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FICHAMENTOS TEORIA DAS RI II - Cox, Vigevani, Taylor, Devetak, Tickner, Paterson e Buzan

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FICHAMENTOS TEORIA DAS RI
TEORIA CRITICA – ROBERT COX
O autor introduz seu texto, demonstrando que uma abordagem teórica, como a que ele pretende fazer, deve se pautar em aspectos práticos e que sejam nada mais do que a construção histórica de fatos (sobretudo, das relações humanas/sociais) que levaram o objeto de estudo da teoria crítica ao que ele é hoje, ou seja, que todo processo historicamente construído deve ser analisado com suas peculiaridades, não somente a realidade como um todo. Isso também se encaixa às Relações Internacionais (RI), que, segundo o autor, é uma área de estudo que envolve atores estatais e não-estatais em constantes relações que, por sua vez, definirão a paz e a guerra, em dados momentos. Cox também informa que a Teoria de Relações Internacionais atuais, ao contrário da tradicional, não mais separa a sociedade civil do Estado em esferas distintas, as quais são fatores imprescindíveis para entender o campo das RI. Porém, os conceitos abordados nessas duas esferas são puramente analíticos e muito vagamente e imprecisamente indicativos de distintas esferas de atividade. Nisso, informa ainda que um grupo liderado por Immanuel Wallerstein e inspirado por Braudel propôs uma Teoria dos Sistemas-Mundo definida essencialmente em termos de relações sociais – a qual Cox passa a analisar com foco nas relações de poder. (Artigo topissimo, podem procurar! Peguei só essa parte porque achei que tinha mais a ver com o texto no geral). 
- Ponto de partida: subdivisão da realidade, geralmente ditada por convenção. 
- Subdivisões do conhecimento social podem corresponder aos jeitos e desejos humanos organizado em tempos e lugares especiais. 
- Relações Internacionais: relações entre Estados. Mudar essa pratica pode levar a confusões entre os atores envolvidos, mudando as apostas politicas e introduzindo uma diversidade de objetivos, além de modelos de instituições das quais as ações são responsáveis. 
- Distinção entre Estado e sociedade civil. Teorias tradicionais de RI mantem essa distinção nessas duas esferas, com a politica externa sendo a pura expressão dos interesses do Estado. 
Entidades burocráticas competitivas: reduz a importância do estado introduzindo atividades transnacionais privadas e redes transnacionais de fragmentos da burocracia estatal. 
Estados permanecem como atores principais nas RI. As prospecções da pluralidade do Estado permanecem sendo assunto de pouco estudo. 
A visão marxista do interesse estatal aumenta e diversifica a noção de Estado amplificando suas dimensões sociais. Explora as diferenças históricas ou atuais dele e considera suas diferenças em comportamento internacional. 
- Visões radicais: o sistema mundial considerando o Estado como uma mera derivação da sua posição no sistema internacional e o seu sistema de manutenção. Valoriza forças que mantém ou restauram o equilíbrio do sistema identificando contradições que levam a sua transformação. 
Basear-se na mudança pratica e o no estudo empírico histórico que trazem bases para conceituação e hipóteses. 
- Teorias são sempre para alguém ou por algum motivo. Todas as teorias tem uma perspectiva que deriva principalmente de sua posição politica e social. As teorias mais sofisticadas são aquelas que transcendem suas próprias perspectivas. Mas as iniciais são aquelas que podem ser explicadas de forma relevante. Quando a realidade muda, cabe aos velhos conceitos serem ajustados ou rejeitados e novos conceitos criados em dialogo entre o teorista e o mundo ao qual ele tenta compreender, que seria a problemática própria de sua perspectiva particular. 
- Teoria de resolução de problemas: relações entre instituições são efetivadas com fontes de problemas. Multiplicidade de esferas de ação que assumem estabilidade em outras esferas quando confrontadas com outros problemas. Habilidade de fixar limites ou parâmetros para uma área que reduz uma declaração de problema para um numero limitado de variáveis que são precisas de examinação para os problemas. 
- Teoria critica é direcionada ao complexo social e politico como uma forma de separar as partes, toma como base algum aspecto particular da atividade humana, procura compreender o processo de mudança nos quais ambas as partes estão envolvidas. Processo contínuo de mudança histórica. Mudar, entender e explicar. Contem um elemento de utopia que representa uma figura coerente de ordem alternativa, compreensão do processo histórico. 
- Realismo e marxismo são considerados como preliminares para tentar o desenvolvimento da abordagem crítica. 
Dois tipos de marxismo: um no qual as razoes históricas buscam explicar mudanças nas relações sociais e um que analisa o sistema capitalista e a sociedade, como uma conceituação do modo de produção; materialismo histórico e marxismo de Althusser e poulantaz. O materialismo histórico é acima de tudo uma fonte de teoria critica e está relacionado ao neorrealismo em termos dialéticos (nível logico e histórico). Conflito como parte natural do processo contínuo da natureza humana e a criação de novos padrões de relações sociais que mudam as regras do jogo e novas formas de conflitos que aparecem. Neorrealismo vê o conflito como uma consequência recorrente da estrutura continua ao passo que o materialismo enxerga como uma mudança na estrutura;
Foco no imperialismo, dimensão vertical do poder nos estados mais poderosos. 
Relação entre Estado e sociedade civil. Interesses do capitalismo e interesses dos capitalistas. Relação estrutura e superestrutura. 
Processo de produção como um elemento crítico na explicação de históricos particulares da complexidade do estado e da sociedade. Conflitos políticos e ações do Estado mantem ou trazem mudanças nas relações de produção. Poder da produção, poder do Estado e poder das RI. Neorrealismo tende a ignorar o processo de produção. 
- A mais abstrata noção de estrutura da ação ou da estrutura histórica é a particularidade da configuração de forças. Três categorias de forças interagem numa estrutura: capacidades materiais (potenciais destrutivos e produtivos), ideias (significados intersubjetivos, noções da natureza das relações sociais que podem se perpetuar em comportamentos; imagens que levam a bases institucionais e alternativas na estrutura) e instituições (estabilização e perpetuação de uma ordem particular; minimizar o uso da força). As relações devem ser reciprocas entre eles.
Hegemonias não podem ser reduzidas a dimensões institucionais. Dominações por estados poderosos podem ser necessárias, mas não são suficientes para serem condições de hegemonia.
A estrutura histórica não representa todo o mundo, mas uma esfera particular de atividade humana que é localizada na totalidade. 
A noção de hegemonia como um ajuste entre o poder, ideias e instituições torna possível lidar com alguns problemas na teoria da dominação como condição necessária a ordem internacional e condições para a hegemonia. 
O mundo pode ser representado como um padrão de interação das forças sociais no qual os Estados jogam como players autônomos entre a estrutura global de forças sociais e configurações locais de forças sociais entre países particulares. Perspectiva politica econômica do mundo: o poder emerge de processos políticos sociais mais do que na forma de acumulação de capacidades materiais. 
O sistema imperialista é uma estrutura de ordem mundial que elabora um suporte de configurações particulares de forças sociais nacionais, transnacionais e dos principais Estados periféricos. 
A prática da harmonização politica se tornou um hábito poderoso quando as normas básicas de comportamento econômico internacional não eram mais válidas, e os procedimentos de ajustamento mútuo de politicas internacionais foram reforçados. 
A internacionalização de um Estado não é limitada ao avanço capitalista dos outros países, mas associada à expansão da produção internacional. 
Capitalistas nacionais são distintos da classe transnacional, o reflexo natural do capital nacional está na face do desafio do protecionismoda produção internacional. 
1. Prospecção de uma nova hegemonia com base na estrutura global de poder social gerada pela internacionalização da produção.
2. Estrutura mundial não hegemônica de centros de poder. 
3. Desenvolvimento de uma contra hegemonia baseada na terceira coalizão mundial contra um país dominante visando o desenvolvimento da autonomia de países periféricos e a criação de um núcleo periférico. 
MARXISMO NAS RI – TULIO VIGEVANI
Noção de que Marx não teria elaborado uma teoria convincente para as RI. Haja vista a importância fundamental dos conceitos de nação e de Estado nas teorias dominantes da disciplina de relações internacionais, não haveria em Marx um instrumental teórico adequado para a compreensão, tal como as entendem essas teorias, das relações internacionais. Tentativa de mudar essa compreensão. 
O emprego do método marxista no estudo das relações internacionais teria como resultado um instrumento de análise que passa pela desconstrução do conceito de Estado tal qual entendido pelas teorias dominantes de relações internacionais, isto é, pela desconstrução de um conceito considerado fundamental por tais concepções teóricas.
Para os socialistas, o Estado nacional não está livre das contradições do modo de produção capitalista, pelo contrário, ele é analisado como a expressão, por excelência, das desigualdades. Isso constitui o fundamento, para os marxistas, de todos os Estados modernos. Com o capitalismo, tende a haver uma separação entre o que é publico (de domínio do Estado) e o que é privado (domínio das forças de mercado). Marx rejeita essa separação à medida que ela tem a função de encobrir a verdadeira interdependência estrutural entre as esferas pública e privada. Essa disjunção confere as bases de sustentação e reprodução da sociedade capitalista. Aceitar a ideia de um Estado soberano o qual estaria acima dos interesses das classes que compõem a sociedade implica em aceitar as relações de alienação que estão na base do sistema capitalista.
Na discussão teórica ou no debate político, um conceito crítico reiterado pelos marxistas é que, ao proclamar a igualdade formal de todas as nações, omitem-se as verdadeiras relações de dependência e dominação, determinadas por fatores econômicos e sociais.
A análise de tipo estrutural, inerente ao marxismo, explica as relações internacionais ao buscar entendê-las de forma a ressaltar suas características fundamentais, determinadas pelas relações sociais, pelas formas de produção e pelo desenvolvimento da técnica. Isto é, em última instância determinadas pelos interesses de classe.
Ainda que o marxismo não tenha uma reflexão específica sobre relações internacionais da maneira como são analisadas pelas teorias dominantes da disciplina, ao tomá-las como relações entre Estados, ele opera para a desconstrução dos princípios que orientam tais teorias e que sustentam a própria sociedade capitalista. 
Aproximamo-nos, assim, da ideia de que a teoria marxista pode contribuir para a compreensão dos ciclos econômicos e políticos, portanto, para o esclarecimento das razões históricas que explicam a hegemonia, sua predominância e seu declínio, no sistema internacional.
- Contribuição marxista: Ao perceber o sistema de Estados como expressão de uma totalidade social, conclui que qualquer relação política entre eles resulta, por sua vez, de relações sociais de produção. Ao invés de explicar as relações internacionais partindo das relações entre os Estados, o que reconhecemos é uma narrativa convincente que desvenda as razões das estruturas sociais dominantes, fazendo derivar disso as relações de poder entre os Estados.
Apesar do esforço de autores marxistas para a compreensão das relações internacionais, até os anos 1970 o marxismo não ocupou espaço confortável nos grandes debates da disciplina, permanecendo no campo da práxis política, muitas vezes sofrendo um processo de esclerosamento doutrinário.
Enfim, na perspectiva aberta pelas grandes questões do século XXI, um marxismo renovado, afastado de suas versões vulgares, que busca analisar criativamente os novos problemas colocados pelas relações internacionais, contribui para debates que cobrem um amplo espectro de temas. (Criticas ao liberalismo, realismo e questões neo). 
Marx decifrou a substância da própria soberania, mostrando que ela é funcional ao conceito de autonomia do Estado frente à sociedade. Dessa maneira consegue-se apreender as razões profundas que determinam os problemas de segurança internacional e o Ascenso e o declínio da hegemonia de um determinado Estado.
Tendo em vista as intersecções explícitas entre teoria crítica e marxismo, ainda que uma não se superponha à outra, teremos em conta que os autores do campo de relações internacionais que se reconhecem na teoria crítica, em diversos aspectos contribuem de forma convergente com as correntes marxistas. Para as concepções marxistas e da teoria crítica, o conceito de hegemonia não produz um corte entre a hegemonia interna e a internacional; uma representa a continuidade da outra e as duas se retroalimentam.
As teorias marxistas e críticas desconstroem o caráter da hegemonia, mostrando sua funcionalidade para a dominação. Trata-se de compreender a funcionalidade da hegemonia, para que serve, partindo disso para, normativamente, criar os elementos de sua desconstrução. A crítica da hegemonia tem contribuído para analisar o significado dos valores chamados ou considerados universais, permitindo compreender seu significado, sua gênese, sua práxis e, eventualmente, sua metamorfose.
O marxismo clássico sugere que, para compreender como se processam as relações entre as unidades políticas num determinado período histórico, é necessário olhar primeiramente para o estado de evolução das forças produtivas, a saber, para o prevalecente modo de produção, bem como para as relações sociais de produção. Como é por intermédio do conhecimento destas últimas que se adquirem subsídios para o entendimento da natureza e do próprio ser humano, faz-se necessário o estudo das forças produtivas para o entendimento das relações e do sistema internacional.
As forças produtivas são o motor da história e o desenvolvimento destas é o fator dinâmico sobre o qual repousam as relações sociais. É necessário olhar para a dinâmica das relações sociais de produção para o entendimento da realidade. Ampliando esse raciocínio, as relações internacionais compõem um quadro maior de relações sociais e, portanto, sua análise exige a exata compreensão do estágio de desenvolvimento das forças produtivas.
A crítica ao positivismo por parte dos autores marxistas tem a ver com um tema comum a eles, qual seja a negação da possibilidade de neutralidade e de imparcialidade. Cox (1986) e Cox e Sinclair (2001) criticam Waltz e, por meio dele, os realistas particularmente num aspecto: a obsessão pela busca de regularidades e leis gerais. A consequência seria a incapacidade para explicar fenômenos que vão além das transformações tecnológicas e das modificações nas posições relativas dos atores. Essas mudanças são evidentes. O que os marxistas criticam é a limitação analítica em entender as interações produzidas pelas relações de dominação interna e externa aos Estados. Portanto, a questão não é o balanço de poder, mas as razões que o determinam. A estrutura não reside na tendência ao equilíbrio, mas nas formas de dominação.
O marxismo e a teoria crítica dão uma contribuição significativa às análises das relações internacionais, já que incidem diretamente procurando desvendar os significados da desregulamentação e da alegada diminuição do papel do Estado.
A emergência de uma forma institucional que distingue a esfera do Estado da esfera da economia, nesse sentido, seria uma abstração necessária para a consolidação e para a perpetuação do sistema capitalista. “A emergência de esferas institucionais distintas, chamadas de Estado e de economia, é a marca da sociedade capitalista”.
- A contribuição marxista no fim da separação entre economia e política: estána introdução da questão econômica como fator explicativo não apenas das relações de poder, mas das formas como se desenvolvem as relações entre os Estados, buscando compreender sua estrutura e sua dinâmica. Há uma relação de interação entre as esferas econômica e política e somente uma reflexão que não exclua a variável econômica para o estudo da política, e vice-versa, é capaz de compreender o sistema internacional em sua totalidade.
O estudo do sistema internacional utilizando o instrumental marxista e da teoria crítica é útil e importante para a compreensão dos fundamentos sobre os qual se apoia esse mesmo sistema, para a compreensão das relações entre os Estados, em especial para a compreensão da expansão da economia e dos pilares do capitalismo em escala mundial.
Não considerar a historicidade das formações sociais impede o desvendamento da natureza dos atributos conexos, soberania, anarquia, dominação, hegemonia, assimetria.
Trata-se de saber quem ganha e quem perde na ordem internacional vigente. Buscar a resposta a essa questão é a contribuição possível.
PÓS-COLONIALISMO – LUCY TAYLOR
- Objetivo de descolonizar as RI. Pensar nos EUA de uma posição histórica e teórica na América Latina, explorando a relação sempre íntima entre os dois.
- Pensar as RI de forma diferente ao passo que se pensa na América de forma diferente também. 
- As idéias das RI críticas e da colonialidade teorizando para considerar como pensar sobre os EUA a America Latina pode não só abrir perspectivas descolonicas no país, mas também
sugerir estratégias descoloniais para as RI.
- Não busca criticar, mas buscar um propósito diferente, talvez complementar a estrategia que pode causar disturbio na hegemonia global dos EUA questionando a ideia de América unificada, sem problemas e numa sociedade resolvida. Descolonizar essa ideia de EUA como centro das RI. 
Experiência indigena e a nao exploração das dinamicas de injustiça, racismo e desigualdade que emergem da experiência América-africana. Foco na dinamica nativo americana de colonialidade do poder. 
- Estudo da colonialidade tem dupla contribuição pois abre novas formas de pensar os EUA e suas possiveis criticas as relações e relacionamentos internacionais. Centralidade do colonialismo a partir de ideias como a Paz de Vestfália que colocam a soberania europeia como superior as demais. A perspectiva americana está mais ligada a questão da americanização e das duas Américas, sobre qual seria a verdadeira e as questões de colonização desses territórios por paises europeus. 
- Américas conectadas a questões de incorporação capitalista e de modernidade. Enquanto o impacto da colonialidade era palpável para os colonizados, que suportaram as experiências cotidianas de opressão, desdém e adoctrinação, os colonizadores viram apenas a dinâmica de atraso e progresso, enquadrada por um conceito em desenvolvimento de modernidade.
- O barbarismo foi definido epistemologicamente, em vez de biologicamente, e o colonialismo agiu para ordenar o mundo reivindicando e promulgando níveis de civilização - como é claro, como um exercício avaro na busca de riquezas e oportunidades.
- Reprodução do sistema colonialista permanece até hoje, de forma que o pensamento ocidental é visto como superior ao indigena ou a qualquer outro tipo de sociedade que ainda seja considerada primitiva. 
- A partir do princípio de que umas séries de regimes de conhecimento radicalmente diversas existem, eles argumentam que a "diferença" não impede a realização de conexões, que eles chamam de "compromissos sincreticos". Essas conexões "consolidam os entramples de múltiplos mundos em estratégias concretas de mudança", isto é, ''são criadas trans-subjetividades", que abrangem as diferenças, formando uma ponte de experiência, prioridade ou afinidade comuns.
- Essa perspectiva revela que os EUA são um lugar moldado não apenas pelo progresso da modernidade, mas também as opressões da colonialidade, um movimento que, como nós verá mais tarde, tem implicações significativas para as RI. 
- O que torna este um exercício potencialmente decolonial é a sua insistência em começar a pensar sobre o internacional não com as teorias acadêmicas, mas com o mundo disparatado, bagunçado, não sempre lógico e imensamente rico da vida humana.
- O primeiro plano das relações internacionais de pessoas colonizadas nas Américas focaliza os problemas que as RI convencionais raramente priorizam, mas que são fundamentais para a criação dos EUA e isso abre uma nova perspectiva de crítica.
- Descentralizar as RI, como sugerem Nayak e Selbin, tem um duplo impacto nas Américas porque envolve desafiar o poder dos Estados Unidos em termos de sua posição global de dominância, mas também desafiando o que assumimos EUA para estar destacando a colonialidade do poder em seu coração como uma nação.
- A América Latina é crucial para o lançamento da carreira dos EUA como agente global, poder econômico, advogado da norma e detentor da "paz", um site que é enquadrado pela dinâmica da raça e do colonialismo. Levar a sério o poder do colonialismo implica perguntar como a politica domestica e internacional estão linkadas, olhando para elas separadamente pode-se perceber que há perspectivas de continuidade no exercício da colonialidade e a operação do projeto epistêmico europeu. 
1. Processos de construção inicial da nação através do colonialismo: questão da dominação dos EUA em outros países como uma forma de criação dos Estados e da própria modernidade e do capitalismo. Zonas de resistência e instabilidade. 
2. Nativos americanos e sua experiência atual: proeminência de políticas indígenas que levem em consideração a presença politica dos nativos nos EUA. Questões sobre como as sociedades deveriam funcionar e o significado de ser humano em um plano de politicas descoloniais. 
3. Contribuição à dominância global dos EUA: ligar as relações de poder na hierarquia global e olhar as continuidades racializadas nas relações ao redor do globo e a sua operação em locais que não sejam apenas o estado-nação. 
- Visão do colonizador e do colonizado. Os colonizados negociam incessantemente a diferença colonial e reconciliar as demandas de uma realidade colonizada com significados culturais incorporados em uma visão de mundo indígena. Essa visão da agência humana derivada de terras fronteiriças habitáveis serve para impedir a ideia da fronteira como um ponto de parada controlado pelo estado. Conceito de transculturação no processo de hibridismo em grupos subalternos, porém que permitem maior entrada e menor visibilidade desses em outros países.
Sobre o hibridismo: considerar a transculturação como parte integrante dos projetos de criação de sociedade e de construção da nação, e olhar para além da dominação e da apropriação para perguntar como o pensamento, as experiências e as práticas do nativo americano moldaram "os EUA" como um ator global. A diversidade envolve não só estar preparada para reconhecer a diferença em pé de igualdade, mas também a vontade de abrir os pensamentos da pessoa para a "turbulência", que irá destruir os pressupostos e reconstruir os modos híbridos de pensar em sua sequência.
1. Outras maneiras de conhecer o mundo: diversidade. Um projeto decolonial de RI deve, portanto, estar preparado para abordar as visões mundiais não-ocidentais com uma mente que está disposta a ficar desconfortável, que está pronta para não compreender, e que está preparada para se sentir fora de controle.
2. O que não sabemos: ignorância. Nossas experiências podem não ser suficientes para compreender o nosso ou outros mundos. Ou seja, uma RI decolonial deve aceitar a sua ignorância e aprender o que pode sobre o mundo não só estudando o que é cognoscível, mas também refletindo sobre o que está além da compreensão.
3. Uma prisão aberta da ignorância: reconhecer a diversidade pensando no outro lado. Uma maneira fundamental em que a RI convencional pode ser aberta é pela diferença e reorientando a atenção sobre a experiência das pessoas comuns do internacional.- Avançar para além da hibridez dos EUA como pote de fusão de imigrantes, para se concentrar na mestiçagem - um amálgama complexo de descendentes de escravos, nativos e africanos cujas relações são vividamente marcadas pela colonialidade do poder e as lógicas da modernidade. Uma escrita descritiva de RI de um "EUA" premiado não apenas procura diferenças radicais e desestabilizadoras, como o pensamento dos nativos americanos, mas também reconhece as conexões hibridizadas que geram aberturas de diálogos.
A titulo de conclusão: A colonialidade é uma teoria para as Américas inventada pela experiência latino-americana e pela luta política, e oferece uma maneira de revisitar os EUA de uma posição incomum, ajudando-nos a pensar de maneira não convencional sobre história internacional e RI.
O relacionamento ambíguo das Américas norte e sul, construído sobre uma base histórica de semelhança, mas coberto pelas experiências muito diferentes da colonialidade, modernidade e capitalismo, e os binários da raça, civilização e poder geopolítico, está repleto de tensões, contradições, e possibilidades.
A descolonização das RI é essencial se desejarmos desarmar e corroer a colonialidade do poder, e as Américas são uma rica arena de ideias e experiências para desenvolver esse projeto.
PÓS-MODERNISMO – RICHARD DEVETAK
- Uma das teorias mais controversas da humanidade e das ciências sociais. Argumento central: conhecimento está intimamente conectado a políticas e poder. 
- Teóricos associam e preferem o termo pós-estruturalismo ou desconstrução. 
- É pensado que o estudo das relações internacionais, ou qualquer estudo acadêmico, exige a suspensão de valores, interesses e relações de poder na busca do conhecimento objetivo - conhecimento não contaminado por influências externas e baseado na razão pura.
Sobre a soberania: como o "paradigma da soberania" simultaneamente dá origem a certa disposição epistemológica e a um certo relato da vida política moderna. Teoria e prática das RI são condicionadas pelo principio constitutivo da soberania. 
Genealogia: é simplesmente, um estilo de pensamento histórico que expõe e registra o significado das relações poder-conhecimento. A genealogia afirma um perspectivismo que nega a capacidade de identificar origens e significados na história objetivamente.
Para o pós-modernismo, seguindo Nietzsche, as perspectivas são parte integrante da constituição do "mundo real", não apenas porque são nosso único acesso a ele, mas porque são elementos básicos e essenciais dele.
Essas perguntas mostram que o evento de "11 de setembro" é constituído apenas em uma narrativa que a integra em uma sequência de outros eventos e, desse modo, confere significado sobre ele.
- Para o pós-modernismo, a representação de qualquer evento político sempre será suscetível a interpretações concorrentes. O poder político, instituído e legitimado no estado soberano, não acaba com a guerra; Em vez disso, "na menor das suas engrenagens, a paz está travando uma guerra secreta". Este "discurso de guerra" postula uma estrutura binária que permeia a sociedade civil, em que um grupo se confronta contra outro em luta contínua.
- Nos EUA, a Casa Branca explorou a memória de "11 de setembro" para justificar a redução das liberdades civis em casa e uma resposta militar agressiva no exterior. Seu ponto é que precisamos esquecer as narrativas dominantes antes que possamos entender o que faz "11 de setembro" um evento distintivo.
- Uma das ideias importantes do pós-modernismo, com foco no poder-conhecimento nexus e sua abordagem genealógica, é que muitos dos problemas e questões estudados nas Relações Internacionais não são apenas questões de epistemologia e ontologia, mas de poder e autoridade; são lutas para impor interpretações autorizadas das relações internacionais.
Sobre a questão da textualidade: utiliza as interpretações mais do que para interpretar as coisas. A interpretação textual “refere-se à relação complementar e mutuamente constitutiva entre diferentes interpretações na representação e constituição do mundo”. Para provocar a interação textual, o pós-modernismo implanta as estratégias de desconstrução e dupla leitura.
Desconstrução: modo geral e radicalmente perturbador de saber o que é tomado como conceitos estáveis e oposições conceituais. Tenta mostrar que tais oposições são insustentáveis, pois cada termo sempre depende do outro. Para resumir, a desconstrução está preocupada com a constituição e a desconstituição de qualquer totalidade, seja um texto, uma teoria, um discurso, uma estrutura, um edifício, uma assembleia ou uma instituição.
Leitura dupla: relação entre efeitos de estabilidade e desestabilização passando por duas leituras em qualquer análise. A tarefa de dupla leitura como modo de desconstrução é entender como um discurso ou instituição social é montado ou reunido, mas fala dessa relação em termos de parasitismo estrutural e contaminação, como cada termo está estruturalmente relacionado e já é um porto, o outro. O objetivo não é demonstrar a veracidade ou não de uma história, mas expor como qualquer história depende da repressão das tensões internas, a fim de produzir um efeito estável de homogeneidade e continuidade.
A problemática da anarquia é o nome que Ashley dá ao momento decisivo da maioria das investigações nas Relações Internacionais. Mais importante ainda, a problemática da anarquia deduz da ausência de autoridade central e global, não apenas um conceito vazio de anarquia, mas uma descrição das relações internacionais como política de poder, caracterizada por interesse próprio, razão de estado, a rotina de recurso à força, e assim por diante. Funciona apenas fazendo certos pressupostos em relação aos estados soberanos.
Em particular, a oposição entre soberania e anarquia assenta na possibilidade de determinar uma entidade soberana bem delimitada que possua o seu próprio centro interno de tomada de decisão hegemônico capaz de conciliar conflitos internos e, portanto, capaz de projetar uma presença singular. 
- Os Estados, a soberania e a violência são temas de longa data nas tradições estabelecidas das Relações Internacionais que ganharam importância renovada depois dos ataques terroristas de 11 de setembro.
O resultado geral é repensar a estrutura ontológica do Estado soberano para responder adequadamente à questão de como o Estado soberano é (re)constituído como o modo normal de subjetivação nas relações internacionais.
Violência: Na política moderna, é razão mais do que poder ou violência que se tornou a medida de legitimidade. O ponto do pós-modernismo em relação à violência na política moderna precisa ser claramente diferenciado das abordagens tradicionais. Em geral, as contas tradicionais levam o confronto violento a ser uma ocorrência normal e regular nas relações internacionais. A condição da anarquia é pensada para inclinar os estados à guerra, pois não há nada para impedir que as guerras ocorram.
Não pode haver um ato mais significativo que demonstre a soberania do Estado do que retirar ou suspender a lei. Essas obras pós-modernas procuram mostrar como estados soberanos, mesmo democráticos liberais, se constituem por exclusão e violência.
Fronteiras: O pós-modernismo está menos preocupado com o que é a soberania, do que a produção espacial e temporária e a forma como circula. Não há razão necessária para o espaço político global ter que ser dividido como está, e com o mesmo porte. De importância crucial nesta diferenciação do espaço político é a inscrição de fronteiras. A oposição entre soberania e anarquia se baseia na possibilidade de dividir claramente um espaço político domesticado de um exterior não domesticado. É nesse sentido que a inscrição do limite é um momento decisivo do estado soberano. Em destaque, há uma série de perguntas sobre limites: como as fronteiras são constituídas, o status moral e político que lhes é concedido, como elas operam simultaneamente para incluir e excluir e como elas simultaneamente produzem ordem e violência.
Identidade:É de extrema importância aqui às questões de como a segurança é concebida em termos espaciais e como as ameaças e os perigos são definidos e articulados, dando origem a concepções particulares do estado como um sujeito político seguro. Funciona para disseminar e reforçar a suposição de que a comunidade política deve ser entendida e organizada como uma identidade única perfeitamente alinhada e possuindo o seu território alocado. O pós-modernismo centra-se nos discursos e práticas que substituem a ameaça pela diferença na constituição da identidade política. O resultado final das estratégias de contenção foi a identidade terrestre em um estado territorial.
A identidade política não precisa ser constituída contra, e à custa de outros, mas os discursos e práticas vigentes de segurança e política externa tendem a reproduzir esse raciocínio. Isto é especialmente assim num sistema internacional onde a identidade política é tão frequentemente definida em termos de exclusão territorial.
Estado: esboçou como violência, fronteiras e identidade funcionam para tornar possível o estado soberano. O pós-modernismo está interessado em como os modos prevalecentes de subjetividade neutralizam ou escondem sua arbitrariedade projetando uma imagem de normalidade, naturalidade ou necessidade. A fusão do Estado à soberania é, portanto, condicionada pela mudança das representações e práticas históricas e culturais que servem para produzir uma identidade política.
As pressões aplicadas nos estados para se adequarem aos modos normalizados de subjetividade são complexas e variadas, e emanam-se internamente e externamente. Algumas pressões são bastante explícitas, como a intervenção militar, outros menos, como condições ligadas à ajuda externa, reconhecimento diplomático e processos gerais de socialização. O ponto é que os modos de subjetividade conseguem dominar o espaço e o tempo através da projeção e da imposição de poder.
Tradicionalmente, "statecraft" refere-se às várias políticas e práticas empreendidas pelos estados para prosseguir seus objetivos na arena internacional. A noção revisada de statecraft avançada pelo pós-modernismo enfatiza as práticas políticas em curso que encontraram e mantêm o estado, tendo como efeito manter o estado em movimento perpétuo.
Para que não se pense que as teorias pós-modernas das relações internacionais mostram um retorno ao centrismo do estado realista, serão necessários alguns esclarecimentos para explicar sua preocupação com o Estado soberano. O pós-modernismo não busca explicar a política mundial, concentrando-se apenas no estado, nem leva o estado como dado.
- Uma das implicações centrais do pós-modernismo é que o paradigma da soberania empobreceu nossa imaginação política e restringiu nossa compreensão da dinâmica da política mundial.
A crítica ética pós-modernista da soberania do Estado precisa ser entendida em relação à crítica desconstrutiva da totalização e ao efeito desterritorializador das lutas transversais. A descoberta já foi explicada como uma estratégia de interpretação e crítica que visa conceitos teóricos e instituições sociais que tentam totalização ou estabilidade total. É importante notar que a crítica pós-moderna da soberania do Estado se concentra na soberania.
Ao promover uma afirmação ativa da alteridade, resistiria às lógicas do estado soberano de territorialização e captura.
Existem duas vertentes de ética que se desenvolvem a partir das reflexões pós-modernismo sobre as relações internacionais. Uma vertente desafia a descrição ontológica sobre a qual os argumentos éticos tradicionais são fundamentados. Avança uma noção de ética que não é baseado em um limite rígido e fixo entre o interior e o exterior. A outra vertente enfoca a relação entre bases ontológicas e argumentos éticos. Pergunta se a ontologia deve preceder à ética.
Ao romper com a ética da exclusão soberana, o pós-modernismo oferece uma compreensão da ética que é separada das limitações territoriais. O ethos diplomático é uma ética "desterritorializada" que se desenrola transgredindo limites soberanos.
- A consequência de levar a sério a crítica pós-modernista da totalidade e da soberania é que os conceitos políticos centrais, como a comunidade, a identidade, a ética e a democracia, são repensados para evitar serem persistentemente reterritorializados pelo Estado soberano. Deve-se notar, no entanto, que o pós-modernismo, como crítica da totalização, se opõe a conceitos de identidade e de comunidade apenas na medida em que estão vinculados dogmaticamente a noções de territorialidade, delimitação e exclusão. 
- Ao desafiar a ideia de que o caráter e a localização do político devem ser determinados pelo Estado soberano, o pós-modernismo procura ampliar a imaginação política e a gama de possibilidades políticas para transformar as relações internacionais. Essas contribuições parecem mais importantes do que nunca após os eventos de 11 de setembro.
FEMINISMO – TICKNER 
- Discutir como feministas recentes das RI e seus casos são analisados levando em consideração a utilidade e o entendimento da questão de gênero nas políticas internacionais, o Estado e práticas de segurança e os seus efeitos nas vidas de homens e mulheres. 
- Sugestão para que as feministas investigassem se países com hierarquias de gênero altamente desiguais se comportariam de forma diferente internacionalmente com aqueles com estruturas sociais menos desiguais em casa.
Primeiro são elaboradas quatro características distintivas da metodologia feminista que se constrói com base no trabalho das feministas nas disciplinas de sociologia, filosofia, história, teoria política e antropologia, disciplinas em que o feminismo teve uma história mais longa do que na IR , uma história que inclui literaturas ricas e diversas sobre questões metodológicas.
O que torna a pesquisa feminista única, no entanto, é uma perspectiva ou estrutura metodológica distinta, que desafia fundamentalmente as tendências e os sentimentos freqüentemente inconscientes ou masculinos na forma como o conhecimento foi tradicionalmente construído em todas as disciplinas. - Não há uma forma correta de pesquisar segundo uma maneira feminista. 
Muitos estudiosos feministas preferem usar o termo "perspectiva" epistemológica em vez de metodologia para indicar os objetivos da pesquisa e a orientação de um projeto em andamento, cujo objetivo é desafiar e repensar o que se afirma ser "conhecimento", das perspectivas da vida das mulheres.
Dado que o conhecimento feminista surgiu de um profundo ceticismo sobre o conhecimento que se afirma ser universal e objetivo, mas que, na realidade, é um conhecimento baseado na vida dos homens, esse conhecimento é construído simultaneamente de quadros disciplinares e críticas feministas dessas disciplinas.
No entanto, a maioria das feministas das RI fizeram perguntas muito diferentes e usaram métodos diferentes para respondê-las. Embora possam procurar entender o comportamento do Estado, fazem isso no contexto de perguntar por que, em muitas partes do mundo, as mulheres permanecem tão fundamentalmente desempregadas em matéria de política externa e militar.
Ao invés de especular sobre a hipotética questão de saber se as mulheres podem ser mais pacíficas do que os homens como responsáveis pela política externa, se concentraram no problema mais imediato de por que há tão poucas mulheres em cargos de poder.
- A questão básica sobre as teorias feministas é a de saber porque em todas as sociedades as mulheres estão em desvantagem politica, social e economicamente em relação aos homens e a extensão disso nas politicas internacionais da economia global. 
As questões feministas estão desafiando os principais pressupostos da disciplina e desconstruindo seus conceitos centrais; muitos deles são constitutivos e não causais. As feministas têm procurado entender melhor uma característica negligenciada, mas constitutiva da guerra - por que tem sido principalmente uma atividade masculina e quais são as implicações causais e constitutivasdisso para os papéis políticos das mulheres, dado que elas foram construídas como uma categoria "protegida".
Sugeriram que a desigualdade de gênero, bem como outras relações sociais de dominação e subordinação, estavam entre os elementos fundamentais que, em diferentes graus, as características reconhecidas publicamente dos estados, suas relações de segurança e a economia global foram construídas e em que continuam a operar em graus variados.
Ao contrário das ciências sociais, as RI se baseiam em modelos da economia e das ciências naturais para explicar o comportamento dos estados no sistema internacional, as feministas utilizaram análises sociológicas que começam com os indivíduos e as relações sociais hierárquicas nas quais suas vidas estão situadas.
Enquanto grande parte das RI está focada em descrever e explicar o comportamento dos estados, as feministas são motivadas pelo objetivo de investigar a vida das mulheres dentro dos estados ou estruturas internacionais para mudá-las.
Um compromisso importante da metodologia feminista é que o conhecimento deve ser construído e analisado de uma forma que possa ser usada pelas mulheres para mudar as condições opressivas que enfrentam.
As feministas também alegaram que o conhecimento baseado no ponto de vista da vida das mulheres, particularmente as mulheres marginalizadas, leva a uma objetividade mais robusta, não só porque amplia a base de onde derivamos o conhecimento, mas também porque as perspectivas de "pessoas de fora" ou de pessoas marginalizadas podem revelam aspectos da realidade obscurecidos por abordagens mais ortodoxas para a construção do conhecimento.
Não se leva apenas a redefinições do significado de segurança, mas a uma compreensão de como a segurança do estado e a prosperidade da economia global são frequentemente dependentes da insegurança da vida das mulheres de certos indivíduos, muitas vezes. Ao trazer à tona essas múltiplas experiências de vida das mulheres, os pesquisadores feministas também afirmam que a pesquisa que realizam não pode, e não deve ser separada de suas identidades como pesquisadora.
Considerando que a experiência pessoal é pensada pelas ciências sociais convencionais para contaminar a objetividade de um projeto, as feministas acreditam que a própria consciência de sua própria posição pessoal no processo de pesquisa seja corretiva para a "pseudo-objetividade".
Para as feministas, um dos principais objetivos deste compromisso com a construção de conhecimento experiencial e reflexivo tem sido a esperança de que seu projeto de pesquisa possa contribuir para a melhoria da vida das mulheres, pelo menos em parte através da capacitação de seus assuntos de pesquisa.
O objetivo de grande parte da pesquisa feminista tem sido o empoderamento das mulheres; muitas feministas acreditam que o pesquisador deve estar ativamente envolvido na luta política e estar atento às implicações políticas de seu trabalho.
Sobre a perspectiva de Chin: Ela contrasta o empirismo feminista que, como discutido anteriormente, pode corrigir certos preconceitos androcêntricos, mas corre o risco de destilar as complexidades da vida social em uma série de hipóteses que podem ser rotuladas como verdadeiras. Ao reconhecer a utilidade das pesquisas de atitudes, Chin preocupa-se que possam restringir a compreensão das complexidades de várias forças que dão forma ao desempenho e ao consumo de mão-de-obra reprodutiva.
Como muitas feministas das RI que fazem pesquisas empíricas, Chin e Moon rejeitaram a metodologia básica de ciências sociais delineadas por Keohane em favor de estudos de caso qualitativos (únicos) que dependem de metodologias mais interpretativas. Eles utilizam pesquisas etnográficas de caráter aberto que contam com contas narrativas das vidas das mulheres à margem da sociedade, contas que preferem sobre a análise estatística dos dados gerados pelo governo.
Muitas das experiências da vida das mulheres ainda não foram documentadas ou analisadas dentro de disciplinas de ciências sociais ou por estados. As escolhas que os Estados fazem sobre os dados a serem coletados são um ato político. As formas tradicionais em que os dados são coletados e analisados não se prestam a responder a muitas das questões que as feministas criam.
A rejeição feminista da análise estatística resulta tanto da percepção de que as perguntas que eles fazem são raramente respondidas usando classificações padrão de dados disponíveis e entendendo que esses dados podem ocultar as relações que consideram importantes.
A igualdade de gênero é medida em termos de porcentagem de mulheres no parlamento e número de anos em que as mulheres tiveram o direito de votar no momento do início do conflito. Embora admitam que não houve líderes femininas suficientes para estabelecer qualquer correlação entre os papéis de liderança das mulheres e o menor uso da violência dos estados, seus resultados mostram que, de acordo com suas medidas de igualdade de gênero, a gravidade da violência usada pelos estados em organizações internacionais As crises diminuem à medida que a igualdade de gênero doméstica aumenta.
As feministas alegam que esta distinção pública / privada, sobre a qual o Estado moderno foi fundado, criou estruturas hierárquicas de gênero e expectativas de papel que impedem a realização de uma verdadeira igualdade de gênero, mesmo hoje nos estados onde a maioria das barreiras legais à igualdade feminina foi removida.
No entanto, as feministas, que estão dispostas a usar indicadores de desigualdade de gênero e opressão, muitas vezes relutam em dar o próximo passo na análise quantitativa científica social convencional, devido ao ceticismo sobre os pressupostos metodológicos associados aos procedimentos estatísticos convencionais.
Embora não exista um método feminista, existem diferentes perspectivas feministas sobre metodologia que emergiram de um profundo cepticismo do conhecimento tradicional, conhecimento baseado em grande parte em vidas de homens e homens privilegiados.
Se perguntam sobre os vínculos entre as experiências vividas diariamente das mulheres e a constituição e exercício do poder político e econômico no nível estadual e global. Especificamente, procuram entender como o gênero e outras hierarquias de poder afetam aqueles que estão à margem do sistema. Suas descobertas revelam estados constituídos de maneiras de gênero, cujas práticas de busca de segurança tornam mais insegura a vida de seus cidadãos mais impotentes.
Embora as feministas tenham tido ideais dos métodos convencionais de ciências sociais, foram abertas para combinar métodos e refletir de forma crítica quais são as ferramentas mais úteis para projetar pesquisas que terão o impacto mais positivo na vida de homens e mulheres.
MEIO AMBIENTE – PATERSON
A política verde surgiu como uma força política significativa em muitos países a partir de meados da década de 1970. Muitos dos escritos de pensadores verdes e as práticas dos movimentos verdes contêm análises da dinâmica da política global e visões normativas sobre a reestruturação da política mundial.
De um modo geral, os ambientalistas aceitam o quadro das estruturas políticas, sociais, econômicas e normativas existentes da política mundial e procuram melhorar os problemas ambientais nessas estruturas, enquanto os Verdes consideram essas estruturas como a principal origem da crise ambiental e, portanto, afirmam que elas são estruturas que precisam ser desafiadas e transcendidas.
Os verdes sugerem que é o crescimento econômico exponencial experimentado nos últimos dois séculos, que é a principal causa da atual crise ambiental. Assim, não é a crença em uma crise ambiental que está definindo, mas a compreensão particular que os Verdes têm da natureza dessa crise, o que os torna distintivos.
Com a análise não é possível simplesmente adaptar as instituições sociais existentes para lidar com problemas ambientais - serão totalmente desenvolvidos novos desenvolvimentos.
Um princípio central do pensamento verde é a rejeição da ética antropocêntricaa favor de uma abordagem ecocêntrica. Todas as entidades são dotadas de uma autonomia relativa, dentro das relações ecológicas em que estão incorporadas, e, portanto, os seres humanos não são livres para dominar o resto da natureza. Muitos desafiam tanto o ecocentrismo é descritivamente um componente necessário da ideologia verde, seja se é uma base adequada ou desejável para uma teoria política.
Um segundo plano de uma posição verde é a crença nos limites do crescimento das sociedades humanas. Os detalhes de suas previsões foram facilmente refutados. No entanto, os Verdes tomaram sua conclusão central - que o crescimento exponencial é impossível em um sistema finito - para ser uma base central de sua posição.
O desenvolvimento sustentável pressupõe a compatibilidade do crescimento com a resposta exitosa aos problemas ambientais. Os verdes rejeitam isso, argumentando que a sustentabilidade requer explicitamente a estabilização e, nos países industrializados quase certamente reduzindo, os recursos de materiais e energia e, portanto, a produção econômica.
Para os praticantes do desenvolvimento sustentável, o "crescimento sustentável" e o "desenvolvimento sustentável" são geralmente combinados, e certamente a Comissão Brundtland considerou a busca do crescimento econômico como essencial para o desenvolvimento sustentável.
Os escritores de ecologia globais, portanto, apresentam um conjunto poderoso de argumentos sobre como o desenvolvimento é inerentemente anti-ecológico. Isso não é apenas por limites abstratos aos argumentos de tipo de crescimento, mas porque eles mostram de forma mais sutil como o desenvolvimento na prática prejudica as práticas sustentáveis.
Embora alguns argumentos feitos por ambientalistas sobre tal reforma institucional tenham conexões claras com outras tradições, o que argumento é o relato mais plausível e representativo do que os Verdes acreditam que fornece um relato distinto de quais formas de reestruturação política global são necessárias.
No entanto, se um ou não se inscreve nessa interpretação anarquista, o impulso descentralizado é, no entanto, o tema mais importante que vem da política verde para as Relações Internacionais. Um dos slogans políticos Green mais conhecidos é "pensar globalmente, agir localmente".
Se os Verdes têm ou não uma resposta adequada a esse problema, essa objeção à posição antiestatalista é muito estranha. A objeção de que as comunidades em pequena escala pode ser muito paroquial poderia ser tão facilmente uma acusação contra estados soberanos. É a prática da soberania que permite que os estados sejam principalmente autoconfiantes e evitem a sensação de que eles têm obrigações fundamentais para o resto do mundo.
Embora a maioria dos teóricos verdes rejeite a ideia das autoridades políticas globais, não há razão para que eles tenham algum problema com as instituições envolvidas com o compartilhamento de informações entre as comunidades, e esses argumentos são fortalecidos pelo foco nos debates na década de 1990 sobre o crescente predomínio da rede formas de organização globalmente.
Os descentralizados verdes baseiam grande parte de seus argumentos em questões de escala. Mas também são claras que tal descentralização para fins ecológicos envolve a criação de instituições políticas fundamentalmente diferentes.
Mas, ao mesmo tempo, o que é importante nesta crítica das posições verdes é a forma como chama a atenção para a situação estratégica contemporânea enfrentada pelos Verdes, e ao mesmo tempo em que os desafios ecológicos e as respostas políticas a eles próprios estão engendrando mudanças em estruturas políticas globais de formas cujo potencial é perdido pela natureza abstrata da crítica verde do sistema estadual.
Em outras palavras, a ética ambiental tem uma especificidade histórica e base material - o surgimento de formas modernas de antropocentrismo está localizado no surgimento da modernidade em todos os seus aspectos.
Uma vez que as concepções verdes das críticas à política internacional são entendidas dessa maneira, isso abre a porta para um novo engajamento crítico, mas construtivo, com outras tradições das Relações Internacionais, pensando de forma semelhante sobre a forma como o sistema estadual está em transformação e como essas transformações podem ser empurrou uma direção radical.
Mas eles também podem ser analisados ​​como movimentos que geram mudanças políticas em seu próprio direito, incorporados em um padrão mais amplo de mudanças sociais e políticas verdes / esquerdas que desafiam (em vez de apenas moldar) o poder do capital global, a centralização do poder e assim por diante, e atuam como agentes que ajudam a forjar e sustentar a democracia ecológica e a cidadania.
O ponto central deste capítulo diz respeito à maneira particular pela qual a maioria dos Verdes rejeita o sistema de estados, argumentando principalmente pela descentralização das comunidades políticas abaixo do estado-nação, e não por novas formas de autoridade política global. Isso envolve a descentralização não só da organização política, mas também da organização econômica e social. Eles também defendem o abandono de sistemas e práticas soberanas tradicionais a favor de locais mais mistos de autoridade.
Para os Verdes, o objetivo central da análise e do escopo do inquérito é a forma como as sociedades humanas contemporâneas são ecologicamente insustentáveis. Um modo tão destrutivo de existência é deplorado tanto por causa do valor ético independente que se mantém para residir em organismos e ecossistemas, e porque a sociedade humana depende, em última instância, da função bem-sucedida da biosfera como um todo para sua própria sobrevivência.
A teoria verde, portanto, claramente tem sua própria perspectiva distinta. O foco nas relações humanidade-natureza e a adoção de uma ética ecocêntrica em relação a essas relações, o foco nos limites do crescimento, a perspectiva particular sobre o lado destrutivo do desenvolvimento e o foco na descentralização longe do Estado-nação são únicos para a política verde.
TEORIAS DE RI NÃO OCIDENTAIS – BUZAN
A mensagem central de Wight foi que a satisfação com uma condição política existente identificada com a busca do progresso e a vida boa dentro do estado inibiu a necessidade de desenvolver uma teoria sobre o que foi considerado como o melodrama repetitivo das relações entre os estados.
Nossas explicações para a ausência de uma teoria internacional não-ocidental não se concentram na falta total de boa vida no não-Oeste, mas em forças ideais e perceptivas, que alimentam, em diferentes misturas, as hegemonias de Gramscian e o etnocentrismo e a política de exclusão. Algumas dessas explicações estão localizadas no Ocidente, algumas dentro do não-Oeste e outras na interação entre as duas.
Nosso objetivo é introduzir tradições de RI não-ocidentais para um público ocidental das RI e desafiar os pensadores das RI não-ocidentais a desafiar o domínio da teoria ocidental. Nós fazemos isso não por antagonismo para o Ocidente, ou desprezo pela TRI que foi desenvolvido lá, mas porque pensamos que a TRI ocidental é muito estreito em suas fontes e também dominante em sua influência para ser bom para a saúde do mais amplo projeto para entender o mundo social em que vivemos.
Na medida em que a teoria das RI é constitutiva da realidade que aborda, os estados asiáticos têm um grande interesse em fazer parte do jogo. Se quisermos melhorar como um todo, então a teoria ocidental precisa ser desafiada não apenas de dentro, mas também de fora.
A teoria é, portanto, sobre a simplificação da realidade. Começa a partir do pressuposto de que, em algum sentido bastante fundamental, cada evento não é único, mas pode ser agrupado em conjunto com outros que compartilham algumas semelhanças importantes.
Existem dois modos óbvios, e parcialmente recíprocos, em que o domínio ocidental da TRI se manifesta. O primeiro é a origem da maioria da filosofia ocidental, da teoria política e / ou da história. O segundo é o enquadramento eurocêntrico dahistória mundial, que tece através e em torno de grande parte dessa teoria.
Há, é claro, um sentido importante em que as ideias dentro da TRI ocidental são universais. Mas olhamos em outra luz, eles também podem ser vistos como particulares, paroquiais e eurocêntricos, fingindo ser universais para aprimorar suas próprias reivindicações. No mínimo, este centrismo do Oeste sugere que as sociedades não-ocidentais possam construir entendimentos da RI com base em suas próprias histórias e teorias sociais, e até mesmo projetá-las sob a forma de reivindicações universalistas.
Um aspecto importante, embora não necessariamente limitativo, deste tipo de trabalho é que nem sempre há uma clara demarcação entre os limites do que é doméstico e o que é "relações internacionais". Mais importante, a invocação das ideias e abordagens desses escritores clássicos raramente é desprovida de considerações políticas.
Isso pode ter sido impulsionado em parte pelo desejo de mobilizar o apoio internacional à libertação nacional. Este "nacionalismo aberto" da Ásia era, em certo aspecto, distinto do nacionalismo excludente e territorial da Europa.
Fora das ideias políticas clássicas e modernas sobre as relações interestatais ou internacionais, um terceiro tipo de trabalho são os não ocidentais que assumiram a TRI ocidental. Muitos estudiosos asiáticos da RI abordaram a questão da teoria aplicando a teoria ocidental aos contextos e quebra-cabeças locais e avaliando sua relevância.
Outro corpo emergente que pode ser considerado aqui baseia-se em generalizações sobre interdependência asiática e construção de instituições regionais e práticas regionais asiáticas, como "o Caminho da ASEAN". Essas construções são consideradas excepcionalistas, mas na realidade elas não são.
Razões pelas quais o Ocidente se tornou melhor referencia ao tratar de TRI: 
1. A TRI ocidental descobriu o caminho certo para entender as RI. Não há dúvida de que o a TRI ocidental gerou percepções significativas e merece ser levado a sério por todos os interessados no assunto. Mas, igualmente, não há dúvida de que está enraizado em uma história muito específica e que uma perspectiva mais histórica do mundo deve abrir perspectivas adicionais.
2. A TRI Ocidental adquiriu status hegemônico no sentido de Gramsci: é sobre se, porque o foi levado pelo domínio do poder ocidental nos últimos séculos, adquiriu um status hegemônico gramsciano que opera em grande parte inconscientemente nas mentes dos outros, e independentemente de a teoria estar correta ou não.
3. Existem teorias de RI não-ocidentais, mas estão ocultas. Existe, naturalmente, uma possibilidade de que existem teorias de RI não-ocidentais, mas que estão escondidas do discurso ocidental por barreiras de linguagem ou outras dificuldades de entrada e, portanto, fazem não circula nos debates globais. Os motivos para serem escondidos também podem estar em barreiras intencionais ou não intencionais para a entrada nos discursos ocidentais.
4. As condições locais discriminam a produção da teoria da RI: existem várias condições locais - históricas, culturais, políticas e institucionais - que poderiam explicar por que o meio acadêmico fora do Ocidente pode não ser propício para a geração da teoria das RI. No lado histórico, a maioria das histórias sobre como a RI Ocidental se estabeleceu como um assunto autoconsciente vê a Primeira Guerra Mundial como uma bacia hidrográfica, reforçada pela Segunda Guerra Mundial.
Sondando mais fundo, pode-se perguntar se há diferenças culturais entre o Ocidente e o não-Oeste que tornam o primeiro mais geralmente inclinado a abordar questões em termos abstratos, e o segundo menos inclinado. Na sua forma forte, a ideia seria que a teoria em geral é uma maneira ocidental de fazer coisas, com outras mais inclinadas a abordagens empíricas ou abstrações relacionadas principalmente com assuntos locais e sem a presunção de universalismo típico da teoria social ocidental.
No Ocidente, a teoria da RI floresceu com sucesso nas democracias, embora a existência de zonas mais ou menos livres de TRI em países substanciais, como Itália e Espanha, sugere que a democracia é mais uma condição necessária que suficiente.
Os grupos de reflexão de política externa e estrangeira são geralmente avessos à teoria, e muito mais interessados e encorajadores de trabalho empírico focado relevante para as questões do dia. Talvez a única exceção tenha sido em relação à teoria estratégica, onde houve forte interação entre o governo e o pensamento acadêmico sobre a dissuasão nuclear.
5. O Ocidente tem uma grande vantagem, e o que estamos vendo é um período de recuperação: se essa explicação for verdadeira, o problema principal é a questão do tempo e dos recursos. Onde há recursos disponíveis para o estudo das RI, devemos esperar ver, dependendo do nível de recursos disponíveis, o desenvolvimento constante dos desenvolvimentos locais na teoria de RI.

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