Buscar

Catálogo O Gabinete de Alice

Prévia do material em texto

O Gabinete
de Alice
Lucas Bambozzi
Laura Campos
Ale Duarte
Instalação Imersiva
Combater o mosquito 
é uma tarefa coletiva! 
Faça a sua parte! 
#ZikaZero
 
Prefira o transporte público
ENTRADA FRANCA
CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – São Paulo – SP 
Terça a domingo, das 9h às 19h
Acesse www.caixacultural.gov.br
Baixe o aplicativo Caixa Cultural
Curta facebook.com/CaixaCulturalSaoPaulo
Combater o mosquito 
é uma tarefa coletiva! 
Faça a sua parte! 
#ZikaZero
 
Prefira o transporte público
ENTRADA FRANCA
CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – São Paulo – SP 
Terça a domingo, das 9h às 19h
Acesse www.caixacultural.gov.br
Baixe o aplicativo Caixa Cultural
Curta facebook.com/CaixaCulturalSaoPaulo
Combater o mosquito 
é uma tarefa coletiva! 
Faça a sua parte! 
#ZikaZero
 
Prefira o transporte público
ENTRADA FRANCA
CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – São Paulo – SP 
Terça a domingo, das 9h às 19h
Acesse www.caixacultural.gov.br
Baixe o aplicativo Caixa Cultural
Curta facebook.com/CaixaCulturalSaoPaulo
Combater o mosquito 
é uma tarefa coletiva! 
Faça a sua parte! 
#ZikaZero
 
Prefira o transporte público
ENTRADA FRANCA
CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – São Paulo – SP 
Terça a domingo, das 9h às 19h
Acesse www.caixacultural.gov.br
Baixe o aplicativo Caixa Cultural
Curta facebook.com/CaixaCulturalSaoPaulo
Combater o mosquito 
é uma tarefa coletiva! 
Faça a sua parte! 
#ZikaZero
 
Prefira o transporte público
ENTRADA FRANCA
CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – São Paulo – SP 
Terça a domingo, das 9h às 19h
Acesse www.caixacultural.gov.br
Baixe o aplicativo Caixa Cultural
Curta facebook.com/CaixaCulturalSaoPaulo
Entrada Franca
Classificação Indicativa: Livre para todos os públicos
Prefira o transporte público
Distribuição gratuita. Comercialização proibida
1
O Gabinete
de Alice
Lucas Bambozzi
Laura Campos
Ale Duarte
Instalação Imersiva
apresenta
VISITAÇÃO: De terça a domingo
Sessões contínuas
Das 10h30 às 14h e das 15h às 19h
CAIXA CULTURAL SÃO PAULO
Praça da Sé, 111 - São Paulo/SP -CEP 01001-001
Terça a domingo, das 9h às 19h
Visitas monitoradas.
Agendamento e informações: (11) 3321-4400
DE 10 DE DEZEMBRO DE 2016
A 19 DE FEVEREIRO DE 2017
A CAIXA é uma empresa pública brasileira que prima pelo respeito à diversi-
dade, mantendo comitês internos que promovem entre os seus empregados 
ações, campanhas e programas voltados à disseminação de idéias, conheci-
mentos e atitudes de respeito e tolerância à diversidade de gênero, raça, orien-
tação sexual e todas as demais diferenças que caracterizam a sociedade. 
A CAIXA também é uma das principais patrocinadoras da cultura brasileira. 
Somente em 2015, investimos R$ 76 milhões em 539 projetos em todo
o Brasil, visitados por 931 mil brasileiros. Em 2016 serão mais R$ 75 milhões 
para patrocínio a projetos culturais em espaços próprios e espaços de parcei-
ros, com ênfase para exposições de artes visuais, peças de teatro, espetáculos 
de dança e shows musicais, além de festivais de teatro e dança em todo
o território nacional. 
Os projetos patrocinados são selecionados via edital público, uma opção 
da CAIXA para tornar mais democrática e acessível a participação de produto-
res e artistas de todas as unidades da federação, tornando mais transparente 
para a sociedade o investimento dos recursos da empresa em patrocínio.
Desta maneira, a CAIXA contribui para promover e difundir a cultura nacional 
e retribui à sociedade brasileira a confiança e o apoio recebidos ao longo 
de seus 155 anos de atuação no país. Para a CAIXA, a vida pede mais que um 
banco. Pede investimento e participação efetiva no presente, compromisso 
com o futuro do país e criatividade para conquistar os melhores resultados para 
o povo brasileiro.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
O Gabinete de Alice é um projeto de instalação imersiva que propõe 
ao público vivenciar situações sensoriais através de meios audiovi-
suais associados a recursos de interação física e gestual como possi-
bilidades de condução da percepção. O projeto surgiu de uma confluên-
cia entre campos distintos, unindo experimentações em artes visuais, 
mídias interativas e estudos sobre o movimento e fisiologia do corpo.
O quarto das maravilhas de Worm (Olaus Wormius) 
retratado no livro Musei Wormiani Historia mostrando sua 
grande coleção de curiosidades, que incluía desde artefatos 
nativos do Novo Mundo a fósseis e animais dissecados2.
The cabinet of curiosities of Worm (Olaus Wormius), as 
portrayed in the book Musei Wormiani Historia, showing 
his huge collection of curiosities, which included everything 
from artefacts from native peoples of the New World to 
fossils and dissected animals2.
Imagens de domínio público: fonte: www.commons.wikimedia.org
Ilustração de John Tenniel (1820-1914) para o poema 
Jaguadarte (no original em inglês: “Jabberwocky”) que 
aparece em Através dos Espelhos (1871) de Lewis Carroll1.
Illustration by John Tenniel (1820-1914) for the poem 
“Jabberwocky,” which appears in Lewis Carroll’s Through 
the Looking Glass (1871)1. 
Uma das primeiras ilustrações de um gabinete de história 
natural, o Dell’Historia Naturale de Ferrante Imperato, 
boticário e naturalista de Nápoles (1525 – 1615)3. 
One of the first illustrations of a cabinet of natural history, 
the Dell’Historia Naturale of Ferrante Imperato, a botanist 
and naturalist from Naples (1525-1615)3. 
9
O Gabinete
de Alice
O Gabinete de Alice faz referência aos Gabinetes de Curio-
sidades, ou Quartos das Maravilhas (Wunderkammer), populares 
nos séculos XVI e XVII, que de certa forma antecederam os mu-
seus e exposições atuais. Os gabinetes daquele tempo reuniam 
instrumentos tecnicamente avançados e curiosidades advindas 
de pesquisas e explorações associadas ao contexto das grandes 
navegações. 
Em O Gabinete de Alice buscamos fazer uma analogia entre 
esse universo informativo e a percepção alterada de Ali-
ce de Lewis Carrol, seja diante de situações simples como 
espelhos ou pela ‘poções’ que a fazem mudar seu entendimento 
dos acontecimentos, como a sensação de crescer e diminuir 
de tamanho. 
O projeto reúne desde recursos lúdicos a condições que 
proporcionem uma reflexão sobre os estados da percepção 
experimentados a partir de dispositivos tecnológicos em 
um espaço físico delimitado, que definimos como uma cabine 
interativa. Iniciado com o título de Cabine Sensorial, sua 
elaboração fora pensada inicialmente a partir de uma série 
de possibilidades como projeções de vídeo, telas LCD, sen-
sores de movimento e superfícies ‘hápticas’. A ideia seria 
O PROJETO
Rompe-se assim o equilíbrio desta nossa atual figura, tremem 
seus contornos. Podemos dizer que a cada vez que isto acontece, 
é uma violência vivida por nosso corpo em sua forma atual, pois 
nos desestabiliza e nos coloca a exigência de criarmos um novo 
corpo (…) que venha encarnar este estado inédito que se fez em 
nós. E a cada vez que respondemos à exigência imposta por um 
destes estados, nos tornamos outros (Suely Rolnik, 1993).
a de proporcionar ao público mais que efeitos visuais e so-
noros, mas também transformações físicas do próprio espaço, 
com base em movimento de objetos cenográficos, bem como das 
superfícies, paredes e teto. A cabine também seria dotada 
de gavetas, portas, objetos “sensitivos” e outras ideias 
que logo se mostraram de difícil execução. No decorrer do 
processo, a adoção de estruturas mais mecânicas foi sendo 
substituída por técnicas ligadas a interações a partir da 
movimentação e entendimento do espaço, conjugadas com recur-
sos de projeção em superfícies irregulares, curvas, conside-
radas envolventes, intuitivas e de fácilinteração. 
Ao longo do desenvolvimento da proposta, viabilizada 
através do Fundo de Cultura, da Secretaria de Cultura do 
Estado da Bahia (conte mplado em 2014) buscamos uma sintonia 
dessas premissas mais técnicas do projeto com as pesquisas 
ligadas ao sistema nervoso autônomo (SNA) pensando em modos 
de uso e entendimento por parte do público que pudessem 
equivaler a modos de aprendizagem em relação ao corpo – em 
busca de formas de autorregulação da fisiologia do corpo.
A proposta se constituiu ao longo do tempo como um proje-
to verdadeiramente multidisciplinar cujo maior desafio foi 
proporcionar uma reflexão acerca das possibilidades de uso 
das tecnologias atuais no sentido de conscientização de nos-
sas capacidades sensoriais, buscando entender como ambien-
tes supostamente “inteligentes” podem reduzir ou aumentar a 
nossa potência sensorial perceptiva.
O eixo do processo de criação do projeto foi norteado por 
essa dedicação aos aspectos sensoriais, trazendo como ali-
11
O Gabinete
de Alice
cerce conceitual estudos sobre a percepção e os regimes dos 
sentidos e de como estes podem ser alterados, considerando 
que é a partir deles que uma realidade interna e/ou exter-
na é ‘plasmada’ no indivíduo. A ideia era transpor para um 
espaço físico delimitado (uma espécie de gabinete ou cabine 
“preparada” tecnologicamente) situações de jogos com a per-
cepção, os sentidos e a ‘propriocepção’.
Com base em tais premissas, o projeto foi sendo pensado 
como uma forma de viabilizar um processo criativo e cola-
borativo envolvendo estudos da percepção e a fisiologia do 
corpo, artes visuais, novas mídias e artes cênicas. Assim, 
o projeto reuniu os artistas e pesquisadores Lucas Bamboz-
zi (cinema, vídeo e novas mídias), Joãozito Pereira (artes 
plásticas), Laura Campos (dança, artes cênicas) que passaram 
a se valer não apenas do repertório associado a seus campos 
de atuação, mas do diálogo com o trabalho sobre a percep-
ção e a fisiologia do corpo desenvolvido pelo terapeuta 
Ale Duarte. Em encontros bastante intensivos, pautados por 
pesquisas e divagações abertas acerca das possibilidades de 
formato, viabilidade técnica e conceitual, surgiu o formato 
final de O Gabinete de Alice, apresentado no MAB – Museu de 
Arte da Bahia, em Salvador, em outubro de 2014.
REFERÊNCIAS E ROTEIRO DAS SITUAÇÕES
O terapeuta Ale Duarte tem se notabilizado pela sua atua-
ção em zonas de conflito ou marcadas por desastres naturais, 
conferindo-lhe vasta experiência e conhecimento em situações 
críticas. Em seu método terapêutico, Ale desenvolveu um 
1 2 53-4
Assentamento / Settlement Ação / Action
Interação / Interaction Integração / IntegrationProntidão / Readiness
+
-
Linha de Ativação do SNA
Temperatura corporal quente
Tônus muscular alto
Energizando
Ritmo respiração alto
Pronto para agir
Hesitação
Cansaço generalizado
Ritmo respiração baixo
Energia vital baixo
Tônus muscular baixo
Temperatura corporal baixo
Sistema Nervoso Simpático
Sistema Nervoso Parassimpático
Entrada
para
Prontidão
Quebra de Ação
Entrada
para
IntegraçãoLooping de Ação
e Interação
Novo CicloZona de Congelamento
Queda para o
Congelamento
Zona de Exaustão
e Colapso
Integração / Homeostase
gráfico sobre o ciclo fisiológico do corpo, cuja aplicação 
restaura o estado de autoregulação natural do organismo. De 
acordo com o terapeuta muitas das “desordens” da nossa vida 
contemporânea são desencadeadas pela discrepância entre nos-
sas necessidades fisiológicas e as demandas do mundo moderno. 
Para ele, a saída para a autoregulação está na nossa fisiolo-
gia, mais especificamente na reorganização dos ciclos natu-
rais do sistema nervoso.
A autoregulação inata do organismo mantém sempre atuali-
zada a potência inventiva da cognição, o que não acontece 
quando o ciclo fisiológico fica comprometido. A observação 
O gráfico elaborado por Ale Duarte (parte relativa aos ciclos de autoregulação da criança) no trabalho 
com o Estresse Pós-traumático através do método da Experiência Somática criada pelo Dr. Peter 
Levine. Essas pesquisas orientaram a criação de situações e a definição dos percursos da instalação.
The chart developed by Ale Duarte (portion relevant to cycles of self-regulation in children), while 
working with Post-Traumatic Stress using the Somatic Experience method created by Dr. Peter Levine. 
Such studies guided the creation of situations and the definition of the installation’s path. 
13
O Gabinete
de Alice
de resultados significativos pela aplicação desse conheci-
mento, despertou a possibilidade da utilização do gráfico em 
projetos de ambientes interativos de arte, para garantir não 
só a construção de um ambiente que atualize nossa capacidade 
inventiva como também levante questões sobre as implicações 
implícitas na relação da nossa dimensão somática com um mundo 
que se configura cada vez mais a partir de ambientes tecnoló-
gicos. 
CABINES, GABINETES E ESPAÇOS “PREPARADOS”
A cabine é uma referência ao gabinete, como um espaço 
delimitado e “preparado”, não sendo no sentido de enclausu-
ramento mas de definição espacial, onde a privacidade tem 
importância fundamental – para que possa se sentir a vontade. 
A cabine pensada para o projeto O Gabinete de Alice reproduz 
situações em sintonia com as pesquisas de cada um dos parti-
cipantes. As narrativas provenientes desse percurso podem, 
em alguns aspectos, ser identificadas tanto com o típico mito 
do herói (mitologia grega) ou com as peripécias de Alice no 
País das Maravilhas (a queda no túnel, o confronto com seres 
estranhos, as distorções provocadas pelo espelhos e sua con-
Cabines móveis, cabines para gravação de áudio e para espaços públicos (Imagens: divulgação).
Mobile booths, booths for audio recording, and for public spaces (Images: promotional material).
dição de encolhimento ou expansão). Os espaços que chamamos 
de “preparados” fazem referência a John Cage, que inseria em 
seu piano objetos não usuais, tornando-os dissonantes para os 
padrões musicais. O espaço tem como característica a condução 
do público em um percurso sugerido por acontecimentos visu-
ais, sonoros e físicos. 
Dentre uma série de possibilidades, o formato escolhido, 
e que se mostrou mais viável e aberto a significados dis-
tintos, remete ao de um penetrável, em referência às insta-
lações de Helio Oiticica (em especial Tropicália - PN2: A 
pureza é um mito e PN3: Imagético), voltadas para experiên-
cias coletivas. 
A concepção de cabine que utilizamos é a de um espaço 
versátil, de montagem relativamente fácil e com possibilida-
des de mobilidade e transporte. A opção deste formato deve-se 
sobretudo às possibilidades de controle dos sistemas de in-
teração e estímulos sensoriais a partir de uma construção mo-
dular, que pudesse ser versátil em termos de montagem e ade-
quação aos espaços expositivos existentes. Sendo um projeto 
que pretende ter sequência em termos de pesquisas (distintas 
e complementares, tanto ligadas à percepção como associadas 
às tecnologias interativas), o formato deveria ser um mode-
lo a partir do qual suas funcionalidades e recursos poderiam 
ser transpostas para outras situações espaciais, em função da 
experiência aferida como consequência de sua apresentação a 
um público diverso. 
Em termos mais metafóricos ou simbólicos, a cabine reme-
te ao gabinete, à sala das maravilhas, bem como sintetiza as 
15
O Gabinete
de Alice
dificuldades da Alice de Lewis 
Carroll em relação aos espaços 
simples e ao mesmo tempo com-
plexos em que se mete em suas 
aventuras e estados alterados de 
percepção do mundo à sua volta.
ELEMENTOS DO ESPAÇO-CABINE
A experiência dentro do espa-
ço ocorrepreferencialmente em 
duplas (ou até quatro pessoas, 
no máximo). Portas foram substi-
tuídas por soluções penetráveis 
e mais fluidas.
O roteiro envolve um percurso 
lógico, associado à experiência 
temporal sugerida pelo gráfico 
e à exploração dos elementos 
visuais e espaciais presentes na 
projeção nas telas da cabine. 
Em termos mais técnicos, o 
sistema envolveu tecnologias 
interativas diversas, como reco-
nhecimento facial e de movimen-
tos com o sensor Kinect, con-
trolados por Processing. O som 
envolve o público a partir de um 
sistema quadrifônico com capa-
 Foto: Lucas Bambozzi
cidade de reproduzir frequências extremamente baixas, fora do 
espectro audível humano. 
A versão apresentada na Galeria do Jardim do MAB, Museu de 
Arte da Bahia em Salvador, incluiu a criação de um ambien-
te de visualização da cabine pelo seu lado externo, como uma 
possibilidade dada ao público de ver outros participantes 
interagindo com o espaço. 
PERCURSOS
Um dos estímulos na articulação da equipe e que fez con-
fluir campos distintos de conhecimento e de criação entre os 
participantes vem sendo construído com base em uma pesquisa 
acadêmica iniciada por Laura Campos em 2003 e atualmente em 
curso em seu doutorado em Artes Cênicas da UFBA.
Os estudos ligados a formas de plasticidade na criação de 
padrões motores para a dança e para a performance levou a pes-
quisa diretamente ao campo de experimentação com a percepção e 
a fisiologia do corpo. É um campo nomeado Educação Somática, 
que envolve um número consistente de abordagens corporais e 
que tem como foco principal a investigação da experiência na 
primeira pessoa. Atualmente, vemos ainda de forma incipiente, 
mas cada vez mais importante, pesquisas que levantam questões 
sobre as implicações existentes na interação da nossa dimensão 
somática (corpo vivenciado) com ambientes engendrados a par-
tir das novas tecnologias que, pelo menos nas grandes cidades, 
permeiam nosso cotidiano quase em tempo integral.
Foi nesse sentido que foi pensado esse projeto, tendo como 
intuito não só investigar questões que estejam imbricadas 
Estudos para a construção da cabine. 
Studies for cabinet's construction 
Ambiente externo da instalação pensado como um processo 
de integração (ou “descompressão”) após a experiência 
dentro da cabine.
External environment of the installation, conceived as a 
process of integration (or “decompression”) after the expe-
rience inside the booth.
A entrada da instalação O Gabinete de Alice, vista por quem 
já está se adentrando no espaço
The entrance to the installation Alice’s Cabinet, as seen upon 
entering the space.
O Gabinete
de Alice
nessa relação do somático com as novas tecnologias, como tam-
bém criar um ambiente com base nesse jogo com a percepção e 
as novas tecnologias para que o público possa, nessa instala-
ção, vivenciar dimensões inexploradas em seu campo de sensi-
bilidades, além de construir suas questões segundo a própria 
experiência proporcionada pelos dispositivos envolvidos pela 
obra.
No universo da arte contemporânea vemos um conjunto de 
práticas empregadas em instalações que unem conceito e per-
cepção do espaço, muitas vezes nos oferecendo a oportunidade 
de experimentar novas possibilidades perceptivas através 
de recursos sensoriais que produzem tensões interessantes 
entre o espaço físico e a fisiologia do corpo. Esse contexto 
nos motiva o desenvolvimento de uma instalação interativa 
que tem na sua elaboração o conhecimento sobre nosso ciclo 
fisiológico e seu processo de autoregulação, ao mesmo tempo 
que atende a educação do sensível necessária a um projeto 
artístico.
Os trabalhos de Ligia Clark e Helio Oiticica, por exemplo, 
são emblemáticos no que diz respeito ao estudo da percepção 
em espaços de arte participativa ou interativa. Num outro 
contexto, destacam-se os trabalhos dos artistas James Turrel 
ou Olafur Eliasson cujos processos de percepção e entendimen-
to do espaço físico estão no centro de uma pesquisa artística 
voltada para os processos sensoriais. A obra de Olafur, por 
exemplo, comumente incorpora leis da física, neurologia e 
ótica, convidando o visitante a experimentar fenômenos natu-
rais como neblina, luz, cor e reflexos, sempre em situações 
Visualização 3D do modelo adotado para a cabine. / 3D visualization of the model adopted for the cabinet. 
19
O Gabinete
de Alice
de imersão - e eventual desconexão com a conformação padroni-
zada da realidade. No conjunto de sua obra, Olafur insere seu 
trabalho e a experiência que ele oferece aos espectadores em 
situações espaciais marcadas pela ambiguidade entre “dentro” 
e “fora”.
De forma análoga, O Gabinete de Alice tem como ponto 
central a relação do ambiente com a fisiologia do corpo, um 
acontecimento constante e presente (em continua negociação) 
que molda nossa subjetividade, mas que por conta dos hábitos 
perceptivos arraigados em nossa cultura moderna, muitas vezes 
nos passa despercebido.
O processo de desenvolvimento de O Gabinete de Alice se 
deu em busca dessa necessidade de corporalizar a sensação 
de (auto)satisfação diante de um estímulo, de uma obra, algo 
essencial para que a experiência ganhe significados que for-
taleçam a corporeidade no seu processo de ontologia frágil e 
não se agarrem a fixações de padrões de percepção ou de com-
portamentos que a impeçam de investir no campo intensivo do 
mover, do aprender, do existir, do estar e talvez do dançar. 
Sugere-se que a instalação seja experienciada a dois, com “um 
outro”. Esta relação de “acoplamento” nos ambientes relacio-
nais (e também educativos, de experiência compartilhada) se 
dá principalmente nesse encontro com o outro no campo dos 
afetos. Então, a instalação serve como um modelo para consti-
tuição de ambientes ou processos de aprendizagem que simulam 
ciclos de autorregulação, pois entendemos que o estado de 
autorregulação pode estar muito próximo do estado de maravi-
lhamento da experiência estética.
ALGO MAIS SOBRE O PROCESSO
O Gabinete de Alice cria uma situação de confluência efe-
tiva entre conceitos de ordem muito diversa, em uma instala-
ção onde a imersão em um ambiente interativo atualiza nossa 
capacidade cognitiva inventiva, desenvolvendo a abertura da 
dimensão do sensível na medida em que este ambiente propicia 
ao público perceber suas próprias sensações.
O projeto é a viabilização de uma obra em caráter con-
tinuamente experimental. Não há a pretensão de que a obra 
substitua processos terapêuticos e muito menos de que ela 
funcione como recurso efetivo de cura de qualquer incidente 
somático ou traumático - mesmo tendo em vista a proliferação 
de instalações cinestésicas deste ou de outros tipos. Há sim 
a premissa de utilização de processos alheios à arte em um 
campo de experimentação sensorial, que sintetize questões que 
se mostram não apenas relevantes como necessárias: a relação 
dos estados somáticos com a tecnologia, o potencial lúdico e 
perceptivo dos ambientes proporcionados por um entendimento 
expandido de novas mídias, pela situação de ‘pausa’ e des-
compressão proporcionada pela instalação em contraposição às 
urgências contemporâneas, pela absorção de uma forma de arte 
em contato direto com nossos sentidos.
21
O Gabinete
de Alice
Desenhos de referência para transformação de pontos luminosos em figuras de interação.
Reference drawing for the transformation of luminous points into interactive figures.
23
O Gabinete
de Alice
O Gabinete
de Alice
Alice’s
Cabinet
Immersive 
installation 
English Version
CAIXA is a Brazilian public company which excels by its respect for diversity. It 
maintains active internalcommittees working to promote among its employees 
actions, campais and programs aimed to spread ideas, knowledge and attitudes 
of respect and tolerance to the diversity of gender, race, sexual orientation and 
every other differences that characterize society. 
CAIXA is also a major sponsor of Brazilian culture. In 2015, we invested R$ 76 
million in 539 projects throughout Brazil, visited by 931,000 Brazilians. 2016 will 
be an additional R$ 75 million to sponsor cultural projects in their own spaces 
and partners spaces, with emphasis on visual arts exhibitions, theatre plays, 
dance performances, concerts, theatre and dance festivals throughout the 
national territory.
The sponsored projects are selected via public notice, an option taken by 
CAIXA in order to ensure a more democratic and accessible participation 
of producers and artists of all the units in our federation, as well as a more 
transparent way to keep our society informed of the company´s investment of 
resources. 
Therefore, CAIXA contributes to promote and disseminate our national culture 
and returns to the Brazilian society the trust and support received throughout 
its 155 years of practice in the country. To CAIXA, life asks for more than just a 
bank. It asks for investment and effective participation in the present, commit-
ment to the country´s future and creativity to achieve the best results for the 
Brazilian people.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
27
O Gabinete
de Alice
Alice’s Cabinet is a reference to the Cabinets of Curiosity, or Cabinets 
of Wonder (Wunderkammern), popular in the 16th and 17th centuries, and 
which to a certain extent preceded the museums and exhibitions of today. The 
cabinets of the time brought together technically advanced instruments and 
curiosities originating in studies and explorations linked to the context of the 
great navigations. 
In Alice’s Cabinet, we seek to create an analogy between this informative uni-
verse and the altered perception of Lewis Carroll’s Alice, be it in light of simple 
situations such as mirrors, or through ‘potions’ that change one’s understanding 
of what is happening, such as the sensation of growing or shrinking in size. 
The project brings together playful resources and conditions that produce 
a reflection about the state of perception experienced through technological 
devices in a physically limited space, which we define as an interactive booth. Ini-
tially entitled Sensorial Booth, its development was initially conceived as a series 
of possibilities such as video projections, LCD screens, movement sensors, and 
‘haptic’ surfaces. The idea was to provide the audience with more than just visual 
and sound effects, but also physical transformations of the space itself, through 
the movement of scenery as well as the surfaces, the walls, and the ceiling. The 
booth also would be equipped with drawers, doors, “sensitive” objects, and 
other ideas that right away proved to be difficult to execute. During the course 
of the process, the adoption of more mechanical structures was replaced by 
techniques linked to interaction through movement and an understanding of 
space, together with resources for projecting on irregular and curved surfaces, 
considered to be enveloping, intuitive, and easily interactive. 
During the project’s development, made possible thanks to the Culture Fund 
of the Secretary of Culture of the state of Bahia (provided in 2014), we sought to 
synthesize these technical premises of the project with studies linked to the auto-
nomic nervous system (ANS), thinking about the modes of use and understand-
ing by the audience that could be equivalent to the ways of learning related to 
the body – in search of the ways the body autoregulates its physiology. 
The proposal came together over the course of time as a truly multidis-
ciplinary project whose main challenge was to provide reflections about the 
possibilities of using current technologies to raise awareness about our sensory 
abilities, seeking to understand how supposedly “intelligent” environments can 
reduce or increase our power of sensory perception. 
The center of the process of creating the project was guided by this 
dedication to sensorial aspects, utilizing as the conceptual foundation studies 
about perception and the senses, and how these can be altered, considering 
that it is through them that an internal and/or external reality is ‘shaped’ in the 
individual. The idea was to transpose, onto a limited physical space (a sort of 
technologically “prepared” cabinet or booth), a type of play on the senses, with 
perception and ‘proprioception.’ 
With these premises as a base, the project was conceived of as a way to 
make possible a creative and collaborative process that included studies of 
perception and the body’s physiology, visual arts, new media, and theater arts. As 
a result, the project brought together the artists and researchers Lucas Bambozzi 
(cinema, video, and new media), Joãzito Pereira (visual arts), and Laura Campos 
(dance, theater arts), who took advantage not only of the repertoires associated 
with their fields of activity, but also the dialogue with the work about perception 
and physiology developed by the therapist Alexandre Duarte. In very intensive 
meetings, guided by studies and open-ended discussions about possible for-
mats and their technical and conceptual feasibility, the final format arose: Alice’s 
Cabinet, presented at MAB (Bahia Museum of Art) in Salvador in October 2014. 
THE PROJECT
The balance of our current figure is broken, its outline 
wavers. We can say that every time this happens, the cur-
rent format of our body undergoes a violent act, because it 
destabilizes us and demands that we create a new body (…) 
that comes to embody this new state that arose in us. And 
every time we respond to the demand imposed by one of these 
states, we become someone else (Suely Rolnik, 1993).
ALICE’S CABINET
Alice’s Cabinet is an immersive installation project that proposes to provide 
the audience with sensorial situations, through audiovisual media together 
with physical and gestural interaction resources, as possibilities for conducting 
perception. The project arose out of a confluence of distinct fields, bringing 
together experiments in visual arts, interactive media, and studies about the 
movement and physiology of the body. 
29
O Gabinete
de Alice
REFERENCES AND SCRIPT OF SITUATIONS
Therapist Ale Duarte has been recognized for his work in conflict zones 
and in areas affected by natural disasters, providing him with vast experience 
and knowledge about critical situations. In his therapeutic method, Alexandre 
developed a chart of the body’s physiological cycle, whose application restores 
the organism’s natural state of autoregulation. According to the therapist, many 
of the “disorders” in contemporary life are unleashed by discrepancies between 
our physiological needs and the demands of the modern world. For him, the 
way towards autoregulation lies in our physiology, more specifically in the reor-
ganization of the nervous system’s natural cycles.
The organism’s innate autoregulation regularly updates the inve ntive poten-
tial of cognition, something that does not happen when the physiological cycle is 
compromised. Observing the significant results that came out of the application 
of this knowledge gave rise to the possibility of using the chart in projects with 
an interactive art environment to ensure not only the construction of an envi-
ronment that updates our inventive capacity but also raises questions about the 
implications implicit in the relationship between our somatic dimension and a 
world that is increasingly configured through technological environments. 
BOOTHS, CABINETS, AND “PREPARED” SPACES
The booth is a reference to the cabinet, asa space that is delimited and 
“prepared,” although not necessarily a cloistering environment, but rather one 
of spatial definition, where privacy is of essential importance – so that one can 
feel at ease. The booth conceived for the Alice’s Cabinet project recreates 
situations that are in sync with the studies of each participant. The narratives 
that arise out of this trajectory could, in some respects, be identified both as 
the typical hero myth (Greek mythology) or as Alice’s wanderings in Wonder-
land (the fall down the tunnel, the meeting of strange creatures, the distortions 
provoked by mirrors, and her state of shrinking or growing). The spaces that we 
call “prepared” are a reference to John Cage, who inserted unusual objects into 
his piano, leading to the creation of sounds considered dissonant by musical 
standards. The space is characterized by the audience being guided down a 
path suggested by visual, audio, and physical occurrences. 
From among a series of possibilities the format chosen was the one that 
proved most viable and open to distinct meanings, bringing to mind the pene-
trables created through the installations of Hélio Oiticica (especially Tropicália – 
PN2: Purity is a myth, and PN3: Imagetic), geared towards collective experiences. 
The conception of the booth that we used is that of a versatile space, 
relatively easy to assemble, and able to be moved and transported. We opted 
for this format due above all to the possibility of controlling the systems of 
interaction and sensory stimulation through a modular construction that could 
be versatile in terms of assembly and adaptation to existing exhibition spac-
es. Because this is a project that seeks to follow up with studies (distinct and 
complementary, connected to perception as well as to interactive technologies), 
the format should be that of a model where functionalities and resources can be 
transposed to other spatial situations as a result of the experience registered as 
a consequence of its presentation to a diverse audience.
In more metaphoric or symbolic terms, the booth recalls the cabinet, the 
room of wonders, as well as synthesizing the difficulties faced by Lewis Carroll’s 
Alice in relation to simple and at the same time complex space that she enters 
in her adventures, and the altered states of perception regarding the world 
around her.
ELEMENTS OF THE BOOTH-SPACE
The experience inside the space should preferably happen in pairs (or up 
to four people at most). Doors were replaced by penetrable and more fluid 
solutions. 
The itinerary involves a logical trajectory, associated with the temporal 
experiences suggested by the chart and the exploration of visual and spatial 
elements present in the projections on the booth screens. 
In more technical terms, the system included various interactive technolo-
gies, such as facial recognition and movement sensors such as Kinect, con-
trolled via Processing. The sound envelops the audience through a quadriphon-
ic system with the capacity to produce extremely low frequencies beyond the 
range of human hearing. 
The version presented at MAB in Salvador included the creation of a visual-
ization screen on the outside of the booth as a way for the audience to see other 
participants interacting with the space. 
31
O Gabinete
de Alice
PATHS
One of the drivers behind the organization of the team, and that led to the 
confluence of the participants’ distinct fields of knowledge and creation, was 
based on an academic study initiated by Laura Campos in 2003 and which is 
currently underway in her Doctoral studies in Theater Arts at UFBA. 
The studies, linked to the forms of plasticity in creation of motor patterns for 
dance and performance, led the project directly to the field of experimenting 
with perception and the physiology of the body. This is a field called Somatic 
Education, which involves a consistent number of corporeal approaches and 
which has as its main focus the investigation of first-person experiences. We 
currently see, in an incipient but increasingly important way, studies that raise 
questions about the implications that exist in the interaction between our 
somatic dimension (the lived body) and environments generated out of new 
technologies that, at least in big cities, permeate our daily lives almost full-time. 
It was in this sense that this project was conceived, with the aim not only of 
investigating questions that are interwoven with this relationship of the somatic 
to new technologies, but also creating an environment based on this play on 
perception and new technologies, so that the audience can, in this installation, 
experience unexplored dimensions in their field of sensibilities, as well as con-
struct questions according to the experiences they themselves felt thanks to the 
devices involved in the work. 
In the world of contemporary art, we see a set of practices utilized in instal-
lations that unite the concept and perception of space, often offering us the op-
portunity to experience new perceptive possibilities through sensorial resources 
that produce interesting tensions between physical space and the physiology 
of the body. This context motivates us to develop an interactive installation that 
includes in its development an understanding of our physiological cycle and 
its process of autoregulation, at the same time that it educates the sensibility 
necessary in an artistic project. 
The work of Lygia Clark and of Hélio Oiticica, for example, are emblematic 
in regard to the study of perception in participatory or interactive art spaces. 
In another context, the work of artists James Turrell or Olafur Eliasson stand 
out, as their process of perceiving and understanding the physical space are 
at the center of an artistic study geared towards sensorial processes. The work 
of Olafur, for example, commonly incorporates laws of physics, neurology, and 
optics, inviting the visitor to experience natural phenomena such as fog, light, 
color, and reflections, always in the situation of immersion – and occasional 
disconnection from the standard form of reality. In all of his work, Olafur inserts 
the experience that he offers to spectators in spatial situations marked by an 
ambiguity between “inside” and “outside.”
Similarly, Alice’s Cabinet has as its central point the relationship between 
the environment and the body’s physiology, a constant and present happening 
(in continuous negotiation) that molds our subjectivity, but which due to the 
force of habits of perception rooted in our modern culture, oftentimes passes 
us by unnoticed. 
The process of developing Alice’s Cabinet sought out this need to corpo-
realize the feeling of (self)satisfaction when faced with a stimulus, with a work 
of art - something essential to giving the experience meanings that strengthen 
corporeality in its process of fragile ontology, and that don’t attach themselves 
to standards of perception or behavior that impede them from advancing in 
the intensive field of moving, learning, existing, being, and possibly dancing. 
We recommend that the installation be experienced in pairs, with “an other.” 
This relationship of “coupling” in relational (and also educational, of shared 
experiences) environments is a result primarily of this meeting with the other in 
the field of affects. Therefore, the installation serves as a model for constituting 
environments or processes of learning that simulate cycles of autoregulation, for 
we understand that the state of autoregulation may be very close to the state of 
marvel when faced with an aesthetic experience. 
MORE ABOUT THE PROCESS
Alice’s Cabinet creates an effective confluence between a variety of concepts 
in an installation where the immersion in an interactive environment updates our 
inventivecognitive capacity, developing the opening of a dimension of the sensi-
ble insofar as this environment allows audiences to perceive their own sensations. 
33
The project is the fruition of a work that is continuously experimental. We 
have no pretensions that the work substitute therapeutic processes, and less so 
that it function as an effective resource to cure any somatic or traumatic incident 
– even keeping in mind the proliferation of kinesthetic installation of this kind 
or another. There is, however, a premise that processes beyond art be used in a 
field of sensorial experience, that it synthesize questions which show them-
selves to be not only relevant but necessary: the relationship between somatic 
states and technology, the playful and perceptive potential of environments 
created by an expanded understanding of new media, by the state of “pause” 
and decompression provided by the installation in contrast with the contempo-
rary sense of urgency, by the absorption of a form of art in direct contact with 
our senses.
REFERÊNCIAS / REFERENCES
GABINETE DE CURIOSIDADES / CABINET OF CURIOSITIES
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Gabinete_de_curiosidades[1]
https://en.wikipedia.org/wiki/Cabinet_of_curiosities
O MUNDO DE LYGIA CLARK / THE WORLD OF LYGIA CLARK
 http://www.lygiaclark.org.br/defaultpt.asp[2]
HÉLIO OITICICA (TROPICÁLIA, PENETRABLES)
 http://www.heliooiticica.org.br/home/home.php[3]
VIDEOCABINES SÃO CAIXAS PRETAS / VIDEOBOOTHS ARE BLACK BOXES - SANDRA KOGUT
 http://site.videobrasil.org.br/acervo/obras/obra/146843[4]
JAMES TURRELL
http://www.pbs.org/art21/artists/james-turrell
OLAFUR ELIASSON
http://www.olafureliasson.net/works.html
ZEE - KURT HENTSCHLÄGER
http://www.kurthentschlager.com/portfolio/zee/zee.html
MÁQUINAS CAPAZES DE CUIDAR DE CRIANÇAS / MACHINES CAPABLE OF CARING FOR CHILDREN
http://bit.ly/2gCSRDK
UM ROBÔ QUE INTERAGE COM O AUTISTA / A ROBOT THAT INTERACTS WITH PEOPLE WITH AUTISM
http://bit.ly/2fYf0eK
35
O Gabinete
de Alice
FICHA TÉCNICA | CREDITS
Idealização | Concept: ALE DUARTE, JOÃOZITO PEREIRA, LAURA CAMPOS E LUCAS BAMBOZZI 
Coordenação Geral | General Coordinators: LAURA CAMPOS E LUCAS BAMBOZZI
Desenho de cenografia e montagem | Scenery design and assembly: JOÃOZITO PEREIRA
Direção de imagens, interatividade e conteúdo | Director of images, interactivity, and content: LUCAS BAMBOZZI
Consultor e pesquisador em fisiologia e educação do movimento | Consultant and researcher in physiology and 
movement education: ALEXANDRE DUARTE
Design gráfico | Graphic design: JULIO DUI
Assessoria de imprensa | Media Relations: LILIAN MICHELAN (São Paulo)
Montagem e cenografia | Installation and scenography: BLADE (Salvador), ELÁSTICA/WILLIAM ZARELLA (São 
Paulo)
Direção de montagem | Installation Director: LANUSSI PASQUALE (Salvador), WILLIAM ZARELLA (São Paulo)
Local da exposição inicial | Original exhibition location: MAB – MUSEU DE ARTE DA BAHIA 
Textos | Text: LAURA CAMPOS E LUCAS BAMBOZZI
Desenvolvimento tecnológico | Technological development: TONI OLIVEIRA, JAVIER CRUZ E GUIMA SAN
Trilha sonora | Soundtrack: PEDRO AUGUSTO DIAS
Produção executiva | Executive producers: TIAGO TAO E MARINA PINHEIRO
Bambozzi, Lucas.
O Gabinete de Alice / Lucas Bambozzi, Laura Campos e Ale Duarte 
- São Paulo, 2016.
ISBN: 978-85-916927-2-9
Catálogo de exposição. 
1.Arte. 2.Arte Contemporânea. 3.Instalação. 4.Interatividade. 
5.Experiência Sensorial. 6. Ambientes imersivos.
I. Título.

Continue navegando