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Eleição da Área de Biópsia

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DB 2 – Josiane – 31/08/2017
Aula 03 – Eleição da Área de Biópsia
Em certas doenças é preciso remover múltiplos fragmentos, ou seja, fazer um mapeamento. Já outras doenças têm características próprias e dependendo da região que realizarmos a biópsia, essas características não vão ficar evidentes na microscopia. Então, temos que fazer uma boa eleição da área.
Em algumas lesões, não basta remover um único fragmento, é preciso retirar múltiplos fragmentos (mapeamento). Ex: lesões muito extensas, lesões que apresentem características clínicas distintas em diferentes regiões da mesma lesão, etc.
O mapeamento é fundamental em alguns casos de lesões.
Leucoplasia verrucosa proliferativa de gengiva geralmente se transforma em carcinoma de células escamosas. É muito agressiva e devemos fazer incisões múltiplas para retirar esses fragmentos.
Regiões muito brancas significam que o epitélio está produzindo muita queratina (função dele). Então, uma região com mais chance de ser algo maligno (ex: carcinoma espinocelular) é onde o branco está menos visível, com uma cor mais avermelhada (eritroplasia), que é uma região atrofiada.
Geralmente regiões de leucoplasia não preocupam tanto, apenas quando elas aparecem em forma de nuvem, mais difusas.
Diagnóstico precoce é feito antes mesmo da doença apresentar características clínicas.
Azul de Toluidina – Teste de Shedd
Corante que marca regiões que possuem células em intenso processo de proliferação (mitose).
Ele não marca malignidade, não necessariamente a região corada é de uma lesão maligna.
Geralmente, a região mais corada é a eleita para se realizar a biópsia.
- Limpeza da área da lesão e mucosa circundante, bochecho com água
- Aplicação da solução aquosa de ácido cético 1% por 30 segundos, ele retira a gordura da região o que facilita a impregnação do corante nas células 
- Enxague e secagem da região
- Aplicação do azul de toluidina 1% por 10 segundos
- Enxague com água
- Aplicação da solução de ácido acético 1% para tirar o excesso de corante
- Áreas que permanecem azuis são consideradas como positivamente coradas, ou seja, tem alta proliferação celular (mas não significa que a pessoa tem câncer)
Manchas vermelhas (eritroplasias) quando coradas e no laudo vem escrito “displasia severa”, tem muito mais chance de ser algo maligno. Quanto maior a displasia, maior a chance de ter malignidade.
Manuseio da Amostra
Em Biópsias Incisionais e Excisionais:
- Manusear cuidadosamente pelas bordas e o menos possível, durante e após a remoção (não macerar a peça com pinças, sempre segurar a peça por um ponto só em tecido sadio)
- Introduzi-la em um frasco de solução fixadora (formol 10%) no menor tempo possível logo após a remoção (pode ser na cuba com soro fisiológico ou em uma gaze umedecida, se o formol não estiver disponível)
Frasco com abertura ampla e tampa que evite vazamentos
Volume de solução fixadora deve ser 10x maior que o volume da peça, que deve ficar toda submersa
- Importante não alterar a morfologia do tecido, mantendo a arquitetura celular para facilitar o trabalho do patologista
Em Biópsias por Punção
- Identificar o lado da lâmina que o material foi depositado a lápis
- Aguardar que o esfregaço seque (assim que espalhar as células já coloca no fixador, não esperar muito)
- Acondicionar as lâminas em recipiente com solução fixadora (álcool 96, se não tiver usar laquê de cabelo) sem que haja contato das faces com o material
Solicitação do Exame Microscópico
- Frasco deve estar identificado com nome do paciente e data da remoção, no mínimo
- Conferir se os dados da ficha de solicitação do exame histopatológico estão corretos (se não tiver ficha, colocar: dados pessoais do paciente, telefone, email, endereço, tudo para que o clinico ou o patologista possam entrar em contato; dados do requisitante; tipo de material da amostra: se é biopsia Incisional, excisional, peça cirúrgica, tecido mole, tecido duro, tecido mole e duro; fazer um breve resumo das características clínicas; hipótese de diagnóstico)
OBS: Se for uma lesão intraóssea?
Achado radiográfico: não tem alteração clinica visível, não tem expansão de cortical/vestibular/lingual, não tem alteração de posicionamento dentária, não tem comprometimento de mucosa. Na radiografia a gente vê uma imagem radiolúcida, cercada por um halo radiopaco de aproximadamente 3cm associada ao ápice do dente 44.
EX: no transoperatório, observou-se a presença de conteúdo líquido citrino (cisto); no transoperatório, observou-se a presença de conteúdo caseoso (queratocisto odontogênico); no transoperatório, observou-se lesão sólida altamente sangrante (lesão de células gigantes).
Laudo
- Meio pelo qual o patologista informa ao clínico suas observações
- Pode indicar o diagnóstico histológico (nome e sobrenome da lesão) ou a descrição do que foi observado (laudo descritivo, ele não sabe qual é a doença) no material enviado – sugerir outros exames (imunofluorescência, histoquímico), indicar motivos de falha de biópsia (ex: falta de representatividade na biópsia)
Causas de Erros e Falhas
- Uso de substância antisséptica corante (prejudica a leitura da amostra)
- Solução anestésica na região (sempre anestesiar à distância)
- Falta de representatividade (amostra pequena ou em uma região onde não tem lesão)
- Manipulação inadequada da amostra
- Fixação inadequada (pouco formol)
- Informação deficiente
- Troca de material pelo clínico
- Troca de material no laboratório
Citologia Esfoliativa
- Análise de células que descamam fisiologicamente da superfície epitelial devido ao processo de turnover ou coleta de células que descamam naturalmente na nossa boca
- É feita quando o paciente não quer fazer biópsia ou não tem condições clínicas para ser submetido à biopsia naquele momento
- Detecção de neoplasias malignas, doenças viróticas, fúngicas e bacterianas
- 5% de erro por falso negativo (lesão maligna diagnosticada como benigna) e falso positivo (lesão benigna diagnosticada como maligna); 
- Não substitui a biópsia quando se trata de neoplasia maligna, até porque ela não diz o tipo de neoplasia
- Foi descrita pela primeira vez por Papanicolau e Traut
Como fazer?
Pedir para o paciente fazer um bochecho com água ou solução antisséptica, então com uma espátula de metal ou escova cérvico-vaginal raspamos (sem delicadeza) e espalhamos o material na lâmina sem esmagar (ou vai matar a célula).
Importante: para cada suspeita/lesão uma lâmina diferente. Se nós temos 3 suspeitas para cada lesão, nós vamos ter 6 lâminas.
Classificação de Papanicolau
Classe 0: material insuficiente e necessidade de repetir o exame
Classe 1: células normais, sem sinais de inflamação
Classe 2: células inflamatórias, sem característica de malignidade
Classe 3, 4 e 5: suspeita de malignidade, devemos fazer biópsia
Indicações da Citologia Esfoliativa
- Lesões ulceradas
- Lesões extensas/múltiplas
- Controle pós radioterapia, pois a mucosa sofre alterações
- Controle de certas doenças (ex: líquen plano)
- Controles de lesões cancerizáveis/tratadas para neoplasias
- Áreas positivas para azul de toluidina
- Lesões aparentemente inócuas
- Sob suspeita clínica persistente
- Pacientes que não podem/querem realizar biópsia
- Leucoplasias
- Pênfigo vulgar
- Penfigóide
- Herpes simples (em ambiente hospitalar, herpes muda completamente de aparência)
- Paracoccidioidomicose
- Sífilis
- Candidíase
Nos 3 últimos, sempre usar material vivo.

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