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3. Maquinas de Construcao

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1 
 
Tema III. Equipes e máquinas de construção. 
 
3.1. Generalidades. 
 Breve resumo histórico 
O início da mecanização das construções se remonta aos anos finais do século XVIII, 
especificamente aos 1770, quando na Inglaterra Richard Edge Worth deu a conhecer mundo ao 
mundo sua famosa: “roda sobre cadeias” (actualmente denominada: “larvas” ou “esteiras”), a qual 
serve de apoie para o surgimento do primeiro Tractor sobre Esteiras ou Larvas; mais de um século 
depois (em 1904) ao Tractor de Esteiras lhe incorporou a direcção por freio diferencial (patente 
concedida ao Richard Hornsby), assim como motores accionados a vapor, todo o qual fez possível 
que se começasse a mecanizar os rudes trabalhos da construção, em particular as escavações 
necessárias para os de movimentos de terra, mediante maquinarias que substituíam e liberavam o 
homem de arrudas tarefas e faziam possível se multiplicasse a produtividade destes trabalhos. 
 
No 1908 se substituem os motores accionados por vapor, que possuíam os primogénitos tractores, 
pelos motores de combustão interna que usavam como combustível a gasolina, o qual significou um 
avanço significativo ao reduzir-se notavelmente o peso e dimensões de sortes máquinas, 
aumentando-a potência de seus motores, obtendo assim uma maior produtividade na realização dos 
trabalhos e é óbvio uma maior economia na execução dos mesmos. Às inovações antes mencionadas 
as incorpora à produção a Companhia. BEST de Califórnia nos EUA, o qual marcou o trânsito da era 
das equipes accionadas a vapor pelos accionados por motores de combustão interna. 
 
Como consequência da Primeira guerra mundial (1914 - 1919), originou-se um avanço notável no 
desenho e fabricação das máquinas de construção ante uma evidente major demanda das mesmas 
para a construção e reconstrução da infra-estrutura de vias e outras construções, por isso no 1920 a 
assina HANOMAG da Alemanha começou a fabricar buldóceres accionados por um novo sistema de 
accionamento, o sistema DIESEL. No 1922 surge a Cia CATERPILLAR nos EUA produto da fusão 
da companhia BEST antes mencionada e da HOST. A companhia Caterpillar (ou simplesmente 
CAT) introduz o mando hidráulico para accionar a folha dianteira destas equipes, mas nesse 
momento não se alcançam os resultados favoráveis desejados. 
 
No 1928 a Companhia. Francesa “O Tourneao” introduz os “mandos de cabo” com aceitável 
desempenho. No 1936 reaparecem os “mandos hidráulicos” propostos pela CATERPILLAR com 
melhoras significativas, obtendo-se impor-se paulatina e definitivamente aos de cabo ao possuir 
inegáveis vantagens ao manipular os órgãos de trabalho destas máquinas escavadoras. 
 
No 1940 se introduz o “conversor hidráulico de par”, obtendo-se desta maneira continuar o 
aperfeiçoamento destas máquinas ao incrementar sua capacidade de trabalho, ao diminui-los tempos 
de duração dos ciclos de trabalho sobre tudo ao trocar de sentido nos movimentos, chegando-se desta 
maneira até a actualidade aonde existe uma ampla variedade de equipas, onde alguns modelos 
alcançam altas potencializa em seus motores superando os 1000 H.P. de potência nominal; possuem 
variados órgãos de trabalho accionados com alta maniobrabilidade e precisão; linhas aerodinâmicas e 
cores agradáveis, cabines climatizadas, alcançando-se altos graus de mecanização e elevadas 
produtividades nos distintos trabalhos construtivos. 
 
Deve recordar-se que até finais do século XIX estes rudes trabalhos se faziam empregando milhares 
de homens, um exemplo significativo foram as escavações efectuadas para a construção do Canal do 
Suez (160 km. de longitude) onde se chegaram a empregar em um só dia mais de 10000 homens; é 
fácil imaginar o difícil de realizar o seguro logístico para tantos milhares de pessoas em lugares 
distantes das cidades. Outro exemplo notável que pode citar-se para ilustrar como se faziam os 
2 
 
trabalhos de movimento de terra faz quase 2 séculos, é a construção em 1887 de uma via-férrea no 
oeste dos actuais os Estados Unidos da América do Norte com uma extensão de 870 km. executada 
em só 8 meses, empregando para isso 8 mil homens e 3300 juntas de bois com carretas. Seu prazo de 
duração assombra ainda na actualidade, mas se conseguiu empregando uma cifra muito elevada de 
pessoas e grande quantidade de veículos de tracção animal, fundamentalmente para o transporte ou 
transporte de terras. 
 
Além dos Buldóceres surgem as primeiras Trelas ou Escrepas (derivado da palavra Inglesa: 
Scrapers), equipes que em seus inícios foram movidos por tracção animal, posteriormente a vapor e 
finalmente na actualidade empregando motores de combustão interna diesel e mediante 
accionamento hidráulico, os que substituem o trabalho de muitos homens ao realizar várias 
operações de maneira sucessiva, o qual lhe permite alcançar altos rendimentos nos movimentos de 
terra. 
 
O Tractor sobre Esteiras serve de base também para a origem de outras máquinas tais como: os 
Carregadores e as Gruas Escavadoras ou Escavadora Universal, de ampla utilização na actualidade. 
 
Posteriormente se mecaniza a transportação de terras e rochas, ao criá-los primeiros Caminhões de 
Volteio e posteriormente os Caminhões “Fora de caminho” (Dumpers). Também se mecanizaram os 
trabalhos de nivelamento e perfilado (terminado) dos aplainamentos, ao se desenhar e fabricá-las 
primeiras Moto niveladoras. 
 
A compactação mecanizada de solos se obtém com o desenvolvimento da família dos 
Compactadores, dessa maneira se chega a mecanizar o 100 % dos rudes trabalhos de movimento de 
terras necessários para os diferentes tipos de obras civis. 
 
Paralelamente se foram mecanizando os trabalhos de outras etapas construtivas para minimizar os 
tempos e custos das obras, surgindo assim outras equipes como: as Gruas de Iҫaje, as Betoneiras ou 
Concreteras, as Maquinarias de Pavimentação, as equipes denominadas de “pequena mecanização ou 
ligeiros”, empregados geralmente nos trabalhos de Terminação das Edificações, assim como outros 
variados equipes de construção. 
 
Na actualidade pode afirmar-se que existem maquinarias para realizar a maioria absoluta das 
actividades construtivas com alta produtividade e a necessária qualidade, para quase todo tipo de 
obras, dados os avanços experimentados pela ciência e a tecnologia. 
 
Para garantir a humanização dos rudes trabalhos da construção as empresas construtoras devem 
dispor dos recursos e da técnica necessária para realizar as construções com a produtividade e a 
qualidade que necessita o desenvolvimento socioeconómico do país, assim como também os esforços 
em tratar de realizar uma gestão eficaz destes importantes recursos. 
 
 Tendências actuais de desenvolvimento das Maquinarias de Construção. 
 
Seguidamente se enumeram as principais tendências de desenvolvimento das maquinarias de 
construção no mundo na actualidade: 
 
 Uso crescente de materiais sintéticos mais ligeiros e resistentes em sua fabricação. 
 Normalização de peças, partes, conjuntos e sistemas de peças, as que as fazem 
intercambiáveis e utilizáveis para distintas marcas e modelos de equipas. 
 Aumento significativo da potência nominal dos motores das máquinas. 
3 
 
 Uso maioritário de motores com accionamento DIESEL. 
 Emprego de mandos, transmissões por accionamento hidráulico e outros sistemas para fazê-
los mais precisos e fáceis de operar. 
 Maior maniobrabilidade ao realizar os diferentes trabalhos. 
 Maior variabilidade em seu emprego ao dispor de múltiplos órgãos de trabalho. 
 Equipes de grande e a sua vez de pequeno formato, multo propósitos. 
 Melhoria notável no conforto das cabines dos operadores, seguras e climatizadas. 
 Uso cada vez major de controlosautomáticos para evitar sobre peso, o tombo (caída), 
assegurar o controlo do paralelismo entre os eixos dianteiros e traseiros, etc. 
 Forma e desenho aerodinâmico os que diminui sensivelmente a resistência a seu movimento 
através do ar e que esteticamente lhes dão uma forma estilizada. 
 Uso de cores contrastou com a vegetação (geralmente amarelo, laranja) 
 Emprego de equipas teleguiadas e submersíveis para realizar tarefas de alto risco em túneis, 
debaixo da água do mar e dos lagos, em zonas radioactivas, etc. 
 Aumento dos preços de compra dos mesmos, em ocasiões inalcançáveis para os países em 
desenvolvimento. 
 
3.2. Classificação dos equipamentos de construção 
 
Equipamentos para: 
A. Movimento de terra, Perfuração e Produção de britas 
B. Transporte 
C. Fincada ou cravaҫão 
D. Betunado 
E. Iҫaje e Montaje 
F. Outros (Pavimentação, reciclaje, etc.) 
 
3.3. Características fundamentais e campo de utilização de cada grupo 
 
A. Movimento de terra e Produção de brita 
 
A.1. Classificação das Maquinarias de Movimento de Terra. 
 
 Máquinas Escavadoras de folhas com cuchillas: 
 Buldóceres (bulldozers). 
 Trelas (scrapers). 
 Mototrelas (moto scrapers). 
 Zanjadoras (trench cutting machine 
 Motos niveladoras (motograders). 
 Máquinas Escavadoras com colher (cubos ou pás) 
 Escavadora Universal ou Gruas Escavadoras: 
 Escavadora Frontal ou Frente Pá (frontal shovel) 
 Retroescavadora (back hoe). 
 Dragagens (drag line). 
 Escavadora siri (Jaiba) o Almeja de cuchara autoprensil. 
 Máquinas de Perfuração (Máquinas Perfurarias) 
 Máquinas Carregadoras ou Carregadores: 
 Carregador Frontal sobre Pneumáticos (frontal whell loader). 
 Carregador Frontal sobre Esteiras (frontal track loader) 
4 
 
 Retro carregadores ou Carregadores de descarga traseira 
 
 Máquinas de Transportação de Terras e/ou Rochas: 
 Caminhões de Volteio (dump truck). 
 Semi-reboques de Volteio. 
 Caminhões “Fora de caminho”: 
 Rígidos (dumper) 
 Invertebrados ou “todo terreno” (articulated dump truck) 
 Compactadores (compactors): 
 1. Pesados: 
 Cilindros de Aros Lisos (smooth wheel rollers). 
 Cilindros Vibratórios (vibratory compactors). 
 Compactador sobre Pneumáticos (phneumatic atire roller). 
 Compactador “Pata de Cabra” (sheeps foot rollers). 
 2. Ligeiros: 
 Pisões de Impacto (tipo “Rã”). 
 Paus de macarrão Lisos Vibratórios. 
 Placas ou Bandejas Vibrantes. 
 3. Mistos (Aros Lisos Pneumáticos, Compactadores de Bordas, etc. 
 
Partes Fundamentais das Máquinas de Construção, funções principais. 
 
É importante e oportuno descrever brevemente uma série de partes ou elementos componentes que 
possuem as equipes de construção: 
 O Motor. 
 O Sistema de Transmissão (caixa de velocidades, embriaguem principal, a barra cardam, etc.). 
 O Sistema ou Trem de Rodagem (sobre esteiras, sobre pneumáticos, sobre patim). 
 O Sistema de Controlo (“mandos”). 
 O Chassis ou estrutura resistente. 
 Os órgãos de trabalho (folhas, cubos ou pás, cama ou depósito de carga, escarificações, etc.). 
 
O Motor: 
É o elemento principal em qualquer equipe de construção, pois é onde se gera a potência que estes 
necessitam para cumprir suas funções. Podem ser de várias formas e potências e utilizar variadas 
formas de energia. 
Usualmente são de combustão interna, de injecção e de quatro tempos compostos por: corpo ou 
carcaça, cilindros, pistões e bielas, cigüeñal, árvore de partidas, válvulas, injectores, etc. Na Foto 1, 
apresenta-se um Motor de accionamento Diesel. 
 
Não é necessário para os Engenheiros Civis dominar o funcionamento dos motores e o 
funcionamento de cada parte constituinte, mas sim saber que o movimento alternativo dos pistões, 
por intermédio das bielas, passa ao cigüeñal o qual ao rodar entrega sua energia cinética (potência) 
aos órgãos de transmissão, que fazem possível que o trem de rodagem e os órgãos de trabalho 
possam realizar os movimentos necessários para realizar os distintos trabalhos. 
 
A Transmissão: (Sistema de Transmissão). 
Como se explicou a potência desenvolvida pelo motor deve chegar ao sistema de rodagem e aos 
órgãos de trabalho da equipe, é precisamente a transmissão a encarregada desta função. 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 1: Motor accionado pelo sistema Diesel, usualmente empregado nas equipes de construção. 
 
 
Esquema 1: esquema em planta de um Sistema de Transmissão. 
 
Como pode apreciar-se no esquema anterior, a rotação do cigüeñal do motor (1) transmite-se às rodas 
(8) mediante a embriaguem ou acoplamento (2), a caixa de velocidades (3), a barra cardam (4) e a 
transmissão final (5) com mecanismo diferencial (6). Estes dois últimos elementos junto com o eixo 
de saída transversal estão alojados na ponte traseira da máquina (7), que mediante rolamentos 
suporta às rodas, as que a sua vez se movem com a Potência que lhes chega do motor através do 
sistema de transmissão antes descrito e que se mostra no Esquema em Planta antes mostrado. 
 
É conveniente esclarecer que não é necessário que o Engenheiro Civil domine as partes e peças que 
conformam o esquema de transmissão antes explicado, mas sim deve ter presente que a potência 
gerada no motor se transmite mediante este mecanismo e chega até o sistema de rodagem, para que 
desta maneira a equipe possa transladar-se e realizar trabalhos úteis. 
6 
 
Sistema ou Trem de Rodagem: 
As equipes de construção para exercer sua função têm que mover-se e o fazem mediante o sistema de 
rodagem. Este pode ser: 
1. Sobre Pneumáticos ou rodas de borracha ( denota-se em adiante por: S/N) 
2. Sobre Esteiras ou Larvas (denota-se no adiante por: S/E) 
3. Sobre Patins ou Trilhos (como por exemplo: as que possuem as Escavadoras Frente Pá de 
grandes dimensione usadas em Mineração em escavações a céu aberto, que apresentam alguns 
modelos de Gruas de Izaje como as Gruas Torre, etc.). 
 
Os que empregam o primeiro sistema (S/N) possuem maior mobilidade e desenvolvem maiores 
velocidades, a diferença do de larvas ou esteiras (S/E), entretanto, este último é conveniente 
empregá-lo em áreas ou zonas de trabalho que não possuem caminhos definidos, em chãos de pouca 
capacidade lhe suportem e para poder desenvolver maiores esforços no gancho de tracção. Maior 
informação sobre estes elementos pode achar-se no livro livros clássicos que abordam as 
maquinarias de construção. 
 
Sistema de Controlo: 
Por diferente que seja uma equipe de construção, o mesmo possui um sistema que permite controlar 
seu funcionamento e realizar trabalhos, estes são os chamados “mandos” da equipe mediante os 
quais os operadores o dirigem (leme, alavancas, pedais, botões em um painel de controle, etc.). 
 
Do ponto de sua construção os controles em geral podem ser: 
- de mandos de cabo, 
- de mandos hidráulicos, 
- de mandos pneumáticos e 
- mistos ou combinados. 
 
A maioria das equipes de construção actuais possuem mandos hidráulicos e/ou mandos mistos, já 
que estes se impuseram aos de cabo pelas vantagens que apresentam em seu emprego. 
 
O Chassis: 
É a parte ou estrutura resistente da equipe, a que suporta as demais partes, sistemas, peças e 
carroçaria da equipe. O chassis deve possuir a suficiente rigidez para não deformar-se na realização 
dos trabalhos, em outras palavras: é o esqueleto resistente da equipe Não possui forma definida 
variando segundo o tipo e modelo da equipe de que se trate. 
 
Órgãos de Trabalho: 
Toda equipe possui órgãos de trabalho com diferentes forma e dimensões, os mas usuais som: folhas 
com cuchillas,cubos ou pás, escarificações, depósitos ou camas, etc., para realizar os diferentes 
trabalhos. 
Estes órgãos são accionados pelos sistemas de controlo antes mencionados, impondo-se os de mando 
hidráulico ao obtivesse maior precisão para atacar os trabalhos, sobre todos naqueles que operam 
com folhas e cuchillas. 
O conhecimento dos órgãos de trabalho das máquinas é muito importante para os Engenheiros Civis, 
já que disso depende a maneira ou método de realização para atacar os distintos trabalhos e a 
qualidade de sua execução e em grande medida o rendimento ao atacar os trabalhos. 
 
 Máquinas Escavadoras de folhas com cuchillas (laminas): 
 Os buldóceres. 
7 
 
Os buldóceres são máquinas escavadoras por excelência, com grande emprego na execução de 
movimentos de terra de obras lineares, hidráulicas, agrícolas, mineiras, etc. Quer dizer, com um 
amplo campo de utilização, devido ao antes expresso se evidencia a necessidade de seu estudo pelos 
Engenheiros Civis, para contribuir a sua eficaz e eficiente exploração. 
 
Foto 2: Bulldozer sobre esteiras escavando e conduzindo terra. 
 
Definição do Bulldozer: 
Um Bulldozer (buldóceres), cuja sigla é B, pode definir-se como: “uma máquina ex planadora 
formada por um tractor geralmente sobre esteiras ou sobre pneumáticos, que possui órgãos de 
trabalho conformados por uma folha dianteira e seu cuchilla colocada na parte inferior (órgão de 
trabalho principal) e escarificações (rooter) na parte traseira (órgão de trabalho secundário) 
accionados por um sistema hidráulico, com os que se executam escavações e transportes, que lhe 
permitem efectuar variados trabalhos de movimento de terra”. 
 
Na foto 2, antes mostrada, observa-se um modelo desta equipe escavando e conduzindo um solo 
argiloso, culminando a fase de cheio de terra acumulada diante da folha. 
A folha é o órgão principal de trabalho do Bulldozer, com a mesma se realizam os cortes ou 
escavações, os traslados ou transportes de material escavado e outros muitos trabalhos. Lhe 
denomina incorrectamente “cuchilla”, quando realmente esta é o aditamento cortante que possui a 
folha em sua parte inferior dianteira, feita com um aço de maior resistência que o resto da folha. Nas 
esquinas ou extremos da cuchilla, fabricadas com um de aço até de maior resistência, encontram-se 
os “gaviões”, aditamentos que se empregam para iniciar o ataque ao executar as escavações. 
 
Existem três tipos básicos de folhas, as que segundo seu movimento podem ser: 
- Fixas (formando um ângulo recto com o eixo longitudinal da equipe) 
- Inclinável (em relação a vertical) 
- Angulares (respeito ao eixo longitudinal da equipe) 
 
Sistemas de Mandos da Folha. 
Para accionar as folhas dianteiras dos buldóceres se empregam dois sistemas de mando: 
- Mando Hidráulico (bomba, mangueiras e gatos), mais usado na actualidade. 
- Mando de Cabos (“guinche” ou elevador mediante polias e cabos), virtualmente em desuso. 
8 
 
Ambos os sistemas possuem vantagens e desvantagens que fazem que se prefira seu uso em 
determinados trabalhos, entretanto, a tendência actual esta dirigida à produção de máquinas com o 
sistema de mando hidráulico antes chamado, devido à precisão que pode obter-se nos cortes e outras 
operações, não requerer o operador de grande experiência para manipular a folha, aumentar a 
capacidade de escavação ao poder utilizar o peso da equipe como um elemento mais para fazer estes 
trabalhos. 
Por meio dos mandos hidráulicos (ou também de maneira manual) pode-se inclinar a folha com 
respeito à vertical (+10º ou -10º), quer dizer, que sejam inclinável (tip dozers, em Inglês), para 
facilitar assim a penetração da mesma no solo, procedendo-se segundo a dureza do terreno tal como 
segue: 
A. Em terrenos brandos: inclina-se a folha para trás (- 10º) para assim diminuir a tendência desta a 
enterrar-se, facilitando o corte e permitir uma acumulação maior de terra diante da folha e por 
conseguinte obter um maior rendimento da equipe. 
B. Em terrenos duros: inclina-se para diante (+10º) para obter uma maior penetração ao escavar. 
Agora bem: se a folha do B pode inclinar-se para cima ou para baixo respeito a horizontal para 
fazer possível a introdução dos “gaviões” (esquinas das cuchillas) no chão a escavar, aos 
bulldozers com essa possibilidade de movimento da folha lhe denomina: “Tiltdozers” 
A folha também pode ser inclinável respeito ao eixo longitudinal ou transversal da máquina, quando 
nesse caso pode oscilar entre 30º e 60º com respeito ao eixo transversal da equipe, ao bulldozer lhe 
denomina: “Angledozers” 
Como puderam precaver-se em dependência do movimento da folha dianteira lhe denominou ao B de 
uma maneira diferente; entretanto, na prática a todos lhes denomina: buldóceres mas com um 
segundo nome, quer dizer: Bulldozer, simplesmente; Angledozer (se solo possuir a possibilidade de 
incliná-la respeito ao eixo transversal ou longitudinal; Bulldozer Angledozer, Tipdozer e Tilldozer 
(possui-se os três movimentos). 
Virtualmente os buldóceres modernos tratam de combinar todos estes movimentos, para ser mais 
versáteis e adaptar-se a um maior número de trabalhos a realizar, exemplo: os B “Komatsu” 
Japoneses são: Angulares e inclináveis, além do Topador Frontal ou Bulldozer. 
Podem ser empregados outros aditamentos de carácter não básico ou especiais colocados na parte 
dianteira em substituição da folha básica ou normal, os que acorde com os trabalhos que realizam 
podem ser de quatro tipos: 
1. Folha de reste-lo (“clearingdozers”). 
2. Abatedor de árvores (“stumpers”). 
3. Cortadora de matagais ou matizas (“bushculter”). 
4. Placa de impulso ou empure (“cabrito” ou “pusher”). 
Também é bom assinalar que existe o Bulldozer sobre Pneumáticos (“Tornadozers”) que 
principalmente difere dos anteriores no sistema de rodagem, por suas características é muito útil em 
trabalhos de urbanizações, limpeza de ruas, etc., tanto por sua grande mobilidade como por não 
danificar o pavimento das ruas ou vias urbanas durante seu trabalho. 
Os aditamentos ou folhas anteriormente explicadas estão colocadas diante, mas também detrás lhe 
situa outro denominado: Escarificador ou “Rooter”. 
Os parâmetros técnicos destas equipem podem obter do “Manual de Parâmetros Técnicos de 
Máquinas para a Construção”. 
Deve destacar-se a “Classificação dos Materiais por sua Natureza” (ou por seu comportamento ao ser 
escavados), classificação que os agrupa desde I até V, quer dizer, desde solos brandos até rocha 
muito dura, especificando-os filas de potência requeridos pelos buldóceres para executar os 
trabalhos. A classificação IV e V (rochas duras e muito duras) requerem de abrandamento prévio 
mediante britagem (trituração) para poder posteriormente usar as máquinas escavadoras. É 
importante fazer uso da Tabela, para evitar possíveis aras (rupturas) ou desperdício da capacidade 
9 
 
potencial destas máquinas, ao atacar uma escavação ou qualquer outra actividade, escolhendo-se 
assim a potência adequada do bulldozer acorde com a dureza do solo existente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo de Aplicação. 
O campo de aplicação ou emprego dos buldóceres é amplíssimo, não se limita aos trabalhos no ramo 
da Construção Civil, mas também no ramo da Agricultura (para o desmonte, a execução de canais 
nos sistemas de rega e drenagem, etc.); na Mineração para a escavação e transporte de minerais em 
minas a céu aberto; no ramo Militar para fazer obstáculos engenheiros como canais, trincheiras, 
caminhos ou rotas para o deslocamento dos meios combativos, etc. Por tal razão é uma dasmáquinas 
mais demandadas no mercado, devido a seu grande ou amplo campo de utilização. 
Na construção civil se empregam na execução de grandes movimentos de terra em obras lineares ou 
vias de comunicação terrestres (estradas, auto-estradas, via férreas e aeropistas); em escavações dos 
 
CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS POR SEU NATUREZA 
Classificação I 
- Solos soltos a a semi 
compactados 
- Areias, cascalhos, limos, terra vegetal, argilas meias com mais ou menos 
água, escombros de rocha. 
- Estes solos não necessitam preparação preliminar para ser escavados pelas 
máquinas. 
Podem ser escavados com relativa facilidade por top adores frontais, 
escavadoras universais (frente pás) e outras escavadoras em geral, de baixa ou 
meia potencia. 
Classificação II 
- Solos compactos a 
rocha branda 
- Argilas duras, argilas esquistosas, rocha marga, rocha branca calcário - 
argilosa, massas de rocha altamente fissuradas ou estratificadas e rocha 
fragmentada por explosivos. 
- Estos suelos necesitan con frecuencia una disgregación previa mediante 
escarificador o arado. 
Pueden ser excavados por equipos y medios mecánicos de medias o grandes 
potencias (más de 80 Hp) 
Classificação III 
- Rocha de dureza 
média 
- Rocha calcária, piçarras, conglomerados, massas de rocha medianamente 
estratificada, rochas muito alteradas e minerais brandos. 
- Podem ser escavados por equipas ou máquinas de potência mediana (mais 
de 140 HP). Para os trabalhos convencionais necessitam sempre uma 
desagregação prévia mediante escarificações pesadas ou o uso de explosivos 
de fraco potência. 
Classificação IV 
- Rocha dura 
- Rochas calcárias ou sílicas, rochas ígneas e metamórficas e de massas de 
rochas pouco alterada, calcita e a maioria dos minerais (os de pouca 
densidade). 
- Solo pode ser escavados por procedimentos mecânicos com máquinas 
especiais, desenhadas para cada caso. Os explosivos que se usam devem ser 
de potencializa meia 
Classificação V 
- Rocha muito dura 
- Rochas ígneas não alteradas como granito, a diorita, diabasas, rochas 
metamórficas, minerais densos e silícios, magnetita, etc. 
- Rochas ígneas não alteradas como granito, a diorita, diabasas, rochas 
metamórficas, minerais densos e silícios, magnetita, etc. 
- Solo pode ser extraídos por procedimentos mecânicos altamente 
especializados e máquinas especialmente desenhadas. Há necessidade de 
emprego de explosivos de alta potencializa e métodos especiais de trabalho. 
. 
 
Nota: Tomado de NC 52-027:78 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EQUIPOS 
10 
 
lances em corte dos aterros, em compensações longitudinais e transversais de aplainamentos, 
escavações em empréstimos; na escavação de cimentações das edificações; na construção de presas 
(cortinas, diques, canais, etc.); para realizar dispositivos componentes do sistema de drenagem 
superficial tais como: canais, sarjetas, etc. 
Os buldóceres trabalham segundo a Tabela em chãos com Classificação I, II e III (quer dizer até de 
dureza medeia), sem necessidade de empregar ou realizar britagem. Nos solos classificação: IV e V 
(rochas duras e muito duras), para poder trabalhar tem que executar uma desagregação prévia 
(trituração ou fofa), realizando britagem com explosivos de média potência. 
Os buldóceres trabalham economicamente até os 90 metros (máximo raio de acção), embora nas 
escavações e transportes de chão, os máximos rendimentos se alcançam entre os 7 e os 25 metros, 
sendo aceitáveis trabalhar até os 45 - 50 metros. A partir desses valores o rendimento diminui 
rapidamente com a distância, principalmente devido às perdas de volume de terra acumulado diante 
da folha que se originam ao deslocar-se. 
Para facilitar a compreensão do antes afirmado, apresentam-se seguidamente as gráficas que 
mostram a variação: Rendimento vs. Distância e Custos Unitários dos trabalhos vs. Distância: 
 
 
 Distância 
Figura 6. Variación del rendimiento con la distancia de trabajo del Buldócer 
Como se observa nas figuras ou gráficas anteriores (Figuras 6 e 7), o máximo rendimento o alcança 
um Bulldozer escavando em determinado tipo de chão (classificação I) à distância de 7 metros, 
obtendo-se altos rendimentos na escavação e transporte até os 25 m, embora se obtêm aceitáveis 
rendimentos até os 45-50m, daí em adiante o rendimento cai bruscamente fixando-se como limite 
máximo económico os 90 metros, pois como se observa na figura 7, o custo unitário ($/m³) tende a 
infinito precisamente nessa distância. 
Logo em resumo os buldóceres devem operar-se entre os 7 e 25 m (como máximo a 50 m) para 
assegurar altos ou ao menos aceitáveis rendimentos ao realizar seu trabalho. 
 
 
Zona de 
Máximo 
Rendimiento 
 7 10 20 25 30 40 50 60 70 80 90 
Rendimiento 
(m3/h) 
 Rmáx 
11 
 
 
 
Os trabalhos específicos que podem realizar os buldóceres são os seguintes: 
1. Desmonte ou corte de árvores 
2. Capine de vegetação 
3. Descascado (eliminação da capa vegetal da beije dos aplainamentos) 
4. Escavação em aplainamentos (em lances em corte) 
5. Abertura de sarjetas (de distintas secções transversais) 
6. Abertura de canais (de diferentes secções transversais) 
7. Escavações nos empréstimos (extracção, transporte e empilhado de terras) 
8. Escavações “a meia ladeira” nos aterros de obras lineares 
9. Compensações longitudinais e transversais em aterros. 
10. Demolições 
11. Cheios ou preencho de alicerces, de sarjetas, etc. 
12. Empilhado ou re apilado de materiais. 
13. Desagregação ou escarificação (abrandamento) de solos. 
14. Rega ou estendida de terras. 
15. Outras como: mescla de solos com aditivos; impulso de outras máquinas (“cabrito” ou 
“pusher”), a carga de equipas de transporte usando aberturas, etc.) 
 
Como se observa, são numerosos os trabalhos que podem executar-se com estas máquinas 
escavadoras (algumas auxiliadas com aditamentos especiais). 
Pode-se seleccionar o Bulldozer idóneo a empregar para atacar um trabalho segundo sua potência 
nominal, órgãos de trabalho disponível e outras características. Isto garante que não se desperdice a 
potência em trabalhos que não o requeiram ou que as equipes possam sofrer rupturas ao submetê-lo a 
trabalhos que necessitam de major potencializa, quer dizer, faça-se uma adequada selecção da 
potência da máquina acorde com a que requeira o trabalho a realizar. 
Em geral, o procedimento a seguir para realizar a selecção do Bulldozer idóneo, técnica e 
economicamente, para atacar um trabalho se recomenda seja o seguinte: 
 Conhecer as características do trabalho a realizar (dureza do solo, distancia medeia de trabalho, 
dimensões principais do trabalho, etc.). 
 10 20 30 40 50 60 70 80 
90 
 Distancia (m) 
Costo 
Unitário 
($/m3) 
12 
 
 Conhecer os parâmetros fundamentais da equipe (potência, peso, capacidade), assim como 
sistemas de mando e órgãos de trabalho disponíveis. 
 Escolher a equipe idónea como aquele que possua potência nominal de seu motor e outros 
parâmetros e características, mais adequados às características da actividade concreta a realizar 
de forma tal de assegurar mínimos custos e altos rendimento na realização dos trabalhos. 
 
 
Foto 3: Bulldozer descascando (eliminando) a capa de chão vegetal ou orgânico, escavando e 
conduzindo de maneira correcta a favor da pendente. 
 
 
Foto 4: Bulldozer nivelando a base de um lance em corte de um caminho. 
13 
 
 
Foto 5: Bulldozer escavando e empilhando terra em um Empréstimo. 
 
 
Foto 6:Buldóceres trabalhando em paralelo para atacar compensações longitudinais ou 
escavações de material indesejável ou restante, em distâncias próximas aos 90 metros 
 
 As Trelas 
As Trelas ou Escrepas (Scrapers), são máquinas especialmente desenhadas para os trabalhos de 
movimento de terra, as quais realizam de maneira sucessiva as operações de: escavação, carrega, 
transporte e vertido (rega ou estendida) de terras, o qual faz possível alcançar altos rendimentos 
nestes trabalhos, substituindo assim o trabalho de outras máquinas. 
 
14 
 
 
Foto 7: Trela cheia estendendo uma capa de material de cheio em uma esplanada em construção. 
 
Na foto anterior se podem apreciar as partes ou elementos principais do conjunto Tractor Trela (ou 
simplesmente Trelas), que são os seguintes: 
 O Tractor que contribui a força para atacar trabalho (do mesmo se aprecia uma roda no extremo 
inferior direito da Foto 7), é o que tira ou puxa a equipe mediante a barra de tiro que os conecta. 
 A Caixa ou depósito da Trela, onde se acumula o material escavado, com capacidades de carga 
que variam entre 2 e 30 m3 
 A Cuchilla ou elemento cortante para atacar escavações, localizara-se na parte inferior da Caixa. 
 Dispositivos componentes do sistema de mandos hidráulicos. 
 Sistemas de rodagem, geralmente sobre pneumáticos (S/N). 
 
As Trelas geralmente são atiradas por Tractores Sobre Esteiras para evitar que patine ou deslize o 
tractor ao atirar da mesma durante os trabalhos; não obstante faz vários anos que se empregam com 
excelentes resultados Tractores Sobre Pneumáticos gigantes que possuem desenhos pronunciados 
(“rodas fingiras (fangueras)”) da Marca: YUMZ (da ex- URSS), os que se empregam para formar o 
conjunto Trator-Trela. 
Tipos de Trelas: 
Atendendo a seu sistema de accionamento, predominando o primeiro destes por suas vantagens ao 
realizar os trabalhos: 
 
 Mando Hidráulicos 
 Tipos 
 Mando por cables 
 
As capacidades de carga da caixa ou depósito destas equipes oscilam 2 e 30 m3; Existem outros 
modelos de Trelas da ex- URSS e da França, sendo a TS modelo D-511 da a de máxima capacidade 
(15m3). 
 
Campo de Aplicação das Trelas: 
Empregam-se na Agricultura para a execução de sistemas de canais e obras de drenagem, a 
construção de lagos, micro presas, etc. Na Construção Civil para executar obras de engenharia tais 
como: aterros de caminhos e estradas; canais; presas; esplanadas ou terraços e outras obras de terra, 
geralmente para a execução de grandes movimentos de terra desde curtas a médias distâncias em 
zonas em que a topografia e o tipo de terreno aconselhe o uso de tractores de esteiras. São ideais para 
a construção de canais, para a compensação longitudinal de terras em terraços e aterros; o descascado 
da base de obras lineares e terraços. Trabalham em solos com classificação I e II onde não existem 
rochas soltas de grande tamanho, seu tamanho máximo deve ser menor que a abertura existente entre 
15 
 
a cuchilla e o biombo dianteira da caixa da equipe, para que as mesmas possam penetrar). Os 
métodos de trabalho para as operações básicas antes mencionadas aparecem explicadas nas 
normativas, onde se precisam e brindam recomendações válidas para atacar estas correctamente, 
auxiliando-se de figuras e esboço. 
Ao atacar os trabalhos antes citados, estas equipe realizam sempre quatro operações básicas de 
maneira sucessiva ou consecutiva, as duas primeiras de forma quase simultânea: 
 Escavação 
 Carga 
 Transporte ou transporte de terra. 
 Rega ou estendida de terra. 
A selecção fere-se atendendo principalmente a: a distância de transporte ou transporte, o tipo de solo 
e as características topográficas existentes na área de trabalho. Estas máquinas geralmente requererão 
de um Empurrador (“Cabrito”) o qual deverá ter a fila de potências, segundo a capacidade da Trela, o 
empurrador pode ser capaz de mover-se e atirar da TS incluso ao escavar e carregar simultaneamente 
assegurando um eficiente cheio e racional exploração, ao não empregar-se tractores de grandes 
potencializa com o TS de pequena capacidade. 
 
Métodos de Trabalho das Trelas ao executar os trabalhos. 
É conveniente recordar que estas máquinas realizam seu trabalho em forma cíclica atacando a 
escavação, carga, transporte e vertido em terrenos (solos tipo I e II, com rochas de tamanho máximo 
(0.30 m) de forma contínua, o qual possibilita alcançar altos rendimentos em distâncias meias curtas 
ou pequenas (entre 130 m até 450 m para os modelos existentes). 
Os métodos de trabalho para executar operações básicas antes mencionadas aparecem explicadas nas 
normativas, onde se precisam e brindam recomendações válidas para atacar estas correctamente, 
auxiliando-se de figuras e esboço. 
Agora bem que trabalhos especifica poderão atacar as Trelas? Que tipos de percursos devem cumprir 
para executar determinados tipos de aplainamentos? Como deve proceder-se? 
 
Principais trabalhem que realizam as Trelas: 
1. Escavação, carga, transporte e vertido de material indesejável (Exemplos: escavação em 
lances em corte de caminhos e na execução de canais; descascado ou eliminação da capa 
vegetal na base dos aterros de obras lineares e nas esplanadas ou terraços, etc.) 
2. Escavação, carga, transporte e vertido de material de cheio para construção de aplainamentos 
desde empréstimos laterais (Exemplo: para a construção de cheios em diques, cortinas de 
presas de terra; de aterros, de terraços ou esplanadas, etc.). 
3. Escavação, carga, transporte e vertido de material nas compensações longitudinais de terra 
em aplainamentos (compensações em aplainadas ou terraços e nos terraplenagens). 
4. Mescla de solos com solos e de solos com aditivos (Exemplo: para a estabilização de solos 
em obras de vias) 
5. Revestimento de taludes de aplainamentos com solo vegetal. 
6. Escavação, carga, transporte e vertido de minerais nas minas a céu aberto. 
7. Para cada trabalho se emprega um determinado Ciclo de Trabalho, que deve ser o que se 
estabelece nas normativas. Não obstante o antes indicado o ciclo mais usado é O Elíptico, 
embora deve se ter presente que este não sempre assegura o percurso a mínima distância e 
por conseguinte com máximo rendimento, por isso existe a necessidade de utilizar os ciclos 
indicados pelas normativas 
 
 Moto trelas. 
16 
 
Com o objectivo de obter maiores velocidades e por conseguinte maiores rendimentos os fabricantes 
de máquinas de construção idearam as Moto trelas as que demonstraram através do tempo sua 
efectividade na execução de grandes volumes de movimento de terra. 
Sua forma é similar a das Trelas mas são racionadas por um Tractor sobre Pneumáticos de duas 
rodas (ou “de cadeira”) constituindo uma equipe integral, único, com maior maniobrabilidade e 
velocidades de deslocamento, o que explica que alcancem maiores rendimentos. 
Fabricam-se no mundo dois tipos básicos do Moto trelas: 
1. Convencionais (com um e dois eixos motrizes), como a que se aprecia na Foto 8, as que 
usualmente requerem a ajuda de outra máquina na fase de escavação e carga 
2. Auto carregares, providas de um sistema que permite escavar e automóvel carregar-se sem 
ajuda de outras máquinas, como a que se mostra na seguinte Foto 9: 
 
 
Foto 8. Moto trelas Convencional Foto 9. Moto trelas Auto carregar 
 
Campo de Aplicação. 
 
O campo de aplicação das Moto trelas é similar ao das Trelas, quer dizer, usam-se na execução de 
grandes volumes de movimento de terra, mas a distâncias maiores e desenvolvendo velocidadessuperiores, por isso se requerem boas condições dos caminhos que utilizam tanto no referente a 
pendentes, desenho geométrico e resistência, sendo as equipes mais económicas para realizar estes 
trabalhos. 
Podem escavar solos classificação I e II (com ausência de rochas de tamanho máx. (0.30m); 
geralmente necessitam para poder realizar a escavação e carga com efectividade, de um empurrador 
(pusher ou cabrito), para a maioria dos solos. 
Em geral seu raio de acção oscila entre: 150 m e 3000 m. São ideais para executar compensações 
longitudinais para aterros de obras lineares e canais. 
 
Critérios de Selecção. 
A selecção da capacidade das Moto trelas a utilizar se fará principalmente em função da distância 
média de transporte de terras, estando regulamentado pelas normativas, o que se mostra na Tabela 6, 
seguinte: 
 
 
 
 
17 
 
 Tabela 6: Selecção da capacidade nominal de carga das Moto trelas em função da distância de tiro e da 
potência que deve ter um empurrador. 
 
O empurrador (cabrito) adequado à capacidade da Moto trelas de maneira indicativa se estabelece na 
anterior Tabela 6, mas se pode determiná-lo analiticamente. 
Em resumo, as Moto trelas se utilizam para a realização de escavações e compensações na execução 
grandes obras lineares e hidráulicas, a distâncias meias entre os 150 m e 1500 m, alcançando altos 
rendimentos. 
 
Principais trabalhem que realizam as Moto trelas 
 
1. Escavação, carga, transporte e vertido de material indesejável (Exemplos: descascado de bases 
de aplainamentos, execução de canais, construção de lances em corte de obras de vias). 
2. Escavação, carga, transporte e vertido de material de cheio desde empréstimos laterais 
(Exemplos: para construção de aterros e cortinas de presas de terra, de esplanadas, etc.) 
3. Escavação, carga, transporte e vertido de material para compensações longitudinais (Exemplos: 
na execução de compensações em obras de vias e de aplainadas ou terraços). 
4. Mescla de solos (para fazer estabilizações mecânicas revisto – chão e com aditivos) 
5. Revestimento de taludes com solo vegetal. 
6. Escavação, carga, transporte e vertido de mineral em minas a céu aberto (exploração de minas). 
 
Recomendações Gerais para assegurar máximo rendimento e a maior economia ao empregar 
as Trelas e as Moto trelas. 
1- Trabalhar sempre que for possível a favor do pendente (baixando), já que ganham 10 kgf/t de 
peso bruto total, por cada 1% de inclinação. 
2- Transladar-se à máxima velocidade possível, sempre que se garanta a circulação com a devida 
segurança nos caminhos. 
3- Aproveitar ao máximo de capacidade de carga da equipe tratando de que se encha, para o qual 
deve utilizar o Empurrador (pusher) adequado segundo tabela estabelecida pela NC. 
4- Realizar a fase de escavação e carga entre 1,5 e 2,0 minutos, o qual incrementa o rendimento. 
5- Escolher o tipo de ciclo de trabalho acorde com as características do trabalho a realizar 
(geralmente se emprega o elíptico). 
6- Realizar sempre o percurso com a mínima distância de existir várias alternativas, sempre dentro 
da fila de distâncias económicas definido pela normativas. 
 Cmt = tc.MT / tc pusher
Potencia
95 Hp
120 Hp
150 Hp
210 Hp
De 9 a 14 metros cúbicos
De 7 a 9 metros cúbicos
De 14 a 21 metros cúbicos
Potencia del Empujador o Pusher según la capacidad de la mototraílla.
De 5 a 7 metros cúbicos
Capacidad
300 - 1000
450 - 1500
Hasta 3000
Cantidad de mototraíllas a atender por un pusher: (Cmt)
De 6 a 15
De 15 a 25
Mayores de 25
Capacidad en metros cúbicos Distancia de Tiro en metros
Menores de 6 150 - 600
18 
 
Todas estas recomendações estão dirigidas a obter o máximo rendimento e a maior economia 
possível na realização dos movimentos de terra com estas máquinas. 
 
 As Sarjadoras (trench cutting machine) para Britagem em Terra e/ou Rocha 
 
 
Foto 19: Sarjadora em plena acção 
 
As Sarjadoras (trench cutting machine) integram a família das Máquinas Escavadoras, mas possuem 
características que as diferenciam do resto das estudadas, já que são muito especializadas e 
desenvolvem sua produção de maneira contínua, não cumprindo ciclos de trabalho, como as restantes 
máquinas de movimento de terra estudadas. 
Na foto 19 (metade superior) aprecia-se uma Sarjadora escavando uma sarjeta de paredes verticais; 
na primeira das três fotos inferiores (primeira à esquerda), observa-se uma Sarjadora em estado 
inactivo em um estacionamento; na do centro uma Sarjadora escavando uma sarjeta de paredes 
verticais de pouco largo, usada geralmente para instalações de cabos de fibra óptica; telefonia e 
electricidade; na terceira (no extremo direito) a Sarjadora lista para efectuar seu deslocamento ou 
traslado para outra frente de trabalho. 
As Sarjadora são máquinas desenhadas especialmente para fazer sarjetas de paredes verticais ou de 
secção transversal rectangular, de variadas dimensões, em dependência das dimensões destas 
19 
 
máquinas (alguns modelos chegam a profundidades superiores aos 4 metros de profundidade e com 
largos que oscilam entre 0.25 m e 1,30 metros) e das exigências do projecto; geralmente dispõem de 
um sistema de rodagem sobre esteiras. 
Por suas dimensões e potência podem classificar-se em três grupos: grandes, médias e pequenas. 
Os diferentes modelos permitem efectuar as escavações mediante seu órgão de trabalho principal: a 
escavadora de jarros que acciona de maneira contínua escavando e depositando o material por volta 
de um dos laterais ou pela parte dianteira sobre os meios de transporte, auxiliando-se de cintas ou 
bandas transportadoras; possuem geralmente um braço inclinável accionado hidraulicamente (ladder 
ditcher) 
Seus preços no mercado internacional são muito altos, superando algumas o meio milhão de dólares 
norte-americanos (USD) 
 
Campo de Aplicação: 
É muito especializado ou reduzido. Empregam-se para fazer sarjetas com variados usos: na vida civil 
para colocar tubeiras para a construção das redes soterradas dos aquedutos e as redes de esgoto, para 
colocar redes de comunicação soterradas (cabos telefónicos, fibra óptica, etc.), para fazer sistemas de 
drenagem soterradas, cimentações corridas, etc., com profundidades e largos antes especificados. Na 
vida militar para fazer trincheiras, para as comunicações soterradas, fundamentalmente. 
Alguns modelos possuem velocidades de trabalho ou escavação que oscilam entre 0,25 e 4,20 m/min 
em dependência da dureza do solo e a potência nominal de motor da máquina. 
Para ter uma ideia inicial, apresentam-se rendimentos que podem alcançar estas máquinas 
escavadoras trabalhando em condições fáceis, médias e severas: 
 
Em condições fáceis (solos Classificação I ou solos suaves): desde 30 até 220 m3/h 
Em condições meias (solos Classificação II): desde 20 até 164 m3/h 
Em condições severas (solos Classificação III): dos 10 até os 110 m3/h 
 
 As Motoniveladoras (motograders sigla: MN). 
As Motoniveladoras, são máquinas muito versáteis, com sistema de rodagem sobre pneumáticos, 
automóvel - propulsadas, muito empregadas nos trabalhos de movimento de terras, destinadas 
principalmente à conformação, nivelamento e acabamento ou terminação dos aplainamentos. Por sua 
forma peculiar é denominada por alguns autores: “a Rapariga dos Aterros”; a Escultora dos 
Movimentos de Terra”, sendo portanto uma equipe imprescindível nos parques de máquinas das 
brigadas de movimento de terras. A mesma pode apreciar-se na foto 35: 
 
 
 Foto 35: Moto niveladora nivelando a superfície de um caminho. 
Descrição das Moto niveladoras: As partes principais de uma Moto niveladora são: 
 
20 
 
 1- Mecanismosde Direcção (geralmente com mando hidráulico) 
 2- Mandos do Escarificador. 
 3- Elementos de mando da folha principal. 
 4- Controles (leme, alavancas de mando, freio, etc.) 
 5- Cabine (do operador) 
 6- Motor. 
 7- Rodas Traseiras (motrizes) e dianteiras (direccionais). 
 8- Escarificadores (rooter) (podem ser traseiros, intermédios, dianteiros) 
 9- Bastidor e círculo giratório. 
10- Folha principal. 
11- Bastidor Principal (chassis) 
12- Folha auxiliar (localizara-se na parte dianteira) 
 
Existem dois tipos principais do Moto niveladoras, segundo seus órgãos de trabalho: 
a) Motos niveladoras Mecânicas. 
b) Motos niveladoras Hidráulicas. 
 
Na actualidade na maioria dos países do mundo, a maioria são de mandos hidráulicos pelas 
vantagens que apresenta este sistema (fundamentalmente uma maior precisão e rapidez nos 
movimentos da folha ao trabalhar e ao efectuar a escarificação). 
 
Em outra bibliografia e manuais se classificam atendendo a outras características tais como: 
 
a) Por sua autonomia (Niveladoras e Moto niveladoras) 
b) Por seu peso (ligeiras, médias, pesadas e super pesadas) 
c) Por sua potência nominal (pequenas, médias e grandes). 
 
Sistemas de mando da folha. 
A folha é o principal órgão de trabalho destas equipes, seu accionamento pode efectuar-se mediante 
os sistemas de mando hidráulico geralmente. 
A folha tem forma côncava, para obter o mesmo efeito no trabalho com o solo que a folha dos 
buldóceres, agora bem a folha desta equipe difere muito quanto a mobilidade com respeito à antes 
mencionada e em que a mesma é mas larga e menos alta, pode inclinar-se até 900 no plano vertical e 
rodar no plano horizontal 3600 debaixo do chassis da equipe, varrendo uma área circular entre as 
rodas traseiras e dianteiras. 
Esta característica de ter amplos movimentos com sua folha, principal órgão de trabalho, faz que as 
MN possam executar variados trabalhos, tanto por sobre ou por debaixo do nível de sustentação da 
equipe como se precaverão posteriormente. 
Outros aditamentos que esta equipe emprega ao realizar seus trabalhos são: 
1. O Escarificador (rooter) 
2. Uma segunda folha dianteira. 
 
Campo de aplicação. 
Como se afirmou anteriormente esta equipe é muito versátil, seu campo de aplicação é muito amplo, 
sendo empregada a mesma das pequenas escavações até os trabalhos de terminação dos 
aplainamentos; na conformação e nivelamento de terrenos em solos (classificação I e II 
principalmente), livres de pedras ou rochas de grande tamanho. São equipes indispensáveis na 
execução das Obras Viales Terrestres: aterros de caminhos, estradas, via férreas, auto-estradas, aro 
pistas, etc. Nas Obras Hidráulicas para a execução das cortinas de presas, canais, sarjetas, etc. Nas 
21 
 
Obras Sociais para executar as aplainadas ou terraços, os trabalhos nas áreas verdes; para a 
manutenção e reparação de vias; para a construção e limpeza dos dispositivos de drenagem, etc. 
 
Os trabalhos específicos que podem realizar-se com uma Moto niveladora são: 
1. Capine (ligeiro). 
2. Descascado (pouca espessura de capa vegetal). 
3. Escavações (pequenas ou de pouco volume). 
4. Aberturas de Sarjetas de secção triangular (em V). 
5. Aberturas de Sarjetas de Fundo Plano ou de “Prato” (de Secção Trapezoidal). 
6. Reabertura de limpeza de sarjetas. 
7. Perfilado do Taludes. 
8. Rectificação de Passeios. 
9. Escarificação. 
10. Rega ou estendida de materiais. 
11. Nivelamento de capas de chão e superfícies 
12. Perfilado (acabado final) de superfícies de aterros e de esplanadas. 
13. Remoção ou eliminação de superfícies asfálticas (pavimentos). 
 
As formas ou métodos de trabalho para efectuar estes trabalhos vêm estabelecidas nas normativas. 
Na foto 36 se aprecia como se realiza este trabalho circulando sobre o talude de um aterro em 
escavação com inclinação 2.1, podendo fazer o desta maneira em inclinações de até 1,5:1 Agora 
bem, em inclinações maiores como: 1:1 (45 graus) ou superiores (0,75:1; 0,5:1; 0,25.1 ou 0:1 ou 90 
graus) estas máquinas têm que realizar este trabalho usando a folha mas apoiando-se sobre a coroa 
do aterro. 
 
 
Foto 36: Moto niveladora perfilando um talude de um aterro em corte 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 37. Moto niveladora efectuando o nivelamento da superfície da terraplenagem de uma auto-estrada rural 
 
 
Foto 38. Motoniveladora perfilando ou efectuando o nivelamento final da superfície de uma esplanada 
 
A selecção da equipe principalmente se executa auxiliando-se pela Tabelas das normativas, mas 
para escolher o modelo entre vários com similar potencializa, devem considerar-se outros aspectos 
como são: 
 Dimensões e possibilidades de movimento de folha. 
 Mobilidade das rodas dianteiras. 
 Dimensione generais da equipe. 
 Velocidades de operação. 
 Existência de outros órgãos de trabalho além da folha (escarificação e folha dianteira). 
 Tipo de solo onde se trabalhará. 
23 
 
Considerando as características anteriormente enumeradas e com auxílio das Tabelas se seleccionará 
correctamente a MN a empregar. 
 
 
 
Foto 39. Motoniveladora regando e nivelando uma capa de material rochoso prévio a seu compactação 
na construção da terraplenagem de uma rodovia rural 
 
Rendimentos da Motoniveladora: 
Esta equipe está acostumada efectuar seu trabalho em forma de ciclos, tão elípticos (entre 300 e 600 
m) como lineares para lances menores de 300 m de longitude. Por tal razão se desprezarão nos 
cálculos os tempos de mudança de velocidades e os das manobras nos extremos, já que são 
desprezíveis respeitos aos tempos de ida e volta. 
A diferencia com as outras equipeis o rendimento se expressa de várias maneiras: 
 m3/h: para as escavações, rega de materiais, transporte de material. 
 m2/h: para o capine, o nivelamento, o perfilado, a escarificação, etc. 
 m/h: para a abertura de sarjetas, reabertura e limpeza destas. 
 
 Maquinas Escavadoras com colher (cubos ou pás) 
 
As Gruas Escavadoras (denominadas também: “Escavadora Universal”), é uma família de máquinas 
em que sobre uma mesma superstrutura e sistema de rodagem, adicionando ou trocando distintos 
órgãos de trabalho, podem-se criar máquinas similares, mas que podem realizar trabalhos diferentes 
em distintas áreas ou rádios de acção. 
Esta família de máquinas é muito empregada na construção, encontrando-se presente na maioria das 
obras, por tal razão é importante seu conhecimento pelos Engenheiros Civis, para contribuir a seu 
eficiente uso e exploração. 
 
Estas possuem em comum a superstrutura e o sistema de rodagem, diferenciando-se nos órgãos de 
trabalho, existindo 4 tipos básicos: 
24 
 
1. Escavadora Frente Pá (Frontal Shovel) 
2. Retroescavadora (Back Hoe) 
3. Dragadoras (Drag line) 
4. Escavadora Siri ou Almeja. 
Os dois primeiros tipos são as mais utilizadas na construção de aplainamentos. 
 
 A Escavadora Frente de Pá (FP). 
 
Nas fotos 11 e 12 se apreciam uma das equipes mais usadas entre os que integram a família das 
Escavadora Universal: a Escavadora de Pá Frontal ou Frontal de Pá, que como pode observar-se 
constam de três partes principais que são as seguintes: 
 
 Sistema de rodagem (geralmente sobre esteiras) 
 Superstrutura (cabine do operador, motores, etc.) 
 Órgãos de trabalho (braço principal e secundário e a pá ou cubo frontal) 
 
 
 
 
Foto 11: Escavadora de Pá Frontal (Frente de Pá) 
 
Foto 12: Escavadora Frente Pá iniciando uma escavação, observem o giro ao trabalhar. 
 
Sistema de Rodagem: 
25 
 
Geralmente é Sobre Esteiras (S/E), diferenciando-asmesmas das dos buldóceres em que as larvas ou 
esteiras são lisas ou com arestas pouco pronunciadas, por isso a área de trabalho deve ser o mais 
firme, uniforme e horizontal possível. O traslado por meios próprios está limitado como máximo até 
os 5 km, em caso de ter que realizar-se, devem fazê-lo a velocidades baixas (máximo a 5 km. /h) e 
tratar de que seja sobre superfícies lisas e flexíveis como aterros ou caminhos de terra em aceitável 
estado de circulação. Traslados superiores a essa distância devem planejar-se sobre rastros (“Zorras”) 
ou mediante o uso da ferrovia. 
 
Superstrutura: Está conformada pelos seguintes elementos principais: 
 Cabine do operador. 
 Mandos. 
 Motores. 
 Sistemas de transmissão. 
 Contrapesos. 
Estas partes fazem possível os movimentos da equipe ao redor de seu próprio eixo vertical sejam de 
3600 em um sentido ou em outro; o accionamento do órgão de trabalho para executar distintos 
trabalhos; garantir a estabilidade da máquina durante o trabalho, etc. 
 
Órgão de Trabalho: 
 
É a parte mais importante e está conformada por três elementos: 
 A pluma ou braço principal. 
 O braço da colher (ou secundário). 
 A colher ou pá frontal. 
O accionamento do órgão de trabalho pode ser mediante cabos ou de forma hidráulica (os modelos 
modernos) 
A Pluma ou Braço Principal sustenta ao secundário, por isso é mais robusto e resistente. Durante o 
trabalho da máquina deve inclinar-se entre 350 e 600 em dependência da altura da frente de pedreira e 
dos veículos sobre os quais se deposite o material escavado. 
O braço da colher: 
É o que sustenta a pá e ataca conjuntamente com esta os trabalhos de escavação, carga e descarga do 
nível de sustentação para cima (principalmente), embora possa realizar alguns trabalhos a poucas 
profundidades (alguns modelos alcançam os 2 metros). 
A Colher ou Pá: 
Precisamente a pá unida ao braço é a parte do órgão de trabalho desta equipe que lhe dá seu nome, 
posto que o movimento é frontal e para diante (do nível de sustentação para cima). 
As capacidades de pá são variáveis, variam desde 0,35 m3 de capacidade geométrica ou nominal, até 
os 2 m3 (os modelos normalizados), mas no mundo existem grandes escavadoras com pás até de18 
m3 (para trabalhar em Minas a Céu Aberto). 
A Pá ou Cubo é resistente e possui em sua parte dianteira dentes de aço de alta resistência para atacar 
as escavações. A descarga do material se realiza pela comporta traseira. Também a descarga se 
efectua por um giro da pá. 
É importante conhecer que no trabalho estas máquinas realizam três movimentos fundamentais 
cumprindo um determinado ciclo, estes são os seguintes: 
 Movimento de ascensão e ataque do braço da colher através do terreno no fronte de pedreira. 
 Retrocesso do braço da colher uma vez efetuada a escavação e carga (cheio). 
 Giro do material e descarga do material escavado 
Estes movimentos se repetem ciclicamente. 
26 
 
Os giros laterais devem oscilar entre 450 e 900 como máximo para realizar os ciclos no menor tempo 
possível. Não obstante podem, dada as condições da área de carga, depositar o material escavado até 
1800. 
 
Campo de Aplicação da Escavadora Frente Pá. 
Empregam-se em trabalhos de escavação e carga simultânea de terra e /o rocha em pedreiras e 
empréstimos laterais para a construção de aterros e pedraplenes, assim como para a extracção de 
minerais em Minas a Céu Aberto, sempre do nível de sustentação para cima. 
Podem escavar em terrenos até Classificação III e em solos IV e V prévio abrandamento mediante 
britagem. 
A zona de escavação e carga devem ser em lugares que permitam amplos rádios de giro e alturas, 
onde se requeira uma permanência prolongada destas máquinas escavadoras. 
 
Critérios de Selecção. 
Para realizar a selecção idónea destas máquinas além de ter presente o exposto anteriormente, deve 
considerá-lo seguinte: 
1. Os volumes de terra a mover (são preferíveis para mover grandes volumes). 
2. Para escavar e/ou carregar todo tipo de terreno em frentes de pedreira em solos IV e V, com 
abrandamento prévio mediante britagem. 
3. As dimensões das equipes de transporte (devendo cumprir-se que a capacidade de carga seja de 
2 a 6 vezes a capacidade da pá). 
4. Disponibilidade de corrente eléctrica na área de trabalho, em caso de utilizar escavadoras que 
utilizem sorte energia. 
 
 
 
 As Retroescavadoras. 
 
 
 Foto 13: Retroescavadora sobre esteiras 
 
27 
 
 
 Foto 14: Retroescavadora - Carregador sobre pneumáticos (equipe de dobro propósito) 
 
As Retroescavadoras cuja sigla é: RÉ (em Inglês: “back hoe”), tal como se aprecia nas anteriores 
fotos 12 e 13, são equipes similares ao estudado anteriormente, diferenciando-se fundamentalmente 
no órgão de trabalho (pá ou cubo), a qual está em posição investida em relação ao anterior, neste 
caso efectua seus trabalhos do nível de sustentação ou apoio para baixo; o sistema de rodagem que 
pode ser sobre pneumáticos e sobre esteiras. 
Seu órgão de trabalho pode ser accionado por cabos e de forma hidráulica as equipes modernas. A pá 
ou cubo da Retroescavadora pode ter múltiplos forma e dimensões em dependência do trabalho a 
realizar. 
As capacidades de pá (nominais) das equipes oscilam geralmente entre: 0.25 m3 e até os 2 m3 
espojados. Durante o trabalho da máquina, a mesma realiza os movimentos seguintes com seu braço, 
cumprindo um ciclo de trabalho: 
1. Movimento descendente do braço auxiliar à profundidade desejada. 
2. Movimento para efectuar a escavação e carga ou cheio da Pá ou Cubo. 
3. Giro lateral para depositar o material escavado (em um lateral sobre veículos de transporte 
geralmente) sobre a equipe de transporte (cheio ou carrega do mesmo) 
4. Giro em sentido contrário para retornar à posição de escavação e reiniciar um novo ciclo. 
Ao fazer estes movimentos, como pode deduzir-se com facilidade, cumprimenta um ciclo de trabalho 
que ao igual a no caso dos Fronte de Pá, foram medidos e tabulados para os modelos e capacidades 
mais comuns, e se estabelecem nas normativas. 
 
Campo de Aplicação das Retroescavadoras. 
Empregam-se na realização de escavações debaixo do nível de sustentação e a carga de terrenos 
soltos a sem compactos (Classificação I e II) a profundidades de até 5 m, realizando os trabalhos 
seguintes: 
 Sarjetas e Canais de paredes verticais (para alicerces corridos, jogue a rede fitossanitárias, 
trincheiras com fins da defesa, para os sistemas de drenagem das obras, etc.. 
 Fossos das cimentações isoladas e em balsa dos edifícios. 
 Canais de grandes dimensionem (magistrais e primários principalmente) e de menores 
dimensione que formem parte de um sistema de drenagem. 
 Escavação e carga de material em pedreiras ou empréstimos, tal como se aprecia na foto 
 Dragado e limpeza de sistemas de rega e drenagem, de rios, etc 
 
28 
 
 
Foto 15: Retroescavadora escavando e carregando um Caminhão de Volteio em uma Pedreira 
 
Critérios de Selecção. 
 
Os aspectos a ter em conta para efectuar a selecção da equipe idónea a empregar são: 
1. O volume de terra a mover. 
2. O tipo de terreno atendendo a sua dureza ao ser escavado (geralmente estas máquinas podem 
trabalhar em solos classificação I e II, sem abrandamento prévio mediante britagem) alcançando 
altos rendimentos. 
3. Características de trabalho a realizar (forma e dimensões). 
4. Dimensões da área de trabalho, possíveis obstáculos e vias de acesso, etc. 
5. Parâmetros fundamentais da equipe (capacidade da pá ou cubo, dimensões, potência nominal, 
etc.) 
Então se selecciona entre várias equipes aquele que: 
 A potência nominal de seu motor seja amais adequada à dureza do chão a escavar. 
 Garanta o máximo rendimento no trabalho a realizar. 
Nas normativas se estabelecem os aspectos a cumprir para assegurar o uso e exploração destas 
equipes. 
 
 As Dragadoras (“Drag line”, sigla: DG) 
Estas máquinas escavadoras pertencem também à família das Gruas Escavadoras e embora não são 
tão empregadas na construção de aplainamentos, somente em algumas trabalhe específicas as que 
serão estudadas neste livro. 
Possuem uma superstrutura, sistema de rodagem sobre esteiras e seu órgão de trabalho conformado 
por uma colher ou cubo de arrasto de forma peculiar, o qual pende do braço (boom) da grua, tal 
como se aprecia na seguinte foto 16: 
 
Campo de Aplicação das Dragadoras: 
Emprega-se para escavar em solos soltos ou brandos arenosos e argilosos (Classificação I), 
trabalhando a partir de seu nível de sustentação ou apoio para baixo, chegando a profundidades e 
alcance superiores aos das Retroescavadoras, por isso as faz ideais para realizar dragados, 
escavações e limpeza de canais (como se aprecia na anterior Foto16); escavações para eliminação da 
lama ou lama na base dos pedraplenes, inclusive para trabalhar na carga de máquinas de transporte 
nas Pedreiras e nas Minas a Céu Aberto. 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 16: Dragaria escavando um canal em um solo argila -arenoso. 
 
Critérios de Selecção. 
Deve realizá-la selecção da máquina idónea conhecendo de antemão e considerando as 
características e aspectos seguintes: 
1. Volume de solo a mover. 
2. Tipo de terreno (dureza) 
3. Classe de trabalho a realizar (especificando forma e dimensões). 
4. Dimensões da área de trabalho, possíveis obstáculos e vias de acesso, etc. 
5. Estado técnico da equipe. 
6. Potência nominal e capacidade do cubo de arrasto. 
Em apoie ao anterior se seleccionará a mais adequada ao trabalho a realizar, como aquela que 
assegure máximo rendimento e menores custos, quer dizer, a de potência ajustada à dureza do solo e 
que com suas dimensões se garanta o alcance e a profundidade que requeiram os trabalhos a realizar. 
 
 Escavadora Siri ou Almeja (sigla: JB) 
Esta máquina possui também pouco emprego na construção de aplainamentos, usa-se geralmente na 
execução de cimentações profundas, poços, etc. Como todo membro da família das Gruas 
Escavadoras possui uma superstrutura, com sistema de rodagem sobre esteiras e como órgão de 
trabalho uma colher automóvel preênsil com forma de siri ou almeja, que lhe dá seu nome, tal como 
pode apreciar-se na seguinte foto 17: 
 
30 
 
 
Foto 17: Escavadora Siri ou Almeja realizando um fosso vertical profundo em um solo argiloso. 
 
 
 Foto 18: Escavadora bifuncional Retroescavadora-Siri 
A escavadora mostrada na foto anterior (foto 18), é de última geração, seguindo uma tendência na 
actualidade de produzir equipes que realizem várias funções, neste caso funcionar como 
Retroescavadora e também como Siri ou Almeja, o qual equivale a possuir duas equipes em um 
sozinho. 
 
Campo de Aplicação: 
Emprega-se para efectuar escavações profundas como as necessárias para os alicerces profundos de 
edificações, as pilhas de uma ponte, sarjetas estreitas e profundas de tubeiras de água potável, água 
redes de esgoto, gás; etc. (que levam entablamento ou acasalamento), em terrenos Classificação I e II 
(nestas máquinas a colher preênsil se finca no terreno dada a altura que se deixe cair, a dureza do 
chão e o peso da colher) 
Se emprega usualmente para a extracção da areia do mar colocando-a sobre o Pantanas, em carga e 
descarga de materiais soltos ou a granel em terminais marítimos ou portuários, para a limpeza de 
31 
 
canais e portos, entre outros usos. Como pode apreciar-se não é muito usada na construção de 
aplainamentos. 
 
Critérios de selecção: 
Dado suas características estas máquinas devem escolher-se para fazer trabalhos de escavações e 
cimentações profundas e em lugares fixos, onde terá que realizar grandes volumes de trabalho, como 
os antes mencionados, dependendo a eleição de um a outro modelo fundamentalmente da 
profundidade de escavação e do rendimento que se precise alcançar 
 
 Maquinas Perfurarias para as Britagem em terra e/ou Rocha. 
 
Para situar as cargas explosivas e cevas dentro do meio que se deseja voar é necessário executar 
perfurações ou verrumas e evacuar posteriormente o material produto da escavação fora destes, 
fazendo uso de equipas pertencentes a esta família de máquinas que a seguir se descrevem. 
 
Denominam-se perfurações (verrumas) quando o diâmetro dos mesmos é relativamente pequeno 
respeito a sua longitude (menor ou igual a 75 mm) e "poços" quando superam este valor e suas 
longitudes são relativamente menores. 
 
Classificação 
As máquinas para trabalhos de voadora (voladura) se classificam em 4 grupos: 
 
1. Máquinas Perfurarias Rotatórias 
 Com morangos (fresas) de múltiplos discos dentados (triconos) 
 De accionamento pneumático (por ire a pressão) 
2. Carrinhos de mão Barrenadoras (deep drilling hammers o wagon drill) 
3. Martelos pneumáticos perfuradores e barrenadores (pheumatic hammer) 
4. Compressores de ar 
5. Outras equipes auxiliares 
 
As características e parâmetros principais destas máquinas são os que permitem sua identificação e 
possibilidades de realização dos trabalhos (rendimento, diâmetro das perfurações, profundidade, 
velocidade de brocado, etc.) expõem-se seguidamente: 
 
Máquinas Perfurarias Rotatórias 
Mostra-se na foto 20 um modelo auto propulsado destas máquinas. Os rendimentos destas equipem 
oscilam entre 15 - 25 metros lineares / 8 horas (ou jornada) em rochas duras e até 40 - 80 m em rocha 
de dureza medeia ou branda. As mesmas perfuram a rocha mediante quebrado (roto) percussão 
 
Por suas características satisfazem todas as exigências para realizar trabalhos de perfuração em obras 
viales em zonas montanhosas e onduladas, mas requerem que lhes garanta um caminho ao menos de 
3 m de largura mediante todo o traçado da via (o qual é difícil e caro em zonas montanhosas). 
Exemplos específicos destas máquinas são: 
- A perfuraria BTC – 2 (EX-URSS) atirada por um tractor de 100 HP, a mesma possui alto 
rendimento realizando verrumas com profundidades de até 30 m e com diâmetros de 140 a 150 
mm em rocha e em solos rochosos de até 350 mm, com ângulos de inclinação de até 90o. Para 
evacuar os “detrito” da escavação requerem um consumo de ar entre 4,5 e 9 m3/min pelo que 
necessitam de um Compressor de Construção que garanta essa demanda. 
32 
 
- A ROC D5 da Atlas Coppo Rock Drills e a AF- 300 da I.M.T. (da Itália), são auto propulsadas 
possuem características similares às da foto 20, antes mostrada. 
 
Foto 20: Máquina Perfuraria Máquinas Perfurarias Rotatórias. 
 
Quando não é possível ou racional usar as máquinas de perfuração antes mencionadas se empregam 
umas mais pequenas e ligeiras denominadas: Carrinhos de mão Barrenadoras 
- Carrinhos de mão Barrenadoras (Wagon Drill) 
Os Carrinhos de mão Barrenadoras se empregam com maior frequência na barrenación de solos e 
rochas a pouca profundidade, em Empréstimos ou Pedreiras, nos lances em corte e a meia ladeira, 
assim para executar dispositivos de drenagens necessárias para os aterros das vias de comunicação 
terrestres. 
Estas trabalham por percussão e quebrado (roto) fazendo perfurações ou verrumas com diâmetros de 
até 120 mm, consomem pelo general entre 4,5 e 16 m3/min de ar comprimido e seu rendimento 
normalizado (m/h) oscila para o auto propulsadas entre 5, 4 e 20 (mais modernas) em solos de dureza 
medeia. Nas fotos 21e 22 seguintes, apreciam-se os dois tipos existentes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
Foto 21: Carrinho de mão Barrenadora Sobre Pneumáticos 
 
 
 
 
Foto 22: Carrinho de mão Barrenadora Sobre Esteiras (Wagon Drill Crawler) 
 
Existem alguns modelos como: “Hlltrack” inglesas e as T-43 e T-63 Francesas, entre outras. Os 
rendimentos normalizados para as marcas e modelos que preponderam se especificam no “Manual de 
Normas de Rendimento de Maquinarias de Construção” (em m/h), suas magnitudes oscilam 
normalmente entre: 2 e 9,5 ml/h (exactamente 1,92 ml/h em rocha dura e 9,47 ml/h em rocha de 
dureza medeia) 
 
Martelos Pneumáticos Perfuradores: 
É um dos três tipos de martelos pneumáticos existentes, trabalham com sua verruma móvel de 
rotação e percussão para as rochas, podendo chegar até 4 m de profundidade os maiores e pesados. 
Nas normativas se especificam as medidas a cumprir para obter o uso e operação correcta destas 
máquinas. 
Para distintos tipos de rochas o tempo de perfuração de um metro de furado com o martelo Modelo 
RP -17 da EX-URSS, atrasando-se de 4,2 – 5,6 minutos para rocha calcária branda, até de 25,3 
minutos em rochas muito dura como: silex, cuarcitas de grão fino, xistos silícios, etc., a qual dá ideia 
aproximada dos rendimentos que com as mesmas se alcançam na realização destes trabalhos. 
34 
 
Nas Normas de Rendimento de Maquinarias se estabelecem magnitudes de rendimentos em rochas 
muito duras entre 5 e 6 ml/h, em rocha dura de 8 a 9 e em rocha branda até 11 e 13 ml/h, com 
martelos com pesos entre os 40 -70 e 70 - 95 libras. 
 
 
Compressores de Ar: 
São máquinas auxiliares ou complementares cuja função é produzir ar comprimido para alimentar 
motores das máquinas perfurarias anteriormente citadas. Geralmente possuem um sistema de 
rodagem sobre pneumáticos e som geralmente de reboque. Podem ser de dois tipos básicos: 
- Ligeiros (≤0,5 m3/min de ar comprimido) 
- De Construção ou pesados que são os mas empregados 
 
Para determinar o rendimento real da equipe deve se ter em conta alem estado técnico de equipa, a 
temperatura ambiental e a altitude sobre o nível médio do mar (N.M.M). 
Outro aspecto importante a determinar no trabalho com as equipes é a quantidade ou número de 
máquinas ferramentas ou equipes que este pode atender (NE). 
 
Martelos Pneumáticos. 
Como se conhece os Compressores de Construção lhe subministram ar a pressão aos Martelos 
Destruidores e outros dispositivos e ferramentas., seguidamente se explicam outras equipes 
denominados Martelos Pneumáticos dentro dos quais se encontram os seguintes: 
- Martelos Cinzel. 
- Martelos Perfuradores ou Barrenadores. 
- Martelos Destruidores 
 
Os usos e características principais de cada tipo são: 
 
Martelos Cinzel: são ligeiros (entre 4, 5 e 13 kg. de peso) e utilizam para trabalhar o ar a pressão 
(com consumos nominais entre 0,6 e 1,2 m3/min). Empregam-se para fazer ranhuras, limpar 
aberturas e outros trabalhos singelos na construção, não na realização de britagem. 
 
Martelos Perfuradores: são ligeiros (≤ 20 kg peso), medianos (> 20 e ≤ 30 kg peso) e pesado (> 30 
kg.) trabalham também com ire a pressão e se utilizam na execução de verrumas a pouca 
profundidade, para colocar cargas explosivas; a energia do ar comprimido a converte em 
movimentos de rotação e percussão o que faz que a verruma perfure a rocha até 4 m de 
profundidade. 
 
Martelos Destruidores: classificam-se segundo seu peso em ligeiros (até 8 kg); médios (entre 8 - 12 
kg) e pesados (mais de 12 kg). Estes martelos usam como energia o ar comprimido e a diferença do 
anterior emprega esta em proporcionar percussões ou golpes. Usam-se em demolições e rupturas do 
elemento de concreto, cujo tamanho e uso impede o uso de explosivos. Não se empregam nos 
trabalhos de voadora ou britagem. 
 
 
A seguir se mostra o esquema de funcionamento um martelo diesel 
35 
 
 
36 
 
Outros tipos de equipas de perfuração e seus aditamentos ou acessórios. 
 
a. A perfuraria de mão, por seu peso leve pode utilizar-se em multidão de aplicações, para 
pequenas britagem na preparação de bancos, para pequenos canais, para caminhos com aquele 
cortês que sejam de pouca altura. A perfuração usualmente é de 25 a 42 mm, e a profundidade da 
perfuração não é major de 6 metros. 
 
 
Perfuraria manual de rocha para verrumas curtas 
 
b. De ar comprimido 
 
São máquinas geralmente alimentadas por ar comprimido, embora existam alguns tipos de máquinas 
de combustão e eléctricas, são pouco usadas. A máquina utiliza barras de aço perfuradas de maneira 
que se possa injectar ar a pressão até o fundo do buraco para desalojar a rocha triturada por uma 
broca que se encontra ao final do aço de perfuração. A perfuraria, golpeia e faz girar o aço de 
perfuração e a broca, ao mesmo tempo, injectando ar de vez em quando para desalojar o material. 
 
 Aço para a perfuração. 
 
O aço de perfuração se prepara em lances de 60, 120, 180, etc., até uma longitude máxima de 600 
centímetros, cada peça com sua broca ou aço inserido com peças de carboneto de tungsténio. Nesta 
forma se podem fazer verruma em forma singela e rápida com equipas simples. 
 
As perfurarias deste tipo ou de peso mediano podem colocar-se em equipa de alimentação 
relativamente ligeiro, que se dirige à mão e que permite grande economia de tempo, pois a mudança 
de aços é menor por ser major a longitude de aço que pode dirigir-se facilmente. A equipe de 
alimentação exerce pressão através do aço de perfuração. 
 
37 
 
 
Método Tampella com alimentador 
Barrenado con equipo portátil ligero con avance de cadena 
 
c. Perfurarias maiores 
As perfurarias maiores foram colocadas em diferentes aditamentos que permitem menor tempo de 
perfuração e dirigem aço de extensão, que se une facilmente. O peso da perfuraria pode chegar a 60 
kg, o diâmetro dos buracos de até 51 mm e a longitude até 40 m daqui se derivaram máquinas que 
utilizam estas mesmas perfurarias e que se utilizam para trabalhos de médio tamanho. 
 
 
1. Perfuraria 
2. Cadeia 
3. Alimentadora 
4. Braço 
5. Controles de perfuraria 
6. Motor alimentador 
7. Fixador de superfície 
8. Controles de posição 
9. Depósito de lubrificante 
10. Sapatas 
11. Gato para elevar torre 
12. Gato de extensão 
13. Gato de inclinação 
 Perfuração com uma equipe média 
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Para trabalho pesado se utiliza uma perfuraria montada sobre um tractor de larvas (esteiras) muito 
simplificado, movido geralmente por motores de ar comprimido, com uma combinação de plumas 
que permitem, mediante gatos de ar colocar uma perfuraria de grande peso no lugar para realizar o 
trabalho. Existe uma grande variedade destas equipem. 
 
 
 
Esquema de perfuraria de trabalho pesado mostrando a zona em que pode realizar a perfuração. 
 
 
Tipos de aço de extensão para perfuração 
 1. Broca 
 2. Aço de extensão 
 3. Acople 
 4. Adaptador 
 5. Rosquilha 
 6. Broca de cruz. 
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 1. Motor de rotação 
 2. Fixador do aço de perfuração 
 3. Motor alimentador 
 4. Acople 
 5. Tubos alimentadores 
 6. Martelo 
 7. Broca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sistema de perfuração Down The Hole 
 
 
 
 
 
Fig.

Outros materiais