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Relatório Experimento Fluidos de Perfuração Petróle - Prof. Dra. Mra del Pilar Hidalgo Falla Isabella Sene Santos Carneiro 15/0012250 Gabriel Souza Firmino 14/0140719 Arthur da Silva Alves 14/0131035 OBJETIVO O objetivo do experimento é mostrar aspectos reológicos de fluidos de perfuração e assimilar conceitos, tais como: força gel, viscosidade plástica, viscosidade aparente e escoamento. Os experimentos realizados foram feito de acordo com a norma padrão. INTRODUÇÃO Fluidos de perfuração Fluidos de perfuração são misturas de aditivos que permitem a viabilidade da extração de petróleo em colunas de exploração, principalmente em grandes profundidades. Esses aditivos são capazes de atender à extração de petróleo de diversos tipos de poços de exploração, a partir das características que possuem, tais como: tipo de solo, profundidade de perfuração, viscosidade, entre outros; eles podem estar em estado sólido, líquido ou gasoso. Dentre as características dos fluidos de perfuração, pode-se elencar: a estabilidade química do composto, manutenção de sólidos em suspensão, deve ser inerte aos demais compostos da rocha, devem poder ser submetidos a tratamentos físicos e químicos, devem ser bombeáveis e apresentarem baixo grau de corrosão e abrasão com relação à coluna de produção e equipamentos que participem do sistema de extração de petróleo, devem ter viabilidade econômica, uma vez que é a parte que onera maiores custos na extração de petróleo. Os fluidos são projetados para que não causem o entupimento da coluna de produção, sua viscosidade aumenta, impedindo que as partículas em suspensão interrompam o funcionamento da extração. Quanto menor for o fluxo de fluido na coluna, maior se torna a sua viscosidade, desta forma, o fluido deixa de se movimentar e adquire textura de gel, desta forma, impedirá que a suspensão cause o entupimento do sistema de extração. Quando o fluido reinicia o movimento, ele vai ficando menos espesso até atingir a forma de líquido. Desta forma, é possível perceber as vantagens da utilização de fluidos de perfuração na produção de petróleo, e assim auxiliar na redução de acidentes, vazamentos, explosões e fissuras no solo. A seguir, são apresentadas as características principais que qualificam os fluidos de perfuração. Força gel (Fg) Força gel é a tensão de escoamento necessária que o fluido possua para que ele comece a escoar, ou seja, é um indicador do comportamento do fluido. A força gel inicial (Fgi) mede a resistência inicial para que o fluido inicie seu fluxo e a final (Fgf) mede a resistência para reiniciar esse fluxo quando entra em repouso. A diferença entre elas indica a força gel. Viscosidade Aparente É a medida da viscosidade do fluido quando submetido a uma tensão constante. É a viscosidade que se caracteriza pela resistência ao escoamento. Viscosidade Plástica É a medida da resistência ao fluxo do fluido. Quando maior a viscosidade plástica, maior a quantidade de partículas em suspensão no fluido, ou seja, atua como indicador da concentração dessas partículas no fluido de perfuração. Limite de Escoamento É o esforço mínimo necessário para que um fluido continue escoando. É indicador da atração entre as partículas em movimento no fluido. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL MATERIAIS ● Agitador Hamilton Beach ● Viscosímetro 35A Fann ● 175 ml de água em cada mistura ● Fluido argiloso ● Fluido arenítico MÉTODOS Com os fluidos já preparados anteriormente, que passa por etapas de agitação de 10 minutos a altas velocidade e, a posterior, passando por repouso de 24 horas, que são as etapas de preparação da amostra. Em laboratório foram realizados os testes das amostras, os fluidos aquosos foram misturados com o uso do agitador por 5 minutos a 17.000 rpm, então no viscosímetro foram submetidos por 2 minutos a 600 rpm, a seguir foram colocados em repouso por 10 segundos. A medida de viscosidade obtida na leitura deve ser dividida por 2 para obter a viscosidade aparente em centipoise (cP). a (cP )V = 2 L600 Em seguida, o fluido foi submetido a uma velocidade de 300 rpm por 2 minutos e então mantido em repouso por 15 segundos. A leitura da viscosidade plástica é feita com a diferença entre a leitura a 600 rpm e a leitura a 300 rpm. p L600 L300 (cP ) V = − O limite de escoamento pode ser calculado pela diferença entre a leitura a 300 rpm e a viscosidade aparente, em N/m². E L300 V p (N /m²) L = − Depois, o fluido foi submetido a uma velocidade de 600 rpm por 15 segundos e permaneceu em repouso por 10 segundos e então colocado no viscosímentro a 3 rpm para a leitura (Fgi) e então o fluido ficou em repouso por 10 minutos e colocado no viscosímetro a 3 rpm para a leitura (Fgf). g F gf F gi (cP ) F = − RESULTADOS OBTIDOS Fluido Argiloso Fluido Arenítico Velocidade (rpm) Leitura no viscosímetro Velocidade (rpm) Leitura no viscosímetro 600 14,5 600 10 300 6 300 5 200 3 200 1,5 100 1,5 100 2,0 6 1,0 6 1,0 3 0,5 3 0,5 Va 7,25 Va 5 Vp 8,5 Vp 5 Le -2,5 L Tabela 1: resultados obtidos nas leituras Gráfico 1: Tensão x Velocidade no fluido arenítico Gráfico 2: Tensão x Velocidade no fluido argiloso DISCUSSÃO Podemos perceber que ambos os fluidos de perfuração apresentam característica de pseudoplasticidade, quando a viscosidade vai diminuindo com o aumento da tensão de corte (cisalhamento), no nosso caso com a ação do misturador. Nos gráficos construídos com o auxílio do é possível perceber a discrepância dos ExcelR valores de tensão para os mesmos valores de velocidade. O fluido para rocha arenítica (Fluido 3A, LOPES, Onismar R.) possui Água, Barrilha Leve, Bentonita - SM GEL, Celutrol HV e SM 2000, o que, devido a maior quantidade de solventes apresenta menor taxa de viscosidade quando comparado com o fluido de perfuração para rochas argilosas (Fluido 3B, LOPES, Onismar R) que possui na composição apenas Água, Barrilha Leve e SM 2000. As normas N-2604 e N-2605 de 1998, da Petrobrás, regulamenta valores máximos e mínimos das propriedades reológicas de fluidos de perfuração à base d’água. Propriedades Valor mínimo Valor máximo Viscosidade Plástica - Vp (cP) 15 - Viscosidade Aparente - Va (cP) 4 - Volume de Filtrado (mL) - 18 Tabela 2: Limites estabelecidos pelas N-2604 e N-2605 da Petrobrás. Em comparação a estes parâmetros da Petrobrás, percebe-se que os valores da Viscosidade Aparente (VA) se apresentaram dentro do esperado, já os da Viscosidade Plástica (VP) ficaram longe do esperado, enquanto o valor mínimo era de 15, os fluidos argiloso e arenítico, respectivamente, tiveram como respostas 8,5 cP e 5 cP. Estas discrepâncias podem ter ocorrido por erros durante a realização do experimento.CONCLUSÃO A partir dos dados analisados foi possível identificar que o fluido argiloso apresentou maior viscosidade, implicando que é necessário uma maior viscosidade para perfuração neste tipo de solo. Ele também possui um maior número de solventes o que contribui para maior viscosidade; Já o fluido arenítico mostrou uma viscosidade mais amena e com menos solventes na sua composição, no experimento em questão. Ambos apresentaram boas respostas à Viscosidade Aparente, porém, ambos saíram do limite de Viscosidade Plástica, quando comparado aos limites estabelecidos pela Petrobrás. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LOPES, Onismar R., Desenvolvimento de Biofluidos de Perfuração para Poços de Petróleo na Base Biodiesel, Diesel e Água, Universidade de Brasília, Brasília-DF, 2016 IRAMINA, Wilson S., FLUIDOS DE PERFURAÇÃO - Engenharia de Perfuração, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo, São Paulo - SP, 2016
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