História das Constituições no Brasil

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História das Constituições no Brasil
Constituição do Império (1924)
Elaborada por um Conselho de Estado e outorgada por D. Pedro I em 25 de março de 1824.
Adotou a separação dos poderes, de Montesquieu – Legislativo, Executivo e Judiciário – e adotou um quarto poder, o Moderador, que ficava nas mão do Imperador.
Deu ao Brasil a forma de Estado unitário, dividido em províncias.
A forma de governo era a Monarquia hereditária constitucional.
Primeira Constituição Republicana (1891)
A República foi instituída pelo Decreto 1, de 15/11/1889. As províncias agora eram Estados integrantes de uma federação, os Estados Unidos do Brasil. 
Posteriormente, em 24 de fevereiro de 1891, a Assembléia Nacional Constituinte promulgou a Constituição da República (democrática).
Adotou o regime representativo, com eleições diretas e mandatos por prazo certo nos Poderes Executivo e Legislativo. Adotou o sistema de governo presidencialista e aboliu o poder Moderador.
Constituição de 1934
Decorrente do rompimento da ordem jurídica ocasionada pela revolução de 1930.
Pôs fim a era dos coronéis.
Teve como inspiração, a Constituição da Alemanha, de 1919 (Constituição de Weimar). 
É apontada como marco da transição do regime da democracia liberal, de cunho individualista, para a chamada democracia social, preocupada em assegurar a igualdade material entre os indivíduos.
Inicio do fenômeno da constitucionalização dos diversos ramos do direito.
Constituição do Estado Novo (1937)
Outorgada por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937. Inicia-se o período ditatorial conhecido como “Estado Novo”.
Constituição fruto de um golpe de estado, marcadamente autoritária e com forte concentração de poderes nas mãos do Presidente.
Não contemplava o princípio da legalidade, nem o da irretroatividade das leis. Não previa o mandado de segurança, possibilitava a pena de morte para crimes políticos, previa a censura prévia da imprensa e outras disposições incompatíveis com o Estado de Direito.
Constituição de 1946
A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil foi promulgada por uma Assembléia Nacional Constituinte em 18 de setembro de 1946.
Adotou a federação como forma de estado, estabelece a república como forma de governo, o sistema presidencialista, e o regime democrático representativo, com eleições diretas. Assegura a divisão e independência dos poderes.
Em 1961, uma emenda constitucional estabelece o parlamentarismo como sistema de governo, visando reduzir os poderes do então presidente João Goulart.
O Presidencialismo retorna por meio de plebiscito, em 1963, fato que precipitou o golpe militar de 1964, retornando o período ditatorial no Brasil.
Constituição de 1969 (Emenda 1 à Constituição de 1967)
Elaborada e imposta pelos ministros militares. É considerada por muitos constitucionalistas como uma verdadeira Constituição outorgada.
Autodenominada “Constituição da República Federativa do Brasil”.
Apesar de traçar uma estrutura jurídica de um Estado Democrático, dava amplos poderes ao Presidente da República e trazia várias hipóteses de suspensão dos direitos individuais.
Constituição de 1988
A EC 26, de 27 de novembro de 1985 convocava uma Assembléia Nacional Constituinte, composta, na verdade, pelos próprios deputados federais e senadores de então. A instalação da Assembléia se deu em 1º de fevereiro de 1987 e os seus trabalhos foram concluídos em 05 de outubro de 1988, com a promulgação da Constituição atual.
Ampliou os direitos fundamentais, tornou mais abrangente o controle de constitucionalidade, redesenhou o sistema tributário nacional, trouxe normas acerca da Administração Pública, estendeu a seguridade social, fortaleceu as instituições democráticas (Ministério Público),estabeleceu normas de proteção a infância, aos deficientes, índios e meio ambiente.
A Constituição pretendeu criar um verdadeiro Estado Democrático Social de Direito, com uma imensa quantidade de obrigações para o Estado, traduzindo em prestações positivas, sendo passíveis de exigência pela população (também chamada de “Constituição Cidadã”).