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HISTÓRIA DAS 
CONSTITUIÇÕES BRASLEIRAS
Dra. Cristina Veloso de Castro
 CONSTITUIÇÃO de 1824 – Brasil Império
➢ Contexto: Processo de Independência.
➢ Primeira Constituição do país, e a única monárquica.
➢Outorgada e semi-rígida.
➢ Voto censitário
➢Religião Oficial – Católica Apóstolica
➢Quatro Poderes - Estado centralizado: Fortalecimento do poder pessoal
do Imperador, com a criação do “Poder Moderador”, que estava acima
dos demais poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
FASE monárquica
• Independência do Brasil
Com a independência do Brasil proclamada por Dom
Pedro I, a problemática a ser resolvida passou a ser a
questão da unidade nacional. Para assegurá-la, era
necessária a instituição de um poder centralizador
capaz de inibir os poderes locais e regionais então
dominantes no interior do Brasil. Contudo, ao mesmo
tempo, os ideais do constitucionalismo influenciavam
sobremaneira a introdução de (novas) Constituições
escritas, os quais eram totalmente avessos a formas
absolutistas de poder.
FASE monárquica
• Assembleia constituinte de 1823
Convocada por Dom Pedro I antes mesmo da procla-
mação formal da independência do Brasil (meados de
junho de 1822), a Assembleia Geral Constituinte e
Legislativa do Império do Brasil instalou-se em maio de
1823 mediante discurso de D. Pedro I, no qual se auto
denominou “Imperador Constitucional” e “Defensor
Perpétuo do Brasil” e em que alertou: “espero que a
Constituição que façais, mereça a minha imperial
aceitação”. Antes, no ato de sua coroação como
imperador, D. Pedro I já havia dito: “Juro defender a
Constituição que está para ser feita, se for digna do
Brasil e de mim”.
FASE monárquica
• Assembleia constituinte de 1823
Desde o início, observa-se que à Assembleia Constituin-
te não foram assegurados poderes de instituir Constitui-
ção nos moldes do liberalismo e do constitucionalismo.
Por isso é que PAULO BONAVIDES afirma que “uma Cons-
tituinte à semelhança daquela que Sieyès teorizou para a
França do século revolucionário não existiu nem poderia
existir no Brasil de D. João VI e Pedro I” (BONA-VIDES,
Paulo, História constitucional do Brasil, 3ª ed., Rio de
Janeiro, Paz e Terra, 1991, p. 38). Por diversas razões que
historica-mente foram levantadas, a Assembleia
Constituinte foi dissolvida por D. Pedro I mediante
decreto, pouco após, outorgou a Constituição de 1824.
FASE monárquica
• Constituição do Império do Brasil (1824)
A Constituição Política do Império do Brasil foi elabora-
da por um Conselho de Estado e outorgada pelo
Imperador Dom Pedro I em 23 de março de 1824. Em
verdade, “tudo terminou como D. Pedro I queria: uma
Constituição outorgada; liberal em matéria de direitos
individuais, mas centralizadora e autoritária na soma
dos poderes que concedia ao monarca constitucio-nal”
(BONAVIDES, Paulo, História constitucional do Brasil, 3ª
ed., Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1991, p. 80).
FASE monárquica
• Constituição do Império do Brasil (1824)
Na Constituição Imperial de 1824, adotou-se o sistema de
separação de poderes preconizado por Benjamim Constant,
no qual se contempla a instituição de um Poder Moderador.
Sendo exercido privativamente pelo Impera-dor (art. 98),
era considerado a chave da organização política, pois “age
sobre o Poder Legislativo pelo direito de dissolução da
Câmara, pelo direito de adiamento e de convocação, pelo
direito de escolha, na lista tríplice, dos senadores. Ele atua
sobre o Poder Judiciário pelo direito de suspender os
magistrados. Ele influi sobre o Poder Executivo pelo direito
de escolher livremente seus ministros de Estados e
livremente demiti-los” (SILVA, José Afonso, Curso de direito
constitucional positivo, 25ª ed., São Paulo, Malheiros, 2005, p. 76).
FASE monárquica
• Constituição do Império do Brasil (1824)
Ideologicamente, a Constituição do Império (1824) é
híbrida, porque assume feições liberais e absolutistas .
Ao mesmo tempo que nela são estabelecidos direitos
individuais aos cidadãos (liberalismo), também são
previstos instrumentos de concentração de poder nas
mãos de um único governante (absolutismo). Por isso
há quem afirme que “o Poder Moderador da Carta do
Império é literalmente a constitucionalização do
absolutismo, se isto fora possível”. (BONAVIDES, Paulo,
História constitucional do Brasil, 3ª ed., Rio de Janeiro,
Paz e Terra, 1991, p. 96)
FASE monárquica
• Constituição do Império do Brasil (1824)
De maneira original, a Constituição do Império instituiu
a possibilidade de ser modificada tanto por trâmites
legislativos especiais como ordinários, a depender da
matéria envolvida. Por isto, é considerada semi-rígida,
pois somente prevê procedimento especial de revisão
da Constituição para normas materialmente constitu-
cionais, conforme disposto no art. 178:
Art. 178. E' só Constitucional o que diz respeito aos
limites, e attribuições respectivas dos Poderes Politicos,
e aos Direitos Politicos, e individuaes dos Cidadãos.
Tudo, o que não é Constitucional, póde ser alterado sem
as formalidades referidas, pelas Legislaturas ordinarias.
FASE monárquica
• Constituição do Império do Brasil (1824)
Por outro lado, nela também se observa uma sensibili-
dade precursora para os problemas sociais, pois no rol
de direitos civis e políticos dos cidadãos brasileiros se
previram direitos fundamentais de feições sociais. Nela
são garantidos os “socorros públicos” (inciso XXXI), a
“instrução primária e gratuita a todos os cidadãos”
(inciso XXXII) e “universidades” (inciso XXXIII). Daí ser
possível afirmar que a Constituição Imperial apresenta
três dimensões, pois contêm elementos voltados ao
passado (absolutismo), presente (liberalismo) e futuro
(socialismo).
• CONSTITUIÇÃO de1891 
Contexto: Proclamação da República (15/nov/1889)
➢Promulgada pelo Congresso Constitucional que elegeu
Deodoro da Fonseca (marechal) presidente. Tem espírito
liberal, inspirado na
➢Nome do país: Estados Unidos do Brasil. Principais
Características:
➢Existência dos poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário (extinguindo-se Poder Moderador, da época
do Império);
➢ Estado Federativo; República Presidencialista;
http://www.coladaweb.com/politica/poderes-legislativo-executivo-e-judiciario
• Conferiu autonomia aos estados da Federação e
garantiu a liberdade partidária.
• Instituiu eleições diretas para a Câmara, o Senado e a
Presidência da República, com mandato de 04 anos. O
voto era universal e não-secreto para homens acima de
21 anos e vedado às mulheres, analfabetos, soldados e
religiosos.
• Determinou a separação oficial entre o Estado e a Igreja
Católica.
FASE republicana
Queda do Império e suas razões
A Constituição Imperial de 1824 foi de maior vigência na
história brasileira. Apesar disto, a centralização de
poder nela prevista com o Poder Moderador causou
sérias insatisfações em diversos setores da sociedade
(Igreja, militares, fazendeiros e, principalmente, nas
elites regionais). Por isso que, até mesmo antes de o
ideal republicano, a principal reforma postulada ante o
Império era o da criação do federalismo, ainda que
mantida a monarquia. Isto porque “a realidade dos
poderes locais, sedimentada durante a colônia, ainda
permanecia regurgitante sob o peso da monarquia
centralizante” (SILVA, José Afonso,..., p. 76).
FASE republicana
• Os primeiros passos para a Constituição
Justamente por não ter sido capaz de promover as
mudanças requeridas é que a monarquia é derruba-da
pelos militares, instaurando-se república federativa
através do Governo Provisório sob a presidência do
Marechal Deodoro da Fonseca, regido pelo Decreto nº.
1, de 15 de novembro de 1889, que assim dispôs:
Art. 1º. Fica proclamada provisoriamente e
decretada como a forma de governo da Nação
Brasileira – a República Federativa.
Art. 2º. As Províncias do Brasil, reunidas pelo laço
da Federação, ficam constituindo os Estados Unidos
do Brasil.
FASE republicana
• Os primeiros passos para a Constituição
Até a promulgação da Constituição, diversos outros atos
foram editados, produzindo uma“Constituição de
bolso, emergencial, para reger o País, evitar o caos e
decretar as bases fundamentais da organização política
imediatamente estabelecida” (BONAVIDES, Paulo, p.
210). Exemplo disto foi o Decreto nº. 6, de 19 de
novembro de 1889, que instituiu o voto universal, ao
estabelecer que por todos os cidadãos brasileiros que
soubessem ler e escrever seriam considerados eleitores.
Com o Decreto nº. 29, foi instituída Comissão Especial
para a elaboração do Anteprojeto da nova Constituição.
FASE republicana
• Os primeiros passos para a Constituição
Contudo, com o Decreto nº. 510, de 22 de junho de
1890, o Governo Provisório publicou a Constituição dos
Estados Unidos do Brasil, para que fosse objeto de
deliberação pelo Congresso Nacional, reunido com
caráter de Assembleia Constituinte. Contudo, já no
preâmbulo foi estabelecido que, apesar de estar
submetida à representação do país, desde já os pontos
da Constituição ali traçados entravam em vigor. Do
mesmo modo, nele já se previa a eleição do Presidente
e do Vice-Presidente da República.
FASE republicana
• Os primeiros passos para a Constituição
Por causa desta natureza atípica do Decreto nº. 510,
afirma PAULO BONAVIDES que “não era um mero projeto
de Constituição, mas uma Constituição mesma, segundo
a linguagem oficial, a que se publicava, e como tinha
vigência parcial e temporária, não deixou de ser uma
outorga, portanto, a segunda na história das nossas
Constituições e a primeira no ciclo republicano das
ditaduras que decretariam Cartas Constitucionais de
cima para baixo, à revelia da representação
constituinte” (BONAVIDES, Paulo,..., p. 215)
FASE republicana
• Os primeiros passos para a Constituição
De qualquer modo, quanto aos trabalhos desen-
volvidos, “as alterações sofridas pelo projeto do
Governo Provisória na Assembleia Constituinte foram
relativamente irrelevantes e, seguramente, em escas-so
número” (FRANCO, Afonso Arinos de Melo, Curso de
direito constitucional brasileiro, Rio de Janeiro, Forense,
1960, p. 130). Isto porque, conforme assinala JOSÉ
AFONSO DA SILVA, a competência da Assembleia
Constituinte foi limitada, sendo-lhe proibida a discussão
de dois pontos pací-ficos: a República e a federação”
(SILVA, José Afonso,..., p. 78).
FASE republicana
• Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil 
(1891)
As marcas características da Constituição da República foram,
além da forma republicana de governo e fede-rativa de
Estado, a adoção do presidencialismo, da tripartição de
poderes e a criação das cláusulas pétreas (art. 90, § 4º).
Quanto ao modelo federal, aos Estados foi assegurada apenas
a competência residual para tratar de assuntos que não lhes
sejam vedados pela Constituição de 1889. Tal técnica
assemelha-se a da 10ª Emenda à Constituição dos Estados
Unidos da América (1787): “Os poderes não delegados aos
Estados Unidos pela Constituição, nem por ela negados aos
Estados, são reservados aos Estados ou ao povo”. Adotava-se
o chamado federalismo dual.
FASE republicana
• República Velha
Contudo, não tardou para que a Constituição fosse
descumprida. Já em 1891, Deodoro da Fonseca dissol-ve
o Congresso Nacional por ter rejeitado seu veto ao
projeto de lei que definia os crimes de responsa-bilidade.
Logo após, renuncia à Presidência. Seu suces-sor, Floriano
Peixoto, inicia o exercício do poder desti-tuindo os
governadores dos Estados, deflagrando o início de uma
guerra civil. A estabilidade política só ad-viria com
Prudente de Moraes. Com ele, tem início o regime
oligárquico de poder, desdobrado na “política dos
governadores”, apoiada pelo coronelismo.
FASE republicana
• República Velha
“O sistema constitucional implantado enfraquecera o
poder central e reacendera os poderes regionais e locais...
O governo federal não seria capaz de suster-se, se não se
escorasse nos poderes esta-duais” (SILVA, José Afonso,...,
p. 80). Por isso, “o princípio federativo tornou-se na
verdade a lei do mais forte, a lei dos clãs” (BONAVIDES,
Paulo,..., p. 254). Isto, ao longo dos anos, gerará grande
insatisfação e instabilidade. Ademais, a crise da
cafeicultura, os movimentos sindicais e o surgimento de
novas demandas sociais culminaram na Revolução de 30.
• CONSTITUIÇÃO de1934
Contexto: Revolução de 1930 e a Revolução
Constitucionalista de 1932. Foi promulgada pela
Assembléia Constituinte durante o 1º governo do
Presidente Getúlio Vargas;
➢ Características: - Estado Federativo; - Eleição indireta de
Getúlio de Vargas;
➢Estabeleceu o voto obrigatório e secreto a partir dos 18
anos e o voto feminino, já instituído pelo Código Eleitoral
de 1932. Prevê a criação da Justiça Eleitoral e da Justiça
do Trabalho.
➢ Suspensa em 1935, pelo Estado de Sítio após o golpe do
Estado Novo.
FASE republicana
• Revolução de 30 e a nova Constituição
Com o golpe de Estado promovido pela Aliança Liberal e
capitaneada por Getúlio Vargas, mais uma vez se instala
um Governo Provisório. O principal mote da Revolução
foi a restauração da República e o fim das fraudes
eleitorais. Contudo, ao se instalar no poder, Vargas edita
o Decreto nº. 19.398, de 11 de novembro de 1930. Nele,
previa-se a dissolução do Congresso Nacional e das
Assembleias Legislativas, a exclusão da apreciação judicial
dos atos do Governo Provisório, e a manutenção
provisória da Constituição Federal sujeita a modificações
por atos do Governo Provisório.
FASE republicana
• Revolução de 30 e a nova Constituição
Esta foi uma das razões da Revolução Paulista de 1932,
cujo objetivo era exigir a efetiva retomada do regime
republicano mediante a promulgação de uma nova
Constituição. Desconfiava-se de que Getúlio Vargas tinha
intenções continuístas. Apesar de reprimida, foi
organizada nova Assembleia Constituinte, mais uma vez
tendo de apreciar um anteprojeto de Constituição
realizado pelo Governo Provisório. Como fruto desta
Constituinte, foi promulgada a Constituição dos Estados
Unidos do Brasil de 1934, a de duração mais efêmera no
Brasil.
FASE republicana
• Constituição Federal de 1934
A Constituição Federal de 1934 apresentou fortes traços
de um Estado Social. Assuntos até então não tratados na
Constituição anterior ganham capítulos próprios: o Da
ordem econômica e social, onde foram previstos direitos
aos trabalhadores e a possibilidade de a União intervir na
economia; o Da Família, onde se previa que o casamento
era indissolúvel; o Da Educação e Cultura, onde se previa
que a educação é direito de todos. Além disto, o direito
de propriedade passa a ter de ser exercido conforme o
interesse social e coletivo, surgindo a desapropriação.
Nos direitos políticos, foi admitido o voto feminino, agora
constitucionalizado.
• 4ª CONSTITUIÇÃO de1937 – Estado Novo
Contexto: Golpe do Estado Novo; 
➢ Características: -Estado Centralizado; Criação dos 
interventores estaduais. - Inspiração fascista, regime 
ditatorial; - Perseguição a opositores, Abolição dos 
partidos políticos e da liberdade de imprensa.
➢Outorgada por Getúlio Vargas é inspirada nos modelos 
fascistas europeus. Institucionalizou o regime 
autoritário do Estado Novo.
• Principais medidas: Instituiu a pena de morte,
suprimiu o Congresso Nacional e liberdade partidária,
além de anular a independência dos poderes e
autonomia federativa (estados-membros).
Estabeleceu eleição indireta para Presidente da
República, com mandato de 06 anos, convergindo
todo o poder para o Executivo.
Fase do estado novo
• Surgimento do Estado Novo
Às vésperas das eleições a ocorrer em janeiro de 1938
(art. 52, CF/34) da qual não poderia participar Getúlio
Vargas (§ 1º, art. 52), o governo denuncia a existência de
um suposto plano comunista para a assunção no poder
(Plano Cohen). Somando este fato à Intentona Comunista
(1935) promovida sem sucesso pelo capitão Luiz Carlos
Prestes, e a diversas instabilidades políticas da época,
Getúlio Vargas aplica novo golpe de estado como
“imperativo de salvação nacional”, e instaura uma
ditadura, sob a justificativa de que “sob as instituições
anteriores, não dispunha,o Estado de meios normais de
preservação e defesa da paz, da segurança e do bem-
estar do povo” (Preâmbulo).
Fase do estado novo
• “Constituição Polaca” 
Assim, inaugura-se o Estado Novo (inspirado na ditadura
de Salazar), com a extinção dos partidos políticos, com o
fechamento do Congresso Nacional e com a outorga, pelo
então Presidente da República, da Constituição dos
Estados Unidos do Brasil de 1937, maliciosamente
conhecida como “A Polaca” por ter sido influenciada pela
Constituição da Polônia. Tudo porque “a geração
autoritária se reunia em torno de um princípio básico: a
organização, naquele momento da história brasileira, e
que era considerada mais importante e mais urgente que
a participação” (BONAVIDES, Paulo, p. 332).
Fase do estado novo
• “Constituição Polaca” 
A Constituição de 1937 estabelece um Poder Executivo
extremamente fortalecido e centralizador das decisões
políticas nacionais. Ao Presidente da República cabia
expedir decretos-leis (art. 74, “b”); decretar estado de
emergência e de guerra em caso de perturbações internas
e perturbação da paz pública (art. 74, “m”); dissolver a
Câmara dos Deputados durante o estado de emergência;
prorrogar, adiar e convocar o Parlamento (art. 74, “d”). No
caso de estado de emergência ou de guerra, os atos
praticados não poderiam ser apreciados pelo Poder
Judiciário (art. 170).
Fase do estado novo
• “Constituição Polaca” 
Apesar de assegurar enorme concentração de poder nas
mãos do Presidente da República, ainda assim nem a
própria Constituição de 1937 foi observada, sem maior
constrangimento. Na verdade, a CF/37 “foi o biombo de
uma ditadura que sequer tinha preocupações com os
disfarces” (BONAVIDES, Paulo,..., p. 333), pois “muitos de
seus dispositivos permaneceram letra morta” (SILVA, José
Afonso,..., p. 83). Exemplo disto é que o plebiscito para a
aprovação da Constituição de 1937 (art. 187) nunca
chegou a ser marcado, apesar de ter de ser realizado no
prazo de 6 anos do período presidencial (art. 80 c/c art.
175).
Fase do estado novo
• “Constituição Polaca” 
Apesar de assegurar enorme concentração de poder nas
mãos do Presidente da República, ainda assim nem a
própria Constituição de 1937 foi observada, sem maior
constrangimento. Na verdade, a CF/37 “foi o biombo de
uma ditadura que sequer tinha preocupações com os
disfarces” (BONAVIDES, Paulo, p. 333), pois “muitos de
seus dispositivos permaneceram letra morta” (SILVA, José
Afonso, p. 83). Exemplo disto é que o plebiscito para a
aprovação da Constituição de 1937 (art. 187) nunca
chegou a ser marcado, apesar de ter de ser realizado no
prazo de 6 anos do período presidencial (art. 80 c/c art.
175).
Fase da nova republica
• Fim do regime ditatorial de Getúlio Vargas 
A vitória dos aliados contra os regimes nazifascistas foi
determinante para a derrocada da ditadura de Vargas. A
Carta de 1937, com ideologia fortemente autoritária,
torna-se incompatível com a pressão popular para a
redemocratização do país e, por isso, obsoleta. Nem
mesmo a convocação de eleições diretas por Getúlio
Vargas mediante a Lei Constitucional nº. 9/1945 impediu
a queda do então ditador pelos militares, receosos de que
novo golpe seria tentado. Com a deposição, a Presidência
foi provisoriamente exercida pelo Presidente do Supremo
Tribunal Federal, Ministro José Linhares.
 CONSTITUIÇÃO de 1946
Contexto: Fim do Estado Novo; Fim da 2ª Guerra Mundial,
Redemocratização brasileira. Constituição Promulgada.
Promulgada durante o governo Dutra (18/09/46), refletiu a
derrota do nazi-facismo na II Guerra Mundial e a queda do
Estado Novo. Restabeleceu o regime democrático.
➢Características: - Estado Federativo (ampla autonomia para
estados e municípios); - Estado como mediador das relações
trabalhistas;- Reabilitação dos partidos políticos. Garantia da
liberdade de opinião e expressão.
 Principais medidas: Restabeleceu os direitos individuais. Devolveu
a independência dos 03 poderes e a bicameralidade, a autonomia
dos estados-membros e municípios e a eleição direta para
Presidente da República, com mandato de 05 anos. Reformas: Em
1961 sofreu importante reforma com a adoção do
Parlamentarismo, posteriormente anulada pelo plebiscito de 1963,
que restaurou o regime Presidencialista
Fase da nova republica
• Assembleia Constituinte 
Após a queda, o Presidente Ministro José Linhares edita a
Lei Constitucional nº. 15/1945 a estabelecer que o
Congresso Nacional a ser eleito teria a prerrogativa de
elaborar e promulgar, com poderes ilimitados, a nova
Constituição. Eleito para Presidente o General Eurico
Gaspar Dutra, instala-se a Assembleia Constituinte que,
pela primeira vez, não parte de um anteprojeto. Nela
estavam presentes as mais diversas correntes políticas,
inclusive a comunista com a eleição de 5 deputados e 1
senador (PCB). O predomínio, porém, foi da corrente
conservadora (em geral, proprietários de terras).
Fase da nova republica
• Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil 
de 1946
Tendo como inspiração as Constituições de 1891 e 1934, é
promulgada a Constituição da República dos Estados
Unidos do Brasil de 1946. Nela, restauram-se os valores
democráticos, com a devolução das prerrogativas do
Poder Legislativo, eleitos por voto direto. As eleições
presidenciais também voltam a ser diretas (art. 81), para
Presidente e Vice-Presidente, porém feitas em um único
turno e separadamente (antes da EC nº. 09/64). Além
disto, nele se observa uma tentativa de conciliação entre
as liberdades públicas (ex.: inafastabilidade do Poder
Judiciário) e os direitos sociais (ex.: direitos trabalhistas,
como o de greve – art.158).
Fase da nova republica
• Instabilidades políticas
Apesar de ter sido vigente por mais de 20 anos, durante a
Constituição de 1946 houve diversas crises políticas e conflitos
institucionais, a começar da eleição de Getúlio Vargas e seu
programa socioeconômico, seguida do impedimento de que o
Vice-Presidente Café Filho retornasse à Presidência, passando-
se pela renúncia de Jânio Quadros e culminada na deposição
de João Goulart pelo Movimento Militar. Explicações
possíveis: “a ditadura do Estado Novo criou o mito de que as
conquistas, como a legislação, por exemplo, não significam
conquistas, mas dádivas do poder e do seu chefe” e a
“convicção de que a sociedade era incapaz de realizar as
transformações necessárias, principalmente porque submetida
ao jogo de ambições de políticos despreparados para
compreender, interpretar e promover o interesse público”
(BONAVIDES, Paulo,..., pp. 410-411).
• CONSTITUIÇÃO de1967 – Regime Militar
“Promulgada” pelo Congresso Nacional durante o
governo Castello Branco. Institucionalizou a Ditadura
do Regime Militar de 1964.
➢Principais medidas: Manteve o bipartidarismo criado
pelo Ato Institucional nº 2 (AI-2) e estabeleceu eleições
indiretas para Presidente da República, com mandato
de 04 anos.
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 01 DE 1969 – Junta
Militar – AI-5:
 Consolidou o regime militar imposto.
Permitiu ao Presidente da República que fechasse o
Congresso Nacional, cassasse mandatos e suspendesse
direitos políticos.
 Deu aos Governos Militares completa liberdade para
legislar matéria política, eleitoral, econômica e
tributária. Na prática, o Executivo substituiu o
Legislativo e o Judiciário.
Fase da ditadura militar
• Golpe militar de 1964
João Goulart (PTB), Vice-Presidente democraticamente
(re)eleito, estando em viagem à China comunista, torna-se
Presidente com a renúncia de Jânio Quadros em 1961. No
entanto, considerado sucessor de Getúlio Vargas e
defensor da reforma agrária e urbana, Jango só assume a
Presidência após a instalação do parlamentarismo. Em
1963, realiza-se plebiscito, pelo qual é restabelecido o
sistema presidencialista. Assim, Jango inicia políticas de
redistribuição de rendas, de estatização de empresas, de
reforma agrária e de intervenção na economia. Por serem
vistas como implantação do comunismos, Jango é deposto
do poder pelos militares.
Fase da ditadura militar
• Ato Institucional nº. 01/64Com a tomada do poder pelos militares, é editado o Ato
Institucional nº. 01/64 pela Junta Militar, dirigido à nação
brasileira, em que eram explicadas as razões do golpe,
chamada de Revolução. Nele, é dito que os chefes da
revolução tem o “apoio inequívoco da Nação, repre-sentam
o povo e em seu exercem o Poder Constituinte”, que estão
a editar o Ato para “assegurar ao novo governo a ser
instituído, os meios indispensáveis à obra de reconstrução
econômica, financeira, política e moral do Brasil”, uma vez
que “os processos constitucionais não funcionaram para
destituir o governo, que deliberada-mente se disputa a
bolchevizar o País”, sendo necessário para “drenar o bolsão
comunista”.
Fase da ditadura militar
• Ato Institucional nº. 02/65
Humberto de Alencar Castelo Branco é eleito Presidente da
República pelo Congresso Nacional, convertido em Colégio
Eleitoral (art. 2º). Apesar de ter sido formalmente mantida
a vigência da Constituição Federal de 1946, o período é
marcado pela edição de diversos atos, com base no Ato
Institucional nº. 02/65 que permite que se baixem
decretos-leis sobre segurança nacional. Aliás, chama a
atenção que, nos motivos expostos no AI 2/95, é dito que a
Revolução tem adotados tais providências para “colocar o
povo na prática e na disciplina do exercício democrático”.
Fase da ditadura militar
• Constituição Federal de 1967
Pelo Ato Institucional nº. 04/66, o Congresso Nacional é
convocado para reunir-se e votar, em 40 dias, o projeto de
Constituição apresentado pelo Presidente Castelo Branco.
Com a promulgação de uma Constituição ao Brasil,
objetivava-se atenuar o caráter de golpe de Estado da
Revolução ante a comunidade internacional. Assim,
viabilizada através da cassação de mandatos de
parlamentares oposicionistas, é aprovada a Constituição da
República Federativa do Brasil de 1967, mediante um
Poder Constituinte Congressual (BONAVIDES, Paulo,..., p.
432).
Fase da ditadura militar
• Constituição Federal de 1967
Por ter sido “promulgada”, por prever direitos e garantias
individuais, e por estabelecer que “todo poder emana do
povo e em seu nome é exercido” (art. 1º, § 1º), a
Constituição de 1967 é considerada semi-autoritária.
Chama a atenção que, desde logo, o direito à liberdade de
expressão é condicionado a não propagandear a
“subversão da ordem” (art. 150, § 8º). No entanto, além de
ser dissociada da realidade, também tem duração efêmera,
pois já no ano seguinte passa a concorrer com o Ato
Institucional nº. 05/68 e é totalmente alterada pela
Emenda Constitucional nº. 01/69.
Fase da ditadura militar
• Ato Institucional nº 05/1968
Mais uma vez reafirmando que o propósito da Revolução foi o
de “assegurar autêntica ordem democrática, ba-seada... no
combate à subversão e às ideologias com-trárias às tradições
de nosso povo”, e declarando que “os instrumentos jurídicos,
que a Revolução vitoriosa outorgou à Nação para sua defesa...
estão servindo de meios para combatê-la e destruí-la”, o então
Presidente Costa e Silva edita o Ato Institucional nº. 05/68.
Nele, assegurava-se a prerrogativa de o Presidente decretar o
recesso do Poder Legislativo, suspender direitos políticos de
quaisquer cidadãos, cassar mandatos eletivos. Do mesmo
modo, suspende-se a garantia do habeas corpus para crimes
políticos e excluem-se da apreciação judicial os atos praticados
de acordo com o AI 5.
Fase da ditadura militar
• Sistema eleitoral
A redação original da Constituição Federal de 1967 já
estabelecia que o Presidente da República seria eleito
indiretamente, mediante voto de um Colégio Eleitoral,
composto dos membros do Congresso Nacional e de
delegados indicados pelas Assembleias Legislativas. Com a
EC nº. 01/69, também as eleições para Governadores do
Estados passaram a ser indiretas (art. 189 e art. 13, § 2º
com redação pela EC nº. 08/77). Além disto, os Prefeitos
das capitais de cada um dos Estados eram nomeados pelos
respectivos Governadores, com prévia aprovação da
Assembleia Legislativa (art. 15, § 1º).
Fase da ditadura militar
• Sistema eleitoral
Em 1977, Ernesto Geisel, então Presidente da República
edita o chamado “Pacote de Abril”, isto é, um conjunto de
atos legislativos a tratar das eleições de 1978. Iniciado pela
decretação do recesso do Congresso Nacional feito pelo
Ato Complementar nº. 102/77 (art. 182 c/c art. 2º, AI
5/68), dele seguiram-se alguns decretos-leis e a EC nº.
08/77, mediante a qual foram instituídos os senadores
biônicos, os quais seriam eleitos pelo voto indireto do
colégio eleitoral formado para eleição de Governadores
(art. 41, § 2º).
Fase da Redemocratização
• Início da abertura do regime militar
A partir da década de 80, inicia-se um processo gradual de
reabertura democrática no cenário político do Brasil.
Através da EC nº. 15/80, as eleições para Governadores e
Senadores voltam a ser feitas mediante voto direto e
secreto. Além disto, ganha força o movimento chamado
“Diretas Já”, cujo objetivo era a implantação imediata da
eleição direta para Presidente da República. Porém, a
Proposta de Emenda Constitucional nº. 5 foi rejeitada pela
Câmara dos Deputados, por não atingir o quórum
necessário em razão do não-comparecimento de muitos
deputados federais no dia da votação.
Fase da Redemocratização
• Início da abertura do regime militar
Apesar disto, o Colégio Eleitoral escolheu para Presidente
da República o candidato Tancredo Neves, primeiro civil
eleito para a Presidência depois do golpe de 64. É por isto
que se diz que “o Colégio Eleitoral, repudiado pelas
oposições, condenado pela opinião pública, acabou sendo
o instrumento com o qual as forças democráticas do País
alcançaram a fase concreta da transição, formalizando
legislativamente a transposição do perío-do” (BONAVIDES,
Paulo,..., p. 446). Com o falecimento de Tancredo, assume
o então Vice-Presidente José Sarney, o qual enviou ao
Congresso a proposta de convocação de uma Assembleia
Constituinte.
De primeiro de janeiro a 16 de abril de 1984,
mais de três milhões de brasileiros participaram
de 53 grandes comícios em dezenas de cidades
brasileiras.
Era o auge da campanha das diretas, o maior
movimento de massas da história do país.
No período da abertura política, várias outras
emendas preparam o restabelecimento de
liberdades e instituições democráticas.
• MOVIMENTO DAS DIRETAS JÁ – 1984: Eleições indiretas 
entre 02 civis: Paulo Maluf X Tancredo Neves (que saiu 
vitorioso, mas faleceu antes de assumir o cargo). 
• RETORNO À DEMOCRACIA:
GOVERNO JOSÉ SARNEY (Vice de Tancredo) –
1985/1990: 1ª governo civil após a ditadura. Convocou a 
Assembleia Constituinte em 1987 e promulgou a nova 
Constituição em 05 de outubro de 1988.
Em 1º de fevereiro de 1987, foi instalada a
Assembléia Nacional Constituinte, composta
por 559 congressistas ( 72 senadores e 487
deputados federais, eleitos no ano anterior), e
presidida pelo deputado Ulysses Guimarães,
do Partido Movimento Democrático Brasileiro
(PMDB).
 7ª ou 8ª: CONSTITUIÇÃO: 1988 – Estado Democrático 
de Direito
Elaborada por uma Assembleia Constituinte, legal e 
legitimamente convocada e eleita. Promulgada no 
governo José Sarney. 
 Principais medidas: Mantém a tradição republicana
brasileira do regime representativo, presidencialista e
federativo. Amplia e fortalece os direitos individuais e
as liberdades públicas que havia sofrido restrições com
a legislação do Regime Militar, garantindo a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade.
Mantém o Poder Executivo forte permitindo a edição
de medidas provisórias com força de lei. Estende o
direito do voto facultativo a analfabetos e maiores de 16
anos.
Estabelece a educação fundamental como obrigatória,
universal e gratuita.
Enfatiza a defesa ao meio ambiente e a preservação
dos bens e documentos de valor histórico, artístico e
cultural, assim como os sítios arqueológicos.
• A análise da evolução dos direitos nas Constituições brasileiras permite
constatar a progressão dos direitos no Brasil, em todos osníveis. Nesse
contexto, a Constituição de 1988 é aquela que, sem precedentes, coloca
os direitos fundamentais no seu centro e representa a consolidação de
todos os direitos conquistados. A posição privilegiada dos direitos
fundamentais na Constituição de 1988 decorre tanto em função da
extensa positivação dos direitos como também pela proteção, aplicação e
eficácia desses direitos. É importante compreender essas conquistas e
buscar meios que possam dar plena efetividade aos direitos e garantias,
pois a simples declaração de direitos não nos torna pessoas detentoras de
dignidade e não transforma a nossa sociedade em justa, livre e solidária.

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