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Cardiopatias e Gravidez Patologias cardíacas Congênitas e adquiridas Funcionais ou estruturais Cianóticas ou acianóticas Defeitos endocárdios/miocárdios/pericárdios 1 à 3 % gravidezes Doença reumática países em desenvolvimento Doenças congênitas desenvolvidos Doenças regionais – Chagas Gravidez – risco para cardiopata Risco de edema pulmonar, hipertensão pulmonar, tromboemboembolismo, endocardite infecciosa Risco Cardiomiopatia Periparto Perguntas fundamentais a serem feitas na primeira e subsequentes consultas de pré-natal: Sofre de alguma dor torácica? Têm falta de ar severa? Têm palpitações prolongadas ou sintomáticas? Têm passado ou história de síncope? Têm história familiar de doença cardíca ou de morte súbita? Classificações Mortalidade – Classificação de Clark Grupo I - < 1% (defeito septal atrial; defeito septal ventricular; ducto arterioso patente; doença pulmonar/tricúspide; tetralogia fallot corrigida; válvulas bioprostéticas) Grupo II – 5 à 15% (estenose mitral NYHA I/II; estenose mitral c/ fibrilação atrial; estenose mitral NYHA III/IV; estenose aórtica; coarctação da aorta não complicada; tetralogia de fallot não corrigida; infarto do miocárdio não-complicado) Grupo III – 25 à 50% (síndrome de Marfan com ou sem envolvimento aórtico; hipertensão pulmonar; coarctação da aorta) Classificação da NYHA Classe I tolerância exercícios sem sintomas – alto risco Classe II sintomática aos exercícios moderados alto risco Classe III sintomática exercícios leves ou atividades ordinárias – baixo risco Classe IV sintomáticas ao repouso – baixo risco Classificação NYHA Expandida (Siu) - Aspectos Preditivos de Complicações Cardíacas IC prévia; TIA; Arritmia; Derrame (avc) NYHA classe III ou >; ou cianose Fração de Ejeção < 40% Obstrução Esquerda - Área Mitral Valvular < 2 cm; Área Aórtica Valvular < 1,5 cm; Saída Ventricular Esquerda acima de 30 mmHg pela Ecocardiografia Cardiopatias e gravidez Alts.bioquímicas, hormonais, elétricas e fisiológicas Alts. Pré-carga e Pós-carga Incremento volume sanguíneo: Plasma (pp), Hemácias Incremento débito cardíaco Decréscimo resistência vascular periférica Decréscimo pressão arterial Fase mais crítica: 32-34 semanas, quando volume pré e pós carga é maior. Alts. Anteparto; Intraparto; Pós-parto Idade gestacional (quanto mais próximo do termo, maior a hemodiluição); Gravidez múltipla; posição da paciente (decúbito dorsal – compressão da aorta e cava); estados ansiosos Hipertensão arterial; desnutrição; hipertireoidismo; infecções (urinária, pulmonar) Dispnéia / Palpitações / Edema Intolerância exercícios Tonteiras Sintomas perigosos: doença torácica; síncope; dispnéia paroxística noturna; hemoptise; edema progressivo; anasarca Incremento volume intravascular Débito cardíaco limitado: insuficiência cardíaca congestiva; lesões miocárdicas intrínsecas; doença obstrutiva valvular; doença vascular; doença conjuntiva; shunts direito-esquerdo Válvulas prostéticas/arritmias uso de anticoagulantes – risco tromboembolismo Cuidados pré-concepcionais e pré-natais Estabelecimento diagnóstico Estudos propedêuticos Classificação da NYHA – Classe I tolerância exercícios sem sintomas; Classe II sintomática aos exercícios moderados; Classe III sintomática exercícios leves ou atividades ordinárias; Classe IV sintomáticas ao repouso Atividade física Dieta – hiperprotêica, hipossódica Suplementação vitamínica e férrica Anticoagulação – shift warfarínico-heparina PTT –uma vez meia / duas Vacinações influenza / pneumococo Doença cianótica – oxigênio - viscosidade Assistência social Educação paciente Ecocardiografia fetal – 18/20 semanas Seguimento clínico Idade gestacional crítica – 28/32sem Avaliação conjunta obstétrica-cardiológica Admissão hospitalar –decompensação; anemia ou sinais de infecção Classe IV – internar sempre Internação prolongada – 20 semanas Parto Consulta anestesiológica/cardiológica Anticoagulação periparto Profilaxia endocardite Via do parto Classes I e II – parto espontâneo Classes III e IV – planejamento parto 38/39 sem Via do parto – vaginal de preferência Parto cesáreo índice aumentado Profilaxia endocardite Alto-risco – válvulas cardíacas prostéticas; endocardite bacteriana prévia; cardiopatias cianóticas complexas; shunts sistêmicos-pulmonares Médio-risco – doença cardíaca congênita não-inclusa no grupo alto-risco e risco-negligível Risco-negligível – defeito atrial septal, ostio secundum isolado; reparo cirúrgico ASD, VSD, PDA; murmúrios fisiológicos; febre reumática prévia sem disfunção valvular; marca-passos e desfibriladores implantados; prolapso mitral sem regurgitação valvular Procedimentos cirúrgicos – profilaxia recomendada: abertura mcosa intestinal; parto vaginal; cistocopia Primeira dose – ampicilina 2,0gr IV/IM + gentamicina 1,5mg/kg até 30 minutos do procedimento Segunda dose – ampicilina 1,0gr IV/IM ou amoxacilina 1,0gr vo Alergia penicilina – vancomicina 1,0gr IV (1/2hs) + gentamicina (1,5mg/kg) Aspectos pós-parto Risco de edema pulmonar 24/72 hs Risco hemorragia – banco sangue Ocitócico – via venosa lentamente Síndrome QT prolongado – jamais ocitócico em “bolus” – taquicardia ventricular Risco tromboembolismo Amamentação Follow-up obstétrico-cardiológico Cardiomiopatia Periparto Definição CMPP ocorre em período de 6 meses – desde último mês até 5 mês pós-parto Diagnóstico recente, excluindo falência cardíaca pré-existente Causa idiopática – exclusão de outras causas de cardiomiopatia Pique de incidência – 2 meses após parto Epidemiologia Comum mulheres > 30anos, negras Elevada prevalência África Associada multiparidade; gravidezes múltiplas; quadros pré-eclâmpsia Relacionada ingesta excessiva sal; deficiência de selênio e zinco Associada a uso de tocolíticos; situações inflamatórias Caráter familiar da moléstia – proteínas com alts. Hereditárias (relaxina, ditrofina, troponina) Sintomas / Sinais ICC Dispnéia, Fadiga, Edema MM.Infs. Arritmias, AVC Embólico Ortopnéia, Hemoptise, Palpitações, Tosse Elevação PA, B3, Pressão Jugular Venosa Aumentada RX tórax – congestão pulmonar, edema alveolar, CARDIOMEGALIA, derrames pleurais Alts. ECG – taquicardia sinusal, fibrilação atrial, intervalos PR e QRS aumentados, mudanças nas onda T e ST não-específicas Pontos Fundamentais Mudanças hemodinâmicas da gravidez podem afetar a performance cardíaca Atenção ao rastreio de infecções na gravidez que podem levar à descompensação cardíaca em gestantes cardiopatas Pacientes cardiopatas geralmente necessitam de apoio emocional Trabalho de parto em seus períodos (1, 2 ou 3) é extremamente dinâmico e necessita de equipe multidisciplinar experiente no manejo da gestante cardiopata Atualmente muitas gestantes com doença cardíaca congênita têm uma boa chance de gestarem sem complicações Discrime de situações pré-concepcionais e logo no início da gravidez no quesito de risco para a gravidez e momento do parto é de fundamental valia para o acompanhamento destas gestantes Casos selecionados necessitam de monitorização hemodinâmica invasiva durante o parto Atenção para a Cardiomiopatia Periparto que pode ocorrer até 6 meses após o parto
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