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Modernismo Brasileiro

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VANGUARDASVANGUARDAS 
EUROPEIASEUROPEIAS
LLííngua Portuguesangua Portuguesa
MMóódulo VIdulo VI
Prof. Samuel KProf. Samuel Küühnhn
A influência dos A influência dos ismosismos
Movimentos europeusMovimentos europeus para uma para uma nova artenova arte 
no inno iníício do cio do ssééculo XXculo XX:
• Futurismo (Itália)
• Expressionismo (Alemanha)
• Cubismo (França)
• Dadaísmo (Suíça)
• Surrealismo (França)
FUTURISMO
Manifesto do FuturismoManifesto do Futurismo (1909), publicado em LeLe FigaroFigaro, Paris, 
assinado por Filippo Tommaso Marinetti, apelidado de “Cafeína 
da Europa”. Ele desafiava os artistas e mostrarem ‘coragem, 
audácia e revolta’ para comemorar ‘uma nova beleza, a beleza da 
velocidade.’
- O amor ao perigo, o hábito da energia, a temeridade.
- A poesia baseada essencialmente na coragem, na audácia, na revolução.
- A exaltação da agressividade, da insônia febril, do salto perigoso.
- O canto entusiasmado da violência.
- A abominação do passado.
- O canto em poesia das “grandes multidões agitadas pelo trabalho, o 
prazer ou a rebeldia; as ressacas multicolores e polifônicas das 
revoluções nas capitais modernas.”
FUTURISMO
- O canto das estações de veículos, as fábricas, as locomotivas, 
os aeroplanos, os navios a vapor.
- A certeza do caráter perecível da própria obra que pretendiam.
“Um automóvel rugidor, que tem o ar de correr sobre a 
metralha é mais belo que a Vitória de Samotrácia.”
“O tempo e o espaço morreram ontem. Vivemos já no 
absoluto, já que criamos a eterna velocidade 
onipresente.”
“Desejamos demolir os museus e as bibliotecas.”
Vitória de Samotrácia (século II a.C.)
FUTURISMO
BOCCIONI: Poesia em movimento.BOCCIONI: Poesia em movimento. Aliado de 
Marinetti, o ambicioso e agressivo pintor Umberto 
Boccioni (1882-1916) conclamou os pintores a 
renunciar à arte do passado pelos milagres da vida 
contemporânea, definidos por ferrovias, 
transatlânticos e aviões.
“Quero pintor o novo, os frutos da nossa idade industrial”
“Formas Formas ÚÚnicas de Continuidade no Espanicas de Continuidade no Espaççoo”, 
de Boccioni, 1913.
Boccioni comemorou a força e o dinamismo 
da vida moderna nessa escultura futurista 
que mostra uma figura andando a passos 
largos.
FUTURISMO e FASCISMO
Pontos convergentesPontos convergentes:
- Exaltavam o ‘bofetão e o soco’, glorificando a guerra – ‘única 
higiene do mundo’
- Desprezo pela democracia e o socialismo.
- Antifeminismo.
- Caráter antiburguês
Marinetti virou o garoto propaganda 
de Mussolini. Defendia e exaltava o 
massacre italiano contra os negros 
da Etiópia. 
FUTURISMO e o 
MODERNISMO BRASILEIRO
Os modernistas brasileiros recusaram as propostas ideológicas do 
Futurismo, embora reconhecessem as conquistas técnicas do 
movimento, que atuou mais como programa do que como obra 
realizada.
1922
O termo futurista circulava por aqui desde 1912. 
Tomou a conotação de algo caótico ou absurdo e 
teve sentido pejorativo.
No prefácio de Pauliceia Desvairada, Mário de 
Andrade recusa o título que Oswald havia dado a 
ele ao chamá-lo de “O Meu Poeta Futurista”.
“Não sou futurista (de Marinetti). Disse e repito-o. 
Tenho pontos em contato com o futurismo.”
EXPRESSIONISMO
Caracteriza a arte criada sob o impacto da expressão, mas da 
expressão da vida interior, das imagens que vêm do fundo do 
ser e se manifestam pateticamente. O mundo interior é obscuro 
e alógico; logo, assim também deve ser a expressão.
De 1905 a 1930, as formas distorcidas, 
exageradas, as cores destinadas a causar 
impacto emocional dominaram a arte 
alemã.
No quadro Cena de Rua em Berlim (1913), 
de Kirchner distorcia as figuras até chegar a 
formas grotescas, pontudas, para retratar a 
corrupção interna.
EXPRESSIONISMO
Assim como o Surrealismo, o Expressionismo valoriza os mitos, osAssim como o Surrealismo, o Expressionismo valoriza os mitos, os 
sonhos, tudo aquilo que escapa ao controle lsonhos, tudo aquilo que escapa ao controle lóógico do homem.gico do homem.
Trechos do Artigo Expressionismo na Expressionismo na 
PoesiaPoesia (1918). (Kasimir Edschmid)
[...] o universo total do artista expressionista 
torna-se visão. Ele não vê, mas percebe. Ele 
não descreve, acumula vivências. Ele não 
reproduz, ele estrutura. Ele não colhe, ele 
procura. Agora não existe mais a 
cadeia de fatos: fábricas, casas, doença, 
prostitutas, gritaria e fome. Agora existe a 
visão disso. Os fatos têm 
significado somente até o ponto em que o 
mão do artista o atravessa para agarrar o 
que se encontra além deles. [...]
Edvard Munch (1893) O Grito
EXPRESSIONISMO
O HORROR DA GUERRAO HORROR DA GUERRA
Kate Kollwitz (1867-1945) se concentrava em 
temas pacíficos e no sofrimento dos 
pobres. Ela era expressionista na técnica, 
porém mais preocupada com o protesto 
social do que com a investigação interna. 
Usava formas rígidas e linhas ásperas 
para expressar a tragédia da perda no 
pós-guerra. Mortalidade Infantil evoca o 
desespero de uma mãe diante da morte 
do bebê, através do intenso negror da 
xilogravura.
CUBISMO
Na pintura, o ponto de partida da atitude cubista é o quadro de Pablo 
Picasso Les Demoiselles d’Avignon (1907). 
O genial pintor espanhol apresenta na 
composição formas geometrizadas, 
deformadas e fragmentadas, sobretudo 
nos rostos das figuras.
CaracterCaracteríísticas do Cubismo:sticas do Cubismo:
- As obras de arte não devem ser uma 
representação objetiva da natureza, mas 
uma transformação dela, ao mesmo 
tempo objetiva e subjetiva.
- A procura da verdade deve centrar-se 
na realidade pensada e não na realidade 
aparente.
- A obra de arte deve bastar-se a si 
mesma.
CUBISMO
Guernica
(1937)
“A pintura não é feita para decorar apartamentos”, dizia Picasso. “É um instrumento de 
guerra, de ataque e defesa frente ao inimigo”.
Durante a Guerra Civil Espanhola, o ditador fascista Francisco Franco fez um acordo 
com a Lüftwaffe (força aérea alemã) nazista para destruir a cidadezinha basca de 
Guernica. Num bombardeio de 3 horas, dois mil civis foram massacrados, milhares 
foram feridos e a cidade foi arrasada.
As linhas quebradas e os planos fragmentados denotam terror, confusão e violência.
CUBISMO E LITERATURA
Guillaume Apollinaire (1898 - 1918)
CUBISMO E LITERATURA
Oswald de Andrade
Hípica
Saltos records 
cavalos da penha 
correm jaquéis e higionópolis 
Os magnatas 
As meninas 
E a orquestra toca chá 
Na sala de cocktails
Para retratar o ambiente de 
uma corrida de cavalos na 
hípica, o eu lírico promove 
uma “sobreposisobreposiççãoão” de 
imagens que deslocam o 
olhar do leitor da pista, 
onde estão cavalos e 
jóqueis, para o público 
entretido pela orquestra. O 
resultado é uma imagem imagem 
multifacetada, composta multifacetada, composta 
de fragmentos de de fragmentos de 
diferentes planos da diferentes planos da 
realidaderealidade. 
DADAÍSMO
Surge em Zurich, com o primeiro manifesto de Tristan Tzara (1916)
“Dada nasceu de um desejo de independência, de desconfiança para com a 
comunidade. Os que estão conosco guardam sua liberdade. Não reconhecemos 
nenhuma teoria. Basta de academias cubistas e futuristas: laboratórios de ideias 
formais.”
CaracterCaracteríísticas do Dadasticas do Dadaíísmo:smo:
- é uma tentativa de demolição.
- propõe a abolição da lógica, da memória, do futuro.
- exalta a liberdade total da criação.
- “Estamos contra todos sistemas, mas sua ausência é o melhor sistema”.
- propõe a percepção da vida em sua lógica incoerência primitiva.
- Tenta a criação de uma linguagem totalmente nova e inusitada.
- Busca cortar o nexo de ligação com a realidade vital.
- Estilo antigramatical, linguagem simplista.
- “a arte tende a uma liberação suprema, ao transformar-se numasimples 
distração.”
- “arte não é coisa séria”
DADAÍSMO
Fonte (1917), de Marcel Duchamp.
Em 1913, Duchamp inventou uma nova 
forma de arte chamada readymades 
(arte pronta). Seu readymade mais 
polêmico foi um urinol de louça com a 
assinatura de R. Mutt. O artista 
defendeu o anticonvencional objeto 
de arte, dizendo: “Se o senhor Mutt 
fez ou não a fonte com sua próprias 
mãos, não importa. Ele a 
ESCOLHEU... Criou uma nova ideia 
para esse objeto”. Os readymades de 
Duchamp abriram as comportas de 
uma arte puramente imaginária e não 
apenas de interpretação do mundo 
visual. Ele mudou o conceito do que é 
que constitui a arte. 
DADAÍSMO
No seu último manifesto – foram 7 no total -, Tzara dá uma receita para 
fazer um poema Dadaísta:
Pegue um papel.
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu 
poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse 
artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade 
graciosa, ainda que incompreendido do público.
DADAÍSMO e o 
MODERNISMO BRASILEIRO
O pensamento dos dadaístas fermentaram a atitude anárquica dos 
modernistas da ‘FASE HERFASE HERÓÓICAICA’ (1922), da Semana de Arte Moderna 
e do ‘DesvairismoDesvairismo’, corrente que Mário de Andrade funda no prefácio 
de sua obra Pauliceia Desvairada.
..
Eu insulto o burguês! O burguês-níquel, 
o burguês-burguês! 
A digestão bem-feita de São Paulo! 
O homem-curva! o homem-nádegas! 
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano, 
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
Eu insulto as aristocracias cautelosas! 
Os barões lampiões! os condes Joões! os duques 
zurros! 
que vivem dentro de muros sem pulos; 
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos 
para dizerem que as filhas da senhora falam o 
francês 
e tocam os "Printemps" com as unhas!
Eu insulto o burguês-funesto! 
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições! 
Fora os que algarismam os amanhãs! 
Olha a vida dos nossos setembros! 
Fará Sol? Choverá? Arlequinal! 
Mas à chuva dos rosais 
o êxtase fará sempre Sol!
Morte à gordura! 
Morte às adiposidades cerebrais! 
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi! 
Padaria Suíça! Morte viva ao Adriano! 
"–Ai, filha, que te darei pelos teus anos? 
–Um colar... –Conto e quinhentos!!! 
Mas nós morremos de fome!"
Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma! 
Oh! purée de batatas morais! 
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas! 
Ódio aos temperamentos regulares! 
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia! 
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados! 
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos, 
sempiternamente as mesmices convencionais! 
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia! 
Dois a dois! Primeira posição! Marcha! 
Todos para a Central do meu rancor inebriante 
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio! 
Morte ao burguês de giolhos, 
cheirando religião e que não crê em Deus! 
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico! 
Ódio fundamento, sem perdão!
Fora! Fu! Fora o bom burguês!...
ODE AO BURGUÊS 
em Pauliceia Desvairada
DADAÍSMO e o 
MODERNISMO BRASILEIRO
A influência do Dadaísmo em Carlos Drummond de Andrade ocorre na sua 
primeira publicação, em 1930, na obra “Alguma Poesia”. O tom é irônico, 
as poesias são breves e com linguagem coloquial. Não há mais o eu-lírico 
melodramático. A poesia abaixo também foi publicada na Revista de 
Antropofagia.
No meio do caminho tinha uma pedra 
Tinha uma pedra no meio do caminho 
Tinha uma pedra 
No meio do caminho tinha uma pedra. 
Nunca me esquecerei desse acontecimento 
Na vida de minhas retinas tão fatigadas. 
Nunca me esquecerei que no meio do caminho 
Tinha uma pedra 
Tinha uma pedra no meio do caminho 
No meio do caminho tinha uma pedra.
No meio do caminho
SURREALISMO
O marco inaugural é o Manifesto do SurrealismoManifesto do Surrealismo,
em 1924, escrito por André Breton.
CARACTERÍSTICAS:
Influenciado pela Psicanálise de Freud.
Objetivava retratar o espaço descoberto por Freud no interior da mente 
humana, o inconsciente, através da abstração ou de imagens 
simbólicas.
A ideia era criar uma nova expressão artística acessível através do 
resgate das emoções e do impulso humano. 
Principais nomes nas artes visuais:
- Salvador Dali - Cândido Portinari (Brasil)
- René Magritte
SURREALISMO
Salvador DaliSalvador Dali
A persistência
da memória 
(1931)
SURREALISMO
Salvador DaliSalvador Dali
SURREALISMO
RenRenéé MagritteMagritte
O estupro 
(1934)
SURREALISMO
RenRenéé MagritteMagritte
Os amantes
(1928)
SURREALISMO
Cândido PortinariCândido Portinari
Os retirantes
(1944)
Sobre as ARTESARTES 
no início do século XX
RenRenéé MagritteMagritte
Isso não é
cachimbo
(1928-29)
Sobre as ARTESARTES 
no início do século XX
Fernando PessoaFernando Pessoa
Autopsicografia
(1930)
O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm. 
E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama coração. 
MODERNISMOMODERNISMO 
BRASILEIROBRASILEIRO
LLííngua Portuguesangua Portuguesa
MMóódulo VIdulo VI
Prof. Samuel KProf. Samuel Küühnhn
11ªª gerageraççãoão: 1922: 1922--19301930
•• Semana de arte moderna (fev.1922)Semana de arte moderna (fev.1922)
fase da destruifase da destruiçção e construão e construççãoão
-- Grupo dos CincoGrupo dos Cinco:
- Tarsila do Amaral
- Anita Malfatti
- Mário de Andrade
- Oswald de Andrade
- Menotti Del Pecchia
MODERNISMOMODERNISMO 
BRASILEIROBRASILEIRO
11ªª gerageraççãoão: 1922: 1922--19301930
•• Semana de arte moderna (fev.1922)Semana de arte moderna (fev.1922)
fase da destruifase da destruiçção e construão e construççãoão
DiscursoDiscurso:
- rompimento do espírito moderno com os estilos literários 
do passado.
- criticou as velhas maneiras de pensar da nossa elite.
- cobrou a urgência de nossos criadores plantarem os pés 
na realidade brasileira, pelo estudo da cultura 
popular e do folclore nacionais.
MODERNISMOMODERNISMO 
BRASILEIROBRASILEIRO
Morro da favela (1924), de Tarsila do AmaralMorro da favela (1924), de Tarsila do Amaral
O quadro mostra o O quadro mostra o 
interesse da interesse da primeira primeira 
gerageraçção modernistaão modernista 
pelos temas pelos temas 
nacionais e pelo nacionais e pelo 
colorido da colorido da 
paisagem brasileira.paisagem brasileira.
TARSILA DO AMARALTARSILA DO AMARAL
a influência cuba influência cubistaista
e sue surrealistarrealista
TARSILA DO AMARALTARSILA DO AMARAL
a influência cuba influência cubistaista
e sue surrealistarrealista
OperOperáários (1933), de Tarsila do Amaralrios (1933), de Tarsila do Amaral
TARSILA DO AMARALTARSILA DO AMARAL
a influência cuba influência cubistaista
e surrealistae surrealista
O ovo ou o urubu (1928)O ovo ou o urubu (1928)
TARSILA DO AMARALTARSILA DO AMARAL
a influência cuba influência cubistaista
e surrealistae surrealista
A negra (1923)A negra (1923)
TARSILA DO AMARALTARSILA DO AMARAL
a influência cuba influência cubistaista
e surrealistae surrealista
A Cuca (1923)A Cuca (1923)
TARSILA DO AMARALTARSILADO AMARAL
a influência cuba influência cubistaista
e surrealistae surrealista
O farol (1915)O farol (1915)
ANITA MALFATTIANITA MALFATTI
a influência expressionistaa influência expressionista
A boba (1915A boba (1915--16)16)
ANITA MALFATTIANITA MALFATTI
a influência expressionistaa influência expressionista
O farol (1915), de Anita Malfatti O farol (1915), de Anita Malfatti StarryStarry NightNight (1888), de (1888), de VanVan GoghGogh
ANITA MALFATTIANITA MALFATTI
a influência expressionistaa influência expressionista
Klaxon, nKlaxon, n°° 1, São Paulo, 11, São Paulo, 1°° de maio de 1922de maio de 1922
A revista Klaxon surgiu em São 
Paulo, 3 meses após a Semana 
de Arte Moderna, com 9 números 
entre 1922 e 1923. Seu tema 
geral era a defesa e a explicação 
das propostas modernistas. Os 
membros do grupo Klaxon (que 
significava buzina externa dos 
automóveis) era klaxistas. 
Queriam um arte atual, dinâmica, 
transformadora, contrária ao 
confessionalismo lamentoso e à 
melancolia.
Klaxon, nKlaxon, n°° 1, São Paulo, 1, São Paulo, 
11°° de maio de 1922de maio de 1922
O primeiro número revista Klaxon, lançado 
em maio de 1922, propunha resolver o 
problema do sentimentalismo romântico da 
seguinte forma:
Problema: Século XIX – Romantismo, Torre 
de Marfim, Simbolismo. Em seguida, o fogo 
de artifício internacional de 1914. Há perto 
de 130 anos que a humanidade está 
fazendo manha.
A revolta é justíssima. Queremos construir a 
alegria. Molhados, resfriados, reumatizados 
por uma tradição de lágrimas artísticas 
decidimo-nos:
SoluSoluççãoão: : OperaOperaçção cirão cirúúrgica. Extirpargica. Extirpaçção das ão das 
glândulas lacrimais!glândulas lacrimais!
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- fase herfase heróóicaica --
É um movimento do CONTRA.
Espírito polêmico e destruidor: é preciso abandonar ‘uma arte 
artificial, produzida à custa de imitação estrangeira’; é 
necessário demolir ‘uma ordem social e política fictícia, 
colonial’.
Anarquismo: ‘não sabemos discernir o que queremos’.
O Moderno como valor em si mesmo.
Busca da originalidade
Luta contra o tradicionalismo.
Juízos de valor sobre a realidade brasileira.
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- fase herfase heróóicaica --
Valorização poética do cotidiano.
Nacionalismo xenofóbico e intransigente.
Liberdade linguística.
Primado da poesia sobre a prosa.
Erro de Português
“Quando o português chegou
 Debaixo de uma bruta chuva
 Vestiu o índio
 Que pena!
 Fosse uma manhã de sol
 O índio tinha despido
 O português.”
 
Oswald de Andrade
Movimentos culturaisMovimentos culturais 
da da 11ªª fasefase
PauPau--BrasilBrasil: Em 1924, Oswald de 
Andrade lança o Manifesto da Poesia Pau- 
Brasil
-- Poesia de exportaPoesia de exportaççãoão
-- Poesia primitivistaPoesia primitivista: revisão crítica 
de nosso passado histórico e cultural, 
valorizando as riquezas e os contrastes.
Poesia PauPoesia Pau--BrasilBrasil
Por ocasião da 
descoberta do 
Brasil
escapulário
No Pão de ANo Pão de Açúçúcarcar 
De Cada DiaDe Cada Dia 
DaiDai--nos Senhornos Senhor 
A PoesiaA Poesia 
De Cada DiaDe Cada Dia
Oswald parodia a linguagem 
religiosa, substituindo o termo 
pão, do ‘Pai Nosso’, por Pão de 
Açúcar e Poesia. Com isso, o 
poeta subverte a ordem 
litúrgica para introduzir o 
elemento brasileiro e refletir 
sobre o caráter da poesia.
São traços modernos do poema:
- humor
- síntese
- ausência de pontuação
Poesia PauPoesia Pau--BrasilBrasil
pronominaispronominais
Dê-me um cigarro 
Diz a gramática 
Do professor e do aluno 
E do mulato sabido 
Mas o bom negro e o bom 
branco 
Da Nação Brasileira 
Dizem todos os dias 
Deixa disso camarada 
Me dá um cigarro.
vvíício na falacio na fala
Para dizerem milho dizem 
mio 
Para melhor dizem mió 
Para pior pió 
Para telha dizem teia 
Para telhado dizem teiado 
E vão fazendo telhados.
"Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá. 
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores. 
Em cismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar - sozinho, à noite - 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
Não permita Deus que eu 
morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que desfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu'inda aviste as 
palmeiras, 
Onde canta o Sabiá." 
CanCançção do Exão do Exííliolio,, de Gonde Gonççalves Diasalves Dias
Minha terra tem palmares 
Onde gorjeia o mar 
Os passarinhos daqui 
Não cantam como os de lá 
Minha terra tem mais rosas 
E quase que mais amores 
Minha terra tem mais ouro 
Minha terra tem mais terra 
Ouro terra amor e rosas 
Eu quero tudo de lá 
Não permita Deus que eu morra 
Sem que volte para lá 
Não permita Deus que eu morra 
Sem que volte pra São Paulo 
Sem que veja a Rua 15 
E o progresso de São Paulo
Poema recriado por Oswald. 
Faz paródia à ‘Canção do 
Exílio’, de Gonçalves Dias, 
poeta da 1ª fase do 
Romantismo Brasileiro. 
Sobretudo na última estrofe é 
possível notar a atualizar 
histórica.
Canto do regresso Canto do regresso àà ppáátriatria,, 
de Oswald de Andradede Oswald de Andrade
Movimentos culturaisMovimentos culturais 
da da 11ªª gerageraççãoão
Manifesto AntropManifesto Antropóófagofago: Em 
1928, Oswald de Andrade lança o 
Manifesto.
-- DevoraDevoraçção simbão simbóólica da lica da 
cultura europeia sem cultura europeia sem 
perder a nossa identidade perder a nossa identidade 
cultural.cultural.
Tupi Tupi oror notnot tupi tupi thatthat is is thethe 
questionquestion..
PneumotPneumotóóraxrax, de Manuel Bandeira
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos. 
A vida inteira que podia ter sido e que não foi. 
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico: 
— Diga trinta e três. 
— Trinta e três… trinta e três… trinta e três… 
— Respire.
— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo 
e o pulmão direito infiltrado. 
— Então, doutor, não é possível tentar o 
pneumotórax? 
— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango 
argentino.
Temas:
Paixão pela vida 
Morte 
Amor 
Erotismo 
Solidão 
Angústia 
Cotidiano 
Infância
POPOÉÉTICATICA, de Manuel Bandeira
Estou farto do lirismo comedido 
Do lirismo bem comportado 
Do lirismo funcionário público 
com livro de ponto expediente 
protocolo e manifestações de 
apreço ao sr. diretor. 
Estou farto do lirismo que pára e 
vai averiguar no dicionário o 
cunho vernáculo de um 
vocábulo. 
Abaixo os puristas. 
Todas as palavras sobretudo os 
barbarismos universais 
Todas as construções sobretudo 
as sintaxes de exceção 
Todos os ritmos sobretudo os 
inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador 
Político 
Raquítico 
Sifilítico 
De todo lirismo que capitula ao que 
quer que seja fora de si mesmo. 
De resto não é lirismo 
Será contabilidade tabela de cossenos 
secretário do amante exemplar com 
cem modelos de cartas e as diferentes 
maneiras de agradar as mulheres, etc. 
Quero antes o lirismo dos loucos 
O lirismo dos bêbados 
O lirismo difícil e pungente dos 
bêbados 
O lirismo dos clowns de Shakespeare. 
- Não quero saber do lirismo que não é 
libertação.
VouVou--me embora pra me embora pra PasPasáárgadargada 
de Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada 
Lá sou amigo do rei 
Lá tenho a mulher que eu quero 
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada 
Vou-me embora pra Pasárgada 
Aqui eu não sou feliz 
Lá a existência é uma aventura 
De tal modo inconsequente 
QueJoana a Louca de Espanha 
Rainha e falsa demente 
Vem a ser contraparente 
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica 
Andarei de bicicleta 
Montarei em burro brabo 
Subirei no pau-de-sebo 
Tomarei banhos de mar! 
E quando estiver cansado 
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’água 
Pra me contar as histórias 
Que no tempo de eu menino 
Rosa vinha me contar 
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo 
É outra civilização 
Tem um processo seguro 
De impedir a concepção 
Tem telefone automático 
Tem alcaloide à vontade 
Tem prostitutas bonitas 
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste 
Mas triste de não ter jeito 
Quando de noite me der 
Vontade de me matar 
— Lá sou amigo do rei — 
Terei a mulher que eu quero 
Na cama que escolherei 
Vou-me embora pra Pasárgada.
PorquinhoPorquinho--dada--ííndiandia, de Manuel Bandeira
Quando eu tinha seis anos 
Ganhei um porquinho-da-índia. 
Que dor de coração me dava 
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão! 
Levava ele prá sala 
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos 
Ele não gostava: 
Queria era estar debaixo do fogão. 
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas…
— O meu porquinho-da-índia foi minha primeira 
namorada.
Quadrilha, de Drummond
Publicado em 1930, na obra “Alguma Poesia”, Carlos Drummond de 
Andrade usa a ironia e a linguagem coloquial.
João amava Teresa que amava Raimundo 
que amava Maria que amava Joaquim 
que amava Lili que não amava ninguém. 
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o 
convento, Raimundo morreu de desastre, 
Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou 
com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na 
história
Cota Zero, de Drummond
Carlos Drummond de Andrade usa a ironia e a linguagem coloquial.
Stop. 
A vida parou 
ou foi o automóvel?
Stop, ideia de trânsito
valorização poética do cotidiano; 
integração poética da civilização material; 
desvalorização irônica da vida; 
sentimento trágico da existência; 
humor como solução. 
Cidadezinha qualquer, de Drummond
Carlos Drummond de Andrade constrói a ideia da vida rural, com sua 
mesmice, mantendo o seu status quo.
Casas entre bananeiras 
mulheres entre laranjeiras 
pomar amor cantar. 
Um homem vai devagar. 
Um cachorro vai devagar. 
Um burro vai devagar. 
Devagar... as janelas olham. 
Eta vida besta, meu Deus. 
Movimentos culturaisMovimentos culturais 
da da 11ªª gerageraççãoão
A Corrente Nacionalista:A Corrente Nacionalista:
-- O nacionalismo ufanistaO nacionalismo ufanista: : com inclinação para o 
nazifascismo.
VerdeVerde--AmarelismoAmarelismo (1924)(1924)
Grupo Anta (1929)Grupo Anta (1929)
Bandeira (1936)
Menotti Del Picchia foi o diretor do grupo. Juntamente com 
Cassiano Ricardo e Plínio Salgado formavam o núcleo 
fundamental desses movimentos.
Movimentos culturaisMovimentos culturais 
da da 11ªª gerageraççãoão
CaracterCaracteríísticas desses movimentos:sticas desses movimentos:
- Exaltação da terraterra, do homemhomem, do folclorefolclore, dos herheróóis da is da 
ppáátriatria.
- Visão ufanistaufanista, afinando-se politicamente com o 
IntegralismoIntegralismo (futura versão tupiniquim do nazifascismo).
- Proposta de um regime autoritregime autoritááriorio, corporativista, 
embasado na exacerbaexacerbaçção do nacionalismoão do nacionalismo.
Movimentos culturaisMovimentos culturais 
da da 11ªª gerageraççãoão
Os manifestos teOs manifestos teóóricos dessas correntes estão ricos dessas correntes estão 
em:em:
-- Curupira e o CarãoCurupira e o Carão (Plínio, Menotti e 
Cassiano)
-- NhengaNhengaççuu Verde Amarelo
MODERNISMOMODERNISMO 
BRASILEIROBRASILEIRO
fase da consolidafase da consolidaççãoão
22ªª gerageraççãoão: 1930: 1930--19451945
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- fase da consolidafase da consolidaççãoão --
EstabilizaEstabilizaççãoão das novas conquistas.
PreocupaPreocupaçção religiosa e filosão religiosa e filosóóficafica em poesia.
Ampliação da temtemááticatica que tende para o universaluniversal.
Reação espiritualista (GrupoGrupo ‘FestaFesta’) – retomada da tradição 
simbolista contra a exaltação da técnica, contra a poesia 
circunstancial.
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- fase da consolidafase da consolidaççãoão --
A prosaprosa ganha notável desenvolvimento e configura 
nitidamente duas linhasduas linhas:
a) Neonaturalismo regionalista e socialNeonaturalismo regionalista e social:
Principais autores e leituras programadas*
Graciliano Ramos Graciliano Ramos – Vidas Secas*
Rachel de Queiroz Rachel de Queiroz – O Quinze
JosJoséé Lins do Rego Lins do Rego – Fogo morto (Ciclo da cana-de-açúcar)
Jorge Amado Jorge Amado – Capitães da areia
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- fase da consolidafase da consolidaççãoão --
A prosaprosa ganha notável desenvolvimento e configura 
nitidamente duas linhasduas linhas:
b) Romance psicolRomance psicolóógicogico:
Principais autores
ÉÉrico Verrico Verííssimossimo
Jorge de LimaJorge de Lima
LLúúcio Cardosocio Cardoso
CornCornéélio Penalio Pena
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- fase da consolidafase da consolidaççãoão --
Há ainda a dramaturgiadramaturgia, notável nos textos de:
c) Dramas histDramas históóricorico--sociais regionalistassociais regionalistas:
Principais autores e leituras programadas*
Jorge Andrade Jorge Andrade – A Moratória*
Rachel de Queiroz Rachel de Queiroz – A Beata Maria do Egito*
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- fase da consolidafase da consolidaççãoão --
Na poesiapoesia, os grandes nomes de nossa literatura são:
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
CecCecíília Meireleslia Meireles
Vinicius de MoraesVinicius de Moraes
Jorge de LimaJorge de Lima
Murilo MendesMurilo Mendes
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos –– 
(1892(1892--1953)1953)
a) Neonaturalismo regionalista e socialNeonaturalismo regionalista e social:
Leitura teLeitura teóórica: rica: Discurso polifônico emDiscurso polifônico em
Vidas SecasVidas Secas
Leitura da obra: Leitura da obra: Vidas Secas (1938)Vidas Secas (1938)
Filme: Filme: Vidas Secas (1963)Vidas Secas (1963)
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos --
a) ComposiComposiçção:ão:
Gênero intermediário: entre romance e livro de contos.
13 capítulos até certo ponto autônomos, mas que se ligam 
pela repetição de alguns motivos e temas.
PREPARAPREPARAÇÇÃO PARA A LEITURAÃO PARA A LEITURA
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos --
b) SSííntese:ntese: capcapíítulo 01: tulo 01: MudanMudanççaa
É a história da retirada de uma família, fugindo da seca. 
Fazem parte dela Fabiano, sua esposa Vitória, dois filhos 
caracterizados pelo autor apenas o menino mais novo e 
o menino mais velho e a cachorra Baleia. Se bem que
“na véspera eram seis viventes, contando com o papagaio. 
Coitado, morreram na areia do rio, onde haviam descansado, à 
beira duma poça: a fome apertara demais os retirantes e por ali 
não existia sinal de comida. Baleia jantara os pés, a cabeça, os 
ossos do amigo, e não guardava lembrança disso.”
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos --
b) SSííntese:ntese: capcapíítulo 01: tulo 01: MudanMudanççaa
As personagens não se comunicam.
Essa falta de diálogo permanece por todo o livro, como 
também a intenção de não dar nome às crianças, para 
caracterizar a vida mesquinha e sem sentido em que 
vivem os retirantes.
Nesse capítulo, as personagens ainda sonham com uma 
vida melhor, mas são inconscientes de sua situação.
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- GracilianoRamosGraciliano Ramos --
b) SSííntese:ntese: capcapíítulo 02: tulo 02: FabianoFabiano
Mostra-se um homem embrutecido, mas ainda capaz da 
análise de si mesmo.
Tem a consciência de que mal sabe falar, embora admire 
as pessoas que saibam se expressar:
“Na verdade falava pouco. Admirava as palavras compridas e 
difíceis da gente, tentava reproduzir algumas em vão, mas sabia 
que elas era inúteis e perigosas”
E chega à conclusão de que não passa de um bicho.
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos --
b) SSííntese:ntese: capcapíítulo 03: tulo 03: CadeiaCadeia
Aparece a figura do Soldado AmareloSoldado Amarelo, que mais tarde 
voltará simbolizando sempre a autoridade do governo.
Insinua-se a ideia de que não é apenas a seca que faz de 
Fabiano e sua família pessoas animalizadas.
Ele é preso sem motivo. Situação de homem-bicho.
“Sinhá Vitória dormia mal na cama de varas. Os meninos eram 
uns brutos, como o pai. Quando crescessem, guardariam as reses 
dum patrão invisível, seriam pisados, maltratados, machucados 
por um soldado amarelo.”
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos --
b) SSííntese:ntese: capcapíítulo 04: tulo 04: SinhSinháá VitVitóóriaria
Se o nível de aspirações do marido se resume em saber 
usar as palavras adequadas, o de VitVitóóriaria é possuir uma 
cama de courocama de couro.
É a personagem que melhor articula as palavras e melhor articula as palavras e 
expressõesexpressões.
Ela é caracterizada como espertaesperta.
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos --
b) SSííntese:ntese: capcapíítulo 05: tulo 05: O Menino Mais NovoO Menino Mais Novo
Ele também possui um ideal na vida: o de se identificar ao 
pai. No início do capítulo:
“Naquele momento Fabiano lhe causava grande admiração.”
Adiante: “Evidentemente ele não era Fabiano. Mas se fosse? 
Precisava mostrar que podia ser Fabiano.”
Em seguida: “E precisava crescer, ficar tão grande como 
Fabiano, matar cabras à mão de pilão, trazer uma faca de ponta 
na cintura. Ia crescer, espichar-se numa cama de varas, fumar 
cigarros de palha, calçar sapatos de couro cru.”
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos --
b) SSííntese:ntese: capcapíítulo 06: tulo 06: O Menino Mais VelhoO Menino Mais Velho
“Tinha um vocábulo quase tão minguado como o do papagaio que 
morrera no tempo da seca. Valia-se, pois, de exclamações e de 
gestos, e Baleia respondia com o rabo, com a língua, com 
movimentos fáceis de entender. Todos o abandonavam, a 
cadelinha era o único vivente que lhe mostrava simpatia.”
O nível de aspirações dos componentes da família decresce 
cada vez mais. O ideal do menino mais velho é o de ter um 
amigo. A amizade de Baleia serve:
“O menino continuava a abraçá-la. E Baleia encolhia-se para não 
magoá-lo, sofria a carícia excessiva.”
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos --
b) SSííntese:ntese: capcapíítulo 07: tulo 07: InvernoInverno
Em Inverno temos a descrição de uma noite chuvosa e os 
temores e devaneios que ela desperta na família de 
Fabiano. A chuva inundava tudo, quase a casa deles 
também, mas eles sabiam que dentro em pouco a seca 
tomaria conta de suas vidas.
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos --
b) SSííntese:ntese: capcapíítulo 08: tulo 08: FestaFesta
Apresenta primeiramente os preparativos da família em sua 
casa para ir à festa de Natal na cidade e, em seguida, se 
dirigindo à festa. É um dos capítulos mais melancólicos do 
livro: onde as personagens, em contato com outras, sentem- 
se humilhadas, mesquinhas e até mesmo ridículas. 
Percebem a distância e que se encontram dos demais 
seres. Sinhá Vitória devaneava e Fabiano não tinha 
esperanças:
“Sinhá Vitória enxergava, através das barracas, a cama de seu 
Tomás da bolandeira, uma cama de verdade.”
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos --
b) SSííntese:ntese: capcapíítulo 09: tulo 09: BaleiaBaleia
Conta a morte da cachorra. Caíra-lhe o pelo, estava peçe e 
ossos, o corpo enchera-se de chagas. Fabiano resolve 
matá-la para aliviar-lhe os sofrimentos. Os filhos percebem a 
situação, magoados e feridos por perderem um irmão:
“Ela era como uma pessoa da família: brincavam juntos os três, 
para bem dizer não se diferenciavam...”
Ao lado de Vitória, Baleia é quem, com maior clareza, 
consegue elaborar seus devaneios.
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos --
b) SSííntese:ntese: capcapíítulo 10: tulo 10: ContasContas
Outro capítulo melancólico. Se em CadeiaCadeia, Fabiano 
conscientiza-se de que há no mundo homens que, por 
possuírem posição diferente da dele, podem machucá-lo, se 
em FestaFesta, os familiares percebe sua situação inferior e 
humilhante, agora chegam à conclusão de que pessoas 
com dinheiro também podem se aproveitar deles. 
Sinhá Vitória é quem percebe que as contas do patrão estão 
erradas.
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos --
b) SSííntese:ntese: capcapíítulo 11: tulo 11: Soldado AmareloSoldado Amarelo
Nesse capítulo temos uma descrição mais profunda 
dessa personagem. Vê-se que, fisicamentefisicamente, , éé menos forte menos forte 
que Fabianoque Fabiano; moralmentemoralmente éé uma pessoa corruptauma pessoa corrupta, ao passo 
que Fabiano é honesto; no entanto é por ele respeitado e 
temido por ocupar o lugar de representante do governo.
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos --
b) SSííntese:ntese: capcapíítulo 12: tulo 12: O Mundo Coberto de PenasO Mundo Coberto de Penas
A seca está para chegar outra vez prenunciando mais 
miséria e sofrimento:
“O mulungu do bebedouro cobria-se de arribações. Mau sinal, 
provavelmente o sertão ia pegar fogo.”
Fabiano faz um resumo de todas as desgraças que têm 
marcado sua vida. Há muito não sonhava mais. Seus 
problemas agora são livrar-se de certo sentimento de culpa 
por ter matado Baleia e fugir de novo.
VIDAS SECASVIDAS SECAS 
-- Graciliano RamosGraciliano Ramos --
b) SSííntese:ntese: capcapíítulo 13: tulo 13: FugaFuga
Continua a ananáálise de Fabiano a respeito de sua vidalise de Fabiano a respeito de sua vida. A 
esposa junta-se a ele, pensam juntos pela primeira vez. 
Vitória é mais otimista que ele e consegue transmitir-lhe um 
pouco de paz e esperanças por algum tempo. E é numa 
mistura de sonhos, descrenças e frustrações que termina o 
livro. Graciliano Ramos deixa uma visão amarga da vida dos 
retirantes:
“O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como 
Fabiano, Sinhá Vitória e os dois meninos.”
Maria Beata do EgitoMaria Beata do Egito 
-- Rachel de QueirozRachel de Queiroz –– 
(1910(1910--2003)2003)
a) Neonaturalismo regionalista e socialNeonaturalismo regionalista e social:
ExplanaExplanaçção histão históóricarica
Leitura da obra: Leitura da obra: A Beata Maria do EgitoA Beata Maria do Egito
(1958)(1958)
Maria Beata do EgitoMaria Beata do Egito 
-- Rachel de QueirozRachel de Queiroz ––
a)a) Sinopse:Sinopse:
1913: P. Cícero cria em Juazeiro-CE, um tipo de governo municipal, o 
qual agrada muito ao povo, mas, Franco Rabelo é presidente do estado 
do Ceará e tenta a ferro e fogo impedir P. Cícero de governar. Gera-se 
aí um grande conflito da população liderado por uma Beata seguidora 
de P. Cícero de nome Maria do Egito, contra o Governo Franco Rabelo.
Toda a culpa recaiu sobre Maria do Egito, o Coronel Chico Lopes a 
mando de Franco Rabelo obriga o delegado da cidadezinha a intimar e 
a prender a beata. Depois de interrogada e muitos argumentos, o 
tenente sabe que as forças políticas foram derrotadas pelos populares 
no primeiro enfrentamento em Juazeiro. Então, prende a Beata e a 
acusada de chefiar fanáticos contra o governo.
PREPARAPREPARAÇÇÃO PARA A LEITURAÃOPARA A LEITURA
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- fase da consolidafase da consolidaççãoão --
Na poesiapoesia, os grandes nomes de nossa literatura são:
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
CecCecíília Meireleslia Meireles
Vinicius de MoraesVinicius de Moraes
Jorge de LimaJorge de Lima
Murilo MendesMurilo Mendes
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- fase da consolidafase da consolidaççãoão --
Na poesiapoesia,
Carlos Drummond de Andrade:Carlos Drummond de Andrade:
AA Flor e a NFlor e a Nááuseausea
Preso à minha classe e a algumas roupas, 
vou de branco pela rua cinzenta. 
Melancolias, mercadorias espreitam-me. 
Devo seguir até o enjôo? 
Posso, sem armas, revoltar-me? 
Olhos sujos no relógio da torre: 
Não, o tempo não chegou de completa justiça. 
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera. 
O tempo pobre, o poeta pobre 
fundem-se no mesmo impasse. 
Em vão me tento explicar, os muros são surdos. 
Sob a pele das palavras há cifras e códigos. 
O sol consola os doentes e não os renova. 
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase. 
Vomitar esse tédio sobre a cidade. 
Quarenta anos e nenhum problema 
resolvido, sequer colocado. 
Nenhuma carta escrita nem recebida. 
Todos os homens voltam para casa. 
Estão menos livres mas levam jornais 
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los? 
Tomei parte em muitos, outros escondi. 
Alguns achei belos, foram publicados. 
Crimes suaves, que ajudam a viver. 
Ração diária de erro, distribuída em casa. 
Os ferozes padeiros do mal. 
Os ferozes leiteiros do mal. 
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim. 
Ao menino de 1918 chamavam anarquista. 
Porém meu ódio é o melhor de mim. 
Com ele me salvo 
e dou a poucos uma esperança mínima. 
Uma flor nasceu na rua! 
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego. 
Uma flor ainda desbotada 
ilude a polícia, rompe o asfalto. 
Façam completo silêncio, paralisem os negócios, 
garanto que uma flor nasceu. 
Sua cor não se percebe. 
Suas pétalas não se abrem. 
Seu nome não está nos livros. 
É feia. Mas é realmente uma flor. 
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde 
e lentamente passo a mão nessa forma insegura. 
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se. 
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico. 
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- fase da consolidafase da consolidaççãoão --
Na poesiapoesia, CecCecíília Meireles:lia Meireles:
MOTIVOMOTIVO
Eu canto porque o instante existe 
e a minha vida está completa. 
Não sou alegre nem sou triste: 
sou poeta. 
Irmão das coisas fugidias, 
não sinto gozo nem tormento. 
Atravesso noites e dias 
no vento.
Se desmorono ou se edifico, 
se permaneço ou me desfaço, 
— não sei, não sei. Não sei se 
fico 
ou passo. 
Sei que canto. E a canção é 
tudo. 
Tem sangue eterno a asa 
ritmada. 
E um dia sei que estarei 
mudo: 
— mais nada.
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- fase da consolidafase da consolidaççãoão --
Na poesiapoesia, Vinicius de Moraes:Vinicius de Moraes:
Leitura completa e análise do poema “Operário em construção”
"AlmoAlmoçço no Topo de um o no Topo de um 
 ArranhaArranha‐‐ccééuu”, foto feita por 
 Charles C. Ebbets, no dia 20 
 de setembro de 1932.
A imagem foi publicada pela 
 primeira vez no jornal
 
New 
 York Herald
 
Tribune, em 2 
 de outubro do mesmo ano. 
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- fase da consolidafase da consolidaççãoão --
Na poesiapoesia, Jorge de Lima:Jorge de Lima:
Leitura completa e análise do poema “Negra Fulô”
MODERNISMOMODERNISMO 
BRASILEIROBRASILEIRO
1. A terceira gera1. A terceira geraççãoão
2. A gera2. A geraçção de 45ão de 45
3. A Fic3. A Ficçção Pão Póóss--4545
33ªª gerageraççãoão
33ªª gerageraççãoão: p: póóss--4545
•• Contexto histContexto históórico e cultural:rico e cultural:
•• Fim de Segunda Guerra MundialFim de Segunda Guerra Mundial
•• RenRenúúncia de Getncia de Getúúlio Vargas aplio Vargas apóós 15 anoss 15 anos
•• Volta da democraciaVolta da democracia
•• General Eurico Gaspar Dutra General Eurico Gaspar Dutra –– ConstituiConstituiçção de 46ão de 46
•• 1951 1951 –– GetGetúúlio lio éé eleito em voto direto (poleleito em voto direto (políítica tica 
nacionalista e populista)nacionalista e populista)
•• Juscelino Kubitschek (1956Juscelino Kubitschek (1956--61): 50 anos em 561): 50 anos em 5
•• FundaFunda--se Brasse Brasíília, em 1960, nova capital federallia, em 1960, nova capital federal
MODERNISMOMODERNISMO 
BRASILEIROBRASILEIRO
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- GeraGeraçção de 45 ão de 45 --
A terceira geração do período modernista brasileiro 
avança no tratamento da dimensão psicológica do 
homem comum.
FicFicçção de vanguarda brasileiraão de vanguarda brasileira:
Principais autores e leituras programadas*
Clarice Lispector Clarice Lispector – A Hora da Estrela*
Guimarães Rosa Guimarães Rosa – Sagarana
Primeiras Estórias
Grande Sertão: veredas
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- GeraGeraçção de 45 ão de 45 --
A dramaturgia também avança ao produzir textos de ordem 
social, tornando protagonista o homem excluído da 
sociedade e também se utilizando da arte popular, como em 
Suassuna. Em BarrelaBarrela, há a crítica ao sistema carcerário e 
ao sistema público de segurança. Em Guarnieri, a greve. 
Em Rodrigues, a família tradicional em crise.
Dramaturgia brasileiraDramaturgia brasileira:
Principais autores e leituras programadas*
Nelson Rodrigues Nelson Rodrigues – Vestido de Noiva (1943)
Ariana Ariana SuassunaSuassuna – O Santo e a Porca (1957)*
PlPlíínio Marcosnio Marcos – Barrela (1958)*
GianfracescoGianfracesco GuarnieriGuarnieri – Eles não usam black-tie (1955)*
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- GeraGeraçção de 45 ão de 45 --
A poesia também avança ao produzir textos de ordem social, 
tornando protagonista o homem excluído da sociedade e 
também se utilizando da arte popular.
Poesia brasileiraPoesia brasileira:
Principal autor
João Cabral de Melo Neto João Cabral de Melo Neto –
Morte e Vida Severina (1968)
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- Poesia concretaPoesia concreta 
dos anos 50 e 60 dos anos 50 e 60 --
A poesia concreta surgiu com o Concretismo, valorizando e 
incorporando aspectos geométricos à arte (música, poesia, 
artes plásticas etc.). 
Em 1952, a poesia concreta tem seu marco inicial ao 
publicar a revista Noigrandes, fundada por três poetas:
DDéécio Pignataricio Pignatari
Haroldo de CamposHaroldo de Campos
Augusto de CamposAugusto de Campos
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
Poesia concreta dos anos 50 e 60 Poesia concreta dos anos 50 e 60 
Outros atributos que podemos apontar deste tipo de poesia 
são:
- uso de imagens gráficas que as palavras sugerem;
- não há um começo, meio e fim; nascem os
POEMAS-OBJETOS;
- eliminação do verso; 
- aproveitamento do espaço em branco da página para 
disposição das palavras; 
- a exploração dos aspectos sonoros, visuais e semânticos 
dos vocábulos; 
- o uso de neologismos e termos estrangeiros; 
- decomposição das palavras; 
- possibilidades de múltiplas leituras. 
DDéécio Pignataricio Pignatari
DDéécio Pignataricio Pignatari
No ideograma Bibelô(?)Bibelô(?) 
(1980), Décio Pignatari 
funde em montagem 
metonímica:
pênis, seios e vagina,
são os fesceninos (versos 
obscenos)
são epigramas caligráficos 
que têm um cunho naïf 
(arte primitiva moderna) e 
seu resultado é “tosco”.
Augusto de CamposAugusto deCampos
Augusto de CamposAugusto de Campos
Augusto de CamposAugusto de Campos
Augusto de CamposAugusto de Campos
Augusto de CamposAugusto de Campos
Pedro XistoPedro Xisto
Pedro XistoPedro Xisto
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- Poesia marginal dos anos 70 Poesia marginal dos anos 70 --
A poesia marginalpoesia marginal foi feita por cabeludos, poetas e 
universitários, imprimindo em casa suas obras e em 
mimeógrafos. Foi o surgimento do undergroundunderground, da 
contraculturacontracultura, do disco piratadisco pirata.
GeraGeraççãoão--mimemimeóógrafografo::
Paulo LeminskiPaulo Leminski
ChacalChacal
Cacaso
Ana Cristina Cesar
Francisco Alvim
Paulo LeminskiPaulo Leminski
Parada cardParada cardííacaaca 
Essa minha secura 
essa falta de sentimento 
não tem ninguém que segure 
vem de dentro 
Vem da zona escura 
donde vem o que sinto 
sinto muito 
sentir é muito lento
Paulo LeminskiPaulo Leminski
Razão de serRazão de ser 
Escrevo. E pronto. 
Escrevo porque preciso, 
preciso porque estou tonto. 
Ninguém tem nada com isso. 
Escrevo porque amanhece, 
E as estrelas lá no céu 
Lembram letras no papel, 
Quando o poema me anoitece. 
A aranha tece teias. 
O peixe beija e morde o que vê. 
Eu escrevo apenas. 
Tem que ter por quê?
Paulo LeminskiPaulo Leminski
Não discutoNão discuto 
não discuto 
com o destino 
o que pintar 
eu assino 
Paulo LeminskiPaulo Leminski 
e seus e seus haikaishaikais
tudo dito, 
nada feito, 
fito e deito
ameixas 
ame-as 
ou deixe-as
nuvens brancas 
passam 
em brancas nuvens 
Abrindo um antigo caderno 
foi que eu descobri: 
Antigamente eu era eterno.
a noite - enorme 
tudo dorme 
menos teu nome
Paulo LeminskiPaulo Leminski
escura a rua
escuro
meu duro desejo
duro
feito dura
essa duna
donde
o poema
uma
esp
uma
doendo
ex
pl
ode 
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- DDéécada de 70 cada de 70 --
A dramaturgia produzida à época do regime militar foi 
de grande contestação e, por isso, sofreu com a 
censura e a perseguição.
Dramaturgia brasileiraDramaturgia brasileira:
Principais autores e leituras programadas*
Dias GomesDias Gomes – As Primícias* / O Santo Inquérito
Carlos Queiroz Telles – Última instância (1978)*
Carlos Henrique Escobar – O engano (1978)*
Principais caracterPrincipais caracteríísticassticas 
-- DDéécada de 90 e anos 2000 cada de 90 e anos 2000 --
Dramaturgia brasileiraDramaturgia brasileira:
Principais autores e leituras programadas*
MMáário rio BortolottoBortolotto – Nossa vida não vale um 
chevrolet (1999)
Newton Moreno – Agreste (2001)
FIMFIM
sem fim
mas, por ora, um fim
não o fim fim
um fim
zinho
disfarçado de sim
	VANGUARDAS�EUROPEIAS
	A influência dos ismos
	FUTURISMO
	FUTURISMO
	FUTURISMO
	FUTURISMO e FASCISMO
	FUTURISMO e o MODERNISMO BRASILEIRO
	EXPRESSIONISMO
	EXPRESSIONISMO
	EXPRESSIONISMO
	CUBISMO
	CUBISMO
	CUBISMO E LITERATURA
	CUBISMO E LITERATURA
	DADAÍSMO
	DADAÍSMO
	DADAÍSMO
	DADAÍSMO e o MODERNISMO BRASILEIRO
	ODE AO BURGUÊS�em Pauliceia Desvairada
	DADAÍSMO e o MODERNISMO BRASILEIRO
	SURREALISMO
	SURREALISMO
	SURREALISMO
	SURREALISMO
	SURREALISMO
	SURREALISMO
	Sobre as ARTES�no início do século XX
	Sobre as ARTES�no início do século XX
	MODERNISMO�BRASILEIRO
	1ª geração: 1922-1930
	1ª geração: 1922-1930
	Morro da favela (1924), de Tarsila do Amaral
	Slide Number 33
	Operários (1933), de Tarsila do Amaral
	O ovo ou o urubu (1928)
	A negra (1923)
	A Cuca (1923)
	O farol (1915)
	A boba (1915-16)
	O farol (1915), de Anita Malfatti Starry Night (1888), de Van Gogh
	Klaxon, n° 1, São Paulo, 1° de maio de 1922
	Klaxon, n° 1, São Paulo, 1° de maio de 1922
	Principais características�- fase heróica -
	Principais características�- fase heróica -
	Movimentos culturais�da 1ª fase
	Poesia Pau-Brasil
	Poesia Pau-Brasil
	Canção do Exílio, de Gonçalves Dias
	Canto do regresso à pátria,�de Oswald de Andrade
	Movimentos culturais�da 1ª geração
	Pneumotórax, de Manuel Bandeira 
	POÉTICA, de Manuel Bandeira 
	Vou-me embora pra Pasárgada� de Manuel Bandeira 
	Porquinho-da-índia, de Manuel Bandeira 
	Quadrilha, de Drummond
	Cota Zero, de Drummond
	Cidadezinha qualquer, de Drummond
	Movimentos culturais�da 1ª geração
	Movimentos culturais�da 1ª geração
	Movimentos culturais�da 1ª geração
	MODERNISMO�BRASILEIRO
	Principais características�- fase da consolidação -
	Principais características�- fase da consolidação -
	Principais características�- fase da consolidação -
	Principais características�- fase da consolidação -
	Principais características�- fase da consolidação -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos –�(1892-1953)
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	VIDAS SECAS�- Graciliano Ramos -
	Maria Beata do Egito�- Rachel de Queiroz –� (1910-2003)
	Maria Beata do Egito�- Rachel de Queiroz –
	Principais características�- fase da consolidação -
	Principais características�- fase da consolidação -
	Principais características�- fase da consolidação -
	Principais características�- fase da consolidação -
	Principais características�- fase da consolidação -
	MODERNISMO�BRASILEIRO
	3ª geração: pós-45
	Principais características�- Geração de 45 -
	Principais características�- Geração de 45 -
	Principais características�- Geração de 45 -
	Principais características�- Poesia concreta�dos anos 50 e 60 -
	Principais características�Poesia concreta dos anos 50 e 60 
	Décio Pignatari
	Décio Pignatari
	Augusto de Campos
	Augusto de Campos
	Augusto de Campos
	Augusto de Campos
	Augusto de Campos
	Slide Number 104
	Pedro Xisto
	Pedro Xisto
	Principais características�- Poesia marginal dos anos 70 -
	Paulo Leminski
	Paulo Leminski
	Paulo Leminski
	Paulo Leminski�e seus haikais
	Paulo Leminski�
	Principais características�- Década de 70 -
	Principais características�- Década de 90 e anos 2000 -
	FIM

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