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EMBRIOLOGIA DO URINÁRIO

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EMBRIOLOGIA DO URINÁRIO 
A origem embrionária do sistema urinário é oriunda de uma área do mesoderma intra embrionário intermediário. Ele tem uma estreita relação com o sistema genital, que também vem dessa área, mas o urinário vem um pouco antes. 
A área do mesoderma intermediário está envolvida na formação do rim. A medida que vai fechando através do pregueamento lateral, o mesoderma intermediário ele vai se localizar na parede dorsal do embrião. O mesoderma se desloca medialmente bilateralmente mas continua na parede posterior do embrião.
No embrião fechado ele vai se localizar bilateralmente na parede dorsal do embrião formando uma projeção em crista chamada crista urogenital de cada lado da raiz do mesentério. O revestimento da crista é do mesoderma lateral somático que vai formar o epitélio celomático/celômico. A transformação do mesoderma lateral somático para epitélio celômico se dá quando o epitélio pavimentoso (mesoderma) se transforma em epitélio cubico (celômico).
Essa crista é dorsal e tem como componentes: 
Mesonéfron – medial – é uma massa mesodérmica que vai fazer parte do rim intermediário - funciona transitoriamente antes do rim definitivo exercer sua função – corre bilateralmente desde a região cervical até a lombossacra 
Ducto mesonéfrico (de Wolf) – lateral - derivado do mesonéfron – só se desenvolve em sexo masculino.
A massa mesodérmica, o mesonéfron, é dividida em 3 pares de rins embrionários:
Superior, intermediaria e lombossacral. TUDO BILATERAL
A superior é chamada de pró nefron que é uma massa que já nasce segmentando em blocos mesodérmicos na área cervical baixa, é segmentada e vai formando grupos células de unidades excretoras. Só que são vestigiais em humanos, NÃO FUNCIONAIS. É formado, mas logo degenera.
Mesonéfron – é toraco lombar e extenso – aparece junto com o prónefron (4/5 sem) e vai funcionar até a 12 semana – no início não é segmentado, mas depois se segmenta e vai formar unidade excretora e nesse caso vai formar a partir da junção das unidades excretoras, o derivado importante que é o ducto mesonéfrico (de Wolf). Forma os néfrons primitivos que vão funcionar até a 12 semana. 
Metanéfron – lombossacral - Primórdio do rim permanente – não segmentado – se torna funcional a partir de 14 semanas, formando urina fetal que contribui para o volume total do líquido amniótico - apresenta 2 partes:
AS DUAS PARTES TÊM INDUÇÃO RECÍPROCA: primeiro o blastema se aproxima do ducto de Wolf e induz ele a formar o broto uretérico. Depois esse broto vai crescer e à medida que cresce o rim vai ascendendo da pelve para o abdômen e o terminal do broto é túbulo coletor. E esses túbulos vão induzir essa massa mesodérmica a formar nefron, então nós temos duas partes: blastema induz o Wolf produz o broto. O broto termina seu desenvolvimento básico e induz a massa a formar néfrons. 
Blastema metanefrogênico/metanéfrico/massa metanéfrica 
Broto uretérico/ureteral/ducto metanéfrico: 
Se não houver a indução do Wolf para formação do broto, ou houver pouca indução, vai acontecer a agenesia renal. Se induzir de forma que não seja o suficiente, o broto se ramifica, mas a indução é deficiente e vai ter hipoplasia renal por conta do subdesenvolvimento.
DESENVOLVIMENTO DO BROTO E DO BLASTEMA
Na 1 indução da massa sob o Wolf sobre o próprio broto, o divertículo metanéfrico/broto uretérico vai formar a pelve renal e os cálices maiores do rim. 
Na 2 indução tem a formação dos cálices menores. Os túbulos coletores vão induzir áreas da massa metanéfrica até néfron. Passa por fase de capuz, vesícula, túbulo, néfron primitivo e néfron funcional. Tem que ter a fusão do néfron primitivo com os túbulos coletores, se não o néfron desaparece e o coletor também. Até 8 meses de gestação, milhões de néfron são formados e alguns vão para a superfície marcando o lobo renal, que só está presente em crianças, até 6-7 anos. Nos adultos, o rim não é multilobado e sim de superfície lisa. Com o aumento do tecido conjuntivo renal e depois da diferenciação terminal dos néfrons, as superfícies ficam lisas. 
Na 3 indução tem a ramificação dos milhares de túbulos coletores. O número de primórdios é sempre maior que no final das contas. 
VIAS URINÁRIAS
São divididas em: sistema coletor, túbulo coletor, sistema calicial pélvico e ureter. 
O sistema coletor é originado do broto uretérico.
O órgão de armazenamento e o órgão de eliminação saem de uma área da cloaca chamada de seio urogenital. 
A cloaca é dividida pelo septo urorretal em duas áreas: uma posterior que vai se desenvolver em digestivo e uma área anterior que é o seio urogenital.
Esse seio urogenital tem uma porção cranial, uma pélvica e uma porção fálica que só se desenvolve em embrião do sexo masculino. 
Porção cranial = vesical
DERIVADOS DO SEIO UROGENITAL
A porção cranial/vesical vai originar o URACO e a bexiga. O URACO é a prega umbilical mediana, que vai dar um dos ligamentos suspensores da bexiga.
A porção pélvica vai originar toda uretra feminina e uma pequena parte da uretra masculina (prostática/membranosa)
A porção fálica vai originar o resto da uretra masculina que é a esponjosa. Por isso, só se desenvolve em embriões do sexo masculino.
Na clínica, a porção pélvica é chamada de uretra posterior e a porção fálica é chamada de uretra anterior. 
A septação da cloaca se difere nos dois sexos: no homem tem 3 porções (cranial, pélvica e fálica) e na mulher tem 2 porções (cranial e pélvica).
A área pélvica no embrião feminino é subdivida para formar: a uretra que é anterior e a vagina que é posterior. 
O epitélio é do endoderma do seio urogenital, só que ao redor tem o mesoderma visceral. Esse mesoderma vai estruturas paredes, tecido conjuntivo, vaso, músculo. 
A bexiga em recém-nascido e em criança se situa na parte baixa do abdômen. Se torna pélvico apenas na puberdade.
Os ligamentos suspensores podem com a idade ficar flácidos, com menos colágeno e mais alongado. Dessa forma, a bexiga começa a cair. Isso ocorre principalmente em mulheres que retiram útero. Para evitar isso, é necessário que faça exercícios para fortalecer o assoalho pélvico.
Na área dorsal, a bexiga tem uma área triangular especializada que forma o trígono vesical. A incorporação do ducto de Wolf junto com o broto uretérico ocorre dorsolateralmente até a fusão mediana. Essa área mediana comum é o trígono vesical. Os óstios estão nos vértices do trígono vesical. Então: o que é o trígono vesical do ponto de vista da embriologia? Ele é formado pela incorporação dos dois ductos de Wolf e dos brotos ureterais à parede vesical. Na histologia, a gente vê que a área do trígono vesical tem uma mucosa com camada interna lisa, aderida a camada muscular. Isso é para manter o curso oblíquo dos ureteres. Se eles entrassem com outra angulação, poderia a levar o refluxo vesicoureteral. Esse refluxo pode levar à infecção urinária.
À medida que vai evoluindo o broto uretérico, vai acontecendo a subida renal. Na 6 semana, os rins são pélvicos e até a 15 semana se tornam abdominais, caracterizando a ascensão renal. A região pielocalicial é ventral e tem que rodar medialmente. Ou seja, acontece uma rotação medial do hilo. Caso não rode medialmente, gera malformação. 
Tem dois mecanismos de subida: o crescimento ativo do ureter para dar a parte alta do coletor, que é pelve, cálice e coletores. E o crescimento passivo do polo caudal. A cauda regride, o cordão umbilical fica mais fino, o membro se desenvolve, e essas mudanças fazem com que o rim se localize mais superiormente. Quando o rim sobe, ocorre mudança do padrão vascular. 
MAL FORMAÇÕES
Anomalia de forma – rim em ferradura pois são unidos pelo polo inferior; trabalham como uma massa única; podem ser assintomáticos; podem apresentar infecção urinária de repetição por conta da obstrução do ureter por cálculo. Esses cálculos ocorrem porque o fluxo de saída da urina se torna menor e por isso acumula maior sais de cálcio levando a formação do cálculo renal. Os rins ectópicos – localizados no hipogástrio; mecanismo embrionário:anomalia da artéria mesentérica inferior que faz um bloqueio vascular e impede a ascensão renal. Pode ocorrer que haja união pelo polo superior. 
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