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Trabalho FEB 2 (draibe 3) Carlos Alberto Martins

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC
CENTRO SOCIO-ECONOMICO – CSE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS - CNM
FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL II 
O SEGUNDO GOVERNO DE VARGAS E RESISTENCIAS
Florianópolis, 14 de outubro de 2015
Quais eram os cinco eixos básicos de concepção varguista – 1951/1954 – do desenvolvimento do capitalismo no Brasil?
Os 5 eixos básicos da concepção varguista (51/54) eram:
Processo rápido de industrialização, concentrando no tempo, a parti de um bloco de inversões públicas e privadas em infraestrutura e indústrias de base, reservando à empresa estatal um papel estratégico e dinâmico;
Capitalização da agricultura apoiada na modernização da produção rural via inversões estatais em melhorias técnicas, mecanização, créditos e financiamentos às empresas agrícolas;
Redistribuição de renda e melhoria de condições básicas de vida das massas urbanas, privilegiando as questões de transporte e alimentação;
Estruturação de um sistema de financiamento apoiado de um lado, na criação de um banco estatal central e de regionais, e de outro na ampliação e racionalização da arrecadação tributária;
Uma articulação da economia brasileira com o capitalismo internacional, indicando condições preferenciais para a entrada do capital externo nas áreas prioritárias de investimentos, e limites à remessa de lucros;
Qual era o conteúdo das mensagens de 1951/52 de GV sobre os investimentos na área de energia e transportes?
 
Mostrava as bases da industrialização a partir de uma clara distinção entre os requerimentos de infraestrutura e os de implantação das indústrias de base, ou seja, mais uma vez os investimentos em infraestrutura, energia e transporte, velhos problemas do crescimento industrial, acrescidos agora de comunicações.
Qual era o conteúdo da Mensagem de 1951/52 de GV sobre os investimentos na indústria química, material de transportes, indústria elétrica pesada, indústria automobilística entre outras?
Mostrava a urgência de criar condições para a produção nacional do enxofre e dos álcalis, ou seja, incentivos à pesquisa tecnológica para a extração do enxofre nas jazidas de pirita e obtenção de sal em quantidades suficientes para os álcalis. Na grande indústria do transporte, abrangeu a automobilística, a fabricação de locomotivas e equipamento ferroviário, a construção naval, em escala mais modesta, a produção de material e equipamento para o transporte aéreo, fomentada pelo governo ou sob sua promoção direta, ou seja um setor a ser criado para garantir a autonomia do país no sistema nacional de transportes. Já na instalação da indústria pesada de material elétrico foi equacionada como condição de viabilidade do Plano Nacional de Eletrificação, último grande projeto de Vargas.
O que era – significado e conteúdo – do Plano Geral de Industrialização do País, apresentado em maio de 1952?
Indicava, de início, as condições básicas da expansão: maior produtividade na área energética, melhoramento e expansão dos meios de transportes e comunicações, intensificação dos fluxos de capitais, melhoramento do sistema d credito, formação de técnicos e aperfeiçoamento dos métodos de trabalho.
O que significaram o Programa de Reaparelhamento Econômico e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico criados em 1951 e 1952, respectivamente, para o governo de GV?
O Programa de Reaparelhamento Econômico foi constituído por lei para dar suporte institucional para estrutura interna de financiamento, tanto para a aplicação do montante em moeda estrangeira quanto para o levantamento de recursos para a contrapartida brasileira ao volume total previsto de um bilhão de dólares. E o BNDE foi constituído como uma agencia estatal para a execução dos planos do programa, e como agente do Tesou para operações financeiras, inclusive oferecer a garantia de créditos externos.
Qual era o propósito da industrialização brasileira basear-se na vinculação da empresa estatal com a empresa privada nacional, como centros dinâmicos deste processo?
Com a estatização, o Brasil conseguiu concentrar seus recursos e constituir uma base produtiva. Num primeiro momento da construção da Industrialização Brasileira, é visível a exploração de recursos minerais à política nacional. Logo com a criação das empresas estatais em diversos setores se buscava dar uma solução conjunta à implantação da base da indústria pesada e ao seu financiamento. Vale ressaltar também o papel importante do Estado, que mesmo não assumindo integralmente a responsabilidade de estruturar uma economia efetivamente nacional, tendo presença ao se materializar diante da ausência do capital privado nacional e em contraposição ao controle estrangeiro sobre os recursos minerais.
Como se configuravam os problemas de financiamento perante o projeto de industrialização proposto por GV?
O Projeto de industrialização Vargas tinha uma dependência de fontes do financiamento externo, dados os limites de capacidade de financiamento interno, que possuía uma orientação conservadora do Congresso para buscar recursos externos ao invés de promover reformas fiscais e financeiras que viessem a diminuir a dependência externa. Para captar recursos externos, havia clara preferência pela demanda de recursos por meio de empréstimos e financiamentos de agências públicas como BIRD e EXIMBANK, em vez de abrir espaço para investimentos diretos externos em áreas de essencialidade estratégica nacional. Vale lembrar também que empresa privada nacional não tinha condições de suportar os investimentos necessários para o salto industrializante, não restando dúvidas que quem deveria arcar com estes encargos seria a Empresa pública.
Como se encontravam estruturados os aparelhos do Estado – gestão e conflitos – perante esse projeto industrializante?
Draibe sustenta a visão de que os aparelhos regulatórios e intervencionistas visavam estabelecer um suporte ativo ao avanço da acumulação industrial, onde o projeto era dirigido pelo Estado Nacional. Esses órgãos que foram criados, reuniam-se autoridades do governo, empresários, militares e técnicos civis com forte ideologia industrializante. Logo, foi no período Vargas que esses órgãos fortaleceram perante ao Estado, de forma que representavam os interesses das classes que apoiavam o regime de exceção. Exemplo de criação de órgãos de planejamento: o Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP (1938), o Conselho Técnico de Economia e Finanças – CTEF (1937), a Coordenação de Mobilização Econômica – CME (1942), etc.
No curso dos acontecimentos como foi se processando a inserção de interesses privados nas estruturas do Estado Brasileiro, neste período?
Segundo Draibe, com o envelhecimento do aparelho estatal do Estado Novo e da nova conjuntura político institucional, o Estado novo não era capaz de desenvolver o capitalismo industrial. Então Vargas, encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de Reforma Administrativa, ocasionando então uma inflexão na forma do Estado em relação ao anterior, resultando na criação de novas agências nacionais com a função de gerir politicas globais para setores econômicos. Logo as agencias deram origem ao “Neocorporativismo” que se baseava num novo modo de inserção dos interesses privados na estrutura do estado, sendo uma articulação entre os burocratas e os interesses privados.
Em síntese, qual é a avaliação pessoal sobre o significado do projeto industrializante nacional desenvolvimentista de GV?
A gestão do Vargas foi um marco importante na história, pois seus projetos visavam desenvolver o capitalismo industrial como um todo na economia do país. Para acelerar o ritmo de expansão, acabou implementando indústrias, e criando planos e órgãos, tudo visando a melhoria e as condições básicas para sobrevivência e crescimento do país. No caso do café, que faz parte do setor exportador, além de medidas para gerar maior produtividade pretendia a retomada da defesa dos preços e regulação do comercio. Parapagamento desses projetos, houve financiamentos que foi feito através de fontes externas como o BIRD e interna como investimentos privados. Logo, como todo investimento o Brasil deu um passo a mais ao progresso, pois controlava a entrada de empresas estrangeiras, para proteger o espaço das nacionais.

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