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Considerações finais sobre interações medicamentosas

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23/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/4
Considerações finais sobre interações
medicamentosas
NESTA AULA, SERÁ ABORDADA A PERSPECTIVA DOS ESTUDOS DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS,
CORRELACIONANDO COM A IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO NESSA PRÁTICA PROFISSIONAL.
Perspectivas clínicas
Nos últimos vinte anos surgiram os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), agentes
antifúngicos azólicos e antirretrovirais (tratamento da AIDS), muitos dos quais inibem ou induzem o
sistema do citocromo P-450 e interferem no metabolismo da maior parte dos fármacos empregados
clinicamente.
Com isso, a interação farmacocinética se tornou uma questão clínica de crescente interesse. E, hoje, um dos
principais objetivos no desenvolvimento de novos fármacos é gerar informação científica sobre tais
interações.
A seguir temos uma tabela com os principais fármacos representativos que possuem efeitos significantes
sobre a atividade das diversas isoformas do citocromo P-450 e de interesse clínico.
Uma interação farmacocinética é clinicamente importante quando:
a. Um fármaco provoca uma grande alteração na cinética ou nos níveis plasmáticos do outro, ou seja, quando
ele é um poderoso inibidor ou indutor do citocromo P-450.
b. O índice terapêutico do fármaco, que sofre tais alterações, é baixo (fenitoína, varfarina, digoxina etc.).
As propriedades cinéticas de um fármaco também influenciam o potencial das consequências clínicas de
uma interação. Por exemplo, a inibição do citocromo P-450 (por cetoconazol) pode aumentar
consideravelmente a biodisponibilidade de um fármaco que sofre metabolismo de primeira passagem
(triazolam).
Estudos envolvendo farmacocinética e farmacodinâmica são feitos a fim de prever as consequências clínicas
das interações medicamentosas. O nível de complexidade de tais estudos depende da natureza
farmacodinâmica da droga sob estudo bem como do tipo de medida necessário. São realizados estudos
tanto in vitro quanto in vivo (duplo-cego, randomizados).
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23/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/4
As questões científicas clínicas das interações farmacocinéticas estão se tornando cada vez mais complexas
ao passo que a polifarmácia se torna cada vez mais comum e, assim, mais drogas que interferem na
atividade enzimática do citocromo P-450 são introduzidas na clínica.
Uma abordagem multidisciplinar, com a participação de indivíduos de diversas áreas como a Farmacologia,
Bioquímica e Terapêutica, é necessária. Aqui vale ressaltar a participação que o profissional farmacêutico
pode ter.
Estudo in vitro: por exemplo, na fase pré-clínica de desenvolvimento de um novo fármaco para verificar a
contribuição do citocromo P-450 e de outras enzimas na eliminação metabólica da droga e que vias
metabólicas específicas poderiam ser inibidas pelo composto em investigação.
Tais estudos são importantes na previsão de interações medicamentosas e para saber se polimorfismos
genéticos poderão afetar o metabolismo do fármaco. Clique abaixo e veja a tabela.
COMPLEMENTAR (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/im40/a20tc01_im40.pdf)
Estudos in vivo servem para confirmar e elucidar resultados obtidos in vitro, e para avaliar a extensão de
potenciais interações verificadas em estudos anteriores. Para a realização desses estudos são necessárias
várias etapas, desde o desenho do estudo até a forma como os dados obtidos serão analisados
estatisticamente, passando pela seleção da população, das drogas que serão estudadas, via de
administração e doses.
Fármacos retirados do mercado por causa de interações medicamentosas (alguns exemplos apenas):
terfenadina, mibefradil, astemizol e cisaprida.
Perspectivas toxicológicas
Um dos principais problemas que a indústria farmacêutica enfrenta é a perda de compostos candidatos a
fármacos devido a efeitos adversos e tóxicos. A maior parte desses efeitos ocorre em uma pequena
percentagem de pacientes (efeitos idiossincráticos) e muitos deles são provocados por metabólitos reativos
formados a partir do fármaco.
As reações entre esses metabólitos e macromoléculas teciduais podem levar a efeitos tóxicos diretos ou
intrínsecos e/ou causar toxicidade pela formação de haptenos que desencadeiam efeitos imunotóxicos.
Em alguns casos, um novo fármaco pode ser o precipitador ou perpetrador de toxicidade de outro fármaco,
alterando seu metabolismo, ou o novo fármaco pode ser objeto de alterações metabólicas provocadas por
um fármaco já no mercado. Em muitos exemplos, o fármaco alvo dessas alterações possui um baixo índice
terapêutico.
Nessa parte, vamos destacar interações medicamentosas metabólicas que têm levado ou podem levar a
sérias consequências toxicológicas nos humanos. Clique no botão a seguir e veja tabela onde são
considerados os efeitos do fármaco 2 sobre o fármaco 1.
COMPLEMENTAR (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/im40/a20tc02_im40.pdf)
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23/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/4
Perspectivas de mercado
As interações medicamentosas podem ter um impacto significante sobre o mercado de medicamentos, o
qual é influenciado por uma série de fatores. Entre os mais importantes desses fatores estão a eficácia e a
segurança de um dado fármaco.
Esses dois fatores são da mais importante consideração no processo pelo qual um fármaco recebe aprovação
de agências reguladoras para permitir sua entrada no mercado.
A eficácia e segurança também são importantes para fármacos mesmo depois que eles entram no mercado,
junto aos fatores adicionais, como conveniência de dosagem, via de administração e custo, quando mais de
um medicamento está disponível para tratar a mesma doença.
Desde 1964, cerca de sessenta fármacos foram retirados do mercado nos Estados Unidos, porque eram
ineficazes ou inseguros. A maior parte dos compostos retirados por questões de segurança tinha toxicidade
atribuível a eles mesmos. Apenas dois desses fármacos (terfenadina e mibefradil) foram retirados devido à
alta incidência de efeitos associados a interações medicamentosas.
Ao passo que a expectativa de vida nos países industrializados aumenta, em parte por causa dos avanços na
medicina, a necessidade de tratar múltiplas doenças simultaneamente aumenta a probabilidade de que
muitas pessoas venham a fazer uso concomitante de vários medicamentos.
Consequentemente, existe um risco aumentado de interações medicamentosas. Uma vez que, em muitos
casos, tais interações são inevitáveis, elas devem ser avaliadas à luz da classe terapêutica (para a escolha
apropriada de agentes que interfiram menos um com o outro) e da relação risco/benefício.
Ao mesmo tempo, isso impõe a necessidade de buscar substâncias cada vez mais específicas no seu
mecanismo de ação e com melhor perfil toxicológico. Aliás, essa é uma imposição do próprio mercado
farmacêutico, que segue a mesma dinâmica que os demais mercados: a substituição de "mercadorias" por
outras que melhor atendam às necessidades do consumidor.
Foi assim, por exemplo, que se deu a substituição da terfenadina pela fexofenadina.
Nesse sentido, o profissional farmacêutico é essencial pelo senso crítico e conhecimento técnico,
colaborando na identificação de reações adversas, decorrentes ou não de interações medicamentosas,
visando à utilização racional e segura dos medicamentos.
REFERÊNCIA
RODRIGUES, A. D. Drug-drug interactions. 2. ed. New York: Informa Healthcare, 2008.
03 / 03
23/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/4

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