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Interações com fármacos que atuam no sistema nervoso central (snc)

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23/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/8
Interações com fármacos que atuam
no sistema nervoso central (snc)
OS FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) ENCONTRAM UMA AMPLA
UTILIZAÇÃO NA CLÍNICA. TENDO ISSO EM MENTE, ESTA AULA APRESENTARÁ UMA VISÃO GERAL DOS
PRINCIPAIS GRUPOS DE FÁRMACOS, DESTACANDO SEUS MECANISMOS DE AÇÃO E, PRINCIPALMENTE,
POSSÍVEIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ENVOLVENDO ESSES FÁRMACOS.
Antiparkinsonianos: O parkinsonismo (doença ou mal de Parkinson) é um distúrbio neurológico progressivo
do movimento muscular caracterizado por tremores, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão em iniciar e
continuar os movimentos voluntários) e anomalias de postura e marcha, resultante de um desequilíbrio
entre as neurotransmissões dopaminérgica (pela dopamina) e colinérgica (pela acetilcolina).
A tabela a seguir mostra os principais antiparkinsonianos, seus mecanismos de ação e prováveis interações
medicamentosas.
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Interações medicamentosas: A vitamina B6 (piridoxina) aumenta o metabolismo periférico da levodopa e
diminui sua eficácia. A administração concomitante de levodopa e de inibidores da monoaminoxidase
(fenelzina, por exemplo) pode provocar crise hipertensiva devido ao aumento de catecolaminas. São contra-
indicados os fármacos antipsicóticos para pacientes com mal de Parkinson porque inibem receptores
dopaminérgicos e exarcebam os sintomas da doença.
Ansiolíticos e hipnóticos: A ansiedade é um desagradável estado de tensão, apreensão ou inquietude que
parece originar-se de uma fonte desconhecida. Embora episódios de ansiedade moderada sejam comuns ao
cotidiano e não careçam de tratamento, os sintomas de ansiedade debilitante crônica grave podem ser
tratados com fármacos ansiolíticos (tranquilizantes menores).
Como todos esses fármacos provocam certa sedação, os mesmos são clinicamente úteis como agentes
duplos, ansiolíticos e hipnóticos (indutores do sono). Os principais representantes são:
Benzodiazepínicos – Podem ser ansiolíticos (alprazolam, clordiazepóxido, clonazepam, clorazepato,
diazepam, bromazepam e lorazepam) ou hipnóticos (quazepam, midazolam, estazolam, flurazepam,
temazepam e triazolam); atuam se ligando a sítios específicos nos receptores gabaérgicos e aumentando a
afinidade dos mesmos pelo GABA (ácido gama-aminobutírico). O efeito é um aumento na neutransmissão
gabaérgica e depressão do SNC.
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Antagonistas benzodiazepínicos (flumazenil) – São antagonistas de receptores gabaérgicos utilizados para
reverter os efeitos dos benzodiazepínicos de longa duração de ação. O principal representante é o
flumazenil e está disponível apenas para administração intravenosa.
Barbituratos (aminobarbital, fenobarbital, pentobarbital, secobarbital e tiopental) – Acredita-se que tais
substâncias interferem no transporte de sódio e potássio através dos neurônios, inibindo a atividade do
SNC; também potencializam a ação do GABA.
Sedativos não-barbitúricos – Hidrato de cloral, anti-histamínicos (defenidramina e doxilamina, por
exemplo) e etanol.
Outros – Zolpidem (atua em receptores para benzodiazepínicos), buspirona (atua tanto em receptores para
serotonina quanto para dopamina) e hidroxizina (anti-histamínico).
Interações medicamentosas: Os benzodiazepínicos potencializam os efeitos do álcool e de outros
depressores do SNC. Entretanto, são consideravelmente menos perigosos do que outros fármacos
ansiolíticos e hipnóticos (uma sobredose raramente chega a ser fatal a menos que outros depressores sejam
usados concomitantemente).
Os barbituratos induzem as enzimas microssômicas do sistema do citocromo P-450 no fígado e, dessa
forma, aumentam o metabolismo hepático de muitos medicamentos, diminuindo seus efeitos.
Estimulantes do SNC: Nesse grupo, há dois tipos de fármacos que atuam primariamente estimulando o SNC
– os estimulantes psicomotores e os psicotomiméticos ou alucinógenos (tabela abaixo). Enquanto os
primeiros provocam excitação e euforia, diminuem a sensação de fadiga e aumentam a atividade motora, os
últimos promovem profundas alterações nos padrões de pensamento e comportamento. Embora os
estimulantes do SNC apresentem poucos usos clínicos, são discutidos aqui por causa de sua importância em
toxicologia.
Antagonistas benzodiazepínicos (flumazenil) – São antagonistas de receptores gabaérgicos utilizados para
reverter os efeitos dos benzodiazepínicos de longa duração de ação. O principal representante é o
flumazenil e está disponível apenas para administração intravenosa.
Barbituratos (aminobarbital, fenobarbital, pentobarbital, secobarbital e tiopental) – Acredita-se que tais
substâncias interferem no transporte de sódio e potássio através dos neurônios, inibindo a atividade do
SNC; também potencializam a ação do GABA.
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Sedativos não-barbitúricos – Hidrato de cloral, anti-histamínicos (defenidramina e doxilamina, por
exemplo) e etanol.
Outros – Zolpidem (atua em receptores para benzodiazepínicos), buspirona (atua tanto em receptores para
serotonina quanto para dopamina) e hidroxizina (anti-histamínico).
Interações medicamentosas: Os benzodiazepínicos potencializam os efeitos do álcool e de outros
depressores do SNC. Entretanto, são consideravelmente menos perigosos do que outros fármacos
ansiolíticos e hipnóticos (uma sobredose raramente chega a ser fatal a menos que outros depressores sejam
usados concomitantemente).
Os barbituratos induzem as enzimas microssômicas do sistema do citocromo P-450 no fígado e, dessa
forma, aumentam o metabolismo hepático de muitos medicamentos, diminuindo seus efeitos.
Estimulantes do SNC: Nesse grupo, há dois tipos de fármacos que atuam primariamente estimulando o SNC
– os estimulantes psicomotores e os psicotomiméticos ou alucinógenos (tabela abaixo). Enquanto os
primeiros provocam excitação e euforia, diminuem a sensação de fadiga e aumentam a atividade motora, os
últimos promovem profundas alterações nos padrões de pensamento e comportamento. Embora os
estimulantes do SNC apresentem poucos usos clínicos, são discutidos aqui por causa de sua importância em
toxicologia.
As anfetaminas inibem a monoaminoxidase e aumentam a liberação de catecolaminas, resultando em
elevação dos níveis desses neurotransmissores na fenda sináptica.
As xantinas atuam por meio de aumentos nos níveis intracelulares de adenosina monofosfato cíclico
(AMPc) e guanosina monofosfato cíclico (GMPc) devido à inibição de fosfodiesterases. Também inibem
receptores de adenosina do SNC.
A cocaína bloqueia a recaptação de noradrenalina, serotonina e dopamina nas terminações pré-sinápticas.
Esse bloqueio potencializa os efeitos periféricos e no SNC desses neurotransmissores.
O metilfenidato é um derivado anfetamínico e atua basicamente da mesma forma que as anfetaminas. É
utilizado no tratamento da síndrome de déficit de atenção.
A nicotina promove estímulo ganglionar em doses baixas e bloqueio, em doses altas. Também atua em
receptores específicos no SNC.
O LSD é um agonista de receptores de serotonina.
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O PCP, assim como a cocaína, inibe a recaptação de dopamina, serotonina e noradrenalina e é um
anticolinérgico.
O THC é o principal alcalóide encontrado na maconha. Embora existam receptores para o THC no SNC, seu
mecanismo de ação é desconhecido.
Interações medicamentosas: Em razão de seus efeitos cardiovasculares (palpitações, arritmias,
hipertensão,dor anginosa e colapso circulatório), as anfetaminas não devem ser utilizadas em pacientes
com problemas cardíacos ou que fazem uso de inibidores da monoaminoxidase (exarcebação dos sintomas).
O haloperidol e outros neurolépticos podem bloquear a ação alucinatória do LSD.
Antidepressivos: são fármacos utilizados no tratamento das diferentes formas de depressão. São
classificados, especialmente, em quatro grupos: antidepressivos tricíclicos (ADTs) (inibem a recaptação de
noradrenalina e serotonina), inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), inibidores da
monoaminooxidase (iMAO) e fármacos utilizados no tratamento da mania.
Interações medicamentosas
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ADTs: Aspirina e fenilbutazona aumentam os efeitos dos ADTs porque diminuem sua ligação à albumina
plasmática, aumentando sua disponibilidade no SNC; neuroléticos e alguns esteróides diminuem o
metabolismo hepático dos ADTs e aumentam seus efeitos; os ADTs potencializam os efeitos do álcool,
podendo provocar sedação tóxica e depressão respiratória fatal; o uso concomitante de ADTs e iMAO pode
provocar potencialização mútua, caracterizada por hipertensão, hiperpirexia, convulsões e coma.
ISRSs: Não devem ser utilizados com os iMAO devido ao risco letal de "síndrome da serotonina",
caracterizada por tremores, hipertensão e colapso cardiovascular. Requeremse períodos de seis semanas
para que o outro fármaco possa ser administrado.
iMAO: Seu uso concomitante com tiramina (presente em queijos maturados, fígado de galinha, cerveja e
vinho tinto) provoca liberação de grande quantidade de catecolaminas, causando cefaleia, taquicardia,
náuseas, hipertensão, arritmia cardíaca e acidente vascular cerebral.
Neurolépticos (antipsicóticos ou tranquilizantes maiores): São empregados primariamente no tratamento
da esquizofrenia, mas também são eficazes em outros estados psicóticos, como os de mania e delírio. São
divididos em:
Fenotiazínicos: clorpromazina, flufenazina, prometazina, tioridazina.
Benzisoxazóis: risperidona.
Dibenzodiazepínicos: clozapina.
Butirofenonas: haloperidol.
Tioxantenos: tiotixeno.
Interações medicamentosas: A clorpromazina, flufenazina e o haloperidol, quando associados com drogas
agonistas adrenérgicas (adrenalina, noradrenalina, dobutamina, por exemplo), podem apresentar severa
hipotensão e taquicardia.
A clorpromazina, quando associada à cisaprida, pode ocasionar arritmias graves e colocar em risco a vida do
paciente.
O haloperidol interage com sais de lítio, podendo provocar, encefalopatias, leucocitose e alterações de
consciência.
A clorpromazina e a flufenazina, quando associadas a drogas anti-hipertensivas, causam hipotensão
aditiva. Esse efeito é maior quando haloperidol e metildopa são administrados juntos (maior toxicidade).
A clorpromazina, quando associada à dipirona, pode provocar hipotermia grave.
Anticonvulsivantes: São fármacos empregados principalmente no tratamento da epilepsia. Os principais
exemplos são fenitoína, carbamazepina, primidona, ácido valpróico, fenobarbital, etosuximida, alprazolam,
clonazepam e diazepam.
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Interações medicamentosas: Os anticonvulsivantes, quando associados a antipsicóticos, podem ter seu
efeito diminuído, com risco de aparecimento de crises epilética. Um outro risco associado a essa interação é
a depressão aditiva do SNC.
A associação entre fenitoína e sulfas, cloranfenicol, dicumarol ou isoniazida pode apresentar um aumento
do efeito da primeira com risco de toxicidade, tornando-se necessário ajustar a dose de fenitoína.
Isso ocorre também com a cimetidina, mas não com a ranitidina. A carbamazepina, por sua vez, aumenta o
metabolismo hepático da fenitoína, diminuindo suas concentrações plasmáticas.
A fenitoína induz o sistema do citocromo P-450 e aumenta o metabolismo de outros agentes
anticonvulsivantes, anticoagulantes, contraceptivos orais, quinidina, doxiciclina, ciclosporina, metadona e
levodopa.
O metabolismo da carbamazepina é inibido por muitos fármacos (cimetidina, diltiazem, eritromicina,
isoniazida, propoxifeno) e, se a dose não for ajustada, podem surgir efeitos tóxicos.
O ácido valpróico inibe o metabolismo do fenobarbital, aumentando assim os níveis circulantes do
barbiturato.
Quando falamos do sistema nervoso central (SNC), já pensamos com cautela na utilização de fármacos, até
porque fármacos podem causar dependência, tolerância e outras alterações comportamentais.
Por isso, na atenção farmacêutica e farmacovigilância, devemos orientar sobre a não utilização com álcool e
outras substâncias e/ou fármacos que atuam no SNC (capazes de ocasionar reações adversas graves, até
mesmo fatais).
Somado a esse fato, há utilização recreacional de substâncias, de modo abusivo e ilícito. Isso representa um
problema social grave, levando a complicações no neurodesenvolvimento e reflexo na vida adulta, como:
maior probabilidade em causar dependência, devido ao consumo precoce.
Além disso, há alterações neurológicas e psiquiátricas que merecem atenção, pois nos idosos a
metabolização, a distribuição e a excreção de fármacos são distintas, com aumento de potenciais interações
medicamentosas indesejáveis, bem como acentuação de reações adversas graves.
REFERÊNCIA
HARVEY, R. A; CHAMPE, P. C. Farmacologia ilustrada. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
Revista do Farmacêutico. nº 93. nov/dez de 2008, p. 37.
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