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COLÉGIO CARATINGA ALESSANDRA DA SILVA DE OLIVEIRA ANA PAULA DE LOURDES GOMES DEISY KAREN DA SILVA JESSICA MORGANA VIANA LUDMILA MARIA ARAUJO FREITAS PAULO CESAR MUNIZ HIGIENE OCUPACIONAL E MÉTODOS DE PROFILAXIA Caratinga, MG 2018 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Equipamentos de Proteção Individua EPI's de Proteção Radiológica LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 — ................................................................................................................................ 7 Figura 2 — .............................................................................................................................. 10 Figura 3 — Divisão de Serviços de Saneamento Básico ....................................................... 20 Figura 4 — Imunoprofilaxia .................................................................................................. 21 Figura 5 — Vigilância Sanitária ............................................................................................. 22 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . HIGIENE OCUPACIONAL Vibrações Temperaturas extremas calor excessivo SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 3 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 4 2.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2.1.1 Pilares da Higiene Ocupacional ................................................................................. 4 2.1.2 Riscos ocupacionais .................................................................................................... 5 2.2 RISCOS FÍSICOS ........................................................................................................ 5 2.2.1 Ruídos .......................................................................................................................... 6 2.2.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2.2.3 Radiações ..................................................................................................................... 8 2.2.4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 2.2.5 Frio excessivo ............................................................................................................ 13 2.2.6 Pressões anormais ..................................................................................................... 14 2.2.7 Umidade ..................................................................................................................... 14 2.3 RISCO QUÍMICO ...................................................................................................... 15 2.4 RISCOS BIOLOGICOS ............................................................................................. 16 2.5 RISCOS ERGONÔMICOS ........................................................................................ 17 2.6 RISCOS DE ACIDENTES ......................................................................................... 18 2.7 MEDIDAS GERAIS DE PROFILAXIA ................................................................... 19 2.7.1 PROFILAXIA:.......................................................................................................... 19 2.7.1.1 MEDIDAS DE PREVENÇÃO ................................................................................... 19 2.7.1.2 MEDIDAS DE ERRADICAÇÃO ............................................................................. 23 2.7.1.3 ELIMINAÇÃO DE VETORES.................................................................................. 24 3 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 25 REFERÊNCIAS........................................................................................................ 26 3 1 INTRODUÇÃO Esse trabalho foi desenvolvido para que possamos ter o conhecimento sobre higiene ocupacional, e métodos de profilaxia, esta dividido em pequenos explicações, onde mostra que a higiene ocupacional é essencial para a proteção da saúde dos trabalhadores e do meio ambiente. Sua prática envolve muitas etapas, que estão interligadas, cuidados de saúde, preventivos que compreende uma variedade de estados físicos e mentais, o mesmo acontece com as doenças e deficiências, que são afetadas por fatores ambientais , predisposição genética, agentes de doenças e escolhas de estilo de vida . Ja os métodos profiláticos consistem em medidas tomadas para a prevenção de doenças, bem como a realização de processos dinâmicos que começam avaliar antes que os indivíduos percebam que são afetados. Este trabalho esta dividido da seguinte maneira, na seção 1 é abordo a introdução, a seção 2 trata do referencial teórico , abordando as principais técnicas de higiene ocupacional, como por exemplos os ricos físicos. biologices, e os principais métodos profiláticos, a sessão 3 da conclusão, e a sessão 4 das referencias bibliográficas. 4 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 HIGIENE OCUPACIONAL Higiene Ocupacional é a disciplina de antecipar, reconhecer, avaliar e controlar os riscos à saúde no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger a saúde e o bem-estar dos trabalhadores e salvaguardar a comunidade em geral. A Higiene Ocupacional também tem sido definida como a prática de identificação de agentes perigosos; química, física e biológica; no local de trabalho que poderia causar doença ou desconforto, avaliar a extensão do risco devido à exposição a esses agentes perigosos e o controle desses riscos para evitar problemas de saúde a longo ou curto prazo. 2.1.1 Pilares da Higiene Ocupacional Os principais pilares da higiene ocupacional são: a. Antecipação:A importância de antecipar e prevenir todos os tipos de poluição ambiental não pode ser subestimada. Há, felizmente, uma tendência crescente para considerar novas tecnologias do ponto de vista dos possíveis impactos negativos e sua prevenção, desde o projeto e instalação do processo até o manuseio dos efluentes e resíduos resultantes, no chamado berço. para a abordagem grave. Os desastres ambientais, ocorridos em países desenvolvidos e em desenvolvimento,poderiam ter sido evitados pela aplicação de estratégias de controle e procedimentos de emergência apropriados no local de trabalho. b. Reconhecimento:diz respeito a toda análise e observação do ambiente do trabalho reconhecer e compreender, a ocorrência (real ou potencial) de agentes químicos, físicos e biológicos e outros estresses, e suas interações com outros fatores, que possam afetar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. c. Avaliação: processo de avaliar a exposição e chegar a conclusões sobre o nível de risco para a saúde humana especificamente as medições e monitorações que serão conduzidas no ambiente de trabalho. O reconhecimento da natureza e magnitude potencial dos efeitos biológicos que tais agentes podem causar se houver superexposição, requer conhecimento e acesso a informações toxicológicas. Exemplos (ALONSO, 2012) : Determinação da intensidade dos agentes físicos; A concentração dos agentes químicos, tem em vista o dimensionamento da exposição dos trabalhadores; A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para 5 comprovar o controle da exposição ou inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento. d. Controle: Está relacionado à eliminação ou diminuição dos potenciais de exposição,compreender as possíveis vias de entrada do agente no corpo humano e os efeitos que tais agentes e outros fatores podem ter sobre a saúde antecipados, reconhecidos e avaliados, no ambiente de trabalho considerado. Portanto um higienista ocupacional é um profissional capaz de antecipar os riscos à saúde que podem resultar de processos de trabalho, operações e equipamentos e, consequentemente, aconselhar sobre seu planejamento e projeto reconhecer e compreender, no ambiente de trabalho, a ocorrência (real ou potencial) de agentes químicos, físicos e biológicos e outros estresses, e suas interações com outros fatores, que possam afetar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. 2.1.2 Riscos ocupacionais Os riscos ocupacionais estão classificados da seguinte forma como pode ser observado na figura 1: Riscos Físicos; Riscos Químicos; Riscos Biológicos; Riscos Ergonômicos; Riscos de Acidentes (Equipamentos / Materiais) 2.2 RISCOS FÍSICOS Os riscos físicos incluem radiação ionizante e não ionizante, ruído, vibração e temperaturas extremas. Os riscos físicos afetam a saúde física do funcionário de um ponto de vista externo. Os efeitos da exposição a muitos perigos físicos podem não ser imediatamente evidentes. Ruído, vibração e algumas exposições à radiação tornam-se mais evidentes ao longo do tempo. Por outro lado, a exposição a temperaturas extremas, como congelamento e queimaduras solares e superexposição à radiação, é mais provável de ser imediatamente evidente. São considerados riscos físicos as várias formas de energia e causas a que possam estar expostos os trabalhadores:Riscos físicos Ruídos ; Vibrações ; Radiações; Umidade ; 6 Calor excessivo ; Frio Excessivo ; Pressões Anormais ; 2.2.1 Ruídos O ruído, ou som indesejado, é um dos problemas de saúde ocupacional mais difusos. É um subproduto de muitos processos industriais e comerciais. A exposição a altos níveis de ruído causa perda de audição e pode causar outros efeitos prejudiciais à saúde também. A extensão do dano depende principalmente da intensidade e duração da exposição. A perda auditiva induzida por ruído pode ser temporária ou permanente. É todo som indesejável, desagradável. As máquinas e equipamentos que ha nas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis altos e contínuos, podendo a curto, médio e longo prazo causar sérios danos à saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações prejudiciais poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente (ALONSO, 2012, p. 8). Segundo Alonso (2012) quanto maior o nível de ruído, menor deveria ser o tempo de exposição ocupacional. A parte mais importante de um programa de conservação auditiva e controle de ruído no local de trabalho é medir os níveis de ruído e a exposição ao ruído dos trabalhadores. Pois ajuda identificar os locais de trabalho onde há problemas de ruído, os funcionários que podem ser afetados e quais medidas contra ruído adicionais podes ser feitas (ALONSO, 2012). A concentração ou a intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que NÃO causará dano à saúde do trabalhador durante sua vida laboral é denominada Limite de Tolerância. A importância de se levantar medidas de proteção contra os ruídos se dá devido ao fato de que, oruído age diretamente sobre o sistema nervoso, podendo ocasionar segundo Alonso (2012) : Fadiga nervosa; Alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar ideias; Hipertensão; Modificação do ritmo cardíaco; Modificação do calibre dos vasos sanguíneos; Modificação do ritmo respiratório; Perturbações gastrointestinais; Diminuição da visão noturna; Dificuldade na percepção de cores. Para preservar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem ser adotadas (ALONSO, 2012) : Medidas de proteção coletiva (enclausuramento da máquina produtora de ruído; 7 isolamento de ruído); e Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção individual (equipamento de proteção individual) no caso, protetor auricular. Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho, revezamento. Medidas educacionais: orientação para o uso correto do equipamento de proteção individual, campanha de conscientização. Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do equipamento de proteção individual: controlar seu uso. O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar, como observado na figura 1. Figura 1 - Equipamentos de Proteção Individua Fonte: polyscreen (2017) 2.2.2 Vibrações A vibração é é qualquer movimento de um corpo ou oscilação que se repete devido a forças desequilibradas de componentes e movimentos alternados, regular ou irregularmente dentro de um intervalo de tempo. As vibrações podem ser (ALONSO, 2012) : Localizadas (em certas partes do corpo) - causadas por ferramentas manuais elétricas e pneumáticas, cujas consequências são, alterações neuro vasculares nas mãos, problemas nas articulações das mãos e braços; osteoporose. Generalizadas (ou do corpo inteiro) - ocasionando lesões , ou dores lombares em operadores de grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores. Segundo Alonso (2012) as medições nos três eixos devem ser feitas na superfície das mãos, nas áreas claramente relatadas, na qual a energia entra no corpo. O equipamento de medição de vibração normalmente consiste em um transdutor, um dispositivo amplificador e 8 um indicador de registrador de amplitude ou nível. Sendo que, esse instrumento pode ser capaz de determinar a aceleração “rms” ponderada nos eixos x, y e z em m/s2, sendo a aceleração de maior magnitude a base da avaliação ocupacional. O acelerômetro deverá ser posicionado no ponto em que a vibração entra na mão (ponto de acoplamento). 2.2.3 Radiações A radiação é uma forma de energia transmitida através do ar ou não, como uma onda eletromagnética ou partículas. Além de existir naturalmente no ambiente, a radiação também vem de fontes artificiais como atividades médicas e industriais (SIEMENS HEALTHCARE , 2013). Sendo que a absorção das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento dediversas lesões, perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras . O espectro eletromagnético engloba desde a radiação ionizante de grande energia, com frequências elevadas e comprimentos de onda menores, a radiações não ionizantes, com baixas frequências e comprimentos de onda maiores. Conforme informado acima, as radiações podem ser classificadas em dois grupos (ALONSO, 2012) : Radiações ionizantes – A radiação ionizante consiste em ondas eletromagnéticas com energia suficiente para fazer com que os elétrons se desprendam de átomos e moléculas, alterando sua estrutura – num processo conhecido como ionização. Ex.: Os operadores de raios-X e radioterapia estão freqüentemente expostos a esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas. Radiações não ionizantes - A radiação não ionizante tem menos energia do que a radiação ionizante e inclui formas como microondas ou ondas de rádio e televisão. Seu efeito geralmente é limitado à geração de luz ou calor. São radiações não ionizantes a radiação infravermelha, proveniente de operação em fornos , ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda raios laser, micro-ondas. Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome as seguintes medidas: Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protetor para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x). Medidas de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção individual adequado ao risco (ex: avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador, óculos para operadores de forno). As radiações ionizantes são bastante utilizadas na medicina para diagnóstico médico e 9 odontológico e tratamento de doenças, e em atividades industriais para medição de nível de silos, análises laboratoriais, radiografia industrial, entre outros. Quanto as radiações não ionizantes a principal fonte natural é o sol, e as artificiais são: lâmpadas de vapor de mercúrio, de hidrogênio e deutério, arcos de soldagem, lâmpadas incandescentes, fluorescentes e mistas. Outras radiações não ionizantes, como micro-ondas e radiofrequências se produzem de forma natural, principalmente pela eletricidade atmosférica, que é estática, embora de intensidade muito baixa(ALONSO, 2012). Medidas de controle das radiações para as radiações ionizantes: Controle da distância entre o trabalhador e a fonte; Blindagem; Limitação de tempo de exposição; Impedir que fontes radioativas atinjam vias de absorção do organismo; Sinalização; Controle Médico; Uso de barreiras; Limpeza adequada do ambiente de trabalho. Para as radiações não ionizantes (Microondas, Laser e Ultravioleta): Micro-ondas: Enclausuramento das fontes; Uso de barreiras; Exames médicos; Laser: Treinamento; Ultravioleta: Uso de barreiras; Equipamento de proteção individual: protetores para os olhos, luvas protetoras, roupas. 10 Figura 2 - EPI's de Proteção Radiológica Fonte: Zara (2013) Procedimentos de proteção radiológica ou de radioproteção têm como objetivo proteger o ser humano dos efeitos nocivos da radiação ionizante para que ele possa usufruir dos benefícios dessa radiação com segurança. O técnico que opera o equipamento de raios-X deve usar, no mínimo, um monitor individual de radiação, ocupar sempre posições de onde possa ver e falar com o paciente, e estar devidamente protegido das radiações, seja através de uma barreira fixa, seja pelo uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Dentre os tipos de Equipamento de Proteção Individual para os Serviços de Radiodiagnóstico, podemos citar (ZARA, 2013) : - aventais de proteção tipo leve, - sobretudo de proteção tipo leve, - aventais de proteção pesados, - saias de proteção, - aventais pequenos, - protetores abdominais para pacientes, - luvas de proteção tipo leve, - luvas de proteção tipo pesadas, - mangas, - proteção para membros inferiores, - protetor de gônadas para pacientes masculinos, - assentos móveis com espaldar, - anteparos móveis de proteção, - óculos plumbíferos e - protetores de tireóide. 11 2.2.4 Temperaturas extremas calor excessivo Forma de energia que se transfere de um sistema para outro em virtude de uma diferença de temperatura entre ambos. O calor, se intenso, pode reduzir bastante a resistência devido à necessidade de mais do volume de sangue circulante ser dedicado ao transporte de calor, e não ao transporte de oxigênio, e devido ao efeito da desidratação, que freqüentemente acompanha a exposição ao calor, como resultado de perda de fluidos corporais (sudorese). Quando o trabalhador está exposto a uma ou várias fontes de calor, há as seguintes trocas térmicas entre o ambiente e o organismo (ALONSO, 2012) : Condução: é a perda de calor por contato, quando um objeto se encontra com outro eles dividem sua energia (calor) de modo que o que estava mais quente perde calor e o mais frio ganhe calor. Convecção: A corrente de convecção segue a lei de que os gases mais quentes sobem e os mais frios descem. Assim, quando o ar que está em contato com a superfície cutânea esquenta, ele tende a subir e um “ar novo” ainda não aquecido toma seu lugar. Este "ar novo" também vai ser aquecido e o ciclo continua. Radiação:A energia radiante passa através do ar sem aquecê-lo apreciavelmente e aquecerá a superfície atingida. Quando há transferência de calor sem suporte material algum, o processo é denominado radiação. Evaporação:Para que a radiação, condução e convecção funcione com a finalidade de dissipar calor, é preciso que a temperatura ambiente seja inferior à temperatura da superfície cutânea; caso o contrário, o corpo irá ganhar mais calor do que perder. Uma solução para a perda de calor cutânea quando a temperatura ambiente é mais elevada que a da pele é a evaporação. O mecanismo da evaporação começa com o suor, a água consegue absorver mais calor que o ar, sendo assim, quando ocorre evaporação do suor também acontece perda de calor. Mesmo que não ocorra suor, a pessoa transpira insensivelmente através dos pulmões (expiração) e da pele e sem nem ao menos perceber, exala 600 a 700 mL/dia. Esta evaporação não perceptível é importante na manutenção da homeostase corporal. Os mecanismos de termorregulação é a capacidade de um organismo de promover a manutenção de sua temperatura normal. Mesmo que a temperatura ambiente varie de 13 a 54,5 ºC a temperatura corporal não se modifica muito (36,1 a 37,8 ºC), isto se deve ao mecanismo de termorregulação do corpo coordenado pelo hipotálamo e suas retroalimentações. Dentre os inúmeros fatores que influenciam nas trocas térmicas, cinco principais devem ser considerados na quantificação da sobrecarga térmica (ALONSO, 2012) : Temperatura do ar; Umidade relativa do ar; Velocidade do ar; 12 Calor radiante Tipo de atividade. Atividades nas quais o calor é encontrado: Siderurgias ; Fundição ; Indústria do Vidro ; Indústria Têxtil ; Padarias ; Altas Temperaturas podem provocar: Desidratação ; Ativação das glândulas sudoríparas ; Câimbras ; Fadiga Física ; Insolação ; Choque térmico ; Problemas cardio circulatórios ; Medidas de Controle relativas ao homem (ALONSO, 2012) : Aclimatização: Constitui na adaptação fisiológica do organismo a um ambiente quente. Limite do Tempo de Exposição: Consiste em adotar um período dedescanso, visando a reduzir a sobrecarga térmica a níveis compatíveis com o organismo humano. Exames Médicos: Recomenda-se a realização de exames médicos pré- admissionais com a finalidade de detectar possíveis problemas de saúde que possam ser agravados com a exposição ao calor, também devem ser realizados com a finalidade de promover um contínuo acompanhamento dos trabalhadores expostos ao calor, a fim de identificar estados patológicos em estágios iniciais. Equipamentos de proteção individual: EPI´s para os mais diversos usos e finalidades. Para situações de exposições críticas, existem diversos tipos de vestimentas para o corpo inteiro, sendo que algumas possuem sistema de ventilação acoplado. Educação e treinamento: A orientação quanto à prática correta de suas tarefas pode, por exemplo, evitar esforços físicos desnecessários ou longos tempos de permanência próximos à fonte. Deve-se conscientizar o trabalhador sobre o risco que representa a 13 exposição ao calor intenso, educando-o quanto ao uso correto dos equipamentos de proteção individual, alertando-o sobre a importância de asseio pessoal e promovendo a utilização e a manutenção correta das medidas de proteção no ambiente. 2.2.5 Frio excessivo Diversas atividades laborais expõem os trabalhadores aos danos causados pelo frio. O trabalho em ambientes extremamente frios se constitui num risco potencial à saúde dos trabalhadores, podendo causar desconforto, doenças ocupacionais, acidentes e até mesmo morte, quando o trabalhador fica preso acidentalmente em ambientes frios ou imerso em água gelada. Os trabalhadores devem estar protegidos contra a exposição ao frio de modo que a temperatura central do corpo não caia abaixo de 36°C (HIGIENEOCUPACIONAL, 2007). Destaca-se as atividades realizadas em câmaras frigoríficas, trabalhos de embalagem de carnes e demais alimentos, operação portuária, nas quais se manuseiam as cargas congeladas e outros. As lesões mais graves causadas pelo frio decorrem da perda excessiva de calor do corpo e diminuição da temperatura no centro do corpo, o que chamamos de hipotermia (HIGIENEOCUPACIONAL, 2007). O aspecto mais importante na hipotermia, que poderá trazer a morte é a queda da temperatura profunda do corpo. Deve-se proteger os trabalhadores da exposição ao frio, de modo que a temperatura profunda do corpo não caia a menos de 36,0 ºC. Além da hipotermia, vários outros estados patológicos, conhecidos como lesões do frio, podem afetar o trabalhador. Entre eles, destacam-se (ALONSO, 2012) : Feridas ; Enregelamento: ficar congelado ; Agravamento de doenças reumáticas ; Predisposição para doenças das vias respiratórias. Rachaduras e necrose na pele ; Predisposição para acidentes ; Medidas de Controle relativas ao homem (ALONSO, 2012) : Aclimatização: É uma medida que, para a exposição ao frio, não foi ainda muito estudada, mas sabe-se que alguns indivíduos conseguem respostas termorreguladoras satisfatórias, , alguns indivíduos têm boa adaptação. Vestimentas de trabalho: É necessário que o isolamento do corpo pela vestimenta de trabalho seja satisfatório e que a camada de ar compreendida entre a pele e a roupa elimine parcialmente a transpiração para que haja uma troca regular de temperatura. Regime de trabalho: Quando a exposição ao frio é intensa, o trabalhador deve ter 14 em mente que será necessário intercalar períodos de descanso em local termicamente superior ao frio, de forma a manter uma resposta termorreguladora satisfatória do corpo humano. Exames Médicos: Na seleção de pessoal para execução de trabalhos em locais de frio intenso deve-se realizar exames médicos pré-admissionais para se conhecer o histórico ocupacional do indivíduo e saber se ele é portador de diabetes, epilepsia, se é fumante, alcoólatra, ou se já sofreu lesões por exposição ao frio, ou se apresentam problema no sistema circulatório, etc. Educação e treinamento: Todo trabalhador que for executar atividades sob frio intenso deverá ser instruído sobre o risco de atividades nessas condições, bem como ser treinado quanto ao uso de proteções adequadas (vestimentas, luvas, etc.) e a rotinas de trabalho (tempo/local de trabalho x tempo/local de descanso). 2.2.6 Pressões anormais No desenvolvimento de suas atividades, os trabalhadores são influenciados pela pressão atmosférica em seu ambiente de trabalho. São pressões ambientais, que podem estar acima ou abaixo das pressões normais, ou seja, da pressão atmosférica a qual estamos expostos. Podem ser classificadas em dois grupos (PREVENCAONLINE, 2010) : Pressão Hipobárica ou Baixa Pressão – Quando o homem está sujeito a pressões menores que a pressão atmosférica. Estas situações ocorrem quando o colaborador esta trabalhando em elevadas altitudes,exemplo: no topo de algum arranha-céu, enfim quanto mais alto. Pressão Hiperbárica ou Alta Pressão - Ocorre quando o homem está sujeito a pressões maiores do que a pressão atmosférica. Estas situações ocorrem quando a pessoa está abaixo do nível da terra, como em mergulhos, por exemplo. Nesse caso, quanto maior a profundidade maior será a pressão exercida sobre a pessoa. A exposição a pressões anormais, pode causar a ruptura do tímpano quando o aumento de pressão for brusco, e a liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sanguíneos e morte. 2.2.7 Umidade A umidade pode ser definida como a quantidade de vapor de água presente na atmosfera. Nos dias com pouca umidade geralmente parece que está mais quente do que na verdade está. Outro efeito que sentimos normalmente ocorre após a chuva. Sentimos bem mais facilidade de respirar e a sensação de bem estar toma conta do corpo (WALDHELM NETO, 2016). As atividades ou operações executadas em locais com umidade excessiva, capazes de 15 produzir danos à saúde dos trabalhadores (problemas respiratórios, quedas, doenças de pele), devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de controle(PEIXOTO; FERREIRA, 2012). Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas medidas de proteção coletiva (como o estudo de modificações no processo do trabalho, colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento) e medidas de proteção individual (como o fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza, etc) (ALONSO, 2012). 2.3 RISCO QUÍMICO Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória (inalação), pelo contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele (absorção cutânea) ou por ingestão (ALONSO, 2012). Gases (Ex.: Hidrogênio, Nitrogênio e Oxigênio) ; Vapores (Ex.: Vapor de gasolina, Vapor de água) ; Poeiras (Ex.: Poeira de Sílica, Carvão e asbesto) ; Fumos (Ex.: Fumos de Pb – Solda); Névoas e Neblinas (Ex.: Névoa de tinta – resultante de pintura à pistola ; Fibras (Animal – Lã, seda, pelo de cabra e camelo / Vegetal – Algodão e linho / Mineral – Vidros e Cerâmica). A inalação constitui a principal via de ingresso de tóxicos, já que a superfície dos alvéolos pulmonares representa, no homem adulto, uma grande superfície que facilita a absorção de gases e vapores, os quais podem passar ao sangue, para serem distribuídos a outras regiões do organismo. Já a absorção cutânea se caracteriza quando uma substância de uso industrial entra em contato com a pele, podem acontecer as seguintes situações (ALONSO, 2012) : A pele e a gordura protetora podem atuar como uma barreira protetoraefetiva. O agente pode agir na superfície da pele, provocando uma irritação primária. A substância química pode combinar com as proteínas da pele e provocar uma sensibilização ou alergias. O agente pode penetrar através dela, atingir o sangue e atuar como um tóxico generalizado. Apesar destas considerações, normalmente a pele é uma barreira bastante efetiva para os diferentes tóxicos, e são poucas as substâncias que conseguem ser absorvidas em quantidades perigosas. E a ingestão, que pode acontecer de forma acidental ou ao engolir 16 partículas que podem ficar retidas na parte superior do trato respiratório ou ainda ao inalar substâncias em forma de pós ou fumos, representa apenas uma via secundária de ingresso de tóxicos no organismo, já que nenhum trabalhador ingere, conscientemente, produtos tóxicos(ALONSO, 2012). 2.4 RISCOS BIOLOGICOS Riscos biológicos referem-se a insetos, fungos, leveduras, fungos, bactérias, vírus e outros organismos que causam doenças ou enfermidades quando entram no corpo, quebrando a pele ou entrando diretamente no corpo. São riscos ocasionados por substâncias vivas, principalmente em laboratórios e ambientes de pesquisa científica, ou que fazem uso de agentes biológicos, como Farmácias, Hospitais, Empresas e Indústrias de Cosméticos. As doenças resultantes podem ser agudas ou crônicas por natureza. O pessoal médico, o pessoal de limpeza, o pessoal de manutenção e outras ocupações que lidam com fluidos corporais, animais ou produtos alimentícios estão potencialmente em risco. A higiene pessoal, como a lavagem freqüente das mãos, é muito importante quando se trata de riscos biológicos para impedir que um funcionário ingerir ou contaminar uma área com risco biológico. Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, esgoto, ambulatórios, IML, etc.. A avaliação realizada para este tipo de insalubridade é a qualitativa (ALONSO, 2012). Vírus ; Bactérias ; Parasitas ; Protozoários ; Fungos ; Bacilos. Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos incluem- se: tuberculose, malária, febre amarela. Portanto os riscos biológicos possuem insalubridade de Grau Máximo, uma vez que o trabalho ou operações, envolve contato permanente com (PEIXOTO; FERREIRA, 2012) : Pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados ; Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças infecto-contagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose) ; Esgotos (galerias e tanques); e Lixo urbano (coleta e industrialização).Insalubridade de Grau Médio: 17 Trabalho e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em: Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não esterilizados) ; Hospitais ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais) ; Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos ; Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão só ao pessoal técnico) Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal técnico) Cemitérios (exumação de corpos) ; Estábulos e cavalariças; e Resíduos de animais deteriorados. Nem sempre as medidas de controle são totalmente eficientes.Contudo, a adoção de medidas pode minimizar os riscos. Entre as quais, destacam-se: Uso de luvas ao manipular objetos contaminados, secreções, excreções, sejam humanas, sejam animais ; Lavar as mãos após o contato com todo e qualquer paciente ou animal ; Usar botas nos serviços em cemitérios, cavalarias e estábulos ; Instruir o empregado quanto ao melhor manuseio de um animal ; Usar máscaras faciais no contato com pacientes com doenças transmissíveis por gotículas de saliva ; Uso de material sempre descartável ou esterilizado ; Observar sempre as normas de Vigilância Sanitária. 2.5 RISCOS ERGONÔMICOS Os riscos ergonômicos, apesar de fazerem parte da higiene ocupacional, por suas características especiais têm sido, na maioria dos casos, estudados em separado, como parte integrante da ciência chamada de ergonomia. Ergonomia éo estudo científico de adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de trabalho as capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do homem, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. São problemas ocasionados por má postura do trabalhador, movimentos errados, excesso de trabalho ou esforço, ações repetitivas etc (PEIXOTO; FERREIRA, 2012). 18 Questões ergonômicas são muitas vezes consideradas exclusivas do ambiente de escritório e, principalmente, relacionadas ao computador. A ergonomia envolve design de estação de trabalho, movimento repetitivo, elevação inadequada, alcance e más condições visuais. A seleção adequada de ferramentas e equipamentos assegura que o ambiente de trabalho esteja sendo montado no funcionário e não o contrário. O estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e ambiente e, particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. Para se falar em ergonomia, primeiramente é necessário entender alguns conceitos como biomecânica, psicologia e fisiologia (ALONSO, 2012). Biomecânica: Estuda os movimentos corporais e envolve geralmente a parte óssea, muscular e os nervos pertinentes tais como altura dos postos de trabalho, flexão muscular, levantamento de peso e outros. Psicologia: Ciência que estuda a saúde mental das pessoas. As dificuldades de lidar com as pressões do dia-a-dia como por exemplo, situações possibilitam o aparecimento do estresse, gerando a redução da qualidade de vida com reflexos altamente negativos para seu desempenho no trabalho. Fisiologia: Se preocupa com o correto funcionamento dos órgãos vitais. É possível perceber claramente que quando se fala em fisiologia, alguns aspectos muito importantes não podem ser deixados de lado como por exemplo, os níveis de iluminamento. Riscos Ergonômicos Levantamento, Transporte e Descarga Industrial de Peso; Mobiliário dos postos de trabalho; Equipamentos dos postos de trabalho; Organização do trabalho; Condições ambientais de trabalho; 2.6 RISCOS DE ACIDENTES São todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física ou moral, geralmente iminentes de acidentes, como trabalho em ambiente com Corrente elétrica, tensão, animais perigosos, maquinas pesadas, ferramentas velhas e defeituosas, dentro outros fatores que podem ocasionar todo e qualquer tipo de acidente. : Arranjo físico deficiente: má arrumação e limpeza; sinalização incorreta ou 19inexistente; pisos fracos e/ou irregulares. Máquinas e equipamentos sem proteção: máquinas sem proteção em pontos de transmissão e de operação; comando de liga/desliga fora do alcance do operador; Ferramentas inadequadas ou defeituosas: Ferramentas usadas de forma incorreta; falta de fornecimento de ferramentas adequadas; falta de manutenção. Eletricidade: Instalação elétrica imprópria, com defeito ou exposta; fios desencapados; falta de aterramento elétrico; falta de manutenção. Incêndio ou explosão: armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou gases;manipulação e transporte inadequado de produtos inflamáveis e perigosos; sobrecarga em rede elétrica; falta de sinalização; falta de equipamentos de combate ou equipamentos defeituosos. https://pt.slideshare.net/robsonqsmsrs/apostila-de-higiene-ocupacional 2.7 MEDIDAS GERAIS DE PROFILAXIA 2.7.1 PROFILAXIA: Profilaxia é a área da saúde que atua sobre os fatores da prevenção de doenças em níveis populacionais, no intuito de desenvolvimento e proteção das espécies. Medidas tomadas para que não haja a interação do agente infecioso com o organismo, têm como objetivo conter a inserção de doenças, quando não possível, controlar para que essas doenças não se disseminem.Os mais simples hábitos como a higiene pessoal e do ambiente se encaixam nas profilaxias existentes, pois a higiene atua na eliminação dos microrganismos (ALVES, 2014). Procedimentos usado com a finalidade de impedir ou diminuir o risco de transmissão de uma doença, uma medida preventiva. A palavra vem do grego para "uma guarda avançada", um termo adequado para uma medida tomada para afastar uma doença ou outra conseqüência indesejada. Conjunto de procedimentos tem em vista a prevenção da doença em nível populacional. Objetivos da profilaxia: Evitar a introdução de doenças. Controlar o aparecimento de novos casos de doenças e diminuir os efeitos da doença; verificar a níveis satisfatórios para que não interfira na produção animal. 2.7.1.1 MEDIDAS DE PREVENÇÃO 20 Saneamento do ambiente: essas técnicas de higienizar o meio ambiente ajuda na prevenção de diversas doenças transmissíveis, com proteção da saúde animal, e da saúde pública. Este método tem papel importante, principalmente quando aplicada aos sistemas de criações confinadas, adotadas para suínos, aves e bovinos leiteiros, e corte. Entre as medidas de saneamento, recomenda-se: manter as condições higiênicas da água de consumo, destino adequado dos dejetos dos animais, controle da qualidade dos alimentos, destino adequado do lixo, controle de vetores, e instalações adequadas, entre outras variáveis. e claro a purificações de águas para consumo humano. Figura 3 - Divisão de Serviços de Saneamento Básico Fonte: Almeida (2013) Quarentena: .Isolamento, quarentena e distanciamento social são três medidas de saúde pública diferentes, mas relacionadas, que são usadas para interromper ou minimizar a propagação da doença. Essas medidas fazem parte de um sistema maior de vigilância de doenças infecciosas em saúde pública. Quando uma pessoa infectada, um pequeno grupo de pessoas ou um surto é identificado por um laboratório ou prestador de cuidados de saúde, é então comunicado ao departamento de saúde local ou estadual. Uma investigação epidemiológica determinará se o isolamento ou a quarentena são necessários.A quarentena é para pessoas que foram expostas a uma pessoa infecciosa ou material infectado, mas é incerto se elas foram infectadas porque ainda não se desenvolveram sintomas. Os indivíduos em quarentena estão sendo monitorados por profissionais de saúde ou são capazes de fazer o automonitoramento. Em quarentena, esses indivíduos potencialmente infectados devem permanecer separados da comunidade não infectada até ter certeza de que não estão portando 21 a doença. Se um indivíduo em quarentena fica doente, eles entram em isolamento. Imunoprofilaxia: A imunoprofilaxia tem demonstrado ser uma estratégia altamente eficaz na prevenção primária da doença ,esta medida tem por objetivo, obter-se artificialmente um elevado nível de imunidade em uma determinada população. Avanços recentes no desenvolvimento de vacinas, como a conjugação, melhoraram significativamente as taxas de eficácia de vacinas.Procura-se alcançar de acordo com o tipo de vacina, o grau de proteção mais próximo a 100%, que é influenciado pela infecciosidade do agente, susceptibilidade dos animais, e condições do meio ambiente. Figura 4 - Imunoprofilaxia Fonte: Carvalho (2011) A repetição de novas doses da vacina estão relacionadas às características da doença,A imunoprofilaxia proporciona um período relativamente breve de proteção (semanas a alguns meses) capacidade imunogênica, e de proteção dos antígenos utilizados. Geralmente em algumas situações recomenda-se a vacinação focal que se constitui em vacinação estratégica sobre o foco inicial da doença, que deverá ser circunscrito em uma primeira fonte de infecção. Esta prática é considerada focal, quando utilizada no próprio grupo de animais afetados pela doença, e peri focal, quando a vacinação for praticada nos animais, das áreas vizinhas ao foco inicial. Estas medidas têm como objetivo , evitar que o agente causal se expanda e atinja novos animais susceptíveis. Quimioprofilaxia: O uso de um agente químico para prevenir o desenvolvimento de uma doença, transmissíveis, carenciais ou de outras origens..Esta no uso de medicamentos para prevenir doenças infecciosas tropicais. O uso de agentes quimio-profiláticos baseia-se no conhecimento da epidemiologia e implicações clínicas das doenças infecciosas das quais se busca proteção. Geralmente, a quimioprofilaxia é tomada para doenças comuns ou onde o impacto clínico da infecção é alto. Medicamentos podem ser tomados antes da exposição (profilaxia pré-exposição) ou após possível exposição a um agente infeccioso (profilaxia pós- exposição). 22 Diagnóstico precoce:Nas doenças de caráter agudo, o diagnóstico precoce é muito importante, pois possibilita o controle rápido do processo de disseminação da doença e inclui projetos para ajudar a promover a conscientização sobre os benefícios do reconhecimento precoce, bem como melhorar o encaminhamento e o diagnóstico .São realizados esforços mais sistemáticos para reduzir o uso do tabaco e a obesidade, melhorar a dieta e aumentar a atividade física e o uso de testes de rastreamento estabelecidos poderiam aliviar grande parte do sofrimento e da morte por câncer. No entanto, o uso de medidas potencialmente preventivas e de detecção precoce que salvam vidas é sub-ótimo e profundamente influenciado por comportamentos individuais, bem como por fatores sociais, econômicos e de políticas públicas. Vigilância sanitária: O objetivo da avaliação dos sistemas de vigilância em saúde pública é assegurar que os problemas de importância para a saúde pública sejam monitorados de maneira eficiente e eficaz. As Diretrizes para Avaliar os Sistemas de Vigilância do CDC estão sendo atualizadas para abordar a necessidade de: a) integração dos sistemas de vigilância e informação em saúde, b) estabelecimento de padrões de dados, c) intercâmbio eletrônico de dados de saúde ed) mudanças nos objetivos de vigilância. vigilância da saúde pública para facilitar a resposta da saúde pública a ameaças emergentes à saúde (por exemplo, novas doenças). Este relatório fornece diretrizes atualizadas para a avaliação de sistemas de vigilância baseados na Estrutura do CDC para Avaliação de Programas em Saúde Pública., pesquisa e discussão de preocupações relacionadas aos sistemas de vigilância em saúde pública e comentáriosrecebidos da comunidade de saúde pública. As diretrizes deste relatório descrevem muitas tarefas e atividades relacionadas que podem ser aplicadas a sistemas de vigilância de saúde pública. São medidas que visam observar, controlar ou impedir que estas enfermidades aumentem em frequência, ou voltem a ocorrer na região ou país. Figura 5 - Vigilância Sanitária Fonte: Zanchin (2017) Educação sanitária: a educação sanitária é importante, uma vez que os proprietários ou , realizarão com maior precisão e segurança as medidas indicadas . Muitas vezes ocorrem 23 dificuldades ou mesmo fracasso, em programas sanitários, quando os responsáveis pela aplicação destas ações, desconhecem ou não compreendem o porquê das medidas recomendadas.geralmente são as criações de fossas e o tratamento das água e resíduos ao solo, coleta de lixo, entre outras. 2.7.1.2 MEDIDAS DE ERRADICAÇÃO São medidas mais drásticas em ações mais globais, que possibilitam a eliminação total do agente etiológico. Como o processo de erradicação atinge, às vezes, áreas extensas, sejam zonas, regiões ou todo o país ou ainda, diferentes países, deve ser precedido de estudos e planejamento, considerando-se aspectos sanitários, ecológicos, limites geográficos naturais e repercussões econômicas (DOMINGUES, 2006). A erradicação tem sido definida como a redução a zero da prevalência de doenças infecciosas na população global de hospedeiros. Pode ser confundida com "eliminação", que também descreve a redução a zero da prevalência de uma doença infecciosa, mas em uma população regional, ou a redução da prevalência global a um valor irrisório. As diferenças nesses esforços faziam uma distinção entre a doença causada pela infecção e a própria infecção, o nível de redução alcançado por um desses fatores, a necessidade de continuar os esforços de controle e, finalmente, a área geográfica coberta pelos esforços de intervenção e seus resultados. Embora as definições descritas abaixo tenham sido desenvolvidas para doenças infecciosas, aquelas para controle e eliminação aplicam-se também a doenças não infecciosas (DOMINGUES, 2006) . Controle: A redução da incidência, prevalência, morbidade ou mortalidade da doença para um nível localmente aceitável como resultado de esforços deliberados; medidas de intervenção contínuas são necessárias para manter a redução. Exemplo: doenças diarreicas. Eliminação da doença: Redução para zero da incidência de uma doença específica em uma área geográfica definida como resultado de esforços deliberados; São necessárias medidas continuadas de intervenção. Exemplo: tétano neonatal. Eliminação de infecções: Redução para zero da incidência de infecção causada por um agente específico em uma área geográfica definida como resultado de esforços deliberados; São necessárias medidas continuadas para impedir o restabelecimento da transmissão. Exemplo: sarampo, poliomielite. Erradicação: Redução permanente a zero da incidência mundial de infecção causada por um agente específico como resultado de esforços deliberados; medidas de intervenção já não são necessárias. Exemplo: varíola. Extinção: O agente infeccioso específico não existe mais na natureza ou no laboratório. Exemplo: nenhum 24 2.7.1.3 ELIMINAÇÃO DE VETORES Epidemiologia é o estudo da distribuição e determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde (incluindo doença) e a aplicação deste estudo ao controle de doenças e outros problemas de saúde. Vários métodos podem ser usados para realizar investigações epidemiológicas: a vigilância e estudos descritivos podem ser usados para estudar a distribuição; estudos analíticos são usados para estudar determinantes.Esta medida é aplicada frente às doenças transmissíveis pelos vetores, os quais deverão ser eliminados completamente de grandes áreas, com rigorosa e permanente vigilância para se evitar a sua reintrodução (DOMINGUES, 2006). 25 3 CONCLUSÃO Ao realizar cada etapa aqui escrita, percebemos a influencia da higiene e da profilaxia em nossa qualidade de vida, seja pessoal ou profissionalmente, e que esses fatores geralmente passam despercebidos acarentado prejuízos a nossas vidas . Deve-se estar sempre ligado aos cuidados que fazem toda a diferença para nossa proteção e desenvolver medidas de prevenção para o combate de grandes epidemias, acidentes, entre outros, pois é somente com nossa auto avaliação e conscientização, que chegaremos ao nível de desenvolvimento, sem grandes números de mortalidade e atingiremos uma qualidade de vida estável. Seno assim, a luta pela proteção da saúde dos trabalhadores continua a ser um de aspectos cruciais fazendo necessário o estabelecimento de diretrizes adequadas para o desenvolvimento da profissão, o que inclui formação, código de ética, verificação e manutenção de competência profissional. 26 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Raquel . Divisão de Serviços de Saneamento Básico. Caçador, 2013. Disponível em: <http://fundemacacador.blogspot.com.br/2013/05/quais-as-atividades- desenvolvidas-pela.html>. Acesso em: 1 abr. 2018. ALONSO, Iolanda. Higiene Ocupacional. 2012. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/robsonqsmsrs/apostila-de-higiene-ocupacional>. Acesso em: 21 mar. 2018. ALVES, Luiz de Oliveira . Profilaxia. infoescola. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: <https://www.infoescola.com/saude/profilaxia/>. Acesso em: 31 mar. 2018. CARVALHO, Hassyla . Relação: Inflamação Aguda e Imunoprofilaxia. 2011. Disponível em: <http://hassylacarvalho.blogspot.com.br/2011/03/>. Acesso em: 4 abr. 2018. DOMINGUES, Paulo Francisco . MEDIDAS GERAIS DE PROFILAXIA . Botucatu , 2006 Trabalho de Disciplina (ZOOTÉCNICA) - FMVZ-UNESP, 2006. Disponível em: <http://www.fmvz.unesp.br/paulodomingues/graduacao/aula3-texto.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2018. FIOCRUZ. Riscos Físicos. fiocruz. 2008. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_fisicos.html>. Acesso em: 5 abr. 2018. HIGIENEOCUPACIONAL. Exposição Ocupacional ao frio. 2007. Disponível em: <http://www.higieneocupacional.com.br/download/frio-paiva.pdf>. Acesso em: 3 abr. 2018. HIGIENE Ocupacionais. NR12 Sem Segredos. 2018. Disponível em: <https://www.nr12semsegredos.com.br/riscos-ocupacionais-no-trabalho-o-que-sao-e-como- classifica-los/>. Acesso em: 5 abr. 2018. KARLA, Ythia. Treinamento de EPI. Slideshare. 2014. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/ythkar/treinamento-de-epi-novo-reparado-mecnil>. Acesso em: 5 abr. 2018. MACARIO, Ricardo. Filo Nemathelminthes: vermes cilíndricos. http://slideplayer.com.br/slide/352647/. 2014. Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/352647/>. Acesso em: 4 abr. 2018. PEIXOTO, Neverton Hofstadler; FERREIRA, Leandro Silveira. Higiene ocupacional I . Santa Maria : Rede e-Tec Brasil, f. 92, 2012. 92 p. Disponível em: <https://efivest.com.br/wp- content/uploads/2017/11/Higiene-Ocupacional-I.pdf>. Acesso em: 4 abr. 2018. POLYSCREEN. Kit de EPI. 2017. Disponível em: <http://polyscreen.com.br/imagens/informacoes/kit-epi-transportes-03.jpg>. Acesso em: 5 abr. 2018. PREVENCAONLINE. Pressões anormais no ambiente de trabalho - pressão hiperbáricas e hipobaricas. 2010. Disponível em: <http://www.prevencaonline.net/2010/12/pressoes- anormais-no-ambiente-de.html>. Acesso em: 29 mar. 2018. 27 SESTR. Equipamento Proteção Coletiva. Sesrt. 2018. Disponível em: <http://www.sestr.com.br/2014/11/equipamento-de-protecao-coletiva-epc.html>. Acesso em: 5 abr. 2018. SIEMENS HEALTHCARE . O que é Radiação?. radiacao-medica.com. 2013. Disponívelem: <http://www.radiacao-medica.com.br/dados-sobre-radiacao/o-que-e-radiacao/>. Acesso em: 25 mar. 2018. Slideshare. 2014. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/ythkar/treinamento-de-epi-novo- reparado-mecnil>. Acesso em: 5 abr. 2018. WALDHELM NETO, Nestor. Risco Ocupacional – Umidade. seguranca do trabalho. 2016. Disponível em: <https://segurancadotrabalhonwn.com/risco-ocupacional-umidade/>. Acesso em: 4 abr. 2018. ZANCHIN, Maria Estela . Vigilância Sanitária realiza fiscalização em Apucarana. 2017. 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