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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO POLO IÚNA – UNIVERSIDADE ABERTA A DISTÂNCIA RELATÓRIO DE QUÍMICA ANALÍTICA EXPERIMENTAL II RELATÓRIO DO EXPERIMENTO 5 VOLUMETRIA DE OXIRREDUÇÃO Professor: Rafael de Queiroz Ferreira Aluna: Jéssica Gabriela S. Alves Oliveira Iúna - ES Julho de 2017 2 1. INTRODUÇÃO A volumetria de oxidação-redução baseia-se em reações nas quais há transferência total ou parcial de elétrons entre as espécies oxidante e redutora. Oxidante é toda a espécie capaz de captar elétrons e redutor toda a espécie capaz de cedê-los. Baccan e colaboradores (2001, p. 103 - 104) nos diz que: “Quando numa reação química ocorre transferência de elétrons, a ela dá-se o nome de reação de oxidação-redução, reação de óxido-redução ou simplesmente de reação redox. O processo de oxidação envolve a perda de elétrons por parte de uma substância, enquanto que a redução envolve um ganho de elétrons para a espécie química em consideração. Esta perda ou ganho de elétrons, formalmente, é indicada pela variação do número de oxidação das várias espécies envolvidas na reação.” As reações de oxidação-redução devem preencher os requisitos gerais para que uma reação possa ser usada em um método titulométrico. Muitas reações de oxirredução se processam em uma série de etapas, então, a equação estequiométrica é a soma das reações parciais. Algumas espécies intermediarias são muito reativas e podem provocar reações paralelas ou induzidas indesejáveis. Muitas reações são lentas e, como a rapidez da reação é indispensável para o sucesso de uma titulação, é frequente a necessidade de aumentar a velocidade das reações mediante titulação a quente ou em presença de catalisadores. Baccan e colaboradores (2001, p. 234 - 235) nos diz que: “Os métodos volumétricos de análise que utilizam reações do tipo oxidação-redução dependem dos potenciais das semi- reações envolvidas no processo. Os agentes oxidantes e redutores devem ser estáveis no solvente utilizado e a substância a ser determinada deve ser colocada sob um determinado estado de oxidação, definido e estável, antes da titulação ser iniciada.” 3 Os reagentes apropriados a este fim adicionados em excesso ao meio reagente devem possuir a propriedade de reduzir ou oxidar convenientemente a amostra, sem interferir no resultado final, da análise, caso contrário, o excesso desta espécie deve ser destruído antes de se iniciar a titulação. O indicador de uma reação de oxidação-redução ideal é aquele que tenha o potencial de oxidação situado entre o do titulado e do titulante e que exiba uma viragem de cor nítida. Mas existem também reagentes auto-indicadores que é o caso do permanganato de potássio (KMnO4), geralmente não é necessário o uso de indicadores em titulações que empregam o permanganato de potássio, pois um pequeno excesso de titulante confere à solução uma coloração violeta clara (quase rósea), que indica o ponto final da titulação. O agente oxidante empregado nessa prática de padronização foi o permanganato de potássio (KMnO4). O permanganato de potássio está entre os agentes oxidantes mais antigos usados na titulometria, o íon permanganato é fortemente colorido, púrpuro, enquanto seu produto de redução, o íon Mn2+ é quase incolor (rosa claro) em titulações diluídas. As titulações feitas usando esse reagente como titulante são chamadas de permanganometria este método volumétrico envolve uma reação de óxido-redução em meio ácido, na qual íons MnO-4 são reduzidos a Mn2+. Neste meio a espécie MnO- 4 é um oxidante forte e sua semi-reação de redução pode ser expressa por: MnO-4 + 5 e- + 8 H+ ⇌ Mn2+ + 4 H2O. O permanganato de potássio (KMnO4) é um poderoso agente oxidante e conforme as condições do meio em que atua pode ser reduzido aos estados de oxidação +2, +3, +4 e +6. Soluções de permanganato muito puro são bastante estáveis porque essa reação é lenta na ausência de catalisadores. Uma das substâncias que catalisam a reação é o MnO2 tornando a reação auto-catalítica. A reação também é catalisada por luz de certos comprimentos de onda, um processo chamado de decomposição fotoquímica. O permanganato é instável na presença de Mn2+, seu produto de redução em solução fortemente ácida pode ser expressa por: 2 MnO4- + 3 Mn2+ + H2O ⇌ 5 MnO2(s) + 4 H+ .Essa reação é lenta e, embora possa alterar significativamente a concentração de uma solução de permanganato em um período de alguns dias, não compete com reações rápidas envolvendo o permanganato como titulante. 4 Uma das desvantagens deste método analítico é que não se pode preparar uma solução padrão de permanganato de potássio (KMnO4) por simples pesagem do sal e posterior diluição adequada, visto que esta substância não é um padrão primário. Geralmente ela se apresenta contaminada com MnO2, o qual, dentre outros inconvenientes, tem a propriedade de catalisar a reação entre os íons MnO-4 e as substancias redutoras presentes na água destilada usada na preparação da solução padrão. Para a determinação do teor de ferro em um amostra de minério de ferro é necessário que se faça a abertura da amostra com a solução de ácido clorídrico 1:1, formando um composto solúvel com Fe3+ (FeCl3), onde posteriormente é reduzido a Fe2+ através de sua redução com zinco metálico, pela seguinte reação: 2 Fe3+ + Zn0 ⇌ 2 Fe2+ + Zn2. Após sua redução a Fe2+ inicia-se sua titulação com o permanganato de potássio (KMnO4) previamente padronizado na presença da solução de Zimmermann e Reinhardt, onde o ferro retorna a Fe3+ e o MnO4- é reduzido a Mn2+ através da seguinte reação de oxirredução: MnO4- + 5 Fe2+ + 8 H+ ⇌ Mn2+ + 5 Fe3+ + 4 H2O. A solução de Zinmmermann e Reinhardt nesse método possui função importante para a análise da amostra, pois esta garante o meio ácido do meio, anula a cor dos íons Fe3+ que facilita a detecção do ponto final da titulação e inibe a oxidação de íons cloretos do meio impedindo a interferência destes na análise. 5 2. PADRONIZAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO DE KMnO4 2.1 OBJETIVOS Este experimento tem como objetivo padronizar uma solução de permanganato de potássio P.A (KMnO4) 0,02 mol/L-1. 2.2 MATERIAIS E MÉTODOS MATERIAIS Balança Analítica (marca eletronic balance *) Balão volumétrico de 250 mL (marca Diogo Lab 20ºC “A” *) Béquer de 100 mL e 400 mL (marca vidro labor *) Bureta de 50 mL (marca Diogo Lab *) Chapa de aquecimento * Dessecador * Erlenmeyer de 250 mL (marca TWA GG-17 *) Espátula * Estufa * Frasco de vidro âmbar escuro de 500 mL* Pipeta de Pasteur * Pipeta volumétrica de 25 mL (marca MC ± 0,060 mL) Pisseta * Proveta de 100 mL * Vidro relógio * * margem de erro não informada pelo fabricante. * balança analítica desvio e erro não informado 6 REAGENTES Ácido sulfúrico 1:8 P.A. (H2SO4) Água destilada Oxalato de sódio P.A. (Na2C2O4) Permanganato de potássio P.A. (KMNO4) MÉTODO I. A solução de permanganato de potássio (KMNO4) utilizada foi previamente preparada; II. Com auxílio de uma balança analítica pesou-se três massas com cerca de 0,2 g do oxalato de sódio (Na2C2O4) previamente seco a temperatura de 105-110 ºC, durante duas horas em estufa e resfriado em dessecador. Transferiu-se, as massas para erlenmayer de 250 mL e com auxílio de uma proveta de 100 mL adicionou-se 30 mL de ácido sulfúrico 1:8 (H2SO4) em cada solução. Em seguida, agitou-se a solução até que todo o oxalato se dissolvesse; III. Preencheu-se uma bureta de 50 mLcom a solução de permanganato de potássio (KMNO4) e iniciou-se a titulação com a solução de oxalato de sódio (Na2C2O4) adicionando rapidamente 90% da quantidade necessária de solução titulante, mantendo uma agitação lenta; IV. Em seguida aqueceu-se a solução numa chapa de aquecimento em uma temperatura de 60ºC e continuou-se a titulação a quente até o aparecimento de uma leve coloração rosa que persistiu por 30 segundos; V. Os volumes de permanganato de potássio (KMNO4) foram anotados e com base nos dados obtidos, determinou-se a concentração de permanganato; 7 2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A técnica de volumetria de oxirredução é descrita por reações em que haja transferência de elétrons entre as espécies reagentes, dado que a espécie oxidante será a que oxidará alguma espécie e, consequentemente, sofrerá redução e análogo à espécie redutora. Para que a reação de oxirredução possa ser aplicada na volumetria de oxirredução é necessário que a mesma seja espontânea em termos termodinâmicos, cuja estequiometria seja definida, rápida, mesmo que seja com auxílio de catalisadores e com elevada constante de equilíbrio O objetivo do experimento é padronizar a solução de 0,02 mol/L-1 de permanganato de potássio (KMNO4) utilizando como padrão primário o oxalato de sódio (Na2C2O4) diluído em ácido sulfúrico 1:8 (H2SO4). Conforme demonstrado abaixo, a tabela 1 nos mostra as seguintes massas obtidas de oxalato de sódio (Na2C2O4). Tabela 1. Massas obtidas nas amostras de Na2C2O4. Nº de Medidas Massa (Na2C2O4) 1º Amostra 0,2021 g 2º Amostra 0,2018 g 3º Amostra 0,2048 g Conforme demonstrado abaixo, utilizando a equação 1 calculou-se a média das massas obtidas nas amostras de oxalato de sódio Na2C2O4. Equação 1 (Cálculo da média das massas Na2C2O4 ) X =௫భ ା ௫మ ା … ା௫ = ⅀݅ = 1 ݔ X =,ଶଶଵ ା ,ଶଵ଼ ା ,ଶସ଼ ଷ 8 x= 0,2029 g Durante a padronização da solução de permanganato de potássio (KMNO4) foi necessária a correta visualização do menisco, de forma que a leitura do volume na bureta foi observada na parte superior do menisco, diferentemente das outras titulações feitas na disciplina, visto que a solução, mesmo em baixas concentrações, possui coloração violeta forte, dificultando a visualização da parte inferior do menisco. Ao iniciar a titulação do oxalato de sódio (Na2C2O4) com o permanganato de potássio (KMNO4) se faz necessário adicionar rapidamente 90% da quantidade de titulante necessária para alcançar o ponto de equivalência em temperatura ambiente e mantendo uma agitação lenta. Conforme demonstrado abaixo, utilizando a equação 2 calculou-se o valor estimado para o volume de permanganato de potássio (KMNO4). A reação envolvida na padronização do permanganato de potássio (KMNO4) é a seguinte: 2MnO-4(aq) + 16 H+(aq) + 5 C2O42-(aq) ⇌ 10 CO2(g) +2Mn 2+-(aq) + 8 H2O(l) . A estequiometria da reação informa que cinco mols de oxalato são necessários para reagir com 2 mols de íon permanganato, isto é, a relação entre esses íons é 5:2 estequiometricamente. Isso significa que, no ponto de equivalência da titulação o volume escoado da bureta de solução de permanganato corresponde a dois mols desse íon, que reagiram com 5 mols de oxalato presentes no erlenmeyer. Equação 2 (Valor estimado de KMNO4) 5 x n KMNO4 (mols) =2 x n Na2C2O4 (mols) 5 × (C KMNO4 (mol/L) × V KMNO4 (L)) = 2 × ቀ ୟଶେଶସ () ெெ ୟଶେଶସ (/୫୭୪) ቁ 5 × (0,02 KMNO4 (mol/L) × V KMNO4 (L)) = 2 × ቀ ,ଶଶଽ () ଵଷସ (/୫୭୪) ቁ 0,1 KMNO4 (mol/L) × V KMNO4 (L) = 2 × 0,0015 mol V KMNO4 = 0,03 L V KMNO4 = 30 mL (valor estimado) 90% = 27 mL 9 Ao adicionar as 27 mL de permanganato de potássio (KMNO4) de forma rápida a solução ficou levemente rosada. A solução resultante foi aquecida próximo ao ponto de ebulição em uma chapa de aquecimento, esse procedimento se faz necessário para que a reação de titulação ocorra já que é uma titulação a quente, e ao ser levada para o aquecimento ela voltou a ser incolor. Isso se deve ao fato de que a reação de permanganato de potássio (KMNO4) com o oxalato de sódio (Na2C2O4) é muito lenta, ela é catalisada pela geração de Mn2+ e essa é catalisada em meio ácido a quente. Não se fez necessário o uso de indicadores pois a própria solução de permanganato de potássio (KMNO4), contém uma coloração vinho intensa. Quando a solução contendo oxalato alcançou a coloração levemente rosada indicou o ponto final da titulação. Conforme demonstrado abaixo, a tabela 2 nos mostra o volume gasto nas três titulações para que a reação se completasse. Tabela 2. Volume gasto para que a reação se completasse Nº de Titulação Volume gasto de KMNO4 1 º Alíquota 30,4 mL 2º Alíquota 31,8 mL 3º Alíquota 31,7 mL Conforme demonstrado abaixo, utilizando a equação 3 calculou-se a média do volume gasto de permanganato de potássio (KMNO4). Equação 3 (Cálculo da média do volume gasto de KMNO4) X =௫భ ା ௫మ ା … ା௫ = ⅀݅ = 1 ݔ X =ଷ,ସ ୫ ଷଵ,଼ ୫ା ଷଵ, ୫ ଷ 10 x= 31,3 mL Conforme demonstrado abaixo, utilizando a equação 4 calculou-se a concentração de permanganato de potássio (KMNO4) utilizando o volume gasto para que a reação se completasse. Equação 4 (Cálculo da concentração de KMNO4) 1º alíquota volume escoado 30,4 mL 5 x n KMNO4 (mols) =2 x n Na2C2O4 (mols) 5 × (C KMNO4 (mol/L) × V KMNO4 (L)) = 2 × ቀ ୟଶେଶସ () ெெ ୟଶେଶସ (/୫୭୪) ቁ 5 × (C KMNO4 (mol/L) × 0,0304 KMNO4 (L)) = 2 × ቀ ,ଶଶଽ () ଵଷସ (/୫୭୪) ቁ C KMNO4 (mol/L) x 0,152 = 2 × 0,001514 mol C KMNO4 (mol/L) x 0,152 = 0,003028 mol C KMNO4 = 0,0199 mol/ L-1 2º alíquota volume escoado 31,8 mL 5 x n KMNO4 (mols) =2 x n Na2C2O4 (mols) 5 × (C KMNO4 (mol/L) × V KMNO4 (L)) = 2 × ቀ ୟଶେଶସ () ெெ ୟଶେଶସ (/୫୭୪) ቁ 5 × (C KMNO4 (mol/L) × 0,0318 KMNO4 (L)) = 2 × ቀ ,ଶଶଽ () ଵଷସ (/୫୭୪) ቁ C KMNO4 (mol/L) x 0,159 = 2 × 0,001514 mol C KMNO4 (mol/L) x 0,159 = 0,003028 mol C KMNO4 = 0,0190 mol/ L-1 11 3º aliquota volume escoado 31,7 mL 5 x n KMNO4 (mols) =2 x n Na2C2O4 (mols) 5 × (C KMNO4 (mol/L) × V KMNO4 (L)) = 2 × ቀ ୟଶେଶସ () ெெ ୟଶେଶସ (/୫୭୪) ቁ 5 × (C KMNO4 (mol/L) × 0,0317 KMNO4 (L)) = 2 × ቀ ,ଶଶଽ () ଵଷସ (/୫୭୪) ቁ C KMNO4 (mol/L) x 0,1585 = 2 × 0,001514 mol C KMNO4 (mol/L) x 0,1585 = 0,003028 mol C KMNO4 = 0,0191 mol/ L-1 Conforme demonstrado abaixo, utilizando a equação 5 calculou-se a média das concentrações de permanganato de potássio (KMNO4). Equação 5 (Cálculo da concentração de KMNO4) X =௫భ ା ௫మ ା … ା௫ X =,ଵଽଽା,ଵଽ ,ଵଽଵ ଷ X= 0,0193 mol/L-1 Conforme demonstrado abaixo, a tabela 3 nos mostra os valores para se calcular o desvio. Tabela 3. Valores para o cálculo do desvio. ࢄ (ࢄି ࢄഥ ) (ࢄି ࢄഥ )ଶ 0,0199 mol/L-1 0,0199 - 0,0190 = 0,0009 (0,0009)2 = 0,0009 0,0190 mol/L-1 0.0190 – 0,0190 = 0 0 12 0,0191 mol/L-1 0,0191 – 0,0190 = 0,0001 (0,0001)2 = 0,0001 ⅀ (ࢄି ࢄഥ ) = 0,0009 + 0,0001 = 0,001 ⅀ (ࢄି ࢄഥ ) = (0,001)2 = 0,000001 Conforme demonstrado abaixo, utilizando a equação 6 calculou-se o desvio das concentrações de permanganato de potássio (KMNO4). Equação 6 (Desvio das concentrações) S = ± ඥ⅀ (ࢄ− ࢄഥ ) ேିଵ S = ± √0,000001 ଷିଵ S = ± √0,000001 ଶ S = ±ඥ0,0000005 S = ± 0,0007 A solução padrão de permanganato de potássio (KMNO4) apresentou uma pequena variação de concentração levando em consideração à fornecida pela teoria, 0,02 mol/L-1, o resultado obtido foi de 0,0193 mol/L-1, apresentando um desvio de ± 0,0007. Os resultados experimentais obtidos se aproximaram significamentedos resultados teóricos esperado, possuindo uma pequena margem de erro causada pela precisão das medidas e pela verificação da mudança da cor tardiamente, ou seja, não na primeira gota, mas sim algumas gotas depois. 13 3. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FERRO EM MINÉRIO DE FERRO 3.1 OBJETIVOS Determinar o teor de ferro em uma amostra de minério de ferro. 3.2 MATERIAIS E MÉTODOS MATERIAIS Balança Analítica (marca eletronic balance *) Balão volumétrico de 100 mL (marca Diogo Lab 20ºC “A” *) Bastão de vidro * Béquer de 100 mL (marca vidro labor * ) Bureta de 50 mL (marca Diogo Lab *) Chapa de aquecimento * Erlenmeyer de 250 mL (marca TWA GG-17 *) Espátula * Pipeta de Pasteur * Pipeta volumétrica de 25 mL (marca MC ± 0,060 mL) Pisseta * Proveta de 100 mL * Vidro relógio * margem de erro não informada pelo fabricante. * balança analítica desvio e erro não informado 14 REAGENTES Ácido fosfórico 85% (m/m) (H3PO4) Ácido Sulfúrico P.A (H2SO4) Água destilada Minério de ferro Solução de ácido clorídrico 1:1 Sulfato de Maganês II tetrahidratado P.A (MnSO4.4H2O) Zinco metálico em pó MÉTODO I. Com auxílio de um béquer de 100 mL e uma balança analítica pesou-se cerca de 0,25 g de minério de ferro. Em seguida dirigiu-se até a capela e com o auxílio de um pipeta volumétrica de 25 mL transferiu-se um pouco de solução de ácido clorídrico 1:1 concentrado e aqueceu-se a mistura até a completa abertura da amostra; II. Transferiu-se a amostra de minério de ferro digerida para um balão volumétrico de 100 mL e diluiu-se com água destilada e homogeneizou-se a solução; III. Com o auxílio de uma pipeta volumétrica pipetou-se para um erlenmayer de 250 mL uma alíquota de 25 mL da solução da amostra, adicionou-se 50 mL de água destilada utilizando uma bureta de 100 mL; IV. Aqueceu-se a solução até próximo do ponto de ebulição e adicionou-se aproximadamente 0,5 g de zinco metálico em pó, sob agitação, até o aparecimento de uma coloração amarela presente na solução; V. Resfriou-se a solução resultante passando água de torneira na parede externa do béquer até atingir a temperatura ambiente. Em seguida adicionou-se 25 mL de solução Zimmermann e Reinhard; VI. Preencheu-se a bureta de 50 mL com a solução de permanganato de potássio (KMNO4) previamente padronizada que foi preparada no experimento anterior e iniciou-se a titulação adicionando-se lentamente, a solução do titulante em 15 temperatura ambiente até o aparecimento de uma coloração rósea ou violeta clara; 3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Para a determinação de teor de ferro em uma amostra de minério de ferro pesou-se 0,2512 g de minério de ferro, como o minério de ferro é uma amostra em pó e pouco solúvel em água, foi necessário realizar a abertura da amostra utilizando uma solução de ácido clorídrico 1:1 (HCl) seguido de aquecimento da mistura até completa digestão da amostra. Após alguns minutos observou-se que a solução ficou amarelada que é característico dos metais presentes no minério que estão dissolvidos em solução. Levou-se a solução para a chapa de aquecimento até quase a ebulição e observou-se uma coloração levemente amarela isso ocorre pois a amostra de minério de ferro pode conter íons ferro nos estados de oxidação II e III, portanto, é preciso reduzir todo o Fe3+ a Fe2+ usando zinco metálico em pó até que todo coloração amarela suma. 2 Fe3+(aq) + Zn0(S) ⇌ 2 Fe2+(aq) + Zn2+(aq) Conforme demonstrado abaixo, a tabela 1 nos mostra as seguintes massas obtidas de zinco metálico em pó. Tabela 1. Massas obtidas nas amostras de zinco metálico em pó. Nº de Medidas Massa zinco metálico em pó 1º Amostra 0,5009 g 2º Amostra 0,5009 g 3º Amostra 0,5028 g Conforme demonstrado abaixo, utilizando a equação 1 calculou-se a média das massas obtidas nas amostras de zinco metálico em pó. 16 Equação 1 (Cálculo da média das massas de zinco metálico em pó) X =௫భ ା ௫మ ା … ା௫ = ⅀݅ = 1 ݔ X =,ହଽ ା ,ହଽ ା ,ହଶ଼ ଷ x= 0,5015 g Adicionou-se uma solução preventiva de Zimmermann e Reinhardt essa solução é composta basicamente por ácido sulfúrico P.A (H2SO4) que mantém o meio ácido, já que a reação é catalisada em meio ácido e composta por ácido fosfórico (H3PO4) 85% (m/m) que garante a complexação de Fe3+ favorecendo a reação entre permanganato de potássio (KMNO4 ) e o Fe2+ e também por sulfato de manganês (II) tetrahidratado P.A. (MnSO4.4H2O) que inibe a oxidação dos íons cloreto que interferem na reação do Fe2+ e Fe3+. A titulação foi realizada com o permanganato de potássio (KMNO4) que padronização no experimento anterior, como a reação entre o MnO4- e o Fe2+ acontece de forma rápida a realização da titulação foi realizada em temperatura ambiente MnO4- (aq) + 5 Fe2+(aq) + 8 H+(aq) ⇌ Mn2+(aq) + 5 Fe3+(aq) + 4H2O(l). Conforme demonstrado abaixo, a tabela 2 nos mostra o volume gasto nas três titulações para que a reação se completasse. Tabela 2. Volume gasto para que a reação se completasse Nº de Titulação Volume gasto de KMNO4 1 º Alíquota 11,0 mL 2º Alíquota 11,2 mL 3º Alíquota 11,2 mL 17 Conforme demonstrado abaixo, utilizando a equação 2 calculou-se a média do volume gasto de permanganato de potássio (KMNO4). Equação 2 (Cálculo da média do volume gasto de KMNO4) X =௫భ ା ௫మ ା … ା௫ = ⅀݅ = 1 ݔ X =ଵଵ, ୫ା ଵଵ,ଶ ୫ା ଵଵ,ଶ ୫ ଷ x= 11,1 mL Conforme demonstrado abaixo, utilizando a equação 3 calculou-se a massa de Fe2+ utilizando o volume gasto para que a reação se completasse. Equação 3 (Cálculo da massa de Fe2+) 1º alíquota volume escoado 11,0 mL 5 x n KMNO4 (mols) = 1 x nFe2+ (mols) 5 × (C KMNO4 (mol/L) × V KMNO4 (L)) = ቀ ۴܍ା () ெெ ۴܍ା (/୫୭୪) ቁ 5 × (0,0193 (mol/L) × 0,011 KMNO4 (L)) = ቀ ۴܍ା () ହହ,଼ସ (/୫୭୪) ቁ 0,00106 = ቀ ۴܍ା ()ହହ,଼ସ (/୫୭୪)ቁ m Fe2+ = 0,0592 g 2º alíquota volume escoado 11,2 mL 5 x n KMNO4 (mols) = 1 x nFe2+ (mols) 5 × (C KMNO4 (mol/L) × V KMNO4 (L)) = ቀ ۴܍ା () ெெ ۴܍ା (/୫୭୪) ቁ 18 5 × (0,0193 (mol/L) × 0,0112 KMNO4 (L)) = ቀ ۴܍ା () ହହ,଼ସ (/୫୭୪) ቁ 0,00108 = ቀ ۴܍ା ()ହହ,଼ସ (/୫୭୪)ቁ m Fe2+ = 0,0603 g 3º alíquota volume escoado 11,2 mL 5 x n KMNO4 (mols) = 1 x nFe2+ (mols) 5 × (C KMNO4 (mol/L) × V KMNO4 (L)) = ቀ ۴܍ା () ெெ ۴܍ା (/୫୭୪) ቁ 5 × (0,0193 (mol/L) × 0,0112 KMNO4 (L)) = ቀ ۴܍ା () ହହ,଼ସ (/୫୭୪) ቁ 0,00108 = ቀ ۴܍ ()ହହ,଼ସ (/୫୭୪)ቁ m Fe2+ = 0,0603 g Conforme demonstrado abaixo, utilizando a equação 4 calculou-se a média das massas de Fe2+) Equação 4 (Cálculo média das massas de Fe2+) X =௫భ ା ௫మ ା … ା௫ X =,ହଽଶ ା,ଷ ା ,ଷ ଷ X= 0,0600 g Conforme demonstrado abaixo, a tabela 3 nos mostra os valores para se calcular o desvio. Tabela 3. Valores para o cálculo do desvio. 19 ࢄ (ࢄି ࢄഥ ) (ࢄି ࢄഥ )ଶ 0,0592 g 0,0592 - 0,0603 = - 0,0011 (0,0011)2 = 0,0011 0,0603 g 0,0603 – 0,0603 = 0 0 0,0603 g 0,0603 – 0,0603 = 0 0 ⅀ (ࢄି ࢄഥ ) = 0,0011 ⅀ (ࢄି ࢄഥ ) = (0,0011)2 = 0,00000121 Conforme demonstrado abaixo, utilizando a equação 5 calculou-se o desvio das massas de Fe2+. Equação 5 (Desvio das massas) S = ± ඥ⅀ (ࢄ− ࢄഥ ) ேିଵ S = ± √0,00000121 ଷିଵ S = ± √0,00000121 ଶ S = ±ඥ0,000000605 S = ± 0,0007778 S = ± 0,0008 Conforme demonstrado abaixo, utilizando a equação 6 calculou-se o teor de Fe2+ na amostra de ferro. Equação 6 (Cálculo teor de ferro) 20 m Fe2+(g) _____________ 25 mL x ______________100 mL 0,0600 g ______________ 25 mL x ______________100 mL x= 0,24 g 0,25 g ______________ 100% 0,24 g ______________ Y Y= 96 % Neste procedimento utilizou-se o permanganato de potássio (KMNO4) com a concentração de 0,0193 mol/L-1, apresentando um desvio de ± 0,0007. Pode-se observar que a amostra de minério de ferro utilizada no experimento possui um percentual de 96% de ferro em sua composição, tendo um desvio padrão de ± 0,0008. 21 3.4 CONCLUSÃO Pode-se concluir que a permanganometria que faz uso do permanganato de potássio (KMNO4) como reagente volumétrico, é um dos mais importantes métodos volumétricos de oxidação. O permanganato de potássio (KMNO4) é um poderoso agente oxidante e suas soluções possuem coloração violenta intensa, podendo ele próprio atuar como indicador, pois o ponto final na titulação é observado pelo aparecimento de uma coloração rósea persistente. Através do segundo procedimento aplicamos a permanganometria na determinação do teor de ferro na amostra de minério de ferro onde verificou-se que a porcentagem está dentro do esperado. 22 REFERÊNCIAS 1. BACCAN, N.; de Andrade, J.C; Godinho, O. E.S.; BARONE, J.S Química Analítica Quantitativa Elementar, 3ª edição revisão ampliada e reestruturada, Edgar Blucher: São Paulo, 2001. 2. FERREIRA, R. Q; RIBEIRO, J. Química Analítica Experimental 2, 1ª edição, Gráfica e Editora Liceu: Vitória, 2012.
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