Buscar

A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NA VISÃO INTERACIONISTA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NA VISÃO INTERACIONISTA
	A aquisição da linguagem, parte da questão inato x adquirido, onde surge uma terceira força chamada interacionismo. 
O inatismo de Noam Chomsky, busca uma fundamentação biológia, que vai dizer que a criança nasce com uma linguagem inata e que essa linguagem irá se desenvolver junto com a criança. Para os inatistas, o pensamento precede a linguagem, isto é, primeiro se pensa, que é um comportamento não imitável e depois se aprende a falar.
O ambientalismo de B.F.Skinner, busca uma fundamentação comportamental, que vai dezer que a linguagem é adquirida, porque a linguagem é comportamento. Para os ambientalistas, a linguagem precede o pensamento, isto é, primeiro se fala, pois a fala é um comportamento imitativo, e depois se aprende a pensar.
A abordagem interacionista compreende a aquisição da aprendizagem através da interação constante com o outro, levando em conta, que os fatores biológicos e sociais devem estar vinculados, influenciando mutuamente. É a junção do inatismo com o ambientalismo, formando uma terceira corrente que considera fatores biológicos e ambientais, no processo de aquisição da linguagem. Nesse processo, a criança participa ativamente, através de objetos e suas interpretações, conhecendo, aprendendo e se desenvolvendo. Nesta abordagem, aprendizagem e desenvolvimento se interligam, se agregam e totalizam-se, à criança, o compromisso com a sua aprendizagem. 
 Os interacionistas destacam que o organismo e meio exercem
 ação recíproca. Um influencia o outro e essa interação acarreta
 mudanças sobre o indivíduo. É, pois, na interação da criança 
 com o mundo físico e social que as características e
 peculiaridades desse mundo vão sendo conhecidas. (DAVIS; 
 OLIVEIRA, 1990, p. 36 )
PRINCIPAIS TEÓRICOS DO INTERACIONISMO
JEAN PIAGET (1896 – 1980)
Para ele, a criança é estruturalmente diferente do adulto, porém funciona de maneira semelhante, sendo ativa e agindo naturalmente com o meio. E é através de seu contato com o meio que seus conhecimentos vão sendo construídos. “ O conhecimento não procede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de construções sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas” ( Piaget, 1976 apud Freitas 2000, p. 64 ). Piaget entende que as formas primitivas da mente, biologicamente constituídas, são reorganizadas pela psique socializada, ou seja, existe uma relação de interdependência entre o sujeito conhecedor e o objeto a conhecer.
Esse processo, por sua vez, se efetua através de um mecanismo auto-regulatório que consiste na equilibração progressiva do organismo com o meio em que o indivíduo está inserido, por meio da assimilação e acomodação, que são os processos que regulam as trocas do sujeito com o meio.
LEV SEMENOVITCH VYGOTSKY (1896 – 1934)
Assim como Piaget, ele reconhece a importância da interação com o meio, na aquisição da linguagem, mas dentro de um contexto sócio-histórico-cultural. Sua abordagem sócio-interacionista busca caracterizar os aspectos tipicamente humanos do comportamento e elaborar hipóteses de como as características humanas se formam ao longo da historia do indivíduo ( Vygotsky, 1996).
Vygotsky, considera a linguagem como o instrumento mais complexo para propiciar a comunicação na vida em sociedade; sem ela, o ser humano não é social, nem histórico, nem cultural. Para ele, a aquisição da linguagem passa por três fases; a linguagem social, a linguagem egocêntrica e a linguagem interior, intimamente ligada ao pensamento.
Para ele, para que ocorra a aprendizagem, a interação social deve acontecer dentro da Zona de Desenvolvimento Proximal, que é a distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de resolver problemas independentemente , e o nível de desenvolvimento potencial, denarcado pela capacidade de solucionar problemas com auxílio de pessoas mais experientes. E é justamente nessa zona de desenvolvimento proximal que a aprendizagem vai ocorrer.
Para Vygotsky, a relação entre pensamento e linguagem é estreita, A linguagem (verbal, gestual e escrita) é nosso instrumento de relação com com os outrose, por isso, é importantíssima na nossa constituição como sujeitos. Além disso, é através da linguagem que aprendemos a pensar (Ribeiro, 2005).
JEROME S. BRUNER (1915 – 2016)
O principal objeto de estudo de Jeome Bruner é a a quisição de processos cognitivos pelo ser humano, ou seja, como se dá a gradual aquisição de conhecimentos que irão servir de instrumento para o homem decifrar o meio que o envolve (transformando-o e dominando-o), bem como para a solução de problemas, percepção da realidade observada (através de sistemas de representação adequados), raciocínio e reconhecimentos perceptíveis.
Bruner, nos seus estudos, confere uma nítida ênfase à linguagem como o principal meio de representação simbólica da realidade, tanto concreta quanto abstrata. O homem constroi o conceito que adquire do mundo através dos “símbolos linguísticos” (palavras) aos quais, gradualmente, vai atribuindo significados ao nível subjetivo e conswensual.
Segundo Bruner, na tentativa de adquirir conhecimentos básicos para “decifrar” o meio em que está inserido, o homem acaba por discernir estratégias sistemáticas de comportamento, reconhecendo continuamente, regularidade dentro da complexidade dos fenômenos do mundo que o cerca. A partir daí, ele começa a formar conceitos estratégicos que, com o passar do tempo, devidamente assimilados e sentimentaliuzados, permitir-lhe-ão influir sobre o meio, com o poder de moldá-lo e transformá-lo.
Bruner discute como a linguagem influi diretamente nos processos cognitivos; “A nova ênfase nos aspectos universais da linguagem sugere um bom ponto de partida: quais as consequências que decorrem das propriedades mais gerais da linguagem? Tal preocupação leva-me a pôr a linguagem no centro do palco ao considerar a natureza do desenvolvimento intelectual”.
Com esse simples pensamento, Bruner sintetiza a importância crucial da linguagem como instrumento de apreensão da realidade do meio.
E mais além: “O certo é que quanto mais conhecemos sobre as propriedades e poderes da linguagem, mais devemos saber sobre como usá-la para ajudar o raciocínio”.
CONCLUSÃO
A aquisição da linguagem por muito subjetiva que nos pareça, é sim fruto de um processo complexo e prolongado de inserção da criança com a experiência num contexto sócio-cultural. Deste modo verifica-se que a experiencia hum,ana não origina só conhecimentos sobre a forma de como nós devemos nos comportar e agir no dia a dia. A experiência de vida pode determinar uma pessoa e ensinar-lhe não só como deve agir perante determinadas situações, mas também transmitir conhecimentos necessários à nossa condição humana, como é o caso da linguagem. O fundamental é que a linguagem humana seja implementada pela interação entre a criança e as pessoas que a rodeiam.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 DAVIS, C. L. F.; OLIVEIRA, Z. M. R. de. Psicologia na Educação. 2. ed. São Paulo: 
 Cortez, 1990. v. 1.
PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro : Zahar, 1975.
PIAGET, Jean e INHELDER, Barbel. A psicologia da criança. São Paulo: DIFEL, 1982
Matos Santos ,EVA Coutinho, A contribuição da teoria de Vygotsky para a educação
VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1998
http://maxpages.com/elias/A_aprendizagem_segundo_Bruner
�UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PSICOLOGIA
PSICOLOGIA DO PENSAMENTO E DA LINGUAGEM
PROF.Dr.: Rodolfo Treitel Paschoal
ALUNA: Rosevani de Castrode Lucena
RA: 20140334126-5
Rio de janeiro
2017.2
_1553593676.wmf

Continue navegando