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AO JUIZO DE DIREITO DA _______ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITABUNA/BA. JOANA, Brasileira, Solteira, Técnica em Contabilidade, portadora da cédula de identidade nº xxx , expedida pelo órgão xxx, inscrita no CPF/MF sob o nº xxx, residente e domiciliada no endereço xxx, endereço eletrônico xxx. Vem por meio de seu Advogado, com Endereço Profissional xxx, à presença de Vossa Excelência propor : AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO Em face de JOAQUIM, Brasileiro, morador de Itabuna, Bahia B/A, pelo Rito Comum, pelos Fatos e Fundamentos, abaixo expostos. I- FATOS E FUNDAMENTOS: A autora recebeu a notícia que seu filho havia sido preso ilegalmente e encaminhado ao presídio , no mesmo dia a autora procurou um advogado criminalista que estipulou o valor de R$ 20.000,00 por seus honorários, valor que a autora não dispunha. O réu, seu vizinho, visando vantagem patrimonial para sí, ciente da situação desesperadora da autora por ocasião da prisão de seu filho, ofereceu-se para comprar o automóvel de propriedade da autora, pelo valor de R$ 20.000,00 para que a mesma pudesse contratar um advogado. Porém, o valor de mercado do automóvel era de R$ 50.000,00, entretanto, mediante a situação em que se encontrava , a autora resolveu celebrar o negócio jurídico. Após a celebração do negócio jurídico, o réu foi procurado pela autora , que solicitou o desfazimento do negócio jurídico. O réu, mesmo ciente da situação vivida pela autora, se recusou a anulação do negócio jurídico. II- DO DIREITO Segundo o art. 104, CC, o negócio jurídico para ser válido necessita que o agente seja capaz, o objeto do negócio seja lícito, possível, determinado ou determinável e sua forma seja prescrita ou não defesa em lei. Sendo assim, Joana que no momento da celebração do negócio estava sob forte emoção, teve sua capacidade afetada, não sabendo exteriorizar sua vontade de maneira sensata e efetuando um negócio oneroso. Assim, segundo dispõe o art. 157,CC, configura-se lesão quando, em estado de necessidade, a pessoa acaba firmando um contrato totalmente desproporcional. Porém, Joana que estava desesperada, pois seu filho se encontrava preso ilegalmente e ela sem condições financeiras para custear o advogado, aceitou a proposta desproporcional de Joaquim, vendendo a ele seu automóvel abaixo do preço de mercado, todavia, Joaquim estava ciente de toda a situação vivida por Joana, configurando-se assim o instituto da lesão. Por fim, conforme o art. 171,II, CC, são anuláveis os negócios jurídicos quando há vícios de consentimento , pois provocam uma manifestação de vontade contrária ao verdadeiro íntimo querer da pessoa, sendo a lesão um vício de consentimento e dado o momento em que Joana vivia , quando Joaquim ofereceu-se para comprar o automóvel , Joana submeteu- se a um negócio jurídico desproporcional e excessivamente oneroso. III- DO PEDIDO POR TODO EXPOSTO REQUER: A) A citação / intimação da Parte Ré para integrar a relação processual e comparecer a Audiência de Conciliação/Mediação, onde não sendo obtido o acordo , sob pena de revelia, terá início a contagem do prazo para apresentação de resposta, B) A procedência do pedido com a Anulação do Negócio Jurídico e, C) A Condenação da parte Ré ao Ônus Sucumbenciais. IV- PROVAS REQUER A PRODUÇÃO DE TODOS OS MEIOS DE PROVAS EM DIREITOS ADMITIDOS. V- VALOR DA CAUSA DÁ A CAUSA O VALOR DE R$ 20.000,00 ( vinte mil reais). VI- Audiência de Conciliação/Mediação A parte autora manifesta o interesse na realização da Audiência. Pede Deferimento Itabuna,_______Data________ ___________________________________________ Nome do Advogado OAB xxx Nº xxx