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Raio X Defensoria

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rAio-X DAS QuESTÕES 27
RAIO-X DAS QUESTÕES
A tabela a seguir indica o número total de questões e as respectivas percentagens de distri-
buição das disciplinas exploradas nos concursos da Defensoria Pública Estadual.
DISCIPLINAS QUESTÕES %
Defensoria Pública 141 4,56%
Direito Administrativo 295 9,54%
Direito Civil 276 8,93%
Direito Constitucional 245 7,92%
Direito da Criança e do Adolescente 177 5,72%
Direito do Consumidor 189 6,11%
Direito Penal 242 7,83%
Direito Processual Civil 248 8,02%
Direito Processual Penal 230 7,44%
Direitos Difusos e Coletivos 105 3,40%
Direitos Humanos 177 5,72%
Outros Temas 872 28,20%
TOTAL GERAL 3092 100%
A tabela a seguir indica o número de questões e respectiva percentagem de distribuição 
pelos temas relativos à própria Defensoria Pública.
DEFENSORIA 
PÚBLICA
ASSUNTOS QUESTÕES %
Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública 
(LC 80/1994)
59 41,84%
Normas Constitucionais 21 14,89%
Normas Estaduais 51 36,17%
Defensoria Pública no Processo Civil/Penal 10 7,09%
TOTAL GERAL 141 100%
A tabela a seguir indica o número de questões e respectiva percentagem de distribuição 
pelos temas relativos ao Direito Administrativo.
28 LEoNArDo GArCiA E roBErVAL roCHA 
DIREITO 
ADMINISTRATIVO
ASSUNTOS QUESTÕES %
Agentes Públicos 35 11,86%
Atos Administrativos 39 13,22%
Bens Públicos 12 4,07%
Contratos & Licitações 42 14,24%
Entes da Administração 13 4,41%
Improbidade Administrativa 17 5,76%
Intervenção do Estado na Propriedade 28 9,49%
Poderes Administrativos 14 4,75%
Princípios & Processo Administrativo 31 10,51%
Responsabilidade Civil do Estado 26 8,81%
Serviços Públicos 27 9,15%
Outros Temas 11 3,73%
TOTAL GERAL 295 100%
A tabela a seguir indica o número de questões e respectiva percentagem de distribuição 
pelos temas relativos ao Direito Civil.
DIREITO CIVIL
ASSUNTOS QUESTÕES %
Pessoas 34 12,32%
Bens 6 2,17%
Fatos Jurídicos 48 17,39%
Obrigações 77 27,90%
Coisas 40 14,49%
Família 52 18,84%
Sucessões 19 6,88%
TOTAL GERAL 276 100%
*Observação: as questões referentes a Direito de Empresa encontram-se na disciplina Direito Empresarial.
A tabela a seguir indica o número de questões e respectiva percentagem de distribuição 
pelos temas relativos ao Direito Constitucional.
DIREITO 
CONSTITUCIONAL
ASSUNTOS QUESTÕES %
Princípios Fundamentais 5 2,04%
Direitos e Garantias Fundamentais 56 22,86%
Organização do Estado 32 13,06%
Organização dos Poderes 74 30,20%
Defesa do Estado e das Instituições 
Democráticas
4 1,63%
Ordem Econômica e Financeira 4 1,63%
Ordem Social 6 2,45%
Teoria Constitucional 64 26,12%
TOTAL GERAL 245 100%
*Observação: as questões referentes ao capítulo “Da Tributação e do Orçamento” encontram-se nas disci-
plinas Direito Tributário e Direito Financeiro.
ANáLiSE DoS DADoS Do rAio-X 33
ANÁLISE 
DOS DADOS DO RAIO-X
As tabelas de Raio-X apresentadas acima servem para orientar o estudo a ser desenvolvido, 
descortinando o grau de exigência e a frequência com que certos temas são explorados nos 
concursos públicos desta área.
Sobre esses dados podem ser traçadas algumas observações, pertinentes às disciplinas 
exigidas nos respectivos editais desses certames.
DISTRIBUIÇÃO GERAL DAS QUESTÕES
Os temas constantes nos editais pulverizam o conteúdo em vinte e seis disciplinas. Den-
tre as mais exigidas, nota-se a preponderância daquelas “mais tradicionais” (Civil, Processo 
Civil, Penal e Processo Penal, Constitucional e Administrativo) que correspondem a 50% do 
total de questões.
Gráfico 01
DISTRIBUIÇÃO GERAL DAS QUESTÕES EM DEFENSORIA PÚBLICA
O estudo da Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (LC 80/1994) traduz mais de 40% 
dos conteúdos centrais da temática dessa legislação específica.
34 LEoNArDo GArCiA E roBErVAL roCHA 
Gráfico 02
DISTRIBUIÇÃO GERAL DAS QUESTÕES EM DIREITO ADMINISTRATIVO
Os conteúdos de direito administrativo encontram-se equitativamente distribuídos, sem 
concentrações expressivas em determinados assuntos.
Mesmo assim, merecem atenção os pontos referentes a Agentes Públicos, Atos Administra-
tivos, Contratos, Licitações, Princípios e Processo Administrativo, que, juntos, respondem por 
quase 50% das questões deste tópico.
Gráfico 03
DISTRIBUIÇÃO GERAL DAS QUESTÕES EM DIREITO CIVIL
Trata-se de disciplina prioritária nos concursos para Defensor Público, com destaque para os 
seguintes pontos: Direito das Obrigações, Direito de Família e Fatos Jurídicos, que concentram o 
grosso dos temas versados nas provas, com quase 65% do total das questões.
ANáLiSE DoS DADoS Do rAio-X 39
DISTRIBUIÇÃO GERAL DAS QUESTÕES EM OUTROS TEMAS
Vários outros temas compõem o extenso leque de matérias exigidas nos concursos para a 
Defensoria Pública Estadual. A maioria deles, englobado em outras disciplinas: Direito Processual 
Constitucional (de praxe, em Direito Constitucional), leis especiais (em suas respectivas discipli-
nas de origem), etc., outros, em disciplinas autônomas, já tradicionais, como Direito Previdenciá-
rio, Direito do Trabalho, Direito Tributário etc.
Alguns outros tópicos têm interesse residual, visto que nem sempre fazem parte dos editais, 
como Direito Agrário, Direito Financeiro, Direito Urbanístico etc.
Gráfico 12
PONTOS MAIS EXPLORADOS NAS QUESTÕES OBJETIVAS
No texto do livro foram ressaltados os trinta e três temas mais exigidos nas provas. São 
verdadeiros pontos-chave de estudo que merecem toda atenção e análise do leitor.
Todos sinalizados em realce:
 � ATENÇÃO: 
TEMA MUITO EXIGIDO NOS CONCURSOS!
PONTOS MAIS EXPLORADOS NAS QUESTÕES DISCURSIVAS
O leitor também deve estar bastante atento aos seguintes tópicos, que são os mais explo-
rados nas questões dissertativas:
• Defensoria Pública: Funções Institucionais.
• Direito Constitucional: Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.
• Direito Constitucional: Da Seguridade Social (Saúde).
• Direito Constitucional: Teoria Constitucional (Hermenêutica Constitucional).
• Direito Civil: Direito de Família (Relações de Parentesco).
• Direito Penal: Teoria do Crime.
DEFENSoriA PÚBLiCA 41
DEFENSORIA PÚBLICA
1. LEI ORGÂNICA NACIONAL DA DEFENSO-
RIA PÚBLICA (LC 80/1994)
1.1. Das Disposições Gerais
1.1.1. Objetivos
»» Vide “Lei de Assistência Judiciária”, no capítulo 
Leis Civis e Processuais Civis Especiais
 À QUESTÕES DISCURSIVAS
01. (FCC/DPE/SP/Defensor/2012) Indique as três ondas do Movimento Universal do Acesso à 
Justiça, segundo Mauro Cappelletti e Bryant Garth. 
Aponte seu conteúdo e características gerais, Situe 
a posição de assistência jurídica em uma dessas 
ondas, diferenciando, de acordo com os autores 
citados, o modelo público, do sistema “judicare” e 
do modelo misto,
02. (Fumarc/DPE/MG/Defensor/2009) O defensor público pode ser considerado agente público 
de transformação social. Por que a Defensoria 
Pública é essencial à consolidação de um Estado 
Democrático de Direito? Fundamente sua resposta, 
analisando as garantias e os princípios constitucio-
nais pertinentes.
 À QUESTÕES OBJETIVAS
01. (FCC/DPE/SP/Defensor/2012) No julgamento do Recurso Especial n. 931.513/RS, no âmbito 
do Superior Tribunal de Justiça, o Ministro Antô-
nio Herman Benjamin reconheceu a legitimidade 
do Ministério Público para a propositura de Ação 
Civil Pública em prol de direito individual de pes-
soa com deficiência para obtenção de prótese 
auditiva, reconhecendo, no caso, a caracteriza-
ção de "sujeito hipervulnerável". No seu voto, 
o Ministro destaca que "a categoria ético-polí-
tica, e também jurídica, dos sujeitos vulneráveis 
inclui um subgrupo de sujeitos hipervulneráveis, 
entre os quais se destacam, por razões óbvias 
as pessoas com deficiência física, sensorial ou 
mental", bem como que, "em casode dúvida 
sobre a legitimação para agir de sujeito inter-
mediário – Ministério Público, Defensoria Pública 
e associações, p. ex. –, sobretudo se estiver em 
jogo a dignidade da pessoa humana, o juiz deve 
optar por reconhecê-la e, assim, abrir as portas 
para a solução judicial de litígios que, a ser dife-
rente, jamais veriam seu dia na Corte". A partir 
de tais considerações e com base no que dispõe 
a Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (Lei 
Complementar n. 80/94, com as alterações trazi-
das pela Lei Complementar n. 132/09) é correto 
afirmar:
a) O conceito de necessitado (ou vulnerável) deve 
ser tomado exclusivamente em sentido estrito, 
tal qual estabelecido no art. 2º, parágrafo único, 
da Lei n. 1.060/50, ou seja, apenas vislumbrando 
a perspectiva exclusivamente econômica do 
indivíduo ou grupo social que busca o serviço 
da Defensoria Pública.
b) Com base no art. 4º, VII, da Lei Complementar n. 
80/94, a legitimidade da Defensoria Pública para 
a propositura de Ação Civil Pública é ampla e 
irrestrita, não havendo qualquer limitação de 
ordem legislativa.
c) Muito embora a previsão do art. 4º, X, da 
Lei Complementar n. 80/94, no sentido de 
assegurar a legitimidade da Defensoria 
Pública para promover a mais ampla defesa 
dos direitos fundamentais dos necessita-
dos, abrangendo seus direitos individuais e 
sociais, não há consagração expressa de tal 
legitimidade para a proteção dos seus direi-
tos ambientais.
d) O art. 4º, XII, da Lei Complementar n. 80/94 asse-
gura a legitimidade da Defensoria Pública para 
a instauração de inquérito civil.
e) A previsão do art. 4º, XI, da Lei Complementar n. 
80/94, ao reconhecer a legitimidade da Defen-
soria Pública para exercer a defesa dos direitos 
coletivos da criança e do adolescente, do idoso, 
da pessoa portadora de necessidades espe-
ciais, da mulher vítima de violência doméstica e 
familiar e de outros "grupos sociais vulneráveis" 
que mereçam proteção especial do Estado, per-
mite ampliar o conceito de necessitado para o 
que a doutrina denomina de "necessitados do 
ponto de vista organizacional".
42 LEoNArDo GArCiA E roBErVAL roCHA 
02. (FCC/DPE/SP/Defensor/2010) Entre os objeti-vos e fundamentos de atuação da Defensoria 
Pública, previstos na legislação federal e estadual, 
encontra-se:
a) a garantia do desenvolvimento nacional.
b) a afirmação dos valores sociais do trabalho e 
da livre iniciativa.
c) a judicialização dos conflitos.
d) a primazia da dignidade da pessoa humana.
e) o repúdio ao terrorismo e ao racismo.
03. (FCC/DPE/SP/Defensor/2013) Sobre a gênese e evolução histórica da assistência judiciária, 
considere as seguintes assertivas:
I. Não obstante sua natureza liberal-burguesa, 
a Revolução Francesa pode ser considerada 
importante marco na gênese e evolução da 
assistência judiciária ao afirmar a igualdade 
formal de todos perante a lei, afirmação que 
contribui decisivamente para consolidar a fun-
ção protetiva do Estado.
II. A lei francesa de 1851 sobre assistência judici-
ária constituiu importante avanço na evolução 
da assistência judiciária, pois substituiu o dever 
honorífico de prestar assistência judiciária pelo 
dever jurídico.
III. Nos Estados Sardos havia a Defensoria dos 
pobres, que funcionava como instituto gover-
namental na medida em que os advogados res-
ponsáveis pela defesa dos pobres e fiscalização 
de prisões eram pagos pelo Estado e conside-
rados funcionários públicos.
IV. Na Roma pré-imperial, quando o cliente era 
chamado pela justiça da cidade seu respectivo 
senhor ou patrono era obrigado a defendê-
-lo, devendo revelar ao cliente as fórmulas 
misteriosas da lei que levaria este a ganhar 
a sua causa, e isto porque o cliente ligava-se 
ao senhor pelo laço de parentesco por tomar 
parte na religião da família.
 Estão corretas apenas:
a) III e IV.
b) I, II e III.
c) I, II e IV.
d) I, III e IV.
e) II e III.
GAB
01 02 03
E D A
1.1.2. Direitos dos Assistidos
 À QUESTÕES DISCURSIVAS
01. (FCC/DPE/SP/Defensor/2012) "(...) a titularidade de direitos ó destituída de sentido na ausên-
cia de mecanismos para sua efetiva reivindicação. O 
acesso à Justiça pode, portanto, ser encarado como 
o requisito fundamental – o mais básico dos direi-
tos humanos – de um sistema jurídico moderno e 
igualitário que pretenda garantir, e não apenas pro-
clamar os direitos de todos" (Cappelletti, Mauro; e 
Garth, Bryant. Acesso à Justiça. Porto Alegre: Fabris, 
1988, p. 11-12). Tomando como ponto de partida a 
reflexão proposta por Cappelletti e Garth, explore 
os fundamentos teóricos, normativos e jurispruden-
ciais que amparam o controle judicial, por intermé-
dio do manuseio da ação civil pública, das políticas 
públicas destinadas á efetivação do direito funda-
mental à assistência jurídica.
 À QUESTÕES OBJETIVAS
01. (FCC/DPE/SP/Defensor/2010) Entre as inova-ções advindas da reforma da Lei Orgânica 
Nacional da Defensoria Pública, promovida pela Lei 
Complementar Federal n. 132, de 7 de outubro de 
2009, destaca-se:
a) Assegurou ao assistido da Defensoria Pública o 
direito de ter sua pretensão revista no caso de 
recusa de atuação pelo Defensor Público.
b) Previu a participação no Conselho Superior do 
presidente da entidade de classe de maior 
representatividade dos membros da carreira, 
com direito a voto.
c) Instituiu a Ouvidoria Geral no âmbito das Defen-
sorias Públicas Estaduais, da União e do Distrito 
Federal.
d) Garantiu a composição paritária do Conselho 
Superior, entre membros natos e eleitos.
e) Assegurou maior autonomia à Corregedoria 
Geral da Defensoria Pública Estadual ao prever 
a nomeação do Corregedor Geral pelo Governa-
dor do Estado.
02. (Cespe/DPE/AL/Defensor/2009) Considere que Pablo, chileno residente no Brasil, tenha pro-
curado a DP para ajuizar ação visando ser ressar-
cido de danos morais que lhe foram causados por 
Rodrigo. Nesse caso, é defeso à DP promover a 
ação pretendida por Pablo, já que, por disposição 
legal expressa, os benefícios da assistência judiciá-
ria têm como destinatários os brasileiros.
DEFENSoriA PÚBLiCA 43
03. (Cespe/DPE/ES/Defensor/2009) O princípio do defensor natural – entendendo-se este como 
a garantia do assistido em ter um membro da ins-
tituição previamente investido na atribuição de 
prestar a assistência jurídica integral e gratuita, por 
livre distribuição dos feitos, de modo a assegurar o 
devido processo e a ampla defesa – está previsto 
de forma expressa tanto na legislação complemen-
tar federal como na legislação complementar esta-
dual.
GAB
01 02 03
A E E
1.1.3. Princípios Institucionais
 À QUESTÕES DISCURSIVAS
01. (Cespe/DPE/MA/Defensor/2011) Em determi-nado processo criminal submetido ao proce-
dimento comum ordinário, o réu, apesar de gozar 
de excelente situação financeira, quedou-se inerte 
quando instado a constituir advogado, razão pela 
qual o juízo processante determinou a remessa 
dos autos à Defensoria Pública, a fim de que esta 
indicasse um de seus membros para patrocinar a 
defesa. A partir da situação hipotética acima apre-
sentada, redija texto dissertativo acerca do prin-
cípio institucional da independência funcional da 
defensoria pública, respondendo, necessariamente, 
de forma fundamentada, aos questionamentos 
seguintes: (i) Se o defensor público designado para 
o caso entender que inexista hipótese de atuação 
institucional, deverá arquivar imediata e definitiva-
mente o procedimento em âmbito administrativo? 
(ii) Proferida a sentença penal condenatória e devi-
damente intimada a defensoria, caso o defensor 
público deixe de interpor recurso de apelação, por 
se conformar com o decreto condenatório, haverá 
ofensa ao princípio do devido processo legal?
 À QUESTÕES OBJETIVAS
01. (FCC/DPE/SP/Defensor/2009) Sobre a unidade e a indivisibilidade,princípios institucionais 
da Defensoria Pública do Estado, é correto afirmar:
a) conferem ao Defensor Público a garantia de agir 
segundo suas próprias convicções e a partir de 
seus conhecimentos técnicos.
b) asseguram aos destinatários do serviço a 
impossibilidade de alteração do Defensor 
Público no curso do processo.
c) fixam as atribuições do Defensor Público, que 
não podem ser alteradas posteriormente.
d) impedem a criação de Defensorias Públicas 
Municipais.
e) permitem aos Defensores Públicos substituírem-
-se uns aos outros, sem prejuízo para a atuação 
institucional ou para a regularidade processual.
02. (FCC/DPE/SP/Defensor/2013) Um Defensor Público, (i) principiando seu expediente veri-
fica no correio eletrônico convocação para par-
ticipar de reunião com a Subdefensoria Pública-
-Geral competente, por meio de videoconferência. 
Em seguida, (ii) passa a analisar autos judiciais que 
vieram em carga para ciência de decisões judi-
ciais, refletindo sobre a utilidade de se interpor 
recurso em cada caso. Após o almoço, (ii) dirige-se 
ao Fórum para realizar audiências em substituição 
de outro Defensor Público licenciado por saúde. O 
princípio institucional que, preponderantemente, 
incidiu sobre cada fato é, respectivamente:
a) indivisibilidade, independência funcional, indivi-
sibilidade.
b) independência funcional, unidade, indivisibili-
dade.
c) unidade, independência funcional, unidade.
d) unidade, independência funcional, indivisibili-
dade.
e) indivisibilidade, independência funcional, uni-
dade.
GAB
01 02
E D
1.1.4. Funções Institucionais
 À INFORMATIVOS DE JURISPRUDÊNCIA (STF)
Defensoria pública estadual e exercício por 
advogados cadastrados pela OAB-SC
◙ Art. 104 da constituição do Estado de Santa Cata-
rina. LC estadual 155/97. Convênio com a seccional 
da OAB para prestação de serviço de “defensoria 
pública dativa”. Inexistência, no Estado de Santa 
Catarina, de órgão estatal destinado à orientação 
jurídica e à defesa dos necessitados. Situação ins-
titucional que configura severo ataque à dignidade 
do ser humano. Violação do inc. LXXIV do art. 5º 
e do art. 134, caput, da redação originária da CF. 
Ações diretas julgadas procedentes para declarar 
a inconstitucionalidade do art. 104 da Constituição 
44 LEoNArDo GArCiA E roBErVAL roCHA 
de SC e da LC estadual 155/97 e admitir a conti-
nuidade dos serviços atualmente prestados pelo 
Estado de Santa Catarina mediante convênio com 
a OAB/SC pelo prazo máximo de um ano da data 
do julgamento da presente ação, ao fim do qual 
deverá estar em funcionamento órgão estadual de 
defensoria pública estruturado de acordo com a CF 
e em estrita observância à legislação complementar 
nacional (LC 80/94). ADI 3892, ADI 4270, rel. Min. Joa-
quim Barbosa, 14.3.12. Pleno. (Info 658)
 À QUESTÕES DISCURSIVAS
01. (Cespe/DP/DF/Defensor/2013) A defensoria pública ajuizou ação civil pública com a finali-
dade de defender o direito de consumidores lesa-
dos por relações contratuais firmadas com deter-
minada instituição financeira. A ré, então, invocou 
a ilegitimidade do órgão para promover, em nome 
próprio, a defesa dos consumidores, sustentando 
que a defensoria pública teria legitimidade apenas 
para a defesa individual do consumidor, já que a 
promoção da defesa coletiva ou difusa dos consu-
midores seria atribuição institucional exclusiva do 
Ministério Público. Com base nessa situação hipo-
tética e na legislação e na jurisprudência sobre o 
tema, indique a natureza dos direitos defendidos 
na referida ação civil pública e esclareça se a defen-
soria pública tem legitimidade para ajuizar ação 
civil pública em defesa dos referidos consumidores.
02. (Cespe/DP/DF/Defensor/2013) A DPDF ajuizou ação civil pública visando à obtenção de provi-
mento jurisdicional que determinasse a indenização 
de consumidores pelos danos morais e materiais 
sofridos em decorrência de interrupção irregular do 
fornecimento de energia elétrica em suas residên-
cias. A Companhia de fornecimento de energia, ao 
impugnar o pedido, invocou a ilegitimidade ativa da 
DPDF. Com base nessa situação, responda, com fun-
damento no entendimento do Superior Tribunal de 
Justiça sobre o tema, aos seguintes questionamen-
tos. (i) A DPDF atuou nos limites de sua competência 
legal? (ii) Qual a viabilidade da ação proposta e a 
natureza jurídica do direito nela discutido?
03. (FCC/DPE/SP/Defensor/2012) Aponte a fun-damentação que ampara a legitimidade da 
Defensoria Pública para a propositura de ação civil 
pública, destacando a existência ou não de limites 
para tal legitimidade, notadamente em matéria de 
direitos ou interesses difusos. Explique.
04. (FCC/DPE/SP/Defensor/2010) Boaventura de Sousa Santos, em "Pela mão de Alice" (Editora 
Cortez, 1999), afirma que "os cidadãos de menores 
recursos tendem a conhecer pior os seus direitos e, 
portanto, a ter mais dificuldades em reconhecer um 
problema que os afeta como sendo problema jurí-
dico. Podem ignorar os direitos em jogo ou ignorar 
as possibilidades de reparação jurídica!”. Relacione 
as atribuições institucionais da Defensoria Pública 
que digam respeito ao tema abordado pelo autor, 
explicando cada uma delas.
05. (FCC/DPE/SP/Defensor/2009) Aponte violações a direitos humanos sociais, econômicos e cul-
turais praticadas no Estado de São Paulo e como 
a Defensoria Pública pode, conforme suas funções 
institucionais, nelas intervir.
06. (FCC/DPE/SP/Defensor/2009) Aponte violações a direitos humanos civis e políticos praticadas 
no Estado de São Paulo e como a Defensoria Pública 
pode, conforme suas funções institucionais, nelas 
intervir.
07. (FCC/DPE/SP/Defensor/2009) Discorra sobre as funções institucionais típicas e atípicas da 
Defensoria Pública, exemplificando e, principal-
mente, abordando as condições de admissibilidade 
da atuação institucional frente à situação de neces-
sitado, tanto do ponto de vista econômico quanto 
jurídico.
 À QUESTÕES OBJETIVAS
01. (Cespe/DPE/MA/Defensor/2011) Acerca das funções institucionais da DP, assinale a opção 
correta:
a) A ausência de previsão legal expressa para a 
defesa dos interesses individuais e coletivos da 
mulher vítima de violência doméstica e familiar 
não impede a atuação da DP nesses casos.
b) O instrumento de transação, mediação ou con-
ciliação referendado pelo DP valerá como título 
executivo extrajudicial, exceto quando for cele-
brado com pessoa jurídica de direito público.
c) É função institucional da DP representar aos sis-
temas internacionais de proteção dos direitos 
humanos, postulando perante tais órgãos.
d) Cabe à DP promover ações capazes de pro-
piciar a adequada tutela dos direitos difusos, 
coletivos ou individuais homogêneos, indepen-
dentemente de o resultado da demanda bene-
ficiar grupo de pessoas hipossuficientes.
DEFENSoriA PÚBLiCA 45
e) Não compete à DP, em âmbito meramente admi-
nistrativo, o recebimento dos autos com vista.
02. (Fumarc/DPE/MG/Defensor/2009) São funções institucionais da Defensoria Pública, exceto:
a) Promover, extrajudicialmente, a conciliação 
entre as partes em conflito de interesses.
b) Assegurar aos seus assistidos, em processo 
judicial ou administrativo, e aos acusados em 
geral, o contraditório e a ampla defesa, com 
recursos e meios a ela inerentes.
c) Patrocinar ação civil, inclusive contra as pessoas 
jurídicas de direito público.
d) Exercer a promoção e a defesa dos direitos 
humanos.
e) Patrocinar a ação penal de iniciativa privada, a 
subsidiária da pública, bem como a ação civil 
“ex delicto”, não podendo, nesses casos, a 
Defensoria Pública atuar no polo passivo.
03. (Cespe/DPE/ES/Defensor/2009) A defensoria pública, conforme previsto na lei de regência, 
tem legitimidade para propor ação civil pública na 
defesa do meio ambiente.
04. (Cespe/DPE/ES/Defensor/2009)A defensoria pública poderá tomar dos interessados com-
promisso de ajustamento da conduta destes às 
exigências legais, mediante cominações, tendo esse 
compromisso eficácia de título executivo extraju-
dicial.
05. (Cespe/DPE/AL/Defensor/2009) Carla entrou em contato com Marta visando obter inde-
nização por danos materiais que esta causou em 
seu veículo, além dos danos morais que entendia 
cabíveis. Marta, entendendo que os danos morais 
exigidos por Carla eram absurdos, procurou a DPE/
AL. Nessa situação, pode a DP promover, extrajudi-
cialmente, a conciliação entre Carla e Marta.
06. (Cespe/DPE/ES/Defensor/2009) O defensor público, no plantão de atendimento inicial, 
após a análise da situação fática trazida pelo assis-
tido e a avaliação de toda a documentação per-
tinente ao caso, decidiu não ajuizar a demanda 
pretendida pelo assistido por entendê-la mani-
festamente improcedente, sem lastro normativo 
que a assegurasse. Nessa situação, tem o defensor 
público o dever legal de comunicar a decisão de 
arquivamento da assistência requerida ao defen-
sor público geral. Em caso de não interposição de 
recurso judicial ou administrativo, ficará o defensor 
dispensado desse dever.
07. (FCC/DPE/SP/Defensor/2009) Um cidadão pro-cura a Defensoria Pública do Estado visando 
à propositura de ação de indenização. Após atenta 
análise da situação apresentada, o Defensor Público 
não vislumbra qualquer viabilidade jurídica da pre-
tensão. Nesse caso, o Defensor Público deve:
a) ajuizar a ação, tendo em vista a indisponibili-
dade do direito à assistência jurídica gratuita.
b) negar o ajuizamento da ação, buscando a rati-
ficação de seu posicionamento pelo coordena-
dor da unidade à qual está vinculado.
c) negar o ajuizamento da ação, encaminhando 
o cidadão à Ouvidoria-Geral da Defensoria 
Pública.
d) negar o ajuizamento da ação, informando o 
cidadão sobre os motivos da decisão proferida 
e comunicando-os ao Defensor Público superior 
imediato.
e) ajuizar a ação, informando o cidadão sobre os 
riscos de eventual indeferimento judicial.
08. (FMP/DPE/RO/Defensor/2010) Segundo a Lei Complementar Federal n. 80/1994, qual das 
alternativas abaixo contempla função institucional 
não expressamente atribuída à Defensoria Pública?
a) Promover, prioritariamente, a solução extraju-
dicial dos litígios, visando à composição entre 
as pessoas em conflito de interesses, por meio 
de mediação, conciliação, arbitragem e demais 
técnicas de composição e administração de 
conflitos.
b) Exercer, mediante o recebimento dos autos com 
vista, a ampla defesa e o contraditório em favor 
de pessoas naturais e jurídicas, em processos 
administrativos e judiciais, perante todos os 
órgãos e em todas as instâncias, ordinárias ou 
extraordinárias, utilizando todas as medidas 
capazes de propiciar a adequada e efetiva 
defesa de seus interesses.
c) Zelar pela observância dos princípios constitu-
cionais relativos à seguridade social, à educa-
ção, à cultura e ao desporto.
d) Acompanhar inquérito policial, inclusive com a 
comunicação imediata da prisão em flagrante 
pela autoridade policial, quando o preso não 
constituir advogado.
e) Patrocinar ação penal privada e a subsidiária 
da pública.
46 LEoNArDo GArCiA E roBErVAL roCHA 
09. (Cespe/DP/DF/Defensor/2013) À DP, instituição essencial à função jurisdicional do Estado, 
incumbem a orientação jurídica e a defesa, em 
todos os graus, dos necessitados, o que inclui a 
prestação de assistência judicial e extrajudicial a 
pessoa física, mas somente assistência judicial a 
pessoa jurídica, conforme matéria sumulada pelo 
STJ.
10. (Cespe/DPE/BA/Defensor/2010) O exercício do cargo de defensor público é expressamente 
indelegável e privativo de membro da carreira.
11. (FCC/DPE/AM/Defensor/2013) O § 5º do artigo 4º da Lei Complementar Federal n. 80/94, ao 
estabelecer que a assistência jurídica integral e 
gratuita custeada ou fornecida pelo Estado será 
exercida pela Defensoria Pública, reconheceu:
a) o modelo público de assistência jurídica gra-
tuita, fundado na convivência entre defensores 
públicos e advogados dativos custeados pelo 
Estado.
b) o modelo misto de assistência jurídica gratuita, 
que assegura a atuação de organizações não 
governamentais, mediante o repasse de recur-
sos públicos.
c) a prevalência do modelo “judicare”, fundado 
na advocacia voluntária ou “pro bono”.
d) que o direito fundamental previsto no artigo 5º, 
LXXIV, da Constituição Federal deve ser instru-
mentalizado pela Defensoria Pública.
e) a titularidade do direito à assistência jurídica 
integral e gratuita à Defensoria Pública.
12. (Cespe/DPE/PI/Defensor/2009) Acerca da DP, seus órgãos de execução e suas atribuições 
institucionais, assinale a opção correta:
a) Em ação cível ajuizada pela DP, após regular 
tramitação do processo, foi proferida sentença 
que julgou parcialmente procedentes os pedi-
dos constantes na inicial. O assistido manifestou 
ao DP o desejo de recorrer da sentença, de 
modo a buscar a integral reparação do dano 
causado. Nessa situação, caso o DP entenda 
por não ofertar recurso, restará dispensado de 
comunicar tal entendimento ao DPG, em face da 
vitória parcial na demanda.
b) Um réu de elevado poder aquisitivo que res-
ponde a diversas ações penais por múltiplos 
delitos revogou os poderes outorgados aos 
advogados que o representavam nas referi-
das ações. Notificado para constituir outro 
advogado, permaneceu inerte, na tentativa de 
procrastinar o julgamento do feito. Nessa situa-
ção, caso a DP venha a atuar nesses processos, 
será uma atuação atípica, em favor de neces-
sitado jurídico que não será eximido de pagar 
os honorários devidos ao fundo de aparelha-
mento da DP e à capacitação profissional de 
seus membros e servidores.
c) Caso a autoridade policial necessite de elemen-
tos informativos, que não constituam materiali-
dade do delito, para a conclusão de um inqué-
rito policial, e saiba que esses se encontram nos 
arquivos da DPE, poderá requisitar a entrega 
das informações, ou mesmo apreendê-las no 
gabinete do DP, diretamente, sem necessidade 
de mandado judicial, por se tratar de órgão 
público.
d) Entre os princípios institucionais da DP, encon-
tra-se a independência funcional, que assegura 
ao DP o direito de dissentir das diretrizes admi-
nistrativas firmadas para a instituição pelo DPG 
e pelo Conselho Superior da DP e de não se 
submeter aos atos gerais e regulares de gestão 
administrativa.
e) Caso um DP venha a ser sancionado disciplinar-
mente, ele poderá requerer, no prazo deca-
dencial de dois anos, revisão do processo dis-
ciplinar, quando se aduzirem fatos novos ou 
circunstâncias suscetíveis de provar a inocência 
do apenado ou de justificar a imposição de 
pena mais branda. São legitimados a requerer 
processo revisional o próprio interessado ou, 
se falecido ou interdito, o seu cônjuge ou com-
panheiro, ascendente, descendente ou irmão.
13. (Cespe/DPE/PI/Defensor/2009) Em relação aos princípios e às atribuições institucionais da DP, 
assinale a opção correta:
a) Os DPs estaduais que atuam nas auditorias 
militares do estado possuem quadro próprio 
e estão submetidos à legislação especial, bem 
como vinculados diretamente ao TJ do estado.
b) O princípio do defensor natural assegura a vin-
culação do DP ao feito que lhe foi atribuído por 
livre e regular distribuição, ficando o mesmo 
ligado ao caso ainda que nas hipóteses de afas-
tamentos regulares, o que veda por completo a 
atuação de qualquer outro membro da institui-
ção, ainda que designado pelo DPG.
DEFENSoriA PÚBLiCA 47
c) O DP que durante estágio probatório não satis-
fizer as condições para aprovação, em face de 
perda sistemática de prazos, não compareci-
mento às audiências, falta de motivo justificado, 
aliado à baixa qualidade técnica dostrabalhos 
apresentados, pode ser exonerado, de pronto, 
pelo DPG, após autorização do Conselho Supe-
rior, sem necessidade de processo adminis-
trativo para tanto, uma vez que a exoneração 
decorre como efeito automático da não apro-
vação no estágio probatório.
d) Nos termos da lei complementar estadual do 
Piauí, a Defensoria Pública Itinerante (DPI) é 
órgão de atuação da DPE e tem como priori-
dade de atendimento as regiões com maio-
res índices de exclusão social e adensamento 
populacional. As matérias a serem atendidas 
pelo DPI serão de competência ampla, seja da 
justiça estadual ou federal. A atuação de DPs, 
por mais de um ano consecutivo, ou por dois 
anos alternados, é critério objetivo para pro-
moção por merecimento.
e) Em um plantão de atendimento inicial da DP, 
o DP plantonista constatou que o requerente 
da assistência prestou declarações falsas, bem 
como apresentou documentos falsificados para 
demonstrar sua hipossuficiência econômica. Ao 
solicitar esclarecimentos do requerente acerca 
do pedido de assistência e dos documentos, 
este desacatou o DP e os servidores. Nessa situ-
ação, o DP está autorizado a indeferir o pedido 
de assistência e legitimado a determinar extra-
ção de cópias dos documentos apresentados, 
remetendo-os ao MP, bem como a ordenar a 
prisão em flagrante do requerente.
14. (FCC/DPE/SP/Defensor/2012) Tramita no Supremo Tribunal Federal a Ação Direta de 
Inconstitucionalidade n. 3.943 interposta pela Asso-
ciação Nacional dos Membros do Ministério Público 
– Conamp, contestando a legitimidade da Defenso-
ria Pública para a propositura de Ação Civil Pública, 
sob a alegação, em linhas gerais, de que tal legitimi-
dade da Defensoria Pública "afeta diretamente" as 
atribuições do Ministério Público. De acordo com os 
diplomas normativos e a doutrina dominante que 
tratam do Direito Processual Coletivo:
a) a exclusão da Defensoria Pública do rol dos 
entes legitimados para a propositura da Ação 
Civil Pública, especialmente para a hipótese dos 
direitos difusos, notadamente no caso da pro-
teção do ambiente, segue o caminho da amplia-
ção do acesso à Justiça, encontrando suporte 
normativo na legislação processual coletiva e 
mesmo na Lei Fundamental de 1988.
b) no caso da tutela coletiva dos direitos funda-
mentais sociais, o ajuizamento de Ação Civil 
Pública pela Defensoria Pública implica sobre-
posição de atribuições com o Ministério Público, 
tomando por base ainda que os beneficiários 
de tais medidas não se enquadram no público 
alvo da Defensoria Pública e, por tal razão, não 
haveria como identificar a pertinência temática 
no caso.
c) a legitimidade da Defensoria Pública para a 
tutela coletiva de direitos difusos – como, por 
exemplo, a ordem urbanística, o direito aos 
serviços públicos essenciais de saúde e educa-
ção e o direito ao ambiente – está em perfeita 
sintonia com o art. 5º, II, e o rol exemplificativo 
de direitos coletivos em sentido amplo trazido 
pelo art. 1º, ambos da Lei n. 7.347/85.
d) a Ação Direta de Inconstitucionalidade deve 
ser julgada procedente, tendo em vista a con-
trariedade existente entre o art. 5º, II, da Lei n. 
7.347/85, e o art. 129, § 1º, da Constituição Fede-
ral de 1988, o qual confere ao Ministério Público 
exclusividade para a propositura de Ação Civil 
Pública.
e) a legitimidade da Defensoria Pública em maté-
ria de direitos difusos não pode ser admitida, 
mas tão somente em relação aos direitos indi-
viduais homogêneos, uma vez que não se faz 
possível a identificação dos beneficiários de 
uma Ação Civil Pública que tenha tal propósito.
15. (Cespe/DPE/BA/Defensor/2010) No âmbito da proteção do consumidor, a DP é compe-
tente para propor ação, visando compelir o poder 
público competente a proibir, em todo o território 
nacional, a produção, divulgação, distribuição ou 
venda de produto cujo uso ou consumo regular 
se revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à 
incolumidade pessoal, ou a determinar a alteração 
na composição, estrutura, fórmula ou acondiciona-
mento desse tipo de produto.
48 LEoNArDo GArCiA E roBErVAL roCHA 
GAB
01 02 03 04 05 06 07 08
C E C C C E D C
09 10 11 12 13 14 15
E C D B E C C
1.2. Da Organização, Da Estrutura
 À INFORMATIVOS DE JURISPRUDÊNCIA (STF)
Defensoria pública estadual e equiparação
◙ I. A EC 45/04 reforçou a autonomia funcional e 
administrativa às defensorias públicas estaduais, 
ao assegurar-lhes a iniciativa para a propositura de 
seus orçamentos (art. 134, § 2º). II. Qualquer medida 
normativa que suprima essa autonomia da Defen-
soria Pública, vinculando-a a outros Poderes, em 
especial ao Executivo, implicará violação à CF. ADI 
4056, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 7.3.12. Pleno. 
(Info 657)
Defensoria pública paulista e convênio obri-
gatório com a OAB-SP: inadmissibilidade
◙ A previsão de obrigatoriedade de celebração de 
convênio exclusivo e obrigatório entre a defenso-
ria pública do Estado de São Paulo e a seccional 
local da OAB – OAB-SP ofende a autonomia funcional, 
administrativa e financeira daquela. ADI 4163, rel. 
Min. Cezar Peluso, 29.2.12. Pleno. (Info 656)
Defensoria pública estadual e atuação no 
STJ
◙ O art. 106 da LC 80/94 – que organiza a Defensoria 
Pública da União, do Distrito Federal e dos Territó-
rios e prescreve normas gerais para sua organiza-
ção nos Estados, e dá outras providências – impede 
eventual tentativa de se conferir à DPU a exclusivi-
dade na atuação perante o STJ. HC 92399, rel. Min. 
Ayres Britto, 29.6.10. 1ª T. (Info 593)
Defensoria pública estadual e subordinação
◙ Por reputar caracterizada afronta ao disposto 
no § 2º do art. 134 da CF, incluído pela EC 45/04, 
o Plenário julgou procedente pedido formulado 
em ação direta, ajuizada pelo Procurador-Geral da 
República, para declarar a inconstitucionalidade da 
alínea h do I do art. 26 da Lei Delegada 112/07 e da 
expressão “e a Defensoria Pública” constante do 
art. 10 da Lei Delegada 117/07, ambas do Estado de 
Minas Gerais. Observou-se que, conquanto a Consti-
tuição garantisse a autonomia, os preceitos questio-
nados estabeleceriam subordinação da defensoria 
pública estadual ao Governador daquele ente fede-
rado, sendo, portanto, inconstitucionais. ADI 3965, 
rel. Min. Cármen Lúcia, 7.3.12. Pleno. (Info 657)
 À QUESTÕES OBJETIVAS
01. (FCC/DPE/AM/Defensor/2013) Ao estabelecer normas gerais sobre o Conselho Superior da 
Defensoria Pública Estadual, a Lei Complementar 
Federal n. 80/94 previu:
a) a competência do órgão para a fixação ou alte-
ração das atribuições dos órgãos de atuação da 
Defensoria Pública.
b) que a sua composição deve conter membros 
eleitos e natos, em proporção equivalente.
c) a publicidade de todas as suas sessões, cuja 
periodicidade será disciplinada por lei esta-
dual, com realização de ao menos uma sessão 
mensal.
d) a vedação à reeleição de seus membros eleitos.
e) a possibilidade de revisão pelo órgão do plano 
de atuação aprovado pelo Defensor Público 
Geral.
02. (Cespe/DPE/MA/Defensor/2011) Com referên-cia à corregedoria-geral das DPEs, assinale a 
opção correta:
a) À corregedoria-geral compete determinar o 
afastamento do DP que esteja sendo submetido 
a correição, sindicância ou processo administra-
tivo disciplinar.
b) À corregedoria-geral compete determinar a ins-
tauração de processo disciplinar contra mem-
bros da DPE e seus servidores.
c) O corregedor-geral pode ser destituído por 
proposta do DPG, pelo voto de dois terços dos 
membros do conselho superior, antes do tér-
mino do mandato.
d) O corregedor-geral é indicado entre os integran-
tes da carreira, em lista tríplice formada pelo 
conselho superior, e nomeado pelo governador 
do estado para mandato de dois anos, permi-
tida uma recondução.
e) Não se inclui entre as competências da corre-
gedoria-geral da DPE o acompanhamentodo 
estágio probatório dos respectivos membros.
03. (FCC/DPE/SP/Defensor/2012) A Lei Complemen-tar Federal n. 132/2009:
a) regulamentou a autonomia financeira da ins-
tituição, definindo percentual de participação 
nas custas judiciais.
DEFENSoriA PÚBLiCA 49
b) instituiu, como norma geral aplicável a todas as 
Unidades da Federação, a nomeação do Defen-
sor Público-Geral pelo chefe do Poder Executivo, 
dentre membros estáveis, escolhidos em lista 
tríplice formada pelo voto dos integrantes da 
carreira.
c) representou avanço para a Defensoria Pública 
pois, pela primeira vez, editou-se diploma legal 
de cunho nacional organizando a Defensoria 
Pública da União e do Distrito Federal e dos 
Territórios prescrevendo normas gerais para 
sua organização nos Estados.
d) significou retrocesso para a Defensoria Pública, 
uma vez que foi vetado o dispositivo que conce-
dia à instituição legitimidade para propor ação 
civil pública.
e) conferiu ao Defensor Público Geral a possibi-
lidade de enviar ao Poder Legislativo projeto 
de lei para criação e extinção dos cargos da 
instituição, bem como a fixação dos subsídios 
de seus membros.
04. (InstitutoCidades/DPE/GO/Defensor/2010) A Defensoria Pública da União tem por chefe:
a) o Defensor Público-Geral Federal, nomeado 
pelo Presidente da República, dentre membros 
estáveis da Carreira e maiores de 35 (trinta e 
cinco) anos, escolhidos em lista tríplice formada 
pelo voto direto, secreto, plurinominal e obriga-
tório de seus membros, após a aprovação de 
seu nome pela maioria absoluta dos membros 
do Senado Federal, para mandato de 2 (dois) 
anos, permitida uma recondução, precedida de 
nova aprovação do Senado Federal.
b) o Defensor Público-Geral Federal, nomeado pelo 
Presidente da República, dentre integrantes da 
carreira, maiores de 35 (trinta e cinco) anos, 
após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, 
para mandato de 2 (dois) anos, permitida uma 
recondução.
c) o Defensor Público-Geral Federal, nomeado pelo 
Presidente da República, dentre integrantes da 
carreira e maiores de 30 (trinta) anos, após a 
aprovação de seu nome pela maioria absoluta 
dos membros do Senado Federal, para man-
dato de 2 (dois) anos, permitida uma recondu-
ção, precedida de nova aprovação do Senado 
Federal.
d) o Defensor Público-Geral Federal, nomeado pelo 
Presidente da República, dentre integrantes da 
carreira, maiores de 30 (trinta) anos, após a 
aprovação de seu nome pela maioria absoluta 
dos membros do Senado Federal, para man-
dato de 2 (dois) anos, permitida a recondução.
e) o Defensor Público-Geral Federal, nomeado 
pelo Presidente da República dentre os Defen-
sores Públicos da categoria mais elevada, maio-
res de 35 (trinta e cinco) anos, escolhidos pelos 
integrantes da carreira, em escrutínio direto e 
secreto e dispostos em lista tríplice pela ordem 
decrescente de votação, para um mandato de 2 
(dois) anos, permitida uma recondução.
05. (Cespe/DPE/PI/Defensor/2009) Em relação às funções institucionais da DP, com lastro em leis 
complementares, assinale a opção correta:
a) A legitimação da DP para promover ação civil 
para reparação de danos, ocorre somente 
nos casos de tutela dos direitos individuais, 
demonstrado, de plano com a petição inicial, o 
prejuízo sofrido.
b) A atuação da DP na preservação e reparação 
dos direitos de pessoas vítimas de discrimina-
ção ou qualquer outra forma de opressão ou 
violência ocorre somente na ação de execução 
civil “ex delicto”.
c) Na esfera federal, a parte passiva de uma pos-
sível demanda judicial patrocinada pela DPU 
deve ser, necessariamente, um ente público e, 
desse modo, é vedado constar particular no 
polo passivo de demandas.
d) A legislação complementar federal, ao discipli-
nar as incumbências dos DPs federais, encam-
pou o entendimento do imperativo de atua-
ção em favor dos necessitados econômicos ou 
jurídicos. Entre as atribuições de orientação e 
postulação, a legislação complementar federal 
prevê que incumbe ao DP, especialmente, tentar 
conciliar as partes envolvidas antes de promo-
ver a ação cabível e defender os acusados em 
processo disciplinar.
e) A lei complementar federal preceitua expres-
samente que, existindo conflito de atribuições 
entre membros da Defensoria Pública Federal 
e da Defensoria Pública do Distrito Federal e 
dos Territórios, o DPG federal deve solucioná-lo, 
cabendo, contra a solução dada, recurso para o 
Conselho Superior.
50 LEoNArDo GArCiA E roBErVAL roCHA 
06. (FCC/DPE/SP/Defensor/2013) Considere a hipótese de a gratuidade judiciária ter sido 
negada por autoridade judicial, sob o argumento 
de que o requerente não preenche os requisitos 
legais. Nesse contexto, a decisão judicial:
a) não fere a autonomia funcional da Defensoria 
Pública, porque a negativa judicial de gratui-
dade judiciária possui caráter facultativo em 
relação à Defensoria.
b) fere a autonomia administrativa da Defensoria 
Pública, pois não compete à autoridade judicial 
modificar critérios de avaliação financeira da 
Defensoria Pública.
c) fere a autonomia funcional da Defensoria 
Pública, pois não compete à autoridade judicial 
rever atos da Defensoria Pública no exercício 
da atividade-fim em matéria de assistência jurí-
dica.
d) fere a autonomia administrativa da Defensoria 
Pública, pois não compete à autoridade judicial 
interferir na gestão de despesas da Defensoria 
Pública.
e) não fere a autonomia administrativa da Defen-
soria Pública, porque compete à autoridade 
judicial apreciar o pedido de gratuidade judici-
ária.
07. (Fumarc/DPE/MG/Defensor/2009) O Defensor Público-Geral da União, o Defensor Público-
-Geral do Distrito Federal e Territórios e o Defensor 
Público-Geral do Estado, serão nomeados, respec-
tivamente:
a) pelo Presidente da República, após seu nome 
ser aprovado pelo Senado Federal; pelo Gover-
nador, após aprovação pela Câmara Legislativa; 
e pelo Governador do Estado, após a aprova-
ção do nome pela Assembleia Legislativa Esta-
dual.
b) pelo Presidente da República, após aprovação 
de seu nome pela maioria absoluta dos mem-
bros do Senado Federal; pela Câmara Legisla-
tiva; e pela Assembleia Legislativa Estadual.
c) pelo Presidente da República; pelo Presidente 
da República; pelo Governador do Estado, após 
elaboração de lista tríplice pelos respectivos 
Conselhos Superiores.
d) pelo Presidente da República, após a aprova-
ção de seu nome pela maioria absoluta dos 
membros do Senado; pelo Presidente da Repú-
blica; e pelo Governador do Estado, sendo este 
escolhido em lista tríplice.
e) pelo Presidente da República, após aprovação 
de seu nome pelo Senado Federal; pelo Presi-
dente da República, mediante lista tríplice; pelo 
Governador, mediante lista tríplice.
08. (Cespe/DPE/ES/Defensor/2009) A autonomia funcional e administrativa e a iniciativa da 
própria proposta orçamentária dentro dos limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias 
são asseguradas às defensorias públicas estaduais 
e afiançam a legitimidade destas para iniciativa 
de projeto de lei para criação e extinção de seus 
cargos e serviços auxiliares, política remuneratória 
e plano de carreira.
09. (FCC/DPE/SP/Defensor/2010) De acordo com a legislação vigente, são reflexos da autonomia 
funcional e administrativa da Defensoria Pública do 
Estado a possibilidade de:
a) abrir concursos públicos, prover seus cargos e 
elaborar suas folhas de pagamento.
b) abrir concursos públicos e ampliar seus cargos.
c) praticar atos próprios de gestão, submetendo-
-os à fiscalização do Tribunal de Contas da 
União.
d) compor os seus órgãos de administração supe-
rior e de atuação, definindo a respectiva retri-
buição pecuniária.
e) elaboração da própria proposta orçamentária, 
encaminhando-a ao Poder Legislativo Estadual.10. (FCC/DPE/SP/Defensor/2012) Considere as afirmações abaixo, com base na Lei Orgânica 
Nacional da Defensoria Pública:
I. A composição do Conselho Superior da Defen-
soria Pública do Estado deve incluir, obrigatoria-
mente, o Defensor Público-Geral, o Subdefensor 
Público-Geral, o Corregedor Geral e o Ouvidor 
Geral, como membros natos, e, em sua maio-
ria, representantes estáveis da carreira, como 
membros eleitos.
II. O instrumento de transação, mediação ou con-
ciliação referendado pelo Defensor Público 
valerá como título executivo extrajudicial.
III. Cabe à Defensoria Pública do Estado elaborar 
suas folhas de pagamento e expedir os compe-
tentes demonstrativos.
IV. Constitui prerrogativa dos membros da Defen-
soria Pública, dentre outras, comunicar-se, pes-
soal e reservadamente com seus assistidos, 
ainda quando estes se acharem presos ou deti-
dos, mesmo incomunicáveis.
 Está correto o que se afirma em:
a) I e III, apenas.

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