Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Plano de Aula: Decadência e prescrição tributárias DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031 Título Decadência e prescrição tributárias Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 4 Tema Decadência e prescrição do crédito tributário. Distinção. Características e peculiaridades. Modalidades de prescrição. Objetivos Ao final da aula, o Aluno deverá: - distinguir decadência de prescrição do crédito tributário; - identificar o termo inicial e final de cada um dos prazos; - conhecer as causas de impedimento, suspensão e interrupção dos créditos tributários; - identificar o momento de ocorrência da prescrição intercorrente. Estrutura do Conteúdo 4. Decadência e Prescrição do crédito tributário 4.1. Decadência. 4.1.1. Conceito e função 4.1.2. Termo inicial da decadência em cada um dos tipos de lançamento 4.1.3. Interrupção do prazo decadencial 4.2. Prescrição. 4.2.1. Conceito e função 4.2.2. Termo inicial da prescrição 4.2.3. Suspensão ou impedimento da prescrição 4.2.4. Interrupção da prescrição 4.2.5. Prescrição intercorrente Aplicação Prática Teórica Caso Concreto Em 10/05/2010, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e notificou a empresa COMÉRCIO DE BRINQUEDOS EDUCATIVOS ABC LTDA. para recolher ICMS relativo a fatos geradores ocorridos no período de 01/06/2008 a 31/12/2008. Este tributo deveria ter sido recolhido, conforme legislação estadual até o dia 10 do mês subsequente à data da ocorrência do fato gerador. A notificada impugnou, sem sucesso, a autuação e recorreu tempestivamente ao Conselho de Contribuintes, em 20/06/2010. Em face da sobrecarga de processos na 2a. instância administrativa, o recurso restou paralisado, sem qualquer despacho nem petição das partes, até 20/09/2010, vindo a ser julgado, também desfavoravelmente ao contribuinte, em 10/10/2010. Publicada a decisão (e o aresto unânime) em 15/10/2010, foi a sociedade dela notificada, esgotando-se o prazo para pagar o débito em 22/10/2010. Não advindo pagamento nem pedido de parcelamento, foi o crédito tributário inscrito em dívida ativa, em 22/11/2016, vindo, contudo, a execução fiscal a ser ajuizada somente em 29/11/2016. Citada, a executada ofereceu bens suficientes à penhora e, efetuada esta, ajuizou embargos à execução, alegando haver ocorrido a decadência e, ad argumentandum, a prescrição. a) Procede a alegação de decadência? Se positivo, quando ocorreu? Não, pois o Fisco tinha o prazo decadencial de 5 anos, contados da data da ocorrência do fato gerador, para efetuar o lançamento. Como no caso em análise houve a impugnação do contribuinte, presume -se que houve também o lançamento, não havendo, portanto, o que se falar em decadência. b) Procede a alegação de prescrição? Se positivo, em que data teria ocorrido? Sim. A decisão administrativa foi publicada no dia 15/10 /2010 e, o prazo para pagamento do débito, esgotou-se em 22 /10/2010. Nesse sentido, a Fazenda possuí a o prazo prescricional de 5 anos para cobrar a dívida, o que só ocorreu quando do ajuizamento da execução fiscal em 29/11/2016. A prescrição ocorreu em 15/10/2015. c) Quais as causas de suspensão e as de interrupção do prazo prescricional da ação de cobrança do crédito tributário? (Mencione os dispositivos legais) As causas de suspensão, são aquelas previstas no art. 151, CTN, quais sejam: “Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; VI - o parcelamento.” Já as causas de interrupção, estão previstas no art. 174, parágrafo único e seus incisos, a saber: “Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe: I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.” d) Esgotado o prazo prescricional dessa ação, o que se extingue? Extingue-se o crédito tributário com base no art. 156, V, CTN, e prescreve a pretensão do Fisco de cobrar a dívida, com base no art.174, do mesmo dispositivo legal. e) A prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo juízo? Respostas fundamentadas. Sim, conforme art. 921, §5º do CPC, podendo ser reconhecida de ofício. Questão objetiva (FGV-2016) em dezembro de 2015, a pessoa jurídica X efetuou a entrega da declaração do imposto sobre a renda pessoa jurídica (IRPJ), relativo a fatos geradores ocorridos no mês de julho de 2015, na qual reconheceu o débito fiscal, na sua integralidade. No entanto, a pessoa jurídica X não realizou o pagamento do IRPJ, vencido em dezembro de 2015. Sobre a hipótese, é correto afirmar que a União Federal deverá A. Constituir o crédito, por meio de lançamento, até julho de 2020. B. Constituir o crédito, por meio de lançamento, até janeiro de 2021. C. Inscrever o crédito em dívida ativa, até julho de 2020. D. Ajuizar execução fiscal, até julho de 2020. E. Ajuizar execução fiscal, até dezembro de 2020.
Compartilhar