade. Os exemplos mais comuns de resolução são, para meios digitais, de 72 a 144 dpi, e para impressão, de 150 a 300 dpi.
A passagem de informações dos softwares de criação para as impressoras é entendida como o fechamento de arquivo ou formato de saída de impressão, que identificamos com as extensões dos arquivos. O conceito de extensão serve para distinguir os ficheiros e o tipo de conteúdo.
“Basicamente, são sufixos formadosde dois a quatro caracteres, que nomeiam o formato do arquivo e definem suas funções. Cada software possui um formato nativo ou original, uma extensão definida por default, que registra as particularidades dos arquivos” (REIS et al., 2019, p. 140). 
Formatos de arquivo
Os principais formatos de arquivos digitais, utilizados atualmente na área gráfica, são EPS, JPEG, TIFF, PSD e PDF. A seguir, você pode entender a definição de cada formato e suas principais utilizações.
EPS - O formato EPS é um subconjunto da linguagem de descrição de página PostScript, desenvolvida pela Adobe. Os arquivos EPS podem conter imagens complexas e detalhadas, tanto vetoriais quanto bitmaps. É recomendado para salvar logotipos e ilustrações desenvolvidos nos softwares Adobe Illustrator e CorelDraw porque mantém as informações de vetores e cores.
JPEG - O formato JPG é um método de compressão de imagens bitmap, que pode reduzir bastante o tamanho do arquivo e isso ocorre com uma perda controlada, que mantém a qualidade de máxima à baixa, do arquivo, ao salvá-lo. O ideal é também salvar em outro formato, que não tenha perda de informações e, assim, possa ser utilizado em futuros projetos gráficos, como TIFF e PSD.
TIFF - É um formato de bitmap que armazena uma grande quantidade de informações da imagem, sem perda de informação. “Ele é muito utilizado na área gráfica devido a sua fidelidade de informações relativas à cor e resolução. Também pode conter transparências, camadas e canais alfa” (CAPELASSO; MENEZES; NICODEMO, 2020, [s. p.]).
É aconselhável, ao salvar o arquivo nesse formato, não comprimi-lo, para não danificar o arquivo para impressão.
PSD - O PSD é o formato de bitmap nativo do Adobe Photoshop que mantém muitas informações sobre a construção da imagem, podendo ter altas resoluções. Trabalha com camadas, transparências, canais alfa e vetores.
PDF - O PDF é um formato de arquivo universal que preserva fontes, imagens e o layout de documentos criados a partir de vários softwares. O Adobe PDF é o padrão para a distribuição e o intercâmbio seguros e confiáveis de formulários e documentos eletrônicos em todo o mundo. Atualmente, o PDF é um padrão na indústria gráfica.
VIDEOAULA: ESPECIFICIDADES DE CADA EXTENSÃO
O audiovisual tratará sobre as retículas. Vamos trazer elucidações sobre como as informações são enviadas para impressão, pois ocorre uma mudança na leitura dos dados. O que era entendido como uma imagem formada por pixels será transferido para uma imagem impressa em uma quantidade de linhas de pontos, conhecidas como retículas. 
Videoaula: Especificidades de cada extensão
 
ARQUIVOS PDF
Uma das maiores presenças de arquivos no padrão PDF é na indústria gráfica, pois são utilizados em larga escala na pré-impressão. “O PDF é uma evolução do formato PS (PostScript), desenvolvido pela própria Adobe em meados dos anos 1980. Entre os principais softwares para a criação de arquivos PDF, encontrados no mercado, estão o Adobe Acrobat Profissional e o Acrobat Distiller” (CAPELASSO; MENEZES; NICODEMO, 2020, [s. p.]).
No arquivo PDF que é enviado para a gráfica, existem algumas marcações nas páginas que sempre são solicitadas, sendo as mais comuns: marcas de corte e de registro, informação das páginas e barra de cores.
“Esse é o resultado de um processo conhecido no mercado gráfico como ‘fechamento de arquivo’, por meio do qual o PDF é criado segundo o sistema de impressão escolhido para o projeto gráfico” (CAPELASSO; MENEZES; NICODEMO, 2020, [s. p.]).
Segundo Reis et al. (2019), existem três tipos principais de PDF, que se alinham para um projeto gráfico:
PDF/X: é um arquivo padrão, limitado às informações mínimas necessárias para a gravação de chapas e impressão, o que o torna mais confiável do que um PDF comum. Nessa tipologia, acontece uma junção de recomendações e restrições, que são rígidas e específicas para o processo de produção em gráficas. Suporta os seguintes espaços de cor: CMYK, grayscale e cores especiais. Corresponde às versões 1.3 e 1.4 e não permite o gerenciamento dos seus dados.
PDF/X-3: após aprimorar o PDF/X-1a, surge o PDF/X-3, que permite o uso de imagens em RGB, abrindo mão da restrição ao CMYK. É um arquivo mais seguro e aplicável em todo fluxo de produção gráfica. Suporta os seguintes espaços de cor: RGB, CMYK, grayscale e cores especiais. Corresponde às versões 1.3 e 1.4 e permite o gerenciamento dos seus dados.
PDF/X4: suporta os espaços de cor RGB, CMYK, grayscale e também as cores especiais. Corresponde às versões 1.6 e permite o gerenciamento dos seus dados. Essa versão requer que o espaço de cor esteja configurado de forma adequada no RIP, sendo frequentemente necessária a sua atualização.
Levando em consideração a segurança e adequação em relação à complexidade do projeto gráfico, os arquivos no formato PDF podem ser gerados, essencialmente, das seguintes maneiras:
Através do comando imprimir esse processo simula uma impressora virtual, ou seja, o arquivo não seria necessariamente enviado para uma impressora real. É um processo mais adequado para impressos monocromáticos a traço ou, então, livros com grandes áreas de texto. As páginas se valem de pouca memória e menos orientações para impressão, considerando que são impressos simples.
Usando o comando salvar e, assim, exportar os dados para um software gráfico. Os softwares como CorelDraw, Photoshop, Illustrator, etc., possibilitam que o arquivo seja salvo diretamente no formato PDF ou que seja possível exportá-lo. A Organização Internacional de Normalização (ISO) recomenda que arquivos PDF tenham origem de um arquivo
Por meio da conversão de arquivos PostScript pressupõe-se a conversão a partir da determinação de parâmetros que assegurem a integridade dos dados convertidos em PDF. Cada software tem um conjunto de orientações para geração de arquivos, sejam PDF, sejam PostScript.
Seja qual for a sua opção para gerar o arquivo em PDF, após o projeto estar diagramado, é importante comprovar se o arquivo não tem nenhum erro e está totalmente finalizado.
VIDEOAULA: ARQUIVOS PDF
Vamos trazer apontamentos sobre os procedimentos relevantes para o fechamento dos arquivos e envio para a impressão nas gráficas. Ressaltaremos detalhes que devem ser observados para que a impressão e o preparo do material não afete a arte, como sangria e área de corte. Falaremos também sobre a diferença entre arquivo aberto e fechado.
Videoaula: Arquivos PDF
 
ESTUDO DE CASO
Você é o produtor-chefe de um parque gráfico, responsável pela grande maioria dos trabalhos que são realizados na empesa. Sempre presente e atento a todas as demandas, você precisará treinar dois novos contratados, pois será necessário se ausentar por alguns dias e, dessa forma, esses colaboradores serão responsáveis pelo atendimento das encomendas dos clientes por um determinado tempo, pois o trabalho deve seguir.
Uma das primeiras dúvidas que deve ser dirimida é o recebimento dos arquivos de impressão dos clientes, pois alguns deles enviam o arquivo fechado, mas a grande maioria ainda prefere enviar o arquivo aberto.
Cabe a você, então, explicar aos seus colaboradores a diferença entre esses dois envios e quais os cuidados mais importantes ao manusear tais arquivos, para garantir a originalidade e qualidade dos impressos. Descreva de forma objetiva as diferenças e os cuidados no uso de arquivos fechados e abertos.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Lembre-se de que você deve instruir os seus colaboradores, portanto será preciso explicar os dois processos de trabalho, conceituando o arquivo aberto e depois o fechado, finalizando com uma breve comparação entre ambos.
Arquivo aberto
Segundo Reis et al. (2019), a principal característica dos arquivos denominados abertos é que possibilitam a sua completa visualização ao chegarem nas gráficas, além disso, eles também podem ser editados. Portanto, são arquivos que permitem uma etapa de conferência e, após essa etapa, eles são encaminhados para o fechamento.
Esses arquivos virão com um formato ou uma extensão conforme o programa de editoração que foram utilizadospara a construção do layout, tais como: CorelDraw, Illustrator, InDesign, Photoshop, entre outros. Esses formatos chamados de nativos, permitem que você identifique em qual software ele foi criado pelo designer antes de ser salvo e enviado para a gráfica. Obrigatoriamente, a gráfica deverá possuir o software para poder abri-lo, mas os arquivos também podem ser criados em um software específico e salvos com uma extensão para abrir em um software diferente.
Ao abrir o arquivo, o arte-finalista deve estar atento às mensagens que o software pode informar, para garantir que o arquivo esteja de acordo com o que foi produzido pelo designer. Por exemplo, um problema comum é a substituição de tipografias. Isso decorre pelo fato de o computador utilizado para o início do processo gráfico não contar com a tipografia utilizada no computador que deu origem ao layout. Deve-se dar atenção às mensagens do software, pois ele informa a tipografia que não foi encontrada e sugere uma substituição. Em situações assim, ainda é possível contatar quem forneceu o arquivo e solicitar a tipografia (caso não esteja disponível para download) ou informar a substituição — nesse caso, é preciso obter aprovação para tal substituição.
Em algumas situações, ajustes de tracking no texto, por exemplo, podem ser alterados, ou mesmo perdidos, de uma máquina para outra, devido às configurações de cada máquina, e isso pode implicar alterações das massas de texto que foram inicialmente estabelecidas.
Também é conveniente que os programas tenham a mesma versão, pois isso implica maior fidelidade ao projeto. Alguns operam com vínculos de imagens e isso pode acarretar problemas quando se abre o arquivo em outra máquina que não a de origem.
Reforce que nesse processo devem ser enviados para a gráfica, em uma única pasta, o arquivo original e todos os vínculos de imagens, inclusive a pasta com as tipografias utilizadas.
Faz parte das atribuições do arte-finalista conferir o arquivo, verificando tipografias e a existência de imagens desvinculadas.
Arquivo fechado
Segundo Reis et al. (2019), são os arquivos que não podem ser visualizados quando se inicia o processo de impressão. Havendo qualquer erro no layout, eles serão identificados à medida que são produzidos os fotolitos, na impressão das chapas ou na impressão propriamente dita.
Os arquivos que são exportados com essa linguagem, decodificam o layout em pontos de alta resolução. Ao fechar arquivos para impressão, reúne-se, em um único documento, todas as características do layout, o que evita troca de fontes, perda de imagens vinculadas, alteração na cor, entre outros problemas que podem surgir. No entanto, é preciso que o computador que fará o fechamento do arquivo possua um drive de impressão referente à impressora que vai imprimir o trabalho. Inclusive, o valor cobrado pelo trabalho é menor com esse formato, pois o arte-finalista não precisa conferir o arquivo, nem fazer ajustes, simplesmente conduz a impressão.
Um problema que pode ser identificado em arquivos fechados é o uso de sangrias, que nada mais é do que extravasar o background do layout, visando a evitar falhas no corte do projeto. Em casos de arquivos fechados, é impossível uma suposta correção da sangria.
Concluindo, o arquivo aberto permite que correções de última hora sejam feitas, no entanto, a produção demanda mais tempo em relação ao arquivo fechado, que não permite alteração, mas garante menor prazo na entrega.
Lembre-se sempre do autoestudo para aprimorar os seus conhecimentos e práticas profissionais.
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
A primeira indicação é de um vídeo bastante elucidativo sobre os softwares mais empregados na produção de projetos gráficos que são enviados para impressão. São tratados especificamente o Photoshop, InDesign, CorelDraw e Adobe Illustrator.
COREL ou Illustrator? Photoshop e InDesign são bons? Qual é o melhor software? 2018. [S. l.: s. n.]. Publicado pelo canal Daniel Sobreira. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MGn1j0Emlfk. Acesso em: 31 out. 2021.
Nossa segunda indicação aborda o fechamento de arquivos para envio às gráficas. De uma forma prática, em um legítimo passo a passo, você poderá entender como realizar esse processo em alguns softwares.
APRENDA a enviar arquivo para gráfica (Tutorial de fechamento para impressão). 2020. [S. l.: s. n.]. Publicado pelo canal Marcos de Castro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ACazrBKQCtc. Acesso em: 31 out. 2021.
REFERÊNCIAS
7 minutos
Aula 1
CARVALHO, G.; RIBEIRO, P. C.; SOUZA, P. Tecnologias de impressão no processo de uma empresa gráfica brasileira. 2018. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/327962845_Tecnologias_de_impressao_no_processo_de_uma_empresa_grafica_brasileira. Acesso em: 3 nov. 2021.
DARAYA, V. Qual o futuro do mercado de papel e celulose no Brasil? Abril Branded Content. 2019. Disponível em: https://veja.abril.com.br/economia/qual-o-futuro-do-mercado-de-papel-e-celulose-no-brasil/. Acesso em: 18 nov. 2021.
FRITOLI, C. L. et al. História do papel: panorama evolutivo das técnicas de produção e implicações para sua preservação. Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação. Brasília, v. 9, n. 2, p. 475-502, jul./dez. 2016.
GUIMARÃES, R. P. C. A imunidade tributária dos leitores de livros eletrônicos. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 17, n. 3334, 17 ago. 2012. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/22017/a-imunidade-tributaria-dos-leitores-de-livros-eletronicos. Acesso em: 2 nov. 2021.
INDÚSTRIA BRASILEIRA DE ÁRVORES (IBÁ). Papéis para embalagens. [2017]. Disponível em: https://iba.org/papeis-para-embalagens. Acesso em: 2 nov. 2021.
MOTTA, E.; SALGADO, M. L. O papel: problemas de conservação e restauração. Petrópolis: Museu de Armas Ferreira Cunha, 1971.
PAULINO, S. F. Livro tradicional X livro eletrônico: a revolução do livro ou uma ruptura definitiva?. Hipertextus, n. 3, Jun. Universidade Federal de Pernambuco, 2009. Disponível em: http://arquivohipertextus.epizy.com/volume3/Suzana-Ferreira-PAULINO.pdf?i=1. Acesso em: 3 nov. 2021.
SOUSA, C. M. de; BARATA, T. Q. F. Materiais e processos de produção 1. In: SOUSA, C. M. de; BARATA, T. Q. F. O papel características, principais tipos, especificações comerciais, processos de transformação, aplicações. Curso de Design. FAUUSP, 2020. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5315415/mod_resource/content/1/FAUUSP%202020-1%20AUT%202518%20aula%2007%20papeis.pdf. Acesso em: 2 nov. 2021. 
TEIXEIRA, M. B. D. et al. O papel: uma breve revisão histórica, descrição da tecnologia industrial de produção e experimentos para obtenção de folhas artesanais. Rev. Virtual Quim Brasília, 2017.
WALKER, E. Imprimindo belos livros: alguns princípios. [s. d.]. Disponível em: http://www.escritoriodolivro.com.br/arte/walker.php. Acesso em: 18 nov. 2021.
Aula 2
ALVES, R. Papel canson o que é, para que serve e características. Fonte de arte. [s. d.]. Disponível em: https://fontedearte.com/papel-canson-para-que-serve-e-caracteristicas/. Acesso em: 7 nov. 2021.
FOEKEL, C. Artesanato com papel jornal reciclado. Pinus Letter, nº 40. 2013. Disponível em: http://www.celso-foelkel.com.br/pinus/PinusLetter40_ArtesanatoPapelJornal.pdf. Acesso em: 7 nov. 2021.
ROSSI, S. Propriedades do papel de impressão. [s. d.]. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/269417922/Propriedades-Do-Papel-de-Impressao. Acesso em: 7 nov. 2021.
SETE papéis para artesanato que você deve conhecer. Arte com papel. 2015. Disponível em: https://www.artecompapel.com/wp/7-papeis-que-voce-deveria-usar/. Acesso em: 7 nov. 2021.
SILVA JÚNIOR, E. E. A. Desenho técnico. Brasília: NT, 2014.
VILLAS-BOAS, A. Produção gráfica para designers. São Paulo: 2AB, 2008.
Aula 3
CAPELASSO, E. L.; MENEZES, V. D. R.; NICODEMO, S. Produção gráfica: do projeto ao produto. São Paulo: Editora Senac, 2020. E-book. Disponível em: https://www.bibliotecadigitalsenac.com.br/?from=busca%3FcontentInfo%3D2610%26term%3Dprodu%2525C3%2525A7%2525C3%2525A3o%252520grafica#/legacy/epub/2610. Acessoem 24 out. 2021.
REIS, L. B. et al. Produção gráfica. Porto Alegre: Sagah, 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788533500525/.  Acesso em: 24 out. 2021.
Aula 4
CAPELASSO, E. L.; MENEZES, V. D. R.; NICODEMO, S. Produção gráfica: do projeto ao produto. São Paulo: Editora Senac, 2020.
REIS, L. B. et al. Produção gráfica. Porto Alegre: Sagah, 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788533500525/.  Acesso em: 29 out. 2021.
Aula 1
IMPRESSÃO OFFSET
No passado, para se reproduzir um texto ou uma imagem, era necessário redesenhá-los manualmente, o que dava muito trabalho e era pouco eficiente.
31 minutos
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
No passado, para se reproduzir um texto ou uma imagem, era necessário redesenhá-los manualmente, o que dava muito trabalho e era pouco eficiente. Novas maneiras de reproduzir foram surgindo com o tempo e o avanço da tecnologia para tornar o processo de impressão mais rápido. Diversos sistemas de impressão foram criados ao longo da história, e com a chegada do processo de impressão offset, no século XX, foi possível iniciar a industrialização do processo gráfico.
Nesta aula, abordaremos os processos de impressão offset e como eles funcionam. Você conseguirá compreender melhor os materiais gráficos e como eles são produzidos; além disso, é de suma importância, para profissionais da área, compreender o processo de impressão offset, visto ser o mais utilizado entre os processos de impressão industrial. Dessa forma, utilize nossos materiais e aprofunde seu conhecimento sobre a temática.
Bons estudos! 
IMPRESSÃO INDIRETA
Vamos compreender o que é a impressão offset e como funciona o processo de impressão indireta. Para isso, precisamos, primeiro, entender que existem dois grandes grupos de processos de impressão que podem ser divididos em impressão digital e impressão industrial. No Quadro 1 podemos observar as diferenças entre esses dois grandes processos.
Quadro 1 | Diferença entre processo de impressão digital e industrial
	
	Digital
	Column 3
	Matriz
	Virtual – existe apenas na memória da máquina
	Física – precisa ser gravada
	Tiragens indicadas
	Baixas – normalmente 1 a 100
	Altas – normalmente, acima de 1.000
	Custos por unidade
	Mudam pouco conforme aumenta a quantidade
	Diminuem conforme aumenta a quantidade
	Dados variáveis
	Sim
	Não
	Cores especiais
	Não, apenas CMYK
	Sim, CMYK e cores especiais
	Principais processos
	Laser e jato de tinta
	Offset, flexografia, rotogravura, serigrafia e tampografia
Fonte: Mazzaroto (2018. p. 308).
Conforme a Figura 1, o processo de impressão industrial utiliza uma matriz, e ela é um componente essencial na maioria dos processos de impressão, pois é ela que recebe o desenho (ou grafismo) que deverá ser reproduzido. A matriz é conhecida também como “cliché”, e existem diversos tipos.
Nos processos industriais, a matriz é física, ou seja, ela precisa ser gravada e ajustada na máquina antes de iniciar a impressão.
Já nos processos digitais, a matriz é virtual e existe apenas na memória do computador e da impressora apenas durante o processo de impressão.
No processo industrial, temos como principais processos de impressão: offset, flexografia, rotogravura, serigrafia e tampografia (MAZZAROTTO, 2018).
O processo de impressão offset utiliza o sistema planográfico, devido ao fato de sua matriz ser plana (COLLARO, 2012), e os sistemas de impressão planográficos utilizam matrizes que não possuem relevo perceptível; além disso, sua matriz passa por um processo de gravação que define as áreas de grafismo e contragrafismo. Esse sistema utiliza como base a repulsão entre água e óleo (ou substâncias gordurosas), de modo que as áreas impressas sobre a forma atraem a tinta gordurosa e, ao mesmo tempo, repelem a água (solução de molha), enquanto as áreas não impressas fazem o contrário (REIS, 2019). A matriz desse processo de impressão, geralmente, é feita com chapas metálicas maleáveis. Observe, na Figura 1, uma chapa metálica maleável (matriz) após o processo de gravação:
Figura 1 | Matriz fixada na impressora offset
Fonte: Flickr.
O processo offset faz uma impressão indireta, ou seja, há um elemento intermediário entre a matriz e o papel que é chamado de “blanqueta”. A imagem que está na matriz, conforme visto na Figura 1, é transferida para um cilindro coberto com borracha (a blanqueta), então é feita a transferência para o papel, ou seja, podemos dizer que a matriz imprime na blanqueta e esta imprime no papel ou suporte (REIS, 2019). Observe, na Figura 2, como funciona o processo de impressão offset:
Figura 2 | Componentes do processo de impressão offset
Fonte: Wikimedia.
A máquina utiliza, basicamente, três cilindros. O primeiro recebe a tinta e a transfere para o segundo cilindro, em que consta a chapa de impressão (matriz) gravada. Esse segundo cilindro transfere a tinta já no formato da imagem para o terceiro cilindro, que é a blanqueta, e sua função é evitar transferir borrões e água ao papel (ou suporte). Por fim, a blanqueta transfere a tinta recebida ao papel por meio de pressão, e o papel é colocado no alimentador da máquina e puxado por uma espécie de esteira que passará o papel com pressão pela blanqueta. Após receber a transferência de tinta, o papel sai na bandeja do outro lado da máquina (REIS, 2019). Esse processo é monocromático, ou seja, apenas uma cor é transferida ao papel (suporte), por isso, algumas máquinas offset possuem 4 torres de impressão, e cada torre faz o processo de impressão de uma cor, fazendo com que apenas uma única passada do papel na impressora receba as 4 cores CMYK (REIS, 2019).
O termo offset significa “fora do lugar”, e apresenta esse nome justamente por fazer menção à impressão indireta (REIS, 2019). A impressão offset é a mais convencional entre os processos industriais.
VIDEOAULA: IMPRESSÃO INDIRETA
Podemos entender melhor os principais tipos de impressão industrial e seus sistemas de impressão, como: flexográfico (utilizado para impressão em embalagens); encavográfico (matriz em baixo relevo utilizada na rotogravura); permeográfico (matriz permeável utilizada na serigrafia); e planográfico (repulsão entre água e óleo utilizada no processo offset).
Videoaula: Impressão indireta
 
PADRÃO MAIS UTILIZADO NA INDÚSTRIA GRÁFICA
A impressão offset é a mais tradicional e comum nos dias de hoje; surgiu no século XX, sendo mais popularizada a partir de 1951, após o surgimento de máquinas planas quatro cores, aumentando a capacidade de produção offset.
Com o surgimento da impressão offset, iniciou-se a industrialização do mercado gráfico, sendo o método tradicional que conhecemos hoje. Assim como na litografia, o princípio dessa impressão acontece por meio da repulsão entre água e óleo, sendo o método mais utilizado desde a segunda metade do século XX, após o surgimento de máquinas planas quatro cores, o que aumentou a capacidade de produção do sistema offset na época.
Trata-se do processo mais indicado para impressões de grandes tiragens, permitindo materiais diferentes, acabamentos especiais com qualidade e rapidez (COLLARO, 2012).
O processo offset utiliza o sistema de cores CMYK (REIS, 2019), em que as cores são impressas separadamente. A primeira máquina offset que surgiu foi a máquina Roland, em 1911, que é uma máquina monocolor, ou seja, imprime uma cor de cada vez, fazendo com que o papel impresso tenha de passar quatro vezes pela máquina, caso a impressão seja colorida; dessa forma, quanto mais cores na impressão, mais caro e demorado é o processo. Em 1951, surgiu o modelo “Ultra”, da Roland, que já fazia impressão 4 cores de uma única vez. Na Figura 3, vemos um exemplo de máquina 4 cores, e cada “torre” (ou castelo) da máquina é uma etapa de transferência de cor da chapa metálica para o papel.
Figura 3 | Máquina offset 4 cores
Fonte: Wikimedia.
A maior parte dos materiais gráficos que vemos, como folhetos, folders, livretos e cartões de visita, é produzida em impressoras planas offset, conforme Figura 3 (MAZZAROTTO, 2018). Essas máquinassão mais comuns em gráficas de médio e pequeno porte, devido ao menor custo do equipamento e de instalação, bem como ao fato de serem mais compactas (mesmo assim, ainda robustas) se comparadas com impressoras conhecidas como rotativas; além disso, as máquinas planas são conhecidas, também, como “máquinas de folha”.
Apesar de as impressoras de última geração possuírem mais tecnologia e eficiência, realizar a troca de um parque gráfico gera um custo elevado para a empresa, por isso é comum encontrarmos diversas gráficas operando com equipamentos antigos funcionando em bom estado. O preço de uma máquina offset varia muito; a depender de seus recursos e da tecnologia, podem variar de 10 mil reais a 2 milhões de reais.
As máquinas planas podem ser divididas por tamanho do alimentador, conforme a seguir:
•  Tamanho alimentador máquina plana:
  Folha inteira (66 × 96 cm).
  Meia folha (66×48 cm).
  Quarto de folha (33 × 48 cm).
  Oitavo de folha (33 × 24 cm).
As máquinas também podem ser divididas por cores, conforme a seguir:
•  Máquina plana - quantidade de cor:
  Monocolor.
  Bicolor.
  4 cores.
  Acima de 4 cores. 
As máquinas de 4 cores servem para fazer impressão frente e verso ou utilizar tintas especiais, como o padrão de cor da marca Pantone (REIS, 2019). As máquinas planas, geralmente, são formadas por três grandes componentes: a unidade de entrada, as unidades de impressão (conhecidas também como castelos) e a unidade de saída. Os castelos correspondem ao número de tintas (ou cores).
Uma gráfica precisa entender sua demanda de trabalho para escolher o equipamento mais adequado aos serviços. Faz-se importante ressaltar que as máquinas dependem de um operador qualificado e treinado para utilizar os seus recursos.
VIDEOAULA: PADRÃO MAIS UTILIZADO NA INDÚSTRIA GRÁFICA
Com o surgimento do offset, o mercado gráfico se industrializou, e, devido a sua relação custo-benefício, esse é o processo mais utilizado no mercado gráfico industrial. As máquinas são robustas e apresentam diferenças, como o tamanho do alimentador de papel e a quantidade de cores que ela imprime na folha em uma única vez.
Videoaula: Padrão mais utilizado na indústria gráfica
 
PERMITE MELHOR CUSTO UNITÁRIO PARA MÉDIAS E GRANDES TIRAGENS
Segundo Reis (2019), o processo de impressão offset é considerado um dos mais eficientes em razão:
Da produtividade e da velocidade para imprimir médias e grandes tiragens.
De aceitar diversos tipos e gramaturas de papel.
De possuir uma boa qualidade de impressão.
De gerar a ergonomia de escala, ou seja, tiragem e valor unitário são inversamente proporcionais, resultando em um melhor custo-benefício quando pensamos em tiragens maiores.
O processo offset não é viável para pequenas tiragens, pois as máquinas são robustas e necessitam de diversos ajustes e calibração para iniciar o processo de impressão, por exemplo:
Gravação da matriz: a chapa metálica, após receber a gravação, não pode ser regravada com outra imagem, e isso gera um custo de chapa metálica e gravação.
Calibração do registro da máquina: antes de iniciar o processo de impressão, o operador da máquina precisa fazer várias impressões para acertar o registro de impressão (fazer todas as cores ficarem perfeitamente sobrepostas).
Além disso existem outros custos e processos após impressão, como:
Etapa de corte: as impressões são feitas em folhas grandes, e como várias unidades do material são impressas na mesma folha, é necessário que passem em uma guilhotina eletrônica para serem separadas. Imagine uma folha com vários cartões de visita no formato 9 cm x 5 cm impressos nela; se você deseja apenas um cartão, não é viável todo esse processo. Na verdade, mesmo que deseje cem unidades de cartão de visita, ainda assim não é viável esse processo.
Acabamentos: a depender do material gráfico, é necessário intercalar folhas na ordem correta (como livros), grampear o material, encadernar etc.
Sendo assim, o tempo e o custo despendidos para configurar todo o equipamento e finalizar o trabalho não compensam para fazer poucas impressões. Por essa razão, quanto maior for o volume, menor será o custo unitário, pois os custos fixos envolvendo todo o processo necessário serão diluídos na quantidade de produção.
Antes de produzir seu material gráfico por meio do processo de impressão offset, considere fatores como tiragem, tamanho, tipo de papel e cores para poder solicitar um orçamento adequado.
Nesse processo, o tamanho de papel mais utilizado é o 96 cm x 66 cm. Esse formato é o mais usado devido às principais máquinas offset possuírem um bocal nesse tamanho. Ou seja, o alimentador de folhas da máquina aceita apenas esse tamanho de papel, assim como a impressora convencional de escritório só aceita papel tamanho A4, não sendo possível colocar papel maior ou menor (salvo algumas exceções de tamanhos similares). O tamanho 96 cm x 66 cm é o padrão dessas máquinas, a fim de se ter um melhor aproveitamento da folha quando tiver de passar na etapa de acabamento de corte, conforme mencionado anteriormente (MAZZAROTTO, 2018).
É importante entender os formatos dos papéis e as dimensões das impressoras offset, pois isso refletirá na relação custo-benefício do produto final. A quantidade de cor e os acabamentos também influenciarão essa relação (MAZZAROTTO, 2018).
VIDEOAULA: PERMITE MELHOR CUSTO UNITÁRIO PARA MÉDIAS E GRANDES TIRAGENS
Para compreendermos o melhor custo unitário no processo offset e outros processos de impressão industrial, devemos entender como fazer o aproveitamento de papel considerando o formato mais utilizado, que é o formato BB cuja folha apresenta 66 cm x 96 cm.
É muito comum as gráficas offset utilizarem uma tabela de aproveitamento de papel para esse formato. 
Videoaula: Permite melhor custo unitário para médias e grandes tiragens
 
ESTUDO DE CASO
Estudante, para contextualizar a aprendizagem, analise a situação a seguir e proponha uma solução.
Imagine que você trabalha com produção gráfica em uma gráfica offset e sua função é atender os clientes para compreender suas necessidades e buscar a melhor solução. Sendo assim, uma empresa de cosméticos nacional que produz produtos para cabelo e pele procurou você para realizar um projeto gráfico. Ela acabou de fabricar seus lançamentos e, em conjunto com uma agência de publicidade, criou um catálogo de produtos que precisa ser impresso. As seguintes informações foram passadas para você, que será responsável por providenciar a impressão:
O catálogo apresenta 32 páginas.
Tem formato A4 (fechado).
É colorido (4x4 cores).
Deve ter papel de alta qualidade.
A empresa (cliente) também informou que deseja cerca de cem unidades do catálogo e que, em pouco tempo, precisará fazer uma produção maior do material, mas que gostaria de produzir aos poucos para não gastar muito. O limite de orçamento para a produção do material não foi definido, mas o cliente deixou claro que você deverá trabalhar dentro do melhor custo-benefício sem perder qualidade do material.
Com base no texto e nas informações levantadas, o processo de impressão offset é recomendado? Como você pode obter o melhor custo-benefício para seu cliente? Justifique sua resposta. Lembre-se de que o autoestudo é fundamental para que o seu desenvolvimento profissional seja constante, por isso leia o material didático e amplie sua pesquisa em outras fontes.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Na situação em questão, você precisa avaliar o que seu cliente deseja e buscar a melhor forma de atendê-lo dentro da capacidade produtiva da gráfica. Confira a seguir:
O processo de impressão offset é recomendado?
Com base nas informações apontadas no caso, podemos compreender que a produção de cem unidades do catálogo no processo de impressão offset é inviável devido aos altos custos envolvidos, como: gravação de matrizes (que serão várias, por causa do número de páginas), ajustes necessários para início das impressões, etapas de acabamento e finalização. Sendo assim, os custos operacionais que sua gráfica terá deixarão o custo unitário por catálogo exacerbado, algo indesejadopelo cliente; também não será obtido, dessa forma, o melhor custo-benefício, visto que o custo unitário será caro. 
Como você pode obter o melhor custo-benefício para seu cliente?
Como o cliente tem interesse em realizar novas impressões do mesmo material em pouco tempo, a melhor solução é que você explique que, no processo offset, ele terá o melhor custo-benefício com um volume maior na tiragem, por isso recomenda fazer a impressão na quantia total desejada pelo cliente. Você ainda pode propor uma condição especial de pagamento, como um parcelamento sem juros, para solucionar, também, a questão de o cliente não querer gastar muito de uma única vez, garantindo o melhor custo-benefício.
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Estudante, confira as indicações a seguir e aprenda mais sobre o assunto.
Verifique, na biblioteca virtual, o capítulo 6, Impressão em Offset, do livro de Luciana Braun Reis Produção Gráfica (2019).
Para uma melhor compreensão, sugerimos a leitura do capítulo 7 do livro Produção gráfica: arte e técnica na direção de arte, que aborda o processo de impressão offset.
Sugerimos também o site da ABIGRAF-SP (Fundação da Associação Brasileira da Indústria Gráfica Regional do Estado de São Paulo).
Aula 2
IMPRESSÃO DIGITAL
Com o passar dos anos e os avanços tecnológicos, surgiu a impressão digital, no final do século XX, que foi evoluindo para as impressoras a laser e a jato de tinta que conhecemos hoje.
30 minutos
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Com o passar dos anos e os avanços tecnológicos, surgiu a impressão digital, no final do século XX, que foi evoluindo para as impressoras a laser e a jato de tinta que conhecemos hoje. A impressão digital é o processo de impressão mais indicado para pequenas tiragens e impressões personalizadas, sendo mais rápida ao tratar de pequenos volumes; além disso, não necessita de uma matriz física, como chapas metálicas, para a impressão, sendo um método de impressão direto, que faz a transferência da tinta por meio da matriz digital diretamente ao papel (ou outro tipo de mídia) e imprime todas as cores de uma só vez. Por fim, ela permite a impressão em grandes formatos e com resoluções superiores ao sistema de impressão offset.
Agora, utilize nossos materiais e aprofunde seu conhecimento sobre a temática.
Bons estudos! 
PROCESSO DE PRODUÇÃO MAIS ENXUTO, DE MECÂNICA MAIS SIMPLES
Podemos agrupar os processos de impressão em dois grandes grupos:
Impressão industrial: a matriz é física e precisa ser gravada e ajustada na máquina antes de iniciar a impressão.
impressão digital: a matriz é virtual, existindo apenas na memória do computador e da impressora apenas durante o processo de impressão. Sendo assim, o processo de impressão digital possibilita a impressão de trabalhos em pequenas quantidades, sem o uso de fotolitos ou chapas, sendo mais rápido e barato para pequenas tiragens, porém mais caro em grande tiragem, já que o custo por unidade impressa não diminui muito se comparado ao processo industrial (MAZZAROTTO, 2018).
No Quadro 1, podemos ver as principais diferenças entre os dois processos.
Quadro 1 | Diferença entre processo de impressão digital e industrial
	
	Digital
	Column 3
	Matriz
	Virtual – existe apenas na memória da máquina
	Física – precisa ser gravada
	Tiragens indicadas
	Baixas – normalmente 1 a 100
	Altas – normalmente, acima de 1.000
	Custos por unidade
	Mudam pouco conforme aumenta a quantidade
	Diminuem conforme aumenta a quantidade
	Dados variáveis
	Sim
	Não
	Cores especiais
	Não, apenas CMYK
	Sim, CMYK e cores especiais
	Principais processos
	Laser e jato de tinta
	Offset, flexografia, rotogravura, serigrafia e tampografia
Fonte: Mazzaroto (2018. p. 308).
A impressão offset é recomendada para médias e grandes tiragens, pois apresenta um custo de fabricação menor, maior variedade de acabamentos e papéis para impressão. Já o processo de impressão digital é recomendado para pequenas tiragens; além disso, a impressão é muito rápida (REIS, 2019). Esse processo de impressão abriu espaço para as “gráficas rápidas” conhecidas no mercado.
Os processos de impressão industrial continuam estabilizados no segmento gráfico, acompanhando as inovações de maquinários e insumos, tendo seu espaço garantido ao lado dos meios de impressão digital. Os consumidores demandam ambos os tipos de impressão, de acordo com a necessidade de cada projeto gráfico; dessa forma, é importante que empresas e profissionais da área entendam os sistemas de impressão a fim de fazer a escolha correta para o seu projeto, evitando gastos desnecessários e aproveitando todos os benefícios que cada método pode oferecer (REIS, 2019).
Compreendemos que um processo de impressão não substitui o outro, mas que eles se complementam.
As impressoras convencionais digitais, mesmo as encontradas em gráfica rápida, geralmente, imprimem somente até formato A3 (folha com 29,7 cm de largura por 42 cm de altura) e também são limitadas na questão de cores especiais e acabamentos (REIS, 2019).
O processo gráfico digital utiliza o sistema “CTP”, e essa sigla significa “computer-to-press”, que, em sua tradução, quer dizer computador para impressão. Esse é o processo de impressão que as pessoas mais conhecem; é quando você envia o arquivo digital do seu computador direto para a impressora, que, por sua vez, faz o processo de impressão sem a necessidade de fazer a gravação de uma matriz física de impressão ou de outro processo similar.
O CTP existe apenas no processo digital, tanto para impressoras a laser quanto para as impressoras a jato de tinta. Impressoras digitais de grande porte também utilizam esse sistema de envio de impressão, e por ser um processo moderno e muito prático, as impressoras com esse sistema são convencionais para escritórios e uso pessoal. Isso faz com que todo o processo de impressão seja mais simples, não exigindo um grande conhecimento técnico a respeito (COLLARO, 2012).
VIDEOAULA: PROCESSO DE PRODUÇÃO MAIS ENXUTO, DE MECÂNICA MAIS SIMPLES
As impressoras digitais convencionais utilizam o formato de papel ISO/ABNT (formato A), sendo os tamanhos A4 e A3 os mais conhecidos dentro desse formato. Além disso, esses formatos são proporcionais em seus demais tamanhos, desde o formato A0 até o formato A10. 
No vídeo, compreendemos melhor esses formatos utilizados pelas impressoras digitais.
Videoaula: Processo de produção mais enxuto, de mecânica mais simples
 
IMPRESSÃO DE UMA IMAGEM DIGITAL DIRETAMENTE SOBRE VÁRIOS TIPOS DE MÍDIAS
Existem diversos modelos de impressoras digitais convencionais (para uso pessoal e profissional) e robustas (para gráficas rápidas); além disso, elas são encontradas em versões monocromáticas ou coloridas (4 cores) para papéis no tamanho A4 (folha de 21 cm de largura por 29,7 cm de altura) ou tamanho A3 (folha de 29,7 cm de largura por 42 cm de altura).
A impressão digital é recomendada para trabalhos (impressões) em pequena quantidade e que precisam de qualidade e velocidade. Ela não é recomendada para trabalhos de grande tiragem pois seu custo unitário diminui muito pouco em larga escala, diferentemente do processo industrial como o offset.
Outra desvantagem das impressoras digitais convencionais é que a maioria delas imprime até o tamanho A3 e são limitadas na questão de cores especiais e acabamentos (cor metálica e cortes diferenciados, por exemplo). Então, caso o projeto gráfico necessite de formato superior ao tamanho A3 ou de impressão em outro tipo de mídia (também conhecido como suporte) que não seja papel, é recomendado utilizar a impressora digital conhecida como plotter, também conhecida como impressora de grande formato (MAZZAROTTO, 2018).
No Quadro 2, podemos ver os tipos de impressão digital e as mídias (suportes) que podem ser impressas por ela.
Quadro 2 | Principais processos de impressão digital
	Processo
	Matriz
	Meio-tom
	Tiragem viável
	Suporte
	Aplicações
	Laser
	Digital
	Sim
	1 a 500
	Papel. Adesivos. Formato máximo: super A3 (33 cm x 48 cm).
	Cartazes, convites, certificados, relatórios e qualquer outro impresso de baixatiragem ou que necessite de dados variáveis.
	Jato de tinta (“plotagem”)
	Digital
	Sim
	1 a 100
	Papel, lona, adesivo, tecido. Permite grandes formatos.
	Banners, faixas, vitrines, fachadas, stands, personalização de frota ou qualquer outro material que precise ser impresso em grande formato.
	Recorte de vinil
	Digital
	Não. Para cada cor, é preciso escolher um vinil.
	1 a 100
	Utiliza apenas vinil, que pode ser colado em suportes diversos: paredes, vidros, veículos etc.
	Sinalização, vitrines, ambientação de ponto de venda.
Fonte: Mazzaroto (2018. p. 309-310).
As impressoras plotters são alimentadas por meio de bobinas em vez de folhas. Essas impressoras são à base de jato de tinta, imprimem em papéis, tecidos, lonas e plásticos e são muito utilizadas para impressão de plantas baixas, banners, faixas, adesivos vinil e demais materiais que necessitem de produção em grande formato (MAZZAROTTO, 2018).
Esse tipo de impressão é muito usado por profissionais como engenheiros, arquitetos, publicitários e artistas gráficos. Uma planta baixa de uma casa em tamanho A0 (84,1 cm de largura por 118,9 cm de altura), por exemplo, é impressa por uma máquina plotter a jato de tinta para que um engenheiro ou arquiteto possa utilizá-la durante uma obra.
Já os banners, faixas em lona e adesivos vinílicos em grandes formatos, geralmente, são colocados em vitrines de lojas. Também temos como exemplo os carros “envelopados”, ou seja, inteiramente adesivados, muito utilizados por empresas em sua frota de veículos.
Existe uma grande variedade de aplicações para os materiais que podem ser produzidos pelas impressoras plotter (Figura 1).
Figura 1 | Máquina plotter de impressão
Fonte: PxHere.
No processo digital, há, também, as máquinas plotters de recorte. Essas máquinas não fazem uma impressão com tinta, especificamente, mas fazem a leitura digital do arquivo a ser impresso e, em vez de imprimir, ela recorta a mídia (suporte). Elas são muito utilizadas em adesivo vinil, pois basta recortar o material no desenho desejado (um logotipo, por exemplo), combinando várias cores de adesivo vinil, em vez de imprimir com tinta na mídia (MAZZAROTTO, 2018). Porém, esse tipo de processo digital só funciona com materiais que não possuem complexidade na composição de cor, nem de muito detalhe no recorte, e que não sejam muito pequenos. 
VIDEOAULA: IMPRESSÃO DE UMA IMAGEM DIGITAL DIRETAMENTE SOBRE VÁRIOS TIPOS DE MÍDIAS
As impressoras digitais conhecidas como plotters imprimem materiais em grandes dimensões. Podemos entender como essas máquinas funcionam, como é a alimentação do papel, os tamanhos e os tipos de bobina, quem utiliza esse equipamento e os tipos de tinta disponíveis. Por fim, esclarecemos a diferença entre plotter de recorte e a plotter de impressão.
Videoaula: Impressão de uma imagem digital diretamente sobre vários tipos de mídias
 
PROCESSO QUE USA UMA MANTA PARA TRANSFERIR TINTA PARA A MÍDIA
Dentro do processo de impressão digital, existem as impressoras a laser e as impressoras a jato de tinta. Você, provavelmente, já viu ou utilizou uma impressora convencional que faz a impressão por meio de uma dessas formas.
As impressoras a jato de tinta são as mais comuns no uso doméstico; elas apresentam cartuchos de tinta que transferem a tinta ao componente da impressora, conhecido como “cabeçote” de impressão, que é o responsável pela leitura do arquivo enviado pelo computador, e este faz a distribuição da tinta (gotículas de tinta do cartucho) no papel, no formato da imagem desejada (REIS, 2019).  
A impressão digital a laser utiliza o sistema de impressão eletroestático. Isso significa que o processo ocorre por meio de eletricidade estática, e a execução toda acontece em questão de segundos, realizando a impressão no papel (REIS, 2019).
A razão pela qual a impressora a laser recebe esse nome é, justamente, pelo sistema eletroestático. O processo é baseado na formação de um campo de eletricidade estática entre a matriz, chamada de cilindro fotocondutor ou tambor de imagem, e o papel (suporte ou mídia utilizada para imprimir), fazendo a transferência do toner (tinta em pó eletrostática) a partir da atração de cargas eletrostáticas opostas (positivas e negativas). Além disso, o laser da impressora digital tem a funcionalidade de retirar a energia eletrostática da matriz das áreas que não devem ser impressas (REIS, 2018).
Observe, na Figura 2, como esse processo ocorre dentro de uma impressora a laser.
Figura 2 | Processo de impressão digital – matriz impressora a laser
Fonte: Wikipedia.
Após o processo realizado pelo laser, o toner joga uma película de pó sobre o cilindro que a adere apenas nas áreas que possuem energia eletroestática oposta ao toner, formando a imagem desejada. Em seguida, o papel, já com a tinta em pó recebida, passa pelo cilindro chamado fusor, que tem a função de esquentar o papel com a tinta já aplicada nele para fazer a fixação (fusão) entre eles, finalizando, então, o processo de impressão. Após a finalização, a matriz (tambor de imagem) recebe sua carga eletrostática de volta, para que possa iniciar um novo processo de impressão (REIS, 2019). Observe, na Figura 3, essa etapa do processo.
Figura 3 | Processo de impressão digital – fusor impressora a laser
Fonte: Wikipedia.
Com o avanço da tecnologia, existem, atualmente, impressoras mais robustas e muito modernas que se utilizam do processo digital eletroestático para fazer impressões em diferentes mídias (vários tipos de papéis e plásticos), além de utilizar tintas especiais (prata, dourado etc.) por meio de uma manta térmica que faz a função da matriz física (como chapas metálicas maleáveis utilizadas no processo de impressão offset).
Essa manta, espécie de película plástica, ao receber o toner e ser aquecida pelo fusor da máquina, é fundida na mídia (suporte), e, por meio desse processo, é possível imprimir livros, rótulos e embalagens (Hewlett-Packard, 2021). Porém, por se tratar de uma tecnologia nova que requer alto investimento, são poucas gráficas que trabalham com esse tipo de impressora digital.
VIDEOAULA: PROCESSO QUE USA UMA MANTA PARA TRANSFERIR TINTA PARA A MÍDIA
A impressora a laser funciona por meio do processo eletroestático e possibilita atender a uma demanda de pequenas tiragens com boa qualidade. Porém, pode atolar o papel dentro dela, caso ele esteja úmido ou a máquina com temperatura elevada. Além disso, podem ocorrer distorções de cor, diferença no corte, entre outras coisas.
Videoaula: Processo que usa uma manta para transferir tinta para a mídia
 
ESTUDO DE CASO
Estudante, para consolidar tudo o que você aprendeu até aqui, analise a situação descrita a seguir e proponha uma solução.
Imagine que você trabalha como analista de comunicação de uma grande empresa varejista e que ela realizará uma campanha de liquidação oferecendo descontos atrativos em seus produtos. Para divulgar essa campanha, a empresa se utilizou dos meios de comunicação convencionais, como rádio, televisão, revista, entre outros. Porém, além dessa divulgação em massa, a empresa precisa realizar a divulgação em seus pontos de vendas (lojas físicas), logo, a agência de publicidade que atende à empresa realizou algumas peças gráficas que deverão ser impressas localmente, em cada ponto de venda.
Seu chefe direto solicitou a você que providencie a impressão desses materiais na principal loja da companhia, e, ao receber os arquivos digitais e as orientações de seu chefe, você foi até uma gráfica rápida de pequeno porte, que trabalha apenas com processo de impressão digital, solicitar a impressão do material gráfico para utilizar na loja em questão.
Seu chefe solicitou os seguintes materiais e as respectivas quantidades para você imprimir na gráfica:
Quadro 3 | Materiais solicitados
	Descrição/Nome
	Material
	Tamanho
	Quantidade
	Banner
	Lona
	1,0 m x 2,0 m
	10
	Cartaz A4
	Papel
	A4 (21 cm x 29,7 cm)
	250
	Cartaz A2
	Papel
	A2 (42 cm x 59,4 cm)
	50
	Adesivo Vitrine
	Adesivo Vinil
	5,0 m x 1,5 m
	4
	Folheto
	Papel
	A5 (14,8 cm x 21 cm)
	10.000
	FaixaLona
	10,0 m x 1,5 m
	2
Com base no texto e nas informações levantadas, o processo de impressão digital é recomendado para todos os materiais desejados? Que tipo de impressora digital é mais adequada para cada material? Como você, nessa situação, pode providenciar, da melhor forma, o pedido do seu chefe utilizando os recursos da gráfica? Justifique sua resposta.
Lembre-se da importância do autoestudo, não só por meio do seu material didático, mas também de outras fontes de pesquisa, como artigos científicos. Essa boa prática vai contribuir para o seu crescimento profissional.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Seu chefe pediu a você que providenciasse os materiais gráficos da principal loja física da empresa e lhe passou a relação dos materiais e as quantidades desejadas. Porém, você, ao analisar os tipos de materiais e as quantidades em conjunto com a gráfica, percebeu que era possível produzir todos os itens, exceto os folhetos tamanho A5, na quantidade desejada. O banner, o cartaz tamanho A2 e a faixa deverão ser impressos na máquina plotter de impressão, devido ao tipo do material (mídia ou suporte) utilizado e o tamanho. O adesivo de vitrine, por sua vez, também deverá ser feito na máquina plotter de impressão desde que não seja viável produzi-lo na máquina plotter de recorte. Para saber qual é a mais indicada, é preciso verificar o arquivo e conferir se ele apresenta complexidades de cor e recorte.
O cartaz tamanho A4 deverá ser impresso na impressora a laser, pois esse tamanho é compatível com essa impressora e ela possui uma ótima qualidade de impressão (não é recomendado imprimir em impressora a jato de tinta devido à quantidade desejada). Por fim, não será possível realizar a impressão dos folhetos, pois, para a quantidade de 10 mil itens, é necessário utilizar o processo de impressão offset, e a gráfica escolhida trabalha apenas com impressoras digitais. Para não deixar a loja sem o material, caso seu chefe tenha urgência, você pode sugerir a ele que imprima uma tiragem menor de folhetos (cerca de 500 unidades) para atender à loja rapidamente, até que você consiga produzir uma quantidade maior em uma gráfica offset.
Essas situações são comuns no dia a dia do profissional da área de produção gráfica, por isso, é importante estudar a respeito dos processos gráficos e de assuntos correlacionados, além de estar atento às novidades e mudanças no segmento. Esperamos que você tenha gostado. Bons estudos!
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Estudante, para mais informações a respeito das diferenças dos processos de impressão offset e digital no texto, leia o texto Impressão digital vs impressão offset.
Confira mais informações sobre processos de impressão digital, equipamentos e tipos de mídias (suportes) no site da Fespa Brasil.
Aula 3
FLEXOGRAFIA E ROTOGRAVURA 
Nesta disciplina você está sendo preparado para atuar na produção de peças gráficas, seja para conteúdos publicitários ou informativos.
32 minutos
INTRODUÇÃO
Nesta disciplina você está sendo preparado para atuar na produção de peças gráficas, seja para conteúdos publicitários ou informativos. Por isso, é importante saber que para que uma peça gráfica tenha sucesso, é necessário apresentar não apenas um projeto gráfico bem elaborado, mas a impressão também deve ter uma excelente qualidade. Você como um profissional precisa conhecer os diversos tipos de impressão para saber qual atende aos objetivos do seu trabalho.
Nesta aula, você aprenderá sobre a flexografia e a rotogravura. Após esse estudo, você saberá identificar os processos de impressão e seus efeitos sobre a criação. Lembre-se da importância do autoestudo para o desenvolvimento de suas competências profissionais. Pronto para iniciar mais essa jornada na área de impressão? 
CONHECENDO A VERSIDADE DA FLEXOGRAFIA
Neste bloco, vamos conhecer mais sobre a versidade da flexografia. A origem da flexografia está relacionada à evolução da vulcanização da borracha e da substituição da anilina como base da tinta. É um método de impressão direto e relevográfico rotativo que utiliza clichê de borracha ou fotopolímero com imagem.
Nesse sistema, a impressão é direta e as áreas que serão impressas estão em relevo, sendo comparado com o carimbo. Conforme explica Villas Boas (2008), a característica principal da impressão flexográfica é a utilização de matrizes flexíveis em relevo e um cilindro, conhecido como anilox, que possui sulcos onde a tinta é depositada para ser transportada do cilindro do tinteiro para o de borracha. 
A máquina impressora é composta por um rolo tomador de borracha que passa a tinta à matriz, um cilindro porta matriz, no qual é montado o clichê de borracha e um cilindro impressor. A Figura 1 ilustra o sistema. 
Figura 1 | Processo da flexografia 
Fonte: Scarpeta (2007, p. 146).
Scarpeta (2007) define clichês como matrizes de impressão que vão reproduzir sempre a mesma imagem, possuem alta estabilidade dimensional e estão relacionados ao ganho de ponto. Quanto maior a espessura maior a deformação. O autor afirma que a escolha da espessura do clichê é determinada de acordo com o diâmetro das engrenagens da máquina e podem ser 0,76 mm; 1,14 mm; 1,7 mm; 2,84 mm, 3,18 mm; 3,9 mm e 5,00 mm. 
O sistema emprega três tipos de tinta: à base de água, à base de solvente e UV curável, a escolha é determinada de acordo com a superfície a ser impressa. Outro ponto a se destacar é que as impressoras realizam quase todas as etapas de acabamento e possibilitam também plastificação, dobra e colagem.
Papel, papelão, vidro e metal podem ser utilizados como suporte do sistema, pois não há a necessidade de superfícies macias, sendo empregada, principalmente, na impressão de embalagens, etiquetas e rótulos. É indicado para quando se necessita imprimir uma quantidade pequena.
Mas não pense que o sistema apresenta apenas vantagens. Há problemas também!  Villas Boas (2008) aponta que pode ocorrer impressão desigual da tinta, ou seja, algumas partes aparecem sem, enquanto outras, com excesso. Esse fenômeno é denominado de squash. Outro inconveniente que o autor menciona é a falta de possibilidade de empregar meio-tom para a produção de cores, além da baixa durabilidade da tinta.  
1.1 Algumas recomendações 
Agora que você já aprendeu sobre as características da flexografia, deve estar se perguntando: Será que existe alguma recomendação para imprimir meus projetos com boa qualidade? E quem dá as dicas são os autores Villas Boas (2008) e Scarpetta (2007).  
Villas Boas (2008) recomenda utilizar retículas de pontos grandes, com baixa lineatura, sem meios-tons nem degradês. Dê preferência às fontes de corpo pequeno e com serifas. Para evitar problemas em relação à tinta, inclua sobreposição para cores diferentes ou contorne as áreas coloridas com linhas pretas ou escuras. 
E para não correr o risco de errar, siga o checklist de Scarpeta (2007) para cada elemento do projeto no Quadro 1 a seguir.
Quadro 1 | Checklist para impressão no processo flexográfico
	GERAL
	LAYOUT
	CORES
	FONTES
	IMAGENS 
	Verificar se o layout é realmente o que pretende.
	Verificar se as medidas estão corretas. 
	Conferir se todas as cores estão em CMYK.
	Conferir se as fontes estão legíveis. 
	Verificar se todas as imagens estão presentes. 
	Salvar documento em estágios diferentes. 
	Verificar as marcas de corte.
	
	
	Analisar o formato das imagens. 
	Ler o texto para verificar os erros. 
	
	
	
	As imagens precisam estar em igual ou mais de 300 dpi.
	Considerar o tipo de material que será impresso. 
	
	
	
	
	Verificar se tudo que utilizou no trabalho poderá ser impresso em flexografia. 
	
	
	
	
Fonte: adaptado pela autora.
VIDEOAULA: CONHECENDO A VERSIDADE DA FLEXOGRAFIA
Prezados estudantes, neste vídeo você conhecerá sobre a origem da flexografia e suas características. Aprenderá também sobre as máquinas utilizadas nesse processo, as quais podem ser: banda estreita ou banda larga. Mostraremos a importância do Anilox para o sucesso do trabalho com exemplos de materiais produzidos com o processo da flexografia.Videoaula: Conhecendo a versidade da flexografia
 
O PROCESSO EM BAIXO RELEVO
A invenção da rotogravura é atribuída ao pintor Karl Klic, que em 1879 aprimorou uma técnica de impressão que se utilizava na época. Essa técnica consistia na gravação de uma chapa metálica mediante processos fotográficos à base de coloides de cromo. O objetivo do artista era aprimorar a gravação das sombras mais profundas por meio da transferência da imagem de um negativo para uma chapa de cobre, por meio de um papel coberto de gelatina pigmentada. Karl conseguiu uma forma de impressão com alvéolos de tamanho uniforme e profundidade variável e apresentou seu novo processo, que hoje conhecemos como rotogravura.
A rotogravura é um sistema de impressão direta em baixo relevo, ou seja, a imagem na matriz é um relevo mais baixo em relação à superfície do cilindro, constituído por meio da gravação de células num cilindro revestido por cobre e cromo.
Figura 2 | Processo de rotogravura
Fonte: Rotogravura (2013).
A intensidade da impressão é determinada pela retícula gravada no cilindro, que é formada por pontos que se diferenciam pela profundidade ou pelo diâmetro, assim, quanto maior a quantidade de tinta depositada, melhor será a qualidade. 
Villas Boas (2008) explica que pelo fato de a tinta passar para o papel por pressão, possibilita que o material seja impresso em frente e verso em uma única operação. É indicado para impressões em tecidos, superfícies plásticas, embalagens e livros, metal, papel, papelão, plásticos, tendo como opção de acabamento a plastificação ou a aplicação de verniz. O principal mercado para esse tipo de impressão é o de embalagens flexíveis e semirrígidas, como exemplo, podemos citar as caixas de sabão em pó.
Como desvantagem, Villas Boas (2008) cita o alto custo do processo, já que o método exige preparação das matrizes e realização de provas. Por isso, a impressão é viável quando é produzida uma grande quantidade de material, ou seja, quanto maior a quantidade menor fica o custo unitário. 
Já entre as vantagens está a possibilidade de impressão simultânea de várias cores. Como é misturada a solventes e líquida, a tinta evapora rapidamente, o que proporciona o efeito do tom contínuo. Além disso, a qualidade de impressão é caracterizada pela precisão da reprodução dos pontos impressos. 
2.1 Recomendações de layout e reconhecimento do processo
Está elaborando um projeto que será impresso no sistema rotográfico? Não deixe de observar as recomendações de Villas Boas (2008) sobre layout. Tome cuidado com o contraste e meios-tons em imagens, prefira nuances ricas de tons, exceto quando for em grafismos com detalhes ou em linhas muito finas. Opte também pela escala 1:1 nos arquivos de fotografias ou ricos em meios-tons. Não esqueça de colocar as imagens em alta resolução. Quando empregar fonte serifada, procure não utilizar fonte com corpo abaixo de oito pontos. Se utilizar tipos vazados, corpos pequenos e em fundos escuros, utilize sempre negrito. 
Viu um material e está em dúvida se foi impresso em rotogravura? Então, observe as dicas de Villas Boas (2008): se forem embalagens, revistas de grande tiragem ou livros didáticos, com certeza foi utilizada a rotogravura. Os pontos estão com excelente definição e variação de diâmetro? É rotogravura! Utilizando lente de aumento ou conta-fios, observe as bordas de traços finos e as letras, pois as imagens são reticuladas! É rotogravura!
Figura 3 | Letras com bordas irregulares rotogravura
Fonte: Padilha (2009).
VIDEOAULA: O PROCESSO EM BAIXO RELEVO
Neste vídeo, você vai ver como funciona o processo de rotogravura, quais são as etapas até chegar ao produto final. Mostraremos também algumas máquinas que fazem o processo e suas características. Vamos verificar que é importante saber o tipo de material a ser impresso, as características da matriz e a aplicabilidade do sistema.
Videoaula: O processo em baixo relevo
 
ANÁLISE DOS DOIS PROCESSOS DE IMPRESSÃO
Agora é o momento de fazer uma reflexão sobre os dois processos de impressão. Ambos apresentam vantagens e desvantagens. Ao optar por um método, você deve levar em conta a proposta do projeto, o tipo de suporte e a quantidade do material que será impresso.
De acordo com o manual Senai (2005), a flexografia recebe esse nome porque as impressões são realizadas por meio de materiais flexíveis. Há informações de que esse sistema foi utilizado pela primeira vez em 1890, na Inglaterra. O manual ainda cita que esse método é econômico e versátil, o que permite sua utilização em diferentes suportes, flexíveis ou rígidos. A forma de impressão é simples. A área que será impressa é colocada em relevo e recebe a tinta, que pode ser à base de água, solvente ou UV curável. Essa tinta é aplicada na superfície e toda a área que está ao redor do relevo, por estar mais baixa, não a recebe. Em seguida, a tinta é transferida do clichê para o suporte, no qual ocorre a impressão. As máquinas de flexografia acompanham uma chapa para impressão flexível, instalada sobre os cilindros da chapa com fita adesiva.
 Para tornar mais fácil sua compreensão, resumimos o significado da flexografia como um sistema de impressão em relevo, composto por clichês e tintas fluidas de secagem rápida. (LEOCÁDIO, 2019). Para melhor compreensão, pode-se relacionar ao processo do carimbo, no qual apenas as áreas em relevo recebem tinta.  
Já a rotogravura é um processo em baixo relevo. Apresenta alta qualidade de impressão, utiliza tintas fluidas e de secagem rápida, sendo que suas imagens são criadas por sobreposição de cores. 
De acordo com o site Comuniqueiro (2008), Karl Klic é considerado o pai desse sistema. Em 1886, com base nas experiências que adquiriu na técnica de entalhe de gravação de sombras, fazia nos desenhos e nas pinturas próprias o primeiro equipamento rotativo para impressão por rotogravura.
O método funciona por meio da impressão de camadas de tintas, de modo que cada cilindro da impressora corresponde a uma cor, exigindo, desse modo, que o produtor gráfico conheça as cores primárias que compõem a imagem que será impressa. Mas, para que as tintas sequem rápido, é necessário utilizar solventes de secagem rápida. Isso se deve ao fato de o sistema ser de alta velocidade. Outra característica do processo é a possibilidade de alta tiragem por um baixo custo. Além disso, as cores são mais detalhadas e com qualidade uniforme. 
A impressão flexográfica apresenta uma qualidade inferior em relação à rotogravura, mas por outro lado é uma boa opção em relação ao custo-benefício, principalmente para quem necessita de uma demanda menor. Outro ponto em que a flexografia é mais vantajosa está relacionada às questões ambientais devido ao menor gasto de energia. 
A maior diferença entre os processos são as matrizes de impressão. No flexográfico, a matriz é um fotopolímero denominado de clichê. Na rotogravura, a gravação é feita direto no cilindro. Agora que você conhece os dois processos de impressão, desejo que tenha sucesso nos próximos trabalhos!
VIDEOAULA: ANÁLISE DOS DOIS PROCESSOS DE IMPRESSÃO
Neste vídeo, traçaremos um paralelo entre as características dos sistemas flexografia e da rotogravura. Abordaremos as diferenças e semelhanças entre os dois processos, enfatizando as diferentes matrizes que ambos utilizam. Destacaremos também quais os pontos positivos e negativos de cada processo, além de mostrar a aplicabilidade de cada um.
Videoaula: ANÁLISE DOS DOIS PROCESSOS DE IMPRESSÃO 
 
ESTUDO DE CASO
Você como designer gráfico deve planejar o projeto de acordo com a necessidade do cliente e se atentar para os aspectos técnicos e teóricos que uma boa produção gráfica exige. Mas o problema é quando a pessoa que te procura para fazer um trabalho não entende a relação entre material, custos, público e qualidade e exige que faça algo que você sabe que o resultado não será o mais adequado! 
 Escolher qual impressão é adequada ao cliente não é uma decisão fácil, pois deve-se basear na fidelidade de reprodução, para não haver distorção do trabalhooriginal e o melhor custo. 
Vamos imaginar uma situação e qual atitude tomar? Um cliente deseja que sejam produzidas 300 mil cartilhas sobre o comportamento do empregado da loja de utensílios domésticos Na Casa.  Esse conteúdo será distribuído nas mais de 400 lojas espalhadas pelo país. O material será colorido, fonte serifada e corpo 10. Além disso, terá 50 páginas e muitas imagens.
Essa cartilha será embalada em uma caixa pequena de papelão para ser distribuída aos funcionários. A caixa estará etiquetada com o nome do funcionário em meio-tom, fonte Times New Roman, tamanho 12. Ele deseja que o material fique pronto o mais rápido possível e com baixo custo. Ele chegou na gráfica e informou que quer a impressão de todo o material em flexografia! Você concorda com a decisão do cliente em optar pela flexografia? Quais as orientações e mudanças que daria para ele? 
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Vamos retomar a situação: você como designer gráfico deve planejar o projeto de acordo com a necessidade do cliente e se atentar para os aspectos técnicos e teóricos que uma boa produção gráfica exige. O cliente deseja alta tiragem, em um curto espaço de tempo, o material a ser utilizado é caixa de papelão e etiqueta e o formato do impresso é revista. Primeiramente ele deseja uma tiragem alta e em curto espaço de tempo e um preço baixo. Como ele quer uma cartilha, esse modelo normalmente tem o layout de uma revista e, outro ponto importante, será necessária uma grande quantidade. Nesse caso, convença o cliente a imprimir em rotogravura.
Já em relação à caixa e à etiqueta, poderão ser impressas em flexografia, mas com algumas ressalvas. O cliente deseja meio-tom, fonte Times New Roman, tamanho 12, características que tem de tudo para deixar o material com uma péssima qualidade. O correto é orientá-lo a fazer uma troca! Uma fonte sem serifa, por exemplo, Arial, com tamanho maior e sem utilizar meio-tom! Mas, por outro lado, pensando na quantidade do material a ser impresso, será mais vantajoso para ele imprimir tudo em rotogravura.
O conteúdo ministrado nesta unidade possibilitou a você desenvolver a capacidade adaptar o projeto gráfico ao sistema de impressão, bem como analisar a melhor solução para a reprodução artística das imagens gráficas do projeto. Para a efetividade do aprendizado, é importante estar atento aos materiais que encontra no dia a dia, analisando suas características e se perguntando em qual sistema pode ter sido impresso. Lembre-se da importância do autoestudo para o desenvolvimento das suas competências profissionais. Espero que tenha gostado do trabalho e solucionado alguma dúvida.
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Os sistemas de impressão estão evoluindo em uma velocidade muito rápida. Por isso, você que é profissional precisa estar atento às mudanças. Assim, listamos alguns sites e livros que podem auxiliar no acompanhamento desse processo! Segundo dados da ABFLEXO (2003), os problemas da flexografia tendem a ser amenizados com a invenção de novos maquinários. Assim também ocorre na rotogravura.
Sites que trazem informações atualizadas sobre o mundo da impressão:
BGD. Guia de Impressão. Disponível em: https://bgd.com.br/guia-de-impressao/.  Acesso em: 4 out. 2021.
DESIGN ON. Home Page. Disponível em: https://www.des1gnon.com/. Acesso em: 4 out. 2021.
Aula 4
INFORMAÇÕES DA DISCIPLINA 
Nesta aula, você aprenderá mais três processos de impressão: serigrafia ou silk screen, tampografia e sublimação.
32 minutos
INTRODUÇÃO
Nesta aula, você aprenderá mais três processos de impressão: serigrafia ou silk screen, tampografia e sublimação. Assim como nos outros processos que você já estudou, tais como a flexografia e rotogravura, estes também apresentam suas peculiaridades, vantagens e desvantagens. É importante ter conhecimento do projeto gráfico e da finalidade da peça gráfica para saber qual será mais viável utilizar.
Para uma melhor eficácia do seu processo de aprendizagem, comece a observar as embalagens que manuseia, para identificar em qual sistema foi impressa. Após este estudo, você saberá identificar os processos de impressão e seus efeitos sobre a criação. É importante que revise sempre os conteúdos e busque em novas fontes para complementar seu aprendizado para que analise a melhor solução para a reprodução do projeto. É importante o autoestudo para que você possa desenvolver suas competências profissionais. Pronto para iniciar mais essa jornada na área de impressão?
SERIGRAFIA OU SILK SCREEN - IMPRESSÃO EM TELA PARA TEXTO E IMAGEM
Neste bloco, vamos conhecer sobre o processo de serigrafia ou silk screen. A camiseta que você usa, a capa do CD ou DVD são impressos em serigrafia. Chilvers (2007) define serigrafia, silk screen ou impressão à tela como um processo de impressão de texto ou figura em uma superfície, na qual a tinta é vazada, pela pressão de um rodo ou espátula, por meio de uma tela preparada. Segundo o autor, esse sistema é versátil, necessita baixo custo para implementação e não requer espaço físico amplo.
Oliveira (2013) cita que entre as vantagens da técnica está a possibilidade de utilizar vários substratos, como: vidro, madeira, papel, tecido, metal e plástico, permitindo impressão artesanal ou industrial de boa qualidade.
De acordo com Ambrósio (2014), a parte fundamental da serigrafia é a tela, que é a matriz de produção, pois é onde se realizam as gravações do tema. Consiste em uma armação de madeira ou alumínio, que é utilizada para apoiar uma malha de poliéster esticada nos quatro lados da estrutura, formando uma área rígida na parte de dentro do quadro.
O autor explica que o processo de gravação da imagem é estabelecido por meio da incidência direta de luz sobre a tela sensibilizada. Assim, a área que estiver emulsionada e receber luz, se fixará no náilon, não podendo mais ser removida. Enquanto isso, a área sem luz é removida com um jato de água, formando-se uma matriz de impressão.
Figura 1 | Tela para silk screen ou serigrafia
Fonte: Tele Silk.
Para Villas Boas (2008), os fatores que determinam a escolha pelo método são: o baixo preço, a possibilidade de realizar baixa tiragem e o suporte. Esses itens podem ser laminados, plásticos, plásticos rígidos, tecidos, lonas, entre outros. O autor destaca que o sistema apresenta texturas, densidades e tipos de tinta.
De acordo com Ambrósio (2014), para um trabalho em serigrafia ter uma ótima qualidade, é necessário escolher as tintas, a tela, a tensão da tela e o sistema de impressão de secagem. Caso a escolha de uma dessas opções seja feita erroneamente, todo o material impresso poderá ser comprometido. 
1.1 Método de preparação das telas
A serigrafia é um método permeográfico, ou seja, a impressão é realizada por uma matriz permeável. Esse sistema pode ser produzido de três maneiras: recorte manual, sistema fotomecânico indireto e sistema fotomecânico direto (BAER, 2005).
No recorte manual, a arte é recortada com o auxílio de estilete, em um stencil apoiado diretamente sobre a arte-final, eliminando a necessidade de decalques.
Figura 2 | Preparação da tela no método recorte manual
Fonte: Baer (2005, p. 202).
No fotomecânico direto, aplica-se uma camada de emulsão sensível à luz na tela, que é levada para secar em um ambiente escuro. Um filme positivo do original a ser reproduzido é posicionado sobre ela. Quando entra em contato com a luz, as partes negativas do filme endurecem e permanecem fixas. Lava-se a tela com água para revelar as zonas impressoras.
Figura 3 | Sistema fotomecânico direto
Fonte: Baer (2005, p. 202).
No fotomecânico indireto, uma película sensibilizada em uma emulsão fotossensível e já exposta a esse dispositivo é fixada à tela. Quando exposta, as zonas que serão impressas amolecem e podem ser removidas com o auxílio de água. A transferência para a tela é realizada por meio da pressão do rodo. Após a secagem, retira-se para poder aplicar a tinta.
Figura 4 | Sistema fotomecânico indireto
Fonte: Baer (2005, p. 203).
VIDEOAULA: SERIGRAFIA OU SILK SCREEN - IMPRESSÃO EM TELA PARA TEXTOE IMAGEM
Neste vídeo, vamos conhecer sobre a serigrafia ou silk screen. Vamos primeiramente aprender sobre a origem da palavra e também quando iniciou essa técnica, que é bastante utilizada para impressão de camisetas. Abordaremos sobre o que ocorre em cada fase do processo e exemplos de materiais que foram impressos, tais como algumas embalagens.
Videoaula: Serigrafia ou silk screen - Impressão em tela para texto e imagem
 
TAMPOGRAFIA - SISTEMA INDIRETO DE IMPRESSÃO EM BAIXO RELEVO
Anastacio (2014) define tampografia como um processo de impressão por transferência indireta de tinta, de baixo relevo. É um processo que apresenta precisão nos traços de linhas finas, podendo ser empregado para impressão de superfícies cilíndricas, curvas ou planas, regulares ou irregulares, plásticos, borracha, sendo bastante utilizado para decoração em relógios, aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos e vidros. É um sistema simples e de baixo custo, tendo como diferencial a possibilidade de impressão em 3D.
O sistema é composto por clichê, tampão e tinta e esses elementos, de acordo com Coelho (2016), são responsáveis pelo sucesso ou fracasso de uma produção. Entre os problemas mais comuns, o autor destaca pontos negros, salpicos, duplicados, rendilhados e borratados, conforme a Figura 5 a seguir. Nos pontos negros, há pequenos pontos no interior da fonte; em salpicos, há tinta respingada em áreas que não há imagem; em duplicado, observe as bordas da fonte que possui dois traços; em rendilhado, as bordas das fontes estão impressas de forma irregular, há rastro de tinta na parte interna e externa da fonte.
Figura 5 | Problemas da impressão tampográfica
Fonte: Coelho (2016, p. 31).
No clichê, está gravado o texto ou a imagem que será impressa, com o auxílio de um tampão de silicone. Em relação ao clichê, onde contém a imagem a ser impressa, é um sistema que exige a substituição em cada novo projeto. Pode ser constituído por três sistemas: clichê de chapa metálica, clichê de aço e clichê de plástico.
O tampão é flexível pelo fato de ser o responsável por receber a tinta do clichê e transferi-la para o substrato. É produzido com borracha de silicone. É importante observar a forma, o tamanho, a dureza e o acabamento superficial para que não ocorra comprometimento na qualidade do material impresso.
A qualidade da tinta também é importante para o sucesso do projeto. Coelho (2016) recomenda utilizar tintas com alto teor de pigmentação, boa capacidade de aderência, capacidade para funcionar em todos os substratos, fácil de limpar, alta vida útil e não ofereça riscos à saúde e ao meio ambiente.
Outros aspectos importantes são em relação ao substrato e à temperatura ambiente. O primeiro deve estar limpo e receber pré-tratamento, para que não ocorram problemas de aderência. Já quando falamos sobre a temperatura, todos os elementos (tintas, solventes, tampões, clichês, substratos) necessitam ser armazenados na mesma temperatura, cerca de 20º.
2.1 Aderência das tintas
Conforme orienta Souza (2018), alguns materiais plásticos necessitam passar por um tratamento superficial antes de serem impressos por tampografia para que a tinta tenha maior aderência. Esse tratamento pode ser feito por corona, plasma, primer e flambagem.
Eletrodos ou carregamentos iônicos são responsáveis pelo tratamento por corona. Já o plasma é um tratamento mais recente e mais caro, consiste em partículas de plasma que neutralizam a superfície a ser impressa.
O método primer é o mais fácil de ser utilizado, pois não demanda do uso de máquinas para ser aplicado. Com a ajuda de um pano ou algodão a peça é limpa com esse líquido transparente. A flambagem também é simples e de baixo custo, é realizada por meio de uma chama oxidante, obtida por gás.
VIDEOAULA: TAMPOGRAFIA - SISTEMA INDIRETO DE IMPRESSÃO EM BAIXO RELEVO
Conheça mais sobre a tampografia, um processo de impressão por transferência indireta. Vamos aprender sobre a origem da palavra, também quando iniciou essa técnica bastante utilizada para gravação de relógios. Abordaremos sobre o que ocorre em cada fase do processo e exemplos de materiais que foram impressos, tais como algumas embalagens.
Videoaula: Tampografia - Sistema indireto de impressão em baixo relevo
 
SUBLIMAÇÃO - APLICAÇÃO DE TINTAS EM UMA SUPERFÍCIE UTILIZANDO UMA PRENSA
Você se lembra das aulas de biologia quando o professor explicava sobre os estados físicos da matéria? Lembra da famosa descrição “é a passagem de um elemento do estado sólido para o gasoso”? Pois, agora na disciplina de produção gráfica você vai rever esse processo denominado de sublimação no sistema de impressão.
A sublimação utiliza tintas sólidas (denominadas de tintas sublimáticas) em formato de filme. Elas são transferidas para o suporte por pressão e/ou ação térmica. A transferência está baseada no nível do cabeçote, quanto mais quente, mais pigmento é transferido (VILLAS-BOAS, 2008).
É um processo que demanda alto custo de manutenção, sendo indicado para apresentar projetos para clientes, devido à qualidade do layout. Pode ser realizado de duas formas: por transferência térmica e impressão direta. Na transferência térmica, um papel especial recebe a impressão. Ele é colocado sobre a superfície que será impressa (camiseta, caneca, chaveiro) e a imagem é transferida para o objeto por meio do calor e da pressão. Já a impressão direta é mais trabalhosa, pois demanda tratamento da superfície que receberá a impressão. É utilizada, principalmente, quando se vai imprimir em seda e algodão. Necessita de máquinas específicas e há gasto de água. 
Os equipamentos necessários para trabalhar com o processo são: prensa plana, impressora jato de tinta, papel e tinta sublimáticos.
Macedo ([s. d.]) passa algumas orientações para se ter sucesso ao empregar a sublimação na impressão de seus projetos. É importante utilizar o papel de acordo com o equipamento. E cada impressora também tem uma funcionalidade, a jato de tinta com tinta pigmentada, por exemplo, será possível só estampar camisetas e a opção de papéis também é limitada a duas opções: transfer white e black.
Já as impressoras a laser dão mais opção para o trabalho, pois permitem estampar outros tipos de material, como canecas, canetas, réguas e chaveiros. Além dos dois tipos de papel transfer empregados para a jato de tinta, ainda há os destinados para esse tipo de máquina.
Macedo ([s. d.]) ainda ressalta que há cinco tipos de papel utilizados na sublimação: matte especial, branco resinado, fundo azul, fundo rosa e papel fundo amarelo.
Alguns pontos são relevantes para que a impressão no processo de sublimação tenha êxito (MACEDO, [s. d.]), principalmente em relação ao tempo, à pressão e à temperatura das máquinas, cada trabalho exige uma regulação. É imprescindível verificar a pressão da máquina para que a imagem não saia com sombras e falhas, queima do material ou a quebra de produtos.
Cada material possui um tempo ideal para a sublimação, portanto, se ficar pouco tempo, não haverá transferência total da tinta. Por outro lado, se passar, pode ocorrer manchas ou amarelamento. O mesmo problema acontece em relação à temperatura, sendo as mais indicadas 180º e 200º.
VIDEOAULA: SUBLIMAÇÃO - APLICAÇÃO DE TINTAS EM UMA SUPERFÍCIE UTILIZANDO UMA PRENSA
Neste tópico, abordamos o método sublimação. Vamos primeiramente aprender sobre a origem da palavra, também quando iniciou essa técnica que é bastante utilizada para impressão de camisetas. Abordaremos sobre o que ocorre em cada fase do processo e exemplos de materiais que foram impressos por esse sistema, tais como algumas embalagens.
Videoaula: Sublimação - Aplicação de tintas em uma superfície utilizando uma prensa
 
ESTUDO DE CASO
Agora é o momento de colocar em prática o que você aprendeu nesta aula. Vamos imaginar uma situação que você se deparará na agência. Você é um renomado arte-finalista da Agência Criação, em Rio Claro. Moacir é líder de um grupo de ciclistas da cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo. Com o intuito de criar uma identidade para o grupo, ele foiaté a agência na qual você trabalha, solicitando a criação de uma logomarca que irá estampar as camisetas da turma.
Para a logo, deseja poucas cores e com pouco conteúdo. Ele informou que serão confeccionadas 100 camisetas em algodão e na cor preta. A logo estará em formato pequeno nas mangas e nas costas, apenas na parte da frente que será maior. Ao ir à gráfica solicitar o orçamento, propuseram para ele dois tipos de impressão: serigrafia e sublimação, sendo que se optar pelo último, o preço cai pela metade. Ele desconhece os dois processos e pede uma opinião sobre qual método deve escolher. Quais as orientações você daria para Moacir?
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
Antes de iniciarmos a resolução da questão, vamos recapitular o pedido do Moacir. Você é um renomado arte-finalista da Agência Criação. O cliente quer a criação de uma logomarca com poucas cores e detalhes para estampar as camisetas. Elas serão confeccionadas em algodão e na cor preta. Ele quer um conselho sobre qual método de impressão escolher: serigrafia ou sublimação. A gráfica informou que a segunda opção fica 50% mais barata. Mesmo ele tendo solicitado para que fizesse a logomarca, não vamos abordar esse assunto, porque não é o tema da aula, vamos focar no processo de impressão.
A opção mais indicada nesse caso é serigrafia, pois o processo de sublimação é para tecidos em poliéster e cores claras. A camiseta será preta. Outro detalhe, as imagens que estamparão a camiseta são pequenas, mais um ponto para ele escolher a serigrafia. A serigrafia (também chamada de silk screen) é restrita em relação à possibilidade de estampar peças totalmente e é usada de preferência em designers que tenham menos de cinco cores diferentes. Os prós da serigrafia em camisetas: alcança cores vivas mesmo em camisetas escuras; maior durabilidade; quanto mais você produz mais barato se torna; estampa t-shirts de algodão e diversos outros materiais. Os contras: provavelmente terá requisitos de quantidade mínima para pedidos.
Atente-se à importância do autoestudo para o desenvolvimento das suas competências profissionais. Além do material didático, pesquise o tema em outros artigos e dissertações.
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
A partir deste estudo, você pôde perceber que os sistemas de impressão têm evoluído para se adaptar às demandas da sociedade atual, que a cada dia precisa de produtos prontos em curto espaço de tempo e dos avanços tecnológicos. Para você não ficar de fora do que acontece nesse cenário, há dois sites interessantes. 
COLPANY, J. O futuro da impressão: um estudo da percepção do mercado global. 2021. Disponível em: http://printwayy.com/blog/o-futuro-da-impressao. Acesso em: 22 out. 2021.
DINO. Futuro da impressão digital têxtil é promissor e deve favorecer. Mundo do Marketing. 2020. Disponível em: https://www.mundodomarketing.com.br/noticias-corporativas/conteudo/231153/futuro-da-impressao-digital-textil-e-promissor-e-deve-favorecer-franquias-em-expansao. Acesso em: 22 out. 2021 .
REFERÊNCIAS
7 minutos
Aula 1
COLLARO, A. C. Produção gráfica: arte e técnica na direção de arte. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. 
MAZZAROTTO, M. Design gráfico aplicado à publicidade. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2018. 
REIS, L. B. Produção gráfica. Porto Alegre: SAGAH, 2019.
Aula 2
COLLARO, A. C. Produção gráfica: arte e técnica na direção de arte. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. 
MAZZAROTTO, M. Design gráfico aplicado à publicidade. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2018. 
REIS, L. B. Produção gráfica. Porto Alegre: SAGAH, 2019.
Aula 3
BAER, L. Produção gráfica. 3. ed. São Paulo: Editora SENAC, 2001.   
LEOCÁDIO, R. O que é flexografia? Tudo sobre o processo e principais benefícios. 2019. Disponível em: https://www.futuraexpress.com.br/blog/flexografia/. Acesso em: 28 out. 2021.
PADILHA, A. Como identificar os tipos de impressão. 2009. Disponível em: https://arianepadilha.wordpress.com/2009/11/18/como-identificar-os-tipos-de-impressao/. Acesso em: 23 out. 2021.
ROTOGRAVURA. Práticas de Design_ESADcr. 2013. Disponível em: http://praticasdesign.blogspot.com/2013/06/rotogravura-rotogravura-um-processo-de.html. Acesso em: 23 out. 2021.
SENAI. Flexografia: tecnologia de impressão flexográfica. Bauru: SENAI “João Martins Coube”, 2005. 82 p.
SITE COMUNIQUEIRO. Rotogravura. 2008. Disponível em: https://www.comuniqueiro.com/dicionario/rotogravura. Acesso em: 28 out. 2021.
SCARPETA, E. Flexografia manual prático. São Paulo: Bloco Comunicação Ltda., 2007. 
VILLAS-BOAS, A. Produção gráfica para designers. São Paulo: 2AB, 2008.
ABFLEXO (2003), Disponível em: https://abflexo.org.br/. Acesso em: 23 out. 2021.
Aula 4
AMBRÓSIO, L. A. A serigrafia como material didático para o ensino de artes. 2014. Monografia (Especialização em Artes Visuais) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.
ANASTACIO, M. O. Segurança do trabalho em máquina tampográfica. 2014. In: III Congresso Internacional de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento (p. 10). São Paulo: Universidade de Taubaté, 2014. Disponível em: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/viewer.html?pdfurl=http%3A%2F%2Fwww.unitau.br%2Ffiles%2Farquivos%2Fcategory_154%2FMCE1109_1427379966.pdf&clen=337584&chunk=true. Acesso em: 18 nov. 2021.
BAER, L. Produção gráfica. São Paulo: Editora Senac, 2005.
CHILVERS, I. Dicionário Oxford de arte. São Paulo: Martins Fonte, 2007.
COELHO, M. A. M. Estudo das variáveis e implementação de melhorias no processo de tampografia. 2016. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Universidade do Minho, Braga, 2016.
MACEDO, V. O que é impressão sublimática e quais as suas vantagens para as empresas de comunicação visual? [s. d.]. Disponível em: https://novasilk.com.br/news/dicas/o-que-e-impressao-sublimatica/#:~:text=A%20impress%C3%A3o%20sublim%C3%A1tica%20%C3%A9%20um,de%20imagem%20no%20produto%20final. Acesso em: 21 out. 2021.
OLIVEIRA, A. D. Serigrafia: história e técnica. CRVAP, Jacareí-SP, 2013. (Apostila).
SOUZA, P. H. de O. Análise da eficiência dos tratamentos de superfície em peças plásticas para aplicação do processo de tampografia. 2018. Monografia (Bacharel) – Centro Universitário do Sul de Minas, Varginha, 2018, p. 60.
TELE SILK. Disponível em: https://www.telesilkonline.com.br/tela-esticada. Acesso em: 27 out. 2021.
VILLAS-BOAS, A. Produção gráfica para designers. São Paulo: 2AB, 2008.
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