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Memorial Descritivo ANO 2016.1 Projeto de Classe IVA - Onduloso Universidade Federal de Santa Catarina Alunos: Pedro Vinicius; Guilherme Jorge Matricula: 13202861; Disciplina: Projeto Geométrico de Estradas Professor: João Victor Staub de Melo Sumário Sumário Introdução ________________________________________________________________ 1 Características técnicas da classe IVA – Ondulado ________________________________ 2 Estudo do traçado __________________________________________________________ 3 Projeto Geométrico da Rodovia _______________________________________________ 5 Terraplanagem ___________________________________________________________ 19 Referencias e bibliografias __________________________________________________ 21 Informações de Contato ____________________________________________________ 22 Informações _____________________________________________________________ 22 Pág. 01 Introdução Introdução Este Memorial Descritivo tem como finalidade explicar detalhadamente o projeto da construção de uma rodovia localizada no MDT (Modelo Digital do Terreno) fornecido pelo Professor João Victor Staub de Melo e com os pontos de origem e destino também escolhida pelo professor. As rodovias, dentro das especificação técnicas elaboradas pelo DNIT, são divididas em seis classes e três tipos de relevo: Classe 0, Classe I, Classe II, Classe III, Classe IVA e Classe IVB; Relevos plano, relevo ondulado e relevo montanhoso. As classes de projeto são estipuladas de acordo com o volume de trafego da rodovia, portanto para cada classe e relevo da rodovia se estabelecem normas de velocidade diretriz mínima recomendada para o projeto da rodovia e por subsequência são estipulados outras características técnicas a serem adotadas de acordo com cada classe e relevo. Para este trabalho, teremos a classe de projeto e o relevo abaixo: Projeto de Classe IVA Relevo Ondulado De acordo com o DNIT, existem quatro tipos básicos, para fins de projeto, de veículo para realização da rodovia, os quatro tipos são: veículo tipo VP, veículo tipo CO, veículo tipo O e veiculo tipo SR. Neste trabalho será considerado para o projeto: Veículo de Projeto CO A elaboração do trabalho foi constituída simultaneamente com as aulas da disciplina da UFSC de Projeto Geométrico de Estradas e acompanhada pelo professor ao longo da disciplina. Pedro Vinicius Assis da Silva Graduando de Engenharia Civil - UFSC 8 de junho de 2016 “Um Projeto geométrico de estradas estuda as diversas características geométricas do traçado em função das leis do movimento, do comportamento dos motoristas, das características de operação dos veículos e do tráfego, de maneira a garantir uma estrada segura, confortável eficiente, com o menor custo possível.” Edivaldo Lins Macedo Pág. 02 Características técnicas da classe IVA – Ondulado Características técnicas da classe IVA – Ondulado DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS UNIDADE CLASSE IV- ONDULADO Velocidade diretriz minima Km/h 40 Distância de visibilidade de parada - minimo absoluto m 45 Distância mínima de visibilidade de parada m 270 Raio mínimo da curva horizontal - para superelevação maxima m 50 Taxa de superelevação máxima % 8 Rampa máxima % 6 Valor K para curvas convexas - minimo absoluto m/% 5 Valor K para curvas côncovas - minimo absoluto m/% 7 Largura da faixa de transito m 3 Largura do acostamento externo m 1,3 Gabarito vertical - Minimo absoluto m 4,5 Afastamento min. borda do acostamento m 0,5 Tabela 1 - Fonte: Elaborada pelos autores. Pág. 03 Estudo do traçado Estudo do traçado De acordo com o MDT fornecido pelo professor e os pontos de origem e destino que devemos interligar, construímos a diretriz da via utilizando uma das etapas do estudo de traçado, o reconhecimento da região. Buscando um caminho passando pelo mínimo de depressões e elevações possíveis, para que, futuramente, possamos minimizar o excesso de trabalho de diversos fatores imprescindíveis na execução da rodovia (ex.: menos cortes e aterros, menor distância dos dois pontos, menor tempo de percurso, facilidade na elaboração de curvas circulares e de transição, etc....), com base nisso procuramos definir a linha diretriz1 do projeto. Diretriz da rodovia O Ponto de origem da rodovia está localizada entre as curvas de nível 70 e 80 metros de altitude, sendo mais próxima dos 80 metros. O ponto de destino da rodovia está localizado entre as curvas de nível 160 e 170 metros de altitude. Se criássemos uma reta imaginária entre a origem e destino, logo nos primeiros 500 metros, passaríamos pelas curvas de nível 80, 90, 100 e 110, o que nos mostra duas ideias interessantes: 1. Para conseguir um caminho mais curto, teremos que procurar distanciarmos nossa diretriz desta “reta imaginária” o mínimo possível, ao menos que não se tenha outra opção; 2. De qualquer forma, no que se refere a altitude, teremos uma rodovia com elevação altimétrica, ou seja, uma subida de níveis entre a origem e destino, portanto o greide2 final ou total terá uma elevação (i > 0). Como já temos consciência que de qualquer forma teremos uma subida de nível na rodovia, precisamos suavizar ao máximo essa subida. A ideia inicia na criação da diretriz foi construí-la, a medida do possível, paralelamente às curvas de nível próximas a linha de 1 São linhas que definem e regulam um traçado ou um caminho a seguir. Diretrizes são instruções ou indicações para se estabelecer um plano, uma ação, um negócio, etc. 2 Perfil longitudinal de uma estrada de rodagem ou de ferro, que dá as alturas dos diversos pontos do seu eixo. Pág. 04 Estudo do traçado origem e, por consequência, criar o mínimo de pontos de intersecção entre as curvas de nível e a diretriz da rodovia, fazendo a diretriz paralela às curvas de nível teremos uma subida suavizada porém sendo obrigatório em algum trecho um cruzamento da diretriz com as curvas de nível. Pág. 05 Projeto Geométrico da Rodovia Projeto Geométrico da Rodovia Calculo da poligonal Após definirmos a diretriz do projeto, precisamos calcular os elementos necessários para definirmos as concordâncias horizontais 3 da rodovia, onde definiremos o percurso “real” da rodovia, denominado eixo4 da rodovia. Os elementos necessários são: Deflexão (I), que é o ângulo em um vértice e é a medida do quanto se está desviando quando se passa do alinhamento anterior para o seguinte nesse vértice, podendo ter dois tipos de deflexão: à direita e à esquerda, conforme sentido verificado no desvio da trajetória(0°,180°). ( Lee, Shu Han . Introdução ao Projeto de Rodovias) Azimute (Az) que é o ângulo, contado no sentido horário, formado entre o sentido norte e o alinhamento, podendo variar no intervalo semiaberto(0°,360°).( Lee, Shu Han . Introdução ao Projeto de Rodovias) Além destes, para se calcular as concordâncias horizontais é importante termos as coordenadas dos vértices, que são encontradas diretamente no software usado para o projeto (AutoCad Civil 3D) e os comprimentos de cada alinhamento que também são encontrados no software. Assim, parar calcularmos os Azimutes, usamos a seguinte formula: 𝐴𝑧 = tan−1 ∆𝑥 ∆𝑦 3Usadas para desviar a estrada de obstáculos que não possam ser vencidos economicamente. (Professor Dr. João Victor Staub de Melo, Capitulo 3. Apostila) 4 poligonal aberta, orientada, com os alinhamentos concordados, nos vértices, por curvas horizontais. (Professor Dr. João Victor Staub de Melo, Capitulo 3. Apostila) Pág. 06 Projeto Geométrico da Rodovia Portanto, a partir dessa formula, existe uma regra geral: “Numa poligonal orientada, o azimute de um alinhamento é sempre igual aos azimute do alinhamento anterior mais (ou menos) a deflexão: mais quando se trata de uma deflexão à direita e menos quando se trata de uma deflexão à esquerda”. Calculando os dados obtidos no projeto em questão, obtivemos os seguintes resultados: CALCULOS DA POLIGONAL PONTOS COMPRIMENTO acumulado (m) DEFLEXÃO (graus) PI1 0 + 208,14 45,52° PI2 0 + 559,25 -16,49° PI3 0 + 984,32 -18,80° PI4 1 + 589,39 47,89° Tabela 2 - Fonte: Elaborada pelos autores. Estaqueamento nas curvas horizontais Ao longo de todo o eixo da rodovia necessita-se uma demarcação da sua distância. Essa demarcação tem início no ponto de origem do projeto, com espaçamentos equidistantes e numerados sequencialmente por estacas. É recomendado pelo DNIT um espaçamento de 20 metros entre cada estaca, com exceção para os trechos de curvas no projeto que deve ser adicionadas estacas intermediárias onde depende do raio para definição da distância entre cada estaca. CORDAS ADMISSÍVEIS PARA AS CURVAS RAIO DE CURVA ( R ) CORDA MAXIMA ( c ) R < 100,00 m 5,00 m 100,00 m < R < 600,00 m 10,00 m R > 600,00 m 20,00 m Tabela 3 - Fonte: Introdução ao Projeto geométrico de Rodovias, Shu Han Lee. Pág. 07 Projeto Geométrico da Rodovia Segue abaixo as tabelas com o estaqueamento para cada curva do projeto: LOCAÇÃO DA CURVA POR ESTACA FRACIONÁRIA CURVA: 1 DEFLEXÕES ESTACAS ARCOS (m) SIMPLES ACUMULADAS TS 4 + 19,01 5 + 09,01 10 1°25'57" 1°25'57" ...2X 10 1°25'57" 4°17'51" 6 + 19,01 10 1°25'57'' 5°43'48" SC 7 + 09,01 10 1°25'57'' 7°9'45" 7 + 19,01 10 1°25'57" 8°35'42" ...8X 10 1°25'57'' 20°3'18" 12 + 09,01 10 1°25'57'' 21°29'15" CS 12 + 17,92 8,91 1°16'35" 22°45'50" 13 + 07,92 10 1°25'57'' 24°11'47" ...2X 10 1°25'57'' 27°3'41" 14 + 17,92 10 1°25'57'' 28°29'38" ST 15 + 07,92 10 1°25'57'' 29°55'35" LOCAÇÃO DA CURVA POR ESTACA FRACIONÁRIA CURVA: 2 DEFLEXÕES ESTACAS ARCOS (m) SIMPLES ACUMULADAS TS 25 + 08,41 25 + 18,41 10 01°25'57" 01°25'57" 26 + 08,41 10 1° 25' 57'' 2°51'54" SC 26 + 13,41 5 0°42'58" 3°34'52" 27 + 03,41 10 1° 25' 57'' 5°0'49" 27 + 13,41 10 1° 25' 57'' 6°26'46" 28 + 03,41 10 1° 25' 57'' 7°52'43" CS 28 + 05,92 2,51 0°21'34" 8°14'40" 28 + 15,92 10 1° 25' 57'' 9°40'37" 29 + 05,92 10 1° 25' 57'' 11°6'34" ST 29 + 10,92 5 0°42'58" 11°49'32" 30 + 00,92 10 1° 25' 57'' 13°15'29" Tabela 4 - Fonte: Elaborada pelos autores Tabela 5 - Fonte: Elaborada pelos autores. Pág. 08 Projeto Geométrico da Rodovia LOCAÇÃO DA CURVA POR ESTACA FRACIONÁRIA CURVA: 3 DEFLEXÕES ESTACAS ARCOS (m) SIMPLES ACUMULADAS TS 46 + 08,92 46 + 18,92 10 1°25'57" 01°25'57" 47 + 08,92 10 1° 25' 57'' 2°51'54" SC 47 + 13,92 5 0°42'58" 3°34'52" 48 + 03,92 10 1° 25' 57'' 5°0'49" 48 + 13,92 10 1° 25' 57'' 6°26'46" 49 + 03,92 10 1° 25' 57'' 7°52'43" 49 + 13,92 10 1° 25' 57'' 8°14'17" CS 49 + 14,55 0,63 0°5'25" 8°19'42" 50 + 04,55 10 1° 25' 57'' 9°45'39" 50 + 14,55 10 1° 25' 57'' 11°11'36" ST 50 + 19,55 5 0°42'58" 11°54'34" Tabela 6 - Fonte: Elaborada pelos autores. LOCAÇÃO DA CURVA POR ESTACA FRACIONÁRIA CURVA: 4 DEFLEXÕES ESTACAS ARCOS (m) SIMPLES ACUMULADAS TS 73+ 04,95 73 + 14,95 10 1°25'57" 1°25'57" ...2X 10 1°25'57" 4°17'51" 75 + 04,95 10 1°25'57'' 5°43'48" SC 75 + 14,95 10 1°25'57'' 7°9'45" 76 + 04,95 10 1°25'57" 8°35'42" ...9X 10 1°25'57'' 21°29'15" 81 + 04,95 10 1°25'57'' 22°55'12" CS 81 + 12,12 7,17 1°1'37" 23°56'49" 82 + 02,12 10 1°25'57'' 25°22'46" ...2X 10 1°25'57'' 28°14'40" 83 + 12,12 10 1°25'57'' 29°40'37" ST 84 + 02,12 10 1°25'57'' 31°6'34" Tabela 7 - Fonte: Elaborada pelos autores. Pág. 09 Projeto Geométrico da Rodovia Superelevação e superlargura A maior preocupação ao se elaborar um projeto geométrico de uma estrada é manter o usuário que circula pela estrada em conforto durante o trafego. Entretanto, nos trechos em curva o usuário é submetido a esforços laterais e a sensação de confinamento. Por conta disso, é necessário projetar uma elevação nas curvas horizontais possibilitando o usuário manter a mesma velocidade em trechos curvos e tangentes e propiciar uma segurança maior nesses trechos. 1. Calculando a superelevação: Com a intenção de minimizar a ação da forca centrifuga nas curvas, é aplicada um superelevação na pista de rolamento, onde se cria uma declividade transversal. Para calcular o superelevação necessário de acordo com a classe de projeto adotada, usaremos a formula abaixo: 𝑒𝑟 = 𝑒(𝑚𝑎𝑥) ((2 𝑅𝑚𝑖𝑛 𝑅 ) − 𝑅²𝑚𝑖𝑛 𝑅² ) Onde: • er = superelevação; • e(max) = superelevação máxima a adotar de acordo com a classe de projeto (tabelado); • Rmin = raio mínimo a adotar de acordo com a classe de projeto (tabelado); • R = raio utilizado na curva. Como o raio adotado para todas as curvas do projeto foram o mesmo (R = 200 metros), as superevações serão iguais para todas as curvas. Conforme segue na tabela abaixo: SUPERELEVAÇÃO R(min) R(adotado) E(max) Er 50m 200m 8% 3,50% Tabela 8 - Fonte: Elaborada pelos autores. Pág. 10 Projeto Geométrico da Rodovia 2. Calculando a superlargura: As larguras da faixa da via são projetadas com folga em relação ao veículo de projeto, entretanto nas curvas horizontais os veículos ocupam um espaço físico lateral maior em relação a sua largura para elaborar as manobras de curvas. Por isso é necessário uma aumento na largura nesses trechos para assegurar a liberdade de manobra dos usuários. Para calcular a superlargura, precisamos de algumas medidas do veículo de projeto adotado para o projeto. • Veículo de Projeto CO: Lv = 2,60 metros (Lv: largura do veículo); Ee = 6,10 metros ( Ee: distância entre eixos); Bd = 1,20 metros. (Bd = balanço dianteiro); Figura 1 - Fonte: Apostila de estudos da disciplina. Figura 2 -Fonte: Apostila de estudos da disciplina. Pág. 11 Projeto Geométrico da Rodovia • Gabarito devido a trajetória da curva: 𝐺𝑐 = 𝐿𝑣 + 𝑅 − √(𝑅2 − 𝐸2𝑒) • Gabarito devido ao balanço dianteiro: 𝐺𝑑 = √𝑅2 + 𝐵𝑑(2𝐸𝑒 + 𝐵𝑑) − 𝑅 • Gabarito lateral: TABELADO: Classe de projeto IVA – Lf = 3,00 metros Gl = 0,60 metros; • Folga dinâmica: 𝐹𝑑 = 𝑉 10√𝑅 • Largura total da pista: 𝐿𝑡 = 𝑁(𝐺𝑐 + 𝐺𝑙) + (𝑁 − 1)𝐺𝑑 + 𝐹𝑑 • Largura normal em tangente: 𝐿𝑛 = 𝑁𝐿𝑓 • Superlargura: 𝑆𝑟 = 𝐿𝑡 − 𝐿𝑛 Por fim, realizando todos os cálculos, segue abaixo a tabela da superlargura adotada para todas as curvas deste projeto:SUPERLARGURA (m) Gc GL Lt Ln Sr Sr arredondado 2,69 0,60 3,57 3,00 0,57 0,60 m Pág. 12 Projeto Geométrico da Rodovia Limites de comprimento de transição Para que não aconteça um choque instantâneo na mudança de uma tangente para uma curva horizontal, quando se cria a superelevação e superlargura é necessário uma curva de transição que faz com que essa mudança seja suavizada. Assim, precisa-se definir os limites mínimos e máximos admissíveis para a curva de transição conforme segue as formulações abaixo: 1. Comprimento mínimo de transição: • Limite mínimo absoluto: 𝐿𝑛 = 0,56. 𝑉 , onde V é a velocidade diretriz da rodovia; • Fluência ótica: 𝑅 < 800 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 • Critério do conforto: 𝐿𝑚𝑖𝑛 = 𝑉³ 46,656𝐶𝑅 − 𝑒𝑟𝑉 0,367𝐶 , onde C é a taxa (máxima admissível) de variação da aceleração transversal (m/s²/s). 𝐶 = 1,5 − 0,009𝑉 • Critério da máxima rampa de superelevação: 𝐿𝑚𝑖𝑛 = 𝐹𝑚𝐿𝑓 𝑒𝑟 𝑟𝑚𝑎𝑥 , onde Fm é o fator multiplicador em função da largura de rotação da pista, Lf é a largura da faixa de transito (m) e rmax é a rampa de superelevação máxima admissível. 2. Comprimento máximo de transição: • Critério do máximo ângulo central da clotóide: 𝐿𝑚𝑎𝑥 = 𝑅 • Critério de tempo de percurso: 𝐿𝑚𝑎𝑥 = 𝑉𝑡 Concluindo os cálculos, determinamos os limites mínimos e máximos do comprimento da espiral de transição: 𝐿𝑚𝑖𝑛 < 𝐿𝑐 < 𝐿𝑚𝑎𝑥 Pág. 13 Projeto Geométrico da Rodovia Segue abaixo a tabela informando os valores obtidos para cada curva: LIMITES DE COMPRIMENTO DE TRANSIÇÃO LIMITES MÍNIMOS LIMITES MÁXIMOS CURVAS Comprimento mínimo absoluto - Ln Critério do conforto - Lmin Critério da max rampa de superelevação - Lmin Critério do max ângulo central da clotóide - Lmax Critério de tempo de percurso - Lmax Transições adotadas - Lc 1 22,4 metros 2,67 metros 14,385 metros 200 metros 88 metros 50,00 metros 2 22,4 metros 2,67 metros 14,385 metros 200 metros 88 metros 25,00 metros 3 22,4 metros 2,67 metros 14,385 metros 200 metros 88 metros 25,00 metros 4 22,4 metros 2,67 metros 14,385 metros 200 metros 88 metros 50,00 metros Tabela 9 - Fonte: Elaborada pelos autores. Calculo da transição com a espiral • Ângulo central da espiral: 𝑆𝑐 = 90°𝐿𝑐 𝜋𝑅 • Ângulo central da curva circular: 𝜃 = 𝐼 − 2𝑆𝑐 Pág. 14 Projeto Geométrico da Rodovia • Desenvolvimento da curva circular: 𝐷𝑐 = 𝜃𝜋𝑅 180° • Comprimento total da curva: 𝐷𝑡 = 𝐷𝑐 + 2𝐿𝑐 Segue abaixo a tabela com os cálculos de cada curva do projeto: DESENVOLVIMENTO DAS CURVAS CIRCULARES Ângulo central espiral (graus) Ângulo central da curva circular (graus) Desenvolvimento em curva circular (metros) Desenvolvimento total da curva (metros) curva 1 7,16° 31,20° 108,89m 208,89 curva 2 3,58° 9,33° 32,56m 82,56 curva 3 3,58° 11,64° 40,62m 90,62 curva 4 7,16° 33,57° 117,17m 217,17 Tabela 10 - Fonte: Elaborada pelos autores. Pág. 15 Projeto Geométrico da Rodovia Desenvolvimento da superelevação e superlargura Segue abaixo as tabelas de superelevação e superlargura de cada curva do projeto: CURVA 1 DISTRIBUIÇÃO DA SUPERELEVAÇÃO E SUPERLARGURA ESTACA (m) SUPERELEVAÇÃO (%) SUPERLARGURA (m) 3 + 10,44 -2,000 4 + 00,00 -1,330 TS 4 + 19,01 0,000 0,000 5 + 00,00 0,069 0,012 6 + 00,00 1,469 0,252 7 + 00,00 2,869 0,492 SC 7 + 09,01 3,500 0,600 ... 3,500 0,600 CS 12 + 17,92 3,500 0,600 13 + 00,00 3,354 0,575 14 + 00,00 1,954 0,335 15 + 00,00 0,554 0,095 ST 15 + 07,92 0,000 0,000 16 + 00,00 -0,846 16 + 16,49 -2,000 Tabela 11 - Fonte: Elaborada pelos autores. Pág. 16 Projeto Geométrico da Rodovia Altimetria Após concluída toda a parte planimétrica, devemos começar a parte altimétrica do projeto, lembrando que os dois planos trabalham juntos proporcionando, no final do estudo, uma perspectiva em três dimensões. Assim como no início do traçado horizontal da rodovia, representaremos o eixo da rodovia no plano vertical, chamamos essa representação de greide. Os greides são segmentos de retas, com diferentes inclinações, que se interceptam formando vértices. Nesses pontos de vértices do greide, constituiremos as chamadas curvas verticais da rodovia. Cálculo das concordâncias verticais: Existem quatros principais tipos de curvas para se adotar nas concordâncias dos trechos retos do greide. Para este trabalho, todas as curvas abordadas foram adotadas como “parábola do 2° grau”. A parábola é dividida em dois ramos (La e Lb) que são os comprimentos horizontais da curva vertical (L), sendo La a distâncias do ponto PCV (início da curva vertical) ao PIV (ponto do vértice da curva – central) e Lb a distância de PIV até PTV (ponto final da curva). Precisamos conhecer também o parâmetro de curvatura K da parábola que é uma caracterização numérica da parábola, onde nos proporciona uma noção imediata a respeito da maior ou menor suavidade da curva e das condições que ela oferece com relação à drenagem longitudinal das aguas de superfície. (Lee, Shu Han. Introdução ao Projeto Geométrico de Rodovias). Equação de Kmin: 𝐾 = 𝐿 |𝐴| Onde: 𝐴 = 𝑖1 − 𝑖2 A: diferença algébrica entre as declividades nos extremos da parábola; L: comprimento da parábola; 𝑖1: Inclinação do primeiro trecho reto do greide; 𝑖2: inclinação do segundo trecho reto do greide. Pág. 17 Projeto Geométrico da Rodovia Segue abaixo todos os critérios estabelecidos, mínimos e máximos, para elaboração de uma curva vertical: Critério do mínimo absoluto: 𝐿𝑚𝑖𝑛 = 0,6𝑉 Critério da máxima aceleração centrífuga admissível: amax adotado no projeto: 5,0% (para rodovias de padrão reduzido). 𝐾 = 𝑉² 1,296 . amax Parâmetro da curvatura K para acelerações máximas admissíveis. Critério da distância de visibilidade: Para curvas convexas: Hipótese 1: 𝐿𝑚𝑖𝑛 ≥ 𝐷𝑝 𝐿𝑚𝑖𝑛 = 𝐷𝑝² 412 . 𝐴 Hipótese 2: 𝐿𝑚𝑖𝑛 ≤ 𝐷𝑝 𝐿𝑚𝑖𝑛 = 2 . 𝐷𝑝 − 412 𝐴 Para curvas côncavas: Hipótese 1: 𝐿𝑚𝑖𝑛 ≤ 𝐷𝑝 𝐿𝑚𝑖𝑛 = 2 . 𝐷𝑝 − 122 + 3,5𝐷𝑝 𝐴 Hipótese 2: 𝐿𝑚𝑖𝑛 ≥ 𝐷𝑝 𝐿𝑚𝑖𝑛 = 𝐴. 𝐷𝑝² 122 + 3,5𝐷𝑝 Pág. 18 Projeto Geométrico da Rodovia Segue abaixo a tabela com os resultados dos cálculos para cada curva do projeto: Kmin:2,52 (tabelado). LIMITES DE COMPRIMENTOS NAS PARABOLAS Lmin Critério do conforto A TIPO DE CURVA Ladotado CURVA 1 24 metros 1,67% CONVEXA 8,21 156,71 160 CURVA 2 24 metros 1,78% CÔNCAVO 12,1 67,02 100 Tabela 12 - Fonte: Elaborada pelos autores. Segue a tabela abaixo com os cálculos das ordenadas nos pontos notáveis de cada curva: Omax E ESTAQUEAMENTO DOS PONTOS NOTÁVEIS CURVA 1 CURVA 2 Omax 0,334 m 0,2225 m PCV 25 + 15,00 m 71 + 10,00 m PIV 29 + 15,00 m 74 + 00,00 m PTV33 + 15,00 m 76 + 10,00 m COTA PCV 105,77 m 140,19 m COTA PIV 110,00 m 142,00 m COTA PTV 112,89 m 144,7 m COTAS E ESTAQUEAMENTO TOTAL COTAS ESTACAS 0=PP 78,57 m 0 + 0,00 m PF 167,49 m 97 + 52,31 m Tabela 13 - Fonte: Elaborada pelos autores. Tabela 14 - Fonte: Elaborada elos autores. 𝐿𝑚𝑖𝑛 ≥ 𝐷𝑝 𝐿𝑚𝑖𝑛 ≤ 𝐷𝑝 Pág. 19 Terraplanagem Terraplanagem A terraplanagem é a etapa do trabalho onde se prepara o terreno por onde a via foi projetada para a implementação do corpo estradal. Esta etapa do trabalho foi uma das principais preocupações, na elaboração do projeto, desde o início do trabalho, pois sabíamos que até a escolha da diretriz da rodovia poderia causar problemas nesta etapa, gerando custos de projetos elevados. Portanto buscamos criar a diretriz da rodovia com elevações e declives o mais suaves possível, e para cada região onde seria necessário um aterro criar uma nova seção onde se precisasse de um corte com um valor de volume o mais aproximado possível do valor do volume de aterro. Tomando como ponto de referência o setor sul do projeto, analisando as cotas do ponto de início e destino e percebemos que existe elevação obrigatória na rodovia, por isso buscamos criar a diretriz da rodovia ao máximo paralela às curvas de nível e ao mesmo tempo indo de encontro à curva de nível superior de cada trecho com uma taxa de aumento gradativamente pequeno nessa aproximação. Essa ideia faz com que a elevação da rodovia seja mais suavizada e não cause desconfortos aos usuários da rodovia nos seus trajetos. Assim conseguimos uma declividade do greide, no plano vertical menor que 6% (máximo i para as características do projeto) e ao mesmo tempo criar cortes e aterros proporcionais na medida do possível. No que se refere a custos, levando em consideração o que já foi explicado, ainda procuramos alocar uma distância entre cortes e aterros pequenas, para que não haja custo exorbitantes no transporte dos materiais. Além disso, achou-se mais razoável terminarmos com um refugo do que precisar de empréstimos de materiais de outro lugar, o que tornaria mais caro o projeto, pois teríamos que encontrar materiais com as mesmas características do que o solo em questão para aderência na região e investimento maior no deslocamento. Portanto, tivemos um valor do volume de bota-fora de 46867,82 metros cúbicos. Pág. 20 Terraplanagem Tabela 15 - Fonte: AutoCad Civil 3D. Pág. 21 Referencias e bibliografias Referencias e bibliografias 1.1 Lee, Shu Han. Introdução ao projeto geométrico de Rodovias. 4ª Edição 1.2 http://www.ecivilnet.com/dicionario/ 1.3 de Melo, João Victor Staub. Apostila Projeto Geométrico de Estradas. 2016.1 Pág. 22 Informações de Contato Informações de Contato Pedro Vinicius Assis da Silva Graduando Eng. Civil Tel (48) 98109420 Pedrov.assis@hotmail.co m Guilherme da Silva Jorge Graduando Eng. Civil Tel (48) 88176869 Guilherme0207_@hotmail.co m Informações adicionais Universidade Federal de Santa Catarina Disciplina: Projeto Geométrico de Estradas Professor: João Victor Staub de Melo
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