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Resumo: Osteoartrite - Robbins

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Adriel C. C. Campos
Osteoartrite 
Definição: É uma doença das articulações diartrodiais, caracterizadas clinicamente por:
Dor;
limitações funcionais;
Radiograficamente por osteófitos e estreitamento do espaço articular;
Histopatologicamente por alterações na integridade de cartilagem e do osso subcondral
Epidemiologia: Afeta principalmente mulheres > 45 anos, afetando nos homens as articulações do quadril e nas mulheres as interfalângicas proximais. As articulações com maiores traumatismos ou excesso de uso são as mais afetadas. 
Nota-se que o componente hereditário está presente em 60-65% dos casos. 
Fisiopatologia: A progressão vem com o desgaste articular. A característica fundamental na OA ao exame de olho nu ou artroscópico são áreas ulceradas focais de cartilagem expondo osso osteoesclerótico subjacente que ocorre nas áreas da superfície articular que sustentam carga, bem como osteófitos justa-articulares que crescem nas margens das articulações.
	Sua progressão passa por amolecimento da superfície cartilaginosa, progredindo para fibrilação das camadas superficiais, perda da espessura da cartilagem, desenvolvimento de fendas na profundidade da cartilagem e, finalmente perda da integridade cartilar com liberação de seus fragmentos. Participa desse processo o desenvolvimento de esclerose óssea subcondral, subjacentes a perda da cartilagem, desenvolvendo cistos ósseos subcondrais, que podem se comunicar com o espaço articular e expandir como geodo e osteófitos marginais. 
	As alterações histológicas mais precoces revelam perda da matriz cartilaginosa extracelular, perda dos condrócitos nas camadas mais superficiais da cartilagem articular. 
Patogênese: Na OA sua fase inicial apresenta atividade metabólica dos condrócitos aumentada, evoluindo para apoptose. A incapacidade da reparação não está esclarecida, mas relaciona-se com a incapacidade de reconstrução da completa estrutura articular. 
	A degradação dos proteoglicanos articulares é realizada por enzimas proteolíticas (metaloproteinases - MMPs), sintetizadas e liberadas pelos próprios condrócitos, como também há a liberação de citocinas que ajudam a ativação dos MMPs. 
Manifestações clínicas: Os estágios iniciais da OA são silenciosos, mas a manifestação predominante é a dor articular, que não provém da própria cartilagem, entretanto, se desconhece o processo patológico que torna a clínica aparente. 
	A dor é acompanhada muitas vez pela rigidez articular que segue após períodos de inatividade. Não há manifestações sistêmicas na OA.
	No exame físico, as articulações podem demonstrar hipersensibilidade à palpação, crepitação e uma amplitude de movimento limitada. Pode se notar edema articular, devido ao derrame sinovial ou ao aumento do osso e presença de osteófito. 
	Paciente com OA avança podem ter deformidades. A doença parece estabilizar-se em muitos pacientes, sem pioras dos sintomas. 
De maneira mais específica temos: 
Mão: Nas interfalangeanas distais há formação dos nódulos de Heberden. O início dos sintomas são agudos, possui dor e hipersensibilidade, adjunto a deformidades pelos nódulos. Nas Interfalangeanas proximais os nódulos de Bouchard. As mulheres são 10x mais afetadas que os homens. 
Joelho: A doença patelofemoral é comum. Suas manifestações são dor ao deambular, crepitação e diminuição da amplitude. 
Quadril: A dor é frequentemente referida na virilha, há perda da rotação interna. Com o uso da articulação, existe uma degeneração progressiva da cartilagem e neoformação óssea secundária, típicas da OA. 
Pé: A primeira aparição da OA é a formação do "joanete". Em casos avançados pode se ter o hálux rígido, que pode interferir na deambulação. 
Diagnóstico: A OA é um processo que se limita a cartilagem envolvida e aos tecidos circunvizinhos.
	É comum encontrar VHS e PCR normal. HB e Leucócitos estão dentro do normal. O líquido sinovial não demonstra evidência. O fator reumatóide se encontra ausente. 
	Ao exame radiográfico, vemos presença de osteófitos nas margens articulares e redução do espaço articular. A RNM é uma opção de diagnóstico por imagem. 
Tratamento: A terapia concentra-se em se ter alívio sintomático. Usa-se AINEs inicialmente e fisioterapia. A terapia cirúrgica vai depender da gravidade da OA. 
Referência
Goldman L, Ausiello D. Cecil: Tratado de Medicina Interna. 24 ªEdição. Rio de Janeiro:ELSEVIER, 2014.

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