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AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
	Consiste em um conjunto de procedimentos pelos quais se efetiva o processo de compras de medicamentos e correlatos estabelecidos pela programação, com o objetivo de suprir as unidades de saúde em quantidade, qualidade e menor custo/efetividade, visando manter a regularidade e funcionamento do sistema.
Para realizar o processo de aquisição é necessário:
Pessoal qualificado
Cadastro de fornecedores
Especificações técnicas do produto
Conhecimento dos dispositivos legais (ANVISA, Ministério da Saúde, Receita Federal, etc.).
O adequado processo de aquisição está baseado em um banco de informações que torne factível responder às seguintes questões:
O que comprar? – Exige conhecimento das características intrínsecas e do nível de qualidade do produto a ser adquirido;
Para que comprar? – exige conhecimento da compatibilidade entre as necessidades de aquisição e as atividades assistenciais da instituição;
Como vai ser utilizado? – Determina o grau de conhecimento sobre o produto, dando consistência ao item “o que comprar”;
Para quanto tempo comprar? Quanto comprar? – Exige conhecimento da política de suprimentos da instituição e dados referentes ao consumo dos produtos passíveis de aquisição (curva ABC e XYZ);
Que fatores poderão contribuir para as oscilações do consumo? – Determina a essencialidade do conhecimento do modelo de consumo e sua influência na política de abastecimento;
Quais são os fornecedores? – Determina a amplitude da concorrência para aquisição, indica qual a qualidade que se pode esperar dos produtos, verificando-se a capacidade técnica para o forneciemento, além de proporcionar informações relativas às condições determinadas no item “o que comprar”;
Qual o tipo de reposição? – Fornece informações sobre o tempo de entrega;
Quanto pagar? Como pagar? – Dados fundamentais para o planejamento institucional;
Onde armazenar? – Verifica a capacidade de armazenagem essencial à manutenção das características dos produtos adquiridos.
O processo de aquisição tem caráter multidisciplinar e deve estar fundamentado nos itens anteriores. 
O critério de qualidade deve estar fundamentado nos itens anteriores. O critério de qualidade deve ser avaliado por uma Comissão de Parecer Técnico ou por delegação de competência a especialistas.
Em conjunto com as funções de logística, o processo de aquisição deve evitar a ruptura dos níveis de estoque, o que determinaria a interrupção das atividades essenciais. 
Para tanto, o sistema de informações deve monitorizar todo o processo a que está submetido cada artigo armazenado ou em aquisição, com o objetivo de manter estoques contínuos.
A Classificação ABC
A Classificação ABC baseia-se na divisão dos materiais por classes:
• Classe A: Grupo de itens que tem uma maior importância e devem ser tratados com atenção especial, os materiais que compõem esse grupo representam o maior valor em termos de consumo, sendo o de menor quantidade.
• Classe B: Grupo de itens que vivem numa situação intermediária entes os de classes A e C.
• Classe C: Corresponde ao grupo de itens de menos importância, representando o menor valor de consumo, porém, estão em maior quantidade, financeiramente são menos importantes, o que justifica uma menor atenção em seu gerenciamento.
Quando se trata sobre material médico-hospitalar, deve-se avaliar o uso desse sistema num hospital, pois, independente do grupo em que estejam todos os itens, eles são de fundamental importância, devendo ser gerenciados com maior critério de organização e controle, visto que um procedimento médico-cirúrgico pode não acontecer pela falta de um desses itens, independente do grupo em que esteja.
A Classificação XYZ
É comum a utilização, também, de uma outra forma de classificação do estoque, a qual varia de acordo com o grau de criticidade, conhecida como Classificação XYZ.
Essa classificação tem por critério o grau de criticidade ou imprescindibilidade do material para as atividades em que eles estarão sendo utilizados, pois a falta de determinados materiais pode provocar a paralisação de atividades essenciais e coloca em risco a vida das pessoas, o ambiente e o patrimônio da organização.
Segundo o critério XYZ, os itens da Classe X podem faltar sem acarretar prejuízo ao funcionamento de uma empresa, apenas pelo fato de poderem ser substituídos com facilidade. 
Os itens da Classe Y representam um nível de criticidade médio, por poderem ser substituídos por itens de mesma equivalência. 
Os itens pertencentes à Classe Z correspondem aos mais críticos. Sua falta pode provocar transtornos e até a paralisação de atividades básicas e essenciais, colocando em risco a vida das pessoas. Sua falta não pode ser substituída por similares.
Ao se analisar o uso dos sistemas ABC/XYZ, deve-se agir com parcimônia, pois o uso de um método pode servir para uma empresa e não servir para outra, sendo comum que um administrador faça as devidas adaptações à realidade da sua empresa, principalmente quando se trata de um hospital.
No caso de correlatos, além dos critérios legais, é necessário testar o correlato em uso, pois mesmo produtos registrados podem apresentar problemas na sua utilização. Para tanto, alguns aspectos importantes devem ser observados:
Qualidade – Verificar se a qualidade do material corresponde àquela mencionada pelo fabricante, bem como o comportamento do correlato em uso;
Segurança – Verificar se a utilização do material permite realizar, com segurança, para o profissional e para o paciente, as operações a que se destina;
Simplicidade – Verificar se não existem limitações quanto à utilização, desde aspectos de manipulação até sua funcionalidade;
Serviço – Verificar se existe assistência adequada, do fornecedor ou fabricante, para o uso do correlato;
Parecer – Submeter o correlato a testes de utilização, com o maior número possível de usuários para verificar, no mínimo, os aspectos acima. Caso haja discordâncias, reunir os profissionais responsáveis e esclarecer os problemas, optando por materiais que cumpram suas finalidades com qualidade.
Licitação
Toda instituição pública tem obrigação de zelar pelo correto uso dos recursos, especialmente quando contrata serviços ou adquire bens. Para isso, deve respeitar as regras dispostas na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, a Lei das Licitações, e em outros instrumentos normativos que procuram assegurar ao órgão público a escolha da melhor proposta em termos de qualidade e preço.
Licitação é um conjunto de procedimentos administrativos no qual a Administração Pública impõe concorrência sobre aquisições e prepara o processo administrativo para a contratação, cuja finalidade é proporcionar à administração propostas vantajosas em relação a preço, prazos e qualidade, garantindo aos participantes igualdade de condições.
O procedimento licitatório deve observar os seguintes princípios:
Moralidade: comportamento escorreito, liso e honesto da Administração.
Impessoalidade: proibição de qualquer critério subjetivo, tratamento diferenciado ou preferência, durante o processo licitatório para que não seja frustrado o caráter competitivo desta.
Legalidade: disciplina a licitação como uma atividade vinculada, ou seja, prevista pela lei, não havendo subjetividade do administrador.
Probidade: estrita obediência às pautas de moralidade, incluindo não só a correção defensiva dos interesses de quem a promove, bem como as exigências de lealdade e boa-fé no trato com os licitantes.
Publicidade: divulgação dos atos da Administração Pública em Diários Oficiais;.
Julgamento objetivo: vedação da utilização de qualquer critério ou fator sigiloso, subjetivo, secreto ou reservado no julgamento das propostas que possa elidir a igualdade entre os licitantes. Artigo 44, da Lei 8666/93.
Vinculação ao Instrumento Convocatório: respeito às regras estabelecidas no edital ou na carta-convite – artigo 41, Lei 8666/93
Sigilo das propostas: é um pressuposto de igualdade entre os licitantes. O conteúdo das propostasnão é público, nem acessível até o momento previsto para sua abertura, para que nenhum concorrente se encontre em situação vantajosa em relação aos demais.
Competitividade: o procedimento de licitação deve buscar o melhor serviço pelo menor preço.
As licitações possuem seis modalidades: Concorrência, tomada de preços, convite, concurso, leilão e pregão.

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