Buscar

Caso Concreto 1 FCC

Prévia do material em texto

Universidade Estácio de Sá 
Unidade Recreio dos Bandeirantes 
Disciplina: História do Direito Brasileiro 
Professor: Jerusa Nina 
Aluno: Gabriel Sarmento de Queiroz 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CONCRETO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abril de 2018 
Estudo do Caso Concreto I 
 
 
Descrição 
 
Em reportagem recentemente publicada, importante veículo de comunicação afirmou 
que, de acordo com especialistas, a Lava-Jato inventou não um novo direito penal, mas 
sim uma nova maneira de conduzir o processo penal. Entendem tais juristas que as 
novidades não se limitam apenas à velocidade acelerada dos processos, mas também 
implementou novidades que são mais comuns no sistema anglo-saxão (o denominado 
sistema de common law) as não na tradição romano-germânica, na qual se filia o sistema 
jurídico brasileiro. Cita, então, como tais novidades os acordos de delação e os acordos 
de leniência. 
 
 
 Neste sentido, pesquise e responda: 
 
(I) Quais as características fundamentais que diferenciam os sistemas romanogermânico 
do sistema denominado de common law? 
 
Resposta: 
 
As principais fontes do Direito adotadas na Civil Law são a Lei, o texto, enquanto a 
Common Law se baseia na Jurisprudência. 
 
 
II) Por que razão o Brasil acabou adotando o sistema jurídico romano-germânico em 
detrimento do sistema de common law? 
 
Resposta: 
O sistema romano-germânico ou Civil Law é o sistema jurídico mais disseminado 
no mundo, baseado no direito romano, tal como interpretado pelos glosadores a partir do 
século XI e sistematizado pelo fenômeno da codificação do direito, a partir do século 
XVIII. Diferencia-se dos outros direitos em seu respeito pelo valor individual, e 
característica psicológica baseada num sentimento de independência pessoal unida ao 
culto de valentia e a força. O direito germânico reflete o caráter dos povos manifestando 
as mais fracas tendências individualistas e subjetivas. Consideravam o direito sobretudo 
como um poder pertencente ao indivíduo, à família, à tribo. 
 
Pertencem à família romano-germânica os direitos de toda a América Latina, de 
toda a Europa continental, de quase toda a Ásia (exceto partes do Oriente Médio) e de 
cerca de metade da África. 
 
No direito romano, foi formada uma legislação completa regida pela razão e o 
dever. Diante da lei o homem era considerado cidadão, e não havia qualidade mais alta, 
e quem não podia alcançar esse atributo eram os escravos, estavam fora da comunhão do 
mundo social, tinham a fraqueza de mulher, e não lhe era dado libar o vinho as garantias 
políticas. As instituições romanas prendem-se a um organismo posto em jogo pelo 
princípio do egoísmo, provado pelo fato de que nunca perdem de vista os laços que 
prendem o indivíduo ao todo. 
Outra característica dos direitos de tradição romano-germânica é a generalidade 
das normas jurídicas, que são aplicadas pelos juízes aos casos concretos. Difere portanto 
do sistema jurídico anglo-saxão (Common law), que infere normas gerais a partir de 
decisões judiciais proferidas a respeito de casos individuais. 
 
Os direitos de Portugal e Brasil integram a família romano-germânica.

Continue navegando