Desafio Profissional PRONTO

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
UNIDADE DE DOURADOS
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINAS NORTEADORAS: Pesquisa em Serviço Social, Tratamento da Informação e Indicadores Sociais, Política Social de Atenção à Criança e ao Adolescente, Projetos de Pesquisa em Serviço Social e Rede Sociassistencial e Terceiro Setor.
 Petrina Dias de Matos RA: 1974167239
 Narahane dos Santos RA: 0848624216
 Regiane A. Pereira Leite RA: 2661133117
DESAFIO PROFISSIONAL 
Projeto de Pesquisa 
 Tutora eletrônica: Luciana Nakamura Zacarin
Tutora de sala: Izabel de Andrade Souza Pereira
Dourados - MS
16 de novembro 2017
 Petrina Dias de Matos RA: 1974167239
 Narahane dos Santos RA: 0848624216
 Regiane A. Pereira Leite RA: 2661133117
DESAFIO PROFISSIONAL
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social do Centro de Educação a Distância - CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de nota nas disciplinas de Pesquisa em Serviço Social, Tratamento da Informação e Indicadores Sociais, Política Social de Atenção à Criança e ao Adolescente, Projetos de Pesquisa em Serviço Social e Rede Socioassistencial e Terceiro Setor.
Tutora: Luciana Nakamura Zacarin
Dourados - MS
16 de novembro 2017
SUMÁRIO
Problema de pesquisa...............................................................................................3
Justificativa.................................................................................................................3
Objetivo Geral.............................................................................................................3
Objetivos Específicos................................................................................................3
Revisão Bibliográfica.................................................................................................3
Considerações...........................................................................................................5
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO...............................................................................6
Referências bibliográficas........................................................................................9
PROJETO DE PESQUISA
Problema de pesquisa
Como acolher adolescentes em conflito com a lei, cumprindo medidas em Liberdade Assistida (LA) ou Prestando Serviço a Comunidade (PSC), de forma que haja garantia de seus direitos?
Justificativa
Para se implantar uma organização que atenda esses adolescentes em conflito com a lei é preciso compreender o contexto em que eles vivem e também quais os fatores que os levam a cometer um ato infracional, de modo que possamos superar a visão preconcebida que há na sociedade, que interferem negativamente no acompanhamento deles enquanto cumprem medidas em aberto.
Objetivo Geral
Elaborar e implantar uma proposta de uma ONG que atenda adolescentes entre 12 e 18 anos que estejam com conflito com a lei, cumprindo medidas de Liberdade Assistida (LA) ou Prestação de Serviços à Comunidade (PSC).
Objetivos Específicos
Definir as formas de funcionamento da unidade de atendimentos.
Elaborar estratégias de ação que irão contribuir para a ressocialização dos adolescentes que serão atendidos.
Especificar como será o atendimento à comunidade.
 Revisão Bibliográfica
No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), adolescentes são pessoas que possuem entre doze e dezoito anos de idade, sendo este socialmente responsável pelos seus atos. Quando algum adolescente comete um ato infracional ele deve cumprir medidas socioeducativas. Segundo Liberati (2000), as medidas socioeducativas são atividades impostas ao adolescente em conflito com a lei, com visão pedagógica, que tem o objetivo de reestruturar esse adolescente para que possa ser reintegrado socialmente. Em muitos casos, os adolescentes que entram em conflito com a lei possuem seus direitos violados, como trabalho infantil, aliciamentos para o tráfico de drogas envolvido em atos de violência, baixo nível de escolaridade, vínculos familiares fragilizados ou vivem comunidades mais vulneráveis.
De acordo com o artigo 112 do ECA, após a constatação do ato infracional o Poder Judiciário poderá aplicar as seguintes medidas socioeducativas, por meio da Justiça da Infância e Juventude: advertência; obrigação de reparar o dano; prestação de serviços à comunidade; liberdade assistida; inserção em regime de semiliberdade; internação em estabelecimento educacional ou qualquer uma das previstas no artigo 101, I a VI.
Em alguns casos os adolescentes cumprem medidas socioeducativas em meio aberto, a Liberdade Assistida (LA) e a Prestação de Serviços à Comunidade (PSC).
A medida de LA estabelece prazo mínimo de seis meses, podendo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida em qualquer tempo, ouvindo o orientador designado pela autoridade judiciária competente, o coordenador ou os técnicos do programa de execução das medidas, o Ministério Público e o Defensor Público (§ 2º do artigo 118). A medida de PSC consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não excedente há seis meses. As tarefas devem ser atribuídas conforme as aptidões dos adolescentes, devendo ser cumpridas em jornada máxima de oito horas semanais aos sábados, domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não prejudicar a frequência à escola ou jornada de trabalho. (CEDEDICA, 2012).
A proteção social especial, em que se encontram as medidas socioeducativas, é a oferta de programas especializados, com vistas à reconstrução de vínculos familiares e comunitários de indivíduos que enfrentam riscos pessoais, sociais e/ou por violação de direitos. De acordo com Cabral (2007), as ONGs são atores sociais recentes na história do nosso país. Elas surgiram no período pós-ditadura na América Latina como rejeição as estruturas tradicionais de poder do Estado. Segundo a Associação Brasileira de ONG (ABDNG), a denominação não é representa um termo jurídico, mas social e historicamente construído. Apresenta-se como uma ou “um conjunto de entidades com características peculiares e reconhecidas pelos seus próprios agentes, pelo senso comum ou pela opinião pública”. Enquadra-se em entidades sem fins lucrativos, reconhecidas ou não, formal ou informalmente, por órgãos governamentais nas instâncias municipais, estaduais e federais.
De acordo com dados da Fundação Casa, a maioria dos adolescentes que entram em conflito com a lei está envolvida com trágico de drogas, roubos, furtos e interceptação. Normalmente são pessoas que vivem em estado de vulnerabilidade e tem seus direitos violados, baixa escolaridade e muitas vezes convivem em família com um grande número de pessoas e somente um ou dois salários mínimos.
Considerações
Tendo como premissa que a cidade não possui uma instituição que atenda os adolescentes que estão em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto, a implantação de uma organização que atenda esses sujeitos é de extrema importância. É preciso garantir que seus direitos não sejam mais violados e que eles possam ressignificar suas existências por meio das atividades desenvolvidas dentro deste local de escuta e de elaboração psíquica.
Por meio dos dados levantados é possível estabelecer uma proposta de atendimento para esses adolescentes que estão em cumprimento de medidas em meio aberto, dentro de uma organização não governamental que respeite as leis de proteção como o ECA e a Constituição de 1988 (art. 227)
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DA ONG
Nome: Aprendendo a Viver
Missão
Desenvolver e executar ações para que adolescentes que estiveram ou estejam em conflito com a lei encontrem uma nova perspectiva devida.
Objetivo
Auxiliar adolescente que estiveram em conflito com a lei a ressignificar suas vivências
Recursos humanos
Assistente social, psicólogo, pedagogo, educador de artes, educador social, coordenador, auxiliar administrativo, estagiários e voluntários.
Importante resaltar que todos os colaboradores da instituição terão treinamentos especializados para lidar com as demandas da instituição.
Recursos materiais
Salas, mesas, cadeiras, quadra de esportes, materiais de escritório, computador, impressora, fichas de acompanhamento e registro, matérias de pintura, violões, materiais de pintura.
Proposta de serviços prestados
O atendimento irá se realizar por meio de um acompanhamento em que o adolescente perceba a si mesmo como sujeito de direitos e deveres Além disso, possibilitará a esses jovens a construção de um projeto de vida autônomo e articulado à família e à comunidade, de modo que não volte a cometer atos infracionais. O adolescente em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto, ao ser encaminhado para a instituição, passará a ter um acompanhamento por meio das seguintes atividades: acolhida, atendimentos individuais, atendimento em grupos, visitas domiciliares, visitas institucionais, acompanhamento escolar e encaminhamentos.
As acolhidas são momentos de interação em que há a escuta e os esclarecimentos acerca da medida socioeducativa em meio aberto. Existem dois tipos de acolhidas: a acolhida de admissão e a acolhida de readmissão. A primeira é direcionada para aqueles que foram sentenciados, pela primeira vez, na medida de Prestação de Serviço à Comunidade e Liberdade Assistida. A segunda, por sua vez, é para aqueles que estão retornando à medida socioeducativa. Após a acolhida, os adolescentes e os responsáveis são encaminhados para a série de atendimentos individuais. 
A partir do primeiro atendimento, iniciará a construção do Plano Individual de Atendimento (PIA), cuja função é planejar a forma como acontecerá seu acompanhamento durante os seis meses de medida, ou seja, como ele cumprirá, de maneira correta, o que objetivam as duas medidas em relação: a escolarização, a retirada de documentos, a profissionalização, a saúde e outras atividades. Depois de ter passado pelos atendimentos individuais, eles serão encaminhados para os atendimentos grupais.
Algumas das atividades desenvolvidas serão:
Oficina de arte e cultura;
Oficinas temáticas sobre saúde, educação e cidadania;
Aulas de violão;
Reforço escolar;
Orientações com o psicólogo;
Cursos profissionalizantes acompanhados por encaminhamentos para a vida profissional;
Encaminhamentos para cumprimento da medida socioeducativa PSC;
Grupos operativos com adolescentes;
Encontros com as famílias para fortalecimento de vínculo;
Atividades de esporte e lazer.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Índice elaborado por Edson Seda. Curitiba: Governo do Estado do Paraná, 1994.
BRASIL. Caderno de Orientações Técnicas: Serviços de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto. Brasília, 2016.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social NOB/SUAS. Brasília, 2005.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de Assistência Social PNAS/2014. Brasília, 2005.
BRASIL. LOAS: Lei Orgânica da Assistência Social: Legislação Suplementar/
Ministério da Assistência Social; 3 Ed. – Brasília: MAS, 2003.
CARVALHO, Cristiano Costa. Serviço Social, Medidas Socioeducativas e o Adolescente Infrator no Liberdade Assistida. Revista Científica das áreas de História, Letras, Educação e Serviço Social. vol 6, n 1. Belo Horizonte, 2013.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Editora Atlas, 1989.
MONTAÑO, Carlos. Terceiro Setor e Questão Social: Crítica ao Padrão Emergente de Intervenção Social. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2005.