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41 Resumo VIII Berne Hormônios das ilhotas pancreáticas

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Hormônios das ilhotas pancreáticas
Resumo VIII – Fisiologia endócrina
Berne
As ilhotas pancreáticas são compostas de células beta secretoras de insulina (a maioria), células alfa secretoras de glucagon, células delta secretoras de somatostatina e células secretoras de polipeptídeo pancreático (PP). A micro-arquitetura e os arranjos de fluxo sanguíneo permitem funcionamento parácrino e neurócrino, assim como comunicação direta célula a célula através de junções comunicantes.
A insulina é um grande hormônio glico-regulatório, anti-lipolítico, anti-cetogênico e anabólico. Ela consiste de dois peptídeos de cadeia reta unidos por ligações di-sulfídicas e é sintetizada por um precursor de cadeia única (pró-insulina).
A secreção da insulina é estimulada principalmente pela ingestão de glicose e alimentos, mas também por outros, peptídeos gastrintestinais e estímulos colinérgicos e beta-adrenérgicos. A liberação é diminuída durante o jejum e por exercícios, ambas circunstâncias que requerem mobilização de estoques energéticos.
A insulina promove armazenamento de combustível. Seus efeitos ordenados de acordo com a dose crescente de insulina requerida para a sua efetuação são a inibição de lipólise de tecido adipose e cetogênese; inibição de glicogenólise hepática, gliconeogênese e liberação de glicose; inibição de proteólise muscular; estímulo da captação de glicose muscular e armazenamento como glicogênio.
A insulina também estimula a captação celular de aminoácidos, potássio, fosfato e magnésio, assim como a síntese de inúmeras proteínas.
A insulina age através de um receptor de membrana plasmática que se liga á insulina; e então se fosforila em resíduos de tirosina específicos e, portanto, adquire atividade externa de tirosina quinase. O receptor ativado fosforila quatro substratos do receptor da insulina. Desta fosforilação flui uma cascata de modulação das atividades de numerosas enzimas envolvidas no metabolismo da glicose e dos ácidos graxos. Além disso, a transcrição gênica de numerosas enzimas e proteínas essenciais para o crescimento celular é induzida ou reprimida.
A insulina diminui os níveis plasmáticos de glicose, ácidos graxos livres (AGLs), cetoácidos, glicerol e aminoácidos de cadeia ramificada e outros. A deficiência de insulina leva a hiper-glicemia, perda de massa magra e massa de tecido adiposo, atrasa o crescimento e por fim provoca cetoacidose metabólica.
O glucagon é um peptídeo de cadeia reta liberado em resposta á hipo-glicemia e aminoácidos. Sua secreção é suprimida pela glicose, AGLs e insulina. A secreção de glucagon aumenta durante jejum prolongado e exercícios.
O glucagon é um antagonista da insulina que promove mobilização de glicose. Ele age primariamente no fígado, estimulando a glicogenólise e a gliconeogênese, assim como a oxidação de ácidos graxos e a cetogênese. O cAMP é seu segundo mensageiro, e a modificação covalente das atividades enzimáticas por fosforilação é o seu principal mecanismo de ação. O glucagon aumenta os níveis plasmáticos de glicose, AGLs e cetoácidos, porém diminui os níveis de aminoácidos.
A razão insulina/glucagon controla as taxas relativas de glicólise e gliconeogênese alterando os níveis hepáticos de frutose-2,6-bifosfato. Este metabólito por sua vez regula a taxa e a direção do fluxo entre frutose-1-fosfato e frutose-1,6-bifosfato. Os dois hormônios têm efeitos antagônicos em inúmeros outros passos enzimáticos hepáticos no metabolismo da glicose e dos ácidos graxos.
A somatostatina é um neuro-peptídeo de origem tanto de células das ilhotas pancreáticas quanto intestinal. Ela diminui a mobilidade do trato gastrintestinal, as secreções gastrintestinais, a digestão e a absorção de nutrientes, e a secreção tanto de insulina quanto de glucagon. A somatostatina é secretada em resposta ás refeições; suas ações, somadas àquelas da insulina e do glucagon, provavelmente coordenam a ingesta de nutrientes com a eliminação de substratos.

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