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Dengue: o sistema imunitário é amigo ou inimigo? Monografia apresentada à disciplina “Imunologia Médica” (2/2015) Bruno Simaan França Jofran Luiz Martins da Silva Pedro Henrique Farias Figueirôa Novembro de 2015 Aedes albopictus durante o seu repasto sanguíneo (Cortesia do Centers for Disease Control and Prevenction) Introdução O impacto global da dengue Definição Incidência: aumento de 30 vezes nos últimos 50 anos (OMS) 2,5 bilhões de pessoas sob risco 50 milhões de infecções anuais em 100 países Fonte: Simmons, Cameron P., et al. "Dengue." New England Journal of Medicine 366.15 (2012): 1423-1432. Os vetores da dengue Aedes sp. À esquerda: Aedes aegypti durante um repasto sanguíneo. À direita: Aedes albopictus. (Cortesia do Centers for Disease Control and Prevenction) O vírus da dengue (VDEN) Gênero Flavivirus Quatro sorotipos (VDEN-1 – 4) Esférico Vírus de RNA Fita única Positive-sense Fonte: http://www.virology.wisc.edu/virusworld/PS10/dng_dengue_virus_vmd.jpg Tropismo 6 O vírus da dengue (VDEN) Uma única poliproteína dá origem a: Três proteínas estruturais E (envelope) prM/M (membrana) C (capsídeo) Sete não-estruturais NS1 NS2A e NS2B NS3 NS4A e NS4B NS5 Manifestações clínicas Assintomáticas – boa parte “Febre da dengue” – manifestações brandas “Febre hemorrágica da dengue” – maior gravidade O sistema imune e a sua função protetora na dengue Pedro Henrique Farias Figueirôa O papel do sistema imune inato Algumas considerações a respeito Altamente diversificada Respostas “genéricas” e pouco específicas A nossa primeira linha de defesa Inicia e modula a imunidade adaptativa Corte transversal de esôfago. Fonte: http://medcell.med.yale.edu/histology/histology.php As células NK Células linfoides inatas Essenciais na resposta antiviral Reconhecem células “estranhas” As funções das células NK Morte de células-alvo Secreção de citocinas - MIP-1β e IFN-γ Adaptado de: http://www.molbiolcell.org/content/24/23/F1.medium.gif 14 A ativação das células NK Inibição versus Ativação CCDA – mediada por IgGs Na dengue Já foi demonstrado, por exemplo, que pacientes com formas mais brandas da doença tinham maior número absoluto de CNKs no sangue em comparação a crianças que desenvolveram a FHD 15 Fonte: Beltrán, Davis, and Sandra López-Vergès. "NK cells during dengue disease and their recognition of dengue virus-infected cells." Frontiers in immunology 5 (2014). As células dendríticas Funções diversas Subpopulações: Clássicas Derivadas de monócitos Plasmacitóides Funções inatas Conexão entre imunidade inata e adaptativa moDCs – monócitos estimulados por IL-4 e GM-CSF. Sua função de apresentador não foi completamente elucidada in vitro 17 As células dendríticas plasmacitóides Verdadeiros “vigilantes” do SI Reconhecimento de PMAPs virais - RST7 – reconhece ARN em endossomos Secreção de IFNs do tipo I (α) Não infectadas pelo VDEN 18 O papel dos IFNs do tipo I Também produzidos por células infectadas (RST3) Induzem o “estado antiviral” Fonte: Abbas, Abul K., Andrew HH Lichtman, and Shiv Pillai. Cellular and Molecular Immunology: with STUDENT CONSULT Online Access. Elsevier Health Sciences, 2014. O VDEN apresenta eficientes mecanismos de escape às respostas imunes inatas O papel do sistema imune adaptativo Infecções primárias x secundárias Fonte: Abbas, Abul K., Andrew HH Lichtman, and Shiv Pillai. Cellular and Molecular Immunology: with STUDENT CONSULT Online Access. Elsevier Health Sciences, 2014. A imunidade humoral Anti-prM e anti-NS1: baixos títulos A imunidade celular Epítopos conhecidos Perfil pró-inflamatório de citocinas HLA e a proteção Perspectivas: o que esperar do futuro? Modelos de estudo atuais são imprecisos Fontes: http://www.screenretriever.com/wp-content/uploads/lab-rat.jpg http://www.lescienze.it/images/2014/04/17/185033115-921cda5d-7c05-4cf5-91c4-a037ce33b3d3.jpg Melhor conhecimento da imunidade inata Como é a relação entre um tecido e células NK durante a dengue? A saliva do Aedes sp. Muito pouco estudada, mas presente durante a dengue O papel patológico da imunidade na dengue Jofran Luiz Martins Tópicos principais Escape imune do VDEN Inversão CD4+/CD8+ tendendo a menor que 1 Presente em pouquíssimas doenças Realce dependente de anticorpo Amplia a infecção a partir dos RFcɣ Leucopenia seguida de leucocitose Presença de marcadores de ativação Febre e mialgia Marcadores de monocitose: Receptor CD4 solúvel IFN-ɣ FECGM Citocinas pirógenas: IL-1, IL-6, FNT-α COX Febre e mialgia Defervescence ocorre naturalmente Infecção primária: bom prognóstico Infecção secundária: mau prognóstico Mialgia relacionada a infiltrado inflamatório e acúmulo de lipídeos Extravasamento de plasma Secreção excessiva de citocinas indutoras de vasopermeabilidade IL-6, TNF-α,FAP Receptores RST 2 e RST 6 aumentam secreção Receptores como RFAP geram sintomas vasculares Extravasamento de plasma Complicações por secreção de anticorpos Ativação do complemento que leva a aumento de histamina Reação cruzada de anticorpos anti VDEN contra proteína NE Opsoniza plaquetas e endotélio CVID Lesão endotelial, morte de macrófagos e lesão hepática Esgotamento dos fatores de coagulação Púrpura Trombocitopenia Imunogênica secundária Perspectivas Criação de um modelo animal da forma hemorrágica Descoberta de um marcador fidedigno da Febre Hemorrágica da Dengue Entender mecanismos que levam a evolução da forma clássica para a forma hemorrágica Vacinas para dengue Bruno Simaan França Pressupostos para uma vacina Tetravalente Longa duração Bom perfil de segurança Anticorpos neutralizantes Vacinas em teste clínico Fonte das imagens: http://www.nature.com/scitable/content/types-of-dengue-virus-vaccines-22405302 Desafios Compreensão incompleta da resposta imune Falta de um bom indicador correlacionado à proteção Possibilidade de desencadear mecanismos imunopatogênicos Variação genética entre os sorotipos Divergência de até 40% entre cada sorotipo Divergência de até 9% entre cepas do mesmo sorotipo Ausência de modelo animal adequado Fontes: http://www.screenretriever.com/wp-content/uploads/lab-rat.jpg http://www.lescienze.it/images/2014/04/17/185033115-921cda5d-7c05-4cf5-91c4-a037ce33b3d3.jpg CYD-TDV Chimeric yellow-fever dengue tetravalent dengue vaccine Fonte: Thomas, Stephen J. "Developing a dengue vaccine: progress and future challenges." Annals of the New York Academy of Sciences 1323.1 (2014): 140-159. Ensaios clínicos de fase 3 Voluntários divididos na proporção 2:1 entre teste e placebo Fontes: Capeding, Maria Rosario, et al. "Clinical efficacy and safety of a novel tetravalent dengue vaccine in healthy children in Asia: a phase 3, randomised, observer-masked, placebo-controlled trial." The Lancet 384.9951 (2014): 1358-1365. Villar, Luis, et al. "Efficacy of a tetravalent dengue vaccine in children in Latin America." New England Journal of Medicine 372.2 (2015): 113-123. Eficácia Fontes: Capeding, Maria Rosario, et al. "Clinical efficacy and safety of a novel tetravalent dengue vaccine in healthy children in Asia: a phase 3, randomised, observer-masked, placebo-controlled trial." The Lancet 384.9951 (2014): 1358-1365. Villar, Luis, et al. "Efficacy of a tetravalent dengue vaccine in children in Latin America." New England Journal of Medicine 372.2 (2015): 113-123. Eficácia para cada sorotipo Fonte: Villar, Luis, et al. "Efficacy of a tetravalent dengue vaccine in children in Latin America." New England Journal of Medicine 372.2 (2015): 113-123. Perfil de exposição prévia Fonte: Villar, Luis, et al. "Efficacy of a tetravalent dengue vaccine in children in Latin America." New England Journal of Medicine 372.2 (2015): 113-123. Eficácia em cada grupo Fonte: Villar, Luis, et al. "Efficacy of a tetravalent dengue vaccine in children in Latin America." New England Journal of Medicine 372.2 (2015): 113-123. Segurança Poucos eventos adversos Nenhum foi considerado grave Quando ocorreram, foram em crianças mais novas Idade mais adequada para imunização por CYD-TDV 9 anos Fontes: Guy, Bruno, et al. "Development of the Sanofi Pasteur tetravalent dengue vaccine: One more step forward." Vaccine (2015). http://inspirecs.org/wp-content/uploads/2015/06/CHILDREN1.png Butantan-DV Fonte: Thomas, Stephen J. "Developing a dengue vaccine: progress and future challenges." Annals of the New York Academy of Sciences 1323.1 (2014): 140-159. Diferenças da Butantan-DV em relação à CYD-TDV Dose única Não apresenta viremia após primeira dose Proteínas não-estruturais específicas do VDEN Perspectivas Acompanhamento próximo de todos os vacinados Importância dos epítopos de estruturas quartenárias Região hinge (dobradiça) entre os domínios E DI e E DII Reformulação periódica para adaptar-se às mudanças genéticas Preço, estocagem, número de doses e rapidez da imunização Conclusão
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