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Aulas de IMUNOLOGIA 2º Ciclo - Enfermagem

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________________________________________________________________________________Imunologia – Enfermagem – 2º Ciclo 
_________________________________________________________________________________Prof. Msc. Sérgio Renato Macedo Chicote 
 
 
IMUNOLOGIA 
 
O que é Imunologia? 
 
Prof. Aguinaldo R. Pinto 10
Células e órgãos 
especializados em defesa
RESPOSTA IMUNE INATA RESPOSTA IMUNE ESPECÍFICA
 
 
Imunologia 
 É o ramo da biologia que estuda o sistema imunitário (ou imunológico); 
 Estudo do sistema imune (SI) e dos mecanismos que os seres humanos e outros 
animais usam para defender seus corpos da invasão de microorganimos; 
 O sistema lida, entre outras coisas, com o funcionamento fisiológico do sistema 
imune de um indivíduo no estado sadio ou não; e o mal funcionamento do sistema 
imune em casos de doenças imunológicas (doenças autoimunes, hipersensitividade, 
deficiência imune e rejeição pós enxerto); características físicas, químicas e 
fisiológicas dos componentes do sistema imune in vitro, in situ e in vivo 
 Imunidade = resistência a infecções 
 Latim immunis (Senado romano) 
 Células, tecidos e moléculas que medeiam resistência = sistema imune 
 Reação coordenada destas = a resposta imune 
 
 
________________________________________________________________________________Imunologia – Enfermagem – 2º Ciclo 
_________________________________________________________________________________Prof. Msc. Sérgio Renato Macedo Chicote 
 
História "A Imunologia surgiu como 
um ramo da Microbiologia; 
cresceu através do estudo das doenças 
infecciosas e respectivas respostas" 
ANO DA 
DESCOBERTA 
PESQUISADOR 
 Século XV Chineses e turcos, tentando induzir imunidade através 
da variolação. 
 1546 Girolamo Fracastoro, Univ. Pádua, "O contágio é uma 
infecção que passa de um para outro a infecção se origina 
de partículas muito pequenas - imperceptíveis" 
 
1798 Sir Edward Jenner 
vacinação 
 
PAI DA IMUNOLOGIA 
Observou que os fazendeiros que contraíram varíola 
bovina ficavam protegidas da varíola humana. Inoculou 
então um menino de 8 anos com a varíola bovina e POR 
SORTE funcionou!! 
 
1879-1881 Louis Pasteur, vacinas atenuadas. 
 
Estava estudando a bactéria que causa a cólera, 
cultivando-a e injetando em galinhas. Ao voltar de férias, 
ele usou uma cultura velha para injetar e, 
surpreendentemente, as galinhas adoeceram mas 
melhoraram. Pasteur concluiu: cultura velha, e fez uma 
cultura fresca. Desta vez, como ele tinha poucas galinhas, 
resolveu usar algumas do experimento anterior. 
Resultado: as galinhas do experimento anterior 
sobreviveram e as não inoculadas previamente morreram. 
Pasteur reconheceu que o envelhecimento da cultura 
tinha enfraquecido a bactéria, a ponto de torná-la não 
letal, e aplicou este conhecimento para proteger outras 
doenças. Ele chamou a linhagem atenuada de VACINA, 
de vaca. Pasteur então produz vacinas para cólera, 
anthrax, e raiva. 
 
1883 Elie Metchnikoff 
 
Teoria dos fagócitos 
 
Observou a fagocitose de esporos de fungos por 
leucócitos e antecipou a idéia de que a imunidade era 
devido às células brancas do sangue. IMUNIDADE 
CELULAR. 
 1888 George Nuttall, anticorpos bactericidas 
________________________________________________________________________________Imunologia – Enfermagem – 2º Ciclo 
_________________________________________________________________________________Prof. Msc. Sérgio Renato Macedo Chicote 
 
1890 Emil von Behring e Kitasato 
 
Antitoxina da difteria 
 
Demonstram que o soro de animais imunes à difteria pode 
transferir a proteção. Esse componente, antitoxina, era 
capaz de neutralizar, precipitar toxinas, aglutinar e lisar 
bactérias. IMUNIDADE HUMORAL. 
 
1898 Paul Ehrlich 
 
Teoria seletiva da especificidade dos anticorpos 
 
Ele achava que o microrganismo se ligava a receptores 
pré-formados em células, levando então essa célula a 
produzir mais receptores (anticorpos), portanto a 
especificidade era determinada antes do encontro com o 
patógeno. 
 
1900 Karl Landsteiner 
 
Grupos sangüíneos e anticorpos 
 
Descoberta dos antígenos para grupo sangüíneos e 
respectivas aglutininas. TRANSFUSÃO DE SANGUE. 
 1906 Clemens von Pirquet 
Alergia 
Descreveu a reação positiva do teste cutâneo da 
tuberculina em indivíduos infectados com tuberculose. 
 
1949-1953 Frank Burnet e Peter Medawar 
 
Teoria da enzima adaptativa 
 
Propuseram a teoria da enzima adaptativa e da tolerância 
imunológica adquirida 
 
1955 Niels Jerne 
 
 
Teoria da seleção clonal 
________________________________________________________________________________Imunologia – Enfermagem – 2º Ciclo 
_________________________________________________________________________________Prof. Msc. Sérgio Renato Macedo Chicote 
 
1959 Robert Porter e Gerald Edelman 
 
 
 
Estrutura dos anticorpos 
 
1974 Peter Doherty e Rolf Zinkernagel 
 
Descoberta da especificidade das respostas imunes 
mediadas por células T (restrição das células T) 
 
 1975 Georges Kohler e César Milstein 
 
 
Inventaram a técnica dos anticorpos monoclonais 
 
1978 Susumu Tonegawa 
 
 
Descoberta do mecanismo genético (recombinação 
somática) que produz a imensa variabilidade das 
imunoglobulinas 
 1983 James Allison, isolamento do receptor da célula T (TCR) 
 1989 Tim Mosmann e Robert Kopfman, descoberta dos 
subtipos de células Th1/Th2, através do perfil de citocinas 
que produzem. 
________________________________________________________________________________Imunologia – Enfermagem – 2º Ciclo 
_________________________________________________________________________________Prof. Msc. Sérgio Renato Macedo Chicote 
 
 
O SI é essencial à vida 
A falta ou deficiência dele levam à doença ou morte 
Prof. Aguinaldo R. Pinto 36
Por que Por que éé importante?importante?
Vacinas
 
________________________________________________________________________________Imunologia – Enfermagem – 2º Ciclo 
_________________________________________________________________________________Prof. Msc. Sérgio Renato Macedo Chicote 
Prof. Aguinaldo R. Pinto 37
 
IMUNIDADE NATURAL (Inata ou Nativa) E ADQUIRIDA (Adaptativa) 
 
Imunidade Natural (Inata ou Nativa) 
 Defesa X microorganismos é mediada pelas reações imediatas da imunidade natural 
 São mecanismos de defesa celulares e bioquímicos já existentes antes da infecção 
 Esses mecanismos agem contra microrganismo 
 Não apresentam respostas contra substâncias não infecciosas 
 Respondem sempre da mesma maneira em diversas infecções 
 É a defesa inicial contra os microrganismos 
 
Principais componentes da Imunidade Natural (Inata ou Nativa): 
1 – Barreiras Físicas e Químicas (epitélio e substâncias antibacterianas no epitélio) 
2 – Células Fagocitárias (neutrófilos e macrófagos) e células NK (natural killers) 
3 – Proteínas do sangue (frações do sistema complemento e mediadores da inflamação) 
4 – Proteínas (Citocinas) regulam e coordenam várias atividades das células na 
imunidade natural 
 
Imunidade Adaptativa (Adquirida) 
 Especificidade extraordinária para distinguir diferentes moléculas 
 Habilidade de memória e responder com mais intensidade a exposições 
subsequentes de um mesmo microrganismo 
 É capaz de reconhecer/reagir a um gde número de substâncias: microbianas ou não 
 É capaz de distinguir entre diferentes microrganismos e moléculas (Imunidade 
Específica) 
 
Principais componentes da Imunidade Adquirida (Adaptativa): 
1 – Linfócitos e seus produtos (anticorpos) 
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Tipos de Resposta Natural Adquirida 
* Imunidade Humoral 
* Imunidade Celular 
Imunidade Humoral (IH) 
 * É mediada pelas moléculas (Anticorpos) presentes no sangue e nas secreções dasmucosas e que são produzidos pelos Linfócitos B. 
 * Anticorpos reconhecem antígenos microbianos, neutralizam a infecciosidade e os 
prepara para serem eliminados por diversos mecanismos efetores. 
 * A IH é o principal mecanismo de defesa X microrganismo extracelulares (ME) e toxinas 
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 * Os anticorpos são especializados [ex.: Alguns Ac promove a fagocitose e outros 
estimulam a liberação de mediadores químicos pelos leucócitos (mastócitos)]. 
 
Imunidade Celular (IC) 
 * É mediado por linfócitos T. 
 * Microrganismo intracelulares (MI) (vírus, algumas bactérias) proteção contra os Acs. 
 * A IC destrói o MI ou a célula infectada (reservatório da infecção) 
 * Imunidade induzida pela exposição a um Ag é IMUNIDADE ATIVA 
 * Indivíduos e os linfócitos que não tiveram exposição a um Ag são INATIVOS 
 * Os indivíduos que responderam a um Ag microbiano e estão protegidos contra 
exposições posteriores àquele microorganismo são consideradas IMUNES 
 * IMUNIDADE PASSIVA é a TRANSFERÊNCIA ADOTIVA de um indivíduo para outro 
de plasma ou linfócito para aquele sem nunca ter tido contato com o microrganismo – (ex.: 
Situação de Experimentação e Ac maternais para feto. 
 
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA (RI) ADQUIRIDA 
Qualquer que seja a resposta imunológica (Humoral e celular) 
 
Especificidade e diversidade 
 As RI são específicas para cada Ag, proteínas, polissacarídeos ou qq outra 
macromolécula 
 As partes dos Ags reconhecidas pelos linfócitos são chamadas de determinantes ou 
epitopos 
 O número total de especificidades antigênicas dos linfócitos é denominado 
REPERTÓRIO LINFOCITÁRIO (o SI de um ∆ discrimina cerca de 107 a 109 
determinantes antigênicos diferentes) - DIVERSIDADE 
 
Memória 
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 A exposição do SI a um Ag aumenta a sua habilidade de responder novamente a ele 
(Resposta Imunológica Secundária) 
 Os linfócitos B de memória produzem Acs que se ligam a Ags 
 Os linfócitos T de memória tbm chegam mais rápido aos locais de infecção 
 
Especialização 
 SI responde de maneira distinta e especial a diferentes microrganismos 
 
Autolimitação 
 Todas as resposta imunológicas normais diminuem com o tempo levando a 
HOMEOSTASIA. 
 
Tolerância a antígenos próprios 
 Reconhecer e eliminar a vários antígenos estranhos (não-próprios) ao mesmo tempo 
 Com isso, evitando uma resposta lesiva as substâncias antigênicas do hospedeiro 
(próprias) – Tolerância a Ags próprios. 
 Doenças auto-imunes ??? 
 
 
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COMPONENTES CELULARES DO SISTEMA IMUNOLÓGICO ADQUIRIDO 
(Lifócitos, células apresentadoras de Ags e células efetoras são as principais células do SI) 
 Linfócitos 
 - Células que reconhecem e respondem especificamente a Ags estranhos. São 
mediadores da imunidade humoral e celular. 
 - Linfócitos B são as células capazes de produzir Acs – Imunidade Humoral 
 - Linfócios T – Imunidade Celular – Destroi as células infectadas ou os Ags 
intracelulares. 
 - As células T não produzem Acs 
 - Linfócitos T auxiliares e Linfócitos T citolíticos ou citotóxicos (CTLs) – 
reconhecem e respondem a Ags superficiais de membrana (MHC – complexo principal 
de histocompatibilidade) 
 - Linfócitos T auxiliares – secretam proteinas (citocinas) que estimulam a 
proliferação e diferenciação das células T, células B, macrófagos e outros leucócitos. 
 - Linfócitos T reguladores – pode ser inibir respostas imunológicas ???? 
 - 3ª classe de Linfócitos são as células NK (natural killers) – está envolvida com a 
imunidade natural contra vírus e outros microrganismos extracelulares. 
 - Células apresentadoras de Ags (APCs) – células dendríticas – capturam, 
transportam para os orgãos linfóides e apresentam aos linfócitos T inativos. 
 
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FASES DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA 
 
 
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CÉLULAS E TECIDOS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO 
 Número médio 
por microlitro 
Variação normal 
Leucócitos 7.400 4.500 – 11.000 
Neutrófilos 4.400 1.800 – 7.700 
Eosinófilos 200 0 – 450 
Basófilos 40 0 – 200 
Linfócitos 2.500 1.000 – 4.800 
Monócitos 300 200 - 800 
 
 LINFÓCITOS 
 - Inativos 
 - Efetores 
 - Memória 
 
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 CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS 
 - Células especializadas (célula dendrítica) na captura de antígenos levando os 
aos tecidos linfóides periféricos (linfonodos regionais). 
 
 
 CÉLULAS EFETORAS 
 - Linfócitos T e B (Imunidade Adquirida) 
 - Granulócitos e Macrófagos (Imunidade Inata) 
 
TECIDOS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO 
 - São formados por orgãos linfóides geradores (primários ou centrais), onde os linfócitos 
T amadurecem. 
 - E orgãos linfóides periféricos (secundários) 
 
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ORGÃOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS 
 - Medula Óssea 
 - Timo 
 
Medula Óssea 
 - Hematopoese 
 - Tecido conjuntivo hematolinfático 
 - Albergada no espaço intertrabecular dos ossos. 
 - Composta por células-tronco primitivas (linhagem branca e vermelha) 
 - Medula óssea jovem possui presença de tecido hematolinfático e adipócitos dispersos. 
 - Medula óssea velha maior acúmulo de adipócitos (aplasia medular) 
 - A m.o. é suprida pela artéria nutridora e pelos capilares periosteais. 
 
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Timo 
 - É o local do desenvolvimento das células T. 
 - Em vertebrados, (gênese embrionária), primeiro órgão a produzir linfócitos. 
 - O timo não participa diretamente das reações imunes (microambiente de diferenciação 
de células precursoras). 
 Área timo-dependente: são órgãos que recebem os linfócitos T do Timo pelas vênulas 
(zona paracortical dos linfonodos, bainhas periarteriais da poupa branca do baço e tecido 
linfático frouxo[nódulos linfáticos e placa de Peyer e tonsilas]). 
 Área timo-independente: os demais tecidos linfáticos são constituídos por linfócitos B. 
 
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ORGÃOS LINFÓIDES PERIFÉRICOS 
 - Linfonodos 
 - Baço 
 - Tonsilas 
 - Placas de peyer (Sistema Imunológico das mucosas e cutâneos) 
 - Bursa de Fabricius (somente Aves) 
 
Linfonodos 
 - São agregados nodulares de tecido linfóide em todos os canais linfáticos 
 - Filtros da linfa, pela captação de microorganismos invasores. 
 - A linfa chega aos linfonodos pelos vasos aferentes – seios peritrabeculares – seios 
medulares – alentecimento da circulação – fagocitose – vasos eferentes. 
 
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Baço 
 - É um orgão abdominal com mesmo papel dos linfonodos 
 - Há sangue circulando pelos sinusóides (canais) 
 - Os ags presentes no sangue são aprisionados e concentrados pelas células dendríticas 
e macrófagos no baço 
 - O baço é tido como o maior acúmulo de tecido linfático do organismo 
 - Rico em células fagocitárias filtra e destrói microorganismo circulante, responsável pela 
destruição de eritrócitos (hemocaterese) 
 - Responsável pela formação de linfócitos. 
 Polpa esplênica divide-se em: 
o Polpa branca: pontos esbranquiçados (nódulos linfáticos), constituída por células 
reticulares, fibras reticulares e linfócitos (vários estágios de diferenciação) 
o Polpa vermelha: vermelho escuro (rica em células sanguíneas), formada por um 
tecido reticular constituindo os cordões esplênicos (ou de Billroth). 
 
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Tonsila 
 
 
Placas de peyer 
 São agrupamentos de tecido linfático nodular, encontrados na camada mucosa do 
intestino delgado (íleo). 
 Recobrindo as placas de Peyer há células cúbicas dotadas de microprega; são as 
células M ou Microfold, responsáveis pelo transporte de antígenos da luz intestinal as 
placas. 
 Possuem linfócitos B grandes em proliferação em seu Centro germinativo. 
 
Bursa de Fabricius (Somente Aves) 
 É uma estrutura característica das aves em forma de saco de fundo cego que se abre na 
parte dorsal (Tonsila cloacal) 
 Revestida por tecido epitelial simples cilíndrico ou pseudo-estratificado cilíndrico. 
Presença de nódulos linfáticos nos centros germinativos 
 
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RECIRCULAÇÃO DE LINFÓCITOS E Homing. 
 Os linfócitos se movem continuamente pelos vasos sanguíneos, vasos linfáticos e tecido 
linfóide periférico. 
 
 
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Eventos celulares: Extravasamento de leucócitos e fagocitose. 
 
 Os leucócitos fagocitam agentes ofensivos, destroem bactérias, degradam 
tecido necrótico, podem prolongar a inflamação e induzir uma lesão tecidual 
por liberação de enzimas, mediadores químicos e radicais tóxicos de O2. 
 As seqüências de eventos que levam leucócitos da luz para o interstício: 
 1. Na luz: Marginação, rolagem e aderência. 
 2. Diapedese = Transmigração através do endotélio 
 3. Migração nos tecidos intersticiais em direção a um estímulo quimiotático. 
 
 
 
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ANTICORPOS E ANTÍGENOS 
 Imunidade Humoral 
 Presença de uma família de glicoproteínas = anticorpos 
 Encontrados no soro após coagulação do sg - SOROLOGIA 
 Existe 3 classes de moléculas usadas no reconhecimento de antígenos da imunidade 
adquirida: 
1- Anticorpos (> força de ligação aos antígenos) 
2- Moléculas do Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC) 
3- E os receptores de antígenos das células T. 
 
 
ESTRUTURA DOS ANTICORPOS 
 Anticorpos são proteínas que se ligam de forma específica a moléculas conhecidas como 
antígenos. São produzidas por células B e plasmócitos. Os anticorpos se ligam e 
neutralizam patógenos, preparando-os para serem endocitados por fagócitos. Cada 
molécula de anticorpo tem uma estrutura única que permite com que ela se ligue 
especificamente a um antígeno. 
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 Aspecto mais importante da síntese de imunoglobulinas é a geração da diversidade 
necessária para combinarem-se a todos os potenciais antígenos existentes. 
 
 Anticorpos também funcionam como receptores quando expressos na membrana celular de 
células B. 
 
 
 
Estrutura geral 
 Peso molecular de 150 kDa; 
 Formada por 4 cadeias polipeptídicas: 2 leves (25 kDa) e 2 pesadas (50 kDa); 
 2 tipos de cadeia leve: kappa e lambda; 
 5 tipos de cadeia pesada: M, D, G, A e E, conhecidas como isotipos; 
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 Tanto as cadeias leves como pesadas possuem regiões variáveis e regiões constantes. 
 
 
 
* Clivagens com proteases resultam na produção de fragmentos. Papaína resulta em 2 Fab e 1 
Fc; Pepsina resulta em 1 Fab(2) e 1 pFc efetoras e células). 
* A porção Fab é a que se liga ao antígeno. Portanto, a molécula de anticorpo é bivalente, 
podendo ligar-se a dois determinantes antigênicos idênticos, chamados epitopos. 
Região de 
dobradiça – flexível 
– ângulo entre os 
braços pode ser 
entre 0 e 90 
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SISTEMA COMPLEMENTO 
 Composto de aproximadamente 30 proteínas instáveis, sensíveis ao aquecimento e 
estão presentes no soro na forma inativa 
 Início de síntese no primeiro trimestre da vida fetal 
 Produzidas no fígado e por macrófagos 
 Há 3 maneiras para ocorrer ativação: 
– Via Clássica - depende de Ac 
– Via Alternativa 
– Via Lectina 
 
NOMENCLATURA 
• Moléculas precursoras: C (1-9) Via clássica e B, D, P Via Alternativa 
• Fragmentos: letras a, b 
• Componente inativado: prefixo i (iC3b) 
• Produto ativo: barra (C1s) 
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VIA CLÁSSICA 
• É ativada por uma interação (Ag-Ac). 
• A ligação Ag-Ac provoca uma mudança conformacional no Ac, que abre um sítio de 
ligação para C1. 
• C1: 6 moléculas C1q, 2 C1s, 2 C1r 
• C1qr2s2 liga-se a 1 IgM ou 2 IgG 
• IgM>IgG3>IgG1>IgG2 
 
 
 
33 ttiippooss ddee ssuubbuunniiddaaddeess:: 
CC11qq,, CC11rr ee CC11ss 
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SISTEMA COMPLEMENTO SISTEMA COMPLEMENTO 
VIA CLVIA CLÁÁSSICASSICA
IgMIgM
IgGIgG
SISTEMA COMPLEMENTOSISTEMA COMPLEMENTO
SISTEMA COMPLEMENTOSISTEMA COMPLEMENTO
VIA CLVIA CLÁÁSSICASSICA
Ordem de Ordem de ativacaoativacao: C1q : C1q –– C1r C1r –– C1sC1s
 
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COMPLEXO DE ATAQUE COMPLEXO DE ATAQUE ÀÀ
MEMBRANA (MAC)MEMBRANA (MAC)
 
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SISTEMA COMPLEMENTO SISTEMA COMPLEMENTO 
VIA CLVIA CLÁÁSSICASSICA
SISTEMA COMPLEMENTO SISTEMA COMPLEMENTO 
VIA ALTERNATIVAVIA ALTERNATIVA
•• Não hNão háá formaformaçção do complexo ão do complexo AgAg--AcAc..
•• Pode ser ativada pelas C3b ou C3.H2O, Pode ser ativada pelas C3b ou C3.H2O, 
ou por alguns tipos de parede celular.ou por alguns tipos de parede celular.
•• AtivaAtivaçção:ão:
-- Fator D (equivalente ao C1s)Fator D (equivalente ao C1s)
-- Fator B (equivalente ao C2)Fator B (equivalente ao C2)
-- C2b ou C3.H2O (equivalente ao C4b)C2b ou C3.H2O (equivalente ao C4b)
-- ProperdinaProperdina ou fator P (estabiliza a C3 ou fator P (estabiliza a C3 
convertaseconvertase)) 
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SISTEMA COMPLEMENTOSISTEMA COMPLEMENTO
 
SISTEMA COMPLEMENTOSISTEMA COMPLEMENTO
VIA ALTERNATIVAVIA ALTERNATIVA
SISTEMA COMPLEMENTO SISTEMA COMPLEMENTO 
VIA ALTERNATIVAVIA ALTERNATIVA
 
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SISTEMA COMPLEMENTOSISTEMA COMPLEMENTO
VIA DA LECTINA
• Similar à via clássica.
• MBL (lectina que se ligada à manose).
• Liga-se à resíduos de carboidratos na 
superfície de bactérias e passa por uma 
mudança conformacional.
• Semelhante à C1q (é capaz de ativar a via 
clássica na ausência de C1q).
• MASP1: cliva C4 e C2 = C4b2a.
• MASP2: cliva C3 diretamente.
SISTEMA COMPLEMENTOSISTEMA COMPLEMENTO
 
 
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SISTEMA COMPLEMENTOSISTEMA COMPLEMENTO
• É realizado por proteínas solúveis e ligadas a 
membrana de diferentes tipos de células.
• As proteínas regulatórias inativam vários 
componentes do S.C
• C3b que pode se ligar em células do hospedeiro 
sofre hidrólise espontânea se se difundir a 
distâncias superiores a 40mm da C4b2a ou 
C3bBb.
• Algumas proteínas de membrana impedem a 
formação do poro se os componentes do S.C 
forem da mesma espécie que a célula alvo.
SISTEMA COMPLEMENTO SISTEMA COMPLEMENTO 
CONTROLECONTROLE
SISTEMA COMPLEMENTO CONTROLESISTEMA COMPLEMENTO CONTROLE
 
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SISTEMA COMPLEMENTO CONSEQSISTEMA COMPLEMENTO CONSEQÜÜÊNCIASÊNCIAS
• Opsonização:
- C3b é uma importante opsonina.
- Reveste o microrganismo e se liga aos 
receptores(CR1-4) nos macrófagos e neutrófilos.
• Recrutamento celular e ativação:
- C4a, C3a, C5a (anafilotoxinas-desgrunalização)
- C3a, C5a (quimiotáticos)
• Lise Celular (bactérias, vírus envelopados)
• Remoção dos complexos imunológicos
- C3b-Ac-Ag liga-se aos receptores CR1 nos eritrócitos, 
passam pelo fígado, baço onde são capturados pelos 
macrófagos.
SISTEMA COMPLEMENTOSISTEMA COMPLEMENTO
CONSEQCONSEQÜÜÊNCIASÊNCIAS
 
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IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES 
(Compatibilidade e Rejeição) 
 
• Imunologia de Transplantes: compatibilidade imunogenética entre doadores e receptores 
ao transplante de órgãos e tecidos 
• Compreensão da cura de muitas doenças pela implantação de células, tecidos ou órgãos 
saudáveis de um indivíduo para outro. 
 
Desafios à transplantação 
– Desenvolvimento de técnicas cirúrgicas 
– Equipe Multidisciplinar bem Treinada 
– Desenvolvimento de imunossupressores 
– Avaliação imunológica 
– Rejeição de tecidos transplantados 
– Aumento da sobrevida do enxerto 
 
 O complexo de histocompatibilidade (MCH) denominado no homem de Sistema HLA 
(Human Leukocyte Antigen) está envolvido nos mecanismos de reconhecimento celular, 
visando proteger o organismo de agressões externas e das regulação da resposta 
imunológica 
 A rejeição é o reflexo da resposta imunológica aumentada (inicialmente local) envolvendo, 
na maioria das vezes, os antígenos HLA do órgão transplantado 
RESPOSTA IMUNOLÓGICA 
 Intervenção dos elementos clássicos de defesa, como o envolvimento de anticorpos, 
numerosos mecanismos de regulação da resposta celular e citocinas, que modulam a 
intensidade da resposta 
TIPOS DE TRANSPLANTE 
 Autoenxerto 
• Transplante de órgãos ou tecidos procedentes do próprio indivíduo 
• Não se desenvolve resposta imune 
• Exemplos: 
– Ponte de Safena/Mamária 
– Enxerto de pele 
– Transplante de MO 
 Isoenxerto 
• Transplante de órgãos ou tecidos entre indivíduos geneticamente idênticos 
• Não há desenvolvimento de resposta 
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 Aloenxerto 
• Transplantes entre indivíduos da mesma espécie, geneticamente diferentes 
• Enxerto é rejeitado 
• Grande maioria dos enxertos 
 
 Xenoenxerto 
• Transplantes entre indivíduos de espécies diferentes 
• Enxertofortemente rejeitado 
Complexo Maior de 
Histocompatibilidade (MHC)
• Região gênica 
hipervariada, 
localizada no braço 
direito cromossoma 6 
humano
• Classes I, II e III
• Codifica glicoproteínas HLA que na maioria das vezes 
estão envolvidos na rejeição de transplantes
 
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MHC e HLA
• Glicoproteína de classe I
– Codificadas nos locus HLA A, B e C.
– Estruturas químicas semelhantes 
– Diferem nas seqüências de aminoácidos da 
molécula, o que lhes confere especificidade
– Encontram-se em praticamente todas as 
superfícies celulares
– Reconhece antígenos protéicos externos, 
incluindo tecidos transplantados
– São reconhecidos por linfócitos T citotóxicos
(CD8+) com especificidade antigênica. 
MHC e HLA
• Glicoproteína de classe II
– Codificadas nos locus HLA DR,DP,DQ.
– Diferem entre indivíduos e estão mais envolvidos na 
resposta imunológica.
– Apenas se encontram em células que apresentam 
antígenos como LB, macrófagos e células 
dendríticas.
– Papel predominante na resposta imunitária inicial a 
antigénios de tecidos transplantados
– Ao entrarem em contacto com um antígeno non-self, 
ativam linfócitos T helper (CD4+) que, por sua vez, 
sofrem expansão clonal através da produção de 
citocinas reguladoras 
Tipagem HLA
• Antígenos HLA estão presentes nas 
membranas de todas as células do 
organismo e como antígenos solúveis nos 
líquidos do corpo. 
• São mais bem expressos nos linfócitos
• Tifipicações HLA 
– Biologia Molecular (DNA genômico-PCR)
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Prova Cruzada
• Patel e Terasaki – 1968
• Técnica de citotoxicidade - identificação pacientes com 
anticorpos anti-HLA
1. soro do receptor é colocado em pequenos orifícios contendo óleo na 
microplaca Terasaki
2. 2000 linfócitos do doador em meio para célula são adicionados nestes 
orifícios contendo os soros
3. Adição aos orifícios complemento e eosina
4. Análise por microscopia invertida
Prova Cruzada
• Prova cruzada contra LT é contra indicação absoluta 
para o transplante. 
• A presença de anticorpos pode indicar prova cruzada 
positiva para LB e negativa para LT. No caso de 
receptores hipersensibilizados, é necessário realizar a 
prova cruzada contra LT através da citometria de fluxo. 
Se persistir negativa, o transplante poderá ser realizado. 
Se positiva, o tx esta contra indicado
• Maior sensibilidade
– aumento de falso positivos, diminuição de rejeições agudas e 
hiperagudas.
Melhor Mecanismo para evitar Rejeições
Tipagem de Tecidos – Compatibilidade de HLA
Metodologia da Tipagem – Reação em Cadeia da Polimerase para 
detectar resíduos altamente polimórficos em HLA-A, HLA-B, HLA-DR, 
HLA-DP e HLA-DQ no doador e no receptor
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Mecanismos efetores da 
rejeição de aloenxertos
• Podem ocorrer três tipos principais de 
rejeição
– Hiperaguda
– Aguda
– Crônica
• Sinais de perigo:
– Febre,hipertensão,edema, aumento súbito de 
peso,mudança de ritmo cardíaco e dor no 
local do transplante.
Rejeição Hiperaguda
• Minutos, horas ou poucos dias após a 
intervenção cirúrgica
• Reação de Anticorpos pré formados 
• Sedimentação de eritrócitos/microtrombos nos 
glomérulos
 
• Função do órgão afetada: 
– Deposição de anticorpos 
– Ativação do complemento 
– Destruição vascular 
• Transplantes renais são mais susceptíveis 
• Prevenção : Detecção do Ac (Cross-Matching) 
REAÇÃO AGUDA 
• É a mais comum 
• Primeiros seis meses após a transplantação 
• Mediada por linfócitos T 
• Infiltração do Tx e destruição das células que o compõe 
• Drogas imunossupressoras: eficazes em conter essa rejeição - inibição da proliferação 
celular 
 
 
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REJEIÇÃO CRÔNICA 
• Função lentamente perdida 
• Fibrose/Hipertrofia 
– Coração Doença da a. coronária 
– Rins  Fibrose intersticial 
– Fígado  Destruição do Epitélio biliar 
• Etiologia não muito clara 
• Não há tratamento padrão 
 
PAINEL DE REATIVIDADE 
• Painel de reatividade contra painel de linfócitos (PRA): usado para avaliar o estado 
imunológico de pacientes, através da detecção de anticorpos anti-HLA nos pacientes que 
estão na lista de espera do transplante. 
• Permite avaliar imunologicamente estes pacientes, facilitando a administração de 
imunossupressores. 
– reatividade normal (<10%) 
– reatividade baixa (<20%) 
– reatividade média (<50%) 
– reatividade alta (<80%) 
– reatividade muito alta (>80%) 
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• Causas de sensibilização : transplante, gestações e transfusões sanguíneas 
• O PRA aumenta com o número de transfusões. O PRA que deve ser repetido em 15 dias 
após a transfusão de papa hemácias 
• A preservação do sangue em geladeira por período superior a 7 dias torna o sangue 
menos imunogênico. 
SOLICITAÇÃO DE EXAMES PARA TRANSPLANTES 
• Compatibilidade ABO 
• Avaliação imunogenética pré transplante (tipificação HLA e provas cruzadas) 
 
 
SISTEMA ABO E FATOR Rh 
 
INTRODUÇÃO 
 Foi no século XX que a transfusão de sangue, adquiriu bases mais científicas. Em 1900 
foram descritos os grupos sanguíneos A, B e O por Landsteiner e em 1902 o grupo AB por 
De Costello e Starli. A descrição do sistema Rh foi posterior (1940), por Landsteiner e 
Wiener. 
 Os grupos sanguíneos são constituídos por antígenos que são a expressão de genes 
herdados da geração anterior. Quando um antígeno está presente, isto significa que o 
indivíduo herdou o gene de um ou de ambos os pais, e que este gene poderá ser transmitido 
para a próxima geração. O gene é uma unidade fundamental da hereditariedade, tanto física 
quanto funcionalmente. 
SISTEMA ABO 
 Há vários grupos sangüíneos herdados independentemente entre si. São conhecidos 
diversos sistemas de grupo sangüíneos. 
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 Entre eles podemos citar os sistemas ABO, Rh, MNS, Kell, Lewis, etc. O sistema ABO é o 
de maior importância na prática transfusional por ser o mais antigênico, ou seja, por ter 
maior capacidade de provocar a produção de anticorpos, seguido pelo sistema Rh. 
 Os antígenos deste sistema estão presentes na maioria dos tecidos do organismo . Fazem 
parte deste sistema três genes A, B e O podendo qualquer um dos três ocupar o loco ABO 
em cada elemento do par de cromossomos responsáveis por este sistema. 
 Os genes ABO não codificam diretamente seus antígenos específicos, mas enzimas que 
tem a função de transportar açúcares específicos, para uma substância precursora 
produzindo os antígenos ABO. 
 O indivíduo do grupo AB é possuidor de um gene A e de um gene B, tendo sido um herdado 
da mãe e o outro do pai. Ele possui nos seus glóbulos vermelhos os antígenos A e B, seu 
genótipo é AB. 
 No caso do grupoO, foi herdado do pai e da mãe o mesmo gene O. O gene O é amorfo, isto 
é, não produz antígeno perceptível. As células de grupo O são reconhecidas pela ausência 
de antígeno A ou B. Quando o gene O é herdado ao lado de A, apenas o gene A se 
manifesta; e se é herdado ao lado do gene B apenas o gene B se manifesta. 
 Ao realizarmos os testes rotineiros em laboratório, não podemos diferenciar os indivíduos 
BO e BB, e nem AO e AA. Os símbolos A e B, quando nos referimos a grupos, indicam 
fenótipos, enquanto que AA, BO etc. são genótipos (ver quadro abaixo). 
FENÓTIPO GENÓTIPO 
A AO 
A AA 
O OO 
B BO 
B BB 
AB AB 
 
 É dito homozigótico quando o indivíduo é possuidor de genes iguais (AA, BB, OO), e 
heterozigótico quando os genes são diferentes (AO, BO, AB) 
 
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A CLASSIFICAÇÃO SANGÜÍNEA 
 A determinação do grupo sangüíneo deste sistema, é feito usando dois tipos de teste. 
 1o – Através da identificação da presença de antígenos nos eritrócitos, usando reativos 
compostos de anticorpos conhecidos (anti-A, anti-B, anti-AB). Esta é a chamada 
classificação ou tipagem direta . 
 2o – Através da identificação da presença de anticorpos no soro/plasma usando reativos 
compostos de antígenos conhecidos (hemácias A e hemácias B). Esta é a classificação ou 
tipagem reversa (ver quadro abaixo). 
GRUPO 
SANGUÍNEO 
SORO DE 
TIPAGEM 
Anti-A Anti-B 
HEMÁCIAS 
DE TIPAGEM 
A B 
ANTÍGENO ANTICORPO 
A + - - + A Anti-B 
B - + + - B Anti-A 
AB + + - - A e B Ausente 
O - - + + - Anti-A e anti-
B 
 
 Regularmente as pessoas expostas a um antígeno que não possuem, podem responder 
com a produção de um anticorpo específico para este antígeno. Entretanto, há alguns 
antígenos que possuem uma estrutura que se parece muito com antígenos de bactérias e 
planta, aos quais estamos constantemente expostos. Nestes casos, ocorre a produção de 
anticorpos a partir do contato com as bactérias e plantas, e não ao antígeno eritrocitário. 
 Neste grupo encontramos os antígenos do sistema ABO. Por este processo, os indivíduos 
com idade superior a seis meses, possuem o anticorpo contra o antígeno que não tem, pois 
já foram expostos a essas bactérias e plantas, através da alimentação. Estes anticorpos são 
chamados de isoaglutininas ou aglutininas naturais. 
 Observando o quadro acima podemos perceber a presença dos antígenos e anticorpos em 
cada grupo sanguíneo. É nesta presença ou ausência de antígenos e anticorpos que se 
baseia a tipagem sanguínea e a escolha do sangue a ser transfundido. 
As transfusões podem ser: 
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 Isogrupo – quando doador e receptor são do mesmo grupo ABO 
 Heterogrupo – doador e receptor são de grupo sanguíneo diferente 
 A escolha do sangue se baseia em que o indivíduo não pode ser transfundido com um 
sangue que possua um antígeno que ele não tem, pois o anticorpo presente no seu plasma, 
contra esse antígeno, iria reagir com essas hemácias transfundidas. Em vista disso e 
observando o quadro acima, fica claro que um indivíduo do grupo A não pode tomar sangue 
B e assim por diante. 
 Sempre que possível deve se transfundir sangue isogrupo, pois se por exemplo, 
transfundimos um sangue do grupo O a um paciente do grupo A, junto com as hemácias 
transfundidas temos uma quantidade de plasma onde há anticorpo anti-A, que poderá reagir 
com as hemácias deste paciente causando um grau de hemólise maior ou menor, mas que 
poderá ter um significado a depender do quadro clinico do paciente. Cada caso deve ser 
analisado pelo hemoterapeuta . 
 Este sistema ABO, também pode ocasionar incompatibilidade materno-fetal, com 
desenvolvimento da doença hemolítica peri-natal. Apresenta também importância em 
transplantes renais ou cardíaco, com menor papel nos hepáticos ou de medula óssea. Em 
alguns processos pode ocorrer a perda parcial do antígeno A ou B, como em algumas 
leucemias. 
 
Tranfusões Sangüíneas 
 Tipo A -- São aquelas que apresentam somente o aglutinogênio A. 
 Tipo B -- São aquelas que apresentam somente o aglutinogênio B. 
 Tipo AB - São aquelas que apresentam os dois aglutinogênios A e B. 
 Tipo O -- São aquelas que não apresentam nenhum aglutinogênio.

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