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FITOTERAPIA AFRICANA

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O homem aprendeu a conhecer as plantas medicinais e valer-se de suas propriedades para curar suas enfermidades desde tempos mais remotos da civilização. Desde a antiguidade que se usa as plantas medicinais. Há relatos históricos desde o ano 3.000 a.C. pelos chineses, bem como em 2.300 a.C. pelos egípcios, assírios e hebreus. O foco esta nos de origem africana. As plantas medicinais africanas conforme a historia tiveram seus primeiros relatos de exploração de descobrimento de experimentação em mais ou menos três séculos atrás, no período de oito mil anos atrás o povo africano responderam as flutuações climáticas com as revoluções agrícolas domesticando novos tipos de cereais, uma nova quantidade de raízes, nozes e verduras, juntamente com outras plantas de uso medicinal e utilitário. No Brasil, a utilização de plantas no tratamento de doenças apresenta, fundamentalmente, influências da cultura indígena, africana e, naturalmente, europeia.
A medicina tradicional de origem fitoterápica foi subestimada pela ciência durante um longo período da historia. Hoje, séculos depois de descaso com as técnicas de cura pesquisadores do mundo todo começam a reconhecer a eficácia dos tratamentos desenvolvidos. A medicina africana tradicional tem-se provado preciosa na ajuda do combate a doenças como câncer, transtornos psiquiátricos, hipertensão arterial, vitiligo, cólera, doenças venéreas, epilepsia entre outros. Tendo como abordagem métodos biomédicos, dietas e jejuns, ervas terapêuticas, banhos, massagens e pequenos procedimentos cirúrgicos, a sabedoria médica africana é a favorita ultimamente. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) a Medicina Tradicional Africana é o conjunto de conhecimentos e práticas, explicáveis ou não, usadas no diagnóstico, prevenção ou eliminação de doenças físicas, mentais e sociais, baseados exclusivamente em experiências e observações passadas e transmitidas de geração para geração oralmente ou por escrito. Diferente das técnicas de cura europeia e asiática, no inicio houve-se poucos estudos e análises científicas destes métodos, ervas e plantas com resultados extraordinários na cura de várias doenças humanas.
Desde a famosa e multifuncional babosa (Aloa Vera: o conquistador Alexandre o Grande conhecia os poderes cicatrizantes da babosa e tinha sempre plantas suficientes para curar os ferimentos dos seus soldados após as batalhas), à figueira-do-inferno, à ameixoeira-africana, munjibe-ndende (nome angolano em kimbandu: diminui os problemas miccionais associados ao edenoma benigno da próstata), passando pelos raminhos verdes da arruda, do alecrim, aliados às forças protectoras, sejam elas dos santos católicos ou de ilustres antepassados tribais.
Dados científicos e receitas tradicionais sobre o uso de múltiplas plantas foram publicadas num livro com a coordenação da investigadora em farmacologia e etnobotânica, intitulado “Estudo Etnofarmacológico de Plantas Medicinais de S. Tomé e Príncipe”. Num artigo sobre “Plantas Medicinais e Medicina Tradicional de S. Tomé e Príncipe” (pdf, 2012), disponível no Centro de Estudos Africanos do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), Maria do Céu Madureira afirma:
 – Quem possui conhecimentos profundos sobre a matéria são os terapeutas tradicionais, usualmente conhecidos por várias denominações locais como “tchiladô ventosa” (aplicador de ventosas), “stlijon mato” (cirurgião de mato), “patlela” (parteira tradicional). Essas pessoas quase centenárias (salvo raras exceções) são portadoras de conhecimentos que foram passados por seus ancestrais por via da transmissão oral, e hoje em dia estão numericamente em extinção.
A medicina tradicional africana está intimamente ligada com a organização social e econômica das comunidades que habitaram e habitam o continente africano. A condição econômica contribui para práticas tradicionais de cura para os seus doentes. No inicio dos tempos, a humanidade, muitos foram os desafios que o homem do continente africano teve que enfrentar, tais como: doenças, epidemias e calamidades naturais, dentre as quais, podemos citar: secas, chuvas torrenciais e ciclones. A medicina africana foi desta forma relegada à um plano muito inferior pelas autoridades coloniais, motivada por pressões religiosas. Esta situação durou após a proclamação de independência de muitos países africanos, desde a década de 20 a 60 de forma mais extensiva, e atualmente de forma mais velada. Com as resoluções, a medicina tradicional africana começou a ganhar espaço e valorização na política dos governos dos países africanos, principalmente através da criação de institutos de investigação, criação da farmacopeia africana, embora estas atividades inicialmente estivessem relacionadas, mais com a coleta da informação sobre o uso de plantas e classificação taxonômica das mesmas.
A medicina tradicional africana chegou ao Brasil junto aos povos que foram escravizados e trazidos para nosso país. Ao longo do século XIV e XV, milhares de negros chegaram por aqui por conta do tráfico negreiro que ocorria pelo Mar Atlântico. Os povos Africanos usam as plantas medicinais em seus rituais e na fitoterapia, a relação das plantas e seus usos dentro das religiões de matriz africana, em especial as praticadas no Brasil, a Umbanda e o Candomblé. O uso das plantas dentro das casas de santo, os templos, são em geral para tratamentos espirituais, onde se trata o espiritual e o físico sem distinção, as plantas são usadas em defumações e incensos, onde se acredita quebrar as energias negativas através da fumaça da queima das plantas, a fumaça sendo um elemento sólido, quebra as energias negativas presentes no ar. Os banhos de descarrego usados, em geral, são feitos a partir do sumo das plantas como, arruda, guiné, alecrim, boldo, peregum, alfazema, espada de São Jorge e Sta. Barbara, fumo, gameleira, hortelã e pata-de-vaca, os banhos tem diversas finalidades, a principal é a limpeza do corpo, e do espírito. Além da utilização em práticas religiosas, as ervas e plantas medicinais cultivadas e passadas de geração em geração, são plantas utilizadas diariamente com efeitos eficazes em tratamentos.
Nome popular: Babosa, Aloe
Nome científico: Aloe vera (L.) Burm. f.
Família: Liliaceae.
Propriedades: Cicatrizante, antimicrobiana, emoliente (hidratante da pele).
Características: Planta herbácea suculenta, de até 1 metro de altura. Quando cortadas deixam escorrer um suco viscoso, amarelado, e muito amargo. 
Parte usada: Folhas.
Usos: Esta é uma das plantas de uso tradicional mais antigo que se conhece, inclusive pelos judeus que costumavam envolver os mortos em lençol embebido no sumo de aloe, para retardar a putrefação e extrato de mirra, para encobrir o cheiro da morte, como ocorreu com Jesus Cristo ao ser retirado da cruz. Na medicina popular ocidental seu uso mais comum é no tratamento dos cabelos. O líquido da planta possui atividade fortemente cicatrizante que é devida ao polissacarídeo e uma boa ação antimicrobiana sobre bactérias e fungos, resultante do complexo fitoterápico (conjunto de substâncias).
Forma de uso / dosagem indicada: É indicada como cicatrizante nos casos de queimaduras e ferimentos superficiais da pele, pela aplicação local do sumo fresco, diretamente ou cortando-se uma folha. Depois de bem limpa, de modo a deixar o gel exposto para servir como um delicado pincel. 
No caso de hemorroidas são usados pedaços cortados de maneira apropriada, como supositórios. Estes pedaços podem ser facilmente cortados com o auxílio de um aplicador vaginal ou de uma seringa descartável. Nas contusões, entorses e dores reumáticas emprega-se a alcoolatura preparada pela mistura de pequenos pedaços das folhas (50g) com meio litro de uma mistura de álcool e água passada através de um pano. Esta mistura pode ser aplicada na forma de compressas e massagens nas partes doloridas. Alguns compostos na planta podem ser tóxicos quando ingeridos em grandes quantidades, especialmente em crianças, causando grande retenção de líquidos quepode levar à morte.
Cultivo: Prefere solos arenosos, não exigindo muita água. Pode ser multiplicada por separação dos brotos laterais (filiação).
Nome científico: Cola nitida (Vent.) Schott & Endl. 
Família: Sterculiaceae. 
Sinônimos botânicos: Cola nitida A. Chev.
Propriedades: antidiarreica, cardiotônica, estimulante, excitante e tonificante do sistema nervoso e muscular, tônica. 
Parte utilizada: amêndoas.
Uso: Contra diarreia, convalescença de doenças graves, perturbações funcionais do coração, problemas estomacais, regularizar a circulação, revigorarem o sistema nervoso e muscular. 
Contra-indicações/cuidados: gestantes, crianças, pessoas ansiosas, hipertensas, com taquicardia, com insônia e úlceras estomacais ou duodenais. 
Efeitos colaterais: Hiper-excitabilidade, insônia, problemas estomacais, taquicardia. 
	
Forma de uso: comer o fruto in natura. 
A noz-de-cola cresce espontaneamente na África Ocidental e Central em climas quentes e úmidos. O uso de suas amêndoas difundiu-se na região norte da América Latina por intermédio dos escravos negros que mascavam colas para suportar trabalhos penosos. Depois foi levada a outros países com finalidades agroindustriais. A noz era utilizada originalmente para produzir refrigerantes de cola, mas foi substituída por aromatizantes artificiais visando a diminuir custos na produção em massa.
Nome Populare: Pitanga
Nome Científico: Eugenia uniflora
Família: Myrtaceae
Propriedades: Adstringente, Analgésica, Depurativa, Digestiva, Estimulante, Refrescante, Antioxidante, Calmante, Antiinflamatória, Diurética, Vermífuga
Indicações: Febre, Afecções Estomacais, Hipertensão, Obesidade, Reumatismo, Afecções do fígado, Cólicas menstruais, Diabete, Disenteria, Gota, Hipertensão, Afecções da garganta, Queda dos Cabelos, Bronquite, Afecções Cardiovasculares, Diarréias
Partes Utilizadas: Folhas e Frutos
Cultivo: Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo preferencialmente fértil e profundo, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente por pelo menos dois anos após o plantio e em regiões semi-áridas. Adapta-se a diferentes tipos de solo, vegetando bem em solo pesadas e até mesmo em restingas e praias.
A pitanga é consumida geralmente ao natural. Seu sabor é doce, ácido, pungente e com aroma muito característico. Ela também é muito nutritiva, sendo rica em vitaminas e minerais. Além de haver poucos produtores, ela é uma fruta frágil e de baixa durabilidade, por este motivo dificilmente é encontrada nas gôndolas dos supermercados. É mais fácil encontrar produtos artesanais de pitanga em mercados regionais, como licores, cachaças aromatizadas, geléias e vinhos. No entanto, é crescente a produção industrial de polpas, sucos e picolés preparados à base de pitanga.
Nome: Cariçoba miuda
Partes usadas: Toda planta
Propriedades: Calmante, diurérico, hipotensor, tônico cerebral, aperiente, desobstruente, emética, (em dose elevada), tônica.
Indicações: O decocto da raiz usa-se para afecções do baço, fígado e intestino, diarreia, hidropisia, reumatismo, sífilis. Das folhas não se faz uso interno, afirma-se que são venenosas. Exteriormente se usa o decocto da planta toda para combater as sardas e outras manchas dérmicas, masticatório, erisipelas, escrófulas, sífilis, morféia, afecções tuberculosas.
Toxicologia: Em doses elevadas produz sintomas de envenenamento, como atordoamento, vacilações dos membros, enfraquecimento, cefalalgia e sono.
Uso: Cremes ou pomadas ou ingeridas as folhas secas complementando o tratamento da pele. Usar apenas com acompanhamento médico. Em caso do uso de comprimidos não ultrapassar a dose de 1 gr por dia. O suco da planta: sardas e outras manchas dérmicas. Preparada em pasta, serve como masticatório.
Referencias:
http://www.revistas.usp.br/africa/article/viewFile/74569/78174
http://www.sbpcnet.org.br/livro/65ra/resumos/resumos/5730.htm
https://www.mundo-natural.net/fitoterapia-plantas-medicinais/
https://babaifaleke.com/medicina-tradicional-africana/
http://www.pordentrodaafrica.com/ciencia/medicina-tradicional-africana-laboratorio-farmaceutico-brota-da-terra-em-sao-tome-e-principe
https://2012congressomz.files.wordpress.com/2013/08/t09c01.pdf
https://www.jardineiro.net/plantas/pitanga-eugenia-uniflora.html
BATALHA, M. M. 1985, “Medicina e farmacopeia tradicionais bantu”, Muntu 3, 69-84.
BORGES COELHO, J.P. 2001, Estado, Comunidades e Calamidades Naturais no Moçambique Rural. Draft paper for the Coimbra meeting on Reinventing Social Emancipation. Coimbra, 2000 (mimeo).

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