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matéria de Produção Gráfica

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Aula 1
PROCESSO DA PRODUÇÃO GRÁFICA
Produção gráfica é um conjunto de operações que envolve três áreas distintas: pré-impressão, impressão e acabamento, concretizando, assim, qualquer projeto gráfico.
35 minutos
INTRODUÇÃO
Produção gráfica é um conjunto de operações que envolve três áreas distintas: pré-impressão, impressão e acabamento, concretizando, assim, qualquer projeto gráfico. Ao utilizar recursos como criatividade, conhecimentos tecnológicos, processos industriais de impressão e suas reproduções, é importante observar como cada processo de impressão afeta a sua criação. Além disso, tal produção abrange, também, as opções de materiais, os custos e os serviços de terceiros (gráfica, design gráfico etc.), buscando atender às demandas existentes e desenvolver projetos de forma inovadora.
Para que isso ocorra de uma maneira satisfatória, é preciso ler, compreender e elaborar relatórios técnicos, fazer planos, projetos com pleno domínio metodológico e atuar com flexibilidade. Se fizer uso desses recursos, o projeto gráfico terá um resultado aceitável para o cliente.
Agora, tenha a certeza de que, com esforço e disciplina, você vai conseguir fazer grandes conquistas. Então, vamos começar!
ASPECTOS DE UM PROJETO GRÁFICO
Associação dos Designers Gráficos (ADG Brasil) 
A Associação dos Designers Gráficos (ADG Brasil) foi fundada em 1989 com uma finalidade bem definida e objetivos sólidos: a valorização e a divulgação do design gráfico nacional. Ela segue “atuando como um canal entre profissionais, fornecedores, empresários e público em geral, procura afirmar a identidade da profissão, contribuindo para o desenvolvimento social, cultural e econômico do país’’ (ADG BRASIL, [s. d., s. p.]).
A Associação dos Designers Gráficos possui várias publicações, e uma delas é o Glossário da ADG, que explica o que vem a ser uma produção gráfica (ADG BRASIL, 2012, p. 163):
Tarefa de organização e supervisão da realização de peças gráficas.
Área de agência de publicidade ou empresa editorial (editoras e empresas jornalísticas) encarregada pela produção e pelo relacionamento com os fornecedores gráficos.
Someone famous
Produção gráfica
Laura Glüer, no prefácio do livro Produção Gráfica (REIS et al., 2019), comenta o seguinte:
A produção gráfica [...] envolve toda a cadeia de produção de peças gráficas, em diferentes formatos e materiais, com objetivos e públicos dos mais variados. O produtor gráfico está presente em todo o desenvolvimento e fabricação de materiais editoriais e promocionais. 
(GLÜER, 2019 apud REIS et al., 2019, [s. p.])
Entende-se que a produção gráfica é responsável por tornar viável os projetos gráficos, fazer um acompanhamento de todo o processo e de todos os que estão envolvidos no projeto e verificar se algo está ocorrendo fora do previsto, principalmente a produção do molde para impressão (matriz). Por último, há o processo final do produto, que é o acabamento, que vai ser feito na gráfica, havendo diversas técnicas de finalização, e a depender do tipo de acabamento, a decisão pode impactar direto no custo total de produção. Além disso, outros tipos de serviços, como editoração do material, infográficos, fotografias, ilustração, laboratórios (se precisar) e criação de clichês (placa de metal que grava foto mecanicamente em relevo, destinada à impressão de imagens e textos em prensa tipográfica), também fazem parte da responsabilidade do produtor gráfico.   
O relacionamento com os fornecedores, tais como gráficas, fotógrafos e designers gráficos, bem como com os clientes, é parte das atribuições da produção gráfica.
Área de atuação do profissional de produção gráfica
É possível trabalhar em diversos lugares que produzem material para marketing, publicidade, identidade visual, comunicação, entre outros. Podemos citar duas grandes vertentes atuais: as gráficas digitais ou rápidas e as agências publicitárias.
A gráfica rápida pode ser chamada de gráfica digital, que se diferencia de uma indústria gráfica devido à redução do tempo e do custo de produção, pois utilizam um sistema diferente da indústria gráfica. As impressoras das gráficas rápidas podem variar de estilo, como as de jato de tinta, cera e laser, que é a mais utilizada devido a sua velocidade de produção, sua qualidade e seu custo relativamente menor.
Sobre as agências de publicidade, Sampaio (1997, p. 41) assegura que:
A agência de propaganda é a organização especializada na arte e técnica da propaganda que se estrutura especialmente para esse fim, aglutinando profissionais especializados de diversas áreas, acumulando experiências, desenvolvendo e adquirindo tecnologia específica, e prestando serviços para anunciantes de vários setores, que formam sua carteira de clientes.
Lupetti (2006, p. 50) comenta sobre a estrutura de uma agência publicitária da seguinte maneira:
A estrutura de uma agência de publicidade pode variar dependendo do seu porte, mas qualquer agência de publicidade é formada basicamente pelos setores de atendimento, planejamento, criação, mídia e produção, além do administrativo e/ou financeiro.
VIDEOAULA: ASPECTOS DE UM PROJETO GRÁFICO
Os locais voltados a esse mercado de trabalho podem ser uma agência ou uma gráfica. Os elementos do projeto gráfico são colocados num documento, na ordem de construção, como: conceito do projeto, dimensões do material gráfico e como será distribuído ao público. Sobre os equipamentos, pode-se utilizar impressão digital ou offset. 
Videoaula: Aspectos de um projeto gráfico
 
ELEMENTOS INTERPESSOAIS DE UM PRODUTOR GRÁFICO
O produtor gráfico
Monteiro (2008, p. 9) resume o trabalho do setor que cuida da produção gráfica em uma agência e fala qual é a função do produtor gráfico:
O produtor gráfico cuida de toda a parte da produção de material impresso da agência, participando do processo de pré-impressão, a partir da interação com a criação – escolha das cores, tipos de papel, formatos e acabamentos – e com o estúdio – montagem de bonecos, prints e finalização dos arquivos para entrega aos fornecedores –; do acompanhamento da impressão; da entrega do material final e, por fim, do controle de qualidade do material entregue. 
Dessa forma, o profissional:
Administra as fases de produção do projeto gráfico.
Analisa orçamento versos qualidade.
Contribui, junto com o diretor de arte, para a escolha de tipos e as possibilidades de produção e de soluções técnicas necessárias para a produção de peças gráficas.
É responsável pela produção e editoração dos materiais digitais.
As peças gráficas a seguir “passam por um processo de produção gráfica, cujo objetivo é desenvolver um projeto o mais próximo possível do conceito imaginado pela equipe de criação” (REIS et al., 2019, p. 31-32):
Livro: pode ser comercial ou didático e é um produto, em termos gráficos, com acabamento mais bem elaborado. Sua capa é um dos principais atrativos.
Jornal: tem um acabamento menos elaborado, pois é voltado para um rápido consumo.
Revista: possui determinada periodicidade. Há revistas especializadas nas mais diversas editorias e são direcionadas a públicos específicos.
Hoje, existe um rol de programas computacionais voltados para o design e o projeto gráfico, envolvendo editoração e tratamento de imagens, entre outras funções. O produtor gráfico também pode estar envolvido com a criação de páginas da internet. Há ainda campo de trabalho para esse profissional no design de animação. 
(REIS et al., 2019, p. 31-32)
A disponibilidade para aprender é uma característica importante ao produtor gráfico, já que a evolução nas artes gráficas é uma constante, a tecnologia se aperfeiçoa sem parar. Por isso, é importante que o produtor gráfico fique sempre atualizado quanto aos novos procedimentos e equipamentos.
Uma observação: um diretor de arte também pode assumir o cargo de produtor gráfico em agências publicitárias ou bureau de design de pequeno porte.
O que é um projeto gráfico?
Trata-se da idealização das propriedades gráficas e visuais de um produto gráfico, como o uso do grid ou diagrama (definindo o número de colunaspor página), a escolha tipográfica (comunicar por meio da letra impressa) e o uso de ilustrações (imagem como apoio ao texto), além do tipo de papel, de impressão e de acabamento (CASTEDO; GRUSZYNSKI, 2005).
O que faz parte do processo da produção gráfica?
Segue uma lista na ordem de procedimentos que o processo de produção deve abranger:
Proposta – o projeto que inclui: formato, tipo de papel e acabamento.
Pesquisa – pesquisa ou até uma análise de campo sobre o comportamento do público.
Linguagem – conforme análise do público-alvo, é identificada a linguagem verbal e a imagética.
Criação – desenvolvimento do layout do projeto com as especificações alinhadas.
Finalização e execução – após a aprovação e revisão, há a finalização do arquivo para envio à gráfica.
VIDEOAULA: ELEMENTOS INTERPESSOAIS DE UM PRODUTOR GRÁFICO
Neste vídeo, vamos falar sobre o coração de um projeto gráfico e sua importância para um desenvolvimento adequado: o briefing, bem como algumas variações, como: briefing muito extenso, briefing muito dogmático, briefing demasiadamente sistematizado, briefing curto demais e briefing na hora errada e de maneira errada.
Videoaula: Elementos interpessoais de um produtor gráfico
 
TIPOS DE IMPRESSOS E MÍDIAS ALTERNATIVAS
Produtos que podem ser elaborados graficamente
Material corporativo: está relacionado a todo o material que identifica a empresa, o que chamamos de papelaria. “A papelaria corporativa é composta de peças que representam a identidade visual da marca. [...] cartões de visita, envelopes, pastas, crachás, papel timbrado, entre outros, são itens da papelaria corporativa” (COPCENTRO, 2019, [s. p.]).
Figura 1 | Impressos / papelaria
Fonte: Freepik.
Figura 2 | Exemplo de brinde: agenda
Fonte: Pixabay.
Brindes: são produtos que uma empresa usa para presentear contatos e fornecedores, a fim de valorizar o relacionamento e fixar a marca da empresa.
Folheto / flyer / filipeta: são impressos de tamanhos variáveis (normalmente, são pequenos), com informações na frente e no verso ou só na frente do papel, e utilizados na divulgação de eventos e serviços.
Figura 3 | Exemplo de folheto
Fonte: Freepik.
Figura 4 | Exemplo de folder
Fonte: Freepik.
Folder: oferece um certo número de dobras, com ampla quantidade de informações e visual chamativo para divulgar o conteúdo da empresa.
Mala direta: essa mídia é mais usada para divulgação de serviços, produtos e promoções, bem como fidelização de clientes por correio ou e-mail.
Figura 5 | Exemplo de mala direta
Fonte: Flickr.
Figura 6 | Exemplo de cartaz
Fonte: Freepik.
Cartaz: é uma mídia que tem como objetivo divulgar informações visualmente e com um valor estético mais apurado. Os tamanhos mais usados são A3 (29,7 cm x 42 cm) e A2 (42 cm x 59,4 cm) e são colocados em lugares públicos.
Banner: é um instrumento em formato de bandeira e pode ser confeccionado por diversos tipos de materiais; contém informações dos dois ou de um único lado da folha e é usado em vários tipos de ambientes, tanto internos como externos, principalmente em eventos e pontos de venda. 
Figura 7 | Exemplo de banner
Fonte: Freepik.
Figura 8 | Exemplo de backligth
Fonte: Freepik.
Backlight: é um painel com uma moldura metálica cujo espaço para anúncios (frente e verso) pode ser feito de vários materiais, tais como: lona, vinil, chapas de aço galvanizadas com espaços vazados etc. Ele possui vários formatos com iluminação acionada por um sensor fotoelétrico e é uma das mídias externas que mais valoriza o anúncio. O tempo de veiculação varia de 30 a 31 dias.
Frontlight: consiste em um painel de estrutura metálica no qual um material com a propaganda impressa em lona (normalmente) é fixado. Ele recebe o nome de Frontligth pelo fato de que a iluminação fica na parte frontal e externa do painel; além disso, existem medidas padrão, que são: 6 m x 3 m e 3,5 m x 3,5 m, porém pode apresentar outras medidas. Esse painel tem destaque nos grandes centros urbanos ou mesmo em trechos rodoviários, já que pode ser visualizado a grandes distâncias. O tempo de veiculação varia de 30 a 31 dias.
Figura 9 | Exemplo de frontligth
Fonte: Freepik.
Figura 10 | Exemplo de outdoor
Fonte: Freepik.
Outdoor: possui o formato aproximado de 9 m x 3 m e é uma mídia externa com uma capacidade enorme de comunicação. Os materiais usados com mais frequência são papel e lona, mas podem ser usados, também, apliques em madeira; além disso, o tempo de veiculação dessa mídia é de 14 dias (bissemanal). Em diversos países, para todo e qualquer tipo de anúncio ou propaganda exposta ao ar livre usa-se o termo outdoor, entretanto, no Brasil, o outdoor é um meio peculiar, com propriedades próprias que o distinguem de outras mídias exteriores. 
Busdoor: é uma ferramenta de mídia móvel e uma das formas de mídia exterior mais eficientes, pois divulga o conteúdo publicitário nas principais vias dos centros urbanos. Impresso em adesivos autocolantes com alta qualidade de imagem, o material é fixado no vidro da parte traseira do ônibus, proporcionando uma excelente visibilidade por parte de quem anda em outros veículos e mesmo de pedestres. Período de veiculação: 30 dias.
Figura 11 | Exemplo de busdoor
Fonte: Flickr.
VIDEOAULA: TIPOS DE IMPRESSOS E MÍDIAS ALTERNATIVAS
Quanto ao folheto, a função do diretor de arte é saber a finalidade do material, a fim de que a mensagem gere a venda do produto; já o produtor gráfico deve pensar no material. Exemplo: se for para divulgação de um evento, o papel deverá ser simples e barato, pois o público consumirá o conteúdo de forma rápida.
Videoaula: Tipos de impressos e mídias alternativas
 
ESTUDO DE CASO
Imagine que você está trabalhando em uma agência publicitária de médio porte que já está no mercado há 10 anos. Nos primeiros anos, ela cresceu muito e logo se posicionou no comércio como uma agência de excelência, com qualidade e criatividade, que cuida com carinho e mantém um relacionamento de cordialidade com seus clientes e fornecedores. A agência também ganhou consecutivos prêmios e começou a ter muitos clientes, chegando ao ponto de não conseguir atender a novas demandas.
Porém, essa mesma agência vem perdendo muitos clientes e o dono não consegue identificar onde está o problema para tanta perda. Você foi contratado para a área de atendimento e criação, pois, com a perda de clientes, o número de funcionários foi reduzido e você terá de trabalhar nesses dois setores ao mesmo tempo. Você atendeu ao seu primeiro cliente junto com um funcionário já antigo, a fim de que ele pudesse ensiná-lo todos os procedimentos do atendimento e como fechar um serviço. O cliente era uma escola de arte educação que iniciou suas atividades em 2002; ela é uma referência de ensino da arte e cultura e estava promovendo uma exposição de arte em sua própria sede; além disso, desejava confeccionar o material de publicidade para o evento com uma verba bem definida para essa ação.
No horário marcado para o atendimento, a escola de artes apareceu com algumas ideias para a publicidade. O seu mentor, que vamos chamar de Sr. ‘’X’’, no entanto, não deixou você participar da conversa e quase não deu ouvidos para as ideias do cliente, tentando resolver tudo o mais rápido possível. O Sr. “X” pediu um acerto prévio de 50% do valor da campanha e, em pouco tempo, o cliente foi embora. O funcionário, então, logo emitiu a Ordem de Serviço (OS) com uma observação informando que o cliente queria exatamente o que estava contemplado na ordem de serviço; o departamento de planejamento recebeu a OS com um prazo máximo para a construção da estratégia, pois deveria estar pronta no dia seguinte. Esse departamento, então, encaminhou a estratégia para o departamento de criação, que teve dois dias para desenvolver toda a arte do projeto.
Com pouquíssimo tempo, todos os departamentos cumpriram com os prazos e mandaram os arquivos para a gráfica, que fez todos os impressos nos prazos determinados. O Sr. ‘’X’’, por fim, convidou a escola de arte para retirar o material e fazer o acerto de pagamento. A escola dedesenho chegou na hora marcada e foi atendida somente por você, que entregou o material, e, ao vê-lo, o cliente ficou decepcionado, pois não estava como havia pedido, ou seja, tudo estava errado.
Observando essa situação toda, qual foi o motivo da decepção do cliente? Onde você acha que está o problema? Descreva as possíveis causas.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
A sua resposta pode conter algumas das observações a seguir.
Analisando atentamente o caso, podemos notar que, basicamente, todo o problema é de comunicação; houve um desprezo pelo cliente, uma desorganização e até mesmo uma falta de respeito para com os colegas de trabalho.
Vamos ver alguns pontos:
O Sr. ‘’X’’ não deixou você participar da reunião e nem ensinou nada.
O Sr. ‘’X’’ não se importou com as necessidades do cliente e nem levou em consideração suas propostas.
Ele cobrou 50% do valor do projeto sem ter o projeto pronto.
Enganou o departamento de planejamento dizendo que a campanha tinha que ser daquele jeito, que, na verdade, foi ideia dele.
Daí por diante tudo se perdeu. O departamento de planejamento não mandou a proposta da campanha para o cliente aprovar e foi direto para a criação.
O departamento de criação não retornou com a campanha pronta para que o departamento de planejamento a mandasse para o cliente para aprovação.
Os arquivos foram mandados diretos para a gráfica que produziu o material.
Os problemas começaram com uma falta de comunicação, e não foi realizado um briefing com o cliente. Além disso, os departamentos não cumpriram com o protocolo de trabalho, que seria: para cada etapa do desenvolvimento do projeto, haver uma autorização (OK) do cliente.
Foi cobrado um valor sem saber o escopo do planejamento e os custos com a gráfica, e o Sr. ‘’X’’ resolveu assumir o papel de produtor gráfico e toda a confusão foi gerada.
É importante ler atentamente o que é pedido, entender a necessidade do cliente e, depois, pesquisar e procurar diversas fontes para obter mais conhecimento sobre o assunto. Pesquisar associações reconhecidas, agências que já são referências no mercado ou artigos científicos é o caminho a seguir.
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Uma característica do universo das artes gráficas é a constante evolução tecnológica e suas aplicações no mercado.
No artigo Um percurso em desgin gráfico e comunicação visual, você encontra uma dissertação para ampliar mais o conhecimento de projetos e produção gráfica.
O artigo Designers como gestores de identidade visual, pode ajudá-lo a perceber a importância da identidade visual da empresa.
Aula 2
MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
A identidade visual ajuda, de uma maneira direta, a empresa ou instituição a criar um elo com seu consumidor/cliente, construir uma reputação e gerar credibilidade e confiança.
34 minutos
INTRODUÇÃO
A identidade visual ajuda, de uma maneira direta, a empresa ou instituição a criar um elo com seu consumidor/cliente, construir uma reputação e gerar credibilidade e confiança. Ter uma identidade visual e saber como usá-la ajuda a marca a atingir o seu público-alvo com facilidade e eficácia, bem como a gerar uma relação positiva entre empresa e cliente. Por isso, é importante elaborar um manual de identidade para garantir a correta aplicabilidade nos diversos formatos de divulgação.
Para atingir a relação empresa-cliente, você precisa utilizar os elementos visuais de uma forma inovadora e planejar com muito cuidado a utilização da marca. Não se esqueça de que a prática reflexiva sobre o conteúdo mais a investigação sobre elementos gráficos e seus impactos aprimorarão mais o seu conhecimento, por isso, reserve um tempo para se dedicar ao estudo.
Toda jornada começa com o primeiro passo, então, com perseverança e disciplina, poderá ir a qualquer lugar.
ELEMENTOS GRÁFICOS DA IDENTIDADE VISUAL DE UMA EMPRESA OU INSTITUIÇÃO
Identidade visual
Uma das partes mais importantes de uma empresa, escritório, agência e de qualquer atividade econômica é sua identidade visual, mas o que é isso?
A identidade visual é formada por vários elementos gráficos e visuais e tem com responsabilidade criar um ambiente para a empresa que explica quem ela é, quais são seus valores, qual sua missão, visão e, até mesmo, como ela percebe o mundo e a sociedade.
A preparação de uma identidade visual não serve somente para diferenciar serviços e produtos; ela exerce um enorme papel explicando ou demonstrando qual a filosofia adotada pela instituição/empresa, mostrando o objetivo de fornecer uma série de características de qualidades, benefícios e serviços à comunidade na qual está inserida; além disso, ela deve ser muito bem construída para que seu valor patrimonial e cultural não perca sua importância e seus objetivos.
O design Gilberto Strunck (1989, p. 57), comenta sobre a identidade visual:
Identidade Visual é o conjunto de elementos gráficos que irão formalizar a personalidade visual de um nome, ideia, produto ou serviço. Estes elementos devem informar, substancialmente, à primeira vista. Estabelecer com quem os vê um nível ideal de comunicação.
Na figura 1, podemos observar um manual de identidade visual no seu formato de apresentação, já finalizado.
Figura 1 | Exemplo de manual de identidade – capítulo referente à construção do logo
Fonte: Flickr.
‘’Um programa de identidade corporativa é essencialmente um “sistema” cuidadosamente projetado de todos os elementos visuais que servem como ponto de contato com os diversos públicos’’ (DIEFENBACH, 1992 apud PINHO, 1996, p. 29).
Para que a marca seja sempre reconhecida positivamente e tenha sucesso em sua linha de atuação, é necessário destacar suas melhores qualidades para deixá-la interessante. Assim, a marca será sempre reconhecida e considerada durante as compras dos clientes/consumidor.
Figura 2 | Exemplo de manual de identidade – capítulo de aplicação da marca
Fonte: Flickr.
Com base nos estudos de Peón (2003), podemos identificar seis elementos que são requisitos gerais para o sistema de identidade visual, são eles:
Originalidade: não quer dizer que algo tenha, necessariamente, que ser inédito, porém é importante que a solução encontrada não lembre nenhum outro no mercado e que não prejudique a legibilidade.
Repetição: os elementos que constituem uma identidade visual devem ter a qualidade de poder ser repetidos em várias plataformas para serem memorizados.
Unidade: os elementos básicos que formam a identidade visual devem conter especificações claras de construção, assim, os usuários a identificam e a memorizam.
Fácil identificação: é importante que o usuário possa identificar os elementos da identidade visual.
Viabilidade: para que a identidade visual seja implementada na sua totalidade, precisamos analisar se ela é viável tecnicamente, economicamente e operacionalmente.
Flexibilidade: a identidade visual deve antecipar seu correto aproveitamento em várias condições técnicas e de plataformas.
O que comentamos até agora também recebe o nome de manual de marca ou manual de identidade visual corporativa, que é criado assim que a marca é aprovada e possui todas as informações, regras técnicas e normas a serem adotadas para se manter o padrão da marca nas peças gráficas e de divulgação, como mostra a Figura 1.
Existem vários outros elementos que fazem parte de uma identidade visual ou que pertencem ao manual de identidade visual corporativa, e podemos citar alguns deles, tais como: logomarca, tipografia, paleta de cores, materiais de divulgação etc.
VIDEOAULA: ELEMENTOS GRÁFICOS DA IDENTIDADE VISUAL DE UMA EMPRESA OU INSTITUIÇÃO
A identidade visual vai refletir a visão, a missão e os valores da empresa; esses elementos fazem parte do posicionamento da instituição e são traduzidos em algo imagético. O manual de identidade deve conter a definição da fonte, a cor, a versão em preto e os ícones da marca, por exemplo.
Videoaula: Elementos gráficos da identidade visual de uma empresa ou instituição
 
DICAS DE CONSTRUÇÃO DE UM MANUAL DE IDENTIDADE
Manual de identidade visual
Os manuais de identidade visual são, na verdade, documentosque guiam e fornecem as informações técnicas, as indicações e os detalhes específicos que foram usados na construção, bem como serão utilizados na reprodução da marca e de seus elementos visuais em qualquer canal midiático.
Podemos observar uma série de benefícios ao utilizar o manual de identidade visual (FERREIRA, 2019):
Evita erros e retrabalho, mostrando o uso correto da marca.
Mantém os padrões da marca, como a tipografia e as cores utilizadas.
Possibilita fazer uma documentação da marca e seu histórico de evolução.
Facilita o uso correto da marca pelas equipes de criação.
Garante uma relação positiva com o público-alvo.
Vamos conversar um pouco mais sobre isso e falar sobre os sistemas modulares ou grid e para que servem. A modulação padrão ou grid é o que determina o formato e a aplicação da marca em cima de linhas ou módulos. Podemos entender um pouco mais sobre grid ou modulação no texto abaixo.
Um diagrama (grid) proporciona ao designer um método próprio para organizar os elementos tipográficos e visuais do layout, estabelecendo a relação de cada um deles com a configuração total. Permite ao designer criar diferentes layouts contendo uma variedade de elementos, sem, todavia, fugir da estrutura predeterminada... proporcionará um sentido de sequência, de unidade [...]. 
(HURLBURT, 1986, p. 83)
Na Figura 3, podemos notar as linhas do grid de construção.
Figura 3 | Exemplo de grid para construção da marca
Fonte: Flickr.
Neste outro exemplo (Figura 4), vemos que o grid foi usado como um módulo padrão e depois repetido para se criar as devidas proporções.
Figura 4 | Exemplo de grid modular para construção de marca
Assinatura visual
A assinatura visual tem a ver com a marca (gráfica) de uma empresa, instituição ou grupo, sendo a junção do logotipo e do símbolo. Essa marca, normalmente, é representada por um texto e/ou uma imagem que, com o passar do tempo e exposição ao cliente, começa a ter um valor mais específico. Por isso, é importante construir a marca com muita cautela e pesquisa, a fim de que ela se torne uma representação visual da empresa, instituição ou grupo.
Conforme a designer e conferencista Alina Wheeler:
A Identidade visual é tangível e faz um apelo para os sentidos. Você pode vê-la, tocá-la, agarrá-la, ouvi-la, observá-la se mover. A identidade da marca alimenta o reconhecimento, amplia a diferenciação e torna grandes ideias e significados mais acessíveis. A identidade da marca reúne elementos díspares e os unifica em sistemas integrados. 
(2012, p. 14)
Figura 5 | Exemplo de assinatura visual (símbolo mais logotipo)
Símbolo é um signo que é combinado para desempenhar a função de representar algo ou alguma coisa; pode ser usado qualquer elemento (figura, objeto etc.) para ser um símbolo, desde um desenho simples, imagem ou algo mais complexo com o objetivo de passar ou contar algo por meio do seu visual.
Logotipo
Strunck (2001, p. 70) explica que logotipo ‘’é a particularização da escrita de um nome. Sempre que vemos um nome representado por um mesmo tipo de letra (especialmente criado, ou não), isso é um logotipo. Toda marca tem sempre um logotipo. Um logotipo sempre tem letras’’.
Figura 6 | Exemplo de logotipo
Espacejamento
É a distância de uma letra para outra e/ou de linha para outra linha. Essa distância pode ser mecânica, em que o próprio software tem um padrão determinado, ou óptico, podendo-se alterar essa distância (de letra para letra), que é denominada Kerning. Essa manipulação serve para gerar um visual esteticamente mais agradável.
Figura 7 | Exemplo de espacejamento em um logotipo
VIDEOAULA: DICAS DE CONSTRUÇÃO DE UM MANUAL DE IDENTIDADE
Um manual de identidade visual tem como objetivo padronizar a aplicação da assinatura visual de diversas maneiras, como cores institucionais, monocromia, traço vazado (outline), área de proteção, reduções, uso sobre fundos coloridos e com tonalidades de cinza, variações da assinatura visual e utilizações vetadas.
Videoaula: Dicas de construção de um manual de identidade
 
APRESENTAÇÃO DE MATERIAIS PUBLICITÁRIOS, DIVULGAÇÃO E APRESENTAÇÃO EM AMBIENTES INTERNOS E EXTERNOS
Um manual de identidade visual é importante por demonstrar como construir a marca, como fazer o uso correto das cores, como aplicar a marca em vários tipos de suportes etc. Além disso, também há uma preocupação com a legibilidade da marca quando aplicada sobre alguns tipos de fundo (background), bem como analisa a redução mínima que pode sofrer sem interferir na leitura. Existe outro aspecto de grande importância, que são os materiais (elementos de identificação da empresa, como uniformes, frotas, crachás, papel timbrado etc.) que ajudam na identificação da marca e desempenham um papel publicitário que colabora para a divulgação da marca em ambientes internos e externos.
Percebe-se a importância de um manual de identidade visual pelos comentários de Maria Luísa Peón (2003):
Já uma identidade visual mais forte leva atenção ao objeto e, principalmente, faz com que nos lembremos dele quando o virmos de novo - ou seja, dá maior pregnância ao objeto. Profissionalmente, porém, considera-se como identidade visual aquele componente de singularização visual que é formado por um sistema expressamente enunciado, realizado voluntariamente, planejado e integrado por elementos visuais de aplicação coordenada. 
(PEÓN, 2003, p. 11)
Os elementos abordados em um manual de identidade visual podem variar muito, de acordo com o custo (de produção do manual de identidade visual) e o porte da empresa. Se a empresa for de grande porte e possuir vários setores, como carros, caminhões e motos, a sua necessidade será diferente da necessidade de uma empresa que possui poucos funcionários, sem frota de carro, por exemplo.
Figura 8 | Exemplo de elementos de uma identidade visual
Fonte: Freepik.
O manual pode conter os seguintes tópicos:
Assinatura visual: é a combinação do logotipo com o símbolo, a marca visual da instituição ou empresa.
Alfabeto institucional: trata-se da fonte tipográfica utilizada para normatizar os textos com os demais elementos visuais.
Impressos/papelaria: papelaria e impressos são todos os materiais utilizados em documentos, arquivos e identificações, como: papel carta, envelope ofício, pasta para documentos, cartão de visita, crachá etc.
Brindes: criam uma impressão positiva com os clientes e ajudam na divulgação da marca.
Uniformes: ajudam na identificação dos funcionários, colaborando para a sensação de unidade.
Frota: um grupo de veículos que são identificados com a marca da empresa ou instituição.
Outras aplicações: todo o material que colabora para a publicidade, campanha ou divulgação. Podemos citar: placa de esquina, busdoor, outdoor, painel de estrada, placa de obras, mensagens publicitárias, anúncios em diversos meios.
Esses materiais (de outras aplicações) também são padronizados de acordo com o posicionamento da marca, sua fonte tipográfica, cores e outras informações, e a disponibilização desses elementos pode ser observada no exemplo do crachá (Figura 9).
Figura 9 | Exemplo de crachá
Fonte: Freepik.
Figura 10 | Exemplo de construção de medidas de um crachá
A partir desse diagrama (Figura 10) de construção, é possível padronizar e manter as informações corretamente; e vamos lembrar que padronização é o método utilizado para se adaptar às normas técnicas de usabilidade da marca, portanto, cada peça tem seu diagrama de construção. Num primeiro momento, isso parece algo muito trabalhoso e complicado, porém é justamente essa padronização dos componentes que traz uma harmonia à marca e gera confiança e seriedade à instituição ou empresa.
Pode-se dizer que, ao fazer tais diagramas de construção, você está colocando na prática tudo aquilo que criou ao desenvolver a assinatura visual.
VIDEOAULA: APRESENTAÇÃO DE MATERIAIS PUBLICITÁRIOS, DIVULGAÇÃO E APRESENTAÇÃO EM AMBIENTES INTERNOS E EXTERNOS
Dentro de um manual de identidade visual, é importante manter as informações legíveis e padronizadas, observar a importância de se criar o método de construçãode diagramas, principalmente dos impressos/papelaria, tais como: papel carta, envelope ofício, envelope saco, pasta para documentos, cartão de visita etc.
Videoaula: Apresentação de materiais publicitários, divulgação e apresentação em ambientes internos e externos
 
ESTUDO DE CASO
Retomemos a citação de Gilberto Strunk (1989, p. 57), que comenta sobre a identidade visual:
Identidade Visual é o conjunto de elementos gráficos que irão formalizar a personalidade visual de um nome, ideia, produto ou serviço. Estes elementos devem informar, substancialmente, à primeira vista. Estabelecer com quem os vê um nível ideal de comunicação.
Pode-se entender que a materialização imagética de uma marca começa com a análise de seus elementos mais subjetivos (nome, ideia, conceito, posicionamento mercadológico, entre outros) e que, a partir dessa materialização, é preciso manter a essência da marca, bem como comunicar e representá-la de uma maneira eficiente, atingindo o seu público-alvo.
A partir do exposto, temos a seguinte situação: você foi contratado pelo Sr. Tito Arrais para criar o manual de identidade visual de sua instituição, bem como sua marca (logotipo mais símbolo). O cliente tem poucas informações sobre a identidade que ele quer que seu empreendimento tenha e fez uma lista:
Não tem nome para a instituição.
Seu segmento é de arte (um espaço para dança, música, escultura, teatro e desenho).
Ele espera que os jovens frequentem seu espaço.
Ele gostaria de usar o desenho de um camaleão que seu filho fez e, se possível, manter as cores da ilustração para sua identidade.
Figura 11 | Camaleão que o filho do Sr. Tito Arrais fez
Com as informações que acabou de receber e lembrando dos requisitos gerais para a construção de uma identidade visual: originalidade, repetição, unidade, fácil identificação, viabilidade e flexibilidade, você deve desenvolver um manual de identidade focando a marca da empresa.
Para contextualizar sua aprendizagem, coloque em uma ordem aquilo que você acha interessante para começar a desenvolver, bem como um exemplo da marca (que pode ser feita textualmente. Lembre-se de que é importante o autoestudo para ampliar seus conhecimentos.)
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
O primeiro passo ou o início de tudo é desenvolver um briefing simplificado (é uma série de informações que o cliente passa para se desenvolver um projeto) com o cliente. A partir desse briefing, você terá uma ideia do que ele quer, e após a elaboração do documento, poderá iniciar a pesquisa de segmentos parecidos e até de possíveis concorrentes. 
Analise como você poderá representar o conjunto de artes que fazem parte do seu projeto e crie um nome significativo para a marca, lembrando que ele deseja ser conhecido por essa iniciativa e usar o desenho do seu filho. Além disso, a marca tem que agregar originalidade, repetição, unidade, fácil identificação, viabilidade e flexibilidade.
A partir desses elementos, crie a assinatura visual, pois é a partir dela que todos os outros elementos do manual de identidade são construídos, e esses outros elementos podem variar conforme o tamanho da empresa e suas necessidades, pois o manual de identidade não tem padrão para o formato e nem para o seu conteúdo, porém elementos como construção da marca, fontes tipográficas usadas na marca (caso houver) e padrão de cores estão presentes nos manuais de identidade visual.
Apresente a proposta da assinatura visual para o cliente e, depois do aceite, comece a construção da marca, do alfabeto visual e das possíveis reproduções da marca. Assim que resolver esses requisitos, os demais componentes do manual poderão ser feitos.
Como exemplo de marca, podemos sugerir o próprio nome do cliente (já que ele quer ser conhecido) e o camaleão como símbolo para a marca, que é um elemento mais informal, bem como aplicar a psicodinâmica das cores para atingir o seu público-alvo, que é o público jovem.
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Para desenvolver um manual de identidade visual, você precisa fazer muitas pesquisas e observar o que cada um tem de novidade e como foi construído. 
- O texto Como criar um manual de identidade visual que pode evoluir com seu negócio vai levar você a uma plataforma que ensina o passo a passo de como fazer, com dicas incríveis. 
- A tese Identidade visual e cultura club em São Paulo: a linguagem visual dos clubes de música eletrônica da cidade, é uma ótima dica de leitura para você ver como é feita a aplicação da identidade visual na prática.
Aula 3
MATERIAIS DE DIVULGAÇÃO ALTERNATIVO
A função da mídia não convencional é fazer com que as pessoas/clientes saiam da sua zona de conforto, promovendo um impacto muito grande e que chame a atenção, de uma maneira surpreendente, para o produto ou campanha.
32 minutos
INTRODUÇÃO
A função da mídia não convencional é fazer com que as pessoas/clientes saiam da sua zona de conforto, promovendo um impacto muito grande e que chame a atenção, de uma maneira surpreendente, para o produto ou campanha. Para que isso aconteça, é necessária uma dose espantosa de criatividade e ter como meta uma campanha eficaz e, se possível, divertida.
Então, a partir dos tipos de mídias não convencionais, é importante ter ciência das necessidades do cliente e utilizar, de forma criativa e inovadora, os processos industriais, bem como desenvolver estratégia e metodologia de aplicabilidade do projeto gráfico de maneira eficiente.
Com base nisso, agora, é preciso focar, dedicar-se e conhecer as características dessas mídias para saber quando utilizá-las. Com essa compreensão, você poderá desenvolver projetos inovadores no seu caminho profissional, logo, é fundamental o autoestudo na busca de informações que contribuam para o seu crescimento.  
PRODUTOS NÃO CONVENCIONAIS DE MÍDIA DE DIVULGAÇÃO
Vamos compreender as mídias alternativas
São mídias que não se adaptam aos formatos convencionais e que são expostas ao cliente/consumidor em espaços e circunstâncias atípicas.
Na verdade, as mídias alternativas atingem um público-alvo menor do que as mídias convencionais. Normalmente, esse tipo de mídia (alternativa) é direcionado para um grupo muito particular, em que certos aspectos desse público vão ser explorados para se ter um efeito bem mais agregador.
Podemos entender um pouco mais sobre mídia alternativa por meio da citação do estudioso Xavier Dordor:
A oposição entre mídias e mídias alternativas, para utilização publicitária ou de comunicação, não se reduz a uma simples oposição de veículos de informação. Trata-se de uma oposição de formas de utilização, de conteúdos e de intenções de informação: cada vez mais o meio e a mensagem se confundem. 
(DORDOR, 2007, p. 25)
Essas mídias trazem consigo a característica de fazer pensar ‘’fora da caixa’’, tanto para quem desenvolve a campanha quanto para quem participa (cliente/consumidor), sendo uma oportunidade de interação cliente-marca de uma maneira criativa, extrapolando as estratégias corriqueiras e comuns.
Esse tipo de mídia não tem como vantagem somente a diferenciação em comparação com outras formas de publicidade, pois traz, como benefício, uma nova visão do cliente/consumidor sobre a marca.
De acordo com a Mercatto Comunicação (2018, [s. p.]), “o propósito é oferecer ao público-alvo algo que seu concorrente ainda não realizou, mas sua ação precisa ser muito bem pensada e organizada.” Há uma quantidade razoável de mídias alternativas, mas, para ilustrar melhor o que estamos falando, fizemos uma lista genérica delas:
Mobiliário urbano. 
Espaços específicos em shopping centers.
Meios de transporte urbanos.
Espaços em prédios (escada ou elevadores).
Embalagens de produtos.
Mídia em banheiro.
PDV (ponto de venda).
As maiores vantagens das mídias alternativas são: diferenciação, visibilidade, custo-benefício, inovação, localidade e repercussão espontânea (CRESPIM, 2016).
Diferenciação: de modo espontâneo, enfatiza a marca, bem como pode ter vários formatos diferentes, locais de exposição singulares e as mais diversas interações de maneira criativa – qualidades quemostram o potencial da mídia não convencional.
Visibilidade: uma característica das mídias alternativas é ter diferenciação, não só no modo visual mas também quanto ao local em que será aplicada; além disso, possui uma estratégia ousada, garantindo, por vezes, uma boa aceitação da marca.
Custo-benefício: em relação às mídias tradicionais, o custo das mídias alternativas é mais acessível, pois são expostas para um público mais seletivo e exclusivo.
Inovação: um dos modos de inovação em projetos de comunicação é utilizar os diversos formatos das mídias alternativas, desenvolver maneiras diferentes de veicular as campanhas e apresentar uma maior interação com os clientes/consumidores.
Localidade: um dos objetivos dessa divulgação é expor propagandas em espaços exclusivos para abordar um grupo específico de indivíduos que convivem naquele local, em uma circunstância precisa.
Repercussão espontânea: a mídia alternativa, quando bem criativa e adequada para interação com o grupo-alvo, tem boas probabilidades de incentivar uma atitude instintiva de partilhar nas redes sociais e divulgar a marca, por exemplo. 
VIDEOAULA: PRODUTOS NÃO CONVENCIONAIS DE MÍDIA DE DIVULGAÇÃO
Neste vídeo, vamos abordar, de uma maneira mais direta e simplificada, a importância das mídias alternativas não convencionais, como elas podem gerar uma impressão mais positiva em um público mais definido ao utilizar aspectos da cultura desse grupo de pessoas, bem como o local que mais frequentam, criando uma interação público/marca.
Videoaula: Produtos não convencionais de mídia de divulgação
 
APRESENTAÇÃO DE PRODUTOS NÃO CONVENCIONAIS DE MÍDIA DE DIVULGAÇÃO
Neste tópico, vamos abordar produtos não convencionais de mídia de divulgação – Interno, e, neste caso, ‘’interno’’ está relacionado, literalmente, à parte interna de uma loja, supermercado, locais de eventos etc.
As agências de publicidade precisam avaliar o comportamento do consumidor perante a marca para entender qual mídia alternativa usar para potencializar os resultados da campanha. Para tanto, é importante analisar se a marca possibilita o uso de uma mídia alternativa, ou seja, se a marca tem flexibilidade para o uso desses recursos não convencionais e se a finalidade da marca permite essa ação mais ousada.
O espaço interno dos ambientes comerciais é conhecido como PDV (ponto de venda), e é no ponto de venda que está a melhor ocasião e a oportunidade para a realização da venda, alicerçando e consolidando uma marca. Por esse motivo, o preparo do material tem que ser de qualidade e com uma robusta e bem definida estratégia de divulgação.
Segundo Back (2011) apud Alves, Jesus e Ulbanere (2014, p. 6):
O material usado no merchandising de PDV é em sua maioria chamado de Display. Esses displays podem ser das mais variadas formas e aplicações: de chão, de teto, na prateleira, no caixa, fixo ou móvel, executável por uma pessoa, interativo, digital e muitas outras características que despertem o interesse e curiosidade do consumidor no PDV.
A seguir, segue a apresentação de alguns tipos de mídia alternativa não convencional – Interno.
Display de chão: são os grandes displays que ficam apoiados no chão. A maior parte ocupa, em média, um metro quadrado de espaço e está localizada, normalmente, em cantos ou corredores.
Figura 1 | Exemplo de display de chão
Fonte: Freepik.
Figura 2 | Exemplo de display de balcão
Fonte: Freepik.
Display de balcão: são aqueles que ficam expostos sobre os balcões, como testadores de produtos.
Display de ponta de gôndola: esse espaço é alugado, principalmente nas grandes redes de mercado. A maior parte dos clientes/consumidores compreende que o que está à venda na ponta da gôndola é o melhor custo-benefício; além disso, ele é construído sob medida e deve ter autorização da loja, mercado etc.
Figura 3 | Exemplo de Ponta de gôndola
Fonte: Behance.
Figura 4 | Exemplo de take one
Fonte: Freepik.
Take one: localizada em prateleiras e balcões, caracteriza-se por uma pequena caixa fixada em um suporte. A estrutura da caixa é aberta e usada para colocar panfletos.
Faixa de gôndola: é uma faixa que pode variar no comprimento e largura e que anuncia que um determinado produto está naquela prateleira. Ela é utilizada como um delimitador de espaço entre produtos.
Figura 5 | Exemplo de faixa de gôndola
Fonte: elaborada pelo autor.
Figura 6 | Exemplo de adesivo
Fonte: Freepik.
Adesivo: existem dos mais variados formatos, tamanhos e acabamentos; aliás, existem adesivos especiais para serem colocados no chão, conhecidos como floor door.
Bandeirolas: utilizadas na decoração de tetos de lojas ou para anunciar algum tipo de evento.
Figura 7 | Exemplos de bandeirolas
Fonte: Freepik.
Figura 8 | Exemplo de stopper
Fonte: elaborada pelo autor.
Stopper: esse tipo de mídia é confeccionado com papel cartão ou plástico, sendo fixado perpendicularmente nas pontas das prateleiras, dando a impressão de "orelhas" que ficam para fora da gôndola.
Wobbler: são produzidos em acetato, ficam nas prateleiras e possuem uma configuração bem atrativa e funcional, podendo ser vistos a uma boa distância.
Figura 9 | Exemplo de wobbler
Fonte: Free Mockup.
VIDEOAULA: APRESENTAÇÃO DE PRODUTOS NÃO CONVENCIONAIS DE MÍDIA DE DIVULGAÇÃO
Neste vídeo, vamos conhecer outras mídias alternativas não convencionais, tais como: móbile, embalagens, sacolas, caixa de pizza, envelopamento de frota e adesivagem em diversos locais estratégicos. Elas podem gerar um efeito positivo para a marca e fidelizar o cliente, incentivando a propagação da empresa e colaborando para a lembrança de marca.
Videoaula: Apresentação de produtos não convencionais de mídia de divulgação
 
APRESENTAÇÃO DE PRODUTOS NÃO CONVENCIONAIS DE MÍDIA DE DIVULGAÇÃO
Desta vez, comentaremos sobre a mídia alternativa exterior. Como o nome já deixa a entender, essa mídia é veiculada ao ‘’lado de fora’’ dos ambientes comerciais e/ou eventos, conhecida também como “fora de casa” ou out of home.
A principal ideia desse tipo de mídia é impactar o cliente ou consumidor durante sua rotina fora de casa, no trajeto para o trabalho ou ao usar o transporte particular ou público para sua locomoção durante seus afazeres. Durante os percursos, a mídia alternativa exterior faz com que uma marca fique na memória da pessoa; além disso, ela pode ser usada, principalmente, para divulgação de uma campanha específica, bem como para gerar interatividade ou apresentar uma nova promoção para o público.
Como existem muitas distrações na rua, a campanha tem que ser muito bem planejada, com elaboração minuciosa e detalhada, tendo começo e fim determinados. A ação do tempo pode interferir em sua legibilidade, e apesar de ter um custo relativamente mais baixo do que outros tipos de mídia, os cuidados de planejamento têm que existir para que ocorra uma interação eficiente entre marca e público.
A mensagem a ser transmitida tem que ter um formato objetivo, sem muito espaço para interpretações; além do texto, é importante a escolha da imagem certa para gerar um sentimento específico, gerado pela criatividade da peça. Lembre-se de que esses elementos são bem importantes, pois o público circula regularmente nos espaços em que essa mídia acontece.
O estudioso Armando Sant'Anna (1998, p. 196), comenta:
A problemática da mídia é a escolha dos meios adequados a cada situação. [...] Todo um corolário de considerações deve ser levado em conta, tal a ordem de fatores intervenientes que se apresentam. Cada mídia pode exercer diferentes influências sobre os compradores em potencial e algumas podem ser mais adequadas do que outras à propaganda de certos produtos. [...] É importante conhecer previamente a capacidade que têm as diferentes mídias de levar o consumidor a tomar conhecimento do produto e das suas vantagens.
Nos capítulos anteriores, comentamos sobre banner, backlight, frontlight, outdoor e busdoor, que são da categoria de mídia exterior; agora, apresentaremos outros exemplos:
Empenas: são anúncios colocados em paredes cegas de edifícios (lado que não possui janelas),gerando grande visibilidade e destaque para qualquer anúncio. São produzidas em lona impressa e podem possuir uma iluminação externa.
Figura 10 | Empena
Fonte: Unsplash.
Testeiras: confeccionada em lona vinílica back ou frontlight, é muito utilizada na fachada de lojas, principalmente em fachada de postos de combustíveis.
Figura 11 | Testeira com o nome do posto
Fonte: Flickr.
Figura 12 | Abrigo de ônibus
Fonte: Flickr.
Mobiliário urbano: são artefatos projetados para serem usados em espaços públicos, para o uso da população ou como apoio dos serviços prestados para cidade.
Abrigo de ônibus: é a infraestrutura utilizada no ponto de parada para que os passageiros aguardem o transporte público. Características:
Material: lona vinílica backlight.
Visibilidade: 2 faces e veiculação bissemanal.
Orientador toponímico ou placa indicativa de rua: usado para identificar e orientar cidadãos e motoristas de veículos quanto à nomenclatura das ruas, avenidas, travessas etc.
Figura 13 | Orientador toponímico ou placa indicativa de rua
Fonte: acervo do autor.
VIDEOAULA: APRESENTAÇÃO DE PRODUTOS NÃO CONVENCIONAIS DE MÍDIA DE DIVULGAÇÃO
Neste vídeo, vamos explanar outros tipos de mídias alternativas não tão convencionais, como elevadores, embalagens e espaços em aviões, convidando o público a observar com atenção as informações e passar uma mensagem específica. Além disso, vamos perceber como a mídia se comporta em relação ao público-alvo.
Videoaula: Apresentação de produtos não convencionais de mídia de divulgação
 
ESTUDO DE CASO
Vamos observar o que Gonçalez (2009, p. 23) comenta sobre publicidade:
Todos os dias somos “apresentados” a uma vasta gama de publicidades, que tem como objetivo cativar e influenciar o consumidor nas suas razões e escolhas. Isso se faz abertamente, sem esconder ou disfarçar nomes e intenções, uma vez que se busca um meio de tornar conhecido um produto [...].
Observe com atenção o que o texto está transmitindo.
Você já trabalha em uma agência de publicidade e acaba de receber um pedido do Senhor Arrais, dono de uma escola de desenho que está completando 20 anos de funcionamento, que quer realizar uma campanha para um evento festivo. Primeiro, a escola deseja divulgar bastante esse evento, e o senhor Arrais fez uma lista de como gostaria que a campanha fosse divulgada. Note os itens a seguir:
Quer divulgar nas principais vias da cidade.
Divulgar em alguns pontos estratégicos da cidade.
Divulgar nos locais que vendem materiais artísticos, museus e bibliotecas da cidade.
Dentro da própria sede da escola.
Ao entregar essa lista, o Senhor Arrais pede a você que sugira alguns tipos de mídia que atenda aos itens da lista. Você tem pouco tempo para pensar, logo, quais os tipos de mídia vai sugerir? Não se esqueça de que é muito importante o autoestudo para o desenvolvimento constante das suas competências pessoais e profissionais. 
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
É certo que ser pego de surpresa não é nada agradável, porém, ao verificarmos atentamente aos pedidos do cliente, podemos sugerir algumas mídias.
Quer divulgar nas principais vias da cidade: o busdoor é uma ferramenta de mídia móvel considerada uma das formas de mídia exterior mais eficientes, pois pode divulgar o conteúdo publicitário nas principais vias dos centros urbanos.
Divulgar em alguns pontos estratégicos da cidade: para isso, temos várias opções, tais como: outdoor, backlight, frontlight e empena. Dessas sugestões, o outdoor é o que melhor atende à solicitação em relação ao custo-benefício.
Divulgar nos locais que vendem materiais artísticos, museus e bibliotecas da cidade: esse item se parece muito com o item 2, porém a mídia, neste caso, pode ser uma mídia alternativa – interna, como banner, cartaz, folder, adesivos e take one. Todas são válidas para divulgação, e o que vai determinar a escolha pode ter relação com o espaço disponibilizado pelas lojas. Deve-se ter um cuidado com os adesivos, pois alguns impressos podem danificar o local de fixação.
Dentro da própria sede da escola: nessa situação, é mais fácil fazer a divulgação, pois se trata do próprio ambiente do evento. É possível oferecer todas as mídias do item 3, inclusive o adesivo de chão (floor door); além disso, é plausível um display de chão e de balcão, e se tiver um clima mais informal e comemorativo, podem ser aplicadas as bandeirolas e o wobbler.
O segredo é usar as mídias com parcimônia e criatividade. Lembre-se de que você foi pego de surpresa e essa lista será uma sugestão inicial, que poderá ser ajustada de acordo com a verba disponível para o evento e a aprovação final do cliente. Caro aluno, lembre-se de pesquisar sempre e atualizar-se quanto as novas técnicas de mercado para o constante aprimoramento de suas atividades. 
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Para entender a influência da mídia alternativa diante dos meios tradicionais sob a hegemonia política, acesse o artigo de Silva et al. (2011):
SILVA, A. C. M. et al. O poder das mídias alternativas diante da hegemonia política sobre os meios tradicionais de comunicação no Rio Grande do Norte. 2011. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2011/resumos/R6-1736-1.pdf. Acesso em: 6 out. 2021.
Como ação competitiva, confira o artigo de Baron (2006) sobre a mídia em banheiros públicos:
BARON, A. Utilização da mídia alternativa nas ações de marketing: comunicação em banheiros públicos. 2006. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2006/resumos/R0562-2.pdf. Acesso em: 6 out. 2021.  
Aula 4
ENCADERNAÇÃO
Para que um projeto gráfico possa ser desenvolvido, vários elementos entram em cena, porém podemos destacar alguns que são essenciais, usados em maior ou menor grau.
33 minutos
INTRODUÇÃO
Para que um projeto gráfico possa ser desenvolvido, vários elementos entram em cena, porém podemos destacar alguns que são essenciais, usados em maior ou menor grau, que são: o textual (que se manifesta por meio dos tipos tipográficos), o imagético (as imagens), o cromático (relativo à cor) e o suporte (superfície que vai receber a impressão, que na maioria das produções utiliza o papel).
É importante termos uma boa compreensão desses elementos para melhor utilizá-los. Nesta aula vamos comentar sobre a evolução da escrita, dos tipos tipográficos e do papel, a história do livro e, por fim, os tipos de encadernação utilizados hoje.
Assim, você pode elaborar projetos de forma inovadora e atuar nas áreas de criação, entendendo os processos industriais de impressão e reprodução, para atender às demandas mercadológicas de maneira satisfatória.
Agora é só se concentrar, fazer anotações e avançar nos estudos com seu material didático e outras fontes de pesquisa.
BREVE ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA E OS TIPOS TIPOGRÁFICOS
Steven Roger Fischer é um linguista da Nova Zelândia, que comenta o seguinte sobre a escrita:
A escrita é, no entanto, muito mais do que “a pintura da voz” como queria Voltaire. Tornou-se a suprema ferramenta do conhecimento humano (ciência), agente cultural da sociedade (literatura), meio de expressão democrático e informação popular (a imprensa) e uma arte em si mesma (caligrafia), para mencionar algumas manifestações. 
(FISCHER, 2009, prefácio)
É interessante ver como Fischer (2009) descreve sobre a escrita que, de certo aspecto, ela transforma a cultura de uma maneira que todos possam conhecê-la e sempre está presente nos diversos saberes do homem como: na poesia, nos versos, no comércio, na filosofia e na própria história.
Escrita cuneiforme
Uma das formas mais antigas que conhecemos veio da Mesopotâmia, especificamente na Suméria, onde eram usadas placas de argila para imprimir certos caracteres em forma de ‘’cunha’’. Essa forma de registro se tornou tão especial que começaram a usar em contratos jurídicos, ou seja, textos que contavam as histórias dos seus deuses (BLOG DO ESPAÇO, [s. d.]).
Figura 1 | Exemplo da escrita cuneiforme
Fonte: Freepik.
Figura 2 | Exemplo de escrita egípcia
Fonte: Shutterstock.
Escrita egípcia 
A escrita egípciajá foi chamada de ‘’a escrita sagrada’’. Foi nomeada como a escrita mais bela do mundo e sua importância histórica se iguala à escrita cuneiforme. Os hieróglifos (ou hieroglifo como eram nomeados os caracteres) constituíam sinais gravados como se fossem a fala dos seus deuses. Os registros tinham como suporte: pedra, madeira e até metal, e poderiam ser usados também papiro e couro (SOUSA, 2021).
Fischer (2009, p. 43), comenta:
A maior parte da escrita no Egito Antigo, no entanto, não era em hieróglifos, que tomavam muito tempo para traçar ou entalhar. A escrita hieroglífica cursiva, só muito mais tarde chamada de “hierática”, desenvolveu-se quase imediatamente como instrumento prático para escrever documentos comuns – cartas, contabilidade, listas – e já no segundo milênio a. C., também textos literários.
Muitos povos foram beneficiados com a criação da escrita e, principalmente, do papiro que era um material leve e fácil de guardar. No contato com novas civilizações, principalmente a grega e a romana, as transformações da escrita chegaram até a forma como a conhecemos.
Tipos tipográficos
Não se pode falar sobre tipografia sem falar de Johannes Gutenberg que é conhecido como o homem que aperfeiçoou os procedimentos para impressão, de maneira que fosse possível trabalhar com grandes quantidades, criando também os tipos móveis, que são caracteres singulares e reutilizáveis.
Figura 3 | Imagem de Johannes Gutenberg
Fonte: Fonseca (2008, p. 44).
Figura 4 | Exemplo de tipo
Fonte: Fonseca (2008, p. 83).
De acordo com Rallo (2018), a tipografia é uma das áreas do design gráfico.
Tipografia, na nomenclatura correta, é a impressão dos tipos (como são conhecidas as fontes). Porém, como a maior parte da escrita hoje é feita digitalmente, esse significado caiu em desuso e passou a abranger todo o estudo, criação e aplicação dos caracteres, estilos, formatos e arranjos visuais das palavras. Por serem a base da comunicação escrita, os tipos precisam ser muito bem trabalhados para serem adequados à mensagem que você deseja passar.
Observe o exemplo a seguir:
Figura 5 | Exemplo de fontes tipográficas
Fonte: Fonseca (2008, p. 51).
Nos projetos gráficos, a utilização do recurso tipográfico sempre merece uma atenção especial. É importante observar se a fonte escolhida é harmônica em relação ao layout do projeto, pensando em todas as peças que serão criadas. Lembrando que se pode mudar de fonte conforme cada peça gráfica. Numa mesma campanha deve-se manter a fonte para criar a identidade visual do projeto.
VIDEOAULA: BREVE ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA E OS TIPOS TIPOGRÁFICOS
Vamos fazer uma análise de como é a estrutura de uma fonte, chamada de anatomia dos tipos de fonte, tais como: haste ou fust, bojo ou barriga, orelha, ombro, abertura, gancho, espora, versalete, eixos (humanista e racionalista), serifa, braço, etc. Vamos observar os tipos de Serifa e suas diferenças.
Videoaula: Breve análise do desenvolvimento da escrita e os tipos tipográficos
 
A HISTÓRIA DO LIVRO E SEU IMPACTO
Desde os primórdios, o ser humano tenta desenvolver uma forma de registrar sua história e os acontecimentos mais importantes, e, para isso, usavam todos os tipos de materiais e superfícies, como: rocha, argila, madeira, metal entre outros, porém era difícil seu manuseio e arquivamento. No Egito antigo (aproximadamente no ano 3.700 a.C.) foi descoberta uma planta da família das cyperaceae (Cyperus papyrus), que tinha em abundância nas margens do rio Nilo, serviria como base para o que se chama de papiro (MACIEL, [s. d.]).
Figura 6 | Exemplo da Cyperaceae (cyperus papyrus)
Fonte: Flickr.
A criação do papel como conhecemos hoje em dia é atribuída aos chineses, principalmente a Tsái-Lun que o criou no ano 105. A forma de confeccionar o papel foi guardado em segredo, porém os árabes tomaram conhecimento desta fórmula e acabaram transmitindo o modo como fazer o papel para todo o Oriente. Em 1150 o papel foi introduzido na Espanha, chegando na Itália, precisamente, em Fabiano só em 1276 que se tornou o polo industrial do papel (MACIEL, [s. d.]).
O papel possui uma importância enorme no desenvolvimento industrial e cultural, pois a maioria dos suportes para impressão é o papel, que é um material flexível e resistente, feito basicamente de subsídios fibrosos, que são transformados em pastas e usadas depois da secagem. Com isso, criou-se maneiras e normas para o seu melhor aproveitamento.
Figura 7 | Bíblia de Gutenberg
Fonte: Fonseca (2008, p. 47).
Um pouco da história do livro
Um dos mais antigos que surgiu aproximadamente no ano 100. Seu nome foi conhecido como códice ou códex, que nada mais era do que dois pedaços de madeira de mesmo tamanho cheios de cera que eram presas de um lado só. Assim podiam ser abertas, dobradas ou fechadas. Era uma espécie de livrinho de cera para uma comunicação mais temporária, muito usada por aprendizes (DIANA, 2020).
Depois de algum tempo e percebendo que o códex não era muito prático, começaram a fazer vários testes de materiais. Então, foi introduzido dentro do códex, o pergaminho, que nada mais era do que peles de animais que passavam por um tratamento na superfície, antes de ser usada para a escrita.
 Os códices começaram a ser usados com mais frequência, pois era durável e muito prático para ser, manipulado, guardado, além de fácil de transportar. Houve o surgimento da página esquerda com o nome de “verso” e a da direita denominada “reto”.
O autor Joaquim Fonseca (2008, p. 55) comenta sobre a evolução do livro:
O século XIX foi testemunho de novas tecnologias, formas e aplicações do design gráfico. Antes disso, o principal meio de comunicação era o livro; porém, a necessidade da comunicação de massa para uma sociedade industrializada deu estímulo às publicações periódicas, aos anúncios e aos cartazes em grande escala. Duas inovações dessa época foram a invenção da litografia pelo austríaco Alois Senefelder, em 1798, e a da máquina de escrever, em 1819, pelo norte-americano Cristofer Sholes, comercializada pela empresa Remington alguns anos depois.
Sem dúvida com o desenvolvimento da tecnologia, principalmente, depois da revolução industrial, os meios de comunicação passaram por um processo de transformação, sua produção ficou mais fácil e em maior tiragem, além do formato, tipo de papel, fonte tipográfica entre tantos elementos que também tiveram significativas evoluções, ou seja, a linguagem gráfica, editorial dos livros estão em constante mudança.
VIDEOAULA: A HISTÓRIA DO LIVRO E SEU IMPACTO
Veremos que os livros infantis são uma vertente da história do livro em constante inovação e crescimento. Seu conteúdo, seu formato e sua temática vão se modificando se moldando a um público muito específico. Autores como Charles Perrault, irmãos Grimm, Christian Andersen Beatrix Potter estão presentes na literatura infantil, com contos e ilustrações.
Videoaula: A história do livro e seu impacto
 
MÉTODOS E TIPOS DE ENCADERNAÇÃO APLICADOS SOBRETUDO EM LIVROS, REVISTAS E CATÁLOGOS, COM O INTUITO DE FACILITAR O MANUSEIO
Os procedimentos finais para um projeto gráfico, que envolva algum tipo de livro, serão: acabamento e encadernação. Esses itens podem acrescentar importância e qualidade ao projeto gráfico, por outro lado se não forem bem produzidos, podem atrapalhar o manuseio e prejudicar o valor do projeto. O acabamento tem elementos fundamentais, tais como: refile, dobras e encadernações (EMBRAPA, [s. d.]).
O refile é um procedimento padrão na finalização de qualquer projeto. Após a impressão da peça gráfica o papel é cortado no formato final, eliminando marcas de impressão ou registros das margens. A dobra ou dobradura é utilizada quando a peça gráfica precisa de um vinco, uma pressão na superfície do papel que o marca para facilitar a dobragem da peça (uma peça pode ter várias dobras). Um aspecto importante é saber a gramatura do papel para saber qual a melhor forma de fazer essa vincagem (marca feita por uma dobra). A dobra mais comum recebe o nome de paralela, no qual as ‘’abas’’ estão viradaspara um mesmo lado.
Com relação às encadernações existem vários tipos, especialmente em revistas, catálogos, apostilas e livros com o objetivo de unir suas páginas para um melhor manuseio. Também existem diversos tipos de acabamento, encadernação e design, que podem implicar no custo final da peça gráfica. Podemos citar os seguintes tipos:
Lombada canoa ou dobra e grampo
O método canoa de encadernação é a maneira mais fácil, pois possui baixo custo. O modo de fazer é bem simples: coloca-se as folhas ou os cadernos sobrepostos e juntos com a capa são grampeados no meio, geralmente, são dois grampos. Não é indicado para uma quantidade muito grande de páginas. 
Figura 8 | Exemplo de lombada canoa ou dobra e grampo
Fonte: acervo do autor.
Figura 9 | Exemplo de lombada quadrada
Fonte: acervo do autor.
Lombada quadrada com ou sem costura
O método lombada quadrada consiste em colar o miolo de diferentes jeitos. Existem dois tipos mais usuais: por meio de costura ou com um tipo de tela. Hoje é realizado com a técnica Hot Melt (uma espécie de adesivo térmico).
No processo com costura e cola Luciana Braun Reis (2019, p. 179), explica que “com costura e cola: em que as folhas de cada caderno são vinculadas por costuras na dobra e só então os cadernos são reunidos, lado a lado, com o uso da cola”.
No método com tela, Reis (2019, p. 179) esclarece que “com tela: é o tipo de maior custo e o mais resistente, incluindo, além da costura, a aplicação de tela para conectar os cadernos (múltiplos de quatro), junto da cola”.
Encadernação com espiral
O mais conhecido tipo de encadernação, largamente utilizado em apostilas ou materiais didáticos, devido ao seu baixo custo e à sua rapidez para encadernar, consiste em furos feitos com um aparelho mecânico, nas folhas. Logo depois se acrescenta a capa e contracapa que normalmente são de plástico ou pvc, podendo ser transparentes ou coloridos. Os elementos são alinhados e se coloca uma espiral de plástico, unindo as folhas e capas (COPYHOUSE, 2021).
Figura 10 | Exemplo de encadernação com espiral
Fonte: acervo do autor.
Figura 11 | Exemplo de encadernação: Wire-o
Fonte: acervo do autor.
Encadernação: Wire-o
O tipo wire-o ou duplo anel constitui-se de um arame metalizado, mais requintado e mais forte e a diferença com o sistema espiral é que os furos são quadrados, que pode ser usado com várias gramaturas de papel. Muito usado para calendários, cadernos, catálogo de empresas, manual de identidade coorporativo, portfólios, entre outros. Outra característica atrativa é que pode ser variada a quantidade de folhas/páginas e permite capas duras ou flexíveis.
VIDEOAULA: MÉTODOS E TIPOS DE ENCADERNAÇÃO APLICADOS SOBRETUDO EM LIVROS, REVISTAS E CATÁLOGOS, COM O INTUITO DE FACILITAR O MANUSEIO
Vamos analisar que a construção estrutural de um livro é moldada por tradições e normas técnicas, até pela característica de cada editora. Esses elementos formadores de um livro consistem em uma padronização de informações, como suas disposições e propriedades: sobrecapa ou jaqueta, capa, anterrosto, verso do anterrosto, folha de rosto, etc.
Videoaula: Métodos e tipos de encadernação aplicados sobretudo em livros, revistas e catálogos, com o intuito de facilitar o manuseio
 
ESTUDO DE CASO
Você trabalha na gráfica rápida chamada Cometas, na função de assistente de produção e um cliente aparece na gráfica levando um material produzido pela sua empresa, que é uma escola de desenho. O material desenvolvido foi uma apostila para seus cursos de gravura.
O seu líder pede que você analise o material da escola de desenho, pois este deve ser impresso e encadernado. O cliente não conhece os tipos de encadernação, então esta é uma oportunidade de explicar as opções disponíveis na gráfica Cometas.
O cliente solicita que você sugira uma encadernação com custo baixo e, se possível, com um belo acabamento.
Você verifica a apostila, que possui 45 páginas em tamanho A4, com páginas coloridas.
Analisando a situação, o que você vai sugerir? Quais são as opções de encadernação que a gráfica pode executar? E em relação ao custo, o que pode ser oferecido ao cliente? Para que você, estudante, tenha a solução mais adequada, é fundamental ler o livro didático e pesquisar o tema em outras fontes de estudo. Com isso, a prática do autoestudo vai permitir um aperfeiçoamento contínuo de suas competências profissionais.
RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO
E aí? Você conseguiu relacionar as opções de encadernação disponíveis? E os custos, fez uma análise comparativa?
Observando atentamente o que o cliente pediu: uma apostila de 45 páginas, um custo baixo e se possível com um belo acabamento. Juntamente com a análise das opções de encadernação, você poderá sugerir a) uma lombada canoa; b) dobra e grampo ou c) encadernação com espiral.
Apesar da lombada canoa ou dobra e do grampo serem sugestões adequadas, normalmente, uma gráfica rápida não tem o equipamento certo para fazer esse tipo de encadernação e a capa tem uma gramatura um pouco maior (maior gramatura) para um melhor acabamento.
O uso da encadernação com espiral é uma boa alternativa, pois neste sistema coloca-se uma proteção transparente de plástico ou pvc e uma tela transparente ou colorida como contracapa. O custo é relativamente baixo, e a capa colorida pode se chegar e um ‘’belo acabamento’’ como sugerido pelo cliente.
Outra opção parecida com a encadernação com espiral, e que tem um acabamento melhor é a encadernação wire-o, porém o custo é bem mais elevado.
Portanto, a melhor sugestão é a encadernação com espiral. Para saber mais sobre acabamentos e encadernação leia atentamente o livro didático e outras fontes de pesquisa. Essa prática vai proporcionar um avanço constante no desenvolvimento de suas atividades profissionais.
Resolução do Estudo de Caso
 
Saiba mais
Um bom conteúdo sobre a história do livro é a obra de Nishizawa (2013).
NISHIZAWA, A. J. A evolução do livro: como o desenvolvimento simultâneo de três aspectos tem modificado a história do livro. Dissertação de Mestrado. 2013. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-19012015-145902/publico/ANDREJUNNISHIZAWAVC.pdf. Acesso em: 3 ago. 2021. 
REFERÊNCIAS
7 minutos
Aula 1
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Aula 2
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Aula 3
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Aula 4
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Aula 1
ESTUDO SOBRE A LUZ
Desde os tempos antigos o homem busca compreender a formação da luz e das cores. As cores nos influenciam de forma física e psicológica, além de poder trazer emoções como alegria ou tristeza, sensação de frio ou calor.
29 minutos
INTRODUÇÃO
Desde os tempos antigos o homem busca compreender a formação da luz e das cores. As cores nos influenciam de forma física e psicológica, além de poder trazer emoções como alegria ou tristeza, sensação de frio ou calor. A luz é intermediária entre a natureza e o homem, através dela temos a percepção visual dos detalhes da natureza que nos rodeia. Sendo assim é fundamental entendermos como o ser humano percebe as cores e os sentimentos causados por elas. O estudo das cores na publicidade e comunicação permite aplicar mensagens atrativas e sedutoras, e reproduzi-la em diversos materiais como: embalagens, rótulos, logotipos, cartazes, etc. Aprofunde seu conhecimento sobre a teoria das cores, com a leitura do material didático e de outras fontes de pesquisa como artigos e dissertações.
Bons estudos! 
A LUZ É RETA / A LUZ É ONDA / LEIS DA ÓPTICA / A LUZ É PARTÍCULA
Para entendermos a respeito das cores precisamos primeiramente compreender sobre a luz. A óptica é o campo dentro da física que estuda as leis referentes à luz e aos fenômenos da visão. Você já se perguntou “o que é a luz e como ela é formada?”.
Essa é uma pergunta feita desde os tempos dos antigos filósofos gregos. Eles acreditavam que a luz era emanada dos objetos, sendo possível então sua visualização pelo ser humano. Porém, no século XVII, o físico Isaac Newton apresentou o Modelo Corpuscular da Luz, que defendia que a luz era formada por partículas luminosas que se moviam em alta velocidade em linha reta. Essa teoria conseguia explicar os fenômenos ópticos da reflexão e da refração da luz (COLLARO, 2012). Na sequência, o físico Christian Huygens apresentou uma teoria divergente de Isaac Newton. Em seu modelo, Huygens propunha que a luz eram ondas. Ambas as teorias geraram vários debates no campo da ciência da física, até que no século XIX, o físico Thomas Young apresentou a experiência conhecida como Dupla Fenda, que conseguiu comprovar cientificamente que a luz é formada por ondas, como uma onda sonora (DARRIGOL, 2012).
Um fenômeno dentro da óptica é a dispersão (ou refração) da luz. Isaac Newton em seus estudos fez uma experiência com um prisma de vidro, em que comprovou que o raio de luz branca, ao atravessar o prisma, dispersava a luz. Ou seja, era possível dispersar as cores que compõem a luz branca, que são as cores do arco-íris, também conhecido como o espectro visível da luz (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
Observe na Figura 1, a dispersão da luz que formam as principais cores.
Figura 1 | Dispersão da luz
Fonte: Wikimedia Commons.
Newton também realizou estudos sobre a dispersão da luz em disco de cores, pintado com as cores do arco-íris. Ao pegar esse disco e girá-lo rapidamente é possível ter uma percepção ótica que as cores estão se misturando, ou seja, adicionando umas sobre as outras, e, consequentemente, enxergando a cor branca (COLLARO, 2012). Sendo assim, podemos dizer que a adição (ou sobreposição) de todas essas cores se cria a cor branca.
Quando a luz é absorvida e refletida pelos objetos, geram as cores que são recebidas e interpretadas pelos nossos olhos. Então, ao enxergarmos um objeto vermelho, por exemplo, como uma maçã, na realidade essa superfície (ou objeto) está absorvendo todas as cores exceto a cor vermelha, que por sua vez está sendo refletida e direcionada para nossos olhos que irão identificar o objeto como vermelho. Observe a Figura 2 para compreender melhor a respeito. Repare no movimento “A” no qual a luz do sol está atingindo a maçã, que por sua vez faz o movimento “B”, refletindo apenas a frequência de luz e cor vermelha para a visão humana, que por sua vez interpretará a maçã como cor vermelha (movimento “C”).
Figura 2 | Absorção e reflexão da luz
Fonte: Wikimedia Commons.
VIDEOAULA: A LUZ É RETA / A LUZ É ONDA / LEIS DA ÓPTICA / A LUZ É PARTÍCULA
Dentro do campo de estudo da óptica existe a óptica geométrica. Ela descreve os fenômenos ópticos como a reflexão por meio dos raios de luz. Também aborda a respeito das sombras e de seus objetos. São três princípios fundamentais:
• Propagação retilínea.
• Independência dos raios.
• Reversibilidade

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