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* * ANTIHISTAMÍNICOS - Histamina A histamina é uma amina biogênica encontrada em numerosos tecidos. Trata-se de um autacóide=uma molécula secretada localmente para aumentar ou diminuir a atividade das células adjacentes. A histamina é um importante mediador dos processos inflamatórios, desempenha também funções significativas na regulação de ácido gástrico e na neurotransmissão. * * Histamina A histamina é sintetizada a partir do aminoácido L-histidina. A síntese da histamina ocorre nos mastócitos e basófilos do sistema imune, nas células enterocromafim-símile(ECL) da mucosa gástrica e em certos neurônios no sistema nervoso central(SNC) que utilizam a histamina como neurotransmissor. É liberada em grandes quantidades durante a fase imediata da reação alérgica. * * Ações da histamina A histamina possui um amplo espectro de ações, que envolvem numerosos órgãos e sistemas orgânicos. Para compreender as funções da histamina, é conveniente considerar seus efeitos fisiológicos em cada tecido. Esses efeitos incluem ações sobre o músculo liso, o endotélio vascular, as terminações nervosas aferentes, o coração, o trato gastrintestinal e o SNC. * * Ações da histamina * * Ação da histamina no pulmão: A histamina causa contração do músculo liso brônquico nos seres humanos(embora esse efeito possa variar em outras espécies). Pacientes com asma podem ser até 1000vezes mais sensíveis à broncoconstrição mediada pela histamina do que indivíduos não asmáticos. * * Ações da histamina As ações celulares da histamina sobre o músculo liso provocam contração de algumas fibras musculares e relaxamento de outras. A histamina dilata todas as arteríolas terminais e vênulas pós capilares. Todavia, as veias sofrem constrição com exposição à histamina. * * Ações da histamina na pele: Na presença de infecção ou de lesão, a dilatação das vênulas induzida pela histamina faz com que a microvasculatura local seja ingurgitada com sangue, aumentando o acesso das células imunes que iniciam os processos de reparo na área lesada. Esse ingurgitamento explica o rubor observado nos tecidos inflamados. * * Ações da histamina Embora outros músculos lisos como os do intestino, da bexiga, da íris e do útero sofram contração com a exposição à histamina, não se acredita que esses efeitos desempenhem um papel fisiológico ou clínico significativo. A histamina também provoca contração das células endoteliais vasculares , provocando a separação dessas células permitindo o escape de proteínas plasmáticas e líquido das vênulas pós-capilares, com conseqüente formação de edema. * * Ações da histamina nas terminações nervosas As terminações nervosas sensitivas periféricas também respondem à histamina. As sensações de prurido e de dor resultam de uma ação despolarizante direta da histamina sobre as terminações nervosas aferentes.Esse efeito é responsável pela dor e prurido após uma picada de inseto. * * Ações da histamina As ações combinadas da histamina sobre o músculo liso vascular, as células endoteliais vasculares e terminações nervosas são responsáveis pela resposta de pápula e eritema observada após a liberação de histamina na pele. A contração das células endoteliais provoca a resposta de pápula edematosa enquanto o eritema doloroso resulta da vasodilatação e estimulação dos nervos sensitivos. * * Ações da histamina no nariz: Estimula as terminações nervosas sensoriais(prurido e espirros) Aumenta a permeabilidade vascular(edema e obstrução) Estimula secreções glandulares (coriza) * * Ações da histamina no Os efeitos cardíacos da histamina consistem em pequenos aumentos na força e freqüência das contrações cardíacas. A histamina aumenta o influxo de Ca++ nos miócitos cardíacos, resultando em aumento do inotropismo. O aumento da freqüência cardíaca é produzido por um aumento na taxa de despolarização de fase 4 nas células do nó sinoatrial. * * Ações da histamina no O principal papel da histamina na mucosa gástrica consiste em potencializar a secreção ácida induzida pela gastrina. A histamina é uma das 3 moléculas que regulam a secreção de ácido no estômago, sendo as outras duas a gastrina e a acetilcolina. A ativação dos receptores de histamina no estômago leva a um aumento de Ca++ intracelular nas células parietais e resulta em secreção aumentada de ácido clorídrico pela mucosa gástrica. * * Ações da histamina no A histamina também atua como neurotransmissor no SNC. Tanto a histidina descarboxilase quanto os receptores de histamina estão expressos no hipotálamo, e os neurônios histaminérgicos do SNC possuem numerosas projeções difusas pelo cérebro e medula espinhal. Embora a função da histamina no SNC não estejam bem estabelecidas, acredita-se que ela seja importante na manutenção do estado de vigília e atue como supressor do apetite. * * Receptores de histamina As ações da histamina são mediadas pela sua ligação a 4 subtipos de receptores: H1,H2,H3 e H4 Todos os 4 subtipos consistem em receptores acoplados à proteína G . As isoformas do receptor diferem nas vias de segundos mensageiros e na sua distribuição tecidual. * * Receptores de histamina Princípios de farmacologia,2009,David Golan e Colaboradores,2° edição * * Histamina e anafilaxia É uma condição potencialmente fatal, causada pela desgranulação maciça de mastócitos sistêmicos. Tipicamente, o choque anafilático é desencadeado em um indivíduo previamente sensibilizado por uma reação de hipersensibilidade a uma picada de inseto, a um antibiótico, como a penicilina ,ou a ingestão de certos alimentos altamente alergênicos como por exemplo, nozes. * * Classes e agentes farmacológicos A farmacologia da histamina emprega 3 abordagens,que levam ,cada uma delas ,à inibição da ação da histamina. A primeira abordagem, que é a mais frequentemente utilizada, consiste na administração de anti-histamínicos, que tipicamente são agonistas inversos ou antagonistas competitivos seletivos dos receptores H1,H2,H3 ou H4. * * Classes e agentes farmacológicos A segunda estratégia consiste em impedir a desgranulação dos mastócitos induzida pela ligação de um antígeno ao complexo IgE/receptor Fc nos mastócitos. O Cromolin e o Nedocromil utilizam essa estratégia para evitar crises de asma. Esses compostos interrompem a corrente de cloreto através das membranas dos mastócitos, que constitui uma etapa essencial no processo de desgranulação * * Classes e agentes farmacológicos A terceira estratégia consiste em administrar um fármaco capaz de neutralizar funcionalmente os efeitos da histamina. O uso da Epinefrina no tratamento da anafilaxia fornece um exemplo dessa abordagem. A Epinefrina que é um agonista adrenérgico, induz broncodilatação e vasoconstricção, essas ações anulam a broncoconstrição e vasodilatação e a hipotensão causadas pela histamina no choque anafilático. * * Estratégias da farmacologia da histamina 1) Administração de agonistas inversos do receptor de histamina=Difenidramina=ASMA 2) Prevenção da desgranulação dos mastócitos=Cromolin e Nedocromil=ASMA 3) Administração de antagonistas fisiológicos para anular os efeitos patológicos da histamina=Epinefrina=ANAFILAXIA * * Anti-histamínicos Os anti-histamínicos são denominados segundo o receptor para histamina com o qual interagem. Assim, aqueles que atuam preferencialmente em receptores H1, H2, H3 e H4 são chamados respectivamente,anti-H, anti-H2, anti-H3 e anti-H4. Os anti-H1 são os mais utilizados no tratamento das doenças alérgicas. * * Classificação dos anti-histamínicos H1Bovet e Staub, em 1937, descobriram os primeiros anti-H1, mas só em 1944 foi lançado por pesquisadores franceses o Neoantergan, o primeiro anti-histamínico efetivo e seguro. Nos EUA foi descoberto a Difenidramina com nome comercial de Benadryl. Em 2002, 17 diferentes anti-histamínicos estavam à venda no UK. * * * * Classificação dos anti-histamínicos H1 São as drogas mais prescritas no mundo e, embora tenham eficácia semelhante no tratamento de pacientes com rinoconjuntivite alérgica, urticária e outras doenças alérgicas, diferem de forma importante quanto à sua estrutura química, farmacologia clínica e potencial de toxicidade. * * Classificação dos anti-histamínicos Na atualidade , os anti-histamínicos H1 são divididos em duas categorias: os anti-histamínicos de primeira geração e de segunda geração. Também podem ser denominados clássicos ou sedante e não clássicos ou não sedante no que diz respeito à sua atividade no SNC. * * Anti-histamínicos de primeira geração Por terem fórmulas estruturais reduzidas e serem altamente lipofílicos, atravessam a barreira hematoencefálica, se ligam facilmente aos receptores H1 cerebrais e geram assim o seu principal efeito colateral que é a SEDAÇÃO São rapidamente absorvidos e metabolizados o que exige a sua administração em 3-4 tomadas diárias. * * Anti-histamínicos de segunda geração Tem alta afinidade e seletividade pelo receptor H1. Após administração oral nas doses habituais, atingem rapidamente seu pico de concentração nos tecidos. A ação da maioria deles se inicia 1-2 horas após a administração,sendo seu efeito manifestado por 24 hs, podendo ser empregado uma vez ao dia. * * Efeitos farmacológicos e usos clínicos As evidências mostram que o uso contínuo é mais vantajoso e eficaz que a livre demanda. Em crianças, o tratamento por tempo prolongado pode, ainda, melhorar os sintomas de vias aéreas inferiores e exercer efeito profilático no início da asma em lactentes monos-sensibilizados(a ácaros da poeira e pólen de gramíneas) * * Anti-histamínicos de primeira geração na prática diária Maleato de clorfeniramina: Anagrip,Apracur,Benegripe,Cheracap,Descon,Fluviral,Resfenol,Sinutab,Superhist Maleato de bronfeniramina: Decongex plus,Dimetapp elixir Cloridrato de Meclizina: Meclin * * Anti-histamínicos de primeira geração na prática diária Hidroxizina: Hixizine,Prurizin e Marax Maleato de carbinoxamina: Naldecon,Nasoliv,Resprin Dimenidrinato: Dramin,Dramin B6,Nausolin B6 * * Anti-histamínicos de primeira geração na prática diária Cloridrato de difenidramina: Adnax, Alergofilinal, Benalet, Benatrix, Caladryl, Expectil, Notuss,Ozonil expectorante, Paratoss, Solardril,Tossilerg Succinato de doxilamina: Hystós plus, Silencium, Silomat plus Pirilamina: Conidrin, Engov, Enjoy, Nariplus, Nasopan * * Anti-histamínicos de primeira geração na prática diária Prometazina: Doriless Fenergan creme Cloridrato de prometazina: Fenergan,Prometazol,Fenergan expectorante,Sedador,Lisador Prometazol creme * * Anti-histamínicos de segunda geração na prática diária Cloridrato de epinastina: Talerc Cloridrato de fexofenadina: Allegra,Altiva,Fexodane Loratadina: Altinac,Clarilerg,Claritin,Histadin,Histamix,Loralerg,Loranil,Loremix e as associações com pseudoefedrina acrescenta a letra D ao produto. * * Fexofenadina=Allegra É um metabolito farmacologicamente ativo da terfenadina,apresenta alta afinidade e seletividade pelos receptores H1 periféricos. Não atravessa a BHE e é minimamente metabolizado. Em adultos doses de 120 a 180 mg/dia e crianças com 6 a 11 anos 60 mg/dia, tem potente efeito supressor sobre a pápula e o eritema induzido pela histamina e os sintomas da RA sazonal e perene,inclusive a obstrução nasal. * * Fexofenadina=Allegra É capaz de melhorar de forma significativa os sintomas e a qualidade de vida de pacientes com UCI. Evidências indicam que a FEX é segura e bem tolerada em doses até 11 vezes maiores que as terapêuticas. É destituída de efeito anticolinérgico significativo. Estudos comprovam sua segurança cardiovascular,sedo a droga mais estudada quanto ao potencial de efeitos cardiotóxicos. * * Fexofenadina Não produz qualquer efeito adverso significativo sobre as funções cognitivas e psicomotoras,com semelhança de sedação semelhante ao placebo. * * Anti-histamínicos de segunda geração na prática diária Dicloridrato de cetirizina: Aletir,Cetrizin,Zetalerg,Zyrtec e associações com pseudoefedrina acrescenta a letra D ao produto. Azelastina: Rinolastin nasal Desloratadina: Desalex * * Desloratadina=Desalex É um metabolito ativo da Loratadina que tem alta afinidade de ligação pelo receptor H1. Apesar disso, também interage com 5 subtipos de receptores muscarínicos, o que sugere que possua menor seletividade pelo receptor H1 quando comparada com outros anti-H1 da mesma geração. É absorvida rapidamente e sofre metabolização de primeira passagem no fígado pela via do citocromo P450. * * Desloratadina=Desalex Embora esse fato implique num potencial de interação com drogas que são metabolizadas pela mesma via,como eritromicina e cetoconazol,não existem evidências diretas que isso ocorra. Potente efeito supressor sobre a pápula e eritema induzido pela histamina. Em adultos e crianças acima de 12 anos, DL 5mg/dia é eficaz no tratamento da RA sazonal e perene e da intermitente,melhorando todos os sintomas nasais inclusive a obstrução e sintomas nasais associados. * * Desloratadina=Desalex Estudos realizados na urticária crônica idiopática,foi capaz de melhorar de forma significativa tanto os sintomas como a qualidade de vida dos pacientes. Mostrou-se segura para tratamento de RA e UCI em crianças de 2 a 5 anos e de 6 a 11 anos nas doses de 1,25 mg e 2,5 mg/dia. Não induz alterações clinicamente relevantes no intervalo QT,mesmo em indivíduos que utilizam drogas que usam a mesma via de metabolização hepática. * * Anti-histamínicos de segunda geração na prática diária Ebastina: Ebastel Levocetirizina: Zyxem Rupatadina: Rupafin * * Levocetirizina=Zyxen É o R-enantiômero ativo da cetirizina. Duas vezes mais afinidade pelo receptor H1 que a cetirizina. É rápida e extensamente absorvida e minimamente metabolizada. Administrada 5mg/dia, adultos e crianças de 6 a 11 anos, tem potente efeito supressor sobre a pápula e eritema induzidos pela histamina, RA sazonal e persistente, melhorando todos os sintomas nasais inclusive obstrução, UCI e na prevenção de sintomas imediatos e tardios nos pacientes com reações à picada de inseto. * * Levocetirizina=Zyxen Não interage de forma significativa com qualquer dos subtipos de receptor muscarínicos e, portanto,não manifesta efeitos anticolinérgicos marcantes. Trata-se de um composto seguro e bem tolerado, com mínima incidência de efeitos adversos. Não ocasiona sedação, nem qualquer efeito deletério na cognição e psicomotricidade. * * Rupatadina É um anti-H1 capaz de interagir tanto com receptores H1 quanto com receptores para o PAF,exercendo portanto atividade anti-H1 e anti-PAF. Início de ação rápida e longa duração de efeito. Tem potente atividade anti-H1 periférica,inibindo a pápula e eritema induzido pela histamina,de forma dose dependente. * * Rupatadina=Rupafin Eficaz para tratamento da RA -10 mg/dia a partir dos 12 anos de idade, melhorando o escore de sintomas nasais (incluindo obstrução) e não nasais. É um composto seguro e bem tolerado,com mínimo de efeitos colaterais. Não produz qualquer efeito adverso significativo nas funções cognitivas e psicomotoras. * * Rupatadina=Rupafin Sedação semelhante à observada com placebo. Não foram descritos aumentos clinicamente significativos do intervalo QTc, mesmo em idosos e pacientes que faziam uso de eritromicina e cetoconazol. Deve-se evitar RUP emassociação com drogas que utilizam a via do citocromo P450 uma vez que ela sofre metabolização hepática. * * Efeitos antialérgico-antiinflamatório Alguns anti-H1 regulam a expressão e/ou liberação de citocinas, quimiocinas, moléculas de adesão e mediadores inflamatórios. As propriedades antialérgicas dos anti-H1 geralmente dizem respeito à sua capacidade de afetar a atividade de mastócitos e basófilos, inibindo a liberação de mediadores pré-formados, como a histamina, triptase, leucotrienos e outros. * * Efeitos antialérgico-antiinflamatório Vários anti-H1 de segunda geração(particularmente a cetirizina) são capazes de inibir o influxo de eosinófilos, alteram a expressão das moléculas de adesão no epitélio e no eosinófilos, e reduzem in vitro a sobrevida do eosinófilos. In vivo e in vitro são capazes de alterar a produção de citocinas inflamatórias(TNF-alfa,IL-1beta e IL-6 )e citocinas reguladoras do equilíbrio Th1/Th2 (IL-4 e IL-13). * * Efeitos farmacológicos e usos clínicos Os anti-histamínicos H1 são mais úteis no tratamento de distúrbios alérgicos para aliviar os sintomas de rinite, conjuntivite, urticária e prurido, mas não são úteis no controle da obstrução nasal. Eles bloqueiam fortemente a aumento da permeabilidade capilar necessária para formação de edemas e pápulas. As propriedades antiinflamatórias são atribuíveis à supressão da via do NF-kB(fator nuclear capa) * * Efeitos farmacológicos e usos clínicos Os anti-histamínicos H1 de primeira e segunda geração são igualmente eficazes no tratamento de urticária crônica; entretanto, não são efetivos contra a vasculite urticariforme ou o angioedema hereditário(deficiência do inibidor de C1). A Hidroxizina e a Doxepina são potentes agentes anti-pruriginosos,e a sua eficiência clínica provavelmente está relacionada com seus efeitos pronunciados no SNC * * Efeitos farmacológicos e usos clínico O doxepina, um antidepressivo tricíclico, é mais bem utilizado em pacientes com depressão, visto que até mesmo a administração de pequenas doses pode causar confusão e desorientação em pacientes não-deprimidos. Os anti-H1, são ineficazes como medicação única na asma, na anafilaxia ou angioedema grave com edema de laringe(Epinefrina é o tratamento de escolha). * * Efeitos farmacológicos e usos clínico Os anti-histamínicos tópicos(incluindo preparações nasais e oftálmicas) apresentam início mais rápido de ação; entretanto, necessitam de várias doses ao dia. As preparações cutâneas de anti-histamínicos, administradas no tratamento de dermatoses pruriginosas, podem causar paradoxalmente dermatite alérgica. * * Efeitos farmacológicos e usos clínico Os anti-histamínicos H1 também podem ser usados no tratamento de cinetose, náusea e vômitos associados á quimioterapia e insônia. Ao inibir os sinais histaminérgicos para o centro do vômito ,os anti-H1 como o Dimenidrato, a Difenidramina, a Meclizina e a Prometazina mostram-se úteis como agentes antieméticos. * * Efeitos farmacológicos e usos clínico Em virtude de seus efeitos depressores no SNC, os anti-histamínicos de primeira geração, como a Difenidramina, a Doxilamina e a Pirilamina, também são utilizados no tratamento de insônia. * * Farmacocinética Os anti-histamínicos H1 por via oral são bem absorvidos pelo trato gastrintestinal e alcançam concentrações plasmáticas máximas em 2-3 hs. A duração do efeito varia, dependendo do anti-H1 específico utilizado. Os anti-histamínicos H1 de primeira geração distribuem-se amplamente por todos os tecidos periféricos, inclusive SNC * * Farmacocinética Os anti-H1 de segunda geração, são compostos ionizados em pH fisiológico, razão pelo qual não sofrem rápida difusão através das membranas e penetram pouco no SNC. Ligam-se altamente à albumina e, portanto, estão menos livres para difundir-se no SNC. * * Farmacocinética Como são drogas frequentemente prescritas para uso prolongado, a possibilidade de que possam interagir com outras drogas deve ser sempre levada em consideração. Todos os anti-H1 de segunda geração, à exceção de Cetirizina,Levociterizina e Fexofenadina ,são metabolizados pela via do citocromo P450. * * farmacocinética Os anti-histamínicos H1 são metabolizados, em sua maioria, pelo fígado, e deve-se considerar um ajuste da dose em pacientes com doença hepática grave. Os fármacos que são substratos ou inibidores da enzima do citocromo P450 podem afetar o metabolismo da Loratadina * * Efeitos colaterais A overdose fatal dos anti-histamínicos H1 de primeira geração deve-se, mais provavelmente, aos efeitos adversos profundos sobre o SNC do que aos efeitos cardíacos adversos. * * Antagonistas dos receptores H2 Esses agentes atuam como antagonistas competitivos e reversíveis da ligação da histamina aos receptores H2 nas células parietais gástricas, e portanto reduzem a secreção de ácido gástrico. As indicações clínicas incluem a doença do refluxo ácido (pirose) e a doença ulcerosa péptica. Muitos desses medicamentos estão disponíveis de venda livre para tratamento sintomático da pirose. * * Antagonistas dos receptores H2 A Cimetidina e a Ranitidina são dois dos antagonistas H2 mais comumente utilizados. Um efeito adverso significativo da cimetidina envolve a inibição do fármaco mediado pelo cito cromo P450, podendo resultar em elevações indesejáveis dos níveis plasmáticos de certos fármacos administrados concomitantemente. * * Antagonistas dos receptores H2 Os receptores H2 também estão expressos no SNC e no músculo cardíaco; entretanto, as doses terapêuticas dos antagonistas H2 são suficientemente baixas, de modo que os efeitos adversos cardiovasculares e do SNC são insignificantes. * * Antagonistas dos receptores H3 Até o momento nenhum fármaco para uso clínico foi aprovado. Acredita-se que os receptores H3 fornecem uma inibição por retroalimentação de certos efeitos da histamina no SNC e ECL. Em estudos em animais, eles induzem a um estado de vigília e melhoram a atenção, e acredita-se que esses efeitos sejam mediados pela hiperestimulação de receptores H1 corticais. Tioperamida, Clobenpropit, Ciproxifan e Proxifan são drogas em estudo. * * Antagonistas dos receptores H4 À semelhança dos receptores H3, os receptores H4 acoplam-se à Gi/o, diminuindo a concentração intracelular de AMPc. Como os receptores H4 são seletivamente expressos em células de origem hematopoiética, particularmente mastócitos, basófilos e eosinófilos, existe considerável interesse em elucidar seu papel no processo inflamatório. Representam uma área promissora de desenvolvimento de fármacos para tratamento de condições inflamatórias que envolvem mastócitos e eosinófilos * * Conclusão e perspectivas futuras Avanços recentes , após a clonagem do gene para a codificação do receptor H1, aprimoraram o conhecimento sobre as interações do ligante com o receptor em nível molecular. Assim, com a clonagem dos genes que codificam o receptor H1 da histamina, uma nova área de pesquisa da histamina tornou-se realidade, aumentando as possibilidades do desenvolvimento de novos anti-H1 com maior potência, segurança e seletividade. * * Conclusão e perspectivas futuras Os antagonistas H3 tem o potencial de aumentar o estado de vigília e melhorar a atenção e a aprendizagem. Agentes dirigidos contra os receptores H4 poderão algum dia ser utilizados no tratamento de uma ampla variedade de doenças , como asma, rinite alérgica e artrite reumatóide. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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