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Antibióticos Beta-Lactâmicos Universidade Federal de Pernambuco 2018 Mchelle Melgarejo da Rosa 1. Antibiótico ideal? - Maior seletividade ao agente etiológico; - Menos efeitos tóxicos e colaterais; - Custo; 2 – Na odontologia? - Tratamento de infecções odontogênicas; - Profilaxia para risco de endocardite; - Profilaxia em pacientes imuno -comprometidos; Abordagens 1 - Antibióticos 2 - Beta-Lactâmicos 3 - Penicilinas 4 - Cefalosporinas Bactérias ● Hans Christian Joachin Gram - 1884 ● Gram-positivos: Stafilococcus aureus, Lactobacillus spp, Streptococcus pyogenes, Streptococcus pneumoniae, Clostridium tetani e Enterococcus faecalis. ● Gram-negativos: Pseudomonas aeruginosa, Haemophilus influenzae, Escherichia coli, Helicobacter pylori, Vibrio cholerae, Treponema pallidum, Salmonella, Shigella. Bactérias ● Hans Christian Joachin Gram - 1884 ● Gram-positivos: Stafilococcus aureus, Lactobacillus spp, Streptococcus pyogenes, Streptococcus pneumoniae, Clostridium tetani e Enterococcus faecalis. ● Gram-negativos: Pseudomonas aeruginosa, Haemophilus influenzae, Escherichia coli, Helicobacter pylori, Vibrio cholerae, Treponema pallidum, Salmonella, Shigella. 1. Antibióticos Mecanismos de ação Fonte: Laíssa Mara R. Teixeira Como agem os antibióticos? 2. Beta-Lactâmicos Mecanismos de ação 2. Beta-Lactâmicos Mecanismos de ação Beta-Lactâmicos Mecanismos de ação dos Beta-Lactâmicos Cefalosporinas Fonte: Katzung BG, Trevor AJl: Basic and Clinical Pharmacology, 13th Edition Penicilinas 1 Destruição dos antibióticos pelas beta-lactamases Resistência à Beta-Lactâmicos 2 Diminuição da afinidade dos PBP pelos antibióticos 3 Diminuição da permeabilidade na membrana, dificultando a entrada do antibiótico 4 Efluxo do antibiótico 3. Penicilinas Indicações Infecção generalizada Infecção comum Meningite Pneumonia Sífilis Gonorreia Otite Gram +, Gram -, aeróbias, pouco para anaeróbias Mais utilizadas Alexander Fleming 1928 Estrutura das penicilinas Ác. 6 aminopenicilânico com uma cadeia lateral ligada ao grupo 6-amino 1 - Núcleo penicilínico = Requesito para atividade 2- Anel Tiazolina - comum as penicilinas 3 - Cadeia lateral - diferentes penicilinas 1 2 3 Classificação das penicilinas Naturais Amino-penicilinas Resistentes a Beta- lactamases Amplo espectro Classificação das penicilinas Amino- penicilinas Resistentes a penicilinase Amplo espectro Naturais ▧ P. Cristalina ▧ P. Procaína ▧ Benzatina ▧ P. V Farmacocinética Absorção oral incompleta Inativa por pH àcido e alimentos Volume de distribuição baixo 90% de eliminação por secreção tubular Aministração intra-muscular, I.V. Meia vida: 30 min – 1hora Penicilina G / Benzilpenicilina Espectro Gram-positivos Baixa ação em gram-negativos Anaerobios Grupo com sensibilidade para Beta- lactamases Sensivel a S. Aureus Usos Pneumonia Meningite Sífilis Febre reumatica Gonorreia... Penicilina V: absorção oral Sais de penicilina de baixa solubilidade Modificações estruturais Penicilina procaína (sal): 12 horas Penicilina benzatina (sal) I.M. de depósito: 15 a 30 dias (sífilis, febre reumatica) - Bezetacil Bactérias produtoras de beta- lactamases Haemophilus influenzae Moraxella catarrhalis Staphylococcus aureus E. Coli Klebsiella Enterobacter Haemophilus ducreyi Classificação das penicilinas Naturais Amino- penicilinas Resistentes a penicilinase Amplo espectro ▧ Ampicilina ▧ Amoxicilina (amoxil, Clavulin) Ampicilina 1º mais ampla para gram - negativas Absorção diminuída em alimentos Administração: oral, I.V. e I.M. Resistente a meio ácido Baixa ligação proteica Eliminação urinária e biliar Bom volume de distribuição (inclusive barreira transplacentária) Meia vida de 30 minutos Amoxilina Aeróbios, anaeróbios, Gram-positivos, Gram-negativos Absorção não reduz em alimentos Administração: oral, I.V. e I.M Resistente a meio ácido Baixa ligação proteica Eliminação: renal Bom volume de distribuição (inclusive barreira transplacentária) Meia vida de 60 minutos Ampicilina 1º para gram - negativas Absorção diminuída em alimentos Administração: oral, I.V. e I.M. Resistente a meio ácido Baixa ligação proteica Eliminação urinária e biliar Bom volume de distribuição (inclusive barreira transplacentária) Meia vida de 30 minutos Amoxilina Aeróbios, anaeróbios, Gram-positivos, Gram-negativos Absorção não reduz em alimentos Administração: oral, I.V. e I.M Resistente a meio ácido Baixa ligação proteica Eliminação: renal Bom volume de distribuição (inclusive barreira transplacentária) Meia vida de 60 minutos Cistite, meningite, pneumonia, otite, sinusite, septisemias, inf comuns USOS a beta-lactamases SENSÍVEIS Tetraciclinas, eritromicina EFEITO BACTERIOSTÁTICO Classificação das penicilinas Naturais Amino-penicilinas Resistentes a penicilinase Amplo espectro ▧ Oxacilina ▧ Meticilina Meticilina Pequeno espectro (Estafilococos) Ativa para S. Aureus Absorção alterada por alimentos Administração I.V. Baixa disponibilidade pela via oral Alta ligação a proteínas (90%) Eliminação: renal Atravessa barreira placentária (Oxacilina - melhor em meio ácido - maior biodisponibilidade oral.) Outros Oxacilina Nafcilina Cloroxina Dicloxacilina Meticilina Pequeno espectro (Estafilococos) Absorção alterada por alimentos Administração I.V. Baixa disponibilidade pela via oral Alta ligação a proteínas (90%) Eliminação: renal Atravessa barreira placentária Meia vida de 30 minutos Outros Oxacilina Nafcilina Cloroxina Dicloxacilina Abscessos Septicemias Pneumonias USOS (Oxacilina - melhor em meio ácido - maior biodisponibilidade oral.) Classificação das penicilinas Naturais Amino-penicilinas Resistentes a penicilinase Amplo espectro ▧ Ureidopenicilinas ▧ Carboxipenicilinas Carboxipenicilinas Aeróbios, anaeróbios, Gram-positivos, Gram-negativos Anti-pseudonomas Administração: I.V. e I.M. Pouco metabolizadas Resistentes a pH ácido Ureidopenicilinas Amplo espectro Aministração: I.V. e I.M. Carboxipenicilinas Aeróbios, anaeróbios, Gram-positivos, Gram-negativos Anti-pseudonomas Administração: I.V. e I.M. Pouco metabolizadas Resistentes a pH ácido Degradam flora endógena Ureidopenicilinas Amplo espectro Aministração: I.V. e I.M. Infecção urinária por P. aeruginosa Septicemias USOS a beta-lactamases SENSÍVEIS Inibidores de Beta-lactamases Acido Clavulanico Sulbactam Tazomactam Associacao de inibidores de Beta- lactamases com penicilinas Acido Clavulanico + Amoxicilina Sulbactam + Ampicilina Tazomactam + Piperacilina Não se recomenda mais de 14 dias – problemas hepáticos Efeitos Adversos Reações alérgicas Imediatas: perigosas, até 30 min depois da administração – rashes cutâneos, febre, calafrios, aumento dos batimentos cardíacos Aceleradas: 1 – 72 hrs – podem colocar vida em risco; Tardias: mais frequentes – dias ousemanas depois – menos perigosas; Menos comum: Febre, anemia hemolítica, eosinofilia, vasculite… Efeitos Adversos Em pacientes com insuficiência renal, dose menor Altas doses I.V – convulsão Destruição da flora normal – DANO TGI Caso clinico Conduta medica esta correta? Infeccao por S. Aureus Tratamento: Penicilina G 4. Cefalosporinas Cefalosporinas Núcelo central ácido 7 aminocefalosporônico (7APA) Maior Resistência as beta- lactamases Sensível a cefalosporinases Maior lipossolubilidade (SNC) V.O, I.M, I.V. Mais estável em pH ácido Amplo espectro Aumento Meia vida Primeira Geração de Cefalosporinas Cefalotina Cefalexina Cefalozina Cefadroxil Gram-positivos, Estafilococos, Anaeróbicos Sífilis, Gonorréia, Infecção no trato urinário, Infecção estafilococácia Exemplos Espectro de ação Usos Estável frente a ácido - administrado por via oral Pouco para gram negativas Segunda Geração de Cefalosporinas Cefaclor Cefuroxima Cefoxima Maior contra Gram- negativos Entéricos (E.Coli, Klebisiella, Influenzae) Infecção respiratória comunitária quando não se sabe o agente, Infecção urinária, abdominais Exemplos Espectro de ação Usos Terceira Geração de Cefalosporinas Cefataxima ceftriaxona Ceftazidina Maior para Gram negativos e Enterobactérias Maior para estafilococos Maior para pseudomonas Moderadas para anaerobios Sensíveis a penicilina, Meningite, Inf. urinária Exemplos Espectro de ação Usos Atravessam BHC!! Via oral e parenteral Quarta Geração de Cefalosporinas Cefepima Semelhante a 3° geração Maior para bacilos Aeróbios Gram-negativos Não atua com Enterococos Modesta ativ. Para anaerobios Infecções hospitalares, Pneumonias, Sensíveis a penicilina Exemplos Espectro de ação Usos Alta permeabilidade nas membranas Espectro mais equilibrado Cefalosporinas Semelhante a 3° geração Maior para bacilos Aeróbios Gram-negativos Não atua com enterococos Espectro de ação Usos ** Ceftobiprole - cefalosporina de quinta geração - age no estafilococo resistente a meticilina - super bactéria!! Efeitos Adversos Semelhantes às penicilinas Podem ocasionar: -Hipersensibilidade -Flebite -Algumas alterações no trato gastro-intestinal Responda 1) Assinale as questões corretas e incorretas e justifique as resposta A) Penicilinas G são rapidamente absorvidas em pH ácido quando administradas por via oral B) A maioria das penicilinas são altamente eficazes contra cocos Gram + , e não são destruídas pelas β lactamases C) A resistência bacteriana pode ocorrer devido a incapacidade dos antimicrobianos se ligarem a PBP ( penicilina binding proteína) e desta forma, nao inibirem transpepitidases. D) Uma associação farmacológica eficaz no controle de infecções bacterianas se baseia no uso de penicilinas com inibidores de betalactamases. l Responda Paciente com infecção por P. aeruginosa (Gram -) foi tratada com cefalexina (cefalosporina de 1G), entretendo os sintomas pioraram depois de dois dias de tratamento, explique o por que. ( ) O uso de Cefataxina ( cefalosporina de 3G) foi adequado para um tratamento de infecção intestinal por enterobactérias . ( ) Cefalosporinas de 3G - tratamento de escolha para meningite. ( ) Foi receitado a um paciente amoxicilina por 5 dias consecutivos, 1 vez ao dia para o tratamento de Otite. O paciente parou de tomar no 3 dia, pois apresentava melhora clínica. Entretanto a infecção se manifestou de modo mais agressivo. A conduta errada do paciente levou a um quadro de resistência bacteriana. Referências ▧ Rang HP, Dale MM, et. al: Pharmacology, 7th Edition ▧ Katzung BG, Trevor AJl: Basic and Clinical Pharmacology, 13th Edition ▧ Brunton L, Parker K, et. Al: Goodman & Gilman - Manual of Pharmacology and Terapeutics. 10th Edition Obrigada! Alguma pergunta? Michelle Melgarejo da Rosa melgarejo.rosa@gmail.com 998130818