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Farmacologia dos Anticonvulsivantes COMPREENDER OS PRINCIPAIS TIPOS DE CRISES EPILÉPTICAS E OS MEDICAMENTOS UTILIZADOS PARA O TRATAMENTO, ASSIM COMO OS RESPECTIVOS MECANISMOS DE AÇÃO E PRINCIPAIS REAÇÕES ADVERSAS. AUTOR(A): PROF. TATIANA CRISTINA FERREIRA ARAMINI AUTOR(A): PROF. VIVIANI MILAN FERREIRA RASTELLI As epilepsias são distúrbios comuns e frequentemente devastadores. É um mal conhecido da humanidade desde a antiguidade. Quando seus mecanismos fisiopatológicos ainda eram desconhecidos, acreditava-se que os indivíduos eram possuídos por espíritos maléficos ou havia poderes especiais. Muitas vezes esses indivíduos eram afastados das pessoas e colocados em “colônias epilépticas”. Mesmo recentemente, o diagnóstico da doença traz consigo um estigma social que pode afetar todos os aspectos da vida cotidiana, como dirigir, conseguir um emprego e oportunidades educacionais. De todos os transtornos neurológicos crônicos, a epilepsia é a mais comum, afetando entre 1 - 3% da população e aproximadamente 10% da população pode ter uma ou mais crises convulsivas durante sua vida. O termo crise epiléptica refere-se a uma alteração transitória do comportamento, decorrente de deflagrações de potenciais de ação rítmicos e desordenados que ocorrem com um determinado grupo de neurônios. As crises epilépticas parecem se iniciar no córtex cerebral e não em outras áreas do SNC com o tálamo, tronco encefálico ou cerebelo. O local exato da descarga no córtex, assim com a sua extensão são os fatores determinantes da sintomatologia clínica apresentada, podendo variar desde uma perda de consciência de poucos segundos até crises de duração prolongada. Caracteriza-se um paciente epiléptico aquele que apresenta crises epilépticas de repetição. Há diferentes tipos de crises epilépticas, por isso é importante atentar à classificação para escolha do tratamento. Os fármacos disponíveis atualmente permitem um controle satisfatório das crises em torno de 70% a 75%. 01 / 09 VAMOS LEMBRAR O QUE é UM POTENCIAL DE AçãO A membrana celular possui inúmeras estruturas proteícas que funcionam como "portas" de passagem de íons Na e K . Quando o neurônio está em repouso, estas portas estão fechadas. Quando ocorre um estímulo, os canais de Na abrem imediatamente e o Na que estava inicialmente em maior concentração no meio extra celular, sofre um influxo e aumenta a sua concentração no meio intracelular. Este brusco influxo de cargas positivas faz com que o potencial da membrana, que era da ordem de -65mV (potencial de repouso), passe a aproximadamente +35mV. Essa mudança de potencial denomina-se despolarização, que é a primeira fase do potencial de ação.Assim que isso ocorre é gerado uma corrente elétrica ao longo do axônio (é uma corrente auto-propagável, conhecido como fenomeno "tudo ou nada"). Esta fase é denominada potencial de ação. Este neurônio poderá liberar neurotransmissores, que irão estimular outros grupos de neurônios, e assim quanto mais estímulos, mais potenciais de ação. É justamente esta alta excitabilidade que ocorrendo nas crises epilépticas. Por essa razão, existem medicamentos que bloqueiam estes canais de Na dependentes de voltagem, impedindo estes processos. POTENCIAL DE AçãO O QUE é UMA CRISE PARCIAL OU GENERALIZADA? As crises são fundamentalmente classificadas em parciais ou generalizadas. Uma crise parcial é aquela em que a descarga neuronal começa focalmente em uma área do córtex (as crises parciais ainda podem ser classificadas como parcial simples ou parcial complexa) que será detalhado abaixo. Ainda, as crises podem ser generalizadas, ou seja, é quando a descarga neuronal ocorre nos dois hemisférios cerebrais de forma simultânea. É importante destacar também que uma crise parcial pode evoluir para uma crise generalizada. Veja mais detalhes sobre estas crises no texto abaixo "classificação das crises epilépticas". + + + + + Objeto disponível na plataforma Informação: 02 / 09 CRISE CONVULSIVA GENERALIZADA Classificação das crises epilépticas PARCIAIS Crises parciais simples: Não são associadas com alterações da consciência, porque essas crises iniciam e normalmente permanecem em uma pequena área do cérebro. Por isso, unicamente uma modalidade neurológica é afetada durante a crise e resulta em sintomas que depende da área em que ela ocorre. Por exemplo, crises que ocorrem no córtex motor primário produzem movimentos clônicos das mãos. Crises parciais complexas: Está associada ao comprometimento da consciência. A maioria das crises parciais complexas inicia-se no lobo temporal. Normalmente o paciente está desperto com olhar fixo, mas não responde a estímulos externos. Além disso, pode também ocorrer movimentos autonômicos e repetitivos, como movimentos de mastigação, por exemplo. GENERALIZADAS Crises generalizadas: Envolvem todo o cérebro, incluindo o sistema reticular, produzindo assim atividade elétrica anormal por ambos os hemisférios. A perda imediata da consciência é característica das crises generalizadas. Principais crises generalizadas: 1) Ataque Tônico-clônico, também chamada de “Grande mal”: Caracterizada por rigidez tônica de todas as extremidades seguidas por tremores. Fase clônica: contração maciça do corpo, após essa fase ocorre o estado de torpor profundo e transitório (15 a 30 minutos) de estado letárgico e confuso. 2) Ataque de Ausência, também chamada de “Pequeno mal”: Perda súbita e breve da consciência e amnésia. Pode não haver qualquer manifestação motora ou ocorrer leves contrações das pálpebras e automatismos. Tem duração entre 10 a 30 segundos e pode ocorrer entre 50-100 vezes/dia. 3) Ataque Mioclônico: Contrações mioclônicas. Episódios simples ou múltiplos de espasmos incontroláveis. 4) Ataque Atônico: Perda súbita do tônus postural. Ocorre predominantemente em crianças. 5) Estado de mal epiléptico: Crises tônico-clônicas repetitivas em que o paciente pode ter crises subsequentes, ou seja, sem ter recuperação, podendo ficar nesse estado por horas. Objeto disponível na plataforma Informação: 03 / 09 Para o tratamento das crises convulsivas está bem estabelecido na prática clínica o uso de anticonvulsivantes (também chamados de antiepilépticos). Já que a epilepsia ocorre devido a um aumento de excitabilidade no SNC, o tratamento baseia-se em reduzir a excitabilidade ou aumentar o potencial inibitório: Nas crises está ocorrendo: Aumento de PEPs (potencial excitatório pós sináptico) Redução de PIPs (potencial inibitório pós sináptico) O tratamento consiste em: Redução de PEPs (potencial excitatório pós sináptico) Aumento de PIPs (potencial inibitório pós sináptico) Possíveis mecanismos de ação dos anticonvulsivantes Inibição da função do canal de sódio: Fármacos como a fenitoína e a carbamazepina afetam a excitabilidade da membrana por uma ação sobre os canais de sódio dependentes de voltagem. Com o bloqueio dos canais de sódio não ocorre a despolarização, o que portanto, impede a formação de um novo potencial de ação. Este bloqueio, entretanto, ocorre preferencialmente nas células que estão disparando repetitivamente, e quanto maior a frequência de disparo, maior o bloqueio produzido. Potencialização da ação do GABA: Fármacos como o fenobarbital e os benzodiazepínicos potencializam a ativação dos receptores GABA A pelo neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico), o que resulta na abertura de canais e aumento do influxo de Cl . A alta concentração de Cl caracteriza na hiperpolarização deste neurônio, o que impossibilita um novo potencial de ação. Inibição dos canais de cálcio: Alguns fármacos antiepilépticos têm efeitos discretos sobre os canais de cálcio, mas somente a etossuximida especificamente bloqueia o canal de cálcio do tipo T, cuja ativação acredita-sedesempenhar um papel na descarga rítmica associada com as crises de ausência. FÁRMACOS QUE BLOQUEIAM OS CANAIS DE Na FENITOÍNA A fenitoína é um bloqueador de canais de sódio, impedindo o excesso de PEPs (potencial excitatório pós sináptico). É eficaz em todos os tipos de crises parciais e convulsões tônico-clônicas (grande mal), exceto na crise de ausência (pequeno mal). - - + 04 / 09 Reações adversas: diplopia, ataxia, hirsutismo (particularmente incômodo para mulheres jovens), hiperplasia gengival (ocorre em 20% dos pacientes em tratamento crônico). O baixo potencial para sonolência (quando comparado a diversos outros anticonvulsivantes), confere um benefício para a fenitoína. Outras indicações: Alguns casos de neuralgia do trigêmeo podem responder ao tratamento com fenitoína, embora a carbamazepina seja preferida para esta indicação. CARBAMAZEPINA A carbamazepina está quimicamente relacionada com os antidepressivos tricíclicos. Assim como a fenitoína, a carbamazepina bloqueia canais de sódio, impedindo o excesso de PEPs (potencial excitatório pós sináptico). Os usos clínicos também são os mesmos da fenitoína. Evidências mais recentes, entretanto, demonstram que a carbamazepina é eficaz em pacientes maníacos depressivos, incluindo pacientes refratários ao tratamento com carbonato de lítio, o que se justifica a preferência por carbamazepina nesta situação. Não é eficaz na crise de ausência. A intoxicação aguda com carbamazepina pode resultar em estupor ou coma, irritabilidade e depressão respiratória. Reações adversas: sonolência, vertigem, náuseas, vômitos, ataxia, diplopia e visão turva. Interações medicamentosas: Carbamazepina é indutora enzimática para vários medicamentos, por exemplo, os anticoncepcionais. Com o aumento da metabolização e eliminação dos anticoncepcionais poderá haver risco de gestação neste tratamento concomitante. OXCARBAZEPINA Trata-se de um pró-fármaco, cujo mecanismo de ação e indicações é semelhante ao da carbamazepina. É um indutor enzimático menos potente quando comparado a carbamazepina. Reações adversas: fadiga, tontura, sonolência. LAMOTRIGINA Também bloqueia os canais de sódio dependentes, reduzindo a excitabilidade no sistema nervoso central. Entretanto, a lamotrigina é eficaz em um espectro mais amplo de crises epilépticas, possivelmente através de mecanismos diferenciados aos fármacos anteriores. Embora tais mecanismos não estejam totalmente elucidados, parece que lamotrigina também pode atuar inibindo a liberação de glutamato (importante neurotransmissor excitatório). Lamotrigina é útil como monoterapia ou coadjuvante de crises parciais e tônico-clônicas. Adicionalmente, é eficaz na síndrome Lennox-Gastaut, que se caracteriza por vários tipos de convulsões, retardo mental e refratariedade no tratamento com outros anticonvulsivantes. 05 / 09 Reações adversas: tontura, ataxia, náusea, vômitos, borramento visual. TOPIRAMATO O topiramato exerce ações sinérgicas além do bloqueio de canal de sódio regulados por voltagem. Além disso, é capaz de ativar os receptores GABA A pós sináptico e limita a ativação de receptores de glutamato. Indicações semelhantes a lamotrigina (inclusive para síndrome Lennox-Gastaut). Não é eficaz na crise de ausência. Reações adversas: sonolência, fadiga, nervosismo, perda de peso. ÁCIDO VALPRÓICO É um fármaco com ações sinérgicas. Além do bloqueio de canais de sódio dependentes de voltagem, o ácido valpróico também bloqueia canais de cálcio tipo T em neurônios talâmicos (Importante: é esta excitabilidade mediada por canais de cálcio nos neurônios talâmicos que justifica a crise de ausência “pequeno mal”), por este motivo o ácido valpróico também é efetivo nas crises de ausência. Adicionalmente, estudos invitro comprovam que ácido valpróico estimula a síntese de GABA e inibe a sua degradação, estas respostas ocorrem pela ativação da enzima ácido glutâmico descarboxilase e inibição da GABA transaminase, respectivamente. Reações adversas: náuseas, vômitos, ganho de peso, perda de cabelo, hepatotoxicidade, menor incidência de sonolência. ENVOLVIMENTO DO GABA Temos que lembrar que GABA é o principal neurotransmissor inibitório no SNC. Sendo assim, aumentar as ações do GABA também é efetivo no tratamento da epilepsia. FÁRMACOS QUE AUMENTAM A ATIVIDADE GABAérgica BARBITÚRICOS Os barbitúricos, como o fenobarbital, aumenta a afinidade do receptor GABA-A pelo GABA neurotransmissor. Como resultado desta ligação agonista entre GABA e GABA-A receptor, ocorre o aumento da duração da abertura dos canais de cloreto ativados pelo GABA. Vale lembrar que o fenobarbital também abre diretamente o canal de Cl do receptor GABA-A sem a presença do neurotransmissor GABA, o que não acontece para os benzodiazepínicos. Reaçoes adversas: sonolência é o efeito mais comum que ocorre com todos os pacientes no início do tratamento, mas há tolerância no uso crônico. Nistagmo e ataxia podem ocorrer em doses excessivas. Em caso de intoxicações graves (mediadas por potencialização de efeitos depressores no SNC, como, por exemplo, fenobarbital + álcool), pode ocorrer hipotensão, hipóxia, depressão respiratória e óbito. - 06 / 09 Outros barbituricos: tiopental e pentobarbital, porém são utilizados como medicação anestésica ou hipnótico pré-anestésico, respectivamente. BENZODIAZEPÍNICOS Mecanismo de ação é similar ao fenobaarbital: aumenta a afinidade de GABA (neutrotransmissor) com GABA-A receptor, o que resulta em uma maior frequência da abertura dos canais de Cl . Praticamente todos os benzodiazepínicos (que são utilizados para o tratamento da ansiedade) também podem ter efetividade em crises convulsivas, mas o clonazepam e lorazepam são amplamente utilizados. O diazepam é utilizado especialmente para tratar mal epiléptico (devido ao seu alto T ½). Reações adversas: sonolência e letargia. São mais seguros que o fenobarbital com relação à toxicidade, mas também são depressores do SNC. Outra diferença entre os barbitúricos e os benzodiazepínicos é que existe um antagonista em casos de intoxicação e/ou erros de administração com benzodiazepínicos. Trata-se do fármaco Flumazenil. VIGABATRINA É um fármaco mais recente e indicado para tratamento de convulsões complexas refratárias dos adultos e também para espasmos infantis. Mecanismo de ação: inibe irreversivelmente a enzima GABA transaminase (que faz a degradação do GABA). Com este efeito o neurotransmissor inibitório aumenta o tempo de meia vida e suas ações no SNC. Reações adversas: sedação, sonolência, fadiga e concentração prejudicada. Alteração no campo visual (perda visual bilateral progressiva) pode ocorrer com o uso de vigabatrina, sendo uma contra-indicação para pacientes com alteração clínica significativa no campo visual pré-existente. GABAPENTINA A gabapentina é um agonista GABA-A mimetizando as ações do GABA neurotransmissor inibitório. Reações adversas: Em geral é bem tolerada, mas as reações incluem sonolência, ataxia, tontura e fadiga. CRISE DE AUSÊNCIA: BLOQUEIO DE CANAIS DE CA DO TIPO T ETOSSUXIMIDA Importante fármaco para o tratamento das crises de ausência. - 2+ 07 / 09 Mecanismo: reduz as correntes de Ca2+ (correntes do tipo T) de neurônios talâmicos. O tálamo representa papel importante para a fisiopatologia das crises de ausência. São as correntes do tipo T de alta amplitude que são responsáveis pelas deflagrações dos potenciais de ação e provavelmente desempenham um papel importante na atividade excitatória talâmica. A etossuximida é eficaz na crise de ausência, mas não é eficaz nas crises generalizadas. Reações adversas: náuseas, vômitos, anorexia, sonolência, letargia, tontura, cefaleia e soluço (normalmente o paciente desenvolve tolerância para tais efeitos). Ainda,urticária e reações alérgicas (incluindo síndrome de Stevens-Johnson) foram atribuídas ao fármaco. INTERAçõES MEDICAMENTOSAS Vários anticonvulsivantes são indutores enzimáticos em diversos subtipos de enzimas do citocromo P450. Desta forma temos documentado na literatura diversas interações medicamentosas que resultam em falta de eficácia. Por exemplo: carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, ácido valpróico podem interferir um no metabolismo do outro quando administrados concomitantemente. Podemos observar, com frequência, pacientes que utilizam dois, três, ou quatro anticonvulsivantes e ainda sim apresentam convulsões. Outros medicamentos, (não somente os anticonvulsivantes) podem ser afetados através do aumento do metabolismo induzido por estes fármacos anticonvulsivantes. ATIVIDADE FINAL A crise convulsiva ocorre devido a algumas alterações no sistema nervoso central. É correto afirmar que: A. O excesso de excitabilidade, mediada pelo neutrotransmissor GABA é responsável pela convulsão. B. O excesso de excitabilidade, mediada pelo neutrotransmissor glutamato, pode ser responsável pela convulsão. C. A falta de inibição, mediada pelo neurotransmissor glutamato, pode ser responsável pela convulsão. D. A convulsão ocorre devido a uma redução da excitabilidade e aumento de processos inibitórios do SNC. Todas as alternativas sobre o fenobarbital abaixo estão corretas, exceto: 08 / 09 A. Aumenta a afinidade do GABA neurotransmissor pelo receptor GABA A, resultando em abertura de canal de cloro e hiperpolarização do neurônio. B. Aumenta o tempo / duração de abertuta do canal de cloro. Diferentemente dos benzodiazepínicos que aumentam a frequencia. C. Um fármaco antagonista que pode ser utilizado para reversão de intoxicação é o Flumazenil. D. É um depressor do sistema nervoso central, em casos de altas doses e associação com álcool pode ser potencialmente fatal. As crises de ausência podem ser tratadas com fármacos que atuam pelo seguinte mecanismo de ação: A. Bloqueadores de canal de Na dependentes de voltagem. Por exemplo, com o fármaco fenitoína. B. Bloqueadores da GABA transaminase, aumentando a produção do neurotransmissor GABA. Por exemplo, com o uso de vabapentina. C. Bloqueadores da GABA transaminase, reduzindo a degradação do GABA e aumentando os seus efeitos inibitórios no SNC. Por exemplo, com o uso de vigabatrina. D. Bloqueio dos canais de Ca (correntes do tipo T) de neurônios talâmicos. Um fármaco efetivo é a Etossuximida. REFERÊNCIA GOODMAN; GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 11ª ed Editora MCGraw-Hill. RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M. Farmacologia. 6 ed. Editora Guanabara Koogan. FUCHS, F.D; WANNMACHER L. Farmacologia Clínica. 4º ed. Editora Guanabara Koogan. + 2+ 09 / 09
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