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sgc trt 3 2015 portugues 06 a 25

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TRT 3ª REGIÃO – FCC 
Relações lógico semânticas do período composto. 
 
 
 
Professora/Mestra. Carolina Santana 
Coordenação 
Orações coordenadas sindéticas 
• Adição 
• Oposição/contradição/contraste 
• Alternância 
• Explicação X conclusão 
 
ALTERNÂNCIA – escolha/opção: “ou” 
 
 O pai ou o filho será o novo chefe 
 Direito Penal ou Direito Civil me interessam. 
 Ou você sai, ou chamarei a polícia. 
 Você pode dançar ou cantar durante o show. 
 
1-Considere a passagem do texto: 
 
No caso específico desta região do Amapá e norte do Pará, 
são séculos de acúmulo de experiências de contato entre si 
que redundaram em inúmeros processos, ora de 
separação, ora de fusão grupal, ora de substituição, ora de 
aquisição de novos itens culturais. 
 
O termo ora, em destaque, expressa ideia de 
Parte superior do formulário 
a) finalidade. 
b) causa. 
c) alternância. 
d) comparação. 
e) conclusão. 
 
CONCLUSÃO (dedução-hipótese) 
` X 
 EXPLICAÇÃO (justificativa-afirmação) 
 
Não saiu a tempo, portanto chegou atrasado. 
 
Chegou atrasado, porque não saiu a tempo. 
 
OPOSIÇÃO/CONTRADIÇÃO/CONTRASTE 
(ADVERSIDADE - CONCESSÃO) 
 
Estava muito frio, porém a garota saiu de biquíni à noite. 
 
Embora estivesse muito frio, a garota saiu de biquíni à noite. 
A floresta das parteiras 
 
 Elas nasceram do ventre úmido da Amazônia, do extremo 
norte do Brasil, do Estado ainda desgarrado do noticiário 
chamado Amapá. O país não as escuta porque perdeu o 
ouvido para os sons do conhecimento antigo, a toada de 
suas cantigas. Muitas desconhecem as letras do alfabeto, 
mas leem a mata, a água e o céu. Emergiram dos confins de 
outras mulheres com o dom de pegar menino. Sabedoria que 
não se aprende, não se ensina nem mesmo se explica. 
Acontece apenas. Esculpidas por sangue de mulher e água 
de criança, suas mãos aparam um pedaço do Brasil. 
 
 O grito feminino ecoa do território empoleirado no 
cocuruto do mapa para lembrar ao país que nascer é natural. 
Não depende de engenharia genética ou operação cirúrgica, 
não tem cheiro de hospital. Para as parteiras da floresta, que 
guardaram a tradição graças ao isolamento geográfico de seu 
berço, é mais fácil compreender que um boto irrompa do igarapé 
para fecundar moça donzela do que aceitar que uma mulher 
marque dia e hora para arrancar o filho à força. Quase toda a 
população do Amapá, menos de meio milhão de habitantes, 
chega ao mundo pelas mãos de setecentas pegadoras de 
menino. 
 
 Encarapitadas em barcos ou tateando caminhos com os pés, 
a índia Dorica, a cabocla Jovelina e a quilombola Rossilda são 
guias de uma viagem por mistérios antigos. Cruzam com Tereza 
e as parteiras indígenas do Oiapoque. Unidas todas elas pela 
trama de nascimentos inscritos na palma da mão. “Pegar 
menino é ter paciência”, recita a caripuna Maria dos Santos 
Maciel, a Dorica, a mais velha parteira do Amapá, com 96 anos. 
“Parteira não tem escolha, é chamada nas horas mortas da 
noite para povoar o mundo.” 
 
(Adaptado de: BRUM, Eliane. O olho da rua: uma repórter em busca da literatura da vida 
real. São Paulo: Globo, 2008, p. 19-20) 
 
2- Muitas desconhecem as letras do alfabeto, mas leem a 
mata, a água e o céu. 
 
 
Sem efetuar qualquer outra alteração na frase, o 
termo mas será corretamente substituído, tendo-se o 
sentido e a estrutura frasal preservados, de acordo com a 
norma- padrão da língua portuguesa, por 
 
a) contudo. 
b) embora 
c) apesar de. 
d) portanto. 
e) como. 
 
A literatura de cordel, hoje 
 No Brasil, literatura de cordel designa a literatura 
popular produzida em versos. A expressão se deve ao fato de 
que os folhetos eram comumente vendidos em feiras, 
pendurados em cordéis. Nota-se, hoje em dia, uma crescente 
visibilidade dessa literatura tradicional. Editoras e poetas 
trabalham intensamente para divulgar os folhetos, 
professores realizam experiências em sala de aula, 
pesquisas são realizadas no âmbito acadêmico, muitas delas 
são apresentadas como teses universitárias. Esse dinamismo 
pode ser ainda observado na publicação de antologias de 
folhetos por grandes editoras, ou na edição em livro de obras 
de escritores populares, e sobretudo no aparecimento de 
inúmeros poetas e poetisas em diferentes pontos do país. 
Todo esse dinamismo precisa ser analisado com cuidado. 
Fala-se muito na presença da literatura de cordel na 
escola, várias intervenções vêm sendo realizadas sobretudo em 
estados do Nordeste. Abrir as portas da escola para o 
conhecimento da literatura de cordel em particular, ou mesmo da 
literatura popular em geral, é uma conquista da maior importância. 
Porém, há que se pensar de que modo efetivar esse processo 
tendo em vista a melhor contribuição possível para a formação 
dos alunos. 
A literatura de cordel deve ter, sim, um espaço na escola, nos 
níveis fundamental e médio, levando-se sempre em conta, porém, 
as especificidades desse tipo de produção artística. Considerá-la 
tão somente como uma ferramenta ocasional, utilizada para a 
assimilação de conteúdos disseminados nas mais variadas 
disciplinas (história, geografia, matemática, língua portuguesa) 
não parece uma atitude que contribua para uma significativa 
experiência da leitura dos folhetos. Há que respeitá-los e admirá-
los sobretudo pelo que já são: testemunhos do mundo imaginário 
a que se dedicaram talentosos escritores de extração popular. 
 
(Adaptado de: MARINHO, Ana Cristina e PINHEIRO, Hélder. O cordel no cotidiano escolar. 
São Paulo: Cortez, 2012) 
 
Porém, há que se pensar de que modo efetivar esse 
processo tendo em vista a melhor contribuição possível 
para a formação dos alunos. 
 
3- Na frase acima, os elementos sublinhados têm, 
respectivamente, o sentido de 
 
a) Ainda assim / afim 
b) Por conseguinte / por conta de 
c) Entretanto / objetivando 
d) Ou melhor / apesar de 
e) Aliás / retificando 
 
 
5- Nos trechos O livro, porém, é outra coisa (do primeiro 
parágrafo) e reler é mais importante do que 
ler, embora para se reler seja necessário já haver lido (do 
terceiro), as conjunções, no contexto dos parágrafos, 
estabelecem, respectivamente, relação de 
 
a) causa e condição. 
b) consequência e finalidade. 
c) adição e temporalidade. 
d) oposição e concessão. 
e) proporção e contraste 
 
 
“E” 
 
Adição, adversidade ou simultaneidade temporal 
(concomitância) 
A aluna chegou cedo e reservou lugar para o namorado. 
 
Vocês disseram uma coisa e não honraram o compromisso 
assumido. 
 
O candidato estudava e seus familiares se divertiam na sala 
ao lado. 
 
Subordinação 
Orações subordinadas adverbiais 
• Causa x Consequência 
• Condição 
• Finalidade 
• Proporção 
• Restrição 
• Explicação 
 
CAUSA / CONSEQUÊNCIA 
 
Já que estava muito cansado, adormeceu rápido. 
 Estava tão cansado que adormeceu rápido. 
 
CONSEQUÊNCIA (EFEITO/CONSECUÇÃO) 
tão/que 
tal/que 
tanto/que 
tamanho/que 
 
 
CAUSA / EXPLICAÇÃO 
 
A revisão foi boa, porque aprendemos coisas novas. 
 
Saia mais cedo, porque o trânsito está ruim. 
 
 
Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade 
artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade que 
a de Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é 
uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito raras, 
interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das 
lendas populares ou as personagens das velhasfarsas de 
mamulengos. 
 Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu 
completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em 
que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas 
erradas. 
 Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. 
 Um dos traços mais característicos da pessoa física de 
Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de 
arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público 
riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. 
 
O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças 
lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se 
fixou pelo consenso do público. 
 Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas 
escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou 
graça: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a 
variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física do 
tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito. 
 Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes 
do artista, não contém nada de especialmente extravagante. 
Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de 
miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco. 
 Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva 
colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem 
de Carlito, como ela aparece nessas 
estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em 
busca do ouro e O circo. 
 Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário 
discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse 
nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria 
levado por esse processo de criação à vulgaridade dos 
artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do 
público. 
 Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo 
até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário 
ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua 
originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados 
pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de 
exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como 
se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator 
comum de todas as expressões humanas. 
 
(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”.Crônicas da província do Brasil. 
2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20) 
 
4- No contexto, observa-se relação de causa e efeito entre 
estes dois segmentos: 
 
a) Carlito é popular / no sentido mais alto da palavra 
b) Chaplin observava sobre o público o efeito de cada 
detalhe / O público riu 
c) o público não achou graça / Chaplin eliminou 
imediatamente a variante 
d) Podia ser jocosa também / mas não era mais Carlito 
e) Descendo até o público / A sua originalidade extremou-se 
 
“COMO” 
(comparação, conformidade, causa) 
 
Carol está vestida como uma mulher discreta. 
 
Ricardo cria as frases como a Carol solicita. 
 
Como me atrasei, acabei perdendo o avião. 
 
CONDIÇÃO 
 
 
As mercadorias não serão liberadas, sem que se pague o 
frete. 
 
 
 
Pode indicar hipótese. 
FINALIDADE (objetivo, propósito, fim) 
 
para(que) = a fim de (que) 
 
Veio do interior para que pudesse estudar. 
 
PROPORÇÃO 
 
Aumento ou diminuição gradativa = proporcionalidade. 
 
 
Vamos ficando mais cansados, à medida que a idade vai 
aumentando. 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
 
 
Restritivas (sem vírgulas)= particulariza um elemento em 
meio a muitos. 
 
Este é o aluno que tirou o primeiro lugar. 
 
 
 Explicativas (isoladas por vírgula)= acrescenta uma 
informação acessória ao termo antecedente. 
 
 
Ouro Preto, que já foi a capital de Minas Gerais, é linda. 
6- De acordo com a lógica do texto, as afirmações O 
homem esquece seu criador e Deus chama-o para 
si estão clara e corretamente articuladas na seguinte 
frase: 
a) Ainda quando se esqueça de seu criador, o homem busca 
seu chamado. 
b) Embora Deus o chame para si, o homem esquece seu 
criador. 
c) Não obstante o homem possa esquecer seu criador, este 
o chama para si. 
d) Deus chama o homem para si, conquanto ele não deixe 
de esquecê-lo. 
e) Mesmo que viesse a esquecê-lo, o chamado de Deus 
seria ouvido pelo homem. 
 
 
 
 
7- Na frase “Como anoitecesse, recolhi-me pouco depois e 
deitei-me”, a oração destacada expressa ideia de 
 
a) causa. 
b) conformidade. 
c) finalidade. 
d) concessão. 
e) consequência 
 
 
 
 
8- Leia, com atenção os períodos. 
 
I. Caso eles me paguem, poderei fazer o cruzeiro marítimo. 
II. Embora tudo não tenha passado de imaginação, ficou um 
rancor entre os noivos. 
III. Como o velho tinha muito dinheiro, os filhos iam 
suportando sua presença na casa. 
 
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as 
circunstâncias indicadas pelas orações destacadas. 
 
a) Tempo, concessão, comparação. 
b) Tempo, causa, concessão. 
c) Condição, consequência, comparação. 
d) Condição, concessão, causa. 
e) Concessão, causa, conformidade. 
 
 
 
GABARITO 
 
1-C 
2-A 
3-C 
4-C 
5-D 
6-C 
7-A 
8-D 
 
 
 
TRT 3ª REGIÃO – FCC Parte 2 
 
 
 
Professora/Mestra. Carolina Santana 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
• As apostilas não ficaram prontas. 
SUJ. PL. VERBO PLURAL 
• A maioria das pessoas acertou a questão. 
acertaram sujeito simples 
NÚCLEO ( termo sem preposição) 
ESPECIFICAÇÃO 
(também determina a 
concordância). 
LÓGICA 
ATRATIVA 
NÍVEIS DE CONCORDÂNCIA 
• LÓGICA : é a que ocorre entre o verbo e o núcleo 
do sujeito. 
 
• ATRATIVA: é a que ocorre entre o verbo e o termo 
do sujeito mais próximo a ele. 
• Alguns de nós provas no interior. 
NÚCLEO 
farão 
faremos 
• Uma série de exercícios 
NÚCLEO 
será resolvida. 
serão resolvidos. 
• Algum de vocês 
NÚCLEO 
sairá prejudicado. 
################ 
Quando o núcleo do sujeito 
for singular, por uma questão 
de lógica, NÃO se usa o verbo 
no plural. 
VERBOS HAVER E EXISTIR 
• Existiam algumas pessoas interessadas no quadro. 
HAVIA • O verbo HAVER, estando so mesmo sentido 
de EXISTIR, não se flexiona no plural. 
• Por ali, deviam existir muitas injustiças sociais. 
DEVIA HAVER 
• Nas expressões verbais, o 
verbo auxiliar também fica 
invariável. 
VERBO FAZER, INDICANDO : 
• TEMPO : 
• Faz , no dia 13 de julho, um ano que ela se mudou . 
...dois anos... FAZ... 
• O verbo FAZER, quando indicar tempo é IMPESSOAL 
 e, portanto, NÃO vai para o plural. 
• Vai fazer , no próximo Domingo, 
um mês. 
muitos meses. 
• TEMPERATURA: 
• Na região, durante o inverno, faz sempre 1 grau negativo. 
...15 graus... 
FAZ 
• O verbo FAZER, indicando temperatura também é 
 impessoal e, portanto, NÃO tem plural. 
• Segundo a meteorologia vai fazer 40 graus amanhã. 
• As expressões verbais ficam invariáveis também. 
1- Quanto à concordância verbal, a frase inteiramente 
correta é: 
 
a) Grande parte dos efeitos da urbanização no século XXI 
se produz nas cidades do chamado sul global. 
b) O hipercrescimento, dizem os especialistas, caracterizam 
algumas cidades no século XXI. 
c) Nem sempre existiu cidades tão populosas como as do 
século XXI. 
d) Devem haver muitos contrastes entre as pessoas que 
vivem nas cidades e aqueles que moram no campo. 
e) Os otimistas, que são a maioria, vê as cidades como 
arenas de transformação social. 
VERBOS + SE 
• Apresentou-seum belo espetáculo. 
( VTD) SUJEITO 
• Um belo espetáculo foi apresentado. 
sujeito 
Se na transformação o 
verbo SER ficar no singular, 
o VERBO + SE ficará no 
singular. 
• Necessitava-se de urgentes providências. 
 ( VTI ) ( OI ) 
• Quando o verbo for transitivo indireto , NÃO se pode fazer a 
transformação para a voz passiva. 
OBSERVAÇÕES: 
 
• VTD + SE..........o verbo varia normalmente, de acordo 
 com o sujeito. 
• VTI + SE...........o verbo mantém-se sempre no singular. 
PRONOMES QUE E QUEM 
• Fui eu que 
resolvi 
resolveu 
a questão. 
ERRADO 
• Não fomos nós quem 
roubamos 
roubou 
o dinheiro. 
CONCLUSÃO 
• COM O PRONOME “QUE”: pode haver apenas uma 
concordância. E ela ocorre com o pronome pessoal. 
• COM O PRONOME “QUEM”: pode haver duas 
concordâncias: uma com o pronome pessoal e outra como 
“quem”. 
2- Estão observadas as normas de concordância verbal na 
seguinte frase: 
a) Os sentimentos que nos cabe experimentar, se formos levados 
à condição de exílio, estão entre os mais terríveis que pode uma 
criatura sofrer. 
b) A muitos exilados ocorreram, durante a experiência do exílio, 
tentar voltar clandestinamente à sua pátria, correndo todos os 
riscos que implicam tal decisão. 
c) Para muitos brasileiros, aos quais se infligiu os suplícios do 
exílio, a experiência da expatriação implicou a perda da própria 
identidade. 
d) Dentre as diferentes reações que experimentam quem se 
afasta de sua terra natal ressalta a da crescente nostalgia, que 
muitas vezes levam à antecipação do retorno 
e) A sabedoria e a elevação do monge medieval, que o autor do 
texto reconheceu num artigo de Edward Said, acabou por 
impressioná-lo tão fortemente quanto ao pensador palestino. 
 
 
EXEMPLOS DE SUJEITO 
COMPOSTO 
• Regressou o marido e os filhos. 
 
• Regressaram os filhos e o marido. 
 
• Os filhos e o marido regressaram. 
 LÓGICA 
ATRATIVA 
ATRATIVA 
CONCLUSÃO 
• SUJETO COMPOSTO 
ANTES DO VERBO: 
DEPOIS DO VERBO: 
• SÓ NO PLURAL. 
• NO PLURAL OU COM 
 O ELEMENTO MAIS 
 PRÓXIMO. 
VERBO SER: 
HORAS E DATAS 
• Hoje 20 de junho. são 
• Amanhã 21/06. serão 
• Ontem dia 19/06. foi 
OBSERVAÇÃO: O verbo SER, em relação às datas, concorda com o 
numeral do DIA. 
• 9h30min. São 
• Já meio-dia? é 
• 1h59min. Era 
OBSERVAÇÃO: O verbo SER, em relação às horas, concorda com o 
numeral das HORAS. 
NOMES PRÓPRIOS NO 
PLURAL 
• Estados Unidos país da América do Norte. é 
• Os Estados Unidos um país da América. são 
OBSERVAÇÃO: Nomes próprios no plural só levam o verbo para o 
plural quando vierem determinados. 
3- A frase em que a concordância respeita as regras da 
gramática normativa é: 
 
a) É bilateral, sem dúvida alguma, os interesses pela 
exploração desse tipo de negócio, por isso os países envolvidos 
terão de fazer concessões mútuas. 
b) Cada um dos interessados em participar dos projetos devem 
apresentar uma proposta de ação e uma previsão de custos. 
c) Acordos luso-brasileiros têm sido recebidos com entusiasmo, 
o que sugere que haverá de serem cumpridos fielmente. 
d) Quanto mais discussão houver sobre as questões 
pendentes, mais se informarão, com certeza, os que têm de 
decidir os próximos passos do processo. 
e) Procede, por uma questão técnica, segundo os especialistas 
entrevistados, as medidas divulgadas ontem, pois a urgência de 
saneamento é indiscutível. 
 
 
 
5- As normas de concordância verbal estão plenamente 
observadas na frase: 
a) Os textos memoráveis que, com a arte desse jornalista, 
apresentava sempre uma perspectiva especial, encantavam a 
todos os seus fiéis leitores. 
b) Com a maioria dos jornalistas acontecem, frequentemente, que 
se submetam às fáceis acomodações dessa desafiadora 
profissão. 
c) Aos leitores dos grandes jornalistas cabem não apenas ler com 
prazer suas matérias, mas encantar- se com o ângulo criativo pelo 
qual trata suas matérias. 
d) Quem, entre os muitos jornalistas de hoje, habilita-se a desafiar 
os rígidos paradigmas que lhes impinge a direção de um jornal? 
e) Ainda haveriam, numa época de tanta pressa e tanta 
precipitação, jornalistas capazes de surpreender o leitor com uma 
linguagem de fato criativa? 
 
Menino do mato 
 
 Eu queria usar palavras de ave para escrever. Onde a 
gente morava era um lugar imensamente e sem [nomeação. 
Ali a gente brincava de brincar com palavras tipo assim: Hoje 
eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! A Mãe que ouvira a 
brincadeira falou: Já vem você com suas visões! Porque 
formigas nem têm joelhos ajoelháveis e nem há pedras de 
sacristias por aqui. Isso é traquinagem da sua imaginação. O 
menino tinha no olhar um silêncio de chão e na sua voz uma 
candura de Fontes. O Pai achava que a gente queria desver 
o mundo para encontrar nas palavras novas coisas de ver 
assim: eu via a manhã pousada sobre as margens do rio do 
mesmo modo que uma garça aberta na solidão de uma 
pedra. Eram novidades que os 
meninos criavam com as suas palavras. Assim Bernardo 
emendou nova criação: Eu hoje vi um sapo com olhar de 
árvore. Então era preciso desver o mundo para sair daquele 
lugar imensamente e sem lado. A gente queria encontrar 
imagens de aves abençoadas pela inocência. O que a gente 
aprendia naquele lugar era só ignorâncias para a gente bem 
entender a voz das águas e dos caracóis. A gente gostava 
das palavras quando elas perturbavam o sentido normal das 
ideias. Porque a gente também sabia que só os absurdos 
enriquecem a poesia. 
 
(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa,São Paulo, Leya, 2013, p. 417-8.) 
 
 
7- Considere as frases abaixo. 
I. No verso O que a gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias, o 
verbo destacado pode ser flexionado no plural, sem prejuízo para a 
correção e o sentido original. 
 
II. Em seguida ao termo voz, no verso e na sua voz uma candura de 
Fontes, pode-se acrescentar uma vírgula, sem prejuízo para a correção e 
o sentido original. 
 
III. Sem que nenhuma outra alteração seja feita, no verso e nem há 
pedras de sacristias por aqui, o verbo pode ser substituído por existe, 
mantendo-se a correção e o sentido original. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) II e III. 
b)I e III. 
c)II. 
d)III. 
e)I e II. 
 
 
 
10- Há, além disso, uma dificuldade relativa à ciência. Algumas das 
terapias disponíveis já têm quatro ou cinco décadas de existência. 
Investimentos em pesquisa poderiam levar a estratégias de prevenção e 
cura mais efetivas. Como essas doenças não são rentáveis, porém, os 
grandes laboratórios raras vezes se interessam por esse nicho. 
 
Considerado o trecho acima, é adequado o seguinte comentário: 
 
a) A supressão da vírgula após a palavra Há preserva a correção da frase. 
b) A correlação entre as formas verbais Há e poderiam levar evidencia a 
relação estabelecida entre o que efetivamente existe e a hipótese 
considerada bastante improvável. 
c) Formulação alternativa ao uso de têm está correta assim - "existe a". 
d) A expressão mais efetivas, em virtude do segmento que caracteriza, 
pode ser deslocada para depois da palavra estratégias, sem prejudicar o 
sentido original. 
e) No contexto, o emprego de já contribui para a construção da ideia de 
que certas terapias têm longevidade que comprova sua eficiência. 
 
GABARITO 
1-A 
2-A 
3-D 
4-D5-E 
6-D 
 
CRASE 
• Ana Maria sempre vai igreja aos sábados. 
VAI: verbo Ir; Ir a algum lugar 
IGREJA: palavra feminina; a igreja 
a + a = à 
ao parque à igreja 
• PARA SABER SE HÁ OU NÃO CRASE ANTES DE UMA PALAVRA 
FEMININA, BASTA SUBSTITUÍ-LA POR UMA MASCULINA. 
MASCULINO FEMININO 
O A 
A A 
AO À 
 ( A + O ) ( A + A ) 
• REGRA GERAL: 
 Não se usa crase diante de palavra masculina. 
 
• Nunca andei a cavalo na minha vida. 
 
• Costumava caminhar a pé de manhã. 
• Pergunte a ela que horas são. a ele a ela 
• NÃO SE USA CRASE DIANTE DE PRONOMES. 
• Pergunte a sua mãe se poderemos ir jantar lá. a seu pai ao seu pai 
CRASE FACULTATIVA: 
• Não é necessária, por ser antes de pronome. 
• Pode ser usada, pois permite a contração. 
• Não vou a aquela pizzaria há muito tempo. 
a aquele restaurante há muito tempo. àquela pizzaria ou àquele restaurante... 
• A preposição “A”PODE SE FUNDIR AO PRONOME DEMONSTRATIVO. 
• Estavam juntos a olhar o horizonte... 
verbo: nem masculino, nem feminino. 
• Não se usa crase diante de verbo. 
• Hermengarda costuma ir a festas de caridade. 
a bailes 
• Não se usa crase em “A”singular, diante de palavra 
 no plural. 
• Hermengarda costuma ir às festas beneficentes. 
aos bailes 
RESUMO 
NÃO SE USA CRASE: 
 
•ANTES DE PALAVRA MASCULINA 
•ANTES DE PRONOME 
•ANTES DE VERBO 
•ANTES DE PALAVRA NO PLURAL, Se O “A” FOR SINGULAR. 
USO DA CRASE 
1) Só ocorre crase diante de palavras femininas. 
 
Ex. 
O sol estava a pino. 
Ela recorreu a mim. 
Estou disposto a ajudar você. 
 
02) Se o verbo indica destino (ir, vir, voltar, chegar, cair, 
comparecer, dirigir-se...), troque este verbo por outro que 
indique procedência (vir, voltar, chegar...); se, diante do que 
indicar procedência, surgir da, crase há. 
 
Ex. 
Vou à Bahia. - Venho da Bahia. 
Vou a Porto Alegre. - Venho “de” Porto Alegre. 
 
 
03) Troca-se a palavra feminina por outra masculina; se, 
diante da masculina, surgir ao, diante da feminina, ocorrerá 
crase. 
 
Ex. Assisti à peça. - Assisti ao filme. 
Paguei à cabeleireira. - Paguei ao cabeleireiro. 
Respeito as regras. - Respeito os regulamentos. 
2- Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram 
uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade de 
Tikal, na Guatemala. 
 
O a empregado na frase acima, imediatamente depois de 
chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso o 
segmento grifado seja substituído por: 
 
 a) uma tal ilação 
 b) afirmações como essa 
 c) comprovação dessa assertiva 
 d) emitir uma opinião desse tipo 
 e) semelhante resultado 
 
3- 
 ...que podem representar uma das principais ameaças 
à conservação do ecossistema ... (Texto I, 2º parágrafo) 
 
O sinal indicativo de crase deverá permanecer, como no 
exemplo acima, caso o segmento grifado seja substituído por: 
 
 a) cada componente da biodiversidade. 
 b) alguma das espécies ameaçadas. 
 c) qualquer ser vivo da floresta. 
 d) respeito das condições do ambiente. 
 e) recente pesquisa de medicamentos. 
 
 
5- Substituindo-se o elemento grifado pelo que se encontra 
entre parênteses, o sinal indicativo de crase deverá ser 
acrescentado em: 
 
 a) ... que uma educação liberal, ao alcance de todos... (dispor 
de todos) (2º parágrafo) 
 b) ... por meio dos quais se transmitem as humanidades... - 
(ciências humanas) (2º parágrafo) 
 c) ... a todas as camadas sociais. - (qualquer classe social) 
(4º parágrafo) 
 d) ... se nos referimos a coisas completamente diferentes... - 
(uma coisa completamente diferente) (6º parágrafo) 
 e) ... são um obstáculo a indivíduos independentes. (criação 
de indivíduos independentes) (5º parágrafo) 
 
 
6-Tendo em vista o uso do acento grave, indicador de crase, leia 
atentamente os itens a seguir. 
I- Dirigi-me à poucas pessoas presentes. 
II- Muitas mulheres às quais ele se referiu foram embora da cidade. 
III- O rapaz negou sua contribuição à população carente. 
O uso da crase está correto em: 
a) I apenas 
b) II apenas 
c) III apenas 
d) II e III 
7-O combate ___ criminalidade é prioridade do poder público, 
embora os índices de violência permaneçam altos, devido, 
principalmente, ___ certeza da impunidade___seus autores. 
As lacunas da frase acima devem ser CORRETAMENTE 
preenchidas por 
a) a-a-a 
b) à-à-à 
c) a-a-à 
d) à-à-a 
e) a-à-à 
GABARITO 
1- C 
2-E 
3-E 
4-D 
5-D 
OUTROS CASOS 
• CASA – Emprego da crase somente se vier 
especificado: 
Chegamos à casa da Maria por volta das 7 horas. 
Chegamos a casa por volta das 7 horas. 
 
Terra 
• Somente terá crase se estiver especificada ou se for 
referência ao planeta: 
Quero muito voltar à terra dos meus pais. 
A luz do Sol demora para chegar à Terra. 
Os pescadores voltaram a terra depois de longas horas. 
Distância 
• Somente haverá crase se vier determinada, 
quantificada: 
 
O leão sente o cheiro da presa à distância de 500 metros. 
 
Este curso fornece cursos a distância. 
 
 
 
 
Pontuação. 
 
 O presidente do Brasil iniciará a cerimônia 
de posse do embaixador às dez horas da manhã. 
Sujeito + Verbo + Outros Termos Outros Termos 
Inversão 
Intercalação 
a) Por volta das dez horas, todo o comércio 
 estava fechado. 
b) Os outros, ao fim de minutos, calaram-se. 
Aprecio literatura, política,esportes. 
Enumeração 
João, morador do quinto andar, só viaja 
de avião. 
Por favor, jovens, continuem o exercício. 
Aposto explicativo 
morador do quinto andar 
Vocativo 
jovens 
Alguns estudam pela manhã; outros, à 
noite. 
Elipse do verbo 
O amor, por exemplo, é um sacerdócio. 
Apenas seis alunos obtiveram boas notas, 
aliás, sete. 
por exemplo 
Expressões explicativas e corretivas 
 
RETOMANDO.... 
 
 
 
O líder do grupo de alunos repetentes abriu a sessão 
estudantil ao meio-dia. 
 
Ao meio-dia, o líder do grupo de alunos repetentes abriu 
a sessão estudantil . 
 
O líder do grupo de alunos repetentes , ao meio-dia , abriu 
a sessão estudantil. 
 
O líder do grupo de alunos repetentes abriu , ao meio-dia , 
a sessão estudantil. 
 
 
A vírgula no período composto 
- Nas coordenadas assindéticas – sem conectivos: 
 
 Saiu de casa, andou por dois quarteirões, chegou à 
farmácia, comprou o que queria. 
 
- Nas coordenadas sindéticas – com conectivo – quando 
os sujeitos das orações forem diferentes. 
 
 O prefeito não era um bom administrador, e a 
comunidade o apoiava incondicionalmente. 
Ainda em relação à conjunção “E”: 
 
- Não se emprega na seguinte construção: 
 
 Fui ao shopping e à padaria. 
 
-Usa-se quando vier em polissíndeto: 
 
 E fala, e resmunga, e chora, e pede socorro. 
 
-A vírgula separa elementos com a mesma função 
sintática, exceto se estiverem ligados pela conjunção “e”: 
 
 O Paulo, o Tiago, a Renata e o Bruno foram passear. 
 
- Se o “e” não for aditivo cabe o uso da vírgula: 
 
 Responderam à professora, e não foram expulsos. 
 
- Quando as conjunções adversativas “porém, contudo, 
todavia, no entanto e entretanto” iniciarem a frase, poderão 
ou não ser seguidos de vírgulas. 
 
 Contudo, o evento foi um verdadeiro sucesso. 
 
-Não se pode colocar a vírgula depois do mas, a não ser 
quando vierem termos intercalados. 
 
 Iria sair, mas, devido à chuva, não pôde. 
 
 
 
-A vírgula separa as coordenadas sindéticas alternativas 
em que haja as conjunções ou/ou; ora/ora; quer/quer; 
seja/seja. 
 
 Ela é instável; ou revela-se dona de um equilíbrio 
incrível, ou mostra-se uma doida de hospício. 
 
-As vírgulas separam as orações coordenadas sindéticas 
conclusivas: logo, pois, portanto. (o pois conclusivo = 
portanto, deve vir sempre entre vírgulas). 
 
 Não era alfabetizado; não podia, pois, exercer o 
cargo de controlador de estoque. 
 
 
 - Separam-se por vírgulas as orações coordenadas 
sindéticas explicativas. 
 
Não fale assim, porque alguém pode ofender-se com tais 
comentários. 
 
- As vírgulas são usadas para separar as adverbiais 
reduzidas e as adverbiais antepostas à principal ou 
intercaladas nela. 
 
Vieram do interior, para trabalhar nas obras da Prefeitura 
da capital. (Oração adverbial final, reduzida de infinitivo). 
 
Quando você precisar de mim, não hesite em procurar-me. 
(Oração adverbial temporal anteposta à principal). 
 
A cidade de Salvador, quando chega o mês de janeiro, fica 
repleta de turista do mundo inteiro. (Oração subordinada 
adverbial temporal, intercalada na principal). 
- Utilizam-se as vírgulas para separar as orações 
consecutivas (com ideia de consequência). 
 
 Eles são tão insensatos, que acabarão perdendo o 
cargo pelas atitudes insensatas. 
 
-Duas vírgulas são usadas para isolar as subordinadas 
adjetivas explicativas, quando isoladas. 
 
 A cidade de Salvador, que já foi a capital do Brasil, 
continua sendo símbolo da cultura do país. 
1- De elemento capaz de desvirtuar, ao lado da música e do 
cinema americanos, o estilo de vida e a língua pátria, o 
futebol acabou servindo como um instrumento básico de 
reflexão sobre o Brasil. 
Uma redação alternativa para o segmento acima, em que se 
mantêm a correção, a lógica e, em linhas gerais, o sentido 
original, está em: 
a) A música americana, assim como o cinema, foi 
considerada capaz de adulterar o estilo de vida e a língua 
dos brasileiros, enquanto que o futebol serviria como um 
instrumento básico de reflexão sobre o Brasil. 
b) Tanto o cinema quanto a música americana, embora 
capazes de desviar o estilo de vida e a língua dos brasileiros, 
configuram-se, assim como o futebol, em um instrumento 
básico de reflexão sobre o Brasil. 
c) O futebol, juntamente com a música e o cinema americano, 
foram vistos como capazes de deturpar o estilo de vida e a 
língua pátria, mas passaram a ser um instrumento básico de 
reflexão sobre o Brasil. 
d) O futebol, assim como a música e o cinema americanos, foi 
tido como capaz de corromper o estilo de vida e a língua dos 
brasileiros; entretanto, tornou-se um instrumento básico de 
reflexão sobre o Brasil. 
e) Servindo como um instrumento básico de reflexão sobre o 
Brasil, o futebol, apesar de ter sido, juntamente com a música 
e o cinema americanos, capaz de corromper o estilo de vida e 
a língua dos brasileiros. 
 
2- Com respeito à pontuação, considere as afirmações abaixo. 
 
I. Pode-se suprimir a vírgula colocada imediatamente após 
“esperar”, no segmento “não era, como se poderia esperar, 
um sofredor habitante do campo” (1º parágrafo), sem 
prejuízo para o sentido original e a correção. 
 
II. As vírgulas colocadas imediatamente após “sertanejos” e 
“rodeios” no segmento “Gravada por ‘caipiras’ e ‘sertanejos’, 
nos ‘bons tempos do cururu autêntico’, assim como nos 
‘tempos modernos da música americanizada dos rodeios’, 
Tristeza do Jeca...” (1º parágrafo) podem ser substituídas por 
travessões, mantendo-se o sentido original e a correção. 
III. Sem que se faça outra alteração, os dois-pontos, no 
segmento “Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira: 
‘foi entre 1902 e 1960 que a música sertaneja...’” 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) II. 
e) I e III. 
 
 
 DOIS-PONTOS (com hífen) 
 
"Falas": Discurso direto. 
 
"Citações": Intertextualidade. 
 
"Explicações/Especificações": Aposto. 
 
PONTO-E-VÍRGULA (Com hífen) 
 
 O ponto-e-vírgula é substituível por um ponto final. 
 
 Separa estruturas independentes 
 (estruturas coordenadas). 
 
 Marca estruturas paralelas – critério de bipolaridade. 
 
3- Mas nem sempre foi assim: esse é um movimento de 
retomada que se segue a uma devastadora crise na produção 
brasileira. E o motor dessa retomada é o cacau fino. (1º 
parágrafo) 
Mantém-se a correção do trecho acima, substituindo-se 
I. os dois-pontos por ponto e vírgula. 
II. “E” por uma vírgula seguida de cujo, fazendo-se a devida 
adaptação de maiúsculas e minúsculas. 
III. “a uma devastadora” por “à devastadora”. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II e III. 
b) II. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) I. 
 
4- As orações subordinadas adjetivas classificam-se como 
explicativas ou como restritivas. As primeiras isolam-se por 
vírgula; as segundas, não. A distinção entre umas e outras 
se faz, em grande parte, pelo significado que essas orações 
atribuem ao antecedente. 
Um exemplo de uso de vírgula em que se aplica a regra de 
pontuação exposta pode ser identificado no seguinte 
segmento do texto: 
a) Por tudo isso, embora as pesquisas indiquem que já não 
existem tantas cáries como antigamente, ... 
b) Neste país tão cheio de disparidades, cada um deve fazer 
a sua parte, para exercer de fato a cidadania. 
c) Na Paraíba e em Minas Gerais, prepara-se um chá com o 
botão floral dessecado do cravo-da-índia para fazer 
bochechos e acalmar a dor de dente. 
 
d) O uso de dentes humanos e de animais como amuletos 
e talismãs, que era frequente em tempos antigos, ainda 
tem seus adeptos... 
e) Para branquear os dentes, recomenda-se esfregar um 
quarto de limão uma vez por semana nos dentes e na 
gengiva. 
 
 O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. 
O trem cargueiro começa a avançar pelos vastos e 
desertos prados do Cazaquistão, deixando para trás a 
fronteira com a China. 
 O trem segue mais ou menos o mesmo percurso 
da lendária Rota da Seda, antigo caminho que ligava a 
China à Europa 
e era usado para o transporte de especiarias, pedras 
preciosas e, evidentemente, seda, até cair em desuso, 
seis séculos atrás. 
 Hoje, a rota está sendo retomada para transportar 
uma carga igualmente preciosa: laptops e acessórios de 
informática fabricados na China e 
enviados por trem expresso para Londres, Paris, Berlim 
e Roma. 
 A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim 
uma teia de caminhos trilhados por caravanas de 
camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando Xi'an − 
cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus 
guerreiros de terracota − era a capital da China. 
 As caravanas começavam cruzando os desertos 
do oeste da China, viajavam por cordilheiras que 
acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e então 
percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central 
até o mar Cáspio e além. 
 Esses caminhos floresceram durante os 
primórdios da Idade Média. Mas, à 
medida que a navegação marítima se expandiu e que o 
centro político da China se deslocou para Pequim, a 
atividade econômica do país migrou na direção da costa. 
 Hoje, a geografia econômica está mudando outra 
vez. Os custos trabalhistas nas cidades do leste da 
China dispararam na última década. Por isso as 
indústrias estão transferindo sua produção para o 
interior do país. 
 O envio de produtos por caminhão das fábricas do 
interior para os portos de Shenzhen ou Xangai − e de lá 
pornavios que contornam a Índia e cruzam o canal de 
Suez − é algo que leva cinco 
semanas. O trem da Rota da Seda reduz esse tempo 
para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata 
do que o trem, mas o custo do tempo agregado por 
mar é considerável. 
 Inicialmente, a experiência foi realizada nos 
meses de verão, mas agora algumas empresas 
planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno 
boreal. Para isso adotam complexas providências para 
proteger a carga das temperaturas que podem atingir 
40 °C negativos. 
(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473) 
 
 
 
1-Depreende-se corretamente do texto: 
(A) A lendária Rota da Seda foi abandonada porque as 
caravanas de camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar 
o frio extremo da região. 
(B) A expansão da navegação marítima colaborou para que, no 
passado, a atividade comercial da China migrasse na direção da 
costa. 
(C) O frete ferroviário deve ser substituído pelo transporte 
marítimo no inverno, já que a carga a ser transportada pode ser 
danificada pelas baixas temperaturas. 
(D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fábricas chinesas 
voltaram a exportar quantidades significativas de especiarias. 
(E) A navegação chinesa se expandiu e o transporte marítimo 
atingiu o seu auge durante a época em que Xi’an era a capital da 
China. 
 
 
 
2- Há relação de causa e consequência, respectivamente, 
entre 
(A) o aumento dos custos trabalhistas no leste da China e a 
atual transferência da produção industrial para o interior do 
país. 
(B) a redução de tempo no atual transporte por trem na Rota 
da Seda e a aceleração da venda de produtos de informática. 
(C) o uso de caminhões para o transporte de carga e a atual 
mudança da geografia econômica da China. 
(D) a retomada do transporte de mercadorias pela Rota da 
Seda e o aumento nos custos do transporte marítimo. 
(E) a suspensão do uso da Rota da Seda no fim da Idade 
Média e a diminuição na demanda do Ocidente por 
especiarias e seda. 
 
 
3- Afirma-se corretamente: 
(A) Sem prejuízo para a correção e o sentido original, uma 
vírgula pode ser inserida imediatamente após cordilheiras 
(quinto parágrafo). 
(B) O segmento isolado por travessões, no quarto parágrafo, 
assinala uma ressalva ao que se afirmou antes. 
(C) No terceiro parágrafo, os dois-pontos introduzem um 
esclarecimento acerca do que se afirmou antes. 
(D) Haverá prejuízo para a correção e o sentido original ao se 
inserir uma vírgula imediatamente após isso (sétimo 
parágrafo). 
(E) Sem prejuízo para a correção e o sentido original, no 
segmento que podem atingir 40 °C negativos (último 
parágrafo), o elemento grifado pode ser substituído por 
“onde”. 
 
Dica de vírgula! 
• EXPLICATIVAS 
• “O secretário-adjunto, que foi nomeado titular, ainda não foi 
empossado” 
• “O Renato, que trabalha aqui, não se encontra no prédio”. 
• RESTRITIVAS 
• “O secretário-adjunto que foi nomeado titular ainda não foi 
empossado” 
• “O Renato que trabalha aqui não se encontra no prédio. 
Falo somente do que falo: 
do seco e de suas paisagens, 
Nordestes, debaixo de um sol 
ali do mais quente vinagre: 
que reduz tudo ao espinhaço, 
cresta o simplesmente folhagem, 
folha prolixa, folharada, 
onde possa esconder-se a fraude. 
 
Falo somente por quem falo: 
por quem existe nesses climas 
condicionados pelo sol, 
pelo gavião e outras rapinas: 
e onde estão os solos inertes 
de tantas condições caatinga 
em que só cabe cultivar 
o que é sinônimo da míngua 
Falo somente para quem falo: 
quem padece sono de morto 
e precisa um despertador 
acre, como o sol sobre o olho: 
que é quando o sol é estridente, 
a contrapelo, imperioso, 
e bate nas pálpebras como 
se bate numa porta a socos. 
 
(Trecho de “Graciliano Ramos”. João Cabral de Melo Neto. Melhores poemas de João Cabral 
de Melo Neto. SECCHIN, Antonio Carlos (Sel.), São Paulo: Global, 2013, formato ebook) 
 
8- Considere as afirmações abaixo. 
I. Ao lançar mão da imagem de um despertador (terceira 
estrofe), o poeta visa a chamar para uma situação de miséria 
a atenção de um leitor indiferente. 
II. É expressa no poema a intenção de dar voz a pessoas 
submetidas a um contexto de privação. 
III. Depreende-se do poema que a miséria provocada pela 
seca se esconde nas folhas prolixas da paisagem. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I e III. 
(B) II e III. 
(C) II. 
(D) III. 
(E) I e II. 
 
 
9- Afirma-se corretamente: 
(A) No poema, considera-se o sol a causa da escassez 
da folhagem. 
(B) O elemento grifado em como se bate numa porta a 
socos indica uma causa. 
(C) Alguns dos adjetivos que caracterizam o sol no 
poema são inerte, estridente, imperioso. 
(D) Critica-se no poema a inércia daqueles que não se 
esforçam para cultivar o solo. 
(E) O segmento nesses climas condicionados pelo sol 
pode ser reescrito do seguinte modo: "nesses climas em 
que o sol os condiciona". 
Gabarito 
 
1-D 
 2-C 
 3- D 
4-D 
5-B 
6-A 
7-C 
8-E 
9-A 
 
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