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Karl Marx (resumo)

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Karl Marx tornou-se mundialmente conhecido por sua crítica ao sistema capitalista existente, e pelas teorias marxistas que o sucederam. O ideal comunista de república do trabalho do nosso autor, era o de uma sociedade em que a divisão do trabalho fosse igualitária. Nesse sentido, a concepção de realização da utopia de uma sociedade do trabalho.
Base e superestrutura na crítica da economia política
Os economistas políticos Adam Smith e David Ricardo, trouxeram uma análise em que a economia política é baseada no direito racional, em que o trabalho social seria regido por leis autônomas. O contrato social estabelecido entre pessoas consideradas livres e iguais, foram substituídos pelo sistema de troca de mercadorias e pelo trabalho, ou seja, pelo modo de produção da vida material em seu conjunto. 
Para Marx, tal substituição submete os homens a um processo anônimo de socialização, isso significa, que os indivíduos não teriam uma atividade autônoma na sociedade civil, os indivíduos só poderiam agir de forma heterônoma. Marx descobrirá, portanto, que o processo anônimo de socialização é, na verdade, um processo de subordinação as leis, que regem o modo de produção da vida material.
Precisamos entender apenas, a base material e superestrutura jurídica e política: 
A economia política assumia uma suposta organização normativa, que embora não pudesse ser fundamentada no direito racional, estaria fundamentada na economia de mercado, por serem proprietários nas relações de apropriação de mercadorias, reconhecemos os indivíduos como pessoas portadoras de direitos, atribuindo-lhe igualdade e liberdade de realizar seus próprios interesses em relação ao bem trocado e ao seu próprio trabalho empregado na produção.
Contrariamente, a anatomia da sociedade civil, diante das concepções dos princípios burgueses, desmascara a organização da sociedade moderna. Efeito que se encontra explicitado na relação entre base e superestrutura. Na relação de troca, propomos uma reciprocidade igualitária no processo de troca, entretanto, a economia de mercado formou uma sociedade de classes, caracterizada pelos que possuem propriedades e controlam a produção, e os que com o seu trabalho vendem sua força para sobreviver e sustentam a riqueza dos capitalistas.
Marx teria reconhecido que a sociedade civil estaria cada vez mais estruturada a produzir formas cada vez mais drásticas de desigualdade social. Ele denuncia o sistema econômico capitalista por fundar todo o conjunto de leis em torno do trabalho assalariado. A base material da superestrutura faz com que praticamente todos os modos de atividade não econômica (política, direito, cultura, religião, etc), sejam entendidos como reflexos das relações de produção. A estrutura da sociedade civil revela o poder do sistema em seu entorno.
 O Estado como dominação burguesa
O próprio Estado surge da necessidade de organizar e integrar a sociedade, todas as instituições políticas estariam comprometidas a manutenção do sistema capitalista. A medida em que os progressos da moderna indústria ampliavam o antagonismo de classe entre capital e o trabalho, segundo Marx, o poder do Estado foi adquirindo cada vez mais força sobre capital e trabalho, organizando uma escravidão social.
O Estado administra os negócios da classe burguesa, para a continuidade da produção capitalista. O Estado seria a organização que a classe burguesa assume para garantir sua propriedade e seus próprios interesses. Todas as lutas no interior do Estado, a luta entre democracia, aristocracia e monarquia, a luta do direito ao voto, etc, são ilusórias, ilusórias porque as instituições políticas e as leis do Estado sempre vão apoiar a autovalorização do capital. A própria democracia é ilusória, pois o interesse universal se encontra independente. 
Essa crítica de Marx ao Estado, se dirige a ideia de que todos os indivíduos são iguais, a própria democracia republicana se contradiz, quando diz que atende ao interesse do povo, mas atende apenas ao interesse da classe dominante. De forma alguma, o Estado poderia ser um órgão de reconciliação dos conflitos de classe, pois ainda permanece uma forma ideológica de dominação.
 Crítica da ideologia
A crítica da ideologia de Marx, é compreender e decifrar as formas de dominação, a crítica da ideologia precisa desmascarar a dominação ideológica como uma ilusão socialmente necessária, isto é, decifrar os pretensos dados sociais, esclarecer como a dominação ideológica é verdadeira e falsa, fundado na constituição da realidade.
O intuito de Marx é explicitar a base das ideologias, a ligação do Estado e do direito com as formas de propriedade e de interesses de classes que compõem as relações de produção. Assim, a crítica da ideologia revela a prática das relações sociais reais que fundam o poder espiritual e ideológico da época. As ideias dominantes são as expressões ideais das relações materiais dominantes. No período de dominação da burguesia, por exemplo, imperava as ideias de liberdade, igualdade e propriedade. A crítica da ideologia permite analisar o processo histórico. Para Marx, é falso afirmar que os princípios da liberdade e igualdade se encontram realizadas. 
 O ideal emancipatório de uma associação de homens livres
As formas políticas que a sociedade burguesa em uma sociedade comunista, a verdadeira democracia seria estabelecida das relações sociais entre capital e trabalho. A emancipação não pode ocorrer da superestrutura, para Marx, apenas a transformação revolucionária da base material, o próprio âmbito do trabalho e do desenvolvimento das forças produtivas, poderia levar a emancipação. Segundo Marx, a superação das condições de opressão do proletariado sobre o trabalho heterônomo, teria de levar em direção a utopia de uma sociedade do trabalho autônoma. Marx define a autonomia como a forma de apropriar-se da produção e reprodução material. 
A verdadeira democracia teria de se libertar do trabalho heterônomo, e possibilitar a comunidade a condição material de um novo trabalho justo. Marx abre mão das mediações jurídico-políticas como forma de organização da liberdade e igualdade. O conceito de liberdade ficaria apenas na libertação dos fetiches do capital.
Os ideais do Estado de direito e da democracia fugiriam do conceito burguês de democracia, e a sociedade comunista seria a única forma de realização da verdadeira democracia. Na fase superior da sociedade comunista, quando houver desaparecido a subordinação escravizadora dos indivíduos, quando o trabalho não for somente um meio de vida, mas a primeira necessidade vital, quando o desenvolvimento dos indivíduos em todos os aspectos, e crescerem também as forças produtivas, e ultrapassar o horizonte do direito burguês, então as sociedades poderão inscrever em suas bandeiras: De cada qual, segundo sua capacidade; a cada qual, segundo suas necessidades. Isso significaria que o princípio normativo seria atender a todas as necessidades de uma sociedade transformada. A liberdade e a igualdade seria assegurada, o trabalho seria autônomo e base da vida e da riqueza social.
No período de transição da sociedade capitalista para a comunista, medeia a ditadura revolucionária do proletariado. Caberia ao Estado uma função apenas instrumental, pois nas condições futuras, não haveria as relações político-jurídicas burguesas. Neste primeiro estágio do comunismo, o poder do Estado seria para a organização da produção, a distribuição e etc, o Estado imporia trabalho a todos. A superestrutura seria dissolvida das relações socioeconômicas, em nome de um interesse geral, o nexo de solidariedade seria suficiente para a integração social.
Conclusão
De acordo com a interpretação crítica de Marx sobre o direito e a democracia, as instituições da sociedade civil refletem o jogo de forças. A crítica formulada por Marx, explicita também o ponto de vista de seu ideal emancipatório segundo a reapropriação coletiva das forças produtivas por uma associação de trabalhadores plenamente livres. A teoria de Marx apontou para a necessidadede ampliação do conceito político.

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