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TRT 3ª REGIÃO – FCC Relações lógico semânticas do período composto. Professora/Mestra. Carolina Santana Coordenação Orações coordenadas sindéticas • Adição • Oposição/contradição/contraste • Alternância • Explicação X conclusão ALTERNÂNCIA – escolha/opção: “ou” O pai ou o filho será o novo chefe Direito Penal ou Direito Civil me interessam. Ou você sai, ou chamarei a polícia. Você pode dançar ou cantar durante o show. 1-Considere a passagem do texto: No caso específico desta região do Amapá e norte do Pará, são séculos de acúmulo de experiências de contato entre si que redundaram em inúmeros processos, ora de separação, ora de fusão grupal, ora de substituição, ora de aquisição de novos itens culturais. O termo ora, em destaque, expressa ideia de Parte superior do formulário a) finalidade. b) causa. c) alternância. d) comparação. e) conclusão. CONCLUSÃO (dedução-hipótese) ` X EXPLICAÇÃO (justificativa-afirmação) Não saiu a tempo, portanto chegou atrasado. Chegou atrasado, porque não saiu a tempo. OPOSIÇÃO/CONTRADIÇÃO/CONTRASTE (ADVERSIDADE - CONCESSÃO) Estava muito frio, porém a garota saiu de biquíni à noite. Embora estivesse muito frio, a garota saiu de biquíni à noite. A floresta das parteiras Elas nasceram do ventre úmido da Amazônia, do extremo norte do Brasil, do Estado ainda desgarrado do noticiário chamado Amapá. O país não as escuta porque perdeu o ouvido para os sons do conhecimento antigo, a toada de suas cantigas. Muitas desconhecem as letras do alfabeto, mas leem a mata, a água e o céu. Emergiram dos confins de outras mulheres com o dom de pegar menino. Sabedoria que não se aprende, não se ensina nem mesmo se explica. Acontece apenas. Esculpidas por sangue de mulher e água de criança, suas mãos aparam um pedaço do Brasil. O grito feminino ecoa do território empoleirado no cocuruto do mapa para lembrar ao país que nascer é natural. Não depende de engenharia genética ou operação cirúrgica, não tem cheiro de hospital. Para as parteiras da floresta, que guardaram a tradição graças ao isolamento geográfico de seu berço, é mais fácil compreender que um boto irrompa do igarapé para fecundar moça donzela do que aceitar que uma mulher marque dia e hora para arrancar o filho à força. Quase toda a população do Amapá, menos de meio milhão de habitantes, chega ao mundo pelas mãos de setecentas pegadoras de menino. Encarapitadas em barcos ou tateando caminhos com os pés, a índia Dorica, a cabocla Jovelina e a quilombola Rossilda são guias de uma viagem por mistérios antigos. Cruzam com Tereza e as parteiras indígenas do Oiapoque. Unidas todas elas pela trama de nascimentos inscritos na palma da mão. “Pegar menino é ter paciência”, recita a caripuna Maria dos Santos Maciel, a Dorica, a mais velha parteira do Amapá, com 96 anos. “Parteira não tem escolha, é chamada nas horas mortas da noite para povoar o mundo.” (Adaptado de: BRUM, Eliane. O olho da rua: uma repórter em busca da literatura da vida real. São Paulo: Globo, 2008, p. 19-20) 2- Muitas desconhecem as letras do alfabeto, mas leem a mata, a água e o céu. Sem efetuar qualquer outra alteração na frase, o termo mas será corretamente substituído, tendo-se o sentido e a estrutura frasal preservados, de acordo com a norma- padrão da língua portuguesa, por a) contudo. b) embora c) apesar de. d) portanto. e) como. A literatura de cordel, hoje No Brasil, literatura de cordel designa a literatura popular produzida em versos. A expressão se deve ao fato de que os folhetos eram comumente vendidos em feiras, pendurados em cordéis. Nota-se, hoje em dia, uma crescente visibilidade dessa literatura tradicional. Editoras e poetas trabalham intensamente para divulgar os folhetos, professores realizam experiências em sala de aula, pesquisas são realizadas no âmbito acadêmico, muitas delas são apresentadas como teses universitárias. Esse dinamismo pode ser ainda observado na publicação de antologias de folhetos por grandes editoras, ou na edição em livro de obras de escritores populares, e sobretudo no aparecimento de inúmeros poetas e poetisas em diferentes pontos do país. Todo esse dinamismo precisa ser analisado com cuidado. Fala-se muito na presença da literatura de cordel na escola, várias intervenções vêm sendo realizadas sobretudo em estados do Nordeste. Abrir as portas da escola para o conhecimento da literatura de cordel em particular, ou mesmo da literatura popular em geral, é uma conquista da maior importância. Porém, há que se pensar de que modo efetivar esse processo tendo em vista a melhor contribuição possível para a formação dos alunos. A literatura de cordel deve ter, sim, um espaço na escola, nos níveis fundamental e médio, levando-se sempre em conta, porém, as especificidades desse tipo de produção artística. Considerá-la tão somente como uma ferramenta ocasional, utilizada para a assimilação de conteúdos disseminados nas mais variadas disciplinas (história, geografia, matemática, língua portuguesa) não parece uma atitude que contribua para uma significativa experiência da leitura dos folhetos. Há que respeitá-los e admirá- los sobretudo pelo que já são: testemunhos do mundo imaginário a que se dedicaram talentosos escritores de extração popular. (Adaptado de: MARINHO, Ana Cristina e PINHEIRO, Hélder. O cordel no cotidiano escolar. São Paulo: Cortez, 2012) Porém, há que se pensar de que modo efetivar esse processo tendo em vista a melhor contribuição possível para a formação dos alunos. 3- Na frase acima, os elementos sublinhados têm, respectivamente, o sentido de a) Ainda assim / afim b) Por conseguinte / por conta de c) Entretanto / objetivando d) Ou melhor / apesar de e) Aliás / retificando 5- Nos trechos O livro, porém, é outra coisa (do primeiro parágrafo) e reler é mais importante do que ler, embora para se reler seja necessário já haver lido (do terceiro), as conjunções, no contexto dos parágrafos, estabelecem, respectivamente, relação de a) causa e condição. b) consequência e finalidade. c) adição e temporalidade. d) oposição e concessão. e) proporção e contraste “E” Adição, adversidade ou simultaneidade temporal (concomitância) A aluna chegou cedo e reservou lugar para o namorado. Vocês disseram uma coisa e não honraram o compromisso assumido. O candidato estudava e seus familiares se divertiam na sala ao lado. Subordinação Orações subordinadas adverbiais • Causa x Consequência • Condição • Finalidade • Proporção • Restrição • Explicação CAUSA / CONSEQUÊNCIA Já que estava muito cansado, adormeceu rápido. Estava tão cansado que adormeceu rápido. CONSEQUÊNCIA (EFEITO/CONSECUÇÃO) tão/que tal/que tanto/que tamanho/que CAUSA / EXPLICAÇÃO A revisão foi boa, porque aprendemos coisas novas. Saia mais cedo, porque o trânsito está ruim. Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas populares ou as personagens das velhasfarsas de mamulengos. Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas erradas. Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do público. Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito. Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco. Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O circo. Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as expressões humanas. (Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”.Crônicas da província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20) 4- No contexto, observa-se relação de causa e efeito entre estes dois segmentos: a) Carlito é popular / no sentido mais alto da palavra b) Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe / O público riu c) o público não achou graça / Chaplin eliminou imediatamente a variante d) Podia ser jocosa também / mas não era mais Carlito e) Descendo até o público / A sua originalidade extremou-se “COMO” (comparação, conformidade, causa) Carol está vestida como uma mulher discreta. Ricardo cria as frases como a Carol solicita. Como me atrasei, acabei perdendo o avião. CONDIÇÃO As mercadorias não serão liberadas, sem que se pague o frete. Pode indicar hipótese. FINALIDADE (objetivo, propósito, fim) para(que) = a fim de (que) Veio do interior para que pudesse estudar. PROPORÇÃO Aumento ou diminuição gradativa = proporcionalidade. Vamos ficando mais cansados, à medida que a idade vai aumentando. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Restritivas (sem vírgulas)= particulariza um elemento em meio a muitos. Este é o aluno que tirou o primeiro lugar. Explicativas (isoladas por vírgula)= acrescenta uma informação acessória ao termo antecedente. Ouro Preto, que já foi a capital de Minas Gerais, é linda. 6- De acordo com a lógica do texto, as afirmações O homem esquece seu criador e Deus chama-o para si estão clara e corretamente articuladas na seguinte frase: a) Ainda quando se esqueça de seu criador, o homem busca seu chamado. b) Embora Deus o chame para si, o homem esquece seu criador. c) Não obstante o homem possa esquecer seu criador, este o chama para si. d) Deus chama o homem para si, conquanto ele não deixe de esquecê-lo. e) Mesmo que viesse a esquecê-lo, o chamado de Deus seria ouvido pelo homem. 7- Na frase “Como anoitecesse, recolhi-me pouco depois e deitei-me”, a oração destacada expressa ideia de a) causa. b) conformidade. c) finalidade. d) concessão. e) consequência 8- Leia, com atenção os períodos. I. Caso eles me paguem, poderei fazer o cruzeiro marítimo. II. Embora tudo não tenha passado de imaginação, ficou um rancor entre os noivos. III. Como o velho tinha muito dinheiro, os filhos iam suportando sua presença na casa. Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias indicadas pelas orações destacadas. a) Tempo, concessão, comparação. b) Tempo, causa, concessão. c) Condição, consequência, comparação. d) Condição, concessão, causa. e) Concessão, causa, conformidade. GABARITO 1-C 2-A 3-C 4-C 5-D 6-C 7-A 8-D TRT 3ª REGIÃO – FCC Parte 2 Professora/Mestra. Carolina Santana CONCORDÂNCIA VERBAL • As apostilas não ficaram prontas. SUJ. PL. VERBO PLURAL • A maioria das pessoas acertou a questão. acertaram sujeito simples NÚCLEO ( termo sem preposição) ESPECIFICAÇÃO (também determina a concordância). LÓGICA ATRATIVA NÍVEIS DE CONCORDÂNCIA • LÓGICA : é a que ocorre entre o verbo e o núcleo do sujeito. • ATRATIVA: é a que ocorre entre o verbo e o termo do sujeito mais próximo a ele. • Alguns de nós provas no interior. NÚCLEO farão faremos • Uma série de exercícios NÚCLEO será resolvida. serão resolvidos. • Algum de vocês NÚCLEO sairá prejudicado. ################ Quando o núcleo do sujeito for singular, por uma questão de lógica, NÃO se usa o verbo no plural. VERBOS HAVER E EXISTIR • Existiam algumas pessoas interessadas no quadro. HAVIA • O verbo HAVER, estando so mesmo sentido de EXISTIR, não se flexiona no plural. • Por ali, deviam existir muitas injustiças sociais. DEVIA HAVER • Nas expressões verbais, o verbo auxiliar também fica invariável. VERBO FAZER, INDICANDO : • TEMPO : • Faz , no dia 13 de julho, um ano que ela se mudou . ...dois anos... FAZ... • O verbo FAZER, quando indicar tempo é IMPESSOAL e, portanto, NÃO vai para o plural. • Vai fazer , no próximo Domingo, um mês. muitos meses. • TEMPERATURA: • Na região, durante o inverno, faz sempre 1 grau negativo. ...15 graus... FAZ • O verbo FAZER, indicando temperatura também é impessoal e, portanto, NÃO tem plural. • Segundo a meteorologia vai fazer 40 graus amanhã. • As expressões verbais ficam invariáveis também. 1- Quanto à concordância verbal, a frase inteiramente correta é: a) Grande parte dos efeitos da urbanização no século XXI se produz nas cidades do chamado sul global. b) O hipercrescimento, dizem os especialistas, caracterizam algumas cidades no século XXI. c) Nem sempre existiu cidades tão populosas como as do século XXI. d) Devem haver muitos contrastes entre as pessoas que vivem nas cidades e aqueles que moram no campo. e) Os otimistas, que são a maioria, vê as cidades como arenas de transformação social. VERBOS + SE • Apresentou-seum belo espetáculo. ( VTD) SUJEITO • Um belo espetáculo foi apresentado. sujeito Se na transformação o verbo SER ficar no singular, o VERBO + SE ficará no singular. • Necessitava-se de urgentes providências. ( VTI ) ( OI ) • Quando o verbo for transitivo indireto , NÃO se pode fazer a transformação para a voz passiva. OBSERVAÇÕES: • VTD + SE..........o verbo varia normalmente, de acordo com o sujeito. • VTI + SE...........o verbo mantém-se sempre no singular. PRONOMES QUE E QUEM • Fui eu que resolvi resolveu a questão. ERRADO • Não fomos nós quem roubamos roubou o dinheiro. CONCLUSÃO • COM O PRONOME “QUE”: pode haver apenas uma concordância. E ela ocorre com o pronome pessoal. • COM O PRONOME “QUEM”: pode haver duas concordâncias: uma com o pronome pessoal e outra como “quem”. 2- Estão observadas as normas de concordância verbal na seguinte frase: a) Os sentimentos que nos cabe experimentar, se formos levados à condição de exílio, estão entre os mais terríveis que pode uma criatura sofrer. b) A muitos exilados ocorreram, durante a experiência do exílio, tentar voltar clandestinamente à sua pátria, correndo todos os riscos que implicam tal decisão. c) Para muitos brasileiros, aos quais se infligiu os suplícios do exílio, a experiência da expatriação implicou a perda da própria identidade. d) Dentre as diferentes reações que experimentam quem se afasta de sua terra natal ressalta a da crescente nostalgia, que muitas vezes levam à antecipação do retorno e) A sabedoria e a elevação do monge medieval, que o autor do texto reconheceu num artigo de Edward Said, acabou por impressioná-lo tão fortemente quanto ao pensador palestino. EXEMPLOS DE SUJEITO COMPOSTO • Regressou o marido e os filhos. • Regressaram os filhos e o marido. • Os filhos e o marido regressaram. LÓGICA ATRATIVA ATRATIVA CONCLUSÃO • SUJETO COMPOSTO ANTES DO VERBO: DEPOIS DO VERBO: • SÓ NO PLURAL. • NO PLURAL OU COM O ELEMENTO MAIS PRÓXIMO. VERBO SER: HORAS E DATAS • Hoje 20 de junho. são • Amanhã 21/06. serão • Ontem dia 19/06. foi OBSERVAÇÃO: O verbo SER, em relação às datas, concorda com o numeral do DIA. • 9h30min. São • Já meio-dia? é • 1h59min. Era OBSERVAÇÃO: O verbo SER, em relação às horas, concorda com o numeral das HORAS. NOMES PRÓPRIOS NO PLURAL • Estados Unidos país da América do Norte. é • Os Estados Unidos um país da América. são OBSERVAÇÃO: Nomes próprios no plural só levam o verbo para o plural quando vierem determinados. 3- A frase em que a concordância respeita as regras da gramática normativa é: a) É bilateral, sem dúvida alguma, os interesses pela exploração desse tipo de negócio, por isso os países envolvidos terão de fazer concessões mútuas. b) Cada um dos interessados em participar dos projetos devem apresentar uma proposta de ação e uma previsão de custos. c) Acordos luso-brasileiros têm sido recebidos com entusiasmo, o que sugere que haverá de serem cumpridos fielmente. d) Quanto mais discussão houver sobre as questões pendentes, mais se informarão, com certeza, os que têm de decidir os próximos passos do processo. e) Procede, por uma questão técnica, segundo os especialistas entrevistados, as medidas divulgadas ontem, pois a urgência de saneamento é indiscutível. 5- As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase: a) Os textos memoráveis que, com a arte desse jornalista, apresentava sempre uma perspectiva especial, encantavam a todos os seus fiéis leitores. b) Com a maioria dos jornalistas acontecem, frequentemente, que se submetam às fáceis acomodações dessa desafiadora profissão. c) Aos leitores dos grandes jornalistas cabem não apenas ler com prazer suas matérias, mas encantar- se com o ângulo criativo pelo qual trata suas matérias. d) Quem, entre os muitos jornalistas de hoje, habilita-se a desafiar os rígidos paradigmas que lhes impinge a direção de um jornal? e) Ainda haveriam, numa época de tanta pressa e tanta precipitação, jornalistas capazes de surpreender o leitor com uma linguagem de fato criativa? Menino do mato Eu queria usar palavras de ave para escrever. Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem [nomeação. Ali a gente brincava de brincar com palavras tipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! A Mãe que ouvira a brincadeira falou: Já vem você com suas visões! Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis e nem há pedras de sacristias por aqui. Isso é traquinagem da sua imaginação. O menino tinha no olhar um silêncio de chão e na sua voz uma candura de Fontes. O Pai achava que a gente queria desver o mundo para encontrar nas palavras novas coisas de ver assim: eu via a manhã pousada sobre as margens do rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão de uma pedra. Eram novidades que os meninos criavam com as suas palavras. Assim Bernardo emendou nova criação: Eu hoje vi um sapo com olhar de árvore. Então era preciso desver o mundo para sair daquele lugar imensamente e sem lado. A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas pela inocência. O que a gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis. A gente gostava das palavras quando elas perturbavam o sentido normal das ideias. Porque a gente também sabia que só os absurdos enriquecem a poesia. (BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa,São Paulo, Leya, 2013, p. 417-8.) 7- Considere as frases abaixo. I. No verso O que a gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias, o verbo destacado pode ser flexionado no plural, sem prejuízo para a correção e o sentido original. II. Em seguida ao termo voz, no verso e na sua voz uma candura de Fontes, pode-se acrescentar uma vírgula, sem prejuízo para a correção e o sentido original. III. Sem que nenhuma outra alteração seja feita, no verso e nem há pedras de sacristias por aqui, o verbo pode ser substituído por existe, mantendo-se a correção e o sentido original. Está correto o que se afirma APENAS em: a) II e III. b)I e III. c)II. d)III. e)I e II. 10- Há, além disso, uma dificuldade relativa à ciência. Algumas das terapias disponíveis já têm quatro ou cinco décadas de existência. Investimentos em pesquisa poderiam levar a estratégias de prevenção e cura mais efetivas. Como essas doenças não são rentáveis, porém, os grandes laboratórios raras vezes se interessam por esse nicho. Considerado o trecho acima, é adequado o seguinte comentário: a) A supressão da vírgula após a palavra Há preserva a correção da frase. b) A correlação entre as formas verbais Há e poderiam levar evidencia a relação estabelecida entre o que efetivamente existe e a hipótese considerada bastante improvável. c) Formulação alternativa ao uso de têm está correta assim - "existe a". d) A expressão mais efetivas, em virtude do segmento que caracteriza, pode ser deslocada para depois da palavra estratégias, sem prejudicar o sentido original. e) No contexto, o emprego de já contribui para a construção da ideia de que certas terapias têm longevidade que comprova sua eficiência. GABARITO 1-A 2-A 3-D 4-D5-E 6-D CRASE • Ana Maria sempre vai igreja aos sábados. VAI: verbo Ir; Ir a algum lugar IGREJA: palavra feminina; a igreja a + a = à ao parque à igreja • PARA SABER SE HÁ OU NÃO CRASE ANTES DE UMA PALAVRA FEMININA, BASTA SUBSTITUÍ-LA POR UMA MASCULINA. MASCULINO FEMININO O A A A AO À ( A + O ) ( A + A ) • REGRA GERAL: Não se usa crase diante de palavra masculina. • Nunca andei a cavalo na minha vida. • Costumava caminhar a pé de manhã. • Pergunte a ela que horas são. a ele a ela • NÃO SE USA CRASE DIANTE DE PRONOMES. • Pergunte a sua mãe se poderemos ir jantar lá. a seu pai ao seu pai CRASE FACULTATIVA: • Não é necessária, por ser antes de pronome. • Pode ser usada, pois permite a contração. • Não vou a aquela pizzaria há muito tempo. a aquele restaurante há muito tempo. àquela pizzaria ou àquele restaurante... • A preposição “A”PODE SE FUNDIR AO PRONOME DEMONSTRATIVO. • Estavam juntos a olhar o horizonte... verbo: nem masculino, nem feminino. • Não se usa crase diante de verbo. • Hermengarda costuma ir a festas de caridade. a bailes • Não se usa crase em “A”singular, diante de palavra no plural. • Hermengarda costuma ir às festas beneficentes. aos bailes RESUMO NÃO SE USA CRASE: •ANTES DE PALAVRA MASCULINA •ANTES DE PRONOME •ANTES DE VERBO •ANTES DE PALAVRA NO PLURAL, Se O “A” FOR SINGULAR. USO DA CRASE 1) Só ocorre crase diante de palavras femininas. Ex. O sol estava a pino. Ela recorreu a mim. Estou disposto a ajudar você. 02) Se o verbo indica destino (ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer, dirigir-se...), troque este verbo por outro que indique procedência (vir, voltar, chegar...); se, diante do que indicar procedência, surgir da, crase há. Ex. Vou à Bahia. - Venho da Bahia. Vou a Porto Alegre. - Venho “de” Porto Alegre. 03) Troca-se a palavra feminina por outra masculina; se, diante da masculina, surgir ao, diante da feminina, ocorrerá crase. Ex. Assisti à peça. - Assisti ao filme. Paguei à cabeleireira. - Paguei ao cabeleireiro. Respeito as regras. - Respeito os regulamentos. 2- Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade de Tikal, na Guatemala. O a empregado na frase acima, imediatamente depois de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso o segmento grifado seja substituído por: a) uma tal ilação b) afirmações como essa c) comprovação dessa assertiva d) emitir uma opinião desse tipo e) semelhante resultado 3- ...que podem representar uma das principais ameaças à conservação do ecossistema ... (Texto I, 2º parágrafo) O sinal indicativo de crase deverá permanecer, como no exemplo acima, caso o segmento grifado seja substituído por: a) cada componente da biodiversidade. b) alguma das espécies ameaçadas. c) qualquer ser vivo da floresta. d) respeito das condições do ambiente. e) recente pesquisa de medicamentos. 5- Substituindo-se o elemento grifado pelo que se encontra entre parênteses, o sinal indicativo de crase deverá ser acrescentado em: a) ... que uma educação liberal, ao alcance de todos... (dispor de todos) (2º parágrafo) b) ... por meio dos quais se transmitem as humanidades... - (ciências humanas) (2º parágrafo) c) ... a todas as camadas sociais. - (qualquer classe social) (4º parágrafo) d) ... se nos referimos a coisas completamente diferentes... - (uma coisa completamente diferente) (6º parágrafo) e) ... são um obstáculo a indivíduos independentes. (criação de indivíduos independentes) (5º parágrafo) 6-Tendo em vista o uso do acento grave, indicador de crase, leia atentamente os itens a seguir. I- Dirigi-me à poucas pessoas presentes. II- Muitas mulheres às quais ele se referiu foram embora da cidade. III- O rapaz negou sua contribuição à população carente. O uso da crase está correto em: a) I apenas b) II apenas c) III apenas d) II e III 7-O combate ___ criminalidade é prioridade do poder público, embora os índices de violência permaneçam altos, devido, principalmente, ___ certeza da impunidade___seus autores. As lacunas da frase acima devem ser CORRETAMENTE preenchidas por a) a-a-a b) à-à-à c) a-a-à d) à-à-a e) a-à-à GABARITO 1- C 2-E 3-E 4-D 5-D OUTROS CASOS • CASA – Emprego da crase somente se vier especificado: Chegamos à casa da Maria por volta das 7 horas. Chegamos a casa por volta das 7 horas. Terra • Somente terá crase se estiver especificada ou se for referência ao planeta: Quero muito voltar à terra dos meus pais. A luz do Sol demora para chegar à Terra. Os pescadores voltaram a terra depois de longas horas. Distância • Somente haverá crase se vier determinada, quantificada: O leão sente o cheiro da presa à distância de 500 metros. Este curso fornece cursos a distância. Pontuação. O presidente do Brasil iniciará a cerimônia de posse do embaixador às dez horas da manhã. Sujeito + Verbo + Outros Termos Outros Termos Inversão Intercalação a) Por volta das dez horas, todo o comércio estava fechado. b) Os outros, ao fim de minutos, calaram-se. Aprecio literatura, política,esportes. Enumeração João, morador do quinto andar, só viaja de avião. Por favor, jovens, continuem o exercício. Aposto explicativo morador do quinto andar Vocativo jovens Alguns estudam pela manhã; outros, à noite. Elipse do verbo O amor, por exemplo, é um sacerdócio. Apenas seis alunos obtiveram boas notas, aliás, sete. por exemplo Expressões explicativas e corretivas RETOMANDO.... O líder do grupo de alunos repetentes abriu a sessão estudantil ao meio-dia. Ao meio-dia, o líder do grupo de alunos repetentes abriu a sessão estudantil . O líder do grupo de alunos repetentes , ao meio-dia , abriu a sessão estudantil. O líder do grupo de alunos repetentes abriu , ao meio-dia , a sessão estudantil. A vírgula no período composto - Nas coordenadas assindéticas – sem conectivos: Saiu de casa, andou por dois quarteirões, chegou à farmácia, comprou o que queria. - Nas coordenadas sindéticas – com conectivo – quando os sujeitos das orações forem diferentes. O prefeito não era um bom administrador, e a comunidade o apoiava incondicionalmente. Ainda em relação à conjunção “E”: - Não se emprega na seguinte construção: Fui ao shopping e à padaria. -Usa-se quando vier em polissíndeto: E fala, e resmunga, e chora, e pede socorro. -A vírgula separa elementos com a mesma função sintática, exceto se estiverem ligados pela conjunção “e”: O Paulo, o Tiago, a Renata e o Bruno foram passear. - Se o “e” não for aditivo cabe o uso da vírgula: Responderam à professora, e não foram expulsos. - Quando as conjunções adversativas “porém, contudo, todavia, no entanto e entretanto” iniciarem a frase, poderão ou não ser seguidos de vírgulas. Contudo, o evento foi um verdadeiro sucesso. -Não se pode colocar a vírgula depois do mas, a não ser quando vierem termos intercalados. Iria sair, mas, devido à chuva, não pôde. -A vírgula separa as coordenadas sindéticas alternativas em que haja as conjunções ou/ou; ora/ora; quer/quer; seja/seja. Ela é instável; ou revela-se dona de um equilíbrio incrível, ou mostra-se uma doida de hospício. -As vírgulas separam as orações coordenadas sindéticas conclusivas: logo, pois, portanto. (o pois conclusivo = portanto, deve vir sempre entre vírgulas). Não era alfabetizado; não podia, pois, exercer o cargo de controlador de estoque. - Separam-se por vírgulas as orações coordenadas sindéticas explicativas. Não fale assim, porque alguém pode ofender-se com tais comentários. - As vírgulas são usadas para separar as adverbiais reduzidas e as adverbiais antepostas à principal ou intercaladas nela. Vieram do interior, para trabalhar nas obras da Prefeitura da capital. (Oração adverbial final, reduzida de infinitivo). Quando você precisar de mim, não hesite em procurar-me. (Oração adverbial temporal anteposta à principal). A cidade de Salvador, quando chega o mês de janeiro, fica repleta de turista do mundo inteiro. (Oração subordinada adverbial temporal, intercalada na principal). - Utilizam-se as vírgulas para separar as orações consecutivas (com ideia de consequência). Eles são tão insensatos, que acabarão perdendo o cargo pelas atitudes insensatas. -Duas vírgulas são usadas para isolar as subordinadas adjetivas explicativas, quando isoladas. A cidade de Salvador, que já foi a capital do Brasil, continua sendo símbolo da cultura do país. 1- De elemento capaz de desvirtuar, ao lado da música e do cinema americanos, o estilo de vida e a língua pátria, o futebol acabou servindo como um instrumento básico de reflexão sobre o Brasil. Uma redação alternativa para o segmento acima, em que se mantêm a correção, a lógica e, em linhas gerais, o sentido original, está em: a) A música americana, assim como o cinema, foi considerada capaz de adulterar o estilo de vida e a língua dos brasileiros, enquanto que o futebol serviria como um instrumento básico de reflexão sobre o Brasil. b) Tanto o cinema quanto a música americana, embora capazes de desviar o estilo de vida e a língua dos brasileiros, configuram-se, assim como o futebol, em um instrumento básico de reflexão sobre o Brasil. c) O futebol, juntamente com a música e o cinema americano, foram vistos como capazes de deturpar o estilo de vida e a língua pátria, mas passaram a ser um instrumento básico de reflexão sobre o Brasil. d) O futebol, assim como a música e o cinema americanos, foi tido como capaz de corromper o estilo de vida e a língua dos brasileiros; entretanto, tornou-se um instrumento básico de reflexão sobre o Brasil. e) Servindo como um instrumento básico de reflexão sobre o Brasil, o futebol, apesar de ter sido, juntamente com a música e o cinema americanos, capaz de corromper o estilo de vida e a língua dos brasileiros. 2- Com respeito à pontuação, considere as afirmações abaixo. I. Pode-se suprimir a vírgula colocada imediatamente após “esperar”, no segmento “não era, como se poderia esperar, um sofredor habitante do campo” (1º parágrafo), sem prejuízo para o sentido original e a correção. II. As vírgulas colocadas imediatamente após “sertanejos” e “rodeios” no segmento “Gravada por ‘caipiras’ e ‘sertanejos’, nos ‘bons tempos do cururu autêntico’, assim como nos ‘tempos modernos da música americanizada dos rodeios’, Tristeza do Jeca...” (1º parágrafo) podem ser substituídas por travessões, mantendo-se o sentido original e a correção. III. Sem que se faça outra alteração, os dois-pontos, no segmento “Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira: ‘foi entre 1902 e 1960 que a música sertaneja...’” Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I e II. c) II e III. d) II. e) I e III. DOIS-PONTOS (com hífen) "Falas": Discurso direto. "Citações": Intertextualidade. "Explicações/Especificações": Aposto. PONTO-E-VÍRGULA (Com hífen) O ponto-e-vírgula é substituível por um ponto final. Separa estruturas independentes (estruturas coordenadas). Marca estruturas paralelas – critério de bipolaridade. 3- Mas nem sempre foi assim: esse é um movimento de retomada que se segue a uma devastadora crise na produção brasileira. E o motor dessa retomada é o cacau fino. (1º parágrafo) Mantém-se a correção do trecho acima, substituindo-se I. os dois-pontos por ponto e vírgula. II. “E” por uma vírgula seguida de cujo, fazendo-se a devida adaptação de maiúsculas e minúsculas. III. “a uma devastadora” por “à devastadora”. Está correto o que se afirma APENAS em a) II e III. b) II. c) I e II. d) I e III. e) I. 4- As orações subordinadas adjetivas classificam-se como explicativas ou como restritivas. As primeiras isolam-se por vírgula; as segundas, não. A distinção entre umas e outras se faz, em grande parte, pelo significado que essas orações atribuem ao antecedente. Um exemplo de uso de vírgula em que se aplica a regra de pontuação exposta pode ser identificado no seguinte segmento do texto: a) Por tudo isso, embora as pesquisas indiquem que já não existem tantas cáries como antigamente, ... b) Neste país tão cheio de disparidades, cada um deve fazer a sua parte, para exercer de fato a cidadania. c) Na Paraíba e em Minas Gerais, prepara-se um chá com o botão floral dessecado do cravo-da-índia para fazer bochechos e acalmar a dor de dente. d) O uso de dentes humanos e de animais como amuletos e talismãs, que era frequente em tempos antigos, ainda tem seus adeptos... e) Para branquear os dentes, recomenda-se esfregar um quarto de limão uma vez por semana nos dentes e na gengiva. O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro começa a avançar pelos vastos e desertos prados do Cazaquistão, deixando para trás a fronteira com a China. O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da Seda, antigo caminho que ligava a China à Europa e era usado para o transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair em desuso, seis séculos atrás. Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma. A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando Xi'an − cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de terracota − era a capital da China. As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além. Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à medida que a navegação marítima se expandiu e que o centro político da China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na direção da costa. Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na última década. Por isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país. O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos de Shenzhen ou Xangai − e de lá pornavios que contornam a Índia e cruzam o canal de Suez − é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável. Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora algumas empresas planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das temperaturas que podem atingir 40 °C negativos. (Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473) 1-Depreende-se corretamente do texto: (A) A lendária Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da região. (B) A expansão da navegação marítima colaborou para que, no passado, a atividade comercial da China migrasse na direção da costa. (C) O frete ferroviário deve ser substituído pelo transporte marítimo no inverno, já que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas temperaturas. (D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fábricas chinesas voltaram a exportar quantidades significativas de especiarias. (E) A navegação chinesa se expandiu e o transporte marítimo atingiu o seu auge durante a época em que Xi’an era a capital da China. 2- Há relação de causa e consequência, respectivamente, entre (A) o aumento dos custos trabalhistas no leste da China e a atual transferência da produção industrial para o interior do país. (B) a redução de tempo no atual transporte por trem na Rota da Seda e a aceleração da venda de produtos de informática. (C) o uso de caminhões para o transporte de carga e a atual mudança da geografia econômica da China. (D) a retomada do transporte de mercadorias pela Rota da Seda e o aumento nos custos do transporte marítimo. (E) a suspensão do uso da Rota da Seda no fim da Idade Média e a diminuição na demanda do Ocidente por especiarias e seda. 3- Afirma-se corretamente: (A) Sem prejuízo para a correção e o sentido original, uma vírgula pode ser inserida imediatamente após cordilheiras (quinto parágrafo). (B) O segmento isolado por travessões, no quarto parágrafo, assinala uma ressalva ao que se afirmou antes. (C) No terceiro parágrafo, os dois-pontos introduzem um esclarecimento acerca do que se afirmou antes. (D) Haverá prejuízo para a correção e o sentido original ao se inserir uma vírgula imediatamente após isso (sétimo parágrafo). (E) Sem prejuízo para a correção e o sentido original, no segmento que podem atingir 40 °C negativos (último parágrafo), o elemento grifado pode ser substituído por “onde”. Dica de vírgula! • EXPLICATIVAS • “O secretário-adjunto, que foi nomeado titular, ainda não foi empossado” • “O Renato, que trabalha aqui, não se encontra no prédio”. • RESTRITIVAS • “O secretário-adjunto que foi nomeado titular ainda não foi empossado” • “O Renato que trabalha aqui não se encontra no prédio. Falo somente do que falo: do seco e de suas paisagens, Nordestes, debaixo de um sol ali do mais quente vinagre: que reduz tudo ao espinhaço, cresta o simplesmente folhagem, folha prolixa, folharada, onde possa esconder-se a fraude. Falo somente por quem falo: por quem existe nesses climas condicionados pelo sol, pelo gavião e outras rapinas: e onde estão os solos inertes de tantas condições caatinga em que só cabe cultivar o que é sinônimo da míngua Falo somente para quem falo: quem padece sono de morto e precisa um despertador acre, como o sol sobre o olho: que é quando o sol é estridente, a contrapelo, imperioso, e bate nas pálpebras como se bate numa porta a socos. (Trecho de “Graciliano Ramos”. João Cabral de Melo Neto. Melhores poemas de João Cabral de Melo Neto. SECCHIN, Antonio Carlos (Sel.), São Paulo: Global, 2013, formato ebook) 8- Considere as afirmações abaixo. I. Ao lançar mão da imagem de um despertador (terceira estrofe), o poeta visa a chamar para uma situação de miséria a atenção de um leitor indiferente. II. É expressa no poema a intenção de dar voz a pessoas submetidas a um contexto de privação. III. Depreende-se do poema que a miséria provocada pela seca se esconde nas folhas prolixas da paisagem. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e III. (B) II e III. (C) II. (D) III. (E) I e II. 9- Afirma-se corretamente: (A) No poema, considera-se o sol a causa da escassez da folhagem. (B) O elemento grifado em como se bate numa porta a socos indica uma causa. (C) Alguns dos adjetivos que caracterizam o sol no poema são inerte, estridente, imperioso. (D) Critica-se no poema a inércia daqueles que não se esforçam para cultivar o solo. (E) O segmento nesses climas condicionados pelo sol pode ser reescrito do seguinte modo: "nesses climas em que o sol os condiciona". Gabarito 1-D 2-C 3- D 4-D 5-B 6-A 7-C 8-E 9-A 1 2 3
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