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O domínio Archaea- aspectos celulares e moleculares Halobacteria moleculares Rob Miller Acesso online Sistema mais recente: Arqueobacteria, Eubacteria, eucaryotes – os 3 dominios da vida (acima de reino) � 1977, University of Illinois - Carl Woese – descobriu que nenhum grupo tinha se desenvolvido a partir de outro � Procariotos e eucariotos desenvolveram de uma forma ancestral comum � Evoluíram em vias diferentes Evidencia: Variabilidade das seqüências nucleotidicas: � Regiões genicas variam lentamente � Regiões genicas variam lentamente durante 4 bilhões de anos de evolução – sustenta a idea de que todos os organismos tem-se desenvolvido de ancestrais comuns Regiões espaçãdores variam mais rapido: � Mais diferenças nestes regiões mostra divergência há muito tempo de um ancestral comum � Mais similaridades mostra divergencia mais recente de um ancestral comum Ele estudou rDNA – porque? Robert Miller, 2009Robert Miller, 2009 Archaebacteria • preferência por ambientes extremos • unicelulares • especialização da composição química da parede celular (ausência de peptídeoglicano e presença de lipídeos ether-linked) • seqüências gênicas únicas que os distinguem dos demais organismos • RNA polimerases complexas • Diversidade fenotipico grande• Diversidade fenotipico grande Archaebacteria • Enquanto a estrutura celular e similar a das Bactérias, os genes de Archaea e muitas de suas vias metabólicas estão mais relacionadas a dos eucariotos • Por outro lado, estudos sugerem que as Archaea constituem a mais antiga linhagem do mundo,com as Bactérias e Eucariotos divergindo da mesma • Estudos confirmaram que as Archaea são distintas quanto a composição da sua membrana celular e estrutura de flagelos • Outras diferenças significativas incluem os sistemas de Archaea para replicação de • Outras diferenças significativas incluem os sistemas de Archaea para replicação de DNA e transcrição que apresentam maior similaridade com os de eucariotos (RNA polimerase contendo ate 14 subunidades, produção de proteínas do tipo histonas) Cromossomo: É bastante semelhante ao cromossomo das eubactérias, uma vez que é único e, na maioria dos casos, circular. Por outro lado, sua organização é semelhante aos eucariotos, uma vez que observam-se proteínas (do tipo histona) associando-se ao DNA, atuando na manutenção da estrutura do DNA, afetando também a expressão gênica. Introns - foi também relatada a presença de introns no cromossomo de Archaea, em genes de RNA de hipertermófilos e halófilos, sendo processado através de endonucleases. Transcrição: Em relação aos promotores, aparentemente sua estrutura tem maior semelhança com promotores de eucariotos que de procariotos. A RNA polimerase é mais complexa que a de bactérias, podendo ser composta por 8 polipeptídeos em metanogênicas e halofílicas (enquanto em Bacteria são 4). Nas hipertermófilas, podem existir 10 polipeptídeos distintos (assemelhando-se à RNA polimerase de eucariotos). Ribossomos: São do tipo 70S, semelhantes aos de bactérias, entretanto, sua composição protéica é bastante distinta, tornando-os resistentes aos antibióticos que afetam a síntese protéica bacteriana. A tradução distinta, tornando-os resistentes aos antibióticos que afetam a síntese protéica bacteriana. A tradução também é diferentes das Bacteria, assemelhando-se mais aos Eucarya, sem a participação da formil- metionina no início do processo. Flagelos:Muitas archaea, inclusive aquelas sem parede celular, podem apresentar flagelos. Estes diferem totalmente dos flagelos bacterianos, uma vez que não apresentam a estruturação em corpo basal, gancho e filamento. Nas Archaea, o flagelo não apresenta os anéis observados nas bactérias e, geralmente, é composto por vários tipos de “flagelina”, que exibe composição similar a várias fímbrias. Ao que parece, o flagelo é composto por flagelina, que se organiza a partir da membrana citoplasmática, projetando-se para o exterior da célula. Composição de Lipídeos da Membrana de Archaea, Bacteria e Eukarya Membrane structures. Top: archaeal membrane, 1-isoprene sidechain, 2-ether linkage, 3-L-glycerol, 4-phosphate moieties. Middle: bacterial and eukaryan membrane: 5-fatty acid, 6-ester linkage, 7-D-glycerol, 8- phosphate moieties. Bottom: 9-lipid bilayer of bacteria and eukarya, 10-lipid monolayer of some archaea. Archaeobacterial Membrane Lipids Lipídeos de hidrocarbonetos longos, ramificados (phytanyl ou biphytanyl) ligados com glicerol via ligação de Ether (compare com ácidos graxos e glicerol em bactérias e eucariotos) ArchaeobacterialArchaeobacterial Membranes Membrana Bacteria Archaea Eucarya Conteúdo protéico alto alto baixo Composição lipídica fosfolipídeos Sulfolipídeos, glicolipídeos, hidrocarbonetos ramificados, isoprenoides, fosfolipídeos Fosfolipídeos Estrutura dos lipídeos cadeia linear cadeia ramificada cadeia linear Membrana Citoplasmática Ligação dos lipídeos éster éter (di e tetraeter) éster As membranas de archaea geralmente apresentam um alto conteúdo protéico e vários lipídeos: glicolipídeos, sulfolipídeos, fosfolipídeos (raros) e lipídeos apolares do tipo isopreno. A presença de hidrocarbonetos ramificados aumenta a fluidez da membrana, uma vez que dificultam a formação de estruturas cristalinas. Dentre os principais lipídeos estão aqueles do tipo glicerol-éter-isopreno (hidrocarbonetos de 20, 25 ou 40 Carbonos). Uma característica da porção lipídica da membrana é o fato desta não ser composta por ácidos graxos convencionais. Em seu lugar encontram-se longas cadeias de hidrocarboneto ramificadas. Os hidrocarbonetos ligam-se ao glicerol por ligações do tipo éter (ao invés de éster) e podem apresentar-se como bicamadas (como em todas as membranas) ou como monocamadas. Quando formam bicamadas, denominam-se glicerol diéter e quando originam monocamadas, diglicerol tetraéter. Quando há a monocamada, esta modula sua fluidez através da ciclização de alguns elementos da cadeia de hidrocarboneto, formando anéis pentacíclicos. As proteínas de membrana podem ser também bastante diferentes daquelas observadas em outros tipos celulares. An S-layer (surface layer) is a part of the cell envelope commonly found in bacteria, as well as among archaea. It consists of a monomolecular layer composed of identical proteins or glycoproteins Archaea Paredes celulares: Sem peptideoglicano Com pseudopeptideoglicano Com polisaccharideo, proteina ou glicoproteinaproteina ou glicoproteina The Structure of Pseudomurein Mureina Pseudomurein O pseudopeptideoglicano diferencia-se do peptideoglicano pela ocorrência de ácido talosaminurônico em substituição ao murâmico, pela ligação do tipo b-1,3 ao invés de b-1,4 entre os açúcares e pela ausência de D-aminoácidos nas porções peptídicas da molécula. habitats • Archaea foi primeiramente descritos em ambientes extremos , mas desde então tem sido encontrado em vários ambientes, e chegam a contribuir em ate 20% da biomassa total • Estas células são particularmente comuns em oceanos sendo que as Archaea em plâncton constituem o grupo de organismos mais numerosos do planeta. Árvore filogenética A phylogenetic tree based on rRNA data, showing the separation of bacteria, archaea, and eukaryotes. Sub-divisao archaea – 3 filos Archaea 3 filos principais: a). Crenarchaeota (hipertermofilicos – Thermoproteus, Pyrolobus, Pyrodictium) Tambem definidos de seqüências ambientais (metagenoma – 16S rDNA) – ex: Archaea adaptados ambientes frios – oceanos da Antártica) b). Euryarchaeota (grupo mais diverso -b). Euryarchaeota (grupo mais diverso - metanogenicos, halofilicos,acidofilos – eg Thermoplasma) c). Korarchaeota (hipertermofilos) -Mais perto da base da arvore filogenetica, ainda em oficializacao 10% definidos de seqüências ambientais (metagenoma – 16S rDNA) – Yellowstone National Park, Wyoming EUA – aguas termais) Identificados em cultura com corantes filogeneticos (sondas de signature sequencias) Phylum Euryarchaeota • Grupo diverso fisiologicamente: – Halofilicas- habitam ambientes altamente salinos – Metanogenicas- produzem metano como parte integral de seu metabolismo energético (Anaerobios obrigatorios) – Hipertermofilas- habitam ambientes de altas temperaturas – Euryarchaeota marinhos – não cultivaveis !– Euryarchaeota marinhos – não cultivaveis ! Halobacterias • Requerem altas cc de NaCl para crescimento (2-5 M), habitam habitats hiper-salinos, geralmente em áreas quentes e secas. Também podem ocorrer em alimentos salgados (embutidos, pescados,etc) • pH 10-12 com composição iônica variável: Na+,K+,Mg+,Ca+, Cl-, Br-, SO4 -, HCO3 - • Imóveis,reproduzem por fissão binária, plasmideos contendo 25-30% do genoma bacteriano • Quimiorganotroficas- na sua maioria são aeróbicos obrigatórios, utilizam- se de aminoácidos e ácidos orgânicos como fonte de energiase de aminoácidos e ácidos orgânicos como fonte de energia Owen Lake-Utah Sequenciamento do 16S rRNA definiu gêneros de halofilos Composição iônica de ambientes contendo halobacterias Parede celular- halobacterias • Balanço osmótico- sobrevivem as forcas osmóticas do mecanismos para evitar a desidratação sob condições de alta pressão osmótica (bombeamento de K+ para dentro do citoplasma para compensar altas cc de Na+no ambiente) • Composição da parede celular: glicoproteinas estabilizadas por íons sódio. Os íons Na+ se ligam a parede celular externa da bactéria e mantem sua integridade. • Quando a cc de Na+ no meio diminui a célula se rompe- O Na+ neutraliza os aa’s carregados negativamente (aspartato e glutamato) que compõe a glicoproteina da parede celular , em baixa cc de Na+ as partes glicoproteina da parede celular , em baixa cc de Na as partes negativamente carregadas das proteinas se repelem e a parede se rompe. Metanogenicas • Produz metano (CH4) como parte integrante de seu metabolismo energético • Habitats: ambientes anaeróbicos -pântanos, áreas alagadas, trato digestivo de animais ruminantes, protozoários simbiontes, fontes geotérmicas • Procariotos com distintas composições de parede celular: pseudo- peptideoglican,metanocondroitina, glicoproteinas e camadas de S • Mesofilicos, estritamente anaeróbicos• Mesofilicos, estritamente anaeróbicos • Podem converter ate 11 diferentes substratos em metano em reações exergonicas que são utilizadas na síntese de ATP: – Tipo CO2 – Substrato tipo Metil – Substrato tipo acetato Methanoculleus submarinus CO2 + 4H2 CH4 + 2H2O Características das bactérias metanogenicas • grande diversidade fenotipica e filogenética Methanocaldococcus jannaschii • 1,66 Mb • Genoma circular contendo 1700 genes • genes associados com vias metabólicas centrais e divisão celular- similares aos de procariotos • genes associados a processos moleculares como transcrição e tradução- eucariotoseucariotos • Compatível com a arvore filogenética • 50% dos genes ate agora não apresentam homólogos com procariontes eucariontes Methanocaldococcus jannaschii Thermoplasmatales: Thermoplasma • Contem bactéria termofílicas e extremamente acidofílicas (pH 0-2). • Habitat: refugos de mina de carvão, solos sulfurosos • Thermoplasma não contém parede celular, aeróbicos facultativos: – quimiorganotroficos- utilizam matéria orgânica associada a carvão – Membrana celular distinta- lipoglican (lipídio composto de tetraéter- manose e glucose) , sem esteroides-condições estáveis para suportar altas temperaturas e acidez sem parede celular – DNA complexado com proteínas (similares a histonas) produzindo estruturas similares aos nucleossomos de eucariotos Thermoplasma acidophilum Thermoplasma Mina de refugo da mineração de Carvão Thermoplasmatales: Ferroplasma • Também não apresenta parede celular, é acidófilo ,mas não termófilo (T= 35 C) • Habitat: minas contendo pirita (FeS) • Quimiolitotrófico: oxida Fe+2 para Fe+3 para obtenção de energia, utilizando CO como obtenção de energia, utilizando CO2 como fonte de carbono. Ferroplasma acidophilum;