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Tipos de morte celular: Necrose e Apoptose Biologia Celular e Molecular, 2008/2009 Objectivos: • Definir o papel da morte celular em biologia, tanto fisiológica quanto patologicamente. • Exemplificar a sua função no desenvolvimento embrionário, na organogénese, na renovação de células, na regressão de tumores e ainda em processos neurodegenerativos • Definir necrose. • Listar alguns tipos de necrose e caracterizar as diferentes alterações celulares. • Definir a apoptose. • Identificar e descrever as diferentes vias apoptóticas. Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Homeostase de um organismo multicelular Controlada por: Proliferação – Diferenciação – Morte Celular Remoção activa de células indesejáveis a uma comunidade social Controlo social da comunidade Sobrevivência do organismo Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Longevidade das células • 210 tipos de células diferentes • Cerca de 5x1011 de células de sangue morrem por dia • Os neutrófilos vivem 6-7 h na circulação Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Em células incapazes de receber sinais de sobrevivência e/ou capazes de receber sinais de morte Em células que não podem reparar uma lesão adequadamente Perda do contacto c/ membrana basal - ANOIKIA (Loss of Home) Hormonas, citocinas (TNF), Radiação, citostáticos Activação de um programa genético de suicídio Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Morte celular em diferentes processos biológicos Desenvolvimento embrionário Ex: Formação dos dedos Sindactilia Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Evolução da perda neuronal num doente de Parkinson Actividade Dopaminérgica Doenças degenerativas Morte celular patológica Cancro Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Necrose: • Processo passivo (independente de ATP) • Caracterizado por uma destruição massiva da célula: -Colapso da membrana plasmática e por conseguinte das membranas dos organelos -Libertação dos componentes intracelulares -Geralmente, os restos celulares são difíceis de serem fagocitados, por falta de emissão de sinais, pelas células do sistema imunológico ! inflamação Morte acidental das células ou de um tecido, por causas fisiológicas (isquémia, isto é, obstrução arterial), traumatismos graves ou agentes infecciosos (fungos, bactérias e vírus) Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Exemplos de doenças onde a necrose está envolvida: Peste bubónica (peste negra) • Pandemia que, no século XIV (Idade Média), assolou a Europa e dizimou cerca de 25 a 75 milhões de pessoas (1/3 da população). • Doença infecciosa causada pela Yersinia pestis, bactéria transmitida ao homem pelas pulgas dos ratos-pretos (Rattus rattus) ou outros roedores. – Estas bactérias (bacilos) invadem os nódulos linfáticos que ficam inflamados, necróticos e hemorrágicos. Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Acidente Vascular Cerebral: interrupção da irrigação sanguínea (oxigénio e glicose) numa região do cérebro ! perda da função neuronal; Existem dois tipos: Isquémico: falta de irrigação Hemorrágico: ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano Factores de risco para AVC: Hipertensão, Aterosclerose, Diabetes, Colesterol elevado, Tabagismo, Álcool, Problemas cardíacos Doença Vascular Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Gangrena devido a uma úlcera diabetica • Gangrena: é a necrose de um tecido por isquémia, ou seja, devido a uma obstrução arterial, por embolia, choque, infecção, ou por exposição a frio intenso !1º. perda do fornecimento de oxigénio e outros nutrientes !2º. invasão bacteriana !3º. putrefacção do tecido Doença Vascular Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Necrose - eventos celulares http://www.youtube.com/watch?v=g4tlx2W8ssY Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso O que é a Apoptose Apoptose ou Morte Celular Programada é um modo de "autodestruição celular" que requer energia e síntese proteica, exercendo o papel oposto ao da mitose Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Regulação defeituosa - Doenças Cancro, doenças autoimunes Doenças neurodegenerativas, SIDA, osteoporose, envelhecimento Regulação defeituosa - Doenças Cancro, doenças autoimunes Doenças neurodegenerativas, SIDA, osteoporose, envelhecimento Condições fisiológicas Desenvolvimento embrionário - Metamorfose - Morfogenese - Sinaptogenese Adulto - Normal turnover celular - Selecção tímica negativa - Citotoxicidade mediada por células Condições fisiológicas Desenvolvimento embrionário - Metamorfose - Morfogenese - Sinaptogenese Adulto - Normal turnover celular - Selecção tímica negativa - Citotoxicidade mediada por células Apoptose Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Fases da apoptose A mitocôndria controla a decisão para a morte celular Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Citocromo c Morte da Célula Receptores Membranares Apoptóticos (Família TNF/NGF) Pró-Caspase-8 Domínio Apoptótico Molécula Adaptadora Caspase-8 Insultos Celulares (comp. citotóxicos, radiação, choque térmico, privação de factores de crescimento) Pró-Caspase-9 ApoptossomaApoptossoma Caspase-9 Caspase-3 Caspase-7 Caspase-6 Caspase-2 Pró-Caspase-4 RERE Caspase-4 Insultos ao RE (Tapsigargina) NNúúcleocleo Condensação e Fragmentação do ADN Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Via membranar ou extrínseca Via membranar ou extrínseca Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Via mitocondrial ou intrínsecaVia mitocondrial ou intrínseca Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária SandraMorais Cardoso Libertação de Citocromo c da Mitocôndria A B C D BaxBax tBidtBid !![Ca[Ca2+2+], ROS, ], ROS, !"#!"#mm, , Bax, Bax, !!pH, PpH, Pii, , $$[[nuclenucleóótidos adeninatidos adenina]] (Desagher & Matinou, 2000) A) Formação de um megacanal mitocondrial não selectivo de elevada condutância (PTP: ANT + VDAC + Ciclofilina D) Ruptura não EspecRuptura não Especíífica da fica da Membrana Mitocondrial Membrana Mitocondrial ExternaExterna FormaFormaçção de Canais ão de Canais Condutores de Citocromo cCondutores de Citocromo c Função Mitocondrial Preservada (Importante para o processo de activação das caspases) Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Via mitocondrial ou intrínsecaVia mitocondrial ou intrínseca Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso ProteProteíínasnas AntiAnti--apoptapoptóóticasticas ProteProteíínana ProPro--apoptapoptóóticatica MorteMorte celularcelular porpor apoptoseapoptose Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Proteínas que promovem ou suprimem a apoptose • Pró-apoptóticas Função Caspases Clivagem de enzimas, citosqueleto e canais iónicos Bax, Bad Formação de poros, libertação de Cit c Receptores do glutamato Influxo de Ca2+, activação de cinases e proteases Fas Inicia cascata da morte/caspase-8 Par-4 Disfunção mitocondrial, inibição NF-kB p53 Transcrição genes de morte, aumento de acção da Bax • Anti-apoptóticas Bcl-2, Bcl-XL Estabiliza função mitocondrial, antioxidante IAPs Inibição das caspases Factores tróficos/Citoquinas Expressão de enzimas antioxidantes, proteínas reguladoras de Ca2+, IAPs, Bcl-2 Telomerase Previne o encurtamento dos telómeros Enzimas antioxidantes Reduz o stresse oxidativo Proteína cinase C% Estimula a expressão de NF-kB Proteínas que ligam Ca2+ Homeostase de Ca2+ Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso APOPTOSE Activação de Caspases (cysteine-aspartic proteases) & Activação de endonucleases & Fragmentação do DNA Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Apoptose: eventos celulares http://www.youtube.com/watch?v=witLM-V2v8 Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso • Anexina • Br-dUTP • TUNEL • Imunohistoquímica • Função mitocondrial • Microarrays Análise da Apoptose Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso • São proteínas que ligam fosfolipidos na presença de cálcio • As alterações celulares que ocorrem durante o processo apoptótico incluem a perda da assimetria dos fosfolípidos numa fase inicial • Os conjugados de Anexina V são utilizados para se detectar células apoptóticas • Utiliza-se a Anexina V marcada fluorescentemente (Citometria de fluxo, microscopia de fluorescência e confocal) Anexina PI Annexin V Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso • Degradação do ADN genómico em fragmentos de 180-200 pb • A fragmentação cria locais 3’-OH • Estes locais podem ser marcados com Br-dUTP (bromodeoxiuridina trifosfato) • Pela acção da TdT (transferase terminal) “DNA Laddering” Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso • Análise da expressão génica diferencial • Genes agrupados em famílias de genes Nº total de genes envolvidos na apoptose: 198 “Microarrays” Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso • Seres humanos têm aproximadamente 1014 células -Capazes de entrarem em apoptose • O processo apoptótico pode ficar comprometido -Pode resultar numa morte celular inapropriada dando origem a doença • Potencial uso terapêutico -Modulação da apoptose para o tratamento de doenças Apoptose na clínica Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Factores Genéticos e Ambientais podem desencadear a apoptose: Disorder Genetic factors Environmental factors AD PD HD ALS APP, Presenilin mutations, ApoE '-synuclein, parkin mutations Poly-CAG expansions in huntingtin Cu/Zn-SOD mutations Head trauma, low education, calorie intake Head trauma, toxins, calorie intake Toxins, autoimmune response Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Doença de Alzheimer * Doença neurodegenerativa que ocorre tardiamente: - clinicamente ( decréscimo progressivo da capacidade cognitiva - primeiro sintoma da DA ( declínio da memória recente * Estadio inicial da DA: Alteração do citosqueleto por hiperfosforilação anormal da proteína tau (neurónios piramidais corticais) - A tau fosforilada dissocia-se dos microtúbulos ( filamentos insolúveis * Cortex cerebral de doentes de DA: depósitos extracelulares de b-amilóide (Ab, )4 kDa); Ab - produto minoritário do metabolismo da APP Evidências de morte celular por apoptose: - decréscimo Bcl-2 em neurónios contendo tranças neurofibrilhares - aumento dos níveis de Bax (obs. antes da clivagem do ADN) - abertura PTP; libertação citocromo c; activação de caspases Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso “Gostaria de não ficar inutilizada e se possivel melhorar” (Escrito por um doente de Alzheimer) Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso • Causadas por repitição do codão CAG, que codifica a glutamina Doença de Poliglutaminas Disease Gene name Chromosomal location Pattern of inheritance Protein Normal repeat length Disease repeat length Spinobulbar muscular atrophy (Kennedy disease) AR Xq13–21 X-linked recessive androgen receptor (AR) 9–36 38–62 Huntington disease HD 4p16.3 autosomal dominant huntingtin 6–35 36–121 Dentatorubral- pallidoluysian atrophy (Haw River syndrome) DRPLA 12p13.31 autosomal dominant atrophin-1 6–35 49–88 Spinocerebellar ataxia type 1 SCA1 6p23 autosomal dominant ataxin-1 6–44 39–82 Spinocerebellar ataxia type 2 SCA2 12q24.1 autosomal dominant ataxin-2 15–31 36–63 Spinocerebellar ataxia type 3 (Machado-Joseph disease) SCA3 14q32.1 autosomal dominant ataxin-3 12–40 55–84 Spinocerebellar ataxia type 6 SCA6 19p13 autosomal dominant '1A-voltage- dependent calcium channel subunit 4–18 21–33 Spinocerebellar ataxia type 7 SCA7 3p12–13 autosomal dominant ataxin-7 4–35 37–306 Spinocerebellarataxia type 17 SCA17 6q27 autosomal dominant TATA binding protein 25–42 45–63 Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Mecanismos celulares Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Biologia da Proteólise: Autofagia e Sistema Ubiquitina Proteassoma Biologia Celular e Molecular, 2008/2009 Objectivos: • Descrever o processo autofágico e relacionar este processo com a doença. • Descrever autofagia celular como a chave para o desenvolvimento de novos tratamentos contra o cancro, doenças degenerativas e infecções. • Descrever o papel dos lisossomas na função celular. • Identificar as doenças associadas à disfunção dos lisossomas. • Definir o papel do sistema ubiquitina-proteassoma na função celular. • Identificar as doenças associadas à disfunção do proteassoma. Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Rough ER Smooth ER Centrosome CYTOSKELETON Microfilaments Microtubules Microvilli Peroxisome Lysosome Golgi apparatus Ribosomes Nucleolus Chromatin NUCLEUS Flagelium Intermediate filaments ENDOPLASMIC RETICULUM (ER) Mitochondrion Nuclear envelope Plasma membrane Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Lisossomas: compartimentos Digestivos Lisossoma – É um organelo membranar do citosol das células – Contem várias enzimas hidrolíticas – Tem um pH de 4.5 a 5.5 – Tem como função a digestão intracelular Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Lisossomas: compartimentos Digestivos As enzimas do lisossoma são as hidrolases Peptidases DNAases RNAases Lipases Fosfatases Glucosidases Carboxilases Sulfatases Esterases Existe uma hidrolase para cada tipo de biomolécula Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Lisossomas: compartimentos Digestivos H+ Glicoproteínas que protegem contra a hidrólise Transportadores membranares Bomba de protões H+ H+ H+ H+ aminoácidos glucose nucleótidos Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Função dos lisossomas • Fagocitose: processo pelo qual as células internalizam material do meio extracelular (<0.5 !m) que é depois digerido pela acção do lisossoma. Ex: macrofagos • Autofagocitose ou autofagia: processo pelo qual as células degradam organelos velhos ou danificados • Endocitose mediada por receptores: processo pelo qual as células que tem determinados receptores tomam determinadas macromoléculas. Ex: hormonas, anticorpos, lipoproteínas Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Digestão intracelular Fagocitose (a) Phagocytosis: lysosome digesting food 1 µm Lysosome contains active hydrolytic enzymes Food vacuole fuses with lysosome Hydrolytic enzymes digest food particles Digestion Food vacuole Plasma membrane Lysosome Digestive enzymes Lysosome Nucleus Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Autofagocitose Fagocitose Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Doenças associadas aos lisossomas Morquio A Disease Morquio B Disease Mucolipidosis IIIC Mucolipidosis IV Mucopolysaccharidosis IX Multiple Sulfatase Deficiency Neuronal Ceroid Lipofuscinosis Niemann-Pick Disease A, B, C1, and C2 Northern Epilepsy Pompe Disease Pseudo-Hurler Polydystrophy (mucolipidosis IIIC) Pycnodysostosis Salla Disease Sandhoff Disease Sanfilippo disease A, B, C, and D Santavuori-Haltia disease Scheie Disease Schindler Disease Sialidosis Sly disease Sphingolipid Activator Protein Deficiency Tay-Sachs Disease Wolman Disease Aspartylglucosaminuria Batten Disease Cholesterol Ester Storage Disease Cystinosis Danon Disease Fabry Disease Farber Disease Fucosidosis Galactosialidosis Gaucher Disease GM1 Gangliosidosis GM2 Gangliosidosis (AB Variant) Hunter Disease Hurler Disease Hurler-Scheie Disease I-Cell Disease (mucolipidosis II) Infantile Free Sialic Acid Storage Disease Jansky-Bielschowsky Disease Krabbé Disease Kuf Disease Mannosidosis Maroteaux-Lamy Disease Metachromatic Leukodystrophy Sistema Ubiquitina-Proteassoma: processo de degradação proteica • Ubiquitinação – Marcação da proteína alvo a uma cadeia de poliubiquitina – Direciona estas proteínas para o proteassoma • Proteassoma – É um complexo multienzimático que degrada proteínas – Estas enzimas são proteases Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Via da Ubiquitinação E1, activadora da ubiquitina E2, conjugadora da ubiquitina E3, ligase da ubiquitina4 monomeros de ubiquitina Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Translocação de proteínas marcadas DUB: Enzimas que desubiquitinam ou são proteases específicas para a ubiquitina; ambas removem a ubiquitina das proteinas alvo, impedindo a sua degradação Proteólise A subunidade 20S do proteassoma tem 3 subunidades catalíticas com diferentes especificidades para o substracto: -“Quimiotripsina-like” -“Tripsina-like” -“PHGH-like” (peptidyl-glutamyl peptide-hydrolyzing) O resultado da proteólise são polipeptídeos de 4 a 25 resíduos Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Via de degradação • Essencial para muitos processos celulares: Ciclo celular-mitose Expressão génica Respostas ao stress oxidativo Apoptose • Produtos da degradação: Pequenos peptídeos Factores de transcrição activos-NFkB Reguladores do ciclo celular activos- p53 Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Função do Proteossoma http://www.youtube.com/watch?v=w2Qd6v-4IIc Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Disfunção do proteossoma • Inibição Actividade anti-tumural Redução das lesões da psoriase Efeito positivo na asma Doenças associadas ao proteossoma • Directamente: Duas formas familiares de Parkinson: Mutação no gene da parkina (ligase E3 da ubiquitina) Mutação no gene da UCHL1 (terminal carboxilico da hidrolase 1 da ubiquitina)• Indirectamente: Doença de Parkinson Doença de Creutzfeldt-Jakob Doença de Huntington Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Doença de Parkinson • Afecta 1-2 % da população >65 anos • Esporádica ou familiar • Marcadores Neuropatológicos: - Morte dos neurónios dopaminérgicos na substantia nigra pars compacta seguida de perda da inervação dopaminérgica do striatum - Corpos de Lewy ('-sinucleína agregada) • Característica clínicas: - distúrbios extrapiramidais : bradicinésia, tremor de repouso, rigidez Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Kuru Doença neurológica descoberta em 1950 no povo Fore da Papua Nova Guiné Tipo de encefalia espongiforme Sintomas: tremores Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Doença Creutzfeldt-Jakob • Afecta 1-1000000 de indivíduos • Idade média de início 50 anos • Sintomas: perda de memória, tremores, desordem na marcha, postura rígida e ataques epilépticos devida à uma rápida perda de células cerebrais causada por uma proteína transmissível chamada prião Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Doença de Hungtinton Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso • Idade média de início: 40-50 anos (tb alguns casos de ocorrência juvenil) • Morte dos doentes após 10-20 anos • Autossómica dominante (1:10000 indivíduos) • Marcadores Neuropatológicos: - Morte dos neurónios ao nível do estriado, envolvido na iniciação dos movimentos voluntários, e do cortex cerebral • Característica clínicas: - Movimentos involuntários, frequentes e rápidos, - Redução da função cognitiva e demência progressiva distúrbios Doença de Hungtinton Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso AutofagiaLysosome containingtwo damaged organelles 1 µ m Mitochondrion fragment Peroxisome fragment É um processo catabólico que envolve a degradação de componentes celulares através da maquinaria do lisossoma Permite manter a homeostase celular, entre a síntese e a degradação de produtos celulares Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Tipos de autofagia Macroautofagia Caracteriza-se pela sequestração de organelos ou de proteínas numa vesícula membranar- autofagossoma- que posteriormente funde com o lisossoma – autofagolisossoma- sendo o seu conteúdo degradado por hidrolases lisossomais Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Microautofagia Ocorre quando os lisossomas “engolem” partes do citoplasma Tipos de autofagia H+ H+ Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Tipos de autofagia Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Desde o principio… Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Autofagia: visualização por M.E. Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Funções da autofagia • Privação de nutrientes – Durante o jejum prolongado, os níveis de autofagia aumentam: ! degradação de componentes celulares não vitais e, consequentemente, ! libertação de nutrientes para a própria célula ! processo de sobrevivência, adaptativo, da célula e do organismo. • Infecção – Quando as células são infectadas por determinadas bactérias, o processo autofágico é activado como forma de as eliminar. • Morte celular autogáfica (autophagic cell death) – Morte celular tipo II Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Regulação da autofagia Estimulam a autofagia Inibem a autofagia TOR-Regulador da autofagia Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Como é que a autofagia mata uma célula? Autofagia massiva (Morte celular tipo II) Durante este processo ocorre a destruição de largas porções de citosol e de organelos, causando uma irreversível atrofia celular, induzindo o colapso da função celular. Autofagia activa a Apoptose (Morte celular tipo I) A autofagia desenvolve-se como a primeira resposta ao estimulo (stress) e só depois activa a apoptose que vai ser responsável pela morte celular Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso A relação entre a autofagia e a apoptose Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Interacção entre a autofagia e a apoptose Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Doenças associadas • Indirectamente: Doença de Parkinson Doença de Alzheimer Doença de Huntington Cancro SIDA Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Doença de Parkinson Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso • A SIDA é provocada pelo vírus da imunodeficiência humana (human imunnedeficiency virus, HIV), podendo a sua transmissão ocorrer por: – relações sexuais, – contacto com sangue infectado (por exemplo, transmissão de mãe para filho durante a gravidez ou durante o parto), – amamentação (transmissão de mãe para filho). • A SIDA matou mais de 20 milhões de pessoas nos últimos 20 anos. • Ao atingir o sistema sanguíneo do organismo humano, o VIH começa de imediato a reproduzir-se nos linfócitos T4 (células CD4+) conduzindo-os à sua morte. • Sob a acção do vírus, a função de defesa do organismo fica enfraquecida; a pessoa infectada, ou seropositiva, torna-se mais vulnerável à infecção por outras bactérias e vírus ! doenças oportunistas: são exemplos as formas raras de pneumonia, toxoplasmose, candidose, meningite criptocócica e cancros, como o Sarcoma de Kaposi. HIV-SIDA Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso HIV-SIDA • No início ! infecção aguda (até quatro semanas após o contágio) – O indivíduo infectadomanifesta vários sintomas pouco característicos, semelhantes aos de uma gripe; • O vírus continua-se a multiplicar, podendo o indivíduo ser seropositivo e não apresentar quaisquer sintomas por um período de tempo longo (exemplo, 15 anos); • O organismo já não consegue repor completamente a quantidade de células CD4+ destruídas pelo vírus; esta fase caracteriza-se por uma imunodepressão moderada, com sintomas e sinais associados: emagrecimento, suores nocturnos, diarreia prolongada e febre; • O indivíduo seropositivo passa a desenvolver a doença – SIDA –quando as células CD4+ baixam para valores inferiores a 200 celulas por mililitro de sangue, ficando o organismo desprotegido ! infecções e/ou doenças oportunistas. Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso HIV-SIDA Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso HIV-SIDA Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Cancro Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Cancro Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Bibliografia • Papers: - Kanduc D et al. Cell death: apoptosis versus necrosis (review). Int J Oncol, 21: 165-170 (2002) – Klionsky DJ. Autophagy: from phenomenology to molecular understanding in less than a decade. Nat Rev Mol Cell Biol, 8: 931-937 (2007). – Ravikumar B, Rubinsztein DC. Role of autophagy in the clearance of mutant huntingtin: a step towards therapy? (Review) Mol Aspects Med, 27: 520-527 (2006). – Espert L et al. Autophagy and CD4+ T lymphocyte destruction by HIV-1 (Review). Autophagy. 3: 32-34 (2007). - Karantza-Wadsworth V, White E. Role of autophagy in breast cancer. Autophagy. 3: 610-613 (2007) – Kanduc D et al. Cell death: apoptosis versus necrosis (review). Int J Oncol, 21: 165-170 (2002) – Maiuri MC et al. Self-eating and self-killing: crosstalk between autophagy and apoptosis. Nat Rev Mol Cell Biol, 8: 741-752 (2007) – Thorburn A. Apoptosis and autophagy: regulatory connections between two supposedly different processes. Apoptosis (in press, 2008) • Livros: - Alberts et al. Cell Biology: Chapter 18 Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Biologia das células estaminais: Terapias Celular e Génica Biologia Celular e Molecular 2008/2009 Objectivos: • Definir o que são células estaminais. • Identificar os diferentes tipos de células estaminais. • Explicar o cancro como uma doença das células estaminais. • Analisar a aplicabilidade da terapia celular na prática clínica. -Doenças autoimunes -Diabetes -Doenças Neurodegenerativas • Descrever a Terapia Génica como um novo ramo terapêutico da medicina moderna. • Analisar a aplicabilidade da terapia génica na terapia celular -Exemplificar a importância dos siRNA Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Células estaminais • Células indiferenciadas com capacidade proliferativa. • Podem-se diferenciar em diferentes tipos celulares em resposta a diferentes estímulos. • Têm o potencial de se desenvolver em células maduras, com funções especializadas Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Classificação das células estaminais • Células Totipotentes: Zigoto ou Ovo fertilizado • Células Pluripotentes: Células que dão origem a todas as células das camadas embriónicas germinativas • Unipotente: dão origem a um tipo específico de células Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Células estaminais embrionárias Derivam do embrião antes da sua implantaçãono útero Oviducto Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso • Uma fonte de células estaminais não embrionárias é o sangue do cordão umbilical, que possui uma grande concentração de células estaminais hematopoiéticas, para além de células estaminais mesenquimais e células estaminais/progenitoras endoteliais. • Estas células estaminais neonatais podem ser colhidas e processadas logo após o nascimento, num processo totalmente seguro e indolor para a mãe e para o recém-nascido, tendo substancial aplicabilidade terapêutica Células estaminais da placenta e do cordão umbilical Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Células estaminais adultas Como qualquer célula estaminal divide-se durante longos períodos dando origem a cópias idênticas, Podem dar origem a diferentes tipos de células diferenciadas Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Tipicamente são chamadas de células precursoras ou progenitoras de um determinado tipo de células diferenciadas Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Tipos de células estaminais adultas • Células estaminais neuronais: - na zona Subventricular - na zona Ventricular - no Hipocampo - no cérebro fetal - na crista neural • Células estaminais da medula óssea e sangue: - Hematopoiéticas - Medula óssea • Células estaminais adultas em diferentes tecidos: - Células progenitoras endoteliais - Células musculo esquelético - Células precursoras epiteliais da pele e sistema digestivo - Células do pâncreas e fígado Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Plasticidade de células estaminais adultas Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Doenças autoimunes • Esclerose múltipla • Diabetes tipo1 • Lúpus • Tem de distinguir os mais variados componentes celulares do próprio corpo dos componentes celulares dos organismos invasores •Infecção versus Doenças autoimunes • Pneumonia • Cistite Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina DentáriaSandra Morais Cardoso Sistema Imunológico • No Timo as células T são educadas a distinguirem as proteínas do próprio corpo das outras • As células T auto-reactivas, são eliminadas no Timo • Se o sistema falha: doenças auto-imunes Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Células estaminais hematopoiéticas • Hematopoiese: todas as células derivadas de uma única célula precursora, o hemocitoblasto, que dá origem a um progenitor para cada tipo de célula - Eritrócitos - Leucócitos - Plaquetas Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Diferenciação das células hematopoiéticas e da medula Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Selecção de células estaminais hematopoiéticas FACS Células marcadas com fluorescência (1:10000 células) Células ligadas a ferro Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Cancro uma doença das células estaminais • As células estaminais adultas permaneceram no organismo durante um período de tempo alargado, podendo acumular mutações pró- oncogénicas. • As células estaminais (em constante divisão) podem facilmente adquirir um fenótipo tumorogénico. • O transplante de células estaminais em indivíduos adultos pode conduzir à formação de tumores: teratocarcinomas, tumores complexos derivados de células embrionárias pluripotentes. No entanto nunca foram encontradas metástases após transplantes de células estaminais embrionárias. Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Terapêutica • Drogas anti-inflamatórias, imunossupressores (esteróides, inibidores de citocinas) • Transplante de células hematopoiéticas do próprio indivíduo (autólogo) - Injecções de um factor de crescimento: libertação de células estaminais da medula óssea para a corrente sanguínea - Isolam-se as células estaminais do sangue do doente - Faz-se quimioterapia e/ou radioterapia para eliminar as células maduras do sistema imunológico - Transfusão das células estaminais, que migram para a medula óssea onde se começam a diferenciar 7 doentes com Lúpus receberam este tratamento e durante 3 anos não necessitaram de medicação imunossupressora Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Diabetes • Caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia). • Os sintomas mais comuns são: secreção excessiva de urina (poliuria), sede (polidpsia) e fome (polifagia) intensas. • O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune caracterizada pela destruição das células beta pancreáticas pelas células do sistema imune, e os pacientes necessitam de injecções de insulina exógena para sobreviver. • O diabetes tipo 2, está intimamente relacionado a obesidade e atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos. Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso How are embryonic stem cells stimulated to differentiate? Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Doenças Neurodegenerativas: Doença de Parkinson !! Segunda doença neurodegenerativa mais comum - idade média de início: 55 anos !! Afecta 1-2 % da população > 65 anos !! Idade é o principal factor de risco Características clínicas !! ~80% dos casos de Parkinsonismo !! distúrbios motores graves - bradicinésia (lentidão de movimentos) - tremor de repouso - rigidez Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Na doença de Parkinson a via nigrostriatal degenera ! Perda acentuada de neurónios dopaminérgicos que projectam para o putamen e modesta dos neurónios que projectam para o caudate ! Despigmentação da SNpc devido à perda de neurónios dopaminérgicos (perda do pigmento castanho escuro neuromelanina) Início dos sintomas: ~80% de deplecção de DA no putamen e ~60% de morte de neurónios dopaminérgicos na SNpc Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Terapias Neuroprotectoras "Antioxidantes " L-DOPA " Agonistas dopaminérgicos " Antagonistas dos receptores do glutamato " Inibidores da NOS Terapias de Substituição Celular " Transplantes: células neuronais fetais células estaminais embrionárias células estaminais neuronais adultas Terapias na doença de Parkinson Terapias Cirúrgicas " Estimulação cerebral profunda " Palidotomia Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Transplante de células neuronais fetais dopaminérgicas Problemas: éticos (neurónios de mesencéfalo de fetos com 6 a 9 semanas) células não formam sinapses viabilidade e funcionalidade das células aquisição de um fenótipo dopaminérgico Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Investigação em células estaminais: porquê? http://www.youtube.com/watch?v=a9WB_PXjTBo Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Ensaios clínicos em 2005: 10% doenças hereditárias monogénicas (ex: fibrose quística, SCID) 66% doenças poligénicas (ex: cancro) Embora esta tenha muito potencial, é ainda muito experimental Fase I: número pequeno de pacientes que são cuidadosamente observados, sendo dada atenção especial a quaisquer efeito colateral detectados. Testada em várias doses, com o objectivo de descobrir a dosagem ideal. Fase II: se o tratamento apresenta um efeito positivamente útil, será testado num número maior de pacientes Fase III: Geralmente, esse ensaio envolve a comparação do novo tratamento com o que tem sido o tratamento padrão até o momento. Num ensaio aleatório, geralmente metade dos pacientes recebem o tratamento padrão e metade, o tratamento experimental. A promessa: • Transplantes terapêuticos 1. Podem crescer em cultura indefinidamente (fáceis de manter) 2. Pluripotentes (formam vários tipos de células) 3. A presença de vírus/doenças transmissíveis pode ser analisada 4. Assumem o fenótipo das células vizinhas após transplante 5. Possuem a capacidade de migração após transplante 6. Produzem factores que contribuem para a reparação tecidular Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Terapia Génica • É um novo ramo terapêutico da medicina moderna.• Permite a transferência de informação genética em células, tecidos ou órgãos de pacientes para que o produto da sua expressão possa curar ou retardar a progressão da doença. Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Terapia Génica • Esta abordagem permite tratar doenças: - eliminando genes deletérios - substituir genes anormais por genes normais - introduzir genes que codificam proteínas mediadoras, por ex do sistema imunológico que ajudem a combater o cancro Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Tipos de Terapia Génica • Terapia Génica in situ – O gene(s) terapêutico transportado por um vector é directamente administrado ao tecido afectado. • Terapia Génica in vivo - O gene(s) terapêutico transportado por um vector é directamente administrado ao doente. • Terapia Génica ex vivo – As células do paciente são colhidas e semeadas em laboratório. São incubadas com vectores que transportam o gene terapêutico. As células com a nova informação genética são colhidas e transplantadas no paciente. Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Terapia génica: onde? • Terapia germinativa – O gene é inserido no DNA das células germinativas (óvulo ou espermatozóide), de modo a que a descendência tenha o gene inserido. • Terapia somática – Envolve a manipulação da expressão génica em células que ser alteradas no paciente mas não nos seus descendentes. As células somáticas incluem todas as células do corpo humano menos as reprodutivas. Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Vectores: veículos que transportam e protegem o DNA até à sua chegada a uma população celular alvo • Viral integram o seu material genético no genoma hospedeiro -Retrovirus -Lentivirus (HIV) -Adeno-associados Mantêm o seu material genético epissomal -Adenovirus • Não viral Físico -Injecção do DNA livre na célula -Electroporação Químico -Lipossomas Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso • SCID ligada ao X (Severe Combined Immune Deficiency) - Mutação no gene que codifica a proteína "c presente na membrana celular dos precursores dos linfócitos - Estes não diferenciam em linfócitos NK e T - 3 das 17 crianças tratadas desenvolveram leucemia • Hemofilia - Mutação nos genes que codificam factores de coagulação - O gene terapêutico foi inserido no fígado dos doentes - O efeito terapêutico foi transiente, pois as células geneticamente modificadas foram destruídas pelo sistema imune dos doentes. Terapia Génica: Doenças genéticas Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso • Cancro Terapêutica: Terapia Génica suicida; Terapia viral oncogénica ( Vírus modificados que reconhecem as células tumorais e promovem a sua lise) etc. 2/3 dos ensaios clínicos são para cancro • Doenças Neurodegenerativas Terapêutica: Remover células da pele de doentes de Alzheimer, introduzir o gene que codifica o NGF (Nerve growth factor), e injectar estas células no cérebro dos doentes. Terapia Génica: Doenças adquiridas Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Terapia Génica & Terapia Celular • Terapia Celular – Infusão ou transplante de células num paciente para o tratamento de doenças herdadas ou adquiridas Sobreposição das terapias génica e celular: Ex – Utilização de linfócitos-T no tratamento do cancro. Muitos tumores são reconhecidos e destruídos pelas células T dos doentes. Isolam-se os linfócitos-T e expandem-se fora do corpo, para depois serem administrados ao doente. Estas células podem ser manipuladas geneticamente por forma a tornarem as células eficientes a matarem as células tumorais. Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Manipulação genética e selecção das células estaminais em cultura Para introduzir o material genético no interior da célula é necessário fazer chegar o gene até às células defeituosas. Transfecção, processo de entrega e expressão de material genético com sucesso. (lipossomas, DNA desaparece em poucos dias ou semanas se transiente) (vector viral, transfecção estável, integração no genoma da células hospedeiras, mas episomal) Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Integração “random” -silenciamento de genes, -introdução de mutações Recombinação homóloga (processo de reparação do DNA) Processo raro Integração do transgene no genoma das células Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Terapia génica: Hoje Janeiro, 2008 • Distrofia Muscular Duchenne Gene que codifica a proteína distrofina (A distrofina é uma proteína que faz parte do complexo que liga o citoesqueleto de uma fibra muscular à matrix extracelular, através da membrana celular) está presente no cromossoma X. Mutações neste gene dão origem à distrofia muscular Duchenne em indivíduos do sexo masculino. Injecção no musculo: gene da distrofina Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Estes doentes não têm linfócitos-T e têm poucos ou disfuncionais linfócitos B. Terapêutica: Transplante de medula ossea. Ou Terapia Génica: o gene da ADA é inserido nas células da medula óssea do próprio doente. Estas células são depois administradas ao doente após uma depleção moderada das células da medula óssea. (SCID) (severe combined immunodeficient) por deficiência da adenosina deaminase (ADA) Terapia génica: Hoje Outubro, 2007 Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso RNAi em células estaminais • O RNA de interferência pode ser usado para manter um determinado nível de actividade de um gene. • A supressão estável de genes deletérios por RNAi, em células estaminais adultas isoladas e modificadas ex vivo e depois reintroduzidas, pode ser uma nova estratégia no tratamento de determinadas doenças. Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso RNA de interferência (RNAi): • Processo biológico altamente conservado, desde os nemátodos até ao homem. • Regulação da expressão génica por silenciamento RNA de interferência Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – CicloBásico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Aplicações 1. Análise funcional de genes (genómica funcional) a supressão estável dos genes pode ser induzida nas células de mamíferos, permitindo estudar os seus fenótipos em várias gerações de células, estudo de genes implicados nas vias metabólicas; 2. Identificação de genes implicados no processo tumoral; 3. Desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas: cancro " inibição da expressão de oncogenes ou de genes que conferem resistência à quimioterapia, doenças virais " inibição da replicação do vírus da SIDA ou do vírus da hepatite. A quase totalidade dos 19 000 genes do C. elegans foi estudada por RNAi. RNA de interferência e sua importância na biomedicina molecular Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso A promessa: • Terapia génica 1. São facilmente transfectáveis com genes terapêuticos, podendo expressar mais de um gene de interesse 2. Apresentam uma implantação correcta no tecido hospedeiro, permitindo a transcrição genética, logo a expressão proteíca 3. Migram para áreas lesadas, permitindo a “distribuição” de genes em diferentes áreas (cérebro) Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso Bioética • O que é a vida? • Um ser Humano vivo tem de ser protegido jurídica, ética e moralmente. Critérios de morte cerebral por declaração da Ordem dos Médicos prevista no artigo 12º da Lei nº 12/93 de 22 de Abril, pressupõem que a certificação requer a demonstração da cessação das funções do tronco cerebral e da sua irreversibilidade. Após se assegurarem as condições prévias, como por exemplo a ausência de respiração espontânea e se observarem as regras de semiologia, que presupõem a ausência na totalidade de determinados reflexos do tronco cerebral, a verificação de morte cerebral requer entre outras metodologias a execução das provas de morte cerebral por dois médicos especialistas. Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso • Portanto, se um indivíduo morto é aquele que não responde a um estimulo doloroso, não respira espontaneamente, etc então será cientificamente correcto dizer que um zigoto ou óvulo fertilizado não é um indivíduo vivo, mesmo que tenha todo o potencial de vir a ser? Bioética Biologia Celular e Molecular (1º semestre - 1º ano, 2008-2009) – Ciclo Básico de Medicina e Medicina Dentária Sandra Morais Cardoso
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