Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Agentes metaemoglobinizantes Ângela Malysz Sgaravatti Agentes metaemoglobinizantes � Substâncias químicas capazes de induzir a oxidação do ferro da hemoglobina Fe+2 (Hb) → Fe+3 (MHb) Fe+2 – O2 → Fe+3- H2O Hb MHb Metaemoglobina (MHb) � Não se liga ao oxigênio, gás carbônico ou monóxido de carbono � Grande afinidade por fluoreto, cloreto e cianeto Sistema redutase NADH-dependente NADPH-independente Outros: GSH, CAT, GSH-Px, SOD Agentes metaemoglobinizantes � Ampla utilização: solubilizantes, dispersantes ou diluentes � Diretos: cloratos, cromatos hexavalentes, sais de cobalto e cobre � Indiretos – Participação do ferro e oxigênio (ligado à Hb) com formação de superóxido e peróxido de oxigênio Agentes metaemoglobinizantes Metaemoglobinemia � Concentração de MHb ≥ 1,5% Metaemoglobinemia � Etiologia – Congênita: deficiência enzimática (MHb-redutase) – Adquirida: agente químico oxidante – Idiopática: crianças, acidose metabólica – Ambiental: nitrato na água � Indicador de efeito da exposição a uma variedade de agentes químicos – NR-7: VR até 2%; IBMP 5% � Síndrome tóxica: cianose refratária a oxigenoterapia Anilina � Líquido oleoso e incolor � Matéria-prima na síntese de corantes, fármacos, produtos antioxidantes e aceleradores para a indústria Anilina � Absorção: TGI, dérmica e pulmonar � Biotransformação � (1) hidroxilação do anel (aminofenóis), conjugação com sulfato/glicuronídeo � (2) N-oxidação pelo sistema citocromo P-450 (fenilidroxamina) � Eliminação: inalterada pelo ar exalado e urina; orto e p-aminofenóis conjugados com sulfato ou glicuronídeo Anilina Anilina � Biomarcadores de exposição – MHb no sangue total ou p-aminofenol na urina � IBMP (índice biológico máximo permitido) – 5% MHb – 50 mg de p-aminofenol/ g de creatinina – Amostra colhida após a jornada de trabalho � VR – 2% MHb – < 4 mg/L de p-aminofenol U Nitrobenzeno � Líquido oleoso, incolor a amarelado � Produção de ésteres e acetatos de celulose, polidores de metais, essência em perfumaria e como intermediário na síntese do paracetamol � Toxicidade: anemia, sintomas neurotóxicos e hepatotóxicos Nitrobenzeno � Absorção: dérmica e pulmonar � Biotransformação: (1) hidroxilação do anel (nitrofenóis), (2) redução à anilina (aminofenóis / fenilidroxamina) � Eliminação – Produtos de biotransformação (conjugados) através da urina – Traços de nitrobenzeno no ar exalado e na urina Nitrobenzeno Dimetilanilina � Líquido oleoso com cor que varia do amarelado ao castanho � Intermediária na fabricação de vanilina e de corantes � Toxicinética: absorção por via pulmonar e dérmica � Toxicidade: ação metaemoglobinizante é similar à da anilina Dinitrobenzeno � Cristais brancos / amarelos � Produção de corantes e explosivos � Toxicidade: metaemoglobinemia, anemia, dano hepático, redução da acuidade visual Altamente tóxico! Dinitrotolueno � Cristais amarelos � Produção de tolueno diisocianato e toluenodiamina � Toxicocinética – Absorção via TGI, dérmica e respiratória – Biotransformação rápida: ácido 2,4-dinitrobenzóico, ácido 2-aminobenzóico – Excreção urinária � Toxicidade: carcinogênico? (fígado e bexiga) Trinitrotolueno � Sólido inflamável � Explosivo detonável � Toxicocinética – Absorção dérmica e respiratória � Toxicidade: dermatite, cianose, gastrite, hepatite tóxica, anemia aplástica 4,4’-Metileno BIS(2-cloroanilina) � Sólido cristalino castanho claro ou incolor, com odor de anilina � Produção de espumas � Toxicocinética – Absorção dérmica e respiratória – Biotransformação: N- glicuronídeo (principal) – Excreção urinária expressiva da substância inalterada � Toxicidade: câncer de bexiga
Compartilhar